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Questões de múltipla escolha Disciplina: 681130 - HISTÓRIA INTEGRADA Questão 1: Leia a frase a seguir “acreditamos que a ideia de superar isolamentos territoriais, de monarquias colonizadoras e mesmo de estados nacionais, seja uma alternativa viável de construção de um olhar complexo e questionador do passado histórico, mas que tenho como o referencial fundamental o tempo presente”. De acordo com o exposto é possível afirmar que: A) Uma vez que os eventos históricos são isolados, não interessam a ordem em que são estudados. B) É importante considerar que é o presente que coloca as questões para o passado. C) Só estudamos diferentes realidades como história da África, por exemplo, porque é obrigatório de acordo com as instruções do MEC. D) Pois consideramos que a problematização dos diferentes estratos de tempo são uma contribuição fundamental da obra Braudel. E) O estudo das diferenças entre os povos tem contribuído muito pouco para compreensão de como as vivências históricas permitem estabelecer pontos de conexão. Questão 2: O tratamento proposto pelas coleções que adotam a história integrada oferece concomitantemente a história do Brasil, a da América e a da história geral, podendo seguir ou não a ordem cronológica do estabelecimento das sociedades. Para que se possa pensar em história integrada de diferentes povos é preciso: A) Seguir a fórmula presente em manuais e ir acrescentando um evento depois do outro. B) Que haja alguma simultaneidade em termos de tempo e de espaço. C) Escolher qual sociedade é mais relevante e a partir dela estabelecer os elos com as demais. D) Seguir a construção de narrativas lineares que integram as realidades de diversos povos à história europeia. E) Escolher a história de povos que tenham proximidade territorial, independente de épocas e contextos. Questão 3: Quando se afirma que pode existir um fetiche em relação ao papel da cultura escolar, isso significa que: A) Existe uma banalização do conhecimento gerado, principalmente, pelo fácil acesso via tecnologias provocado pela realidade contemporânea. B) A cultura escolar não seria isolada de outras culturas (universitária, industrial, não escolar, tradições populares) e a escola seria inserida plenamente no contexto social. C) A expressão fetiche em relação ao papel da cultura escolar é um exagero que deve ser descartado como categoria analítica. D) A cultura escolar seria isolada de outras culturas (universitária, industrial, não escolar, tradições populares) e a escola seria reduzida a uma ilha fora da história. E) A cultura escolar é superior às demais manifestações culturais e deve ser a palavra final sobre o conhecimento histórico, uma vez que apenas seus frequentadores são capazes de realizar boas análises relativas ao contexto histórico. Questão 4: Podemos considerar como fundamental o estudo de história da África não levando em consideração apenas argumentos relativos a uma generalizada ignorância sobre aspectos presentes em diversas sociedades que são, em diversos casos, muito importantes também para compreensão do próprio Brasil. Nessa perspectiva, a educação em direitos humanos deve lidar, necessariamente, com: A) Uma hierarquização entre o que é mais importante e o que é superficial. B) A ideia de que a África sempre foi vítima de exploração externa, mas também da própria exploração interna. C) A constatação de que vivemos num mundo multicultural. Assim, a educação em direitos humanos deve afirmar que pessoas com diferentes raízes podem coexistir. D) A ideia de que estudar direitos humanos é um processo e história da África outro. E) A ideia de que, se as fronteiras são mesmo insuperáveis, é melhor então mostrar que elas realmente existem nas relações humanas. Questão 5: Para pensar historicamente podemos lançar mão dos conhecimentos de várias outras ciências [...] o geógrafo Milton Santos apresentou, em várias de suas obras, importante reflexão sobre espaço geográfico, com uma contribuição preciosa sobre o conceito de lugar. Cada lugar tem suas especificidades e precisa ser entendido por meio da série de elementos que o compõem e de suas funções. Milton Santos sustenta, no entanto, que o lugar só pode ser compreendido dialeticamente levando-se em conta as relações de produção nele estabelecidas e sendo concebido como uma produção histórica. De acordo com as observações realizadas: A) A história somente pode contribuir com os geógrafos na medida em que restringe seus estudos aos métodos propostos pelos geógrafos. B) A história seria importante na medida em que auxilia outras ciências. C) A história, segundo esse ponto de vista, atribui funções diferentes ao mesmo lugar. D) O lugar sempre é o mesmo, o que variam são as pessoas. E) O lugar não pode ser analisado senão partindo de seus aspectos morfológicos e topográficos. Questão 6: Pierre Vilar pode ser considerado uma importante referência para o pensamento crítico nas décadas iniciais do século XX. Como algumas de suas discussões mais relevantes para a História, que seria também uma importante contribuição para a ampliação das problematizações sobre o passado e o presente temos: A) A supremacia da visão econômica da História. B) O reconhecimento da figura histórica dos heróis nacionais que aumentam o sentimento de nacionalidade, relação essa fundamental no pensamento de Vilar. C) O abandono das pesquisas relativas ao tempo presente, uma vez que os questionamentos sobre o passado não devem sofrer influências de outras épocas. D) Uma visão filosófica antimarxista e profundamente marcada pelo liberalismo econômico e social. E) Que o referencial fundamental pode ser o tempo presente que nos apresenta os aspectos que darão sentido aos questionamentos sobre o passado. Questão 7: Ao estudar como a história da África pode ser contada, Parada (2013, p. 10) trata de questionar como se construíram as noções de continentes separados e como se produziu uma noção de Europa e Ásia separadas. Para esse autor seria fundamental procurar saber do lugar da África naquilo que o autor chama de geografia política. De acordo com o apresentado, devemos notar que não se trata especificamente de apenas entender o que era a Ásia ou a África mas sim de analisar a ideia que se fazia desses lugares, inclusive tomando como referência a ideia de ameaça ou problemas de organização política produzidos pelos africanos. Levando em consideração que muitos europeus passaram a julgar os outros povos com seus olhares eurocêntricos é correto afirmar que para os europeus, A) As relações entre África e Europa podem ser analisadas com uma perspectiva política segundo a qual são reconhecidas as qualidades africanas de organização própria. B) A ideia de oposição discursiva foi abandonada ao estudar a política africana. C) O reconhecimento do despotismo é uma forma de entender a África de acordo os critérios africanos e não europeus. D) No campo da política, o “despotismo” será a marca comum que passará a caracterizar as experiências históricas extraídas dos continentes africano e asiático, construídos como oposição discursiva da Europa. E) O absolutismo na Europa tomou por base as relações políticas africanas baseadas no autoritarismo de alguns governantes. Questão 8: A história integrada parte de uma concepção processual da história que pressupõe a conjunção de múltiplas temporalidades para compor a explicação histórica, enfatizando simultaneamente aspectos de natureza econômica, política, social, cultural. Diferentemente da história temática (ou por eixos temáticos), a história integrada: A) Abandona a ideia de ampliação da pesquisa histórica, concentrando-se em aspectos pontuais. B) Sofreu alterações devido a ideia de que a históriaprocessual recentemente foi abandonada em nome de uma visão mais científica. C) Embora dê ênfase aos diversos campos do conhecimento humano, procura marcar a supremacia da história frente as outras ciências. D) Apesar de não abandonar a ideia de abordar toda a história, pressupõe a preferência pela história nacional. E) Não abandona a pretensão de abordar toda a história, de todas as sociedades, tempos e lugares. Questões discursivas Questão 1: Ao questionar sobre como o Enem influencia no ensino de História em algumas situações Pinto e Pacheco (2014, p. 77) afirmam que: Atualmente os dois documentos principais que direcionam a educação brasileira são a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), do ano de 1996, e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), de 1997. Marcos de um período de reformulação da educação brasileira da década de 1990, esses documentos apontam para uma educação que esteja voltada para a formação de cidadãos críticos, reflexivos, com consciência social, apontando que o ensino deve ir além da mera repetição de dados e conteúdos cristalizados. Para a História, essa legislação direciona uma postura docente que se preocupe com a formação de sujeitos conscientes de sua historicidade, que se percebam como agentes ativos de sua sociedade. Ao mesmo tempo, aponta a necessidade de se dar maior ênfase à história nacional e às características socioculturais das diferentes identidades. A partir do texto e de seus conhecimentos explique de que maneira o currículo pode ser problematizado. Se faz necessário mobilizar conteúdos e conhecimentos das mais diversas áreas e naturezas trazendo para o ensino o estudo dos povos e das regionalidades assim mobilizando as identidades diversas. Questão 2: Caimi (2009, p. 2), citando Moreira e Silva (1999), afirma que “a temática do currículo precisa ser analisada no âmbito de sua constituição histórica e social, não podendo permanecer restrita à organização do conhecimento escolar. Desse ponto de vista, afirmam: ‘O currículo é uma área contestada, é uma arena política’”. Elabore uma análise que explique a afirmação relativa ao currículo. O professor precisa ter em mente que, em diferentes épocas, os currículos obedecem a determinados interesses de acordo com a legislação vigente, sendo assim precisará se questionar sobre a estratégia elaborada. Questões de múltipla escolha Disciplina: 681360 - HISTORIOGRAFIA GERAL Questão 1: “O determinismo não é um problema de História, mas de todo o comportamento humano. O ser humano - cujas ações não têm causa e são, portanto, indeterminadas - é uma abstração tão grande quanto o indivíduo fora da sociedade de que tratamos numa conferência anterior. A afirmação do professor Popper de que “tudo é possível quando se trata do homem” tem importância ou então é falsa” (CARR, 2002, p. 102). A afirmação anterior, de Edward Carr, se relaciona com a ideia de que: A) O determinismo não pode ser relacionado com as atitudes. B) Não existem generalizações em História. C) Apenas as ciências nomotéticas podem lidar com o individual. D) Conceitos são uma forma de generalização em História. E) A história não é uma ciência ideográfica já que lida apenas com o singular. Questão 2: Nos dias de hoje, diz-se que o historiador realiza um trabalho crítico. A partir dessa perspectiva atual, assinale A) O historiador busca evidenciar a ideologia contida nos discursos e desconstruir conceitos e mitos socialmente estabelecidos. B) O trabalho historiográfico consiste principalmente em realizar uma crítica documental para afirmar a autenticidade do documento C) A postura crítica do historiador se refere a negar completamente os pressupostos fundamentais das ciências vizinhas, submetendo-as a uma rigorosa apreciação. D) O historiador busca problematizar uma questão obscurecendo seu significado, e daí a palavra crise, que significa “problema insolúvel”. E) A crítica histórica é o oposto de um trabalho histórico com método e sua finalidade é apenas criticar o que é correto. Questão 3: Os fenômenos sociais devem ser o objeto do historiador que lida com a economia. A partir deste ponto de vista, é razoável supor que tais fenômenos: A) São excessivamente subjetivos e irracionais. B) São amplos e dinâmicos. C) São de duração curtíssima. D) São necessariamente fracionados. E) São irracionais e ininteligíveis. Questão 4: Em relação à História Econômica, o tratamento das fontes deve levar em consideração: A) Séries de curtíssima duração, relacionadas diretamente a eventos específicos. B) A variação de preços em oposição aos fenômenos sociais. C) Séries de média e longa duração, a partir das quais o pesquisador busca compreender tendências gerais. D) Única e exclusivamente documentos de contabilidade produzidos no passado. E) A objetividade completa das séries documentais estatísticas. Questão 5: O que há de comum entre o materialismo histórico, a sociologia histórica e a Escola dos Annales na segunda fase é que: A) São correntes que se dedicaram à desconstrução dos discursos. B) Foram estimulados pela postura crítica dos pós-modernistas. C) As três correntes afastam-se dos princípios teóricos defendidos por Karl Marx. D) São abordagens vinculadas a uma visão estrutural da história, embora o materialismo tenha gerado distintas possibilidades. E) Recusam a atuação política por considerá-la não científica. Questão 6: Em busca do nexo entre as mediações sociais, as formas como as relações foram impressas, este método visa identificar o movimento da História ao longo do tempo. Tal perspectiva observa o recorte histórico como um processo e busca apreender as dinâmicas internas existentes em seu objeto estudado. O trecho refere-se ao: A) Positivismo. B) Socialismo. C) Antropocentrismo. D) Pós-Modernismo. E) Estruturalismo. Questão 7: O pensamento de Dilthey foi aprimorado ao longo do tempo, mais recentemente por Colingwood que trata da questão da hermenêutica. Collingwood trata mais especificamente da questão da Historiografia, buscando resgatar a validade da interpretação no discurso histórico após uma série de críticas importantes. Uma delas, de Hempel (1984), acusa a hermenêutica de ser extremamente subjetiva, já que está no nível do sujeito humano e que não pode, portanto, haver cientificidade em tal nível. Para Collingwood, qual seria a principal falha dessas críticas apontadas? A) É que estão considerando a hermenêutica apenas com um aspecto antropológico. B) É que não estão considerando um aspecto central da hermenêutica: a busca por um sujeito coletivo, e não um sujeito individual. C) É que estão considerando a hermenêutica apenas como análise de discurso. D) É que não estão considerando um aspecto central da hermenêutica: a busca por um sujeito individual e não o sujeito coletivo. E) É que estão considerando especificamente a questão do individualismo na construção da perspectiva histórica. Questão 8: Observar a dinâmica histórica iniciando-se nas relações mantidas em seu modo de produção, nas maneiras particulares com que a sociedade, ao longo do tempo, organizou o trabalho é característica: A) Do pensamento hegeliano. B) Do materialismo histórico. C) Do pensamento positivista. D) Do revisionismo histórico. E) Exclusiva dos estudos de história contemporânea. Questão 9: Descartes considerava que concluir que existimos mediante uma avaliação superficial realizada pelos sentidos seria insuficiente e imaginava que poderíamos ser enganados por um gênio maligno que nos faz sonhar sobre nossa própria existência. Nossos sentidos nos capacitam apenas para perceber a matéria e tal percepção é incompleta e grosseira.Um conhecimento verdadeiro deve ser seguro e, nesse caso, apenas com o pensamento é possível chegar a uma conclusão que ultrapasse os sentidos. O método cartesiano é uma investigação que procura dirimir toda e qualquer dúvida sobre um determinado objeto de estudo. Escrito no consagrado Discurso Sobre o Método, de 1637, ele tem quatro operações que sintetizariam a indução e a dedução. Assinale a alternativa que apresenta corretamente essas quatro operações: A) A certeza; a descrença; a síntese e a enumeração das conclusões. B) A dúvida; a análise; a síntese e a enumeração das conclusões. C) A análise; a conferência; a síntese e a enumeração das conclusões. D) A dúvida; a conferência; a síntese e a enumeração das conclusões. E) A certeza; a análise; a síntese e a enumeração das conclusões. Questão 10: Leia o texto a seguir e responda o que se pede: (...) é (...) interessante admitir a parcialidade do discurso histórico como um elemento intrínseco de análise e, é claro, não confundir Historiografia com qualquer outro texto que tenha como pretexto algum acontecimento no passado, inclusive um livro de ficção: a Historiografia é um texto de análise que tem um método específico, embasado em uma teoria de análise. Um exemplo prático dessa afirmação seria o famoso livro 1808 (GOMES, 2007), por mais interessante que possa ser, ele não pode ser considerado Historiografia no sentido mais estrito do termo. Trata-se mais de uma crônica jornalística sobre eventos consagrados na história do Brasil. E uma obra historiográfica sobre o papel de Simon Bolívar nas independências sul- americanas seria totalmente distinta do livro General em seu Labirinto (MARQUEZ, 1989), que é um romance histórico. Tanto Gomes (2007) como Garcia Marquez (1989), cada qual partindo de lugares distintos, contribuíram para a formação de algo mais amplo, diferente da História enquanto uma área de conhecimento: trata-se da memória, tanto individual como coletiva. Considerando o texto apresentado assinale a alternativa correta. A) O conceito de memória refere-se diretamente ao que pode ser lembrado. B) O conceito de memória somente diferencia-se de história porque foi trabalhado pela antropologia. C) O conceito de memória está diretamente relacionado à construção do pensamento crítico enquanto a ideia de história remete ao que pode ser lembrado. D) O conceito de memória é muito particular e refere-se a uma abordagem não crítica do passado, em que ele surge como um referencial de ideias importantes para a constituição das identidades. E) O conceito de memória refere-se à construção de identidades exclusivamente nacionais e isso está presente desde a História Antiga, quando Heródoto desenvolveu noções de nacionalismo.
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