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A crítica à modernidade Crise das grandes narrativas históricas

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A crítica à modernidade. Crise das grandes narrativas históricas.
A Crítica à modernidade
O pensador sociólogo francês chamado Alain Touraine fala da superação entre razão e sujeito: ele escreveu o livro A Crítica da Modernidade, e nesse livro ele fala que hoje há uma separação entre a razão e o sujeito, ou seja, entre o ser e o ter. E essa separação entre razão e sujeito traria grandes consequências para as sociedades e para o sujeito histórico. 
Quando se separa a racionalidade do sujeito há uma ruptura entre aquilo que somos e aquilo que temos, Touraine vai dizer que essa separação é crucial para esse período moderno porque ela vai separar também sujeitos de sujeitos, vai influenciar o mundo do trabalho, tanto aqueles que pensam e quanto aqueles que apenas executam o trabalho pesado, vai entrar na educação também, influenciando aqueles que podem e têm direito a um nível superior e aqueles que não precisam ter o nível superior; toda essa mentalidade está voltada nessa separação entre razão e sujeito.
E quem é o sujeito que se apresenta na modernidade? É o sujeito histórico.
A modernidade apresentou o sujeito histórico, e ele é quem está na história e é ele que precisa fazer a história acontecer. Ele não é submisso e não é também condicionado pelos acontecimentos históricos, ele é protagonista da história, ele é quem decide suas ações.
E a questão colocada pelos críticos da modernidade é: o que nós estamos formando de fato, que tipo de sujeito estamos preparando? Queremos jovens e crianças que sejam modeladas para serem robôs ou para ser realmente sujeitos históricos? 
A reflexão é profunda, é uma crítica muito forte sobre a modernidade com relação o sujeito, e o intuito é justamente colocar em questão “qual é o papel de sujeito?”.
Crise das grandes narrativas históricas
O filósofo francês Jean-François Lyotard faz em seu livro A Condição Pós-Moderna uma análise filosófica e sociológica das críticas à modernidade e estuda ela durante a História. Ele fez então uma crítica, e nela ele utilizou a palavra “crise”, insinuando que esta sociedade está em crise porque todas as narrativas históricas desse período entraram em crise. Ele diz que “a ideia de verdade, construída lentamente pelos pensadores modernos, faliu. Todas as verdades postas até aqui não passam de hipótese”, ou seja, que dentro do conhecimento da ciência, essa idéia da certeza, construída pelos pensadores modernos, “morreu”, perdeu sentido.
Todas as grandes narrativas entram em crise. As grandes explicações sobre o mundo, sobre a história, sobre a vida e sobre o futuro não são certezas. Tudo que aprendemos sobre tudo, é uma hipótese. Não se tem mais certeza de nada.
E a crítica principal é: que racionalidade é essa que uns têm direito outros não tem? Que racionalidade é essa onde crianças morrem de fome e tem animais são tratados como crianças? Que racionalidade é essa que se baseia na desigualdade e na injustiça?
Toda essa crise que Lyotard analisa ele vai ver que é a modalidade criou essa crise. Pois ela colocou na razão a resposta para todos os problemas, e a racionalidade ela não está fazendo isso, ela está contribuindo para uma crise enorme.

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