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Tema 04 - Provas em Espécie - TÓPICOS

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PROVAS EM ESPÉCIE – TEMA 04 
3.4.	CARACTERÍSTICAS do interrogatório
	a)	Trata-se de um ato personalíssimo;
não é viável ser acusado por procuração.
	b)	O interrogatório é ato privativo do juiz;
o juiz preside o interrogatório, 
	
	c)	O interrogatório é ato sujeito ao contraditório 
Art. 188 - Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante. 
Assiste ao coreu o direito de formular perguntas aos demais acusados, sobre tudo se houver colaboração premiada
	d)	O interrogatório é ato assistido tecnicamente 
	
lei 792
Sumula vinculante 5- A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
Art. 185 - O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado.
	
DIREITO DE ENTREVISTA PRÉVIA E RESERVADA COM O DEFENSOR. 
Art. 185. § 5º Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o preso.
	e)	O interrogatório é um ato público 
o processo é publico, salvo se houver sigilo.
	f)	O interrogatório também é um ato oral
	Como é que é feito o interrogatório de uma pessoa surda? 
Art. 192 - O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será feito pela forma seguinte: 
I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá oralmente; 
II - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito; 
III - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo modo dará as respostas. (Alterados pela L-010.792-2003)
	g)	O interrogatório é ato individual
Art. 191 - Havendo mais de um acusado, serão interrogados separadamente.
um corréu não pode assistir o interrogatório do outro.
	
3.5	CONDUÇÃO COERCITIVA
	
Art. 260 - Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.
segundo a doutrina e jurisprudência majoritária o artigo 260 não foi recepcionado pela constituição pelo que diz respeito à condução coercitiva ao interrogatório (direito de silencio). contudo, não existe vedação à condução coercitiva para reconhecimento
		“O art. 260 foi recepcionado pela Constituição Federal ?
	
LEITURA COMPLEMENTAR
INFORMATIVO Nº 905, STF
TÍTULO
Condução coercitiva para interrogatório e recepção pela Constituição Federal de 1988
ARTIGO
O Plenário iniciou julgamento de arguições de descumprimento de preceito fundamental em que se discute a legitimidade de decisões judiciais que determinam a condução coercitiva de investigados ou réus para serem interrogados em procedimentos criminais, na forma do art. 260(1) do Código de Processo Penal (CPP). O ministro Gilmar Mendes (relator) julgou procedentes os pedidos formulados nas arguições para declarar a não recepção da expressão “para o interrogatório”, constante do art. 260 do CPP, e a incompatibilidade com a Constituição Federal (CF) da condução coercitiva de investigados ou de réus para interrogatório, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e de ilicitude das provas obtidas, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. De início, o relator esclareceu que a hipótese de condução coercitiva objeto das arguições em comento restringe-se, tão somente, àquela destinada à condução de investigados e réus à presença da autoridade policial ou judicial para serem interrogados. Assim, não será analisada a condução de outras pessoas como testemunhas, ou mesmo de investigados ou réus para atos diversos do interrogatório, como o reconhecimento. Fixado o objeto da controvérsia, afirmou que a condução coercitiva no curso da ação penal tornou-se obsoleta. Isso porque, a partir da Constituição Federal de 1988, foi consagrado o direito do réu de deixar de responder às perguntas, sem ser prejudicado (direito ao silêncio). A condução coercitiva para o interrogatório foi substituída pelo simples prosseguimento da marcha processual, à revelia do acusado [CPP, art. 367(2)]. Entretanto, o art. 260 do CPP — conjugado ao poder do juiz de decretar medidas cautelares pessoais — vem sendo utilizado para fundamentar a condução coercitiva de investigados para interrogatório, especialmente durante a investigação policial, no bojo de engenhosa construção que passou a fazer parte do procedimento padrão das investigações policiais dos últimos anos. Nessa medida, as conduções coercitivas tornaram-se um novo capítulo na espetacularização da investigação, inserida num contexto de violação a direitos fundamentais por meio da exposição de pessoas que gozam da presunção de inocência como se culpados fossem. Quanto à presunção de não culpabilidade (CF, art. 5º, LVII), seu aspecto relevante ao caso é a vedação de tratar pessoas não condenadas como culpadas. A condução coercitiva consiste em capturar o investigado ou acusado e levá-lo sob custódia policial à presença da autoridade, para ser submetido a interrogatório. A restrição temporária da liberdade mediante condução sob custódia por forças policiais em vias públicas não é tratamento que normalmente possa ser aplicado a pessoas inocentes. Assim, o conduzido é claramente tratado como culpado. Por outro lado, a dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III), prevista entre os princípios fundamentais do estado democrático de direito, orienta seus efeitos a todo o sistema normativo, constituindo, inclusive, princípio de aplicação subsidiária às garantias constitucionais atinentes aos processos judiciais. No contexto da condução coercitiva para interrogatório, faz-se evidente que o investigado ou réu é conduzido eminentemente para demonstrar sua submissão à força. Não há finalidade instrutória clara, na medida em que o arguido não é obrigado a declarar, ou mesmo a se fazer presente ao interrogatório. Desse modo, a condução coercitiva desrespeita a dignidade da pessoa humana. Igualmente, a liberdade de locomoção é vulnerada pela condução coercitiva para interrogatório. A Constituição Federal consagra o direito à liberdade de locomoção, de forma genérica, ao enunciá-lo no “caput” do art. 5º. Tal direito pode ser restringido apenas se observado o devido processo legal (CF, art. 5º, LIV) e obedecido o regramento estrito sobre a prisão (CF, art. 5º, LXI, LXV, LXVI, LXVII). A Constituição também enfatiza a liberdade de locomoção ao consagrar a ação especial de “habeas corpus” como remédio contra restrições e ameaças ilegais (CF, art. 5º, LXVIII). A condução coercitiva representa uma supressão absoluta, ainda que temporária, da liberdade de locomoção. O investigado ou réu é capturado e levado sob custódia ao local da inquirição. Portanto, há uma clara interferência na liberdade de locomoção, ainda que por um período determinado e limitado no tempo. Ademais, a expressão “para o interrogatório”, constante do art. 260 do CPP, tampouco foi recepcionada pela Constituição Federal, na medida em que representa uma restrição desproporcional da liberdade, visto que busca uma finalidade não adequada ao sistema processual em vigor. Além disso, mesmo para quem considere a condução coercitiva para interrogatório possível, há que se exigir a rigorosa observância da integralidade do art. 260 do CPP, ou seja, intimação prévia para comparecimento não atendida. Por fim, o relator registrou que a declaração de não recepção da condução coercitiva de investigados ou de réus para interrogatório não tem o condão de desconstituir interrogatórios realizados até a data do julgamento em questão, mesmo que o interrogado tenha sido coercitivamente conduzido para o ato. Há que sereconhecer a inadequação do tratamento dado ao imputado, não do interrogatório em si. Argumentos internos ao processo, como a violação ao direito ao silêncio, devem ser refutados. Assim, não há necessidade de debater qualquer relação da decisão eventualmente tomada pelo STF com os casos pretéritos, inexistindo espaço para a modulação dos seus efeitos. Em seguida, o julgamento foi suspenso. (1) CPP: “Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.” (2) CPP: “Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.” ADPF 395/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 7.6.2018. (ADPF-395)
ADPF 395/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, em 7.6.2018. (ADPF-395)
ADPF 444/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, em 7.6.2018. (ADPF-444)
3.6	FORO COMPETENTE
CPP, art. 399, § 2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.
		Ao invés de realizar o interrogatório por precatória, poderá ser feito por videoconferência. Art. 185, § 2º, II:
§ 2º Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: (Alterado pela L-011.900-2009)
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal;
a adoção do princípio da identidade do juiz não impede a realização do interrogatório por carta precatória, rogatória ou de ordem, não é necessário o contato físico direto entre o juiz e o acusado para a realização do interrogatório,
3.7.1.	Espécies de interrogatório do réu preso
	Como eu faço isso? Qual é a ordem preferencial em relação ao réu preso? Quais são as formas de interrogatório?
a) Pessoalmente, dentro do presídio.
b) Pessoalmente no fórum
c) Por videoconferência.
Art. 185, § 1º O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009)
	
§ 2º Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009)
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)	
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.(Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
4.	CONFISSÃO
	4.1.	Conceito
É a aceitação formal da imputação penal que lhe é feita por aquele a quem é atribuída a autoria do delito.
A confissão é também chamada pela doutrina de testemunho duplamente qualificado.
	4.2.	O Valor da Confissão
	
Art. 197 - O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
	4.3.	Classificação da Confissão
	A doutrina vai dividir a confissão em algumas espécies:
a) Confissão Simples – 
o acusado confessa a pratica do delito, sem invocar qualquer tese defensiva.
b) Confissão Qualificada – 
o acusado confessa a pratica do delito, mas opõem algum fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito de punir;
c) Confissão Extrajudicial – 
o acusado confessa o crime fora do processo, sem contraditório ou ampla defesa.
d) Confissão Judicial – 
é aquela feita em juízo com observância do contraditório e a ampla defesa.
e) Confissão ficta ou presumida – 
não existe confissão ficta no processo penal, por um motivo muito simples: direito ao silencio.
Existe revelia no processo penal? 
Se o acusado for citado por edital e não comparecer e não constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o prazo prescricional (art 366)
Todavia, caso o acusado seja sido citado ou intimado pessoalmente, e não comparecer será decretada sua revelia (art 367)
	Art. 366 - Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no Art. 312.
	Vamos ao art. 367:
Art. 367 - O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.
 
consequência da revelia: o único efeito é a desnecessidade de intimação do acusado para a pratica dos próximos atos processuais, salvo a intimação de sentença condenatória.
	
f) Confissão Delatória – “É também conhecida como chamamento de corréu ou DELAÇÃO PREMIADA.” 
	Qual é sua natureza? 
meio de obtenção de prova
Qual é a consequência que a delação gera para o delator? 
	Delação premiada como causa de diminuição de pena 
Lei 7.492/86, art. 25, § 2º Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe que através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços. (Acrescentado pela L-009.080-1995)
Lei 8.072, art. 8º, Parágrafo único - O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de 1 (um) a 2-3 (dois terços).
CP: Art 159, § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.
Lei 8137/90, art. 16, Parágrafo único. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe que através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços.
	Até aqui você tem a delação apenas como causa de diminuição de pena. Aí vem a grande novidade.
	Lei 9.613/98 - crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores
a) Diminuição da Pena e Fixação do Regime inicial aberto
b) Substituição por restritiva de direitos
c) Extinção da punibilidade pelo perdão judicial
Art. 1º, § 5º. A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valoresobjeto do crime. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
	
	Lei 9.807/99 - Lei de proteção às testemunhas. 
a) A extinção da punibilidade pelo perdão judicial ou
b) A diminuição da pena de 1 a 2/3.
Art. 13. Poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, conceder o perdão judicial e a conseqüente extinção da punibilidade ao acusado que, sendo primário, tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e o processo criminal, desde que dessa colaboração tenha resultado:
[...]
Art. 14. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime, na localização da vítima com vida e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um a dois terços.
	medidas de proteção em relação ao delator. 
        Art. 15. Serão aplicadas em benefício do colaborador, na prisão ou fora dela, medidas especiais de segurança e proteção a sua integridade física, considerando ameaça ou coação eventual ou efetiva.
	
	Lei nº. 11.343/06 - lei de drogas
	Aqui, a delação só funciona como causa de diminuição de pena. 
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços.
	
	Lei nº. 12.850/13 - Nova lei de organizações criminosas. 
a) Diminuição da Pena;
b) Substituição por restritiva de direitos;
c) Extinção da punibilidade pelo perdão judicial.
Art. 4º. O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados:
	
		
g) Confissão Complexa – 
h) Confissão Explícita – 
i) Confissão Implícita – 
Ocorre quando o acusado pratica fatos próprios do infrator, ex: paga indenização devida a pratica do fato. OBS: não possui valor probatório.
	4.5.	Características da Confissão
	
a) Retratabilidade – Indicando que o acusado pode se retratar da confissão. 
b) Divisibilidade – O acusado pode confessar uma parte ou a totalidade da imputação. 
c) Trata-se de ato personalíssimo – Não adianta querer passar procuração para alguém confessar em seu lugar.
Art. 198 - O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.
	Esse artigo viola o direito ao silêncio. O juiz não pode valorar o silêncio do acusado.
Art. 200 - A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.
5.	DECLARAÇÕES DO OFENDIDO
	Já que não presta compromisso, o ofendido (vitima) responde pelo crime de falso testemunho?
	o ofendido não responde pelo crime de falso testemunha, afinal, ele não é testemunha. Contudo, poderá responder pelo crime de denunciação caluniosa.
	O ofendido pode ser parte? 
	Dependendo, pode ser parte na ação penal privada, na ação penal pública ele não é parte ele será o querelante.
	Posso conduzir coercitivamente a vítima? 
	Tanto a autoridade policial, quanto a judiciária poderão determinar a condução coercitiva:
	Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas declarações. (Alterado pela L-011.690-2008)
	§ 1º Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade. (Renominado pela L-011.690-2008)
	
	
7.	PROVA TESTEMUNHAL
	7.1.	Conceito de testemunha
	
	Quem pode ser testemunha no processo penal? Uma criança de 4 anos, pode? Um idoso de 90 anos? 
	
	Art. 202 - Toda pessoa poderá ser testemunha.
	7.2.	Características da prova testemunhal
a) Judicialidade ou imediação judicial – Prova testemunhal é aquela colhida em juízo, na presença das partes.
	
b) Oralidade – Porém, algumas pessoas têm a prerrogativa de prestar seu depoimento por escrito. 
Art. 221, § 1º - O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes serão transmitidas por ofício.
	
c) Individualidade – Cada testemunha é ouvida separadamente da outra. E, de acordo com a lei, o juiz deve reservar espaços reservados. 
	
Art. 210. As testemunhas serão inquiridas cada uma de per si, de modo que umas não saibam nem ouçam os depoimentos das outras, devendo o juiz adverti-las das penas cominadas ao falso testemunho. (Alterado pela L-011.690-2008)
	
d) Objetividade – “A testemunha depõe sobre fatos, não podendo emitir opiniões pessoais.”
	
e) Contraditoriedade – A prova testemunhal está submetida ao contraditório. 
	
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. (Alterado pela L-011.690-2008)
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição. (Acrescentado pela L-011.690-2008)
	Adotou o sistema do cross examination. Esse sistema trabalha com o método de exame direto (quando a parte que arrolou a testemunha faz as perguntas) e cruzado ( quando a parte contraria faz as perguntas). 
	sistema presidencialista: quando o advogado se referia ao juiz para o juiz encaminhar a pergunta ao a testemunha.
	Cross-examination poderia ser de duas espécies:
a) Cross-examination as to fact – Diz respeito à reinquirição da testemunha em relação aos fatos já abordados no primeiro exame.
b) Cross-examination as to credit – Diz respeito à verificação da credibilidade da testemunha.
	
	
“No exame cruzado, é possível fazer-se uma reinquirição a respeito dos fatos já abordados no primeiro exame (cross-examination as to facts), como também formular questões que tragam à luz elemento para a verificação da credibilidade do próprio depoente ou de qualquer outra testemunha (cross-examination as to credit )” (STJ HC 121216/DF:)
	Cuidado com a oitiva de testemunhas no plenário do júri. 
	
Art. 473. Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação. (Alterado pela L-011.689-2008)
§ 1o Para a inquirição das testemunhas arroladas pela defesa, o defensor do acusado formulará as perguntas antes do Ministério Público e do assistente, mantidos no mais a ordem e os critérios estabelecidos neste artigo.(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
	
7.3. 	CLASSIFICAÇÃO DAS TESTEMUNHAS.
a) Testemunhas numerárias: 
São aquelas comutadas para aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido.
b) Testemunhas extranumerárias: 
são aquelas que não são computadas no número de testemunhas legalmente permitido, podendo ser ouvidas testemunhas ilimitadas.
Art. 209.  O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
c) Informantes:
são aquelas que não prestam compromisso de dizer a verdade.
d) Testemunha referida: 
são aquelas mencionadas (referidas pelas outras testemunhas e se ouvidas não entrarão no numero máximo de testemunhas)
e) Testemunhas próprias: 
são aquelas que prestam depoimento referente a fato apurado.
f) Testemunhas impróprias ou instrumentais ou instrumentárias ou fedatárias: 
prestam depoimentosobre a regularidade sobre determinado ato processual ou do inquérito, ex: testemunha de apresentação 
g) Testemunha direta: 
presta declarações sobre fatos que presenciou ou ouviu
h) Testemunha indireta ou auricular: 
testemunha que ouviu alguém dizer sobre o fato.
i) Testemunha abonatória:
não depõem sobre o fato, mas sobre as condições pessoal do acusado.
j) Testemunha da coroa: 
é o agente infiltrado
7.4. DESISTÊNCIA DA OITIVA DE TESTEMUNHAS.
A desistência é possível antes ou até mesmo, durante o curso da audiência. 
E no tribunal do júri, é possível a desistência de testemunhas? 
Após a instalação da sessão no júri, a desistência depende da concordância da parte contrária, do juiz presidente e dos jurados.
Art. 401.  § 2º.  A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código.    
7.5. SUBSTITUIÇÃO DE TESTEMUNHA.
CPP, Art. 397.  Se não for encontrada qualquer das testemunhas, o juiz poderá deferir o pedido de substituição, se esse pedido não tiver por fim frustrar o disposto nos arts. 41, in fine, e 395.  
CPC, Art. 451. Depois de apresentado o rol de que tratam os §§ 4º e 5º do art. 357 , a parte só pode substituir a testemunha:
I - que falecer;
II - que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;
III - que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for encontrada.
7.6. DEVERES DA TESTEMUNHA
a) Dever de depor
b) 
CPP, Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
CPP, Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
lEI 8. 906/94. Art. 7º São direitos do advogado:
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
existe regra semelhante no direito canonico
CF. art. 53, § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
b) Dever de comparecimento
CPP, Art. 219. O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa prevista no art. 453, sem prejuízo do processo penal por crime de desobediência, e condená-la ao pagamento das custas da diligência. 
As EXCEÇÕES ao dever de comparecimento são: 
a) as pessoas impossibilitadas de comparecer (art. 220 do CPP); 
b) as autoridades que serão inquiridas com data marcada (art. 221 do CPP); 
c) carta precatória e carta rogatória.
CPP, Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem.
CPP, Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às Assembléias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz.
§ 1º. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, lhes serão transmitidas por ofício. 
CPP, Art. 222.  A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes.
§ 1o  A expedição da precatória não suspenderá a instrução criminal.
§ 2o  Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o julgamento, mas, a todo tempo, a precatória, uma vez devolvida, será junta aos autos.
LEITURA COMPLEMENTAR
INFORMATIVO 292, STF.
Testemunha Imprescindível e Carta Precatória
A Turma indeferiu habeas corpus no qual se pretendia que fosse intimada testemunha arrolada como imprescindível e residente em comarca diversa para depor em sessão do tribunal do júri. Considerou-se que, a teor do disposto no art. 222 do CPP, as testemunhas que residam fora da comarca, independente de serem ou não imprescindíveis, não estão obrigadas a comparecer em plenário, sendo estas ouvidas mediante carta precatória. ("Art. 222 - A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes. §1º A expedição da precatória não suspenderá a instrução criminal. §2º Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o julgamento, mas, a todo tempo, a precatória, uma vez devolvida, será junta aos autos.").
c) Dever de prestar compromisso
Toda testemunha tem o dever de prestar o compromisso de dizer a verdade (art. 203 do CPP). As exceções são:
a) parentes próximos do réu (art. 206 do CPP);
b) menor de 14 anos;
c) deficientes mentais (art. 208 do CPP).
As testemunhas do art. 207 prestam o compromisso.
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.
A ausência do compromisso não dá à testemunha o direito de mentir.
d) Dever de dizer a verdade
CP, Artigo 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:  
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.      
Parágrafo 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
Testemunha não compromissada responde por falso testemunho?
· 1ª corrente: 
somente responde pelo crime de falso testemunho a testemunha compromissada. 
· 2ª corrente:
corrente minoritária, qualquer testemunha poderá cometer o crime disposto no artigo 342 CPP, pois esse tipo penal não trás o compromisso de dizer a verdade como elementar de crime de falso testemunho, acrescenta-se que o informante pode induzir o juízo em erro. a formalidade do compromisso não integra o tipo do falso testemunho, razão pela qual respondera pelo crime.
HC69359/84
O advogado responde por falso testemunho? 
O autor e o coautor praticam o verbo nuclear do tipo, o participe auxilia, assiste.
não responde em condição de coautor, mas responde como participe.
e) Dever de comunicar alteração de endereço
CPP, Art. 224.  As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro de um ano, qualquer mudança de residência, sujeitando-se, pela simples omissão, às penas do não-comparecimento.
7.7. INCIDENTES PROCESSUAIS
a. Contradita
impugna a testemunha, antesde afim de ela não ser ouvida pelo juiz, arguisse circunstancias ou defeitos que afastam suspeitas de parcialidade ou indignas de fé 
CPP, Art. 214. Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou indigna de fé. O juiz fará consignar a contradita ou argüição e a resposta da testemunha, mas só excluirá a testemunha ou não Ihe deferirá compromisso nos casos previstos nos arts. 207 e 208.
b. Arguição de parcialidade
serve para o momento de valoração da prova para o julgador, não se prestando a excluir a testemunha. alega-se circunstancia que afasta suspeita de parcialidade. 
c. Retirada do acusado da sala de audiência
Art. 217. Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará a inquirição por videoconferência e, somente na impossibilidade dessa forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
 Se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela (art. 226, III, do CPP). Mesmo em hipótese de reconhecimento judicial, aplica-se o art. 217.
CPP, Art. 226.  Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:
[...]
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela.
CPP, Artigo 217.  Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará a inquirição por videoconferência e, somente na impossibilidade dessa forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor.
Parágrafo único. A adoção de qualquer das medidas previstas no caput deste artigo deverá constar do termo, assim como os motivos que a determinaram. 
7.8. ETAPAS DO DEPOIMENTO
a. Identificação da testemunha
a testemunha que mente na sua identificação, responde por falso testemunho?
· 1ª CORRENTE)
Respondera por falso testemunho.
· 2ª CORRENTE)
Respondera por falsa identidade.
b. Advertência
CPP, Art. 210. As testemunhas serão inquiridas cada uma de per si, de modo que umas não saibam nem ouçam os depoimentos das outras, devendo o juiz adverti-las das penas cominadas ao falso testemunho. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
c. Perguntas sobre o fato delituoso
7.9. NÚMERO DE TESTEMUNHAS.
	PROCEDIMENTO
	NÚMERO MÁXIMO PARA ACUSAÇÃO
	NÚMERO MÁXIMO PARA A DEFESA
	ORDINÁRIO
	08 testemunhas por fato para a acusação (art. 401, CPP)
	08 testemunhas por fato para a defesa
	SUMÁRIO
	05 testemunhas por fato para a acusação (art. 532, CPP)
	05 testemunhas por fato para a defesa (art. 532, CPP)
	TRIBUNAL DO JÚRI
(1ª FASE)
	08 testemunhas por fato para a acusação (art. 406, §2º, CPP)
	08 testemunhas por fato para a defesa (art. 406, §3º, CPP)
	TRIBUNAL DO JÚRI
(2ª FASE)
	05 testemunhas por fato para a acusação (art. 422, CPP)
	05 testemunhas por fato para a defesa (art. 422, CPP)
	SUMARÍSSIMO
	03 testemunhas por fato para a acusação (MAJORITÁRIO)
	03 testemunhas por fato para a defesa (MAJORITÁRIO)
Procedimento comum ordinário:
Art. 401.  Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Procedimento comum sumário:
Art. 532.  Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela acusação e 5 (cinco) pela defesa. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Procedimento Tribunal do Júri - 1º fase (judicium accusationis):
Art. 406
§ 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na queixa.
§ 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Procedimento Tribunal do Júri - 2º fase (judicium causae):
Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer diligência. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Procedimento sumaríssimo – 3 correntes:
1 corrente – 8 testemunhas
L. 9099/95, Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposições dos Códigos Penal e de Processo Penal, no que não forem incompatíveis com esta Lei.
CPP, Art. 394, § 5o  Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Logo, aplica-se o art. 401, CPP.
2 corrente – 5 testemunhas
Lei 9099/95, Art. 66, Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei.
Lei 9099/95 - Art. 77,   § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei.
Art. 538.  Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o procedimento sumário previsto neste Capítulo. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Logo, aplica-se o art. 532, CPP.
3 corrente – 3 testemunhas (MAJORITÁRIA)
	
Diante do silêncio da lei na parte em que trata do JECRIM. Analogia ao artigo que trata do juizado especial cível.
Lei 9099/95, Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido.
A Jurisprudência:
· "O número limite de testemunhas previsto em lei refere-se a cada fato criminoso" - (RHC 29236 SP);
· "Para cada fato delituoso imputado ao acusado, não só a defesa, mas também a acusação, poderá arrolar até 8 (oito) testemunhas" - (HC 55702 ES).
8. BUSCA E APREENSÃO
Natureza jurídica? 
trata-se de meio de obtenção de prova.
São duas espécies de busca: domiciliar e pessoal:
CPP, Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 1º. Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para: 
a) prender criminosos; 
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; 
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; 
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; 
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu; 
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; 
g) apreender pessoas vítimas de crimes; 
h) colher qualquer elemento de convicção.
§ 2º. Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior.
8.1. BUSCA DOMICILIAR
Art. 5°, inc. XI, da CF - a casa é asiloinviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
o que significa durante o dia? 
enquanto houver luz solar
Qual o objetivo da proteção do domicílio? 
O que se entende por “casa”?
qualquer compartimento habitado, quarto de hotel, estabelecimento comercial que não é aberto ao publico. trailer
RHC 90376
RE331303
 Violação de domicílio
CP, Art. 150.
§ 4º - A expressão "casa" compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior;
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
O que se entende por dia? 
Qual flagrante autoriza a violação de domicílio? 
artigo 302 CPP: de forma unisse os incisos I II e de forma maioritária todos 
CPP, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
8.2. BUSCA PESSOAL
Esta busca pessoal é subdividida em:
a) busca por razões de segurança 
Decorre do exercício do poder de polícia, por razoes administrativas.
b) busca penal 
Quando houver fundadas suspeitas na forma do art. 240 §2 CPP 
O que significa fundada suspeita? 
EMENTA: HABEAS CORPUS. TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA LAVRADO CONTRA O PACIENTE. RECUSA A SER SUBMETIDO A BUSCA PESSOAL. JUSTA CAUSA PARA A AÇÃO PENAL RECONHECIDA POR TURMA RECURSAL DE JUIZADO ESPECIAL. Competência do STF para o feito já reconhecida por esta Turma no HC n.º 78.317. Termo que, sob pena de excesso de formalismo, não se pode ter por nulo por não registrar as declarações do paciente, nem conter sua assinatura, requisitos não exigidos em lei. A "fundada suspeita", prevista no art. 244 do CPP, não pode fundar-se em parâmetros unicamente subjetivos, exigindo elementos concretos que indiquem a necessidade da revista, em face do constrangimento que causa. Ausência, no caso, de elementos dessa natureza, que não se pode ter por configurados na alegação de que trajava, o paciente, um "blusão" suscetível de esconder uma arma, sob risco de referendo a condutas arbitrárias ofensivas a direitos e garantias individuais e caracterizadoras de abuso de poder. Habeas corpus deferido para determinar-se o arquivamento do Termo. (HC 81305, Relator: Min. ILMAR GALVÃO, Primeira Turma, julgado em 13/11/2001, DJ 22-02-2002 PP-00035 EMENT VOL-02058-02 PP-00306 RTJ VOL-00182- 01 PP-00284)

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