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contabilidade social

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Contabilidade social
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
No Brasil, Contabilidade nacional ou Contabilidade social é uma disciplina da ciência 
contábil[1] que objetiva mensurar os principais agregados macroeconômicos[2] Trata-se de 
um sistema contábil que permite a avaliação da atividade econômica.[3] Tem o objetivo de 
mostrar a situação econômica de um país ou de uma região em termos quantitativos.[4] 
Não deve ser confundida com a Contabilidade Pública ou Contabilidade Governamental, que 
advém da lei 4.320/64.[5][6] Também é extensamente estudada por economistas, por sua 
estreita interação com a macroeconomia.[7][8][9]
A contabilidade social se refere à contabilidade de uma região, nação ou um grupo de 
nações e aplica técnicas que a diferenciam de outros ramos da contabilidade em razão de 
ter como objeto de estudo a economia como um todo.[10] Apresenta um conjunto de 
informações de natureza macroeconômica, sua evolução e sua mensuração através de 
agregados macroeconômicos.[11][12]
A contabilidade nacional é um instrumento de mensuração da economia de um país 
formado por um conjunto integrado de equações e contas, fundamentados em conceitos, 
classificações e normas contábeis internacionalmente aceitas.[13]
A Contabilidade Social trata da mensuração da atividade econômica e social em seu 
múltiplos aspectos. Assim, a Contabilidade Social apresenta os sistemas contábeis de 
estatísticas econômicas oficiais e seus instrumentos de análise. Com efeito, deve ser 
entendida como um sistema contábil que permite a avaliação da atividade econômica em 
um determinado período.[14]
A tarefa fundamental das contas nacionais são classificar uma imensa variedade de agentes, 
os fluxos econômicos e os estoques de ativos e passivos num número limitado de categorias 
essenciais e integrá-las num esquema contábil de forma a obter uma representação 
completa e clara, ainda que simplificada, do funcionamento da economia. O esquema 
contábil das contas nacionais tem sua lógica centrada na ideia de reproduzir os fenômenos 
essenciais da vida econômica de um país: produção de bens e serviços; geração, alocação e 
distribuição da renda; consumo e acumulação (IBGE, 2008, p. 17).[15] 
A lógica contábil utilizada para organizar o SCN (Sistema de Contas Nacionais) torna possível 
1
a representação da atividade econômica em um circuito. Em sua origem encontra-se a 
atividade produtiva, ou seja, a produção de bens e serviços, responsável pela geração da 
renda e que viabiliza as etapas de distribuição e de acumulação no decorrer do ciclo 
econômico.[16]
As regras e procedimentos contábeis usados no SNA baseiam-se naquelas usados há muito 
tempo na contabilidade comercial. O princípio tradicional da contabilidade de dupla 
entrada, segundo o qual uma transação dá origem a um par de entradas de débito e crédito 
correspondentes nas contas de cada uma das duas partes da transação, é um axioma básico 
da contabilidade econômica ou nacional. Por exemplo, registrar a venda da produção requer 
não apenas uma entrada na conta de produção do vendedor, mas também uma entrada de 
valor igual, geralmente descrita como contraparte, na conta financeira do vendedor para 
registrar o dinheiro ou crédito financeiro de curto prazo , recebido em troca da produção 
vendida. Como também são necessárias duas entradas correspondentes para o comprador, 
a transação deve gerar quatro entradas simultâneas de valor igual em um sistema de contas 
macroeconômicas que abrangem tanto o vendedor quanto o comprador. Em geral, uma 
transação entre duas unidades institucionais diferentes sempre exige quatro entradas iguais 
e simultâneas nas contas do SNA (ou seja, contabilidade de entrada quádrupla), mesmo que 
a transação seja uma transferência e não uma troca e mesmo que nenhum dinheiro mude 
de mãos. Essas entradas múltiplas permitem que as interações econômicas entre diferentes 
unidades e setores institucionais sejam registradas e analisadas. No entanto, as transações 
dentro de uma única unidade (como o consumo da produção pela mesma unidade que a 
produziu) requerem apenas duas entradas cujos valores precisam ser estimados.[17]
Para uma unidade ou setor, a contabilidade nacional é baseada no princípio da dupla 
entrada, como na contabilidade comercial. Cada transação deve ser registrada duas vezes, 
uma vez como recurso (ou alteração no passivo) e outra como uso (ou alteração no ativo). O 
total de transações registradas como recursos ou mudanças no passivo e o total de 
transações registradas como usos ou mudanças no ativo devem ser iguais, permitindo, 
assim, verificar a consistência das contas. Os fluxos econômicos que não são transações têm 
suas contrapartes diretamente como alterações no patrimônio líquido. Isso é mostrado na 
seção D abaixo (e também no capítulo 12, que descreve as outras mudanças na conta de 
volume de ativos e na conta de reavaliação).[18]
Componentes da contabilidade social[3]
Sistema de Contas Nacionais também identificado como Contas Econômicas.
Contas Satélites: suprem a necessidade de desenvolver as capacidades de análise da 
contabilidade nacional em áreas sociais e ambientais, sem sobrecarregar ou adulterar o 
2
sistema central de contas.
Instrumentos analíticos associados à CS: Matrizes de Insumo-Produto e números índice.
O curso de Contabilidade Social tratará de explicar a construção do sistema de Contas 
Nacionais do Brasil e dos instrumentos analíticos.
Macroeconomia x Contabilidade Social[3]
Macroeconomia: explica o comportamento agregado da economia e seus desdobramentos.
Contabilidade Nacional: fornece as principais medidas - os agregados macroeconômicos.
Definição: Contabilidade Nacional é um sistema de contas contábeis que permite a 
avaliação da atividade econômica.
O método de avaliação consiste em hierarquizar fatos econômicos, classificar transações 
relevantes e agrupá-las para serem quantificadas e acompanhadas de forma sistemática e 
coerente.
Portanto, o acompanhamento dos movimentos de medidas agregadas em macroeconomia 
é o campo de estudo da teoria macroeconômica. A preocupação com a mensuração dos 
agregados macroeconômicos é o objeto da Contabilidade Nacional ou Contabilidade 
Social.[14]
Pressupostos básicos
As contas contábeis procuram medir a produção corrente;
As contas contábeis referem-se a um fluxo de caixa, normalmente de um ano;
A moeda é neutra, no sentido de que é considerada apenas como unidade de medida e 
instrumento de trocas.
Contabilidade Empresarial x Contabilidade Nacional
Para uma unidade institucional, a contabilidade nacional é baseada no princípio da dupla 
entrada, como na contabilidade comercial. Cada transação deve ser registrada duas vezes, 
uma vez como recurso (ou alteração no passivo) e outra como uso (ou alteração no ativo). O 
total de transações registradas como recursos ou mudanças no passivo e o total de 
transações registradas como usos ou mudanças no ativo devem ser iguais, permitindo, 
assim, verificar a consistência das contas. Os fluxos econômicos que não são transações têm 
suas contrapartes diretamente como alterações no patrimônio líquido.[19]
3
O princípio geral da contabilidade nacional é que as transações entre unidades institucionais 
sejam registradas quando direitos e obrigações surgirem, forem transformadas ou 
canceladas. Essa forma de registro é chamada de regime de competência[19]. Em muitos 
casos, há um atraso entre a transação real e o pagamento ou recebimento correspondente, 
de modo que as transações são registradas com base regime de caixa. Essas duas 
abordagens contábeis diferentes podem resultar no registro de transações em momentos 
diferentes.
Nos últimos anos, o International Accounting Standards Board (IASB) tornou-se cada vez 
mais importante como criador de padrões para a contabilidade comercial. O IASB promulga 
as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e, atualmente, mais de 100 países 
estão envolvidos nesse processo de harmonização. Muitas grandes empresas,especialmente as multinacionais, já aplicam esses padrões internacionais de 
contabilidade.[17]
Os princípios subjacentes às IFRS são, na maioria dos casos, inteiramente consistentes com 
os princípios do SCN. Em particular, vale a pena notar que a introdução das normas explica 
que a substância econômica deve ter precedência sobre a forma jurídica. O IFRS, como o 
SNA, presta atenção não apenas à abordagem conceitualmente preferida, mas também às 
possibilidades práticas.[17]
Como é inevitável que as informações contábeis nacionais das grandes empresas, em 
particular, sejam extraídas dos dados compilados de acordo com os padrões internacionais 
de contabilidade, seria vantajoso para a comunidade de contas nacionais ter um interesse 
maior nos três estágios do desenvolvimento de padrões internacionais de contabilidade e 
contribuem com seus pontos de vista.[17]
Duas áreas específicas em que o IFRS adota abordagens um pouco diferentes do SNA estão 
na área de reconhecimento de manter ganhos e perdas como receita e no registro de 
provisões e passivos contingentes.[20] Um exame mais aprofundado da posição do IASB 
pode ser útil para refinar o tratamento do SNA dessas questões, se não aceitar a posição do 
IASB inteiramente, pelo menos mostrando uma reconciliação entre a posição deles e a do 
SCN. Além do IASB que estabelece padrões para empresas privadas, o Conselho 
Internacional de Normas Contábeis do Setor Público (IPSASB) desempenha uma função 
semelhante para órgãos governamentais.[17]
A avaliação nas contas nacionais de ativos e passivos a preços de mercado também está 
4
aberta a discussão. De fato, essa “riqueza” pode ser apenas potencial. Por exemplo, a mera 
sugestão de que alguém que detém uma grande carteira de ações de uma empresa possa 
alienar suas participações pode levar a uma queda no preço das ações capazes de reduzir o 
ganho de participação realizado potencial desse mesmo titular. O mesmo se aplica à venda 
de propriedades por um grande investidor institucional (uma companhia de seguros ou um 
banco). Por esse motivo, os contadores da empresa são mais cautelosos que os contadores 
nacionais e aplicam o princípio da avaliação ao preço de compra (exceto no caso de algumas 
ações cotadas, para as quais o ganho potencial de participação é praticamente certo de se 
tornar um ganho real). Esse cuidado leva a dificuldades na interpretação da quantidade 
exata de ativos e passivos nas contas da empresa. Esses totais não refletem a realidade 
econômica, pois agregam ativos ou passivos avaliados em datas muito diferentes. Essa 
diferença entre as contas da empresa e as contas nacionais dificulta o uso dos balanços 
patrimoniais da empresa no cálculo das contas patrimoniais das contas nacionais. No 
entanto, é possível que os dois conjuntos de contas coincidam melhor com a aplicação do 
princípio de “valor justo” nas contas da empresa. A aplicação do "valor justo" é equivalente 
à avaliação dos ativos e passivos das empresas de maneira semelhante às contas nacionais. 
Este princípio está sendo recomendado para alguns ativos e passivos pelo International 
Accounting Standards Board (IASB), a organização internacional de estabelecimento de 
padrões contábeis para empresas listadas.[21]
Os dados de entrada da contabilidade nacional para a elaboração de contas que abrangem 
todos os agentes econômicos, inclusive as famílias. Apesar do nome, as contas nacionais 
têm apenas uma semelhança parcial com as contas de uma empresa. As estruturas gerais 
são semelhantes, mas as fontes de dados são totalmente diferentes. O contador 
empresarial tem à sua disposição um Livro Razão que mostra até o último centavo todas as 
transações realizadas pela empresa durante o período. O contador nacional obviamente não 
tem nada semelhante para todos os agentes, especialmente para as famílias. Por esse 
motivo, não é razoável falar em "estatísticas de contas nacionais". A adição da palavra 
"estatística" implica a aceitação das noções de aproximação, estimativa e revisão, coisas nas 
quais os contadores nacionais se destacam.[21]
As três óticas de mensuração da atividade econômica
Ver artigo principal: Atividade econômica
São elas o Produto, a Despesa e a Renda[16][22][23]
PRODUTO NACIONAL ({\displaystyle PN}{\displaystyle PN}) - É o valor de todos os bens e 
serviços finais produzidos em determinado período de tempo. Medida do fluxo de 
produção.
Valor: os preços permitem agregar bens diferentes; moeda é a unidade-padrão de 
5
agregação. Bens e serviços finais: não se consideram os bens e serviços intermediários. 
Período de tempo: mês, ano.
DESPESA NACIONAL ({\displaystyle DN}{\displaystyle DN}) - É o valor das despesas dos 
vários agentes na compra de bens e serviços finais.
{\displaystyle DN={\text{Despesas de consumo}}\ (C)}{\displaystyle DN={\text{Despesas de 
consumo}}\ (C)}
Despesas das famílias com bens de consumo, despesas com investimentos das empresas, 
gastos do governo e gastos do setor externo.
RENDA NACIONAL ({\displaystyle RN}{\displaystyle RN}) - É a soma dos rendimentos pagos 
às famílias, que são proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços 
produtivos.
{\displaystyle RN={\text{salários}}\ (w)+juros\ (j)+{\text{aluguéis}}\ (a)+lucros\ (l)}
{\displaystyle RN={\text{salários}}\ (w)+juros\ (j)+{\text{aluguéis}}\ (a)+lucros\ (l)}
{\displaystyle {\text{Identidade básica}}}{\displaystyle {\text{Identidade básica}}} -
{\displaystyle PN({\text{produto nacional}})=DN({\text{despesa nacional}})=RN({\text{renda 
nacional}})}{\displaystyle PN({\text{produto nacional}})=DN({\text{despesa 
nacional}})=RN({\text{renda nacional}})}
VALOR ADICIONADO - Consiste no cálculo do que cada ramo da atividade adicionou ao valor 
do produto final, em cada etapa do processo produtivo.
{\displaystyle VA=VBP-{\text{consumo de produtos intermediários}}}{\displaystyle VA=VBP-
{\text{consumo de produtos intermediários}}},
{\displaystyle {\text{então,}}}{\displaystyle {\text{então,}}}
{\displaystyle PN=DN=RN=VA}{\displaystyle PN=DN=RN=VA}
POUPANÇA ({\displaystyle S}S) - É a parcela da {\displaystyle RN}{\displaystyle RN} não 
consumida no período, isto é, da renda gerada (salários, juros, aluguéis, lucros), parte não é 
gasta em bens de consumo.
{\displaystyle S=RN-C}{\displaystyle S=RN-C}
INVESTIMENTO ({\displaystyle I}I) - É o gasto em bens que representam aumento da 
capacidade produtiva da economia, isto é, da capacidade de gerar rendas futuras; É o gasto 
em bens produzidos, que não foram consumidos no próprio período e que serão utilizados 
para consumo futuro.
6
{\displaystyle I=PN-C}{\displaystyle I=PN-C}
{\displaystyle I=Ibk+DE}{\displaystyle I=Ibk+DE}
DEPRECIAÇÃO - É o consumo do estoque de capital físico, em dado período.
{\displaystyle PNL=PNB-d}{\displaystyle PNL=PNB-d}
PRODUTO NACIONAL A PREÇOS DE MERCADO E A CUSTO DE FATORES
PN a preços de mercado ({\displaystyle PNpm}{\displaystyle PNpm}) - é o {\displaystyle PN}
{\displaystyle PN} medido a partir dos valores transacionados no mercado (ou seja, medido 
pelo preço pago pelo consumidor final).
PN a custo de fatores ({\displaystyle Pncf}{\displaystyle Pncf}) - é o {\displaystyle PN}
{\displaystyle PN} medido a partir dos valores que refletem os custos de produção, a 
remuneração aos fatores.
{\displaystyle PNpm=Rncf+Ti-Sub}{\displaystyle PNpm=Rncf+Ti-Sub}
Renda Líquida de fatores externos ({\displaystyle RLFE}{\displaystyle RLFE}) - é a 
remuneração dos ativos pertencentes a estrangeiros, divide-se em:
Renda Enviada ao Exterior ({\displaystyle RE}{\displaystyle RE}) - parte do que foi produzido 
internamente não pertence aos nacionais (capital e tecnologia). A remuneração desses 
fatores vai para for a do país.
Renda Recebida do Exterior ({\displaystyle RR}{\displaystyle RR}) - recebemos renda devido 
à produção de nossas empresas operando no exterior.
PIB (Produto Interno Bruto) - é a renda devida à produção dentro dos limites territoriais do 
país.
{\displaystyle RLFE=RR-RE}{\displaystyleRLFE=RR-RE}
Produto Nacional Bruto ({\displaystyle PNB}{\displaystyle PNB}) - renda que pertence 
efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de nossas empresas no exterior, e 
excluindo a renda enviada para o exterior pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil.
{\displaystyle PNB=PIB+RLFE}{\displaystyle PNB=PIB+RLFE}
DESPESA NACIONAL[24]
{\displaystyle DN=C+I+G+X-M}{\displaystyle DN=C+I+G+X-M}
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