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Auxiliar de Veterinário- Apostila 2

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Curso Online: 
Auxiliar de Veterinário 
 
 
 
1 
 
 
Introdução à microbiologia...................................................................................2 
Morfologia e estrutura da célula bacteriana.........................................................4 
Micróbios..............................................................................................................6 
Cultura de microrganismos..................................................................................8 
Controle dos microrganismos............................................................................10 
As principais bactérias patogênicas para os animais........................................12 
Cocos gram-positivos - Gênero Staphylococcus Spp........................................16 
Bacilos gram-positivos esporulados: Gênero Clostridium Sp............................18 
Bacilos gram-negativos fermentadores: Família enterobacteriacceae..............20 
Bacilos gram-negativos não fermentadores: Pseudomonas Spp......................22 
Infecções virais..................................................................................................25 
Micotoxinas e micotoxicoses.............................................................................29 
Controle de qualidade........................................................................................31 
Biossegurança...................................................................................................33 
Referências bibliográficas..................................................................................35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA 
 
 
 
Microbiologia é o ramo e especialidade da biologia que estuda os micro-
organismos, incluindo eucariontes unicelulares e procariontes, como 
as bactérias, fungos e vírus. Atualmente, a maioria dos trabalhos em 
microbiologia é feita com métodos de bioquímica, biologia 
molecular e genética. Também é relacionada com a patologia, já que muitos 
organismos são patogênicos. 
A extensiva caracterização dos micróbios tem nos permitido o uso deles como 
ferramentas em outras linhas da biologia: 
Bactérias (especialmente Escherichia coli) podem ser usadas para 
reduplicar DNA na forma de um plasmídeo. Este DNA é frequentemente 
modificado quimicamente in vitro e, então, inserido em bactérias para 
selecionar traços desejados e isolar o produto desejado de derivados da 
reação. Após o crescimento da bactéria e, deste modo, a replicação do DNA, o 
DNA pode ser, adicionalmente, modificado e inserido em outros organismos. 
Bactérias podem também ser usadas para a produção de grandes quantidades 
de proteínas usando genes codificados em um plasmídeo. 
Genes bacteriais tem sido inseridos em outros organismos como genes 
repórteres. 
O sistema de hibridação em levedura combina genes de bactérias com genes 
de outros organismos já estudados e os insere em uma célula de levedura para 
estudar interações proteicas em um ambiente celular. 
Micro-organismos (pré-AO 1990: 
microorganismos), microrganismos ou micróbios são organismos que só 
podem ser vistos ao microscópio. Incluem os vírus, as bactérias, 
os protozoários, as algas unicelulares, fungos (as leveduras unicelulares assim 
como os demais fungos pluricelulares) e os ácaros. Diferente do que muitos 
pensam, seres microscópicos não são necessariamente seres unicelulares, um 
exemplo disso são os próprios ácaros. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micro-organismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micro-organismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eukaryota
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unicelular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Procarionte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungi
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioqu%C3%ADmica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_molecular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_molecular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escherichia_coli
https://pt.wikipedia.org/wiki/DNA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plasm%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/In_vitro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gene
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gene_rep%C3%B3rter
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gene_rep%C3%B3rter
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_de_hibrida%C3%A7%C3%A3o_em_levedura&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ortogr%C3%A1fico_de_1990
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsc%C3%B3pio
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protozo%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81caro
 
 
 
3 
 
Esta designação não tem valor taxonômico, uma vez que engloba organismos 
de diferentes reinos, mas é utilizada na ciência e na tecnologia (como na 
fabricação de alimentos fermentados). A disciplina que estuda os micro-
organismos é a microbiologia. 
Muitos microrganismos são agentes patogênicos, mas muitos são benefícos 
para outras espécies, vivendo como simbiontes, ou para o meio ambiente, 
como as bactérias que decompõem a matéria orgânica dentro do ciclo 
biogeoquímico. Podem encontrar-se micro-organismos em todos os habitats, 
tolerando os ambientes mais extremos, desde o fundo dos oceanos, passando 
pelo solo terrestre, e até na atmosfera. 
A microbiologia veterinária têm o objetivo de atender todas as suas 
necessidades com um diagnóstico preciso e auxiliar profissionais de hospitales, 
clínicas e consultórios veterinários. 
Diagnóstico microbiológico específico: 
Bacteriológico com e sem Antibiograma 
Exames bacteriológicos e micológicos de: otite, mastite, urina, metrites, 
infecções oculares, pele. 
Imunodifusão em Agar Gel e testes ELISA para diferentes doenças 
bacterianas e virais. 
Entre as principais infecções bacterianas em animais pequenos encontram-se 
as otites, infecção urinaria, infecções da pele, infecções do aparelho 
reprodutivo, infecções oculares, que podem ser ocasionadas tanto por 
bactérias como por fungos. 
No uso de antibióticos em veterinária devem-se seguir três princípios 
elementares: 
 Clínico-Epidemiológico 
 Microbiológico 
 Farmacológico 
Pode-se definir resistência bacteriana como um conjunto de mecanismos de 
adaptação das bactérias contra os efeitos nocivos ou letais aos quais estas 
estão sendo submetidas. No caso da resistência intrínseca, o microrganismo 
possui, naturalmente, estrutura que lhe confere resistência àquele 
antimicrobiano. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fermenta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microbiologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patog%C3%A9nico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Simbiose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Decomposi%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_biogeoqu%C3%ADmico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_biogeoqu%C3%ADmico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Solo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera
 
 
 
4 
 
 
MORFOLOGIA E ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA 
 
 
A estrutura celular bacteriana é formada por uma célula procariótica (não 
possui membrana nuclear e o seu materialnuclear encontra-se disperso 
no citoplasma), constituída de: 
Membrana plasmática: Camada envoltória do citoplasma celular, constituída 
de fosfolipídeos, proteínas e estruturas como os lipídeos. 
Citoplasma: Líquido de consistência viscosa com presença 
de enzimas e metabólitos. Grande parte do metabolismo das células 
bacterianas ocorre no citoplasma. Os ribossomos ficam espalhados 
pelo citoplasma. 
Cromossomos- Composto por DNA que forma uma única cadeia circular em 
hélice dupla. Apresenta dobras, porém a camada protetora é ausente. 
Os cromossomas das bactérias estão localizados no citoplasma. 
Plasmídeo- Estrutura em formato de fio que se diferencia de um organismo a 
outro e é utilizado na conjugação.É responsável pela auto-duplicação(forma de 
resistência) da bactéria. 
Cápsulas-Com grande presença de água, estas cápsulas ficam ao redor 
da parede celular. Além de favorecerem a aderência ao substrato, também 
ajudam as bactérias a resistirem ao processo de fagocitose. 
Esporos-Formam uma camada protetora em alguns gêneros de bactérias, 
tornando-as mais resistentes à mudanças ambientais que ameacem sua 
sobrevivência. Também atuam na proteção contra agentes químicos e físicos. 
Parede Celular- Fica ao redor da membrana plasmática e tem como principais 
funções garantir a proteção celular e dar formato à célula bacteriana. Esta 
parede protetora é forte e densa. 
Flagelo- Estes apêndices alongados e finos são compostos por 
uma proteína chamada flagelina. Esta estrutura é responsável pela locomoção 
de algumas espécies de bactérias. Portanto, nem todas as bactérias 
possuem flagelos. 
Pilis - São filamentos formados por tubos curtos e em grande quantidade. 
Embora parecidas com os flagelos, não possuem função locomotora. A função 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Procari%C3%B3tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana_nuclear
https://pt.wikipedia.org/wiki/Citoplasma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana_plasm%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Citoplasma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fosfolip%C3%ADdeos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADnas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lip%C3%ADdeos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Citoplasma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzimas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metab%C3%B3lito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Citoplasma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ribossomos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Citoplasma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromossomo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromossomas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Citoplasma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plasm%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjuga%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1psula
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parede_celular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Substrato
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9rias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fagocitose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9rias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parede_Celular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana_plasm%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Flagelo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Flagelina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9rias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Flagelos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pilus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filamentos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Flagelos
 
 
 
5 
 
das fimbrias varia de espécie para espécie. Em algumas, desempenha o papel 
de fixação em substratos e, em outras, exerce a troca de ADN em processos 
parassexuais. 
 
Funções benéficas desempenhadas pelas bactérias: 
Competição das bactérias 
Competição por receptores 
Produção de vitaminas "K" e "D". 
Produção de bacteriologianinas. 
Protege a célula contra a expansão - evitar a lise. 
 
Um grupo de cientistas conseguiu aproveitar esse potencial para guardar 
imagens e vídeos no DNA de bactérias E.coli com uma precisão de 90%. 
A ideia é "programar" bactérias como equipamentos de gravação para que elas 
viajem pelo sangue e armazenem informações por um tempo. Depois disso, os 
cientistas poderiam extraí-las e examinar seu DNA para ver o que elas 
"anotaram". É como se esses organismos fizessem um filme de processos 
biológicos do corpo. 
Por meio de uma ferramenta de edição de genoma conhecida como CRISPR, 
cientistas americanos inseriram um gif de cinco quadros de um cavalo correndo 
no DNA de uma bactéria. Algo semelhante a um processo de "copiar e colar". 
A equipe então viu que os micróbios de fato incorporaram os dados como o 
previsto. 
A microbiologia do rúmen é extremamente completa, devido ao grande número 
de organismos presentes, sendo que suas diferentes naturezas e as mudanças 
da população, resultam na mudança da dieta do animal hospedeiro (TEIXEIRA, 
1991).Desta forma, o rúmen funciona como uma câmara de fermentação, 
devido a uma série de mecanismos fisiológicos do hospedeiro (SOEST, 1982). 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie
https://pt.wikipedia.org/wiki/ADN
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina_K
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina_D
 
 
 
6 
 
 
MICRÓBIOS 
 
 
Os micróbios são organismos vivos tão pequenos que só podem ser vistos por 
meio de um equipamento com potentes lentes de aumento chamado 
microscópio. Eles também são conhecidos como microrganismos. 
Os micróbios são úteis na preparação de iogurte, pão, queijos, vinho, cerveja, 
dentre outros. 
Alguns micróbios, chamados de deteriorantes, podem estragar o alimento, que 
fica com cheiro e sabor desagradá-veis. Outros micróbios, quando presentes 
nos alimentos, podem causar doenças, sendo chamados de prejudiciais à 
saúde ou patogênicos. 
É um grande engano acreditar que os micróbios sempre alteram o sabor e 
cheiro dos alimentos. Alguns micróbios patogênicos multiplicam-se nos 
alimentos sem modificá-los, ou seja, silenciosamente 
O rúmen apresenta características peculiares que o tornam um ecossistema 
anaeróbico propício para o desenvolvimento microbiano (TEIXEIRA, 1991). 
Neste ambiente podem se encontrar também leveduras, principalmente em 
animais jovens. 
A temperatura ruminal está média entre 38º a 42º C e é mantida por 
mecanismos homeotérmicos do hospedeiro. O pH pode variar de 5 a 7, de 
acordo com o tipo de alimento ingerido, tempo de amostragem e freqüência de 
fornecimento de alimentos ao hospedeiro. 
 
Segundo WILLIAMS (1986), os protozoários do rúmen são mais sensíveis que 
as bactérias e podem mesmo vir a desaparecer se o pH ultrapassar 7,8 ou 
decrescer abaixo de 5 embora as espécies bacterianas tenham seu 
crescimento reduzido em pH menor que 5. 
Mycoplasmas: Descrito por HUNGATE, em 1966, como microorganismo 
anaeróbico obrigatório encontrado no rúmen, que degradava células 
bacterianas e apresentava habilidade em hidrolisar caseína. Entretanto, pouco 
se sabe sobre a importância destes microorganismos no ecossistema ruminal. 
Então, todos esses micro organismos são micróbios minúsculos e facilmente 
confundidos. No entanto, as bactérias e os vírus são duas coisas muito 
 
 
 
7 
 
diferentes e para combater aqueles que causam doenças, é melhor identificá-
las claramente antes que a imunidade do corpo esteja enfraquecida. 
Basicamente, o termo micróbio significa "pouca vida". Foi inventado pelo 
cirurgião francês Charles-Emmanuel Sédillot em 1878 para designar todos os 
seres vivos que só podem ser vistos sob um microscópio da Digilab 
Laboratório e que causam doenças. 
É uma relação de causa e consequência semelhante à que acontece em um 
lago, na natureza: se há muitos nutrientes sobrando, o local se torna 
pantanoso, repleto de algas e beirando a insalubridade. 
Isso é chamado de eutrofização. Acontecedevido ao aumento das 
concentrações de nitrogênio ou fósforo na água, causando um desequilíbrio 
que acaba prejudicando o ecossistema. 
Os animais - inclusive os seres humanos - dependem das comunidades de 
micróbios que vivem em seus corpos. É graças a esses serezinhos que 
conseguimos digerir alimentos, sintetizar vitaminas, fortalecer sistemas 
imunológicos e realizar uma vasta gama de fenômenos bioquímicos. 
Ao mesmo tempo, esses microorganismos não conseguiriam viver sem os 
animais como seus hospedeiros. 
Foram medidas as proporções de nitrogênio das fezes de diversos animais. No 
total, foram analisados mais de 30 tipos de mamíferos - zebras, girafas, 
elefantes, ovelhas, bois, humanos etc. 
As amostras de fezes foram trituradas e, em seguida, no laboratório, tiveram os 
átomos de nitrogênio e carbono contados. 
E aí veio a descoberta: descobriu-se que os micróbios no intestino humano têm 
acesso a uma média de apenas um átomo de nitrogênio para cada dez átomos 
de carbono - enquanto os micróbios de vida livre desfrutam de uma dieta 
composta de um nitrogênio a cada quatro carbonos. 
O que descobrimos é que os animais desenvolveram uma maneira de manter 
as bactérias 'na coleira', deixando-as famintas por nitrogênio. Como os 
micróbios do intestino dependem dos nutrientes que fornecemos, podemos 
controlar quais bactérias crescem e quanto elas crescem. 
 
 
 
https://www.digilablaboratorio.com.br/15-microscopio-estereoscopio
https://www.digilablaboratorio.com.br/
https://www.digilablaboratorio.com.br/
 
 
 
8 
 
 
CULTURA DE MICRORGANISMOS 
 
 
 
Os meios de culturas são preparações químicas geralmente usadas para a 
realização de análises laboratoriais, que possuem na sua fórmula nutrientes 
entre outras substâncias que provém as condições necessárias para que 
os microrganismos inoculados multipliquem-se em um meio artificial, para entre 
outras funções, o seu estudo e análise. 
Entre os principais componentes de um meio de cultura estão as fontes 
de carbono e energia (como os açúcares), as fontes 
de nitrogênio, fósforo e sais minerais. Diversos outros componentes podem ser 
encontrados em um meio especifico para um determinado organismo (meio 
seletivo) visando satisfazer as condições ideias para determinado teste. Alguns 
destes componentes visam nutrir e incentivar apenas os micro-organismos que 
serão objetos de estudo e por tanto devem conter fatores de Crescimento 
específicos como vitaminas, aminoácidos, e outros mais. 
Por outro lado podemos ter num meio agentes/constituintes que inibam o 
crescimento de determinados micro-organismos ou até mesmo a ausência de 
algum componente essencial para um determinado grupo (ausência de sangue 
no ágar MacConkey permitindo a identificação de Streptococcus spp.), sendo 
estes também considerados meios seletivos. 
Além de meios seletivos existem também meios que permitem diferenciar 
microrganismos (meios diferenciadores ou diferenciais), o exemplo mais 
simples é a existência de um indicador de pH que permite verificar se, por 
exemplo, um açúcar presente no meio é metabolisado pois, ao ser, implica a 
produção de metabólitos que acidificam o meio alterando o seu pH e 
consequentemente a alteram a cor do indicador de pH. 
Pegamos um exemplo: Mesmo que os animais não contraiam a doença quando 
entram em contato com a cepa do Covid-19, é possível que sirvam de 
superfície para que o vírus seja carregado, daí a importância de evitar contato 
no caso de confirmação de contaminação pelo ser humano. Não há evidências 
sugerindo um hospedeiro animal específico como reservatório de vírus e outras 
investigações estão em andamento. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micro-organismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono
https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia
https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%BAcar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3sforo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sais_minerais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cido
https://pt.wikipedia.org/wiki/PH
https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%BAcar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metab%C3%B3lito
https://pt.wikipedia.org/wiki/PH
https://pt.wikipedia.org/wiki/Indicador_de_pH
 
 
 
9 
 
Existem evidências limitadas de que animais de estimação (cães e gatos) 
possam ser infectados pelo SARS-Cov-2, e não existem evidências de que 
cães e gatos possam ser uma fonte de transmissão para outros animais ou 
humanos. 
 
Meio quimicamente definido: São meios que se conhece a composição 
química exata, e ao adicionar ou retirar um componente ao meio, pode-se 
saber se aquele constituinte é essencial para o crescimento do microrganismo. 
Ex.: meio para cultivo de bactérias autotróficas e uso experimental em 
laboratórios. 
 
Meio complexo: São meios preparados a partir de produtos naturais e, em que 
não se conhece a composição química exata, portanto, ditos quimicamente 
indefinidos. Ex.: Meio para cultivo de bactérias heterotróficas e fungos. Contém 
extrato de carne (C,N,P), peptonas, extrato de leveduras (vitaminas), sangue, 
leite, soro, ágar, etc. 
 
Meios enriquecidos: Favorece o desenvolvimento de uma população 
bacteriana que está em desvantagem entre outras populações. Ex.: Caldo 
Tetrationato e Selenito-Cistina para cultivo de Salmonelas (líquidos), Caldo 
Tioglicolato para Clostridium perfringens. 
 
Seletivos: Favorece o crescimento de uma determinada bactéria de interesse, 
impedindo o crescimento de outras bactérias. Ex.: Ágar sabouraud dextrose, 
PH 5,6, é utilizado no crescimento de fungos que são favorecidos, em relação 
as bactérias, pelo baixo PH. 
 
Meio diferencial: possui substâncias que evidenciam uma característica que 
permite separar um grupo ou uma espécie de microrganismo, facilitando a 
identificação de um grupo de bactérias de interesse, enquanto existem outras 
que crescem no mesmo meio. Ex.: Meio de Teague ou Eosina de azul de 
metileno (diferencial para coliformes), Ágar MacConkey para diferenciação de 
enterobactérias, Ágar sangue, Ágar Baird-Parker para isolamento e 
diferenciação de cocos Gram positivos (sólidos). 
 
 
 
 
10 
 
 
CONTROLE DOS MICRORGANISMOS 
 
 
As patologias cutâneas podem apresentar complicações bacterianas e/ou 
fúngicas. Uma identificação microbiológica é vital para a boa resolução da 
doença dermatológica inicial. 
Observação direta da amostra: Com o objetivo de avaliar a presença e 
abundância de microrganismos na amostra, é realizada de forma rotineira uma 
citologia das zaragatoas recebidas. 
Cultura da amostra em meios de cultura específicos: Ágar sangue, 
MacConkey, Sabouraud, meio específico para Pseudomonas. Caso sejam 
observados cocos na citologia, incorporar Met R-Agar (meio específico para a 
deteção de Staphylococcus resistentes a meticilina - MRSP). 
Identificação do género e espécie do microrganismo presente na amostra a 
partir das colónias isoladas. 
Antibiogramas adaptados: os antibióticos são selecionados em função do 
tipo de amostra recebida e do microrganismo isolado. 
Antibiogramas dinâmicos: os antibióticos vão sendo modificados em função 
do grau de resistência que os microrganismos apresentem. 
Efeitos de inibição: incluímos nos relatórios a medição dos efeitos de inibição 
de cada antibiótico e os seus intervalos de normalidade, para uma melhor 
seleção do tratamento a instaurar. 
Antibiograma específico para MRSP. 
 
 
A partir da medição dos efeitos de inibição de cada antibiótico, são 
recomendados os fármacos mais adequados para cada bactéria, em função da 
sua utilidade clínica e da sua disponibilidade no mercado. 
 
 
 
 
 
11 
 
Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) são unidades de saúde pública que 
têm como atribuição fundamental prevenir e controlar 
as zoonoses (como raiva e o calazar, além da dengue e doença de Chagas), 
desenvolvendo sistemas de vigilância sanitária, vigilânciaepidemiológica e 
vigilância ambiental em saúde. 
Os mesmos desempenham suas funções através do controle de populações de 
animais domésticos (cães, gatos e animais de grande porte) por meio de 
esterilização cirúrgica (castração) e controle de populações de 
animais sinantrópicos. Essa ação é baseada em trabalhos educativos, 
procurando esclarecer e contar com a colaboração e participação de toda 
a sociedade, complementada por ações legais e fiscais. 
Em nível local, nacional e internacional, os CCZ elaboram e organizam 
constantemente programas de treinamento, estágios, atualização e intercâmbio 
entre os profissionais que atuam nesta área específica. 
 
 
Zoonose = Doença que se manifesta sobretudo em animais. 
 
 
Agentes microbiostáticos – inibem o crescimento. 
- Fungistático 
- Bacteriostático 
 
Imagem: edisciplinas.usp.br 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zoonose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Raiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calazar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dengue
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Chagas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vigil%C3%A2ncia_sanit%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A3es
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gato
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinantr%C3%B3pica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Internacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Treinamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1gio
 
 
 
12 
 
 
 
AS PRINCIPAIS BACTÉRIAS PATOGÊNICAS PARA OS ANIMAIS 
 
 
Infecção bacteriana são doenças causadas 
por bactérias patogênicas, organismos unicelulares procariontes complexos. 
 
Classificação por relação com a célula: 
Intracelular obrigatória; 
Intracelular facultativa; 
Extracelular obrigatória. 
 
Classificação por estrutura celular: 
Gram-positiva; 
Gram-negativa; 
Gram-variável; 
Gram-indeterminada. 
 
Classificação por respiração: 
Aeróbica obrigatória; 
Aeróbica facultativa; 
Anaeróbica facultativa; 
Anaeróbica obrigatória. 
 
Classificação por movimento: 
Imóvel; 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patog%C3%AAnico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unicelular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aer%C3%B3bica
 
 
 
13 
 
Móvel; 
Uniflagelada, 
Multiflagelada. 
 
Classificação por cápsula: 
Encapsulada; 
Sem cápsula. 
 
Bactérias patogênicas podem ser contraídas de diversas formas, dependendo 
da bactéria. Meios de transmissão incluem por: 
Respirar ar infectado com a tosse ou espirro de pessoas infectadas, 
Consumo de comidas ou bebidas contaminados, 
Transmitidos pela mordida de animais, como pulgas e carrapatos, 
Contato com fluídos (sangue, saliva, urina, pus...) de animais (especialmente 
de outros humanos) infectados, 
Relação sexual desprotegida, 
Contato com superfícies contaminadas. 
Dentre as infecções bacterianas mais comuns estão 
 
Esterilização: Processo que visa a destruição total de todas as formas de vida 
de um material ou ambiente, através de métodos físicos ou químicos. 
 
Desinfecção: Tratamento de objetos/materiais, com um agente químico, 
visando destruir as formas vegetativas de microrganismos, mas não 
necessariamente os esporos. 
 
Assepsia: Conjunto de medidas utilizadas para impedir a entrada de 
microrganismos em local que não os contenha. 
 
 
 
14 
 
Antissepsia: Conjunto de medidas utilizadas para inibir o crescimento de 
microrganismos ou removê-los de um determinado local. 
 
O esterco de vacas leiteiras, que frequentemente é utilizado como fertilizante 
para solos de cultivo, contém grande quantidade de genes recém identificados 
que são resistentes aos antibióticos. 
Os genes provêm de bactérias dos intestinos dos animais, e o estudo, 
publicado na revista da Sociedade Americana de Microbiologia, indica que o 
esterco das vacas pode ser uma fonte de novos tipos de genes com resistência 
aos antibióticos que se transferem para as bactérias nos solos onde os 
alimentos são cultivados. 
Os genes resistentes aos antibióticos podem passar a fazer parte do 
"ecossistema humano" porque as bactérias que os possuem criam colônias no 
homem ou transferem os genes para outras bactérias. 
Os cientistas identificaram no esterco das vacas 80 genes únicos e 
funcionalmente resistentes aos antibióticos. No laboratório, os genes fizeram 
com que uma amostra da bactéria Escherichia coli se tornasse resistente a um 
de quatro tipos de antibióticos, os betalactâmicos (como a penicilina), os 
aminoglicósidos, tetraciclina e cloranfenicol. 
Aproximadamente 75% dos 80 genes resistentes aos antibióticos tinham 
sequências remotamente vinculadas a outros genes já descobertos. 
Os pesquisadores encontraram, além disso, uma nova família de genes que 
conferem resistência aos antibióticos do tipo cloranfenicol e são usados 
regularmente para o tratamento das doenças respiratórias do gado. 
 A diarreia bovina é uma doença multifatorial, resultante da interação entre o 
bovino, ambiente, nutrição e os agentes infecciosos. A doença engloba toxinas 
bacterianas, inflamações induzidas por parasitas ou bactérias, atrofia de 
vilosidades intestinais determinadas pela ação viral ou de protozoários. Estas 
condições determinam uma hipersecreção intestinal e má absorção e digestão, 
que tem como resultado a diarreia. Devido a todos estes aspectos, é 
considerado uma síndrome caracterizado por alterações da função 
gastrintestinal, cujo sintoma principal, sendo de grandes prejuízos econômicos 
na atividade agropecuária, pela mortalidade provocada entre os animais 
afetados, pelos tratamentos frustrados, e particularmente, pela perda de peso e 
desenvolvimento retardado desses animais. Os principais agentes que estão 
envolvidos podem ser bactérias (Escherichia coli, Salmonella spp, Clostridium 
perfingers), vírus (coronavírus e rotavírus) ou protozoários (Cryptosporidium sp. 
 
 
 
15 
 
E Eimeria spp.), podendo estes agentes causarem infecção juntos ou isolados, 
sendo a primeira situação de maior ocorrência. 
A destruição das células epiteliais do intestino favorece a perda de líquidos da 
corrente sanguínea para a luz intestinal por diferença de osmoralidade, assim 
ocorrendo a diarreia e a consequente desidratação do animal, sendo que os 
animais jovens tem maior porcentagem de liquido corporal e também tem maior 
porcentagem de liquido extracelular, sendo assim mais grave o déficit hídrico 
para essa categoria. Existem três mecanismos de modificação de absorção e 
secreção que envolvem alteração da função da mucosa do sistema digestivo. A 
primeira, chamada de hipersecreção passiva, é causada por fatores 
hemodinâmicos, inflamação ou por substancias osmótico-ativas, como lactose 
mal digerida, causando uma diarreia nutricional. A segunda, chamada de 
hipersecreção ativa, é causada por toxinas bacterianas oriundas de E. 
coli e Salmonella spp.. Por último, a redução da absorção e reabsorção de 
água e eletrólitos, normalmente causada por corona e rotavírus. 
A bactéria tem capacidade de permanecer por vários meses ou até anos no 
ambiente, sendo que animais cronicamente infectados são disseminadores 
constantes; roedores, pássaros e animais silvestres também podem agir como 
disseminadores da bactéria. A Salmonella dublin (tipo D) é adaptada aos 
bovinos, mas podem ocorrer surtos por cepas não adaptados como 
a Salmonella typhimurium (tipo B) que acometem todos os tipos de animais e é 
frequentemente a causa de surtos de gastroenterite em humanos por todo 
mundo. Nos últimos anos, ocorreu um aumento no número de notificações de 
espécies exóticas da Salmonella sp., como a S .angona e S. newport, 
provenientes, principalmente, do uso de alimentos incomuns como resíduos de 
peixe que são utilizados na alimentação de rebanhos leiteiros. 
 Em bovinos, a salmonelose manifesta-se de duas principais formasclínicas. 
Em animais jovens a Salmonella typhimurium é o agente etiológico 
predominante e causa enterite aguda que resulta em severa desidratação e 
alta mortalidade se não tratada. Já a Salmonella dublin é predominante em 
animais velhos, causando enterite, septicemia e aborto. 
 Os sinais clínicos Febre e diarreia são sinais típicos de S. typhimurium tipo B 
em rebanhos leiteiros. Em casos de Salmonella enteridis, podem ainda ser 
observados sangue e muco nas fezes e, em casos mais graves, há a presença 
de coágulos. A faixa etária mais comumente acometida é aquela entre duas 
semanas e dois meses, podendo ocorrer em qualquer idade. Uma grande 
variação da doença existe em função da virulência, dose infectante, idade do 
animal, status imune e existência de doença concomitante nos bezerros. 
 
 
 
 
16 
 
 
COCOS GRAM-POSITIVOS - GÊNERO STAPHYLOCOCCUS SPP 
 
 
O gênero Staphylococcus é composto de 37 espécies, 17 delas podem ser 
isoladas de amostras biológicas humanas. 
Os estafilococos são geralmente encontrados na pele e mucosas do homem e 
de outros animais. Muitas espécies são isoladas de partes específicas do corpo 
humano ou de certos animais, por exemplo: S. auricularis encontrado como 
parte da microbiota humana do conduto auditivo e S. hyicus causando 
dermatite infecciosa em suínos. Os estafilococos são cocos Gram-positivos, 
podem se apresentar isolados ou aos pares, em cadeias curtas ou agrupados. 
O aspecto macroscópico da colônia em meio sólido, presença de pigmento e 
hemólise em ágar sangue de carneiro são características auxiliares na 
identificação destes microrganismos. São imóveis, anaeróbios facultativos, não 
formadores de esporos e produtores de catalase. 
Rotineiramente, o teste da catalase é utilizado para diferenciar os estafilococos 
(catalase positiva) dos estreptococos (catalase negativa). Entretanto, existem 
relatos na literatura de Staphylococcus aureus catalase negativa relacionados a 
processos infecciosos, embora raros, descritos em vários países, inclusive no 
Brasil. A catalase constitui um mecanismo de defesa para a bactéria contra 
células fagocitárias, porém não é um fator essencial para a sobrevivência do S. 
aureus. 
As bactérias Gram positivas são aquelas que se coram de azul ou violeta na 
coloração de Gram, em contraste com as bactérias Gram negativas, que não 
têm a capacidade de reter o corante cristal violeta. As bactérias Gram 
negativas que não retêm o cristal violeta se coram com a safranina ou fucsina e 
apresentam uma coloração vermelha ou rosa. Os microrganismos Gram 
positivos possuem a capacidade de reter o corante cristal violeta devido à 
grande quantidade de peptidoglicana na parede celular. 
A presença de ácido tecoico e lipoico, formando ácidos lipotecoicos, que agem 
como agentes quelantes e capazes de aderência celular. Além disso, as 
bactérias Gram positivas, especialmente os cocos, estão entre os 
microrganismos mais frequentemente isolados de amostras biológicas 
humanas em laboratórios de microbiologia. 
 
 
 
17 
 
O gênero Staphylococcus é composto de 37 espécies, 17 delas podem ser 
isoladas de amostras biológicas humanas. Os estafilococos são geralmente 
encontrados na pele e mucosas do homem e de outros animais. Muitas 
espécies são isoladas de partes específicas do corpo humano ou de certos 
animais, por exemplo: S. auriculares, encontrado como parte da microbiota 
humana do conduto auditivo, e S. hyicus, causando dermatite infecciosa em 
suínos. Os estafilococos são cocos Gram positivos, podendo se apresentar 
isolados ou aos pares, em cadeias curtas ou agrupados. O aspecto 
macroscópico da colônia em meio sólido e a presença de pigmento e hemólise 
em ágar sangue de carneiro são características auxiliares na identificação 
destes microrganismos. Eles são imóveis, anaeróbios facultativos, não 
formadores de esporos e produtores de catalase. 
Os estafilococos têm formato esférico, aproximadamente 
1 micrometro de diâmetro e formam grupos com aspecto 
de cachos de uvas. Após coloração por técnica de Gram, adquirem 
cor arroxeada ao microscópio óptico, devido à sua membrana simples e parede 
celular de peptidoglicano grossa, constituída por mureína, ácido teicóico 
e polissacarídeos. 
Outra característica desses micro-organismos reside no fato de 
serem anaeróbicos facultativos: vivem em meios aeróbios (usando oxigênio) 
mas podem, facultativamente, viver em meios anaeróbios (por intermédio 
da fermentação). De todo modo, seu crescimento é mais rápido em meios 
aeróbios. Não possuem flagelo, sendo portanto incapazes de se 
locomover autonomamente. Sua faixa de temperatura ótima 
para crescimento situa-se entre 30 e 37 graus Celsius, a mesma do corpo 
humano. 
As estirpes pouco virulentas (coagulase-negativas) dos estafilococos existem 
na pele de todas as pessoas, embora frequentemente também estejam 
presentes Staphylococcus aureus (sem no entanto provocar doenças). Por 
vezes, também estão presentes nos intestinos e no trato urinário. 
São destruídos por desinfectantes, sabão e altas temperaturas. Podem resistir 
bem à desidratação, durante longos períodos. São transmitidas de pessoa a 
pessoa pelo contato direto ou pelo contato indireto (via objectos). As feridas e 
outras aberturas na pele, os estados de debilidade, as operações cirúrgicas e 
as doenças em geral incrementam a possibilidade de esses micro-organismos 
invadirem o organismo humano e passarem a atuar como patógenos. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coco_(bact%C3%A9ria)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micrometro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A2metro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Racemo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uva
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram
https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%BArpura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsc%C3%B3pio_%C3%B3ptico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parede_celular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parede_celular
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Anaerobiose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aerobiose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humano
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sab%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
 
 
 
18 
 
 
BACILOS GRAM-POSITIVOS ESPORULADOS: GÊNERO CLOSTRIDIUM SP 
 
 
Clostridium é um gênero de bactérias firmicutes, Gram-positivas. Têm a forma 
de bastonetes e o nome do grupo provém da palavra grega kloster, que 
significa roca. 
As espécies de Clostridium são anaeróbios estritos e aerotolerantes. 
Produzem endósporos e são ubiquitárias, vivendo no solo, água, flora do trato 
gastrointestinal do Homem e diversos animais. Algumas espécies 
de Clostridium são patogênicas, ou seja, agentes causadoras de doenças. 
As bactérias do gênero Clostidium também são responsáveis pela fixação de 
nitrogênio no solo. 
As bactérias Gram-positivas são classificadas pela cor que adquirem após 
aplicação de um processo químico denominado coloração de Gram. As 
bactérias Gram-positivas adquirem coloração azul quando essa coloração é 
aplicada a elas. As outras bactérias adquirem coloração vermelha. Elas são 
chamadas de Gram-negativas. As bactérias Gram-positivas e Gram-negativas 
têm a coloração diferente porque suas paredes celulares são diferentes. Elas 
também causam tipos diferentes de infecções e tipos diferentes de antibióticossão eficazes contra elas. 
Os bacilos Gram-positivos causam alguns tipos de infecção, incluindo: 
 Carbúnculo 
 Difteria 
 Infecções enterocócicas 
 Erisipelotricose 
 Listeriose 
Os cocos Gram-positivos causam alguns tipos de infecção, incluindo: 
 Infecções pneumocócicas 
 Infecções por Staphylococcus aureus 
 Infecções estreptocócicas 
 Síndrome do choque tóxico 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Firmicutes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram-positivas
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega
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https://pt.wikipedia.org/wiki/End%C3%B3sporo
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Que_existe_em_toda_parte.&action=edit&redlink=1
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-bact%C3%A9rias-gram-positivas/carb%C3%BAnculo
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-bact%C3%A9rias-gram-positivas/difteria
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https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-bact%C3%A9rias-gram-positivas/infec%C3%A7%C3%B5es-pneumoc%C3%B3cicas
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-bact%C3%A9rias-gram-positivas/infec%C3%A7%C3%B5es-por-staphylococcus-aureus
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-bact%C3%A9rias-gram-positivas/infec%C3%A7%C3%B5es-estreptoc%C3%B3cicas
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-bact%C3%A9rias-gram-positivas/s%C3%ADndrome-do-choque-t%C3%B3xico
 
 
 
19 
 
As bactérias Gram-positivas são aquelas que obtêm uma coloração violeta ou 
azul escura através da técnica de Gram. São o oposto das bactérias Gram-
negativas, que são incapazes de fixar a violeta de genciana, retendo em seu 
lugar o corante de contraste (safranina ou fucsina) que lhes dá a tonalidade 
vermelha ou rosa. Os organismos Gram-positivos são capazes de reter o 
corante violeta devido à grande quantidade de peptidoglicano na sua parede 
celular. As paredes celulares de organismos Gram-positivos normalmente 
carecem da membrana periférica presente nas bactérias Gram-negativas. 
 
 
 Leitura Complementar: 
Livro: Microbiologia Veterinária eBook Kindle. 3ª Edição. 
Autor: Scott McVey (Autor), Melissa Kennedy (Autor), M.M. 
Chengappa (Autor) 
Editora: Gen. Guanabara Koogan. 
 
 
 
 
Todas as bactérias podem ser classificadas como uma de três formas básicas: 
esferas (cocos), bastonetes (bacilos) e espirais ou hélices (espiroquetas). As 
bactérias Gram-positivas podem ser cocos ou bacilos. 
Algumas bactérias Gram-positivas causam doenças. Outras ocupam 
normalmente um local do corpo, como a pele. Essas bactérias, 
chamadas microbiota habitual, geralmente não causam doença. 
As bactérias podem estabelecer infecção no trato urinário ao se deslocarem da 
uretra para a bexiga e, então, seguirem até o ureter e deste para o rim. 
Entretanto, a introdução de bactérias na bexiga não inevitavelmente leva à 
infecção contínua. Exemplificando, as bactérias frequentemente entram na 
bexiga após o intercurso sexual, porém a micção normal e os mecanismos de 
defesa inatos atuantes na bexiga do hospedeiro eliminam estes organismos. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria_Gram-negativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria_Gram-negativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Violeta_de_genciana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corante_de_contraste
https://pt.wikipedia.org/wiki/Safranina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fucsina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peptidoglicano
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_ebooks_1?ie=UTF8&field-author=Scott+McVey&text=Scott+McVey&sort=relevancerank&search-alias=digital-text
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_ebooks_2?ie=UTF8&field-author=Melissa+Kennedy&text=Melissa+Kennedy&sort=relevancerank&search-alias=digital-text
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_ebooks_3?ie=UTF8&field-author=M.M.+Chengappa&text=M.M.+Chengappa&sort=relevancerank&search-alias=digital-text
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_ebooks_3?ie=UTF8&field-author=M.M.+Chengappa&text=M.M.+Chengappa&sort=relevancerank&search-alias=digital-text
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-espiroquetas/bejel-bouba-e-pinta
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/biologia-das-doen%C3%A7as-infecciosas/flora-habitual
 
 
 
20 
 
 
BACILOS GRAM-NEGATIVOS FERMENTADORES: FAMÍLIA 
ENTEROBACTERIACCEAE 
 
 
Os gêneros e espécies de enterobactérias podem ser diferenciados com base 
em características bioquímicas. Algumas destas características podem 
diferenciar biotipos em cepas pertencentes a uma mesma espécie. 
As enterobactérias possuem características em comum que definem a 
família Enterobacteriaceae: 
 São bacilos Gram-negativos; 
 Fermentam a glicose com ou sem produção de gás; 
 São aeróbios e anaeróbios facultativos; 
 A maioria reduz nitrato a nitrito; 
 A maioria é oxidase negativa e catalase positiva; 
 Podem ser móveis por flagelos peritríqueos ou imóveis; 
 Crescem bem em meios comuns de cultura, como ágar MacConkey. 
 
As enterobactérias são universalmente distribuídas no solo, plantas, na água e 
no trato gastrointestinal de humanos e dos animais. Algumas espécies são 
encontradas apenas em alguns nichos, como a Salmonella sorotipo typhi, que 
causa febre tifóide e é encontrada apenas em humanos, enquanto outras são 
encontradas universalmente como a K. pneumoniae. 
As Enterobacteriaceae podem ser isoladas de vários sítios infecciosos e são 
responsáveis por: 
 Abscessos; 
 Pneumonia; 
 Meningites; 
 Septicemias; 
 Infecções de feridas, trato urinário e trato gastrintestinal. 
 
Enterobacter são bacilos Gram negativos, da família Enterobacteriaceae. 
Várias cepas dessas bactérias são patogênicas e podem causar infeções 
oportunistas em pacientes imunocomprometidos e em pacientes internados em 
hospitais. Os tratos respiratórios e as vias urinárias são os sítios mais comuns 
 
 
 
21 
 
de infecção. O gênero Enterobacter faz parte do grupo de bactérias coliformes, 
não pertencendo aos coliformes fecais (ou coliformes termotolerantes), como 
a E. coli, visto que não cresce à temperatura de 44,5ºC na presença de sais 
biliares. 
A Enterobacter aerogenes e a Enterobacter cloacae, que são as espécies mais 
comuns em infecções em seres humanos, podem ser diferenciadas pelos 
testes da lisina descarboxilase e arginine hidrolase. A Enterobacter 
sakazakii pode ser diferenciada da Enterobacter cloacae pela incapacidade de 
fermentar o d-sorbitol e a produção de um pigmento de cor amarela. 
A Enterobacter agglomerans representa um grupo diversificado que 
frequentemente produz uma pigmentação amarela das suas colônias, cresce a 
4ºC e é negativo nos testes de descarboxilase/dihidrolase. Digno de nota que 
a Enterobacter agglomerans teve seu nome modificado recentemente 
para Pantoea agglomerans, para refletir o distanciamento do gênero 
Enterobacter. 
As espécies de Enterobacter podem ser encontradas nas fezes de humanos e 
animais, na água, plantas, insetos e em produtos de laticínios, como leite, 
queijos manteiga etc. Casos de infecções hospitalares têm sido atribuídos à 
contaminação de soluções intravenosas, produtos de bancos de sangue, água 
destilada, estetoscópios, swabs de algodão, soluções lipídicas de nutrição 
parenteraletc. 
Bacilos Gram-negativos são responsáveis por numerosas doenças. Alguns são 
microrganismos comensais encontrados na flora intestinal normal. Esses 
microrganismos comensais e outros, provenientes de reservatórios animais ou 
ambientais, podem causar doenças. 
As bactérias Gram-negativas causam peste, cólera e febre tifoide. Essas 
infecções são raras nos EUA, mas são mais comuns em áreas do mundo 
afetadas por pobreza ou guerra, ou com falta de saneamento e/ou 
abastecimento de água e alimentos inseguro. Essas infecções podem ser 
sérias. 
Os bacilos são um tipo de bactéria classificado de acordo com forma 
característica de bastonete. Ou seja, as bactérias podem ser esféricas (cocos), 
em forma de bastonete (bacilos), em forma de vírgulas (vibriões) ou de espiral/ 
helicoidal (espiroquetas). 
 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bacilos-gram-negativos/peste-e-outras-infec%C3%A7%C3%B5es-por-yersinia
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bacilos-gram-negativos/c%C3%B3lera
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bacilos-gram-negativos/febre-tifoide
 
 
 
22 
 
 
BACILOS GRAM-NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES: 
PSEUDOMONAS SPP 
 
 
 
No mundo das bactérias, as Gram-positivas são uma minoria. Geralmente, elas 
são sensíveis à penicilina e, normalmente, são lentas no desenvolvimento de 
resistência a este antibiótico. Algumas bactérias Gram-positivas (por exemplo 
certos estreptococos) podem penetrar profundamente no tecido, enquanto 
outras causam danos através da produção de substâncias extremamente 
tóxicas (por exemplo as toxinas produzidas por Clostridium botulinum). 
As três infecções causadas por bacilos Gram-positivos são a erisipelotricose, a 
listeriose e o carbúnculo. 
O aspecto característico das bactérias Gram-negativas é a presença de uma 
membrana dupla envolvendo cada célula bacteriana. Embora todas as 
bactérias possuam uma membrana celular interna, apenas as Gram-negativas 
apresentam uma membrana externa. Esta membrana externa impede a 
entrada de determinados medicamentos e antibióticos na célula, o que explica 
parcialmente a razão pela qual as bactérias Gram-negativas geralmente são 
mais resistentes aos antibióticos do que as Gram-positivas. 
As bactérias Gram-negativas possuem uma grande facilidade para trocar 
material genético (DNA) entre cepas da mesma espécie e mesmo entre 
espécies diferentes. Isto significa que quando uma bactéria Gram-negativa 
sofre uma alteração genética (mutação) ou adquire um material genético que 
lhe confere resistência a um antibiótico, ela poderá, posteriormente, 
compartilhar seu ADN com outras cepas de bactérias e a cepa secundária 
também pode tornar-se resistente. 
 
Principais infecções por bacilos: 
Gram-positivos 
- Erisipelóide 
- Listeriose 
- Antraz 
https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/antraz
 
 
 
23 
 
Gram-negativos 
- Infecções causadas por Haemophilus 
- Brucelose 
- Tularemia 
- Peste 
- Doença da arranhadura do gato 
- Infecções por Pseudomonas 
- Infecções por Campylobacter 
- Cólera 
 
 
 
 
 Leitura Complementar: 
Livro: Microbiologia veterinária essencial, 2ª edição 
Autor: F C LEONARD 
Editora: GRUPO A EDUCACAO SA PR 
 
 
 
 
 
As bactérias Gram-negativa são bactérias que não retêm o corante violeta de 
genciana durante o recurso ao protocolo de coloração de Gram. 
Durante o processo de coloração de Gram, um corante de contraste, 
normalmente a safranina, é adicionado após o violeta de genciana, provocando 
a coloração das bactérias Gram-negativas de rosa ou vermelho. O corante de 
contraste permite assim visualizar as bactérias Gram-negativas que, devido a 
possuírem uma camada mais fina de peptidoglicanos, não conseguem reter o 
corante violeta de genciana. Sua principal característica é 
uma endotoxina denominada lipopolissacarídeo (LPS) que é causadora 
da patogenicidade e maior responsável por sua virulência. 
https://www.atlasdasaude.pt/content/brucelose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Violeta_de_genciana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Violeta_de_genciana
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Christian_Gram
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corante_de_contraste
https://pt.wikipedia.org/wiki/Safranina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peptidoglicano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endotoxina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipopolissacar%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patogenicidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Virul%C3%AAncia
 
 
 
24 
 
O envelope celular das bactérias gram-negativas é quimicamente formado por: 
Fosfolipídeos (20 a 25%) 
Proteínas (45 a 50%); 
Lipopolissacarídeo (30%). 
 
Nas bactérias Gram-negativas, tem uma parede celular menos espessa e 
compostas por: 
Peptidioglicano: Responsável pela forma mais rígida das células e pela 
proteção do citoplasma contra às diferenças na pressão osmótica; 
Lipoproteínas: Responsável por estabilizar a membrana externa e fixá-la à 
camada de peptidioglicano. 
Membrana externa: Responsável pela prevenção da perda de proteínas 
periplasmáticas e evitar o acesso de enzimas hidrolíticas e de 
certos antibióticos ao peptidioglicano. 
Lipopolissacarídeos: Participa dos mecanismos de patogenicidade da célula 
bacteriana. Determinam os efeitos biológicos que resultam na amplificação das 
reações inflamatórias. 
 
Exemplo de medicação: Chemitril® Injetável 10% é indicado contra infecções 
dos animais domésticos, causadas por bactérias Gram-negativas e Gram-
positivas, Espiroquetas e Micoplasmas sensíveis ao Enrofloxacino. 
Cada 100 ml contém: 
Enrofloxacino (Ácido 1-ciclopropil-7-[4-etil-1-piperazinil]-6-fluoro-1,4-diidro- 
4-oxo-3-quinoleína-carboxílico) ………………………. 10,0 g 
Veículo, q.s.p. ……………………………………. 100,0 ml 
 
 
Imagem: chemitec.com.br 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parede_celular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peptidioglicano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_osm%C3%B3tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipoprote%C3%ADna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana_externa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipopolissacar%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patogenicidade
 
 
 
25 
 
 
INFECÇÕES VIRAIS 
 
 
A maioria das infecções virais são subclínicas, sugerindo que as defesas do 
hospedeiro detêm os vírus antes da manifestação dos sintomas da doença. No 
entanto, a manifestação clínica de uma infecção viral depende de vários fatores 
como a virulência do vírus, a susceptibilidade do hospedeiro, os efeitos de 
substâncias bioquímicas geradas a partir da interação vírus-célula e das 
reações inflamatórias e imunológicas resultantes dessa interação. 
O termo infecção aguda indica a produção rápida de vírus seguida da 
resolução e eliminação rápida da infecção pelo hospedeiro. Essas infecções 
podem ser localizadas quando se restringem aos tecidos e órgãos que 
inicialmente foram utilizados como porta de entrada pelo vírus. O aparecimento 
de manifestações sintomáticas ocorre no ponto de infecção, levando 
paralelamente a proliferação viral localizada. As infecções agudas sistémicas 
representam os quadros infecciosos que se distribuem através do organismo e 
alcançam distintos tecidos e órgãos simultaneamente. 
 
Infecção crónica – o vírus é continuamente replicado e excretado. 
 
Infecção de evolução lenta – caracteriza-se por longos períodos de 
incubação. O desenvolvimento da doença tem um curso longo, progressivo e 
frequentemente fatal. 
 
Infecções latentes - O vírus persiste numa forma "não infecciosa” com 
períodos intermitentes de reativação. O período de latência de uma virose é 
definido como o período em que o vírus permanece no organismo sem 
provocar manifestações clínicas. Geralmente no período de latência não há 
detecção de partículas virais. 
 
Trata-se do conflitoentre os mecanismos de defesa do hospedeiro e a 
capacidade de agressão intrínseca do microrganismo, levando à implantação, 
crescimento e multiplicação deste no organismo do hospedeiro, causando 
algum tipo de prejuízo. 
https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/hospedeiro
 
 
 
26 
 
Bronquite infecciosa 
É uma doença viral aguda e altamente contagiosa que afeta galinhas em todas 
as idades. A bronquite atinge além do trato respiratório, os rins e aparelho 
reprodutivo das aves. O vírus está presente em todos os países do mundo. 
 
Gripe aviária 
No Brasil, não existem casos da doença, porém os produtores se mantêm em 
alerta. A enfermidade é o nome dado a uma variedade do vírus influenza, o 
H5N1, hospedado por aves, mas que pode infectar os mamíferos. Hoje, a 
doença está concentrada no sudeste asiático, mas existem casos na Turquia, 
Romênia e Inglaterra. Além de preocupar os órgãos oficiais de saúde pública, a 
gripe aviária já trouxe inúmeros prejuízos na economia mundial. 
 
Peste Suína Clássica (PSC) e Peste Suína Africana (PSA) 
Doenças virais graves que infectam o suíno, causando grandes perdas 
econômicas. Todavia, as doenças são causadas por vírus diferentes. A PSC é 
causada por um vírus da família Flaviviridae, gênero Pestivirus, de genoma 
RNA. Já a PSA é causada por um vírus DNA, família Asfarviridae, 
gênero Asfivirus. As duas doenças são semelhantes clinicamente, sendo 
necessário realizar diagnóstico laboratorial diferencial. O Brasil tem um 
programa nacional para controle da PSC e atualmente grande parte do 
território é reconhecido internacionalmente como livre de PSC. A PSA já 
ocorreu no Brasil no final da década de 1970, foi erradicada e atualmente a 
doença é considerada exótica no país. Tanto o vírus da PSC como o da PSA 
não causam doença em humanos. 
Os sinais clínicos observados dependem da virulência da amostra, e via de 
transmissão, variando entre as formas aguda, subaguda e crônica. 
Forma aguda: 
Febre (40 a 42°C), leucopenia e trombocitopenia (48-72 horas) 
Vermelhidão e hemorragias na pele - pontas das orelhas, cauda, extremidades 
distais e abdômen 
Anorexia, apatia, cianose e incoordenação motora dentro de 24-48 horas antes 
da morte 
Aumento da frequência respiratória 
 
 
 
27 
 
Podem ocorrer vômitos, diarreia (por vezes sanguinolenta) e secreções 
oculares 
Abortos 
Sobreviventes tornam-se portadores do vírus 
Em suínos domésticos, a taxa de mortalidade geralmente se aproxima de 
100% 
 
Forma subaguda: 
Sinais clínicos semelhantes à forma aguda, porém menos intensos 
Duração da doença é de 5-30 dias 
A taxa de mortalidade é mais baixa (por exemplo, 30-70%) 
 
Forma crônica: 
Perda de peso, picos irregulares de temperatura, sinais respiratórios, úlceras e 
necrose da pele, artrite 
Pericardite, pleurite e edema nas articulações 
Baixa mortalidade 
 
As lesões observadas variam dependendo da forma de apresentação clínica da 
PSA: 
Aguda: hemorragias extensas em órgãos internos (baço, linfonodos e rins), 
hidropericárdio, hidrotórax, ascite, edema no aparelho digestório. Baço 
aumentado de volume. 
Subaguda: lesões similares às observadas na forma aguda, porém de 
intensidade moderada. 
Crônica: alterações mínimas no trato respiratório ou ausentes. 
A notificação de doenças graves reemergindo como o mormo, a raiva, 
encefalomielite e influenza equina tem sido frequente, por isso é de suma 
importância a atualização por parte dos criadores sobre as doenças 
reemergentes no Brasil e para que possam tomar os devidos cuidados 
profiláticos. 
 
 
 
28 
 
Influenza equina 
 
A influenza equina é uma doença infecciosa do sistema respiratório causada 
por um RNA-vírus da família Ortomixoviridae, gênero Influenzavírus A. O vírus 
dessa doença sofre mutações constantes e pode ser mais ou menos severo de 
acordo com seu subtipo, saúde do animal, manejo e condições ambientais. 
Patogenia e sinais clínicos 
Pelo motivo deste vírus atacar o sistema respiratório superior dos equinos os 
sinais clínicos mais aparentes são: tosse, febre, apatia, redução do apetite, 
secreção nasal serosa podendo evoluir para mucopurulenta caso haja infecção 
secundária. 
Métodos diagnósticos 
As amostras para diagnóstico laboratorial devem ser coletadas por médicos 
veterinários, através de swab nasofaríngeo, que deve ser encaminhado ao 
laboratório. A amostra de sangue é utilizada no exame de hemoaglutinação 
para pesquisa de anticorpos e o swab nasofaríngeo para pesquisa da presença 
do vírus. A positividade do teste deve ser notificada a defesa agropecuária. 
 
Raiva equina 
 
A raiva é uma enfermidade viral, infecciosa e aguda, de notificação obrigatória, 
pode ser transmitida através de contato de ferimentos com saliva de animais 
infectados e morcegos hematófagos sendo a espécie principal o Desmodus 
Rotundus. 
Patogenia: Essa doença ataca o sistema nervoso central dos mamíferos sendo 
as manifestações clínicas dependentes da fase da doença ou parte afetada 
que pode ser o cérebro, tronco encefálico e medula espinhal. 
Sinais clínicos: Os sinais característicos da fase prodrômica, ou seja, a doença 
no cérebro, são movimentos involuntários, cegueira, atitude de pressionar a 
cabeça contra objetos, agressividade, apatia, sonolência e mudanças de 
atitude. Essa fase é curta e é caracterizada por mudanças de conduta. 
 
 
 
 
 
29 
 
MICOTOXINAS E MICOTOXICOSES 
 
 
Micotoxinas são substâncias químicas tóxicas produzidas por fungos. Na sua 
ação de decomposição dos alimentos, os fungos são capazes de produzir 
metabólitos secundários, não essenciais para sua manutenção primária, mas 
capazes de atingir outras espécies. Esses compostos, denominados 
genericamente micotoxinas, conferem aos fungos uma vantagem competitiva 
sobre outros fungos e sobre bactérias presentes no ambiente. 
Distinguem-se as micotoxinas: 
 Zootóxicas: tóxicas para animais 
 Fitotóxicas: tóxicas para plantas 
 Antibióticos: tóxicos para bactérias 
 
As micotoxinas são metabólitos tóxicos secundários produzidos por fungos 
filamentosos. Os fungos crescem e se proliferam bem em grãos quando em 
condições ideais de temperatura, umidade e presença de oxigênio. 
As principais micotoxinas de ocorrência em grãos e subprodutos utilizados na 
nutrição animal no Brasil são: aflatoxinas, fumonisinas, zearalenona, 
tricotecenos e ocratoxina A. Outras micotoxinas, mesmo que ocorram em 
menor frequência, provocam importantes perdas econômicas quando 
contaminam os alimentos. 
Com a necessidade do aprimoramento constante da área de nutrição animal, o 
controle e o gerenciamento das micotoxinas constituem um desafio importante, 
pois, por razões econômicas e de saúde pública, as micotoxinas requerem 
cada vez mais atenção. 
Micotoxicose é uma doença, consequência da ingestão de micotoxinas que 
provém de fungos, se adquire através da contaminação dos alimentos, 
podendo afetar o organismo, ou seja, prejudicar o crescimento e algumas 
funções do organismo chegando em alguns casos a desenvolver tumores e ser 
fatal. 
 
Micotoxicose é um conjunto de doenças causadas por metabólitos secundários 
produzidos por diversos fungos (mofo). Existem várias toxinas, porém as que 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncias_qu%C3%ADmicas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungi
https://pt.wikipedia.org/wiki/Decomposi%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alimento
 
 
 
30 
 
mais causam lesões em aves são as aflatoxinas, fumonisinas e as toxinas 
produzidas pelo Fusarium. Essas micotoxinas são produzidas por linhagens 
toxigênicas de fungos que em geral crescem sob condições de maior umidade 
e temperatura. As micotoxinas são termoestáveis, ou seja, resistentes à 
tratamento térmico (peletização). A doença é adquirida através da ingestão de 
grãos contaminados por fungos. A manifestação clínica da doença se da de 
forma aguda ou crônica apresentando lesões que variam coma micotoxina 
ingerida e dentre as possíveis lesões observa-se principalmente: 
hepatomegalia, palidez do fígado, dos rins e da medula óssea, hidropericádio, 
deposição de urato nas vísceras, enterite, ulcerações na moela e cavidade oral, 
podendo ocorrer também necrose de extremidades. As consequências da 
micotoxicose incluem queda na produção de carne e ovos e imunodepressão, 
deixando a ave suscetível a outras doenças e com baixa resposta às vacinas. 
Não há tratamento e o controle consiste na retirada do alimento contaminado, 
uso de adsorventes no preparo da ração, cuidados no armazenamento e 
transporte da ração evitando umidade. É fundamental o controle da 
micotoxicose, pois, quando em excesso elas também podem se acumular nos 
ovos, representando um problema para o consumidor. Na carne, a chance de 
acúmulo é menor. 
As micotoxinas podem causar intoxicação alimentar, chamadas de 
micotoxicoses, a partir da ingestão de alimentos contaminados micotoxinas 
(KEMPKEN; ROHLFS, 2010). Os sintomas das micotoxicoses podem ser 
diversos, incluindo: danos no fígado (hepatotoxicidade), nos rins 
(nefrotoxicidade), no cérebro (neurotoxicidade), e até mesmo alterações no 
material genético (genotoxicidade), levando, muitas vezes, o paciente a óbito 
(JAY, 2005). Em animais, as micotoxinas podem ser ingeridas, inaladas ou 
absorvidas através da pele (FUJII et al., 2004). Elas podem desencadear a 
diminuição da atividade motora, perda de capacidade reprodutiva e doenças 
psíquicas, principalmente em bovinos, ovinos, suínos e aves (FUJII et al., 
2004). 
O nome aflatoxina tem origem na combinação das palavras Aspergillus + flavus 
+ toxina. Elas são derivadas de cumarínicos policíclicos insaturados e 
altamente instáveis. Pertencem ao grupo de micotoxinas que se destacam pelo 
seu alto poder patogênico, e são produzidas por diversas espécies de fungos 
do gênero Aspergillus sp. (SANTOS et al., 2014). 
 
 
 
 
 
 
31 
 
CONTROLE DE QUALIDADE 
 
 
Este reconhecimento é a prova da excelência do trabalho é estar atento as 
mudanças do mercado e as necessidades dos clientes. 
Qualidade é o grau de utilidade esperado ou adquirido de qualquer coisa, 
verificável através da forma e dos elementos constitutivos do mesmo e pelo 
resultado do seu uso. 
A palavra "qualidade" tem um conceito subjetivo que está relacionada com as 
percepções, necessidades e resultados em cada indivíduo. Diversos fatores, 
como a cultura, modelos mentais, tipo de produto ou serviço prestado, 
necessidades e expectativas influenciam diretamente a percepção da 
qualidade. 
Em ascensão, existem outros setores brasileiros como a apicultura e a pesca 
que se profissionalizam e despertam interesse do mercado internacional. Eles 
exigem cada vez mais a participação do Médico Veterinário para a garantia da 
eficiência de produção, o respeito ao bem-estar animal e a qualidade do 
produto final que será oferecido ao mercado. 
Como forma de conscientização o Conselho Federal de Medicina Veterinária 
promove eventos diversos, como também, incentiva publicações em seu Portal 
na Internet e em periódicos impressos para atualização dos Médicos 
Veterinários. Apesar do objetivo do órgão ser a fiscalização do exercício da 
profissão, Arruda lembra que o Sistema CFMV/CRMVs também está presente 
em outras áreas que não podem ficar descuidadas, entre elas, o empenho para 
melhoria de condições de trabalho; a melhor remuneração e a preocupação 
com o ensino de qualidade. 
Para conhecer o andamento empresarial, é necessário estabelecer parâmetros 
de medidas, não somente subjetivos, mas que esses facilitem o gestor na 
tomada de decisão. A mensuração da qualidade dos produtos e serviços da 
organização vem suprir essa necessidade através do uso de indicadores. Com 
relação à qualidade de serviços, dadas as características peculiares aos 
serviços, não se pode medir a qualidade desses da mesma forma feita para 
produtos. Então, para fazer isso, uma das propostas existentes na literatura é o 
método SERVQUAL. 
Tradicionalmente, as organizações dispõem de conjuntos ou sistemas de 
medidas de desempenho, direcionadas à avaliação do desempenho financeiro, 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Produto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_servqual
 
 
 
32 
 
e às vezes de produtividade. Mas o que se propõe é que os indicadores de 
desempenho da qualidade apontem se a organização está sendo competitiva 
em relação ao que os clientes desejam. Portanto, a nova proposta de utilização 
de indicadores é de que eles sejam reflexos da organização como um todo, 
apontando onde está a direção estratégica que a organização deve seguir. 
Indicadores são modos de representação - tanto quantitativa quanto qualitativa 
- de características e propriedades de uma dada realidade. Em outras palavras: 
é “uma característica específica que reflete um aspecto da realidade 
observada”. Quando se trata de indicadores qualitativos, tem-se, como 
exemplo, a elaboração de questionários ou de perguntas a serem respondidas 
pelos clientes. Já em dados quantitativos, os exemplos mais comuns são os de 
tempos, quantidade de produtos/serviços, número de informações etc. 
Com o uso de indicadores, um conceito nada novo, mas que ainda revoluciona 
as empresas, foram criadas algumas organizações que propõem estudos e 
cerificações, com o uso de indicadores. Também há vários estudiosos que 
formularam teorias e soluções práticas sobre este assunto. 
Segundo Mari (1997), que foi um destes estudiosos, “todas as coisas que 
podem ser acessadas por intermédio de nosso conhecimento possuem um 
número; pois sem os números não podemos compreender nem conhecer”. 
Portanto, assim como os indicadores qualitativos, os quantitativos são 
essenciais para o progresso organizacional. 
O mercado oferece soluções completas para inspeção de qualidade na 
indústria. Embarcamos nossa tecnologia em diferentes tipos de hardware como 
tripé fixo, robôs industriais, robôs colaborativos e drones. Além de softwares 
que são capazes de detectar os defeitos e gerar relatórios automáticos de 
qualidade. 
Um sistema de Controle de Qualidade (QMS - Quality Management System) é 
um sistema que destaca as políticas e procedimentos necessários para a 
melhoria e controle das diversas 'atividades-chave' e processos desenvolvidos 
por uma organização. 
O controle de qualidade deve levar em consideração as expectativas e 
necessidades dos acionistas, funcionários, fornecedores, clientes, 
comunidades e sociedade em geral. 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Produtividade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acionista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Funcion%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fornecedor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cliente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade
 
 
 
33 
 
BIOSSEGURANÇA 
 
 
A introdução de normas de Biossegurança somente ocorreu nas últimas 
décadas, motivadas, inicialmente, por sucessivos relatos de graves infecções 
ocorridas em laboratórios, incorporando, posteriormente, os chamados riscos 
periféricos presentes em ambientes laboratoriais que trabalhavam com agentes 
patogênicos para o homem, como os riscos químicos, físicos, radioativos e 
ergonômicos. Aos poucos foram sendo incluídos temas como ética em 
pesquisa, meio ambiente, animais, DNArecombinante dando a Biossegurança 
um enfoque multidisciplinar. 
Contudo, a Biossegurança aplicada à Medicina Veterinária ainda é pouco 
difundida. A falta de legislação específica, a carência de literaturas disponíveis, 
a ausência de programas educacionais de Biossegurança principalmente na 
prática das graduações de Medicina Veterinária, contribuem para que as 
formas básicas de proteção tanto à equipe profissional quanto aos animais 
presentes nas clínicas, sejamignoradas. 
A introdução de medidas de Biossegurança nesses ambientes, assim como em 
outros estabelecimentos de saúde, envolve uma série de critérios que se 
referem basicamente aos riscos presentes. São exemplo de riscos presentes 
em clínicas veterinárias: acidentes com perfurocortantes (pesquisas 
demonstram que 31% dos acidentes registrados em estabelecimentos de 
saúde são com perfurocortantes); riscos biológicos, como transmissão de 
doenças infecto contagiosas entre os animais ou transmissão de doenças 
zoonóticas; riscos químicos, ocasionados, por exemplo, em armazenagem 
incorreta de substâncias incompatíveis; riscos físicos, como ruídos 
persistentes; e ainda riscos ergonômicos, caracterizados por postura incorreta 
(comum durante as cirurgias) ou movimentos repetitivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
Agradecemos por escolher a iEstudar. 
 
 
 
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https://iestudar.com/blog/
https://iestudar.com/
 
 
 
35 
 
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Microbiologia 
 
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a%20celular%20bacteriana%20%C3%A9,e%20estruturas%20como%20os%20
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