RESUMO CHELICERATA

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Cheliceriformes
· Trocas gasosas: brânquias foliáceas, pulmões foliáceos ou traqueias
· Excreção: Glândulas coxais e/ou túbulos de Malpighi 
· Olhos medianos simples e olhos compostos laterais
· Maioria predadora e possui estrutura inoculadora (pedipalpos e quelíceras) e glândula de veneno
· Trato digestivo: 2 a 6 pares de cecos digestivos
· Dioicos
Subfilo Chelicerata
Classe Pycnogonida. Aranhas Marinhas.
Classe Euchelicerata. Euquelicerados.
Pycnogonida
· Pycnogonida (aranhas do mar), o grupo irmão do restante Chelicerata, são artrópodes exclusivamente marinhos variando de 1a 750 mm de envergadura da perna
· A arquitetura morfológica de aranhas do mar é incomum, com um corpo tipicamente pequeno que é diminuído pelas pernas muito mais longas (portanto, a alternativa nome "Pantopoda" ou "todas as pernas"), em que divertículos de os principais sistemas de órgãos emanam.
· Encontradas em todos os oceanos do mundo, desde a zona entre-marés até as profundezas abissais, mas são especialmente abundantes e diversificadas nas comunidades bentônicas polares.
· Em contraste com muitos invertebrados, o pico da diversidade de aranhas do mar está concentrado no Oceano Antártico, que também abriga vários casos de gigantismo em espécies distantemente relacionadas
· Os picnogonídeos normalmente têm quatro pares de pernas ambulatórias anexadas a um pequeno corpo;
· Céfalo possui uma tromba anterior, composta por três antímeros longitudinais com o lúmen faríngeo trirradiado em seu centro; e três pares de apêndices cefálicos: os quelíferos, palpos e ovigres.
· Pycnogonida existente carece de um opistossoma segmentado (abdômen ou tagma posterior)
· Também carece órgãos respiratórios opistossômicos encontrados em outros queliceratos.
· Em vez disso, as aranhas do mar respiram por meio de trocas gasosas cuticulares, com contrações peristálticas do intestino facilitando o transporte de oxigênio pelo corpo
· Ovigeros, um tipo de perna modificada única de Pycnogonida, são usados para catação e pelas fêmeas para transportar massas de ovos
Características do subfilo Chelicerata.
· Corpo composto por dois tagmas: prossomo e opistossomo. O prossomo é constituído por seis somitos, comumente cobertos por um escudo dorsal semelhante a uma carapaça. O opistossomo é formado por até 12 somitos e um télson pós-segmentar; subdividido em duas partes em alguns grupos.
· Os apêndices do prossomo são as quelíceras, os pedipalpos e quatro pares de pernas locomotoras; não existem antenas. Todos os apêndices são multiarticulados.
· Troca gasosa por meio de brânquias foliáceas, pulmões foliáceos, traqueias ou através da cutícula.
· Excreção pelas glândulas coxais e/ou túbulos de Malpighi. (Os túbulos de Malpighi dos quelicerados provavelmente não são homólogos aos dos insetos, isópodes terrestres ou tardígrados.)
· Olhos medianos simples e olhos laterais (compostos nos xifosuros).
· Trato digestivo com dois a seis pares de cecos digestivos.
· Predominantemente gonocorísticos. Não possuem antenas
· Geralmente com 6 segmentos no prossoma
· Segmento 1: Primeiro par de segmentos de origem embriológica
· pré-oral → Quelíceras (geralmente em forma de pinças): ao longo da ontogênese migram para uma posição lateral a boca
· Segmento 2: Pedipalpos: função sensorial, defesa e alimentação ou estruturas de cópula
· Segmento 3 ao 6: Pernas locomotoras
Subclasse Merostomata - Ordem xiphosura
· Segmentos do cefalotórax são fundidos e coberto por um esclerito único → carapaça
· Podem chegar a 70cm
· Registro fóssil desde o Siluriano (440 Mya)
· Atualmente são conhecidos apenas 3 gêneros
· Conhecidos com "caranguejos-pata-de-cavalo/ferradura"
· Opistossoma aparentemente não dividido e não segmentado, mas com apêndices em forma "aba" (brânquias foliáceas)
· Pedipalpos e pernas locomotoras queladas
· Quarto par de perna com porção distal espalmada
· Quelíceras com apenas três artículos
· Enditos das coxas modificados para mastigação (ganatobases)
Subclasse Arachnida
· Cefalotórax (não segmentado) coberto por uma carapaça + Abdome (segmentação nem sempre aparente)
· Podem estar unidos por um pedicelo
· Quelícera bi ou tri articulada ⇒ quelada (glândula de veneno ou seda)
· Pedipalpo hexarticulado (pode ser quelado)
· Raptorial, locomoção, sensorial, defensivo, fossorial, reprodutivo...
· Em alguns grupos a Coxa do pedipalpo é uma gnatobase (cavidade pré-oral)
· Apêndices restantes são pernas locomotoras
· Dotadas de músculos flexores intrínsecos, extensão é feita por pressão hidrostática (escorpiões, pseudoescorpiões, opiliões e solífugos possuem músculos extensores)
Subclasse Arachnida: Ordem Acari
· Representantes: ácaros e carrapatos
· 30.000 espécies descritas (estima-se a existência de 1 milhão de espécies)
· Ocorrem em ambiente terrestre, aquático (desertos, regiões polares), podem ser parasitas
· Diferença dos outros grupos: apresenta fusão completa entre cefalotórax e abdômen; queliceras em forma de pinças ou estiletes; olhos presentes ou ausentes
· Trocas gasosas através da superficie corporal ou traquelas;.
· O tremendo sucesso evolutivo desses animais, especialmente dos Acariformes, está
refletido em sua diversidade de espécies e em seus estilos de vida extremamente variados. Ao menos em parte, esse sucesso provavelmente se deve a seu corpo compacto e seu tamanho reduzido. Com a combinação de tamanho reduzido e qualidades intrínsecas da segmentação e da especialização dos apêndices dos artrópodes, os ácaros exploraram uma miríade de microhábitats, indisponíveis para animais maiores.
Subclasse Arachnida: Ordem Araneae
· Aranhas basais possuem resquícios de escleritos no abdome
· Possuem glândulas de veneno nas quelíceras – articulo basal e aguilhão no ápice
· Perda da musculatura depressora do trocânter-fêmur 
· Realizam pré-digestão oral secretando fluido digestivo contendo enzimas e sugam caldo resultante para seu estômago
· Respiração: pulmões foliáceos (bolsas de ar paralelas dentro de uma cavidade preenchida por sangue) e/ou traqueias (carrega direto para os tecidos, como em insetos)
· Excreção: Túbulos de Malpighi (origem no intestino médio posterior- origem mesodérmica) e glândulas coxais (nefrídios modificados)
· Sistema circulatório: coração dorsal – óstios, seio pericárdio 
· Locomoção: movimentos das pernas auxiliados pela pressão hidrostática da hemolinfa
· Alimentação: perseguem, caçam de tocaia ou aprisionam a presa na teia
· Seguram a presa com as quelíceras – injetam veneno – liquefazem os tecidos e sugam
· Quelíceras – prender, macerar tecidos, carregar ootecas, cavar
· Algumas espécies perigosas para humanos – veneno neurotóxico ou hemolítico 
· Possuem 8 olhos simples (percepção de movimento) + cerdas sensoriais em forma de pelo (info. sobre o ambiente)
· Olhos principais: olhos medianos (ocelos) – direto – sem tapetum – mais desenvolvidos em aranhas caçadoras ativas
· Aranhas com 3 pares de olhos não possuem
· Olho secundários: pares anterior-lateral, posterior-mediano e posterior lateral – indiretos – branco-perolados – com tapetum (estrutura abaixo das células fotossensíveis que reflete a luz e a faz reabsorver num segundo momento, produzindo um brilho
· Acredita-se que sejam derivados de olhos compostos laterais de um ancestral quelicerado
· Fiandeiras abdominais e glândulas de seda
· Fios de seda (teias)→ 2 ou 3 pares de fiandeiras (apêndices modificados) conectadas à gl. sericígenas, se conhece 6 tipos (mais resistentes que fios de aço). A seda sai pelas fúsulas, é constituída de glicina, alanina e serina
· Função original da seda: reprodução 
· Reprodução:
· Macho armazena esperma em cavidades especiais localizadas no pedipalpo modificado ligado a tíbia e o tarso – cymbium, há um embulo que suga a esperma a partir de uma estrutura tecida pré-copula, depositando a esperma e depois sugando e inserindo a esperma na genitália da femea 
· normalmente existe um ritual de corte que precede o acasalamento
· Macho insere seu pedipalpo na abertura genital da fêmea →esperma armazenado no receptáculo seminal da fêmea
· Fêmeas depositamseus ovos em uma bolsa de seda e carregam ou prendem em uma teia ou planta
· Todas têm fiandeiras, mas nem todas produzem teia	
· Fiandeira modificada- possui mais de 40 mil fúsulas - cribelo
· Caranguejeiras foram as primeiras a derivar- não produzem teia, vivem enterradas
· Primeiras teias – orbiculares
· Clado RTA não produz teias orbiculares
· Documentário aranhas incríveis:
· Há seda liquida armazenada, que quando sai das glândulas, que são várias, transforma-se solida, a seda é formada por dois tipos de proteínas: as longas com finalidade de gerar força e a proteínas com ligações randômicas para elasticidade. 
· O núcleo da teia é feito com a seda mais forte, e então vai para o exterior com seda fazendo uma estrutura temporária, depois volta para o centro com seda pegajosa e elástica, engolindo a estrutura temporária anterior 
· Possui pata com cera para não grudar nas micro gotas de cola presentes na seda
· Podem fazer teias de diferentes tipos, tamanhos e jeitos, ajudando assim a colonização de novos ambientes
· Existem aranhas que fazem teias em formato de alçapão. Como também as que fazem teias subaquáticas que fica cheia de ar, funcionando como câmara de mergulho, ela então “pesca” presas segurando-as e inoculando veneno e a leva para a câmara de ar.
· Aranhas saltadoras possuem olhos evoluídos para caça, como também algumas aranhas de grama possuem visão noturna 
· Aranhas possuem órgãos sensoriais nas patas, por pelos 
· 3 subordens:
· Mesothelae: aranhas mais primitivas → abdome segmentado, fiandeiras multiarticuladas
· Mygalomorphae: tarântulas e caranguejeiras → quelíceras ortognatas (L)
· Araneomorphae: maioria das aranhas → quelíceras labdognatas (M)
Subclasse Arachnida: Ordem Opiliones
· Representantes: opiliões (5 mil espécies) locais úmidos e sombreados
· Alimento: pequenos invertebrados, animais mortos e matéria vegetal
· Diferente das aranhas por apresentarem o abdômen e cefalotórax fundidos
Subclasse Arachnida: Ordem Scorpiones
· Representantes: escorpiões - 1200 espécies conhecidas
· Vivem escondidos em tocas e alimenta-se durante a noite (insetos e aranhas)
· Predadores terrestres, capturam suas presas com o pedipalpo e dilaceram com as quelíceras
· Corpo: cefalotórax (prossomo) curto com apêndices, 1 par de olhos grandes e 5 pares de olhos laterais pequenos
· Pré-abdômen (mesossomo) de 7 segmentos
· Pós-abdômen (metassomo) longo e delgado, ou calda, de 5 segmentos que termina em um aguilhão (injeção de veneno), a inoculação do veneno acontece pelo acúleo, no aguilhão há uma glândula de veneno e um musculo que se contrai
Subclasse Arachnida: Ordem Amblypygi
· Tropicais e semitropicais
· +/-160 spp.
· Hábitos noturnos
· 4-45mm
· Carapaça cobre totalmente o prossoma
· Um par de olhos medianos e três pares laterais
· Quelíceras biarticuladas e modificadas como as presas das aranhas;
· Pedipalpos raptoriais captura de presas
· Prossomo indiviso, coberto por um escudo semelhante a uma carapaça e conectado ao opistossomo por um pedicelo estreito; opistossomo segmentado, mas indiviso
· Dois pares de pulmões foliáceos (2 e 3 segmentos do opistossoma)
· SNC altamente cefalizado → todos gânglios segmentares na região anterior do gânglio subesofágico
· Excreção: Túbulos de Malpighi e Nefrídios Saculifgormes
· Têm algumas características internas relacionadas com as aranhas, mas não apresentam fiandeiras e glândulas de veneno.
Superordem Parasitiformes
· Parasitiformes são os carrapatos (famílias Argasidae e Ixodidae; Figura 24.3 F).
· Os carrapatos são ectoparasitas sugadores de sangue dos vertebrados (uma espécie - Aponomma ecinctum - vive nos besouros).
· As quelíceras são lisas e estão adaptadas para cortar a pele e, junto com as coxas dos pedipalpos, formam uma estrutura conhecida como capítulo.
· Os ixodídeos são conhecidos como "carrapatos-duros" porque têm um escudo esclerotizado cobrindo todo o seu dorso. Parasitam répteis, aves e mamíferos. Geralmente permanecem aderidos aos seus hospedeiros por dias ou até semanas, alimentando-se do seu sangue.
· Alguns são vetores de doenças importantes:
· Dermacentor andersoni (vetor da febre maculosa das Montanhas Rochosas) Boophilus annulatus (vetor da febre bovina do Texas).
· A doença de Lyme (descrita pela primeira vez em Old Lyme, Connecticut, em 1975) é uma infecção bacteriana que fica armazenada em cervos e alguns roedores e é transmitida por várias espécies de carrapatos na América do Norte, incluindo Ixodes pacificus, um carrapato de pernas pretas do oeste.