AOL 1 Análise do discurso

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1. Pergunta 1 
/1 
Sob a perspectiva da Análise do Discurso, assinale a alternativa correta 
sobre a relação Ideologia e discurso. 
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1. 
Para Pêcheux, o discurso é um efeito de sentidos entre lugares 
sociais determinados pela estrutura social, mas que está isento 
de ideologia, garantindo que algumas palavras tenham um 
sentido “evidente” sem depender do lugar social de que se fala. 
2. Incorreta: 
A ideologia não é constitutiva da prática discursiva, mas é um 
elemento determinante do sentido que está no interior do 
discurso. 
3. 
Alguns textos possuem Ideologia e outros não. Para a Análise do 
Discurso, a depender das condições de produção, o discurso 
pode ou não veicular uma ideologia. 
4. 
A Ideologia vai repercutir na leitura do texto, pois além de suas 
características sintáticas e enunciativas, ele representa a 
materialidade que veicula um discurso, determinado pela 
ideologia, sem a qual não seria possível produzir sentido. 
Resposta correta 
5. 
Tudo o que você lê, escreve, interpreta, pensa e enuncia está 
inserido numa formação ideológica. Isso quer dizer que o 
sujeito é autônomo e original diante da Ideologia; por outro 
lado, a Ideologia é uma entidade homogênea que se repete da 
mesma forma em todos os lugares. 
2. Pergunta 2 
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Para entender e situar temporalmente o estabelecimento da Análise do 
Discurso, torna-se necessário compreender o contexto em que os estudos 
linguísticos se encontravam na época. Dessa forma, analise as asserções 
abaixo e assinale a que diverge das concepções discutidas por diferentes 
abordagens acerca do estudo da linguagem. 
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1. 
Foram estudos, após as discussões propostas por Saussure e 
Benveniste, sob o escopo da Linguística Textual, que 
começaram a introduzir, nos estudos linguísticos, o texto como 
unidade principal de análise. 
2. 
Para Saussure, o único modo de estudar a língua seria deixando 
de lado os fatores externos, focando no seu funcionamento 
como sistema. 
3. 
Émile Benveniste propôs que a linguagem é constitutiva da 
natureza do ser humano, que, por sua vez, a atualiza através da 
enunciação. 
4. 
Como uma forma de analisar o texto de modo mais global, 
considerando sua complexidade, os estudos linguísticos 
“adotam a postura de conceituar o texto como uma 
manifestação do discurso, considerando que o discurso com- 
porta vários níveis de análise” (SARGENTINI, 1999, p. 41). 
5. 
Incialmente, o estudo do texto era focado em questões como 
coesão e coerência, bem como já era proposta a discussão de 
elementos como a subjetividade linguística e a dimensão 
histórico-social, por exemplo. 
Resposta correta 
3. Pergunta 3 
/1 
A palavra “Ideologia” foi popularizada por meio de sua utilização em 
diversos contextos. Assim, podemos caracterizar ideologia como: 
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1. 
É uma realidade histórica devido à sua estrutura e ao seu 
funcionamento. É eterna, temporal, e, por isso, sem uma 
história sua. 
2. 
É uma “representação” da relação imaginária dos indivíduos 
com suas condições reais de existência: isto é, na ideologia, não 
são representadas as condições reais de existência, mas, sim, as 
relações das pessoas com suas condições reais de existência, de 
forma necessariamente imaginária. 
 
Resposta correta 
3. Incorreta: 
Uma explicação para que as realidades das pessoas fossem 
percebidas exatamente como são na realidade. 
4. 
Interpela os indivíduos enquanto sujeitos: isto é, existe 
ideologia independente dos sujeitos, ou seja, eles existem 
sujeitos mesmo sem a ideologia. 
5. 
Uma relação entre os modos de produção dos sujeitos e suas 
realidades psicológica e social, a partir das bases da teoria 
Freaudiana. 
4. Pergunta 4 
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Ao relacionar discurso e ideologia, não podemos afirmar que: 
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1. 
Tudo que você lê, escreve, interpreta, pensa e enuncia está 
inserido numa formação ideológica. 
2. 
A ilusão de que o sentido de um discurso já existe como tal, que 
seria interior à interpretação, é assegurada pela ideologia. 
3. 
O sujeito não é autônomo nem original diante da Ideologia; por 
outro lado, a Ideologia não é uma entidade homogênea que se 
repete da mesma forma em todos os lugares. 
 
4. 
A Ideologia é constitutiva da prática discursiva, é um elemento 
determinante do sentido que está no interior do discurso. 
5. 
A Ideologia é uma exterioridade que pode ou não se manifestar 
no sentido do discurso, dependendo do sujeito que o produz. 
Resposta correta 
5. Pergunta 5 
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Relendo Marx, Althusser afirma que “Dizer sujeito, então, é dizer sujeito 
ideológico, pois ele vive espontaneamente na ideologia”. Como isso, 
podemos entender que: 
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1. 
A Ideologia exerce ação sobre alguns indivíduos mais 
propensos a assumirem a posição de sujeito. 
2. 
Há semelhança entre o sujeito da análise sintática e o sujeito do 
discurso. 
3. 
O sujeito é autônomo frente à ideologia. 
4. 
A ideologia existe independente dos sujeitos e os sujeitos 
existem mesmo sem ideologia. 
5. 
A Ideologia interpela os indivíduos enquanto sujeitos. 
 
Resposta correta 
6. Pergunta 6 
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A principal diferença epistemológica da Análise do Discurso dentro dos 
estudos linguísticos diz respeito às questões que não foram consideradas 
fundamentais pelas correntes precedentes – como a Linguística Textual e a 
Enunciação, por exemplo (INDURSKY, 1998). Entre elas, você pode destacar 
as noções de sujeito e de discurso e a importância dos elementos sócio-
históricos na constituição do sentido. Assim, assinale a alternativa que 
apresenta concepções sobre sujeito que se distanciam da abordagem dada 
pela Análise do Discurso. 
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1. 
A subjetividade é entendida como “a capacidade do locutor para 
se propor como “sujeito”, ou seja, sujeito da enunciação. Essa 
proposição como sujeito tem como condição a linguagem. 
Resposta correta 
2. 
O sujeito se constitui a partir do “efeito ideológico elementar” e 
a constituição do sentido se une a esse processo. 
3. 
O sujeito se constitui nas relações entre o desejo de “ter” a 
verdade e o poder de afirmá-la. 
4. 
O sujeito é um lugar determinado e vazio, com potencialidade 
para ser ocupado por indivíduos diferentes. 
5. 
O sujeito é o indivíduo interpelado pela ideologia e afetado pelo 
inconsciente. 
 
7. Pergunta 7 
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A Análise do Discurso é uma disciplina heterogênea. Assim, diferentes 
autores trabalharão com diferentes noções de sujeito e de discurso. Dessa 
forma, assinale a alternativa incorreta acerca da relação sujeito e discurso 
para Foucault e Pêcheux. 
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1. 
Para Pêcheux, a constituição do sujeito e do sentido de um 
discurso se entrelaça; já para Foucault, o sujeito é determinado 
pela única posição possível de ser assumida diante de um 
discurso. 
Resposta correta 
2. 
Pêcheux adota a noção de forma-sujeito: a forma-sujeito reúne 
os saberes centrais de determinada Formação Discursiva, e é 
por seu viés que o sujeito se identifica com aquela Formação. 
 
3. 
Para Foucault o sujeito, em sua teoria, não é uma pessoa, mas 
uma posição que alguém assume diante de um certo discurso. E 
discurso, aqui, diz respeito ao conjunto de enunciados de 
determinado campo de saber. Falar de sujeito do discurso 
significa multiplicar o sujeito, pensá-lo em suas possibilidades. 
4. 
Para Foucault, o sujeito não ocupará sempre a mesma posição 
frente ao mesmo discurso. 
5. 
As noções de sujeito e discurso, na teoria pecheutiana, são 
pensadas relacionadas à noção de Formação Discursiva. Assim, 
pensar em sujeito implica pensar em inscrição numa Formação 
Discursiva. 
8. Pergunta 8 
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Uma particularidade da Análise do Discursoé que a Linguística não é seu 
único braço constituinte: ela é considerada uma disciplina de entremeio, 
que se vale de conhecimentos de outras áreas. Assinale a alternativa que 
destaca as outras áreas das quais são mobilizadas noções pela Análise do 
Discurso. 
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1. 
Materialismo Histórico, Sociolinguística e Psicanálise. 
2. 
Materialismo Histórico e Psicanálise. 
Resposta correta 
3. 
Sociologia, Comunicação e Psicologia. 
 
4. 
Sociologia, Filologia e Psicanálise. 
5. 
Materialismo Histórico, Comunicação e Psicologia 
9. Pergunta 9 
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De Althusser, Pêcheux toma a noção de forma-sujeito: a forma-sujeito reúne 
os saberes centrais de determinada Formação Discursiva, e é por seu viés 
que o sujeito se identifica com aquela Formação. Essa identificação não se 
dá sempre do mesmo modo, e é para explicá-la que Pêcheux propõe as 
diferentes modalidades da tomada de posição do sujeito. Analise as 
proposições, relacionando-as a segunda coluna, a fim de identificar as 
funções dessas modalidades de identificação. 
I - Identificação plena 
II - Contraidentificação 
III - Desidentificação 
A - ( ) Caracteriza o discurso do mau sujeito, que contesta, duvida e se 
afasta dos saberes da Formação Discursiva com a qual está identificado. 
B – ( ) Acontece quando o sujeito se desloca de uma Formação Discursiva a 
outra, deixando de se identificar com os saberes da antiga para se 
identificar com os da nova. 
C – ( ) Caracteriza o discurso do bom sujeito, que reduplica os saberes da 
Formação Discursiva sem questioná-los. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
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1. 
A – I; B – III; C - II 
2. 
A – I; B – II; C - III 
 
3. 
A – II; B – I; C – III 
4. 
A – III; B – II; C - I 
5. 
A – II; B – III; C - I 
Resposta correta 
10. Pergunta 10 
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Sobre a introdução da noção de subjetividade nos Estudos da Linguagem, 
assinale a alternativa incorreta. 
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1. 
Para Benveniste, a linguagem não pode ser comparada a uma 
ferramenta que se utilize, visto que as ferramentas foram 
criadas pelo homem, e a linguagem, por sua vez, está na 
natureza do homem. 
2. 
Se a linguagem é condição para existência do sujeito, ela só é 
possível porque cada locutor, referindo-se a si mesmo como eu, 
apresenta-se como sujeito do seu discurso. 
 
3. 
Benveniste, ao propor a teoria da Enunciação, postulou que a 
língua apresentava em sua própria estrutura elementos que 
testemunhavam a subjetividade como constitutiva. 
4. 
A introdução da noção de subjetividade nos Estudos da 
Linguagem foi proposta de modo metafórico, comparando a 
linguagem a uma espécie de ferramenta com a função de 
comunicar. 
Resposta correta 
5. 
Saussure, ao estabelecer a dicotomia língua/fala, deixou as 
realizações individuais no terreno da fala, não abordando o 
sujeito em sua teoria.