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A FALA DO AUTISTA

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Prévia do material em texto

A FALA
DO AUTISTA 
UM GUIA PARA AJUDAR
A DESENVOLVER A COMUNICAÇÃO,
A LINGUAGEM E A FALA
De todos os marcos do desenvolvimento 
de uma criança, o atraso na fala é um dos 
pontos que mais chamam a atenção dos 
pais. Essa também é uma característica 
bastante frequente em crianças autistas. 
E, quanto mais cedo isso for trabalhado, 
maiores são as chances de a criança 
melhomelhorar sua comunicação e, até mesmo 
desenvolver a fala.
Se este material chegou até você, é porque 
isso de alguma forma vem te preocupando. 
Mas fique calmo, respire fundo e aproveite 
ao máximo o conteúdo deste livreto, 
elaborado a partir de uma conversa com 
a doutora Maria Cláudia Arvigo (CRFa 
2-14545), fonoaudióloga, doutora em 
linguílinguística e que atua há mais de 10 anos 
com crianças autistas.
Ao final da leitura, você vai ter dicas 
valiosas de como entender a comunicação 
(ou a falta dela) na criança autista e como 
ajudá-la a se desenvolver.
Vamos juntos?01
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COMUNICAÇÃO,
LINGUAGEM
E FALA
Falar é uma forma de se comunicar, mas nem 
sempre as crianças se comunicam falando.
Dependendo da fase em que estão, mesmo as 
crianças típicas (com desenvolvimento dentro 
do esperado) podem usar gestos, sons, olhares, 
vocalizações e até mesmo a escrita para fazer 
pedidos ou informar algo. 
ÉÉ comum que na maioria das crianças autistas 
haja algum nível de dificuldade linguística, de 
leves a graves, assim como os graus de autismo.
PPode ser que a criança em questão simplesmente 
não fale nada e nem olhe ou gesticule de forma 
que represente algo, outras vão apresentar uma 
linguagem simplória e rudimentar; algumas até 
aprendem as palavras, mas não conseguem 
estruturar uma frase que faça sentido.
TTambém há aquelas que conseguem 
desenvolver uma fala rica e complexa, e 
nesses casos, as dificuldades aparecem mais 
na interação com as outras pessoas, como 
compreender piadas, ironias e frases de duplo 
sentido.
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INTENÇÃO
COMUNICATIVA
Em geral, essa percepção de que a criança está 
atrasada no desenvolvimento da fala acontece 
antes de os pais sequer desconfiarem que pode 
ser autismo. Mas nem toda criança que tem 
atraso na fala é autista. Em muitos casos, é 
apenas um atraso natural.
MaMas, afinal, como é que você vai saber a 
diferença?
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As crianças autistas apresentam falhas 
nessa intenção comunicativa. É por isso que 
muitas, além de não falarem, não olham nos 
olhos, parecem sempre estar num mundinho 
particular, nem se dão conta da presença do 
adulto (ou de outras crianças), ficando sem 
responder se você chamá-las ou tentar fazer 
algalgo que chame a atenção.
Algumas até falam duas ou mais palavras, 
mas nem sempre essas palavras fazem 
sentido na conversa com o outro. 
Outras crianças até formam frases e contam 
histórias, mas nem sempre querem falar do 
mesmo assunto que as pessoas à sua volta. E 
às vezes, as frases parecem mecânicas, como 
um robô falando.
CHEGUEI NA FONO,
E AGORA?
Ao procurar a intervenção de fonoaudio-
logia, você pode se deparar com a angús-
tia de saber se sua criança vai conseguir 
falar. A verdade é que isso pode demorar. 
Mas, para aumentar as chances de su-
cesso na fala, você vai precisar colaborar 
com estas 2 coisas:
NÃO ESPERE MUITO
Entre o 18º e o 32º mês de vida (1 ano e 6 meses 
até 2 anos e 6 meses) é quando a criança tem a 
maior atividade neurológica.
 
NesseNesse período, por conta da neuroplasticidade, 
a criança aprende um número muito grande de 
coisas (ao mesmo tempo em que vai 
abandonando outros aprendizados que já não 
utiliza mais). Se a intervenção começar nessa 
fase, existem chances muito maiores de a 
criança falar do que se, por exemplo, vocês 
começacomeçarem depois dos 4 anos.
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1
ANTES DE FALAR,
É PRECISO COMUNICAR
Fazer fono é como plantar uma flor. Não 
basta colocar a semente e torcer para que 
ela cresça. Tem que preparar o solo, regar, 
aquecer... Assim também será a intervenção 
do seu filho. Antes de fazer a criança falar, é 
preciso trabalhar:
 · O contato visual.
 · A atenção compartilhada (com as
 pessoas e com as coisas).
 · A intenção comunicativa.
 · A imitação do que as outras pessoas 
 estão fazendo.
 · O desenvolvimento do brincar simbólico,
ouou seja, a forma como a criança brinca e 
interpreta o cotidiano, dando significado 
às coisas.
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2
NA FALTA DE UM
PROFISSIONAL,
COMO POSSO
AJUDAR MEU
FILHO(A)?
É uma verdadeira corrida contra o tempo. 
Talvez, enquanto lê isto, você esteja espe-
rando uma vaga pública para levar sua 
criança na fono, ou esteja levando ele ou 
ela em sessões curtíssimas e até mesmo 
compartilhadas.
Como já dissemos, esperar não é bem 
uma opção. Mas temos algumas dicas 
bem práticas para você fazer em casa 
mesmo. Isso certamente vai ajudar a 
pessoa que você tanto ama quando os re-
cursos forem escassos.
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· Incentive a criança a te colocar no campo 
de visão dela. Busque coisas que chamem 
muito a atenção dela, e coloque na frente 
do seu rosto, estimulando com que ela olhe 
para você.
· Comece com vocalizações simples como o 
sosom das vogais ou onomatopeias: o leão 
faz GRRRR, o balão faz POW!
· Não faça nada sem intenção. Quando, por
eexemplo, for chamar a criança pelo nome 
e ela te atender, experimente fazer uma 
careta, uma brincadeira boba. Isso vai 
ajudar a criar significado no fato de ela 
responder a um chamado.
· Estimule as primeiras palavras com as 
necessidadesnecessidades da criança, com coisas ou 
brinquedos que ela goste muito. Isso é o 
que os terapeutas em geral, chamam de 
reforçador de alta magnitude. Afinal, a 
criança vai tentar encontrar uma forma de 
conseguir o que deseja. Ajude-a a pedir de 
forma funcional – apontando, estendendo 
a a mão ou vocalizando: “dá”.
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09
· Algumas vezes eles vão chorar. Mas não
deixe que o choro substitua a fala ou 
um modo mais funcional da linguagem. 
Quando o choro significar algo que a criança 
quer, ensine-a a pedir. Acalme a criança e 
ensine-a, por exemplo, a apontar.
·· Verifique se ela encontra uma forma de
expressar que deseja continuar, como olhar 
para você ou vocalizar. Quando ela fizer 
isso, retome a brincadeira, aumentando a 
intensidade.
· Por fim, entenda que, por mais que você 
queiqueira que seu filho autista ganhe indepen-
dência, a verdadeira independência estará 
em potencializar a comunicação. 
Esperamos que esse material te ajude a con-
seguir resultados, e que ajude a pessoinha 
que você está criando. Depois, vem contar pra 
gente nas redes sociais como está sendo a 
aprendizagem do seu filho.
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1 – Arvigo, MC, Saad, AG, Signorelli, FG, Haddad, RGC & D'Antino.(2018) Transtorno do Espectro do Autismo
 e Comunicação. In: Amato et al. (orgs) Disturbios do Desenvolvimento: estudos interdisciplinares. São Paulo:
Editora Memnon. Acesso em 23/10/2020
2 – Bradshaw, J. & Koegel, LK (2019) Intervention for infants and young toddlers. In: Koegel, RL & Koegel, L
K. Pivotal response treatment for Autism Spectrum Disorders, 2nd edition. Baltimore, Paul H. Brookes
Publishing Co. Acesso em 23/10/2020
Referências Bibliográficas e datas de acesso:
Maria Cláudia Arvigo 
CRFa 2-14545
Fonoaudióloga infantil, mestre e doutora em linguística e 
pós-doutora em distúrbios do desenvolvimento. 
Fonoaudióloga infantil, mestre e doutora em linguística e 
pós-doutora em distúrbios do desenvolvimento. 
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