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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA ‘JÚLIO DE MESQUITA FILHO’ CAROLINE RIBEIRO DE SOUZA RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EMBRAER – Empresa Brasileira de Aeronáutica/SODEXO Botucatu 2021 2 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA ‘JÚLIO DE MESQUITA FILHO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO Hospital das Clínicas de Botucatu Trabalho de Conclusão de Estágio Curricular Obrigatório apresentado ao Curso de Nutrição, área de Nutrição Clínica, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), como requisito parcial para a Obtenção do Grau de Bacharel em Nutrição. Orientadora / Supervisora: Prof. Dra. Flávia Queiroga Aranha Preceptora: Daiane Gimenez Botucatu 2021 3 Dedico este trabalho aos meus familiares e amigos que sempre me incentivaram. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus professores e colegas que passaram em toda essa trajetória de vida e que fizeram parte da minha formação. Agradecimento especial ao falecido Sr. Osni Bertotti Leme, ao também falecido Sr. Willians Leme Correa (pessoas queridas e especiais que se foram neste último ano de formação), meu companheiro Thiago Büchler, minha família e todos amigos e amigas que me apoiaram com boas palavras, conselhos e incentivo e me fizeram chegar até aqui. Agradecimento especial às minhas chefias Sra. Maria Cristina Cury, Sr. Moacyr Villela e Sr. Mário Pardini por sempre me apoiar e auxiliar a conciliar trabalho e estudos. Agradeço também a equipe da Unidade de Alimentação e Nutrição por me acolherem e me ensinarem tanto. A todos vocês, minha eterna gratidão. 5 SUMÁRIO LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS.....................................................................................11 INTRODUÇÃO....................................................................................................................12 OBJETIVO..........................................................................................................................12 1. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DA INSTITUIÇÃO/CLIENTE....................................................13 1.0.1 Linha De Produção..........................................................................................................13 1.0.2 Missão/Visão/Valores.....................................................................................................13 1.0.3 Número/Turnos De Empregados Da Instituição/Cliente.................................................13 1.0.4 Organograma Da Instituição/Cliente...............................................................................14 1.1 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DA GESTÃO DA UNIDADE...................................................15 1.1.1 Objetivo...........................................................................................................................15 1.1.2 Tipo De Serviço...............................................................................................................15 1.1.3 Tipo De Gestão................................................................................................................15 1.1.4 Número/Turnos Dos Colaboradores E Funções..............................................................15 1.1.5 Organograma Funcional..................................................................................................16 1.1.6 Serviços Existentes..........................................................................................................16 1.2 EXEMPLO DE CARDÁPIO..............................................................................................18 1.2.1 Caseira.............................................................................................................................18 1.2.2 Novidade Do Dia.............................................................................................................18 1.2.3 Dieta................................................................................................................................18 1.2.4 Colégio - Merenda Manhã..............................................................................................18 1.2.5 Colégio - Almoço.............................................................................................................18 1.2.6 Colégio - Merenda Tarde.................................................................................................19 1.3 DOCUMENTOS EXISTENTES..........................................................................................19 1.4 MUDANÇAS REALIZADAS NA PANDEMIA.....................................................................20 1.4.1 Máscaras De Horário.......................................................................................................20 1.4.2 Disposição De Álcool Gel.................................................................................................21 1.4.3 Distanciamento...............................................................................................................22 1.4.4 Janelas Do Restaurante...................................................................................................22 1.4.5 Aferição De Temperatura Na Entrada..............................................................................22 1.4.6 Check-List Diários............................................................................................................22 1.5 ACOMPANHAMENTO DE JORNADA E RESOLUÇÕES......................................................23 2. PLANEJAMENTO FÍSICO-FUNCIONAL..............................................................................23 2.0.1 Layout Da UAN................................................................................................................25 2.0.2 Layout Do Fluxo De Atividades........................................................................................26 6 2.0.3 Layout Do Mapa De Risco...............................................................................................27 2.1 ANÁLISE DA ESTRUTURA FÍSICA...................................................................................28 2.1.1 Câmara De Lixo................................................................................................................28 2.1.2 Vestiário/Sanitários Dos Funcionários............................................................................28 2.1.3 Escritório Administrativo.................................................................................................29 2.1.4 Área De Recebimento.....................................................................................................30 2.1.5 Área De Pré-Preparo: Açougue.......................................................................................30 2.1.6 Área De Pré-Preparo: Área Das Saladas..........................................................................31 2.1.7 Área De Preparo/Área De Cocção E Confeitaria..............................................................32 2.1.8 Área De Higienização De Panelas....................................................................................33 2.1.9 Armazenagem De Utensílios...........................................................................................33 2.1.10 Estoque De Descartáveis...............................................................................................342.1.11 Estoque De Produtos De Limpeza.................................................................................34 2.1.12 Estoque De Produtos Perecíveis....................................................................................35 2.1.13 Estoque De Gêneros Alimentícios Não Perecíveis/Sala Da Nutricionista......................35 2.1.14 Refeitório.......................................................................................................................36 2.1.15 Devolução E Higienização De Utensílios........................................................................37 2.2 ÁREA FÍSICA E NBR 9050/2004.....................................................................................38 2.3 DIMENSIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS...........................................40 2.4 DIMENSIONAMENTO DAS ÁREAS E SETORES - SEGUNDO AS LEIS TRABALHISTAS.........40 2.4.1 Portaria 3214 De 08/06/78.............................................................................................41 2.4.2 Haydée 1973...................................................................................................................42 2.4.3 Passos 1982.....................................................................................................................42 2.4.4 Ministério Da Saúde 1974...............................................................................................42 2.5 MANUTENÇÃO DA ÁREA FÍSICA E DOS EQUIPAMENTOS...............................................42 2.6 TERMOS MAIS UTILIZADOS..........................................................................................43 2.7 MARKETING DESENVOLVIDO NO LOCAL.......................................................................43 2.8 AVANÇOS EM EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS...............................................................45 2.9 ROTINA DE UMA ÁREA................................................................................................46 3. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.................................................................................46 3.1 ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL.....................................................................................47 3.1.1 Recrutamento, Seleção E Admissão................................................................................47 3.1.2 Demissão.........................................................................................................................49 3.1.3 Relacionamento Da Equipe.............................................................................................50 3.1.4 Cargos.............................................................................................................................51 3.2 CONTROLE DE SAÚDE DOS FUNCIONÁRIOS..................................................................54 3.3 ESCALA DE SERVIÇO DOS FUNCIONÁRIOS....................................................................55 7 3.4 FORMAÇÃO/QUALIFICAÇÃO DA EQUIPE......................................................................56 3.5 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO......................................................................................58 3.6 DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL...............................................................................60 3.6.1 IPF (Índice De Pessoal Fixo) ............................................................................................60 3.6.2 IPS (Índice De Pessoal Substituto) E ISD (Índice De Pessoal Substituto Em Dias De Descanso) ................................................................................................................................60 3.6.3 IAD (Índice De Absenteísmo Diário) E RP (Rotatividade De Pessoal) .............................61 3.7 AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE.................................................................................61 3.7.1 IR (Indicador De Rendimento) ........................................................................................62 3.7.2 IPI (Índice De Produtividade Individual) .........................................................................62 3.8 AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO.........................................................................................62 3.9 UNIFORMES E EPIS......................................................................................................62 3.10 SEGURANÇA NO TRABALHO/ERGONOMIA E ACIDENTE DE TRABALHO.......................64 3.11 ATIVIDADE NA UAN: CAPACIDADE E TEMPO DE TRABALHO DA EQUIPE......................65 4. GESTÃO DE SUPRIMENTOS............................................................................................65 4.1 PROCESSO DE LICITAÇÄO/PREGÃO/COTAÇÃO DE PREÇO..............................................66 4.2 GESTÃO FINANCEIRA...................................................................................................66 4.2.1 Custo Fixo........................................................................................................................67 4.2.2 Custo Variável..................................................................................................................67 4.2.3 Custo Direto....................................................................................................................67 4.2.4 Custo Indireto... ..............................................................................................................67 4.3 CURVA ABC DA UAN....................................................................................................67 4.3.1 De Classe A......................................................................................................................68 4.3.2 De Classe B......................................................................................................................68 4.3.3 De Classe C......................................................................................................................68 4.4 DIVISÃO EM PERCENTUAL DO CUSTO...........................................................................69 4.5 FATORES QUE INFLUENCIAM NO CUSTO DE UM CARDÁPIO..........................................70 4.5.1 Política De Compras........................................................................................................70 4.5.2 Quantidade.....................................................................................................................70 4.5.3 Método De Recepção E Armazenamento De Mercadorias.............................................70 4.5.4 Controle Das Operações Durante A Preparação.............................................................71 4.5.5 Mão-De-Obra..................................................................................................................71 4.6 PROGRAMAÇÃO DE MATERIAS: COMPRAS E ABASTECIMENTO....................................71 4.6.1 Lista de Fornecedores.....................................................................................................72 4.7 PLANEJAMENTO DE RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO............................................72 4.8 CONTROLE DE ESTOQUE..............................................................................................73 4.9 ALIMENTOS TRANSGÊNICOS........................................................................................74 8 4.10 IMPRESSOS UTILIZADOS............................................................................................74 5. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO..............................................................................................74 5.0.1 Área Física, Mobiliários, Equipamentos, Utensílios E Pessoal.........................................75 5.1 CUIDADOS COM A ÁGUA.............................................................................................78 5.2 CONTROLES DE PRAGAS..............................................................................................795.3 RECICLAGEM DE LIXO - RESÍDUOS SÓLIDOS..................................................................79 5.4 MATERIAL DE LIMPEZA................................................................................................80 5.5 CONTROLE DE QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA.......................................................81 5.5.1 Recepção E Controle De Mercadorias.............................................................................82 5.5.2 Armazenamento De Produtos.........................................................................................83 5.5.3 Pré-Preparo Dos Alimentos.............................................................................................83 5.5.4 Preparo Dos Alimentos...................................................................................................83 5.5.5 Distribuição Dos Alimentos.............................................................................................84 5.5.6 Guarda De Amostras.......................................................................................................84 5.5.7 Transporte De Alimentos.................................................................................................84 5.6 INTOXICAÇÃO ALIMENTAR...........................................................................................85 6. PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS....................................................................................85 6.0.1 Elaboração Do Cardápio: Leis De Escudero.....................................................................86 6.0.2 Considerações Importantes Para Elaboração..................................................................86 6.0.3 Categorias De Cardápio...................................................................................................87 6.0.4 Gramagem Per Capita E Variedade De Preparações Culinárias.......................................87 6.1 RECEITUÁRIO PADRÃO E FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO (FTP) .................................88 6.2 AS EXIGÊNCIAS DO PAT..............................................................................................101 6.3 PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL..............................................................103 6.4 CUSTOS DO CARDÁPIO...............................................................................................104 6.5 PRÉ-PREPARO DOS ALIMENTOS.................................................................................104 6.6 PREPARO DOS ALIMENTOS........................................................................................106 6.6.1 Indicadores No Preparo De Alimentos..........................................................................107 6.6.2 Fluxograma Das Preparações........................................................................................109 6.6.3 Degustação Das Preparações E Atendimento Ao Cliente..............................................114 6.7 DISTRIBUIÇÃO DAS REFEIÇÕES...................................................................................115 6.7.1 Refeição Transportada...................................................................................................115 6.7.2 Controle Da Sobra Limpa..............................................................................................116 6.8 DEVOLUÇÃO DAS BANDEJAS, RESTOS E DESPERDÍCIOS..............................................117 6.9 PROCEDIMENTOS DE ETAPAS DA COCÇÃO..................................................................118 6.9.1 Cocção Do Arroz............................................................................................................118 6.9.2 Cocção Do Feijão...........................................................................................................118 9 6.10 MÉTODOS AQPC E AQNS..........................................................................................119 6.11 TEMPO MÉDIO PARA SERVIR-SE E ROTATIVIDADE RO REFEITÓRIO............................120 6.12 CARDÁPIO SEMANAL E PEDIDO DE COMPRA...........................................................121 7. CONTROLE DE QUALIDADE E NORMAS SANITÁRIAS VIGENTES.....................................122 7.0.1 APPCC, BPF, POPS, 5S....................................................................................................123 7.0.2 RDC e IN 60 de 2019.....................................................................................................124 7.1 CONTROLE DE TEMPERATURA DOS EQUIPAMENTOS E PREPARAÇÕES........................126 7.1.1 Controle De Temperatura No Recebimento..................................................................126 7.1.2 Controle De Temperatura No Preparo...........................................................................127 7.1.3 Controle De Temperatura Na Distribuição....................................................................127 7.1.4 Controle De Temperatura Dos Equipamentos...............................................................127 7.2 AUDITORIAS..............................................................................................................128 8. IMPLANTANDO O GUIA ALIMENTAR NA UNIDADE.......................................................130 8.1 IMPLANTANDO O ODS NA UAN.................................................................................133 8.1.1 Erradicação Da Pobreza.................................................................................................133 8.1.2 Fome Zero E Agricultura Sustentável............................................................................133 8.1.3 Saúde E Bem-Estar.........................................................................................................134 8.1.4 Educação De Qualidade................................................................................................134 8.1.5 Igualdade De Gênero....................................................................................................134 8.1.6 Água Potável E Saneamento..........................................................................................135 8.1.7 Energia Acessível E Limpa.............................................................................................135 8.1.8 Trabalho Decente E Crescimento Econômico................................................................135 8.1.9 Indústria, Inovação E Infraestrutura..............................................................................136 8.1.10 Redução De Desigualdades.........................................................................................136 8.1.11 Cidades E Comunidades Sustentáveis.........................................................................136 8.1.12 Consumo E Produção Responsáveis............................................................................136 8.1.13 Ação Contra A Mudança Global Do Clima...................................................................137 8.1.14 Vida Na Água...............................................................................................................137 8.1.15 Vida Terrestre..............................................................................................................137 8.1.16 Paz, Justiça E Instituições Eficazes...............................................................................137 8.1.17 Parcerias E Meios De Implementação.........................................................................138 8.2 DOAÇÃO DE EXCEDENTES PARA O CONSUMO HUMANO............................................138 8.3 EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (EAN) NA UAN............................................138 8.3.1 Um Jornal Mensal Com Assuntos Sobre Nutrição.........................................................139 8.3.2 Banquinha Da Nutrição.................................................................................................1408.3.3 Avaliação Nutricional....................................................................................................140 8.4 A UAN TERCEIRIZADA................................................................................................141 10 8.4.1 Tipos De Terceirização...................................................................................................141 8.4.2 Vantagens Da Terceirização Em UAN.............................................................................142 8.4.3 Desvantagens Da Terceirização Em UAN.......................................................................143 8.5 AGRICULTURA FAMILIAR (AF) X APLICAÇÃO NA UAN.................................................143 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................144 10. REFERÊNCIAS.............................................................................................................145 ANEXOS 11. QUADRO DE TAREFAS DO ESTÁGIO.............................................................................150 12. QUADRO DE SUSTENTABILIDADE...............................................................................154 11 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária ASA Administração dos Serviços de Alimentação ASO Atestado de Saúde Ocupacional EPIs Equipamento e Proteção Individual GN Gastronorms IRd Indicador de Rendimento de Mão de Obra PAT Programa de Alimentação do Trabalhador POPs Procedimentos Operacionais Padrões PVPS Primeiro que Vence, Primeiro que Sai RT Responsável Técnico UAN Unidade de Alimentação e Nutrição VISA Vigilância Sanitária 12 INTRODUÇÃO A alimentação de coletividades está relacionada com as atividades desempenhadas em uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN). Dá-se o nome de UAN institucional, aquelas onde são situadas dentre de empresas, escolas e outras, onde há demanda fixa de clientes. A UAN deve possuir um serviço organizado e com sequência de atividades que resultem no produto final, ou seja, o fornecimento aos comensais de refeições produzidas de acordo com as normas vigentes de higiene, adequadas nutricionalmente, com as características organolépticas preservadas dos alimentos e que atendam aos limites financeiros da instituição (ABREU, 2009). Segundo a Portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013 (CVS-5), a responsabilidade técnica (RT) de restaurantes industriais e serviços de nutrição e dietética hospitalares, deve estar a cargo de um profissional da área de alimentos. Já a parte administrativa, deve ser delegada para o nutricionista, que é o profissional capacitado para exercer tal função. De acordo com a lei nº8234/1991, algumas atividades desempenhadas na UAN são privativas do nutricionista, como o “planejamento, organização, direção, supervisão e avaliação de serviços de alimentação e nutrição” (ROSA, 2014). Além disso, a nutricionista na UAN exerce outras atribuições, tais como gerência e liderança de equipe, promover a saúde e boas práticas dos colaboradores e comensais e garantir a qualidade e padronização do serviço realizado, coordenação e avaliação durante todos os processos e rotina da UAN. O estágio foi realizado na unidade de alimentação e nutrição SODEXO, que presta serviço para a empresa EMBRAER S/A. A SODEXO (anteriormente chamada SODEXHO Aliance) foi fundada por Pierre Bellon em 1966 em Marseille, na França e é hoje a líder mundial em Serviços de Qualidade de Vida. A empresa opera em 80 países e está no Brasil a 35 anos, e é a 18ª maior empregadora mundial, com 428 mil colaboradores, que compartilham da mesma paixão pelo serviço. (Site Institucional SODEXO) OBJETIVO O presente trabalho enfatiza o relato da vivência do programa de estágio curricular na área de Administração dos Serviços de Alimentação (ASA), que possui como objetivo o aprimoramento dos conhecimentos obtidos ao longo do curso de graduação em nutrição, 13 além de desenvolver domínio de habilidades práticas e competência necessária para a área de alimentação coletiva, por meio do acompanhamento das atividades diárias da nutricionista responsável pela unidade e direcionado pelo “Manual do Estagiário” e supervisão da Prof. Drª. Flávia Queiroga Aranha. 1. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DA INSTITUIÇÃO/CLIENTE 1.0.1 Linha de produção EMBRAER: Fabricação de peças e estruturas para jatos das famílias ERJ, E-JETS E1 e E2, Phenom, montagem da fuselagem e subconjuntos do Super Tucano, fabricação de painéis KC-390, fabricação de peças de reposição para aviões da Embraer com produção descontinuada, ferramentais e GSE´s. A unidade Botucatu também é responsável pela produção e comercialização dos aviões Ipanema, venda de peças de reposição e apoio pós- venda para aviação agrícola. SODEXO: Nutrição e alimentação com qualidade e segurança, atendimento visando satisfação constante dos clientes. 1.0.2 Missão/Visão/Valores EMBRAER: Buscando pela qualidade, a Embraer possui equipe qualificada, tecnologia de ponta, incessante busca pela perpetuidade da empresa, respeito à qualidade de vida, ao meio ambiente e à sociedade. SODEXO: Melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas a quem servem. Estar empenhada em fornecer serviços, benefícios e incentivos (anteriormente, motivation solutions), que melhoram o bem-estar das pessoas, a eficácia do processo e a confiabilidade e qualidade da infraestrutura e contribuir com o desenvolvimento econômico, social e ambiental das comunidades, regiões e países em que atuam. Demonstrar este compromisso todos os dias, empregando centenas de milhares de pessoas localmente em todas unidades pelo mundo e contribuindo com sua realização e desenvolvimento profissional. 1.0.3 Número/turnos de empregados da instituição/cliente EMBRAER: De Segunda a Sexta-feira: 1º turno: 07:15 – 15:20. 2ºturno: 13:13 – 22:00. 14 3º turno: 21:45 – 06:46. Administrativo: 07:00 – 16:48 - Número de empregados: 1.900 SODEXO: Número de turnos: 1º Turno das 05h45 às 15h33, 2º Turno das 15h43 ás 01h00, além do Administrativo das 07h20 às 15h33 e Intermediário das 04h00 às 13h48. Número de empregados: 34 funcionários. 1.0.4 Organograma da instituição/cliente Figura 1 – Organograma da posição da Unidade na relação Instituição/Cliente 15 1.1 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DA GESTÃO DA UNIDADE 1.1.1 Objetivo O presente objetivo é o fornecimento de serviços que compreendem, mas não se limitam, a aquisição de gêneros alimentícios, preparo e distribuição de refeições aos empregados da Embraer e convidados em qualquer de suas divisões. Além das atividades ligadas ao fornecimento de refeições, são prestados serviços de comissária, fornecimento de lanches, atendimento de copas e de eventos especiais e lanchonete no refeitório principal, com oferecimento de marmitas congeladas, refrigerantes e outras guloseimas como chocolates e sorvetes que são adquiridos pelos funcionários com pagamento em dinheiro, cartões de crédito e débito e PIX. 1.1.2 Tipo de Serviço O tipo de serviço prestado na UAN no âmbito de distribuição de refeições é do tipo self-service parcial. Sendo self-service para a alimentação caseira, dieta e porcionada para segunda saudável e para o dia "novidade da semana". 1.1.3 Tipo de gestão O contrato é firmado entre as empresas Embraer e SODEXO, resultando em uma gestão terceirizada. As refeições são servidas para os funcionários da Embraer S.A, empresas terceirizadas e visitantes que prestamserviços para a Embraer S.A. Possui em média 360 refeições diárias transportadas para o Colégio Casimiro Montenegro. O prazo de renovação de contrato é a cada 7 anos. 1.1.4 Números/turnos dos colaboradores e funções Ao todo, o quadro de funcionários é de 28 pessoas, onde 08 deles estão afastados por serem grupo de risco de COVID, e mesmo vacinados a empresa não os convocou à volta. O turno intermediário compreende os horários entre 04h00 às 13h48m, onde operam um copeiro e um açougueiro de segunda-feira e sexta-feira. O primeiro turno compreende os horários das 05h45m às 15h33m, onde operam um açougueiro, dois cozinheiros I, um oficial de cozinha II, um oficial de serviços gerais I, uma encarregada de 16 restaurante I e uma copeira. No turno denominado “turno administrativo”, que funciona das 07h20m às 17h08m, laboram uma Gerente de Unidade III, um auxiliar Administrativo I, uma auxiliar Administrativo II, uma encarregada de restaurante II, um cozinheiro líder, quatro oficiais de serviços gerais I, um oficial de Serviço Gerias II, dois oficiais de Cozinha I, um oficial de Cozinha II, dois jovens aprendizes e um motorista. No segundo turno, que compreende os horários entre 15h43m às 01h00m operam um cozinheiro I e duas oficiais de serviços gerais I. 1.1.5 Organograma Funcional Figura 2 – Organograma Funcional da Unidade 1.1.6 Serviços existentes A UAN fornece, conforme firmado em contrato com a empresa Embraer, serviços diários. No almoço são servidas em média 1.300 refeições no restaurante, além de 180 17 refeições transportadas para o Colégio Casemiro Montenegro (que está operando com 50% da capacidade, sendo antes da pandemia 360 só para o Colégio) das 10:30 às 14:00 e 230 a 240 refeições servidas no restaurante durante o jantar das 19:30 às 21:30 de segunda-feira a sexta-feira, exceto feriados, em sistema self-service e sendo parcial quando no caso de Novidade da Semana. Existem 4 opções de dietas dispostas para os comensais: a) caseira: relacionada a preparações que remetem à culinária caseira brasileira. Menos sofisticada, baseadas na alimentação do dia-a-dia e relacionada ao cardápio essencial e rotativo, composto por receitas tradicionais; b) Dieta: indicado para comensais que possuem alguma restrição dietética, que apresente preferência pela opção, ou doenças crônicas (como hipertensão ou diabetes), pois esta é composta por alimentos hipocalóricos, sem assódico e hipogorduroso; c) Segunda saudável /bem-estar: baseada em apresentações e receitas mais leves que as demais, frequentemente com opção vegetariana. d) Almoço, lanche da tarde e café da manhã do Colégio Embraer Casimiro Montenegro e) Coffee-break e Eventos: Lanches especiais conforme solicitado pelo cliente com opções diferenciadas como: Bolo caseiro, pão de queijo, bolachas, café, leite, sucos entre outras opções conforme disponibilidade e interesse do cliente; f) Novidade da semana: Um dia da semana com novidade no cardápio, geralmente realizada às quintas e sextas-feiras, normalmente oferece alimentos mais calóricos para 'agradar' o cliente, como lanches com hambúrgueres, cachorros-quentes, porém são preparações porcionadas. g) Café, preparado e distribuído em máquinas dispostas nas áreas específicas para o mesmo em pontos estratégicos da empresa, chamados popularmente pelos funcionários de “lanchódromos”. Por dia são preparados e distribuídos em média 200 litros de café, e deixados diariamente inúmeras caixas de 1L de leite, para consumo dos mesmos no local. Os lanchódromos possuem mesas e cadeiras, micro-ondas e geladeira para caso o comensal queira trazer uma pequena refeição de casa. 18 1.2 EXEMPLO DE CARDÁPIO 1.2.1 Caseira Arroz, feijão PRATO I - Pernil assado PRATO II - Steak bovino GUARNIÇÃO - Arroz à grega (cenoura, vagem, uva passa, pimentão, cheiro-verde, alho) SOPA - Abóbora, chuchu e batata SALADA 1 -Folhas Mistas SALADA 2 – Tomate SALADA 3 - Cebola em conserva com ervas SOBREMESA - Pudim de morango com calda 1.2.2 Novidade do dia Lanche de hambúrguer - 2 pães de hambúrguer de 50g - 2 hambúrgueres - 1 fatia de queijo mussarela - 2 sachês de maionese e 2 sachês de catchup. 1.2.3 Dieta Arroz, Feijão, Arroz Integral PRATO I - Frango desfiado PRATO II - Soja ensopada GUARNIÇÃO - Arroz a grega SOPA - Abóbora, chuchu e batata SALADA 1 -Folhas Mistas SALADA 2 – Tomate SALADA 3 - Cebola em conserva com ervas SOBREMESA - Gelatina diet 1.2.4 Colégio - Merenda Manhã Pão com margarina e achocolatado 1.2.5 Colégio – Almoço Arroz, feijão PRATO PRINCIPAL: Lagarto assado GUARNIÇÃO: Arroz a Grega 19 SOPA: Fubá SALADA I: Folhas mistas SALADA 2: Tomate SALADA 3: Cebola SOBREMESA: Pudim de morango com calda 1.2.6 Colégio - Merenda Tarde Pão de Queijo 1.3 DOCUMENTOS EXISTENTES Na unidade há inúmeros documentos existentes, todos muito bem organizados e arquivados em pastas-fichários, arquivos box, pastas suspensas, todos bem identificados e acondicionados. Os documentos existentes são: Atestados de funcionários; Alvará de funcionamento; ASO dos funcionários; Cadri; Calibração de termômetros; Cartão ponto; Cartão ponto holerite; Cats; Check list; Check list qualitativo; Check list de inspeção do veículo; CI´s recebidos; Cipa; Clínicas 2020/2021; Contratos; Contrato de Fornecimento e Prestação de serviços entre Embraer S.A e SODEXO S.A; Comodatos; Contrato social; Controle de água; Controle de degustação; Controle de incidentes de trabalho; Controle de registros de ocorrência alimentar; Copa; Declaração de recebimento cartões SODEXO; Documento de controle - funcionários terceirizados; Documentos de abertura de filial; Documentos de controle – funcionários; Documentos do veículo; Empenho; Equipamentos cadeia fria; Equipamentos cadeia quente; Ficha de informações de segurança de produtos químicos; Inventário; Laudo AMBITEC; Laudos microbiológicos; Licenças; Lista de presença diária – funcionários; Livro de inspeção; Mestre de lote ; Nota fiscal RNF; Notas Fiscais de terceiros; Notas fiscais Embraer; Permissão de trabalho; PPRA/PCMSO; PREAXION; Protocolo de inauguração da unidade; QR code – pesquisas de satisfação; Resto ingesta; Restoclean; Revitalização da unidade; RIC´s 2015; SESMT; SLA – Stand Level Advanced; Sobra limpa; Solicitações e Serviços de manutenção; Temperaturas de Alimentos em Cocção; Temperaturas de alimentos de cadeia fria; Temperaturas de alimentos de cadeia quente; Termos de ciência; Treinamento – Alerta de segurança; Treinamento – Alerta segurança dos alimentos; Treinamento – Conversa do dia; Treinamento – Obrigatório; Treinamento 20 Bombeiro. 1.4 MUDANÇAS REALIZADAS NA PANDEMIA 1.4.1 Máscaras de horário O uso de máscaras na manipulação de alimentos não tem significado para proteção do alimento contra a COVID-19 porque não é causador de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA). A máscara pode ser importante para colaboradores que tenham contato com pessoas externas, como os consumidores e entregadores de mercadorias. O Ministério da Saúde recomenda que máscaras cirúrgicas e N95/PFF2 sejam priorizadas para os profissionais, considerando que os serviços de saúde são os locais com maior potencial de concentração de vírus, ao mesmo tempo em que a manutenção de suas atividades precisa ser garantida mediante ações para a proteção de profissionais e pacientes. Cada funcionário recebeu um kit com máscaras de tecido da SODEXO, com logo da empresa em diferentes cores, para controle da troca de máscaras a cada duas horas, sendo as seguintes cores: Preta, vermelha, azul escuro, azul claro e branca. Elas são trocadas sempre pelos funcionários a cada duas horas e por serem de cores diferentes é maior o controle e visibilidade para a própria equipe ir lembrando um ao outro sobrea troca e para Gestora da Unidade ter um controle melhor a respeito das trocas. A de cor preta é utilizada a partir das 05h30 pelo primeiro turno, e a partir das 15h30 pelo segundo turno. A de cor vermelha é utilizada a partir das 07h30 pelo primeiro turno, e a partir das 17h30 pelo segundo turno. A de cor azul-marinho é utilizada a partir das 09h30 pelo primeiro turno, e a partir das 19h30 pelo segundo turno. A de cor azul-claro é utilizada a partir das 11h30 pelo primeiro turno, e utilizada a partir das 21h30 pelo segundo turno. E por fim, a branca é utilizada a partir das 13h30 pelo primeiro turno, e utilizada às 23h30 pelo segundo turno. Há distribuído na unidade diversos cartazes fotográficos com demonstração das cores das máscaras e horários de troca de ambos os turnos. A máscara de tecido não é recomendada para uso profissional. Mas caso adotadas, devem ser utilizadas por até três horas ou se perceber umidade. Depois de lavadas com água e detergente, podem ser desinfetadas por cinco minutos sob fervura ou por imersão em água sanitária de uso geral (hipoclorito de sódio) por vinte minutos na diluição de 500 ppm (2 21 colheres de sopa de água sanitária para 1 litro de água). Em relação ao tecido mais indicado para a sua confecção, vide nota técnica da ANVIDA nº 23 de 07 de abril de 2020, que dispõe sobre as orientações sobre máscaras faciais de uso não profissional. Quando o estabelecimento opta pelo uso de máscaras de tecido, é importante que disponibilize quantidade suficiente à troca correta e institua um procedimento que permita o controle de troca, por este motivo foi adotado um sistema de cores para cada período de utilização. Além disso, a lavagem de máscaras pode ocorrer pelo próprio colaborador em sua residência (se somente ele for utilizá-las) ou por meio da contratação de lavanderias profissionais (se as máscaras forem compartilhadas). Para utilização de máscaras de tecido é necessário tomar certos cuidados como assegurar-se de que a máscara está limpa; fazer a adequada higienização das mãos antes de colocá-la; evitar o contato com a parte frontal da máscara e, havendo o contato, higienizar imediatamente as mãos; colocar e retirar as máscaras, tocando no elástico ou na extremidade de amarrar, não tocando na parte frontal; cobrir totalmente a boca e o nariz, sem deixar espaços nas laterais; utilizar a mesma máscara por, no máximo, três horas, mas caso fique úmida, trocá-la antes; repetir os procedimentos de higienização das mãos sempre que retirar e recolocar a máscara; e as máscaras limpas de reposição devem estar separadas das máscaras usadas, para que não haja contaminação cruzada, elas devem ser acondicionadas em sacos plásticos fechados, em local distante da manipulação de alimentos e destinado a este fim. 1.4.2 Disposição de álcool gel Antes da pandemia, havia distribuição de álcool gel nas pias dos sanitários, pia de higienização de mãos na cozinha e pia na entrada do restaurante (distribuição) para todos os funcionários assim como sabonetes líquidos antissépticos. Na atual pandemia, foram distribuídos mais frascos de álcool gel na unidade, seja em seu interior ou na distribuição, ou seja, há frascos disponíveis nos escritórios, estoques, próximo ao relógio de ponto biométrico, próximo ao bebedouro dos funcionários, e também em todo restaurante na distribuição, em todas as rampas, próximos às suqueiras, na saída do restaurante, junto ao bebedouro dos funcionários, também no caixa da lanchonete, onde há manuseio de dinheiro 22 e máquinas de cartões de crédito. 1.4.3 Distanciamento Para viabilizar o distanciamento entre os clientes no salão, foram removidas duas cadeiras de cada mesa, que anteriormente possuíam quatro cadeiras, além disso foi colocado um alerta colado em adesivo em cima do local onde não devem sentar-se para facilitar o distanciamento, adesivo esse de boa impressão, colorido, e letras grandes fáceis de ler informando para não utilização daquele assento. Além disso, as mesas possuem distanciamento mínimo de 1 metro entre elas. Além disso, foram colocadas marcações no piso nos locais onde são formadas filas, como nos buffets de autosserviço, nos balcões de atendimento e nos caixas de pagamento, com distância mínima de um metro para orientar o posicionamento dos clientes. 1.4.4 Janelas do Restaurante O ambiente do restaurante possui boa ventilação, e as janelas são mantidas abertas, sendo elas teladas. 1.4.5 Aferição de temperatura na entrada É aferido a temperatura de todos os funcionários que adentram a EMBRAER já na portaria. Não sendo repetida a ação na entrada da cozinha. 1.4.6 Check list diários É preenchido por cada funcionário um check list diário após a Conversa do Dia, onde é questionado sobre sintomas relacionados à COVID-19, podendo assinalar se "sim" ou "não", caso apresente ou não os seguintes sintomas, sendo esta votação individual por sintoma e por funcionário: Febre ou sensação febril, tosse, falta de ar (dispneia), sinais de esforço respiratório (batimento de asas nasais, tiragem intercostal, cianose, hipoxemia), sendo também deixado um campo para especificarem se apresentaram outro sintoma relacionado. Este controle é preenchido todos os dias. 23 1.5 ACOMPANHAMENTO DE JORNADA E RESOLUÇÕES Durante todo o período de acompanhamento da nutricionista responsável e suas atividades, pode-se observar que a mesma cumpre com eficiência todas suas atribuições, ou seja, conforme a Portaria CRN-3 nº262/2012 e Resolução CFN nº419/2008 determinam: planejamento, coordenação, direção, supervisão e avaliação na área de alimentação e nutrição. Entretanto, algumas atividades que a nutricionista realiza, estão além de suas atribuições. Na jornada de trabalho registrada de um dia foi: Pela manhã, a nutricionista conduziu uma conversa com os funcionários que é realizada diariamente chama de “Conversa do dia” sempre com um tema diferente como "economia de luz", "higiene pessoal" ou dinâmicas em grupo para otimizar o trabalho em equipe. Logo após, dirigiu-se a sua sala e conversou com duas funcionárias, em particular. Realizou também junto ao açougueiro, o controle de carnes da câmara fria, e lançou os dados relacionados a tais controles numa planilha no Microsoft Excel para enviar para a matriz da SODEXO. Perto do horário da abertura do restaurante, a GU foi até o salão e realizou a degustação das preparações oferecidas naquele dia. Durante a distribuição, suas atividades foram auxiliar o porcionamento do prato principal e reposição de gêneros alimentícios e auxiliar na embalagem de talheres limpos para voltarem à rampa, pois o número de talheres é inferior ao número de comensais, também auxiliou na cobrança dos itens adquiridos pelos funcionários na lanchonete. Ao término do horário de almoço dos comensais a nutricionista faz uma pausa de almoço. Após o almoço a GU confere a lista de controle de produtos do estoque (KAMBAN) e verificou junto às técnicas de nutrição se as atividades de alguns colaboradores estavam adequadas. 2. PLANEJAMENTO FÍSICO-FUNCIONAL O planejamento físico da UAN considerando sua funcionalidade adequada, é essencial para a otimização das atividades realizadas e entrega do serviço esperado pelos clientes e suas expectativas alcançadas. 24 A construção e montagem de Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN), com base em um planejamento físico adequado, são fundamentais para atender às expectativas de clientes cada vez mais exigentes e cientes de seus direitos, assim como aos anseios dos profissionais da área de alimentação e nutrição. Além da grande diversificação dos cardápios desejada por clientes e profissionais da área, existe uma grande preocupação com a qualidade nas suas mais diferentes dimensões, com o atendimento ao cliente e sua saúde. O planejamentofísico funcional de UAN, elaborado de forma adequada, é uma ferramenta indispensável para garantir a conformidade com a legislação vigente, contribuindo de forma ímpar para a implementação e utilização das boas práticas. Além disso, a segurança, o conforto e a redução de agravos à saúde dos funcionários da UAN não podem ser esquecidos dentro desse contexto. Para isso, é necessário estabelecer o caminho e meios para obtenção de um processo eficiente, que inclui etapas de diagnóstico, anteprojeto e projeto. Nesse processo, também é indispensável determinar os fluxos de matéria-prima, de pessoal e de equipamentos, dando a devida atenção a possíveis cruzamentos e 16 interferências ao longo da produção, visando não só a otimização do trabalho, mas também as questões de saúde do colaborador (ABREU, 2009). A construção e montagem ideal da unidade trarão como vantagens: auxiliar a implementação e utilização correta de boas práticas, conforme com a legislação vigente. As áreas necessárias para a implantação de uma UAN, é um conjunto de áreas de produção, áreas de distribuição, consumo e devolução (ABREU, 2009). Todo o planejamento deve ser realizado por equipe multiprofissional que inclui nutricionista, engenheiro, arquiteto, administrador, entre outros (VIEIRA, 2012). 25 2.0.1 Layout da UAN Figura 3 – Layout da Unidade de Alimentação e Nutrição 26 2.0.2 Layout do Fluxo de Atividades Figura 4 – Layout com Fluxo de Atividades 27 2.0.3 Layout Do Mapa De Risco Figura 5 – Layout do Mapa de Risco e Legenda 28 2.1 ANÁLISE DA ESTRUTURA FÍSICA A área é dividida em diversos setores, permitindo assim um fluxo ordenado de ações dentro da unidade. 2.1.1 Câmara de Lixo É uma câmara fria, onde são acondicionados na temperatura de 5ºC os resíduos orgânicos. Esse local é distante da área produtiva e é esvaziado e lavado de segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras, não apresenta mau-cheiro. A câmara frigorífica é revestida com material lavável, impermeável e resistente; possuem termômetros de fácil leitura que estão sempre calibrados e com visor no lado externo das mesas; possuem em seu interior prateleiras e estrados com material impermeável, resistente e lavável, possuem dispositivos de segurança interno que permite que a porta seja aberta pelo lado de dentro. 2.1.2 Vestiário/Sanitários de funcionários Existem dois vestiários na unidade, um masculino e um feminino. Divididos em: uma área que possui um espaço na entrada onde são pendurados os EPI´s e/ou jaleco antes de entrar no sanitário. Este espaço é misto, composto por sanitários, chuveiros e vestiário com armários. Há também torneiras acionadas por pedais, sabonete líquido para limpeza das mãos, papel para secagem de mãos, álcool para desinfecção das mãos dos colaboradores e lixeira acionada por pedal. Esta instalação não se comunica com a área de preparação e armazenamento de alimentos, nem com o refeitório. São mantidos organizados e apenas os armários não estão em bom estado de conservação devido a depreciação pelo uso constante. A porta de entrada ao sanitário é dotada de fechamento automático. São afixados cartazes sobre o procedimento correto da higienização das mãos nas pias dos sanitários. O vestiário possui chuveiro, vasos sanitários sifonados com tampa e descarga em todos, no vestiário masculino há mictório com descarga. Há sempre disponível papel higiênico, sabonete líquido neutro (inodoro e com ação antisséptica), papel interfolha não reciclado para secagem das mãos e álcool gel. A lixeira com tampa é acionada por pedal. 29 As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. As portas e as janelas são mantidas ajustadas aos batentes. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamentos e infiltrações. Os ralos são sifonados. A iluminação proporciona a visualização de forma que as atividades realizadas não comprometam a higiene dos colaboradores, tendo suas instalações embutidas e protegidas em tubulações íntegras permitindo assim a higienização do ambiente. A ventilação no local é baixa, com baixa renovação do ar e comprometendo assim a manutenção do ambiente livre de partículas em suspensão. Não há tanto fluxo de ar no local. 2.1.3 Escritório Administrativo Ambiente de trabalho das seguintes funções: encarregada de restaurante, auxiliar administrativo I e II e jovem aprendiz. Há computadores, mesas e cadeiras de escritório, lixeiras acionadas por pedal a fim de descartar produtos oriundos da atividade de escritório e arquivo contendo os documentos da unidade. As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. A portas e as janelas são mantidas ajustadas aos batentes. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamentos e infiltrações. A iluminação proporciona a visualização de forma que as atividades realizadas não comprometam a visão dos funcionários em serviço administrativo, tendo suas instalações embutidas e protegidas em tubulações íntegras permitindo assim a higienização do ambiente. A ventilação no local é baixa, com baixa renovação do ar e comprometendo assim a manutenção do ambiente livre de partículas em suspensão. Não há tanto fluxo de ar no 30 local. 2.1.4 Área de Recebimento Localizada ao lado do estoque seco e câmaras frigoríficas, é onde são recebidos e verificados todos os pedidos e adequação dos mesmos, neste local se encontra uma balança para verificação dos mesmos, pia, descascador de legumes industrial e pallets para armazenamento temporário dos itens recebidos. As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. As portas e as janelas são mantidas ajustadas aos batentes. A iluminação proporciona a visualização de forma que as atividades realizadas não comprometam a higiene dos colaboradores, tendo suas instalações embutidas e protegidas em tubulações íntegras permitindo assim a higienização do ambiente. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamentos e infiltrações. Os ralos são sifonados. A ventilação no local garante a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo de ar não incide diretamente sobre os alimentos. 2.1.5 Área de pré-preparo – Açougue Área destinada para o corte de carnes, sendo climatizada a 22ºC por um climatizador para manter a inocuidade do alimento. Lá está a luva de malha de aço para uso do açougueiro, facas guardadas em um esterilizador, tábuas de corte, capa térmica, balcão inox, amaciador mecânico, torneira e mangueira para lavagem diária após produção, porta de acesso à câmara fria onde ficam estocadas as carnes que serão utilizadas no dia. As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. As portas e as janelas são 31 mantidasajustadas aos batentes. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamentos e infiltrações. Os ralos são sifonados. A iluminação proporciona a visualização de forma que as atividades realizadas não comprometam a higiene e segurança dos colaboradores, tendo suas instalações embutidas e protegidas em tubulações íntegras permitindo assim a higienização do ambiente. As lâmpadas são protegidas contra quedas acidentais ou explosão. A ventilação no local garante a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo de ar não incide diretamente sobre os alimentos. 2.1.6 Área de pré-preparo - Área de saladas É a área de higienização e preparo de hortifrútis, onde há abundante uso de água para a devida higienização. O ambiente é climatizado a 20ºC, para evitar o crescimento microbiano nos alimentos higienizados e manter temperatura desejada durante a higienização, pré-preparo e preparo das mesmas. Ali, encontram-se pias para lavagem da salada, tanques para a desinfecção das hortifrutícolas, mangueira e torneira para higienização do local após produção do dia, cartazes afixados nas paredes com instruções, organograma sobre a higienização, capa térmica, relógio com cronômetro. A área de saladas possui equipamentos como cortador de folhas, robocup, espremedor de legumes, acesso a câmara fria onde estão localizados tais alimentos, material para embalagem e distribuição das mesmas. As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. As portas e as janelas são mantidas ajustadas aos batentes. As lâmpadas são protegidas contra quedas acidentais ou explosão. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamentos e infiltrações. Os ralos são sifonados. 32 A iluminação proporciona a visualização de forma que as atividades realizadas não comprometam a higiene dos colaboradores, tendo suas instalações embutidas e protegidas em tubulações íntegras permitindo assim a higienização do ambiente. A ventilação no local garante a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo de ar não incide diretamente sobre os alimentos. 2.1.7 Área de Preparo/Área de Cocção e Confeitaria Neste local, são produzidas as refeições quentes e sobremesas. Há bancadas de apoio, 5 caldeiras com capacidade de 200 litros cada, 3 fornos combinados, 2 basculantes, resfriador, pass through quente, chapa, grill, fogão industrial, coifa, exaustor, duas torneiras com água filtrada, duas prateleiras onde ficam alguns utensílios para facilitar as tarefas executadas. As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. As portas e as janelas são mantidas ajustadas aos batentes. As lâmpadas são protegidas contra quedas acidentais ou explosão. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamentos e infiltrações. Os ralos são sifonados. A iluminação proporciona a visualização de forma que as atividades realizadas não comprometam a higiene dos colaboradores, tendo suas instalações embutidas e protegidas em tubulações íntegras permitindo assim a higienização do ambiente. A ventilação no local garante a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo de ar não incide diretamente sobre os alimentos. 33 2.1.8 Área De Higienização de Panelas (Paneleiro) Possui pia para lavagem de gastronorms e panelas, mangueira, bancada de apoio e equipamento para lavagem. As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. As portas e as janelas são mantidas ajustadas aos batentes. As lâmpadas são protegidas contra quedas acidentais ou explosão. Nos primeiros dias da vivência de estágio, havia no local alguns pisos quebrados que poderiam causar um incidente ou acidente, que foi restaurado em dias posteriores. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro (após a manutenção efetuada), sem trincas, vazamentos e infiltrações. Os ralos são sifonados. A iluminação proporciona a visualização de forma que as atividades realizadas não comprometam a higiene dos colaboradores, tendo suas instalações embutidas e protegidas em tubulações íntegras permitindo assim a higienização do ambiente. A ventilação no local garante a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo de ar não incide diretamente sobre os alimentos. 2.1.9 Armazenagem de Utensílios Área destinada exclusivamente para armazenamento de diversos utensílios utilizados diariamente para preparo e distribuição das refeições como: conchas, pegadores, colheres de servir, escumadeiras, panelas e gastronorms (GNs), entre outros. Os itens costumam ser armazenados neste local em prateleiras inoxidáveis e alguns utensílios em caixas plásticas sobre as prateleiras. As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. As portas e as janelas são mantidas ajustadas aos batentes. As lâmpadas são protegidas contra quedas 34 acidentais ou explosão. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamentos e infiltrações. Os ralos são sifonados. A iluminação proporciona a visualização de forma que as atividades realizadas não comprometam a higiene dos colaboradores, tendo suas instalações embutidas e protegidas em tubulações íntegras permitindo assim a higienização do ambiente. A ventilação no local garante a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo de ar não incide diretamente sobre os alimentos. 2.1.10 Estoque de Descartáveis Local destinado para armazenamento de produtos descartáveis. As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. As portas e as janelas são mantidas ajustadas aos batentes. As lâmpadas são protegidas contra quedas acidentais ou explosão. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamentos e infiltrações. A iluminação proporciona a visualização de forma que as atividades realizadas não comprometam a segurança dos colaboradores, tendo suas instalações embutidas e protegidas em tubulações íntegras permitindoassim a higienização do ambiente. A ventilação no local garante a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. 2.1.11 Estoque de Produtos de Limpeza Local destinado para armazenamento de produtos utilizados na limpeza do local e higiene pessoal. Neste local, existem prateleiras e etiquetas com os nomes de cada um dos produtos armazenados ali. 35 As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. As portas e as janelas são mantidas ajustadas aos batentes. As lâmpadas são protegidas contra quedas acidentais ou explosão. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamentos e infiltrações. A iluminação proporciona a visualização de forma que as atividades realizadas não comprometam a higiene dos colaboradores, tendo suas instalações embutidas e protegidas em tubulações íntegras permitindo assim a higienização do ambiente. A ventilação no local garante a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. 2.1.12 Estoque de Produtos Perecíveis Estes são armazenados em câmaras frias (uma para cada gênero) e são organizados de acordo com a data de validade e dia de utilização. As câmaras frigoríficas são revestidas com material lavável, impermeável e resistente; possuem termômetros de fácil leitura que estão sempre calibrados e com visor no lado externo das mesas; possuem em seu interior prateleiras e estrados com material impermeável, resistente e lavável, possuem dispositivos de segurança interno que permite que a porta seja aberta pelo lado de dentro. 2.1.13 Estoque de Gêneros Alimentícios Não-Perecíveis/Sala Da Nutricionista Neste local, ficam armazenados os alimentos não-perecíveis que não necessitam de refrigeração. Os alimentos ficam armazenados sobre pallets de plástico ou prateleiras de aço inoxidável. Situada ao fundo do estoque, localiza-se a mesa da nutricionista, onde ela realiza suas atividades diárias e administrativas. Junto dela, a gerente dos contratos EMBRAER e também nutricionista, também desempenha suas atividades no local. Possui mesa de 36 escritório, cadeira, notebook, computador, materiais de escritório, impressora e lixeiras. As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. As portas e as janelas são mantidas ajustadas aos batentes. As lâmpadas são protegidas contra quedas acidentais ou explosão. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamentos e infiltrações. A iluminação proporciona a visualização de forma que as atividades realizadas não comprometam a segurança e visibilidade dos colaboradores, tendo suas instalações embutidas e protegidas em tubulações íntegras permitindo assim a higienização do ambiente. A ventilação no local garante a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, dentre outros. 2.1.14 Refeitório Ambiente onde os funcionários realizam suas refeições, contendo 90 mesas e 360 cadeiras. A entrada possui portas que sempre se mantém fechadas e com cortina de ar, conta com catracas onde os funcionários acessam após autorização com cartão individual, onde este será descontado o valor da refeição, lavatórios para mãos logo após entrada, sabonete para higienização das mãos, álcool 70%, papel descartável para secagem de mãos e lixeiras. Há uma televisão que mostra o cardápio de alergênicos de cada rampa disposta no dia, cardápios impressos colocados na parede com as preparações em português e inglês, também possui as quatro rampas de distribuição dos alimentos (na ordem: Caseira, Dieta e Segunda-Saudável/Novidade da Semana), cada uma, sendo divididas em rampa de cadeia quente e cadeia fria. Essas rampas são sinalizadas por placas, solicitando que os mesmos não retirem suas máscaras e não conversem ou falem ao celular durante a retirada da comida. Além disso, na frente de cada rampa, há uma televisão de 32 polegadas, que informa as preparações do dia, oferecidas na determinada rampa. Há também nas bancadas cestinha com os talheres como colher de sopa, colher de sobremesa, faca e garfo embalados individualmente; pratos, bandejas e cumbucas para sopa. 37 O salão é amplo e dispõe de mesas e cadeiras para os comensais desfrutarem seu momento de intervalo de almoço ou jantar. As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. As portas e as janelas são mantidas ajustadas aos batentes. As lâmpadas são protegidas contra quedas acidentais ou explosão. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamentos e infiltrações. A iluminação proporciona conforto visual ideal para os comensais fazerem sua refeição, e têm suas instalações embutidas e protegidas em tubulações íntegras permitindo assim a higienização do ambiente. A ventilação no local garante a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. No momento de pandemia o ar- condicionado não está sendo utilizado devido medidas de segurança. 2.1.15 Devolução e Higienização de Utensílios Neste lugar, apresenta-se uma esteira automática que leva as bandejas e utensílios utilizados pelos comensais até a área de lavagem, onde se encontra a máquina de lavagem Hobart e bancadas inoxidáveis onde serão dispostos os utensílios, pratos e bandejas após lavagem para armazenamento até o momento que forem utilizados. As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, descascamentos, porém apresenta um pouco de infiltração e bolor em uma pequena porção do teto, não sendo assim de todo íntegro. As portas e as janelas são mantidas ajustadas aos batentes. As lâmpadas são protegidas contra quedas acidentais ou explosão. O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamentos e infiltrações. A iluminação proporciona a visualização de forma que as atividades realizadas não comprometam a segurança dos colaboradores, tendo suas instalações embutidas e 38 protegidas em tubulações íntegras permitindo assim a higienização do ambiente. A ventilação no é baixa, sendo um local muito quente e abafado. 2.2 ÁREA FÍSICA E NBR 9050/2004 A inclusão de pessoas com deficiência é um assunto que ganhou certo destaque nos últimos anos. Um dos pontos mais importantes relacionados a isso foi a criação da lei de acessibilidade, que obriga estabelecimentos de diversos segmentos a se adequarem para atender com conforto e dignidade esse grupo de clientes. Portanto, segue análise entre as normas da NBR 9050/2004 e o que é aplicado ou não na unidade de restaurante da SODEXO inserida dentro da EMBRAER/BOTUCATU. Quanto ao acesso não há desnível entre a calçadae a entrada do restaurante. As rampas não possuem piso tátil e não há corrimãos no restaurante. Quanto ao mobiliário, não há assentos destinados a obesos, sendo todas as cadeiras do restaurante iguais; e não há mesas existentes com área de aproximação para pessoas em cadeiras de rodas. De acordo com a legislação, os estabelecimentos devem contar com no mínimo 5% do total de mesas oferecidas, com no mínimo uma, acessíveis para usuários de cadeiras de rodas. O layout do local deve ser concebido de forma que elas tenham uma altura adequada, além de estarem situadas em locais que permitam a livre circulação. Quanto ao cardápio, o restaurante não possui cardápio impresso em BRAILLE para facilitar a consulta de pessoas com deficiência visual e cegos. O ideal seria a existência dos mesmos, e os cardápios deveriam conter o nome do prato e todos os ingredientes utilizados em seu preparo. Os cardápios dos produtos vendidos na lanchonete deveriam respeitar a mesma regra. Para as pessoas com deficiência visual, a lei prevê que os estabelecimentos possuam exemplares do cardápio em braile, que é a representação tátil da escrita para cegos. Além disso alguns deficientes visuais possuem cães que os guiam onde quer que vão. Conforme a legislação eles podem acompanhar seus donos em qualquer estabelecimento, sendo do ramo alimentício ou não. No caso, o restaurante seria obrigado a permitir a entrada de cães guia para não gerar multas a SODEXO. Quanto aos sanitários, o restaurante não possui sanitário adaptado em local acessível. Os banheiros adaptados para quem utiliza cadeira de rodas precisam seguir às 39 recomendações da NBR 9050. Eles devem contar com barras de apoio instaladas nas paredes próximas à bacia sanitária e uma área interna que permita a realização de manobras com a cadeira de rodas. A altura do vaso sanitário e da pia também devem ser adaptados Quanto às vagas de estacionamento, a EMBRAER possui vagas reservadas às pessoas com deficiência no estabelecimento, quantificadas por lei. O número de vagas deve equivaler a 2% do total, garantindo no mínimo uma vaga. Além disso, são devidamente sinalizadas, de acordo com as normas técnicas da NBR 9050 e localizadas mais próximas da entrada, facilitando o acesso. Quanto aos balcões, eles atendem as especificidades de altura máxima. Tanto a lei da acessibilidade quanto o estatuto da pessoa com deficiência viam proporcionar maior autonomia para esses cidadãos. Por isso, os balcões de autoatendimento da empresa tem uma altura que permite o alcance para pessoas em cadeira de rodas , que é de cerca de 1,15 metro. Sabemos que realizar as adaptações necessárias ao atendimento das normas gera um certo custo ao estabelecimento, mas também traz benefícios importantes. Entre os benefícios de respeitar a lei de acessibilidade, o mais importante de todos é proporcionar uma experiência diferenciada aos clientes que convivem com alguma deficiência, afinal são cidadãos que passam por diversas situações de exclusão em seu cotidiano. Ao promover o acesso independente e autônomo a este tipo de demanda, o estabelecimento possibilita a sensação de desfrutar de um momento prazeroso, a sensação as inclusão e pertencimento. Isso faz parte de um bom atendimento ao consumidor. Além disso a inclusão da pessoa com deficiência passa por diversos aspectos. No ponto de vista de restaurantes, quando o local não garante o mínimo de acessibilidade ele está, automaticamente, excluindo esse tipo de cliente ou comensal. Ao garantir a acessibilidade, o estabelecimento promove a integração dessas pessoas à sociedade, tratando-as como cidadãos que têm os mesmos direitos de todos os outros que ali estão. Em suma, é muito importante que o local esteja de acordo com a legislação vigente. As normas estabelecidas na NBR 9050 servem como padrão para qualquer tipo de estabelecimento, mas cada cidade possui leis específicas. Portanto, é preciso que a Gerente de Unidade se informe sobre as exigências da cidade. Se a gerente se preocupa em oferecer 40 um atendimento digno e eficiente para qualquer tipo de cliente e se preocupa com as questões da inclusão das pessoas com deficiência, dificilmente agirá em desconformidade com a lei. Até porque, a lei obriga o cumprimento do mínimo necessário. É possível ir muito além disso, muitas vezes até sem aumentar nos custos de implantação das melhorias. A lei da acessibilidade promove a inclusão de pessoas com diferentes tipos de deficiência tanto em bares e restaurantes quanto em diversos outros locais públicos e privados. O conhecimento das normas e, principalmente, a empatia com essas pessoas é fundamental para proporcionar um atendimento de excelência e aumentar as chances de sucesso da empresa. 2.3 DIMENSIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS Em relação aos equipamentos e utensílios presentes na unidade, existe uma preocupação constante da SODEXO e Embraer com a manutenção constante dos mesmos, reposição e manutenção mensal dos utensílios e equipamentos e em geral todos são atuais e de boa qualidade, além de atender bem a demanda das refeições (com exceção aos talheres de uso individual, que não estão em quantidades suficientes, e exigem uma investida maior por parte das funcionárias da devolução em sua lavagem e higienização para reposição na rampa durante todo horário de almoço) e demonstrarem serem de fácil utilização, porém existem alguns equipamentos dispostos na área de cocção que poderiam ser retirados, otimizando ainda mais o espaço, devido ao desuso, como por exemplo, algumas fritadeiras, pois atualmente não são utilizadas já que o forno combinado realiza essa opção de forma mais saudável e econômica, utilizando menor quantidade de óleo. Durante o período de estágio, pode-se observar a reposição e troca de panelas e outros utensílios antes mesmo que estes viessem a ficar obsoletos, mostrando a atenção constante com a qualidade os mesmos e contagens de talheres e pratos para que sejam arquivados em planilhas e posterior pedido de compras para reposição dos que faltarem. 2.4 DIMENSIONAMENTO DAS ÁREAS E SETORES – SEGUNDO AS LEIS TRABALHISTAS As edificações da UAN foram planejadas e construídas de forma que auxilia e atende ao funcionamento físico-funcional e atividades diárias realizadas. Sua disposição facilita e 41 otimiza o fluxo dos colaboradores e atende a demanda, além de seguir todas as exigências para que seja adequada de forma higiênico-sanitária resultando em um ambiente seguro higiênico e fisicamente. A fase de programação arquitetônica engloba todos os trabalhos de fundamentação do programa arquitetônico que constitui um complexo estudo que tornam claras as condicionantes funcionais e estéticas entre espaços e funções. Uma complicada etapa de planejamento é a determinação da área de uma UAN por abranger uma série de variáveis, como número de refeições, padrão dos cardápios, modalidade e sistema de distribuição e política de compras e de abastecimento. O espaço arquitetônico analisado está bem próximo do ideal em muitos aspectos (layout, fluxo e composição de setores). É claro que algumas pequenas mudanças na estrutura física são sempre muito bem-vindas, ainda mais quando se tratam de melhorias, principalmente as relacionadas ao quesito acessibilidade. 2.4.1 Portaria 3214 de 08/06/78 De acordo com a Portaria 3.214 de 78, o refeitório deve obedecer ao requisito de uma área de 1m² por usuário, abrigando, de cada vez, um terço do total de empregados do maior turno de trabalho, ou seja, toma-se por base o turno que recebe o maior número de comensais, o almoço. No almoço a unidade em pleno funcionamento recebe em média mil e seiscentos comensais, portanto o ideal do tamanho do refeitório seria de aproximadamente 534m². A circulação principal deve ter a largura mínima de 75cm, e a circulação
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