Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Clóvis Luís Padoveze Sistemas CONTÁBEIS 2010 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR 0800 708 88 88 – www.iesde.com.br Todos os direitos reservados. © 2010 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. Capa: IESDE Brasil S.A. Imagem da capa: IESDE Brasil S.A. P124s Padoveze, Clóvis Luís. / Sistemas Contábeis. / Clóvis Luís Padoveze. — Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2010. 204 p. ISBN: 978-85-387-1191-9 1. Sistemas de informação gerencial. 2. Contabilidade gerencial. 3. Sistemas de recuperação da informação. I. Título. CDD 658.4038011 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Clóvis Luís Padoveze Doutor em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (FEA-USP) e Mestre em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Graduado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e em Ciências Contábeis pelo Instituto Superior de Ciências Aplicadas de Limeira (Isca-SP). Professor do Mestrado Pro- fissional em Administração da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), onde se res- ponsabiliza pelas áreas de Controladoria e Fi- nanças, bem como professor dessas disciplinas nos cursos de Ciências Contábeis e Gestão de Negócios Internacionais. Atua na área profissionalmente há mais de 30 anos, como controller de companhias de grande porte e como consultor contábil e financeiro. Tem intensa atividade como condutor de seminários profissionais em Controladoria, Contabilidade, Custos, Finanças e Sistemas de Informações Con- tábeis e Gerenciais. É autor de inúmeros livros na área de Contabilidade, Contabilidade Gerencial, Controladoria e Finanças e publica regularmente artigos em revistas especializadas. Foi membro do Comitê de Normas Contábeis do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) no triênio 2004/2006. Foi membro do Conselho Fiscal da Associação Brasileira de Normas Técni- cas (ABNT) de 2002 a 2007. Em 2005 recebeu a Medalha Horácio Berlinck da Ordem do Mérito Contábil do Conselho Regional de Contabilida- de do estado de São Paulo. Em novembro de 2009 recebeu o Troféu Cul- tura Econômica Jornal do Comércio e Caixa RS, de Porto Alegre (RS), pelo melhor livro de Conta- bilidade de 2009: Gerenciamento do Risco Corpo- rativo em Controladoria. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io Tecnologia de informação 11 11 | Introdução 11 | Conceitos de sistemas 19 | Tecnologia de Informação (TI) 33 | Aplicativos genéricos e tecnologias de apoio Sistemas integrados de gestão empresarial 43 43 | Introdução 43 | Sistemas integrados de gestão empresarial 50 | ERP e integração com os sistemas contábeis 53 | Os módulos do ERP Projeto e implantação de sistemas de informação contábil 65 65 | O processo da decisão 80 | Implantação 85 | Estruturação do sistema de informação contábil Subsistemas de informações contábeis 103 103 | Abrangência do sistema de informação contábil 110 | Sistemas de contabilidade financeira 130 | Sistemas de contabilidade gerencial 145 | Sistemas de contabilidade estratégica Controles internos 159 159 | Conceitos 168 | Tecnologia de informação e controle interno 174 | Gestão de risco 185 | Análises e relatórios Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Índice remissivo 199 Anotações 203 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br S istem as C ontábeis Apresentação Podemos definir objetivamente contabilida- de como o sistema de informação que controla o patrimônio de uma entidade. Isso significa que, além do conhecimento dos fundamentos teóricos da ciência contábil, é necessário o conhecimento aprofundado dos conceitos de sistemas de infor- mação, para a concretização de um adequado sis- tema contábil dentro das entidades. O atual estágio da tecnologia da informação compreende todo o conjunto de conceitos, instru- mentos e tecnologias de informação e comunicação à disposição das entidades para efetivar seus siste- mas de informação e comunicação. Dentro desse contexto, a efetivação dos sistemas contábeis nas entidades deve estar plenamente alinhada com o estágio evolutivo da tecnologia de informação. A contabilidade pode ser efetivada nas enti- dades por diversos tipos de sistemas de informa- ção, desde os sistemas manuais até os sistemas totalmente integrados em ambiente internacional. Apesar da possibilidade da utilização de sistemas contábeis manuais, o atual estágio tecnológico não recomenda mais esse tipo de sistema. O mínimo que se concebe é a adoção de sistemas de contabi- lidade informatizados. As possibilidades de sistemas contábeis infor- matizados são basicamente duas: sistemas con- tábeis desenvolvidos de forma isolada e sistemas contábeis desenvolvidos integrados com os demais sistemas de gestão da empresa. Quando os siste- mas contábeis são desenvolvidos de forma isolada, o modelo de integração com os demais sistemas é por meio de programas-pontes, denominados de interfaces. Os sistemas contábeis integrados estão dentro da tecnologia denominada de Sistemas In- tegrados de Gestão Empresarial, mais conhecidos pela sigla das suas iniciais em inglês ERP – Enterpri- se Resource Planning, em que o processo de inte- gração é basicamente automático. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br S istem as C ontábeis O presente trabalho desenvolve o tema de sis- temas contábeis a partir da apresentação do atual estágio de tecnologia de informação, onde são apresentados os principais conceitos, ferramentas e aplicativos que podem ser utilizados nas entida- des. Em seguida, desenvolve os conceitos de Siste- mas Integrados de Gestão Empresarial com ênfase para a integração com o módulo contábil. Também são apresentados os principais conceitos e meto- dologias para o desenvolvimento de um projeto de implantação de um sistema de informação con- tábil. Parte significativa do trabalho compreende o estudo analítico do sistema de informação contábil, identificando seus principais subsistemas, seus ob- jetivos e as operacionalidades básicas necessárias. O trabalho é completado com uma apresenta- ção dos conceitos de controle interno, consideran- do que essa função complementa a função básica de controle do sistema contábil. Dentro do concei- to de controle interno são apresentados os mode- los já conhecidos e utilizados para as atividades de compliance e gestão de risco, bem como os funda- mentos da conciliação contábil como instrumento final de controle interno. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação Introdução A tecnologia da informação está presente em todas as atividades e em especial nas atividades administrativas e de gestão. As aplicações da tec- nologia da informação nos sistemas de informações gerenciais expandiram significativamente. Devido à abrangência e flexibilidade na produção e na comunicação das informações gerenciais, hoje não se concebe sistemas de informaçõessem o uso integrado com todas as possibilidades de tecnologia de informação e comunicação. As primeiras aplicações da tecnologia da informação foram nos sistemas contábeis. Como a estrutura contábil é baseada numa metodologia rígida e seus elementos claramente sistematizáveis, a aplicação da tecnologia da informação deu-se de forma natural, com os benefícios hoje sobejamente conhecidos. A ciência contábil traduz-se num sistema de informação na sua forma de aplicação prática. Pode-se definir a contabilidade como o sistema de infor- mação que controla o patrimônio de uma entidade. Conceitos de sistemas Podemos definir genericamente sistemas como um conjunto de elemen- tos em que a interação tem um objetivo a ser atingido. A visão sistêmica ou abordagem sistêmica é fundamental para a compreensão dos negócios e da própria contabilidade, assim como é necessária para compreensão de qual- quer atividade. Teoria geral de sistemas e abordagem sistêmica A teoria geral de sistemas tem como foco compreender qualquer objeto de estudo partindo de sua visão global, geral ou holística. Em outras pala- vras, a visão sistêmica opõe-se à visão analítica. A visão analítica tem como referência que, primeiro deve-se conhecer o funcionamento das partes para Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 12 Tecnologia de informação depois compreender o funcionamento do todo. Já a visão sistêmica é o oposto: primeiro têm-se que conhecer a visão de conjunto, o objetivo cen- tral, para depois se entender as partes do objeto de estudo. Na abordagem sistêmica todo objeto de estudo é um sistema. Um siste- ma pode ser então um objetivo físico (um telefone, uma televisão, um carro, o corpo humano) como pode ser um objeto intangível (um sistema de infor- mação, o sistema empresa, uma viagem). Na abordagem sistêmica primeiramente deve-se conhecer o objetivo geral do sistema, para depois entender os componentes deste, de tal forma que é necessário interligar o funcionamento dos componentes de um siste- ma com seu objetivo. Uma característica de um sistema é que ele é composto de partes, essas partes são conhecidas como componentes ou subsistemas. Cada subsistema, por sua vez, pode ser composto de vários componentes ou subsistemas menores, num processo ininterrupto que leva a uma particula- rização infinita. Conforme Bertalanffy (1975, p. 128) a teoria geral dos sistemas em sentido restrito procura derivar da definição geral do “sistema” como complexo de componentes em interação, conceitos característicos das totalidades organizadas, tais como interação, soma, mecanização, centralização, competição, finalidade etc., e aplicá-los a fenômenos concretos. Uma frase característica da abordagem sistêmica é que “o todo é maior que a soma das partes” (BERTALANFFY, 1975, p. 37). Ou seja, o entendimento de cada parte não quer dizer que se consiga entender o sistema como um todo. O entendimento do todo e das interações entre as suas partes constitutivas é que propicia a visão geral e o objetivo do funcionamento de cada sistema. Sistemas abertos e fechados Os sistemas são classificados em abertos e fechados. Os sistemas fecha- dos cumprem seu objetivo sem alterar ou afetar o meio ambiente em que estão inseridos, e nem são afetados ou alterados pelo ambiente externo. Por exemplo, os aparelhos mecânicos como relógios, celulares etc. Os sistemas abertos interagem com o ambiente externo recebendo in- terferências do ambiente onde estão inseridos, ao mesmo tempo em que podem interferir nesse mesmo ambiente. O corpo humano é um exemplo de sistema aberto, assim como uma empresa. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 13 Componentes do sistema O funcionamento básico de um sistema pode ser entendido observando a sua composição central, conforme a figura 1. Cl óv is L uí s Pa do ve ze . Retroalimentação Entradas Processamento Saídas Objetivo do sistema Co nt ro le e av al ia çã o Figura 1 – Visão geral de um sistema. Um sistema se caracteriza fundamentalmente pelo processamento de re- cursos, objetivando obter as saídas desejadas por este. Tendo como referên- cia a figura 1, bem como a teoria geral dos sistemas, podemos identificar os seguintes elementos ou componentes gerais de um sistema: Objetivos do sistema � – é o elemento mais importante do sistema e referencial para a análise e compreensão dos demais elementos. O ob- jetivo ou objetivos do sistema é aquilo que se pretende que este faça ou atenda. Ambiente do sistema � – é o ambiente onde o sistema está inserido. Se for um sistema aberto, é fundamental entender as interferências do ambiente no sistema, bem como entender como afeta esse sistema no ambiente. Recursos do sistema � – são representados pelas entradas do sistema. Podem ser recursos físicos, dados ou quaisquer elementos que serão objeto de transformação pelo sistema. Processamento ou processos de transformação � – representam as atividades e meios que transformarão as entradas (recursos) para a ob- tenção dos objetivos do sistema. Saídas � – correspondem aos produtos finais do sistema, e representam sua essência, ou seja, para o qual o sistema existe ou foi constituído. Portanto, as saídas do sistema devem estar totalmente alinhadas com os objetivos deste. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 14 Tecnologia de informação Controle e avaliação � – é o processo de verificação se as saídas do sis- tema estão em consonância com os objetivos deste. Retroalimentação ou � feedback – é o processo de introduzir novas in- formações ou recursos nas entradas para corrigir distorções ou falhas no sistema, devido às informações obtidas pelo sistema de controle e avaliação. Em linhas gerais, reconhece-se que todo sistema deve ser administrado. Portanto, complementa-se o conjunto dos elementos do sistema com a ad- ministração do sistema. Ressaltamos a importância do entendimento do objetivo ou objetivos do sistema como o elemento mais importante. O objetivo do sistema represen- ta a visão de conjunto do sistema, pois nele é que se identifica por que o sistema existe ou para que foi criado. Todo sistema tem um propósito básico, que é representado pelo seu objetivo. Assim, as saídas do sistema devem ser coerentes e integradas com o objetivo deste, bem como a necessidade de controle, avaliação e retroalimentação existem para dar garantia que o sistema cumpra seu objetivo. A empresa como um sistema aberto Dois sistemas nos interessam primariamente, o da empresa e o de infor- mação contábil. A empresa é um sistema aberto que interage de maneira completa com o ambiente e a sociedade. A figura 2 evidencia o sistema em- presa e sua interação com o ambiente externo. Entradas Materiais Equipamentos Energia Pessoas Informações Processamento A Empresa Saídas Produtos Bens Serviços Clientes Concorrentes Comunicação Sindicatos Acionistas Governo Comunidades Fornecedores Tecnologia Ambiente Próximo Ambiente Remoto Sociedade Política Recursos Naturais Clima Demografia Economia Legislação e Tributos Educação Cultura Figura 2 – A empresa como um sistema aberto. (C AT EL LI ; B IO , 1 98 5. A da pt ad o. ) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 15 “O objetivo básico da empresa é a sua missão. Qualquer empresa tem um objetivo básico que é satisfazer as necessidades da sociedade” (CATELLI, 1999, p. 52). O meio pelo qual a empresa promove a satisfação das necessi- dades da sociedade é a entrega de produtos e serviços desejados pela socie- dade. Portanto, esse é seu objetivo principal e social. Em conjunto com o objetivo principal e social, há o objetivo econômi- co. Para que a empresa tenhacondições de sobrevivência e também para que não prejudique a sociedade, ela deve entregar produtos e serviços em valor econômico superior ao custo das entradas (dos recursos). Dessa ma- neira, o lucro é condição básica e necessária para que a empresa cumpra sua missão. Assim, o objetivo de obtenção de lucro pela empresa fundamenta-se pelas seguintes razões: a empresa deve devolver à sociedade produtos e serviços com valor � econômico superior ao custo dos recursos utilizados, para não preju- dicar a sociedade; a empresa deve ter lucro para garantir a sua continuidade, a sua sobre- � vivência empresarial; a empresa deve ter lucro para permitir que os seus financiadores sejam � remunerados por abdicarem da liquidez investindo na empresa. O elemento processamento é representado pela própria empresa. A em- presa processa as entradas, que são os recursos necessários para a obtenção dos produtos e serviços. Os recursos podem ser matérias-primas, materiais, componentes, recursos humanos, tecnológicos, equipamentos, informa- ções, energia etc. O conjunto dos elementos de entradas, processamento e saídas repre- senta o ambiente interno da empresa. O ambiente externo pode ser segmentado em ambiente próximo e am- biente remoto. O ambiente que cerca a empresa é composto de variáveis e en- tidades que afetam a empresa e, por sua vez, também podem ser afetados por ela. A classificação entre variáveis e entidades próximas e remotas depende de cada empresa. Por exemplo, para uma empresa no segmento de agronegócios a variável clima é considerada próxima. Já para uma empresa no segmento ele- troeletrônico provavelmente a variável clima pode ser considerada remota. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 16 Tecnologia de informação Lucro como medida da eficácia do sistema empresa Uma vez que o objetivo econômico do sistema empresa é a obtenção de um lucro que satisfaça a sua própria sobrevivência e garanta a remuneração dos seus financiadores, este pode ser tomado como a grande medida do desempenho global do sistema empresa. Dessa maneira, podemos dizer que uma empresa está sendo eficaz à medida que ela obtém o lucro planejado. Assim, o lucro é considerado a melhor medida da eficácia do sistema empresa e, portanto, mede o seu ob- jetivo econômico. Subsistemas empresariais A empresa, como todo sistema, pode ser dividida em subsistemas que, por sua vez, também podem ser divididos em seus subsistemas específicos. A figura 3 mostra os subsistemas básicos que compõem o sistema empresa. Figura 3 – Subsistemas empresariais. (G U ER RE IR O , 1 98 9. A da pt ad o. ) Ambiente Remoto Variáveis Sociedade Política Recursos Naturais Clima Demografia Concorrentes Tecnologia Economia Legislação Educação Cultura Ambiente Próximo Entidades Clientes Fornecedores Comunicação Comunidades Sindicatos Governo Acionistas Subsistema Físico-Operacional Processamento Produção Produtos e ServiçosRecursos Subsistema Institucional Modelo de Gestão Processo de Gestão Subsistema de Informação Subsistema Social Subsistema Formal Subsistema de Gestão A empresa pode ser composta por seis grandes subsistemas: Subsistema institucional � – em tese é o subsistema mais importan- te, que compreende a missão, as crenças e valores que determinam a existência da empresa e as diretrizes para o funcionamento dos de- mais subsistemas. Subsistema de gestão � – decorre do subsistema institucional e se ca- racteriza pela definição do modelo de gestão e do processo de gestão Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 17 a ser adotado. O modelo de gestão compreende o conjunto de ideias, valores e filosofia de trabalho que molda a matriz comportamental da empresa. Subsistema formal � – é representado pela hierarquia adotada pela empresa, onde esta tem um organograma segmentado em divisões, departamentos, setores etc. Subsistema de informação � – representa o conjunto de sistemas, tec- nologias de informação e comunicação adotados e utilizados pela em- presa, bem como suas diretrizes de utilização. Subsistema social � – é representado pelo corpo de diretores e funcio- nários e pelas diretrizes da administração de recursos humanos. Subsistema físico-operacional � – é representado pelas instalações fí- sicas e equipamentos da empresa, onde se visualiza mais claramente a etapa do processamento do sistema. A importância do subsistema de informação Uma característica singular e que confere um grau denominado de im- portante para o subsistema de informação é que ele integra, por sua própria natureza, todos os demais subsistemas empresariais. Ao mesmo tempo em que o subsistema de informação cumpre seus objeti- vos básicos, ele também tem a peculiaridade de permitir que os demais subsis- temas funcionem de forma ordenada pela sua própria natureza integradora. Introdução aos sistemas de informações contábeis O sistema de informação contábil faz parte do subsistema de informação do sistema empresa. Por sua vez, o sistema de informação contábil é com- posto de vários outros subsistemas. Em linhas gerais, podemos identificar três grandes agrupamentos de sistemas de informações contábeis: Sistemas de informações de contabilidade financeira; � Sistemas de informações de contabilidade gerencial; � Sistemas de informações de contabilidade estratégica. � Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 18 Tecnologia de informação A caracterização da contabilidade como sistema de informação é dada pela definição feita em conjunto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e Instituto Brasilei- ro de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Ipecafi). “A contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de nature- za econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização” (RICCIO, 1989, p. 15). Assim, segundo Riccio (1989), podemos caracterizar os componentes do sistema de informação contábil: Objetivos do sistema � – prover os usuários de informações econômi- cas, financeiras, físicas e de produtividade, para o processo de gestão e tomada de decisão pelos gestores da entidade. Ambiente do sistema � – é o sistema da empresa como um todo, par- tindo de sua inserção no subsistema de informação. Recursos do sistema � – são representados pelos recursos humanos (con- tadores) com a capacitação adequada, softwares de contabilidade e de apoio à gestão, dados e informações contábeis, tecnologias de apoio e de comunicação, equipamentos, serviços e materiais de expediente etc. Processamento ou processos de transformação � – são representa- dos pelo próprio método contábil, pela estrutura da conta contábil e dos planos de contas contábeis, bem como dos sistemas ou softwares utilizados. Saídas � – são as informações contábeis para atender à empresa e seus usuários em todas as necessidades legais e gerenciais. São disponibili- zadas sob a forma de relatórios e análises contábeis, em qualquer meio (papel, eletrônico, constantes de outros subsistemas de informação), bem como por meio de apresentações organizadas, treinamentos etc. Administração do sistema � – em princípio, a administração do siste- ma de informação contábil é uma atribuição específica do contador ou do controller. Compreende também as etapas de controle, avaliação e retroalimentação do sistema. É fundamental o entendimento dos objetivos do sistema de informação contábil, pois ele não se limita apenas a fornecer informações para fins legais Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 19 e tributários.Ele deve atender a todas as necessidades de informações geren- ciais da empresa, para todos os níveis hierárquicos da gestão, bem como para atender todo o processo de gestão, planejamento, execução e controle. Tecnologia de Informação (TI) O conceito de tecnologia de informação evoluiu naturalmente do conceito de processamento de dados e de sistemas de informações, quando o avanço da tecnologia permitiu a utilização de um conjunto maior de instrumentos e tecnologias para o processamento e comunicação de informações. Conceitos básicos de informática1 Informática é o conjunto de técnicas e conhecimentos científicos que torna possível o processamento de dados de forma sistemática por meio de tecnologia de informação, compreendendo coleta, armazenamento, classifi- cação, transformação e disseminação da informação. A palavra informática é derivada de duas outras palavras associadas a ela, a primeira é informação e a segunda é automática. Essa palavra define o principal objetivo que foi atingido pelo computador. A necessidade de se obter informações automáticas fez com que surgisse justamente esta palavra. (RODRIGUES, 2010) Atualmente podemos incluir dados como elementos principais no pro- cessamento, tendo como resultado a informação de alguns dos seguintes componentes: O computador; � Os sistemas de armazenagem de dados; � As redes de comunicação. � O computador O computador, sob inúmeras formas, tem o pressuposto de coletar dados (por meio de equipamentos chamados periféricos de entrada), fazendo com que esses dados sejam processados por meio de uma unidade central de pro- cessamento (composta de vários tipos de memória e unidades de cálculos), tendo como resultado básico uma informação (por meio de periféricos de saída), com o objetivo principal de servir como base para a tomada de decisão. 1 Desenvolvido em con- junto com o Prof. José An- tonio Padoveze do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, Americana. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 20 Tecnologia de informação UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO CONTROLE ARITMÉTICA LÓGICA Periféricos de ENTRADA Figura 4 – Concepção básica de um computador eletrônico. Envio de dados para serem processados Teclado Mesa digitalizadora CD-ROM Mouse Scanner Sensores Pendrive MEMÓRIAS RAM ROM CACHE Periféricos de SAÍDA Monitor de vídeo Impressora Plotters Pendrive Equipamentos específicos Cl óv is L uí s Pa do ve ze . Obtenção de dados e informação para serem processados Os sistemas de armazenagem de dados Os sistemas de armazenagem de dados são conhecidos como “banco de dados” e tem como pressuposto manter os dados coletados. Existem várias técnicas para a armazenagem de dados, sendo a “técnica relacional” a mais utilizada atualmente. Os sistemas de armazenagem de dados utilizam di- versos equipamentos de memória não volátil sendo que o principal são os discos magnéticos que têm capacidade para armazenar bilhões ou trilhões de bytes. Atualmente existem dispositivos chamados de pendrive ou memory stick que permitem, com a tecnologia chamada flash, armazenar dados em artefatos minúsculos, muito usados para transporte ou cópia dos dados para efeito de segurança. As redes de comunicação As redes de comunicação são elementos vitais para o funcionamento da informática. Por meio de seus inúmeros tipos de equipamentos, o dado e/ou a própria informação, percorre distâncias quilométricas em poucos segun- dos, e permite que entre dois pontos distantes possam trafegar dados ou in- formações de maneira precisa e rápida. Além de equipamentos específicos, as redes de comunicação utilizam cabos físicos (fibra ótica, cabos elétricos, por exemplo) e cabos de ondas magnéticas (por exemplo, ondas de rádio, ondas de satélite). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 21 Figura 5 – Esquema básico de uma rede de computadores entre grandes distâncias. Cl óv is L uí s Pa do ve ze . Na realidade o processamento da informação sempre existiu, mas foi a invenção do computador que basicamente deu origem ao conceito de informática. Informação, dado e comunicação Uma informação é gerada a partir de dados. Dados representam registros em seu estado puro, ainda não interpretados, analisados e processados. As informações são geradas a partir dos dados. Portanto, uma informação de- corre do processamento de dados transformando-os em algo compreensível para o usuário. Já a comunicação é o processo de transmissão da informação de um emissor para um receptor. As principais características de uma boa informação são: conteúdo e entendimento; � precisão e objetividade; � atualidade e oportunidade; � Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 22 Tecnologia de informação adequação à decisão; � valor econômico; � relevância; � consistência e uniformidade de critério etc. � Segundo Padoveze (2007), o “valor da informação” está relacionado com dois aspectos principais que são: a redução da incerteza no processo de tomada de decisão e o aumen- � to da qualidade da decisão; a relação custo-benefício, ou seja, o valor do seu uso deve ser superior � ao valor do custo de obtê-la. Assim, a qualidade da informação está ligada diretamente à qualidade da tomada de decisão. Sendo assim, a informação tem como objetivo prover o usuário de uma estrutura de dados trabalhados, que possam ser transforma- dos em conhecimento e auxiliá-lo no processo decisório. Tecnologia da informação O termo tecnologia da informação serve para designar o conjunto de re- cursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação. Em outras palavras, a tecnologia da informação é todo o conjunto tecnológico à disposição das empresas para efetivar seu subsistema de informação e suas operações. Esse arsenal tecnológico está ligado à informática e à telecomunicação, bem como a todo o desenvolvimento científico do processo de transmissão especial de dados. (PADOVEZE, 2009, p. 29) A tecnologia da informação não se restringe apenas ao sistema de infor- mação. O conceito de Tecnologia da Informação (TI) é mais abrangente do que os de processa- mento de dados, sistemas de informação, engenharia de software, informática ou o conjunto de hardware e software, pois também envolve aspectos humanos, administrativos e organizacionais [...] inclui o uso de hardware e software, telecomunicações, automação, recursos multimídia e demais recursos envolvidos – quer sejam centralizados, quer sejam descentralizados – sem deixar de considerar os sistemas de informação, serviços, negócios, usuários e as relações complexas envolvidas. (LAURINDO, 2002, p. 19-20) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 23 Portanto, o conceito de TI é muito amplo e ultrapassa os conceitos ante- riores de informática, processamento de dados e sistemas de informações, pois engloba o controle automatizado das operações, comunicações etc. Existe hoje uma tendência de denominar esse conjunto de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), em razão do uso maciço e integrado das tecnologias de comunicação nos sistemas de informação, como internet, te- lefones sem fio etc. Banco de dados e sistemas integrados2 Banco de dados (ou base de dados) é um conjunto de dados que forma registros, que estão dispostos em uma estrutura que depende de um modelo de dados e que possibilita a reorganização destes e a produção de informa- ção. De acordo com Oliveira (2008), o modelo de dados mais adotado hoje em dia é o modelo relacional, onde as estruturas têm a forma de tabelas, compostas por linhas e colunas. “Um banco de dados é usualmente mantido e acessado por meio de um software conhecido como Sistema Gerenciadorde Banco de Dados (SGBD). Normalmente um SGBD adota um modelo de dados, de forma pura, reduzi- da ou estendida” (OLIVEIRA, 2008). Um “Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD)” é o conjunto de programas de computadores (softwares) responsáveis pelo gerenciamento dos dados existentes em algum modelo de banco de dados. O modelo mais utilizado atualmente é o relacional, porém softwares mais antigos utilizavam modelos hierárquicos ou de rede. O principal objetivo do SGBD é retirar do aplicativo a responsabilidade de gerenciar o acesso, a manipulação e a organização dos dados. O SGBD disponibiliza uma interface para que os seus clientes possam incluir, alterar ou consultar os dados ao mesmo tempo em que entrega para o sistema ope- racional a função de realmente gravar os dados no periférico solicitado. Em bancos de dados relacionais a interface é constituída por programas de computadores denominados Application Program Interfaces (APIs) ou drivers do SGBD, que executam comandos na linguagem Structure Query Language (SQL). 2 Desenvolvido em con- junto com o Prof. José An- tonio Padoveze do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, Americana. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 24 Tecnologia de informação Características de um sistema gerenciador de banco de dados Integridade; � Restrições; � Segurança e privacidade; � Restauração; � Reorganização; � Eficiência. � Principais objetos de um sistema gerenciador de banco de dados Tabela � – é um objeto criado para armazenar os dados fisicamente. Os dados são armazenados em linhas (registros) e colunas (campos), que são chamadas de tuplas. Os dados de uma tabela normalmente des- crevem um assunto tal como clientes, vendas etc. Visões � – tabela lógica de um banco de dados, não contém dados. Índice � – é uma ferramenta usada pelo gerenciador de banco de dados para facilitar a busca de linhas dentro de uma tabela. Cl óv is L uí s Pa do ve ze . Figura 6 – Exemplo de uma estrutura de registros (dados) para a formação de bancos de dados. BANCO DE DADOS DE CLIENTE CLIENTE 1 CIDADE 1 ENDEREÇO FILIAL 01 VENDEDOR 10 CLIENTE 2 CIDADE 2 ENDEREÇO FILIAL 02 VENDEDOR 05 CLIENTE 3 CIDADE 1 ENDEREÇO FILIAL 01 VENDEDOR 01 CLIENTE 4 CIDADE 5 ENDEREÇO FILIAL 03 VENDEDOR 06 CLIENTE 1 PEDIDO 01 QUANTIDADE PRODUTO 1 CLIENTE 4 PEDIDO 02 QUANTIDADE PRODUTO 1 PRODUTO 1 PREÇO UNITÁRIO IMPOSTO QUANTIDADE EM ESTOQUE PRODUTO 2 PREÇO UNITÁRIO IMPOSTO QUANTIDADE EM ESTOQUE PRODUTO 3 PREÇO UNITÁRIO IMPOSTO QUANTIDADE EM ESTOQUE BANCO DE DADOS DE PEDIDOS BANCO DE DADOS DE PRODUTOS Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 25 Modelo lógico de dados Segundo Oliveira (2009) um modelo lógico de dados para uso meramen- te operacional/transacional deve: Ser completamente normalizado; � Representar fielmente o negócio, e não necessariamente a base de da- � dos desejada, a qual será construída posteriormente por ocasião do projeto físico; Conter descrição sucinta das entidades, atributos e relacionamentos; � Conter os nomes de entidades e atributos, extensos e abreviados, atri- � buídos de acordo com algum padrão adotado na organização e forma- dos por termos previamente convencionados em um glossário; Contemplar, para cada um dos atributos, o tipo de dado, tamanho e � operacionalidade. Transação Segundo Vanni (2005), transação é um conjunto de processos que é exe- cutado em um banco de dados, que para o usuário é visto como uma única ação. A integridade de uma transação depende de 4 propriedades, conheci- das como atomicidade, isolamento, durabilidade (ACID). Que são expostas abaixo. Atomicidade � : condição que exige que uma transação seja comple- tamente executada no banco de dados. Não pode ser executada em partes e os efeitos desta persistirem. Consistência � : exigência que se refere à consistência dos dados no banco de dados. Se o banco está consistente antes da transação, ele deve se manter consistente depois. Isolamento � : se refere ao fato de que cada transação deve ser vista in- dividualmente. Durabilidade � : significa simplesmente que após uma transação ter sido concluída completamente seus efeitos sejam mantidos no banco de dados e não possam mais ser desfeitos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 26 Tecnologia de informação Principais softwares de SGBD no mercado Oracle � SQL Server � DB2 � MySQL � Postgree � Adabas � Sistemas integrados O conceito de banco de dados está totalmente relacionado com o con- ceito de sistemas integrados. Caracteriza-se um sistema integrado quando um mesmo dado abastece todos os subsistemas que o utilizam, sem a ne- cessidade de sua duplicação para fazer parte de mais de um subsistema. Portanto, a utilização do conceito de banco de dados é condição base para a estruturação de sistemas integrados. Sistemas operacionais3 Um sistema operacional é um software, um conjunto de programas de computadores cuja função é gerenciar os recursos do sistema computacio- nal, além de fornecer uma interface, ou seja, meio de comunicação entre as duas entidades, o hardware (computador) e o usuário. O sistema operacional é o primeiro programa que a máquina executa no momento em que é ligada e, a partir de então, não deixa de funcionar até que o computador seja desligado. Ele é responsável por gerenciar os recursos dos computadores, e fornecer a base sobre a qual os aplicativos são escritos. Segundo alguns autores (SILBERSCHATZ et al, 2005; STALLINGS, 2004; TANENBAUM, 1999 apud WIKIPÉDIA, 2010), existem dois modos distintos de conceituar um sistema operacional: Pela perspectiva do usuário ou programador (visão � top-down) – é uma abstração do hardware, fazendo o papel de intermediário entre o aplica- tivo (programa) e os componentes físicos do computador (hardware); ou 3 Desenvolvido em con- junto com o Prof. José An- tonio Padoveze do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, Americana. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 27 Numa � visão bottom-up, de baixo para cima – é um gerenciador de re- cursos, I.E., controla quais aplicações (processos) e quando podem ser executadas, e que recursos (memória, disco, periféricos) podem ser utilizados. A sigla usual para designar essa classe de programas é SO (em português) ou OS (do inglês Operating System). Figura 7 – Estrutura de sistemas operacionais. SOM IMPRESSORA APLICATIVO DISCO RÍGIDO PENDRIVE MOUSE TECLADO MONITOR DE VÍDEO CD-ROM SISTEMA OPERACIONAL Cl óv is L uí s Pa do ve ze . Os sistemas operacionais gerenciam os recursos do computador, alocam memória para a aplicação, distribuindo os processos, dando prioridade àque- les mais importantes, intervêm diretamente com os periféricos obtendo o dado de periféricos de entrada e gravando os dados em periféricos de saída. Existem sistemas operacionais para computadores pessoais como o Linux, Windows, Mac OS X., e sistemas operacionais para equipamentos corporativos como Solaris, AIX, HP-UX. Normalmente cada tipo de hardware tem o seu siste- ma operacional específico. Por exemplo, equipamentos da linha Intel normal- mente utilizam o sistema operacional Windows ou Linux. Equipamentos da HP corporativos utilizam o HP-UX. Visão geral Um sistema operacional pode ser visto como um conjunto de programas de computadores de grande complexidade e interligados entre si, respon- sável por todo o funcionamento de uma máquina (computador) desde o Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 28 Tecnologia de informação software e todo hardware. Todos os processos que exigem do computador uma ação, são efetuados por meio de uma programação complexaque co- manda todas as instruções existentes no hardware (em forma de circuitos digitais) (WIKIPÉDIA, 2010). O sistema operacional funciona com a iniciação de processos que este irá precisar para funcionar corretamente. Esses processos poderão ser arquivos que necessitam ser frequentemente atualizados, ou arquivos que têm seus dados processados para criar a informação de forma que o usuário possa utilizar para sua decisão (WIKIPÉDIA, 2010). Funcionamento Um sistema operacional possui as seguintes funções: Gerenciamento de processos; � Gerenciamento de memória; � Sistema de arquivos; � Entrada e saída de dados. � Gerenciamento de processos O sistema operacional é preparado para dar ao usuário a ilusão que o número de processos em execução simultânea no computador é maior que o número de processadores instalados. Cada processo recebe uma fatia do tempo e a alternância entre vários processos é tão rápida que o usuário pensa que sua execução é simultânea (WIKIPÉDIA, 2010). Gerenciamento de memória O sistema operacional tem acesso completo às memórias (RAM, ROM, cache) do sistema e deve permitir que os processos dos aplicativos tenham acesso seguro a essas memórias quando o requisitam (WIKIPÉDIA, 2010). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 29 Sistema de arquivos Segundo Custódio (2010) “a memória principal do computador é volátil, e seu tamanho é limitado pelo custo do hardware. Assim, os usuários neces- sitam de algum método para armazenar e recuperar informações de modo permanente”. A forma pelo qual o aplicativo utiliza essa memória é por meio de arquivos ou banco de dados. Um arquivo ou banco de dados é um con- junto de bytes, normalmente armazenado em um dispositivo periférico não volátil (disco rígido), que pode ser lido e gravado por um ou mais processos, proveniente de um ou mais aplicativos. Entrada e saída de dados Os sistemas operacionais dependem do fornecimento de uma interfa- ce para que o usuário possa desfrutar dos recursos do sistema. Atualmente existem dois tipos de interface: a interface gráfica e a interface de linha de comando. Hierarquia da estrutura de sistemas de informações4 A arquitetura dos sistemas computadorizados das atividades de proces- samento de dados tem mudado constantemente. O primeiro conceito foi o do computador central denominado de mainframe, que arquivava central- mente os bancos de dados, que eram ligados a terminais de operação e que utilizavam esses dados. Esses terminais eram considerados sem vida própria, pois dependiam exclusivamente da memória central do computador, não importando se houvesse software dentro deles. Atualmente a nomenclatura utilizada para os computadores centrais é a de servidor (PADOVEZE, 2007). Já a arquitetura cliente-servidor sofreu uma evolução conceitual. Nesse conceito, os bancos de dados e parte dos aplicativos residem nos servidores corporativos, e a outra parte fica nos microcomputadores dos usuários. Esse 4 Desenvolvido em con- junto com o Prof. José An- tonio Padoveze do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, Americana. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 30 Tecnologia de informação conceito prevaleceu durante determinado período, no entanto sua utilização é feita em menor escala nos dias atuais, pois uma das razões é a dificuldade em gerenciar as atualizações dos microcomputadores dos usuários quando ocorrem novas versões atualizadas (upgrades) dos aplicativos. Outro fator é o tráfego intenso na rede que interliga o servidor com o cliente, que onera em muito o desempenho dos aplicativos (PADOVEZE, 2007). O conceito inicial de terminal de computador, como ferramenta do usuá- rio, expandiu-se significativamente, nos dias atuais temos diversos tipos de arquitetura, em que o usuário conecta-se via rede a qualquer servidor em qualquer parte do mundo. A arquitetura de rede de computadores está se di- recionando atualmente para o ambiente web, ou seja, os aplicativos tendem a ser executados através de portais e de browsers, tanto na rede interna (in- tranet) como através da rede externa (internet). Através desse direcionamen- to, a tendência é que os aplicativos possam ter melhor desempenho na rede de computadores. Esse direcionamento é comprovado ao verificar que as redes de computadores começam a ser construídas sem a necessidade de cabeamento (wireless) (PADOVEZE, 2007). Dessa forma, o conceito inicial de terminal, hoje, pode ser assimilado por um microcomputador, seja na forma desktop ou notebook, palmtop, agendas inteligentes, telefones celulares, caixas de banco, caixas de supermercado, coletores de dados etc. A infraestrutura de SI pode ser resumida em três faixas ou camadas: 1. Hardwares e softwares para banco de dados. 2. Hardwares e softwares para os aplicativos. 3. Hardwares e softwares para os usuários. A primeira camada é praticamente invisível aos demais usuários de sis- temas dentro da empresa, pois fica restrita ao Departamento de TI/SI. Essa camada é reservada para a base de dados. Para tanto, o servidor ou servido- res necessitam de softwares que gerenciem os bancos de dados. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 31 Cl óv is L uí s Pa do ve ze . Figura 8 – Hierarquia de infraestrutura de S.I. SISTEMAS OPERACIONAIS SERVIDORES CORPORATIVOS DE DADOS AUX HP UX Linux Solaris Windows Server Unix, Linux, Windows Mainframe, Risc, Intel, Apple IBM SUN HP DELL SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS BANCO DE DADOS OPERACIONAL DIMENSIONAL Oracle SQL Server Adabas Progress MySQL DB2 Storage IBM SUN HP EM C2 PRIMEIRA CAMADA SEGUNDA CAMADA SERVIDORES DE APLICAÇÕES Mainframe, Risc, Intel, Apple IBM SUN HP DELL SISTEMAS OPERACIONAIS Unix, Linux, Windows AUX HP UX Linux Solaris Windows Server APLICATIVOS ERP, SCM, CRM, ERM, BIS, EAI, BSC, B2B, B2C, B2E Oracle SAP Totys Microsoft SISTEMAS OPERACIONAIS Unix, Linux, Windows TERCEIRA CAMADA WEB USUÁRIOS IN FR A ES TR U TR A D E RE D E LO CA L O U R EM O TA Os servidores necessitam de sistemas operacionais para funcionarem. Sistema operacional é um software que entende a linguagem do hardwa- re e dos aplicativos subsequentes. O sistema operacional é um conjunto de códigos que permite que os hardwares sejam gerenciados em toda a sua estrutura (memória, canais de entrada e saída, processador). Normalmente o sistema operacional necessita de especialista da área de informática, uma vez que o usuário pouco ou nada percebe de sua existência ou importância dentro da arquitetura de sistemas computacionais. Podemos dizer que se o hardware está em primeiro nível de arquitetura, o sistema operacional fica em segundo nível, ambos sendo imprescindíveis. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 32 Tecnologia de informação Seguindo o sistema operacional, espera-se encontrar um sistema ge- renciador de banco de dados. Esse sistema é imprescindível na maioria das vezes, principalmente quando os aplicativos são de cunho administrativo, financeiro, de manufatura e comercialização. Embora em algumas situações não se configure a expressão “banco de dados”, do ponto de vista teórico podemos dizer que o Windows Explorer, por exemplo, é um gerenciador de banco de dados, pois é o software que gerencia as pastas do Windows. Na segunda camada, normalmente, ficam os aplicativos. Esses aplicativos são softwares que apoiam as principais operações da empresa, e estão em contato permanente com o usuário. Podemos considerar um processador de texto ou uma planilha eletrônica (Word, Excel, Open Office ou Lotus Smart Suite) como aplicativos.A terminologia aplicativo é utilizada basicamente para os softwares que auxiliam todas as operações da empresa, sejam os softwa- res administrativos (contabilidade, tesouraria, custos etc.), sejam os softwares para apoio às operações de produção e comercialização (estoques, compras, controle de produção, pedidos, faturamento etc.). Os conceitos de ERP e CRM também se encaixam no conceito de aplicativos, pois aglutinam diversos sub- sistemas de apoio às operações (PADOVEZE, 2007). É comum também existir servidores por aplicações, embora o servidor de banco de dados seja frequentemente único. Por exemplo, pode-se ter um servidor de aplicações para a área financeira, outro para a área de manu- fatura e assim por diante, no entanto, deve-se descentralizar os aplicativos. Para arquiteturas que utilizam mais de um servidor para uma mesma base de dados, normalmente separados geograficamente, costuma-se denomi- nar de “bancos de dados distribuídos”. O exemplo mais comum é a separação em função da localização geográfica dos sites da empresa, onde elas adotam esse tipo de distribuição, principalmente em função do alto custo de teleco- municações (PADOVEZE, 2007). A terceira camada é a do usuário, visível pelos terminais de utilização dos aplicativos. Atualmente, os browsers5 utilizados na internet são uma das fer- ramentas mais usadas para conexão do usuário (terceira camada) com os aplicativos (segunda camada). Do ponto de vista da infraestrutura, as ligações dos computadores (isto é, os servidores corporativos) com o usuário (também denominado de camada front-end), são feitas todas por meio de “redes de computadores”. Assim, o ge- renciador de redes tem papel fundamental na arquitetura de sistemas de in- 5 Softwares que facilitam a navegabilidade dentro dos sistemas. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 33 formações. Alguns sistemas operacionais já incorporam o gerenciamento de redes mediante protocolos de comunicação de dados (PADOVEZE, 2007). Aplicativos genéricos e tecnologias de apoio De acordo com Padoveze (2009), os avanços da ciência na área de infor- mação, automação e comunicação, têm criado um número muito grande de opções tecnológicas que potencializam o uso de sistemas de informações. Abordaremos a seguir as tecnologias e conceitos mais conhecidos. Tecnologias de apoio Classifica-se como tecnologias de apoio as tecnologias que servem a diversas atividades e que podem ser acopladas a sistemas de informações, apresentadas como: Leitura ótica � – tecnologia e sistemas de leitura automática, normal- mente efetuada por meio do conceito de código de barras. Etiqueta inteligente � – também denominadas de smart tag ou e-tag. Pode ser considerada a evolução do código de barras. É um microchip capaz de armazenar grande quantidade de informações. Muito utiliza- do para controle de estoques e rastreamento de produtos. Scannerização � – tecnologia para copiar documentos, podendo ser trans- formado em entrada de dados para outros sistemas de informação. Coletores eletrônicos de dados � – tecnologia e sistemas de coleta de dados de diversas origens, como os cartões de ponto eletrônico ou de trabalho, crachás eletrônicos etc. Troca Eletrônica de Dados (Electronic Data Interchange – EDI) � – tec- nologias e sistemas de transmissão de dados interempresas pelos diver- sos meios computacionais e de telecomunicações. Muito utilizado para transmissão de dados entre empresas e instituições financeiras. Dispositivos portáteis � – equipamentos como telefones celulares, smartphones, pagers, laptops, palmtops etc. Podem incorporar acesso à internet com ou sem fio. Wireless � – comunicação sem fio – é toda tecnologia que provê co- nectividade sem nenhuma ligação fixa, como cabos ou fibras óticas. A comunicação pode ser baseada em satélites ou em radiofrequência. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 34 Tecnologia de informação Biometria � – tecnologia que identifica as pessoas com base em suas características físicas ou comportamentais, por meio de comparação com dados armazenados. Os mais utilizados são: reconhecimento da impressão digital, de assinatura manuscrita, reconhecimento facial por meio da íris e da retina. Voice Internet Protocol – VoIP – Protocolo de Reconhecimento de � Voz – tecnologia que surgiu para o reconhecimento de voz no tráfego da internet. Provavelmente é uma tecnologia que será expandida no futuro para outras situações pessoais. Aplicativos genéricos Os aplicativos genéricos são tecnologias e sistemas de informações que têm uma ampla aplicação nas empresas. Alguns exemplos são apresentados a seguir: Workflow � – sistema de apoio aos demais sistemas de informação que permite desenhar os procedimentos e fluxos de trabalho e incorporá- -los ao conjunto dos demais sistemas de informação da empresa. De certa maneira, tem como fonte o conceito de normas e procedimentos e organização e métodos. Data warehousing � e Business Intelligence – são softwares especializa- dos em transformar as informações da base dos sistemas operacionais em outras informações com maior conteúdo, agregando conhecimen- to adicional. Assim, as informações são retransformadas objetivando um uso imediato para tomada de decisão. São softwares que normal- mente complementam a estrutura de sistemas integrados de gestão. Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED) � – pode ser defini- do como o reagrupamento de um conjunto de técnicas e de métodos que tem por objetivo facilitar o arquivamento, o acesso, a consulta e a difusão dos documentos e das informações que eles contêm. Sistema de colaboração � – conceito geral de integração de comuni- cação e transmissão de informações dentro da empresa ou com en- tidades com as quais se relaciona. As ferramentas incluem internet, portais, EDI, wireless, VoIP, etc. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 35 Aplicativos específicos Dentro dessa classificação, incorporamos as tecnologias e sistemas que têm uma utilização bem especificada para atender necessidades especiali- zadas. São também denominados de sistemas especialistas. Vejamos alguns exemplos: Sistemas de apresentação gráfica � – softwares de apoio à apresenta- ção de gráficos, imagens e palestras. Sistemas matemático-estatísticos � – softwares desenhados especial- mente para necessidades avançadas de matemática, para cálculos, bem como softwares de apoio às necessidades de tabulação estatísti- cas de processos etc. Podemos dar como exemplos os softwares para números finitos, Controle Estatístico do Processo (CEP), matemática não linear, modelos econométricos etc. Sistemas de engenharia � – sistemas especialistas para o processo de desenvolvimento de projetos, produtos e processos de fabricação. São utilizados normalmente pelos setores de engenharia das empresas. Os tipos mais comuns são: CAD – Computer Aided Design. � CAE – Computer Aided Engineering. � CAM – Computer Aided Manufacturing. � Sistemas para integração de manufatura � – sistemas para automa- ção industrial que buscam integrar o processo de desenho, processo e manufatura. São exemplos o CIM – Computer Integrated Manufactu- ring, o AGV – Auto Guided Vehicles, e a robótica. Sistemas de logística e de cadeia de suprimentos (supply chain) � – sistemas especializados em planejar e controlar a área de logística das empresas e a cadeia de valor, desde os fornecedores até o processo de distribuição e entrega. CRM – Customers Relationship Management � – sistemas especiali- zados em planejar e controlar as relações com os clientes, partindo do contato inicial até a entrega final dos produtos e serviços e o serviço de atendimento ao consumidor. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., maisinformações www.iesde.com.br 36 Tecnologia de informação ECR � – Efficient Customer Response – significa Resposta Eficiente ao Cliente. É utilizado para reposição automática de estoques, ligando a empresa vendedora à empresa fornecedora de produtos. Bastante uti- lizado em lojas de varejo e supermercados. Data mining � – significa literalmente mineração de dados. É um sis- tema especializado em identificar padrões de consumo partindo de algoritmos matemáticos em grandes volumes de dados. Também é muito utilizado em redes de varejos para identificar os melhores dias e pontos de venda dos produtos. Procurement on-line � – também denominado de e-procurement. São softwares especializados em cotação e compra de produtos e serviços. Inteligência artificial � – linguagem de programação que procura repro- duzir a lógica da mente humana no processo de tomada de decisão. Arquitetura básica de TI A figura 9 mostra uma possibilidade de estrutura básica de tecnologia de informação que pode incorporar a maior parte das tecnologias de apoio e aplicativos genéricos e específicos. Essa estrutura é denominada de EAI – En- terprise Application Integration (Integração dos Aplicativos Empresariais). C E C – Coletor Eletrônico de Dados G E D – Gerenciador Eletrônico de Documentos D M – Data Mining B.A.I. – Inteligência Artificial nos Negócios E C RD M E D IC E D CAD / CAMG E D B.A.I. BUSINESS INTELLIGENCE DATA WAREHOUSING Logística E-Procurement E R P C R M SUPPLY CHAIN W or kfl ow W EB /In te rn et E C R – Efficient Customer Response E D I – Exchange Data Informations CAD / CAM – Computer Aided Design/Manufacturing E.A.I. – Enterprise Application Integration Figura 9 – Arquitetura de SI/TI em sugestão – E.A.I. Cl óv is L uí s Pa do ve ze . Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 37 O modelo apresentado na figura 9 parte da adoção do ERP – Enterprise Resource Planning, com a base do conjunto maior de sistemas de informa- ções da empresa. Em seguida, dependendo das necessidades de cada em- presa, as diversas tecnologias e aplicativos podem ser adicionados e integra- dos, objetivando a utilização maciça da tecnologia da informação. Ampliando seus conhecimentos O que é Tecnologia da Informação (TI)? (ALECRIM, 2008) Introdução Em seu início, a computação era tida como um mecanismo que tornava possível automatizar determinadas tarefas em grandes empresas e nos meios governamentais. Com o avanço tecnológico, as “máquinas gigantes” começa- ram a perder espaço para equipamentos cada vez menores e mais poderosos. A evolução das telecomunicações permitiu que, aos poucos, os computadores passassem a se comunicar, mesmo estando em lugares muito distantes geo- graficamente. Como consequência, tais máquinas deixaram de simplesmente automatizar tarefas e passaram a lidar com informação. Informação A informação é um patrimônio, é algo de valor. Não se trata de um monte de bytes aglomerados, mas sim de um conjunto de dados classificados e or- ganizados de forma que uma pessoa ou uma empresa possa tirar proveito. A informação é inclusive um fator que pode determinar a sobrevivência ou a descontinuidade das atividades de um negócio. E isso não é difícil de ser en- tendido. Basta imaginar o que aconteceria se uma instituição financeira per- desse todas as informações de seus clientes[...] Apesar de possível, muito dificilmente uma empresa de grande porte con- segue perder suas informações, principalmente quando se fala de bancos, ca- deias de lojas, entre outros. No entanto, o que ocorre com mais frequência é o uso inadequado das informações adquiridas ou, ainda, a subutilização destas. É nesse ponto que a Tecnologia da Informação pode ajudar. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 38 Tecnologia de informação Tecnologia da Informação A Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como um conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação. Na verda- de, as aplicações para TI são tantas – estão ligadas às mais diversas áreas – que existem várias definições e nenhuma consegue determiná-la por completo. Sendo a informação um bem que agrega valor a uma empresa ou a um indivíduo, é necessário fazer uso de recursos de TI de maneira apropriada, ou seja, é preciso utilizar ferramentas, sistemas ou outros meios que façam das informações um diferencial competitivo. Além disso, é necessário buscar so- luções que tragam bons resultados, mas que tenham o menor custo possível. A questão é que não existe “fórmula mágica” para determinar como utilizar da melhor maneira as informações. Tudo depende da cultura, do mercado, do segmento e de outros aspectos relacionados ao negócio ou à atividade. As es- colhas precisam ser bem feitas. Do contrário, gastos desnecessários ou, ainda, perda de desempenho e competitividade podem ocorrer. Tome como base o seguinte exemplo: se uma empresa renova seu parque de computadores comprando máquinas com processadores velozes, muita memória e placa de vídeo 3D para funcionários que apenas precisam utilizar a internet, trabalhar com pacotes de escritório ou acessar a rede, a companhia fez gastos desnecessários. Comprar máquinas de boa qualidade não significa comprar as mais caras, mas aquelas que possuem os recursos necessários. Por outro lado, imagine que uma empresa comprou computadores com vídeo in- tegrado à placa-mãe (onboard) e monitor de 15” para profissionais que traba- lham com Autocad. Para esses funcionários, o correto seria fornecer computa- dores que suportassem aplicações pesadas e um monitor de, pelo menos, 17”. Máquinas mais baratas certamente conseguiriam rodar o programa Autocad, porém com lentidão, e o monitor com área de visão menor daria mais traba- lho aos profissionais. Nesse caso, percebe-se que a aquisição das máquinas reflete diretamente no desempenho dos funcionários. Por isso, é preciso saber quais as necessidades de cada setor, de cada departamento, de cada usuário. Veja este outro exemplo: uma empresa com 50 funcionários, cada um com um PC, adquiriu um servidor de rede que suporta 500 usuários conectados ao mesmo tempo. Se a empresa não tem expectativa de aumentar seu quadro de funcionários, comprar um servidor desse porte é o mesmo que comprar um ônibus para uma família de 5 pessoas. Mas o problema não é apenas esse. Se esse servidor, por alguma razão, parar de funcionar, a rede ficará indisponível Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 39 e certamente atrapalhará as atividades da empresa. Além disso, se a rede não estiver devidamente protegida, dados sigilosos poderão ser acessados exter- namente ou mesmo um ataque pode ocorrer. Com os exemplos citados anteriormente, é possível ver o quanto é com- plicado generalizar o que é TI. Há ainda vários outros aspectos a serem con- siderados que não foram citados. Por exemplo, a empresa deve saber lidar também com segurança, com disponibilidade, com o uso de sistemas (eles realmente devem fazer o que foi proposto), com tecnologias (qual é a melhor para determinada finalidade), com recursos humanos qualificados, enfim. A TI é algo cada vez mais comum no dia a dia das pessoas e das empre- sas. Tudo gira em torno da informação. Portanto, quem souber reconhecer a importância disso, certamente se tornará um profissional com qualificação para as necessidades do mercado. Da mesma forma, a empresa que melhor conseguir lidar com a informação, certamente terá vantagens competitivas em relação aos concorrentes. Atividades de aplicação 1. Defina o que é sistema e explique seus principais componentes. 2. Conceitue a empresa como um sistema aberto. 3. Conceitue tecnologia da informação. Gabarito 1. Sistema pode ser definido como um conjunto de componentes em interaçãocom um objetivo principal a ser cumprido. Os seus principais componentes são: o objetivo ou objetivos do sistema; o ambiente do sistema; as entradas do sistema; o processo de transformação do siste- ma; as saídas do sistema; o controle e avaliação do sistema; o sistema de retroalimentação do sistema e a administração do sistema. 2. A empresa é um sistema aberto, porque interage com o ambiente exter- no. Assim, as variáveis e entidades do ambiente externo podem interfe- rir e afetar a empresa, bem como a empresa pode interferir e afetar as variáveis e entidades do ambiente externo onde ela se encontra. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 40 Tecnologia de informação 3. Tecnologia da informação é todo o conjunto tecnológico à disposição das empresas para efetivar seus sistemas de informações e suas ope- rações. Compreende não só os softwares e hardwares, mas todas as tecnologias que podem auxiliar as empresas no desenvolvimento de suas atividades, tais como robôs, equipamentos automatizados, tele- comunicações, dispositivos portáteis etc. Referências ALECRIM, Emerson. O que É Tecnologia da Informação (TI)? Publicado em: 27 ago. 2008. Disponível em: <www.infowester.com/col150804.php>. Acesso em: 29 mar. 2010. BERTALANFFY, Ludwig V. Teoria Geral dos Sistemas. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1975. CATELLI, Armando. Controladoria. São Paulo: Atlas, 1999. p. 52. CATELLI, Armando; BIO, Sérgio R. Sistemas de Informação: um enfoque geren- cial. São Paulo: Atlas, 1985. CUSTÓDIO, Márcio A. Tecnologia da Informação. Disponível em: <www.funorte. com.br/informatica/aulasiniciaisinformatica.doc>. Acesso em: 6 abr. 2010. GUERREIRO, Reinaldo. Modelo Conceitual de Sistema de Informação de Gestão Econômica: uma contribuição à teoria da comunicação da contabilidade. Tese (Doutorado). FEA/USP, 1989. LAURINDO, Fernando J. B. Tecnologia da Informação. São Paulo: Futura, 2002. OLIVEIRA, Marieta. Modelagem de Dados, a Obre Arte. Publicado em: 5 jan. 2009. Disponível em: <http://sgdbexpert.blogspot.com/2009/01/modelagem- de-dados-obre-arte.html>. Acesso em: 6 abr. 2010. OLIVEIRA, Roberto. Aplicações de Gestão da informação. Publicado em: 2008. Disponível em: <www.jroliveira.com/servicos.html>. Acesso em: 30 mar. 2010. PADOVEZE, Clóvis L. Sistemas de Informações Contábeis – Fundamentos e Análise. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007. ______. Sistemas de Informações Contábeis – fundamentos e análise. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tecnologia de informação 41 RICCIO, Edson L. Uma Contribuição ao Estudo da Contabilidade como Sistema de Informação. Tese (Doutorado). FEA/USP, 1989. RODRIGUES, Arley. Curso de Formação Profissional em Técnico em Enferma- gem. Disponível em: <www.portalgigaweb.com.br/site/index2.php?option= com_docman&task=doc_view&gid=83&Itemid=14>. Acesso em: 30 mar. 2010. VANNI, Pablo. Transações com PHP e Microsoft SQL Server. Publicado em: 16 ago. 2005. Disponível em: <http://phpbrasil.com/artigo/gHREtIXmgsAb/transa- coes-com-php-e-microsoft-sql-server>. Acesso em: 6 abr. 2010. WIKIPÉDIA. Sistema Operativo. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/ Sistema_operativo>. Acesso em: 6 abr. 2010. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Sistemas integrados de gestão empresarial Introdução O conceito de integração em sistemas de informações é tão antigo quanto a própria conceituação de sistemas, uma vez que qualquer sistema caracteriza-se pela interação entre seus elementos ou componentes. Espe- cificamente com sistemas de informação desenvolvidos de forma computa- cional, a questão da integração entre todos os subsistemas sempre foi uma operacionalidade fundamental desejada, mas, por algum tempo, ela não foi alcançada completamente em razão do estágio do desenvolvimento da tec- nologia de informação. Considerando o atual estágio da tecnologia de informação, a questão da integração dos sistemas de informações está basicamente resolvida, possi- bilitando uma relação custo-benefício da informação muito mais vantajosa do que no passado. A questão da integração entre os sistemas (ou subsiste- mas) de informação tem como referência a “não redundância” da entrada de dados. Ou seja, busca-se que, após a entrada de um dado necessário para todos os sistemas de informação, ele não seja mais objeto de uma nova en- trada em qualquer outro sistema. Em outras palavras, depois que um deter- minado dado entra em um sistema de informação, ele deve ser utilizado, de forma integrada, por todos os demais sistemas de informações que necessi- tam desse mesmo dado. Sistemas integrados de gestão empresarial O conceito de integração faz com que se busque integrar, naturalmente, todos os sistemas de informações existentes na empresa. O avanço da tec- nologia de informação permitiu desenvolver o conceito de um sistema de in- formação geral de gestão empresarial, de grande abrangência, estruturado de forma integrada, que passou a ser denominado de sistema integrado de gestão empresarial. Esse tipo de sistema passou a ser mais conhecido pela sua denominação em inglês de Enterprise Resources Planning (ERP). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 44 Sistemas integrados de gestão empresarial Conceituação De acordo com Padoveze (2004), “São assim denominados os sistemas de informações gerenciais que têm como objetivo fundamental a integra- ção, consolidação e aglutinação de todas as informações necessárias para a gestão do sistema empresa”. Dentro do conceito de ERP, para Padoveze (1997), há uma integração de todos os subsistemas componentes dos sistemas operacionais e dos siste- mas de apoio à gestão. Por meio de recursos da tecnologia de informação, todos os processos de negócios da empresa são visualizados em termos de um fluxo dinâmico de informações que perpassam a todos os departamen- tos e funções. Os ERPs, segundo Padoveze (2004), permitem uma visão horizontal e de processo, em oposição à visão tradicional verticalizada da hierarquia funcional das empresas. O sistema de informação contábil deverá estar completamente integrado ao sistema de gestão empresarial. Fatores que conduzem ao ERP Em linhas gerais, podemos dizer que foram as grandes corporações trans- nacionais e multinacionais que sempre buscaram uma solução geral para seus sistemas de informação. Os principais fatores são: Ter uma arquitetura única de sistemas de informações para toda a cor- � poração; Ter as informações dentro de um único conceito e em tempo real; � Dar primazia para os processos de negócio. � A primazia para os processos de negócio é uma operacionalidade vital para o ERP, pois o sistema para ser integrado deve evitar a redundância de dados. Como a maior parte dos dados serve para diversos setores ou depar- tamentos, as informações decorrentes desses dados devem fluir de forma ininterrupta, mantendo o fluxo do processo do negócio, não devendo, esse fluxo, ser interrompido por decisões departamentais. Esse conceito pode ser visto na figura 1. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Sistemas integrados de gestão empresarial 45 Figura 1 – O ERP e o fluxo dos processos de negócios. Manuseio de Ordens Desenvolvimento de Ordens Serviços ao Cliente Relatórios Financeiros Pessoal Pesquisa & Desenvolvimento Vendas & Marketing Produção Serviços Finanças SA P. As estruturas verticais representam os setores e departamentos, e os fluxos horizontais representam os processos de negócios. Dentro de um ERP, o que sempre deve prevalecer é o processo de negócio, que perpassa as estruturas verticais (setores, atividades,departamentos) de forma que o flu- xo de dados e informações não seja interrompido. Tecnologia de informação e o ERP Fundamentalmente, a diferença entre os sistemas integrados de gestão empresarial e os sistemas de informação elaborados por meio da arquitetura tradicional está na concepção do que seja integração e, principalmente, no componente tecnologia. As necessidades informacionais dos gestores sempre existiram, mas, na realidade, sua transformação em sistemas de informação com adequada re- lação custo-benefício esbarrava no componente tecnologia. Os enormes avanços tecnológicos na área de informação, em nível de hardware, software, telecomunicações, multimídia etc., permitiram que as empresas fornecedoras de sistemas de informações gerenciais desenhassem sistemas com grau de integração muito forte e traduzissem em sistemas de informação o fluxo dos processos de negócios das empresas. Podemos dizer que os conceitos que levaram à estruturação de sistemas tipo ERP sempre existiram e a colocação em prática só foi possível com o Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 46 Sistemas integrados de gestão empresarial desenvolvimento mais acelerado da tecnologia da informação. Os gestores das empresas sempre desejaram sistemas integrados, e esse conceito foi sendo alcançado gradativamente em conjunto com a evolução tecnológica. Podemos dizer que hoje os objetivos foram alcançados e temos à disposição sistemas integrados com adequada relação custo-benefício e que suprem adequadamente as necessidades informacionais dos gestores. ERP e concepção de integração O atual estágio da tecnologia de informação é que permitiu a incorpora- ção no ERP do conceito final de integração. A integração mais comum exis- tente entre os diversos subsistemas de informação antes da evolução do ERP era a integração via “interface”. No conceito de interface todos os subsiste- mas de informação são conectados uns aos outros por meio de “programas- -ponte”, como mostra a figura 2. Figura 2 – Concepção de integração tradicional (interface). Cl óv is L uí s Pa do ve ze . Sistema 1 Interface Sistema 2 A característica base do programa-ponte de interface é determinar uma fase de trabalho adicional, que é a execução desse programa. Não há uma redundância de dados no sentido restrito, mas há a necessidade de um novo acionamento de um novo sistema de informação, que é a interface. A outra característica da interface é que, no programa-ponte, nem sempre todos os dados de um sistema são carregados ou levados para o outro sis- tema. Os dados a serem levados para o outro sistema dependem do admi- nistrador do sistema receptor. Se esse administrador não tiver boa capacita- ção, poucos dados podem ser transferidos, empobrecendo parte do sistema geral de informação da empresa. A ideia do ERP é não ter interfaces1 uma vez que é nativo dele a condição natural de dados integrados, como pode ser visto na figura 3. 1 Ainda assim existem vários programas de in- terface nos ERPs, princi- palmente porque a maior parte dos ERPs mais avan- çados são de origem es- trangeira e, diversas neces- sidades legais e tributárias brasileiras, fazem com que alguns sistemas de infor- mações sejam abastecidos por interfaces. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Sistemas integrados de gestão empresarial 47 Figura 3 – Concepção de integração do ERP. Cl óv is L uí s Pa do ve ze . Sistema 1 Sistema 2 Nessa concepção, os dados de um sistema navegam naturalmente para outro sistema, de forma integrada e em todos os sentidos. Essa concepção permite também manter a operacionalidade fundamental do ERP que é manter o fluxo das informações e dados dos processos de negócios. Abrangência do ERP A proposta do ERP é a construção de um sistema de informação que atenda a empresa como um todo, dentro de um conceito de integração total. Obviamente, nem tudo será possível, pois existem especificidades dentro de uma empresa que necessitarão de sistemas de informação complementa- res. Porém, dentro de uma apreciação geral, um ERP só pode ser concebido dentro dessa visão de abrangência total. Assim, todos os subsistemas de informação necessários para a gestão do sistema empresa deverão ser cobertos pelo ERP, que integrará todas as áreas e necessidades de informações da produção, comercialização e administração. Como proposta do ERP, todos os subsistemas deverão ser integrados e, portanto, estarão interligados computacionalmente, por meio do conceito de banco de dados e outros conceitos computacionais que permitam a na- vegabilidade dos dados e sua reestruturação em termos de informação útil, por meio dos sistemas de apoio à decisão. Apesar de ser considerado um sistema único, o ERP é segmentado ou composto de diversos subsistemas especialistas para cobrir todos os setores e necessidades informacionais da empresa. Esses subsistemas são denomi- nados de módulos. A figura 4 apresenta uma visão geral de um ERP com os principais subsis- temas ou módulos que o compõem. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 48 Sistemas integrados de gestão empresarial Figura 4 – Abrangência e subsistemas de um ERP. (F ol he to O ra cl e in : M ic ro si ga ) Engenharia Planejamento PCP (MRP) Ordens de Produção Estrutura de Produtos Lançamentos Contabilidade Orçamento Administração de Estoques Requisições de Materiais Cotações Solicitação de Compra Pedidos de Compras Cadastro de Fornecedores Entradas Contas a Pagar Emissões de Cheques Capacidade de Produção CRP-RCCP Custos Simulação Preço de Vendas Rentabilidade de Vendas Produção Chão de fábrica Carga Máquinas Controle de Produção Coletor Eletrônico Controle de Eficiência Contas a Receber RH Qualidade Serviços Contabilização Projetos Folha de Pagamento Ponto Eletrônico Gestão Patrimonial Tesouraria Livros fiscais Gerenciamentos de Projetos Logística Comissão Pagamentos Pedidos de Venda Liberação de Crédito Estoque Produtos Acabados Expedição Previsão de Vendas Estatísticas Vendas Marketing Faturamento Cadastro de Clientes Cada caixa da figura mostra um módulo do ERP que atende às necessida- des específicas. Por exemplo, o módulo Lançamentos/Contabilidade/Orça- mento é o módulo que deve atender todas as necessidades da contabilidade financeira e da contabilidade gerencial. Esse módulo (ou conjunto de sub- sistemas), além de integrados entre si, deve estar integrado com os demais módulos do ERP. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Sistemas integrados de gestão empresarial 49 ERP X sistemas especialistas A proposta do ERP, sendo conceitualmente um sistema único, traz dentro de si uma série de vantagens, claramente decorrentes da tecnologia de infor- mação empregada, da integração total a que se propõe e da proeminência da visão dos processos sobre as estruturas. Contudo, algumas desvantagens podem ser identificadas, principalmente no processo de comparação com a manutenção dos conceitos de sistemas especializados para as diversas áreas da empresa, ligados ainda sob o conceito de interfaceamento. Denominam-se sistemas especialistas os sistemas (softwares) desenvol- vidos com foco em determinada área operacional, sem uma preocupação inicial de navegabilidade de dados. Por exemplo, existem empresas espe- cializadas em sistemas de informação para gestão dos recursos humanos, cujo software conseguiu um grau de especialização muito forte, podendo ser considerado o melhor no mercado. O mesmo se pode dizer de outras áreas, em que empresas se especializam em sistemas de contabilidade, de controle patrimonial, de compras etc. Os sistemas especialistas têm sido denominados de best-of-breed (literal-
Compartilhar