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Interseccionalidades_ raça, classe e gênero Identidade de gênero_ sua instabilidade

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Interseccionalidades: raça, classe e gênero. 
O surgimento de novas vertentes do feminismo indicava que as experiências de opressão se davam de formas diferentes em virtude também de fatores como raça e classe, e, com isso, surgiu então o enfoque da interseccionalidade.
O enfoque da interseccionalidade percebe diferenças de gênero, raça, classe e orientação sexual de forma integrada, considerando suas interações na realidade social e tendo a preocupação de não hierarquizar as diversas formas de opressão. Analisar as diferenças entre homens e mulheres, por exemplo, mostrou-se insuficiente por não se observarem as diversidades específicas que existem entre homens brancos e negros e mulheres brancas e negras.
Hoje podemos observar como as reflexões da interseccionalidade são necessárias para interpretarmos as experiências dos grupos na base da pirâmide da desigualdade social. O programa Bolsa Família, que fornece benefícios a família em situação de pobreza extrema, traz importantes indícios das relações entre classe social, raça/etnia e gênero: entre os beneficiários do programa, 93% são mulheres das quais 68% são negras. Ocupando o trabalho sub -remunerados e menos prestigiados, além de contarem, em geral, com um orçamento familiar oriundo de uma única fonte de renda, são as mulheres negras aquelas que enfrentam ciclo de pobreza com menores condições de mudança.
Identidade de gênero: sua instabilidade.
Foram os estudos pós-coloniais e pós-estruturalistas que começaram a colocar um ponto de vista novo em relação a essa questão de identidade de gênero. Antes de ressaltar que "estruturas" ou instituições impõe comportamentos e regras, as teorias que se desenvolvem nesse campo procuram demonstrar os fluxos de formação de identidade e sua relação com os micropoderes.
eles chamam atenção para a formação da subjetividade, que seriam mais fluidas e menos fixas, mais móveis e menos estruturadas: em termos sociológicos, é a tentativa de compreender as estruturas por meio das ações dos indivíduos, de modo mais descontínuo e fluido, pela linguagem e sua relação com os corpos. Discursos, enunciados, falas, signos, símbolos e representações seriam significado na realidade para poderem transformar estruturas em ações.

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