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4 11 ET Projeções Planas Paralelas Ortográficas de Vistas Múltiplas

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DESENHO TÉCNICO 
Profa. Elaine Alcântara Freitas Peixoto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
4 PROJEÇÕES PLANAS PARALELAS ORTOGRÁFICAS DE VISTAS MÚLTIPLAS 
Apresentação 
Neste bloco vamos tratar de perspectivas. Observe a foto na figura 4.1: é interessante 
como todas as linhas que separam as paredes do piso e do teto parecem vir do mesmo 
ponto, consegue perceber? É quase como se a foto tivesse sido tirada num quadro 
parecido com o desenho da figura 4.2. 
A perspectiva é uma maneira de tentar representar um objeto tridimensional numa 
superfície bidimensional, de maneira simples e fácil de compreender. 
 
Figura 4.1 – Foto de corredor em perspectiva. 
Fonte – Disponível em: <https://pixabay.com/pt/photos/corredor-perspectiva-
t%C3%BAnel-933328/>. Acesso em 4 fev. 2019. 
 
 
 
3 
 
Segundo Silva et al. (2006), a perspectiva é bastante utilizada em folhetos de divulgação 
de produtos, em propagandas e publicidade, devido à facilidade de compreensão do que 
se deseja mostrar. 
 
Figura 4.2 – Ponto de vista em perspectiva. 
Fonte – Disponível em: <https://pixabay.com/vectors/perspective-viewpoint-3d-
grid-1301762/>. Acesso em 4 fev. 2019. 
Uma das principais características da vista em perspectiva é a facilidade de interpretação 
e compreensão do desenho; no entanto, nem sempre é possível a boa representação 
dos detalhes da peça. No desenho técnico é imprescindível que o desenho seja livre de 
ambiguidades, que represente corretamente todas as características da peça, sem 
margens para dúvidas. Para que isso possa ser feito num desenho em perspectiva, é 
comum escolher um ponto de vista para observação e utilizar a perspectiva mais 
conveniente (SILVA et al., 2006, p. 95). 
A perspectiva tenta representar a peça de forma que seu volume seja fácil e 
rapidamente compreendido. Existem diferentes tipos de perspectivas que podem ser 
utilizadas para representar uma peça, tais como a projeção central ou paralela, oblíqua 
ou ortogonal. Alguns tipos de perspectivas são mostrados na figura 4.3. Observe que 
todas as imagens se assemelham a uma foto do objeto, com forma mais ou menos 
distorcida. A figura também deixa clara as diferenças entre os diferentes tipos de 
projeções: o ângulo de incidência das linhas de projeção e a orientação do objeto a ser 
projetado no plano de projeção. 
https://pixabay.com/vectors/perspective-viewpoint-3d-grid-1301762/
https://pixabay.com/vectors/perspective-viewpoint-3d-grid-1301762/
 
 
 
4 
 
 
Figura 4.3 – Quatro tipos de projeção. 
Fonte – Silva et al., 2006, p. 96. 
Esse bloco, portanto, abordará as perspectivas correntes em desenho técnico, as 
projeções paralelas oblíquas e as projeções centrais. Costuma-se designar todos esses 
tipos de projeções como perspectivas. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
5 
 
4.1 Projeções cônicas e projeções paralelas: conceituação 
Para podermos discutir as diferentes técnicas de projeção, precisamos definir alguns 
conceitos que utilizaremos adiante: 
 plano de projeção; 
 objeto; 
 projetante ou raio projetante; 
 centro de projeção. 
Observe a que a figura 4.4 a seguir representa a projeção de um ponto no plano. O ponto 
A é o Objeto no espaço, o qual se deseja representar na folha de desenho, o Plano De 
Projeção. A linha que passa pelo ponto A e projeta seu desenho no plano de projeção 
que contem A’ é a linha Projetante. 
 
Figura 4.4 – Projeção de um ponto no plano. 
Fonte – Disponível em: <http://toninha-aulas.blogspot.com/2014/05/aula-1-
perspectiva.html>. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Quando se tem um objeto de dimensão finita, e não mais um único ponto, pode-se 
definir também o Centro de Projeção, conforme a figura 4.5. Se ele, posição de onde 
saem todas as linhas projetantes, está a uma distância finita do objeto, então tem-se 
uma Projeção Cônica, também chamada de Projeção Central. Por outro lado, segundo 
Silva et al. (2006), se esse ponto de observação está a uma distância infinita, então todas 
as linhas são paralelas entre si, e a projeção no plano é uma Projeção Cilíndrica, também 
chamada de Projeção Paralela. 
 
Figura 4.5 – Projeção Cônica e Projeção Cilíndrica. 
Fonte – Disponível em: <http://toninha-aulas.blogspot.com/2014/05/aula-1-
perspectiva.html>. 
O desenho de um objeto em Projeção Cônica está ilustrado na figura 4.6. O objeto é 
desenhado a partir de pontos de fuga, e a escolha de quantos pontos de fuga utilizar 
depende de quais características do objeto deseja-se realçar. Com 1 ponto de fuga, 
observe que a evidência está na face do cubo na figura. Com 2 pontos de fuga, a 
evidência está na aresta entre duas das faces e, com 3 pontos, no vértice entre faces. 
 
 
 
 
 
7 
 
 
Figura 4.6 – Projeções Centrais. 
Fonte – Disponível em: <http://toninha-aulas.blogspot.com/2014/05/aula-1-
perspectiva.html>. 
As projeções cilíndricas podem ser classificadas em oblíquas ou ortogonais, e estão 
relacionadas com a direção dos raios projetantes. Se os raios são oblíquos em relação 
ao plano de projeção, então tem-se uma Projeção Cilíndrica Oblíqua. Se são 
perpendiculares ao plano, então tem-se uma Projeção Cilíndrica Ortogonal. Isso está 
ilustrado na figura 4.7. 
 
Figura 4.7 – Projeção Cilíndrica Oblíqua e Projeção Cilíndrica Ortogonal. 
Fonte – Disponível em: <http://toninha-aulas.blogspot.com/2014/05/aula-1-
perspectiva.html>. 
 
 
 
8 
 
As projeções cônicas, também chamadas de projeções centrais, são utilizadas 
principalmente no desenho de arquitetura, pois têm a vantagem de mostrar como o 
objeto pareceria aos olhos do observador. É bastante adequada para dar uma ideia do 
formato do objeto, mas possuem a desvantagem de não representarem as dimensões 
corretamente, pois nenhuma dimensão nesse tipo de perspectiva é mostrado em 
verdadeira grandeza (Silva et al., 2006, p. 109). A figura 4.8 ilustra a projeção central (ou 
projeção cônica) de um cubo. 
 
Figura 4.8 – Projeção Central de um cubo. 
Fonte – Silva et al., 2006, p. 109. 
 
 
 
 
 
 
9 
 
4.2 Projeções paralelas oblíquas: conceituação (cavaleira, gabinete e militar) 
A projeção paralela tem esse nome porque, nesse caso, uma das faces do objeto é 
paralela ao plano de projeção, conforme figura 4.9. Já na projeção axonométrica o 
objeto encontra-se inclinado em relação ao plano de projeção. 
 
Figura 4.9 – Projeção paralela e projeção axonométrica. 
Fonte – Yee, 2017, p. 173. 
No esquema de Projeção Paralela ou Cilíndrica, a representação do objeto corresponde 
a uma situação irreal, pois o observador está a uma distância infinita do plano de 
projeção. Contudo, a representação do objeto no plano de projeção é inequívoca do 
ponto de vista técnico (SILVA et al., 2006, p. 46). 
No desenho técnico, o ângulo da projeção oblíqua não é arbitrário: esses ângulos podem 
ser 30°, 45° ou 60°. Neste tipo de projeção, sempre teremos uma face do objeto paralela 
ao plano de projeção e as dimensões dessa face sempre aparecerão em verdadeira 
grandeza. 
 
 
 
 
10 
 
A utilização mais comum é a do ângulo de 45°. Essa perspectiva é conhecida como 
perspectiva oblíqua, também chamada de perspectiva cavaleira, perspectiva de 
gabinete ou perspectiva militar. Essa perspectiva é obtida das projeções de três eixos, 
separadas por ângulos de 135°, 135° e 90°, conforme ilustra a figura 4.10. Nesse tipo de 
projeção, a largura e altura da face são representadas em verdadeira grandeza (𝒂), 
enquanto a profundidade é representada de forma reduzida. 
 
Figura 4.10 – Obtenção de perspectiva de gabinete. 
Fonte – Silva et al., 2006, p. 97. 
O fator de redução 𝒓, que aparece na representação da profundidade do objeto, define 
o tipo de projeção: 
se 𝒓 = 𝟎. 𝟓, então tem-se a perspectiva de gabinete, 
enquanto que 𝒓 = 𝟏 define a perspectiva cavaleira. 
 
 
 
11 
 
Observe também o ângulo entre o prolongamento do eixo C com o eixo B: 45°. Esse 
ângulo é chamado de ângulo de fuga e, se esse ângulofor 30°, tem-se a perspectiva 
militar. De acordo com Silva et al. (2006), a relação mais comum entre ângulo de fuga e 
fator de redução é 45° e 𝑟 = 0.5. Utilizam-se outros valores de 𝑟 apenas quando se 
deseja ilustrar um caso particular de alguma das faces do objeto. 
 
Figura 4.11 – Perspectiva paralela oblíqua: perspectiva cavaleira. 
Fonte – Yee, 2017, p. 175. 
As Perspectivas Paralelas Oblíquas (aqui representadas pela perspectiva cavaleira) 
apresentam linhas projetantes oblíquas em relação ao plano do quadro e paralelas entre 
si. Apresentam uma forma frontal plana em verdadeira grandeza e planos laterais não 
convergentes. Historicamente, são derivadas dos desenhos das antigas fortificações 
europeias (YEE, 2017, p. 175). 
4.3 Projeções paralelas ortográficas axonométricas: conceituação (trimétrica, 
dimétrica, isométrica) 
A figura 4.9, apresentada no item anterior, ilustra as diferenças entre a projeção paralela 
e a projeção axonométrica. Na projeção axonométrica o objeto está inclinado em 
relação ao plano de projeção. Nesse tipo de projeção, não há limites de possíveis 
posições do objeto, pois existem ângulos infinitamente diferentes que ele pode ser 
orientado em relação ao plano de projeção (SILVA et al., 2006, p. 98). 
 
 
 
12 
 
De acordo com SILVA et al. (2006) a prática do desenho técnico, contudo, três projeções 
axonométricas são usualmente utilizadas: a trimétrica, a dimétrica e a isométrica. Na 
projeção trimétrica (figura 4.12), as três faces do objeto estão contidas em planos 
oblíquos em relação ao plano de projeção. Os ângulos entre os eixos nessa perspectiva 
são variáveis, e os valores mais comuns para 𝛼 e 𝛽 são mostrados na tabela 4.1, onde 
também são mostrados os fatores de redução das grandezas ao longo de cada um dos 
eixos. 
 
Figura 4.12– Obtenção da perspectiva trimétrica. 
Fonte – Silva et al., 2006, p. 98. 
Observe que nessa projeção, somente a altura é representada em verdadeira grandeza. 
A execução desse tipo de projeção manualmente é trabalhosa, visto que existem três 
(tri) escalas (métricas) diferentes, uma para cada eixo, e, por essa razão, essa 
perspectiva não é usualmente utilizada, dando preferência às perspectivas dimétrica e 
isométrica, casos particulares da perspectiva trimétrica. 
Ângulo 𝛼 Ângulo 𝛽 Eixo A Eixo B Eixo C 
5° 10’ 17° 50’ 1 0,9 0,5 
9° 50’ 24° 30’ 1 0,9 0,6 
14° 30’ 26° 40’ 1 0,9 0,7 
11° 50’ 16° 1 0,9 0,7 
Tabela 4.1 – Ângulos e fatores de redução para a projeção trimétrica. 
Fonte – Adaptado de: Silva et al., 2006, p. 100. 
 
 
 
13 
 
Já na perspectiva dimétrica, ilustrada na figura 4.13, são utilizados dois fatores de 
redução. Para os eixos das alturas e larguras, as dimensões são representadas em 
verdadeira grandeza, já o eixo das profundidades apresenta um fator de redução. 
 
Figura 4.13 – Obtenção da perspectiva dimétrica. 
Fonte – Silva et al., 2006, p. 100. 
Ainda com relação à orientação dos eixos, o ângulo B é orientado com um pequeno 
ângulo em relação à horizontal. Na figura 4.13, esse ângulo é 7°, mas outros valores 
podem ser utilizados. A tabela 4.2 apresenta os diferentes ângulos que podem ser 
utilizados para orientar os eixos B e C e os respectivos fatores de redução no eixo de 
profundidade. 
Ângulo 𝛼 Ângulo 𝛽 Eixo A Eixo B Eixo C 
7° 42° 1 1 0,5 
10° 22’ 39° 49’ 1 1 0,6 
14° 10’ 37° 55’ 1 1 0,7 
18° 40’ 35° 40’ 1 1 0,7 
Tabela 4.2 – Ângulos e fatores de redução para a projeção dimétrica. 
Fonte – Silva et al., 2006, p. 100. 
 
 
 
 
 
14 
 
A projeção isométrica é a mais utilizada das projeções axonométricas, pois os ângulos 
de fuga são ambos 30°, e as dimensões ao longo dos três eixos das coordenadas não 
necessitam de fatores de redução diferentes entre si, ilustrado na figura 4.14. Essa 
perspectiva é de fácil execução, sendo mais rápido seu desenho em relação às outras 
projeções. No entanto, é a que mais apresenta distorções em relação ao modelo real do 
objeto. 
 
Figura 4.14– Obtenção da perspectiva isométrica. 
Fonte – Silva et al., 2006, p. 98. 
Vamos verificar e comparar os tipos de projeção, conforme figura 4.15. 
 
 
 
15 
 
 
Figura 4.15 – Comparação dos tipos de projeção. 
Fonte – Yee, 2017, p. 174 
As perspectivas paralelas axonométricas (do grego) ou axiométricas (do 
inglês) apresentam linhas projetantes perpendiculares ao plano do quadro 
e paralelas entre si. Apresentam uma aresta frontal vertical e planos laterais 
não convergentes. (YEE, 2017, p. 174). 
Um outro tipo de perspectiva que aparece bastante nos desenhos de montagem de 
conjuntos é a perspectiva explodida, que dá uma boa ideia da forma dos objetos e da 
ordem na qual os objetos devem ser montados. Nesse tipo de desenho evita-se o uso 
de cortes para mostrar detalhes interiores da peça, pois todas do conjunto são 
mostradas num único desenho (SILVA et al., 2006). A figura 4.16 ilustra um conjunto de 
três peças e sua perspectiva explodida. Note que todas as peças do conjunto são 
representadas, bem como setas que indicam a ordem de montagem do conjunto. 
 
Figura 4.16 – Perspectiva explodida de conjunto de três peças. 
Fonte – Silva et al., 2006, p. 109. 
 
 
 
16 
 
Com relação às representações em perspectiva, deve-se observar aspectos relativos à 
cotagem. Em geral, as perspectivas não são cotadas, visto que no desenho em 
perspectiva existem detalhes da peça que não são mostradas em verdadeira grandeza. 
Contudo, pode-se cotar um desenho em perspectiva, seguindo as regras de cotagem 
que vimos no bloco anterior. Para o caso particular de desenhos em perspectivas, 
existem formas recomendadas e desaconselhadas para a representação das cotas 
(SILVA et al., 2006), ilustrado na figura 4.17: 
 
Figura 4.17 – Cotagem de perspectivas. 
Fonte – Silva et al., 2006, p. 106. 
Uma atenção particular deve ser dada para a cotagem de ângulos nos desenhos em 
perspectiva. Como as dimensões angulares não são representadas em verdadeira 
grandeza, os ângulos não são cotados. Para isso, as medidas angulares são 
transformadas em medidas de catetos, que podem ser tratadas em verdadeira grandeza 
ao longo das linhas isométricas (SILVA et al., 2006, p. 102), ilustrado na figura 4.18: 
 
 
 
17 
 
 
Figura 4.18 – Marcação e construção de ângulo em perspectiva. 
Fonte – Silva et al., 2006, p. 102. 
4.4 Perspectivas axonométricas e isométricas – Hora da prática 
Neste subtema da disciplina vamos aplicar os conceitos apresentados e desenvolver 
desenhos técnicos, utilizando o que já foi estudado até este ponto. 
As vistas de diferentes modelos nos possibilitam perceber mentalmente o objeto. Na 
representação de diferentes modelos apresentamos também a perspectiva isométrica 
do objeto, representação de uma peça numa posição específica. 
 
 
 
18 
 
A perspectiva isométrica apresenta algumas vantagens, como: 
 O objeto é representado por uma única figura; 
 Fácil de compreender, até por quem não conhece as normas de desenho técnico; 
 Possibilidade de medições no desenho, das dimensões paralelas aos diferentes 
eixos, pois a mesma redução é aplicada aos três eixos. 
Apresenta também algumas desvantagens: 
 Deformação (efeito irreal); 
 Somente podem ser tomadas medidas de linhas paralelas aos eixos; 
 Dificuldade de colocar muitas cotas. 
Apresentamos alguns exemplos para melhor demonstrar as informações apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.19 - Representação de vistas ortogonais do objeto “A” e sua perspectiva 
isométrica. 
Observe que nas vistas ortogonais visualizamos cada face do objeto, de acordo com a 
vista. Na representação em perspectiva isométrica, visualizamos o objeto como se 
estivéssemos olhando para ele, permitindo que consigamos entender como é o objeto, 
que é tridimensional. Por isso é representado em perspectiva isométrica, se comparado 
à representação do objeto em vistas ortogonais. 
 
 
 
19 
 
 
Figura 4.20 – Representação de vistasortogonais do objeto “B” e sua perspectiva 
isométrica. 
Observe a posição dos eixos a 120°. Na perspectiva isométrica, as dimensões das arestas 
paralelas aos eixos são indicadas nos eixos x, y e z. Veja que a perspectiva isométrica nos 
apresenta o modelo levemente rotacionado e tombado para frente. Esta posição é tal 
que os eixos onde serão indicadas as medidas de comprimento (Eixo x), largura ou 
profundidade (Eixo y) e altura (Eixo z) da peça estão a 120° entre si. 
 
 
 
20 
 
Para facilitar a realização de um exercício, apresentamos aqui (figura 4.21
) uma malha 
isométrica, na qual as linhas estão a 120° entre si. Vamos considerar que a distância de 
um ponto a outro é 10. 
 
 
 
21 
 
 
Figura 4.21 – Construção de perspectiva isométrica utilizando malha isométrica. 
Vamos ver a resolução da representação de um objeto em perspectiva isométrica (figura 
4.22 e 4.23) quando há linhas que não são paralelas aos eixos isométricos. 
 
 
 
Figura 4.22 – Etapas de execução da representação (1). 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
Figura 4.23 – Etapas de execução da representação (2). 
Outro ponto a ser observado é a representação se superfícies curvas em perspectiva 
isométrica. Vamos apresentar o exemplo de representação de um cilindro em 
perspectiva isométrica. Desenha-se inicialmente um paralelepípedo, onde o cilindro 
estará inserido. O círculo inscrito num quadrado, em perspectiva isométrica, 
transforma-se em elipse, por onde, então, a representação de um cilindro inicia-se (nas 
faces quadradas) e, em seguida, unem as elipses com retas tangentes às arestas do 
comprimento do paralelepípedo. Da seguinte forma: 
 
Figura 4.24 – representação de cilindro em perspectiva isométrica. 
Fonte – Ribeiro et al., 2013, p. 46. 
 
 
 
23 
 
Agora, vamos à prática da disciplina! Imprima os exercícios para realizá-los. 
Exercício 1 – Execute a perspectiva isométrica do objeto representado em vistas 
ortogonais. Considere a malha isométrica com modulação =2. Desenho sem escala. 
 
Figura 4.25 – Vistas ortogonais de objeto para execução de perspectiva isométrica 1. 
Exercício 2 – Execute a perspectiva isométrica do objeto representado em vistas 
ortogonais. Considere a malha isométrica com modulação =2. Desenho sem escala. 
Figura 4.26 – Vistas ortogonais de objeto para execução de perspectiva isométrica 2. 
 
 
 
 
 
24 
 
4.5 Configurações de área de trabalho; configurações para o desenho 
Já vimos vários comandos que permitem construir objetos, acrescentar as cotas e outras 
ações utilizando o software. Vamos verificar neste subtema as configurações da área de 
trabalho. 
Selecionando o comando Tools > Options, há várias abas que correspondem a opções 
diferentes, que podem ser definidas: 
Na aba General: 
 em experience level: selecionar advanced 
 em auto save: selecionar enable auto save every: xxx minutes 
 Indicar a quantidade de minutes que corresponde ao intervalo em minutos de 
salvamento automático do arquivo; 
 em save as: defaut format: selecionar AutoCAD 2007 (dwg) ou versão mais 
recente; 
 essa possibilidade permite que seu arquivo seja aberto no software AutoCAD 
permitindo trocas de dados, rapidez e agilidade na consulta de arquivos (pois não 
será necessário importar o arquivo para dwg); 
 em open: Abertura do arquivo: 
 nesta opção existe a possibilidade de configuração para os arquivos serem abertos 
com a opção recover: opção de recuperação; 
 opção utilizada quando o arquivo pode apresentar problemas em sua estrutura, 
quando foi salvo com algum problema ou se o arquivo foi fechado de modo 
inesperado, por exemplo. 
 em Open: selecionar open drawings using Recover 
 clicar em OK; 
Na aba Paths/file: 
Nesta aba é possível configurar dados referentes a arquivos, menus etc. 
 
 
 
 
25 
 
Na aba Display: 
 em linha de comando é possível determinar o número de linhas que ficarão 
armazenadas no histórico de linha de comando, sendo o valor padrão de 256; 
 a linha de comando pode ser visualizada teclando F2: abrirá um bloco de notas 
com o histórico dos comandos; 
 em ambiente gráfico são efetuadas as configurações do ambiente gráfico; 
 em show tabs pode-se definir a cor da tela em graphics screen color, selecionando 
a cor da tela – geralmente adota-se tela preta, mas o usuário pode modificar esta 
configuração; 
 em Menu: 
 selecionar display prompt boxes e selecionar automatic menu loading. 
Estas seleções permitem configurar para mostrar a caixa de comando e a outra para 
carregar os arquivos de menus automaticamente. 
O CADMultiplus pode ser utilizado em vários idiomas: opção padrão em inglês ou para 
idioma configurado no computador. 
 em Idioma: 
 selecionar a opção desejada e para alterar o idioma, fechar e abrir o arquivo em 
seguida para que as modificações sejam adotadas. 
Na aba Profiles: 
Existe a possibilidade de personalização das configurações que controlam o 
desempenho do ambiente gráfico. Sempre existe a “opção padrão” que corresponde às 
configurações default do software. 
 em snap: é utilizado para configurações de capturas para que o desenho seja 
realizado com maior precisão. 
 Para ativar ou desativar snap, clicar com o botão direito a opção esnap na parte 
inferior da tela, e então ativar ou desativar as ferramentas de captura. 
 
 
 
26 
 
Nas configurações para o desenho, são definidas as configurações a serem adotadas no 
desenho como: unidades, sistema de coordenadas, exibição, modificação, criação de 
entidades e configurações para o desenho tridimensional. 
Selecionar o comando Settings > Drawing settings. Na tela selecionada haverá várias 
abas. 
Na aba unidade: 
Nesta aba escolhe-se o tipo de unidade a ser utilizada no desenho e sua precisão. 
 geralmente adotamos “decimal degrees” e, em seguida, definir a precisão, 
selecionando o valor. 
Na aba coordenadas: 
Nessa opção é possível configurar parâmetros relativos ao ambiente gráfico. 
 Ao teclar F8, é possível selecionar Draw orthogonal ou não; 
 Em snap settings: o snap é utilizado para mover o cursor com uma distância pré-
definida; pode-se configurar o cursor a se movimentar a cada 1 metro ou menos, 
por exemplo; 
 em grid: 
 é apresentado na tela a divisão como se fosse um plano cartesiano, permitindo 
configurar a distância entre as linhas que serão criadas; 
 para habilitar e desabilitar o grid, teclar F7; 
 em desenho isométrico: 
 essa opção permite a configuração do cursor para o desenho isométrico – 
recurso bastante utilizado no desenho de tubulações hidráulicas. 
Na aba display: 
É possível configurar parâmetros de cursor e definir se o sistema de coordenadas 
aparece ou não. 
 
 
 
 
27 
 
Na aba criação: 
É possível definir configurações relativas ao layer em que o desenho será realizado, tipos 
de linhas, espessuras etc. 
Na aba edição/modificação: 
É possível configurar parâmetros para os comandos de modificação, como mirror, raio 
padrão para o comando fillet. 
Essa foi a estratégia adotada na disciplina: apresentar alguns comandos para construção 
de desenhos e, em seguida, configurações de área de trabalho e configurações para o 
desenho, de início, usualmente definidos para então proceder a execução do desenho. 
Vamos reunindo as informações para realização de desenho utilizando o software 
CADMultiplus, permitindo que outros desenhos mais complexos sejam realizados com 
a utilização dos recursos disponíveis do software. 
Conclusão 
Neste bloco abordamos o desenho em perspectiva e os diferentes tipos de projeção que 
podem aparecer no desenho técnico. Vimos as projeções cônicas ou centrais e as 
projeções cilíndricas ou paralelas. As projeções paralelas podem ser oblíquas ou 
ortogonais, como já vimos no bloco 3, e as oblíquas podem ser do tipo cavaleira, de 
gabinete ou militar. Vimos também as projeções axonométricas, divididas em 
trimétricas, dimétricas e isométricas. Porfim, discutimos brevemente como é a cotagem 
em perspectiva e a representação dos ângulos no desenho em perspectiva. 
Neste bloco também apresentamos a técnica utilizada para a representação da 
montagem de conjuntos, ou seja, a perspectiva explodida, recurso que pode ser 
utilizado na engenharia e na arquitetura. Você deve ser capaz de entender as diferenças 
de cada uma dessas perspectivas e apontar suas principais vantagens e desvantagens. 
Os exercícios propostos auxiliarão na construção do conhecimento. Assim, realize as 
atividades propostas e faça os exercícios para compreender melhor cada uma das 
perspectivas. Bons estudos! 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
BENUTTI, M. A. Aula 1: Perspectiva e Sistema de Projeção. 2014. Disponível em: 
<http://toninha-aulas.blogspot.com/2014/05/aula-1-perspectiva.html>. Acesso em: 08 
jun. 2019. 
CRUZ, M. D. Projeções e perspectivas para desenhos técnicos. São Paulo: Érica, 2014. 
MULTIPLUS SOFTWARES TÉCNICOS. CADMultiplus PRO V8. Edição/versão: 
CADMultiplus v8 Pro / 8.1.1415.0.P.VC11.x86. São Paulo: IntelliCAD Technology 
Consortium, 2015. Extensão: Licença do software CADMultiplus PRO V8. 
PIXABAY. Corredor em perspectiva. Disponível em: 
<https://pixabay.com/pt/photos/corredor-perspectiva-t%C3%BAnel-933328/>. Acesso 
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______. Ponto de vista em perspectiva (vetor). Disponível em: 
<https://pixabay.com/vectors/perspective-viewpoint-3d-grid-1301762/>. Acesso em 4 
fev. 2019. 
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Pearson Education no Brasil, 2013. 
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Pertence, Ricardo Nicolau Nassar Koury. 4. ed. Rio de Janeiro, RJ: Livros Técnicos e 
Científicos, c2006. 475 p., il. ISBN 8521615221 (broch.). 
YEE, R. Desenho arquitetônico: Um compêndio visual de tipos e métodos. 4. ed. Rio de 
Janeiro: LTC, 2017. 
 
https://pixabay.com/vectors/perspective-viewpoint-3d-grid-1301762/

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