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SAÚDE DA MULHER

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V A N E S S A L U D W I G 
P
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1
 
S A Ú D E D A M U L H E R 
PRIMEIRA CONSULTA: 
-> Anamnese (estado geral da paciente (avaliando humor e o BEG) 
-> Exame físico 
-> Exames complementares 
-> Hipóteses diagnósticas 
-> Plano terapêutico 
 
Importante: 
Anotar a idade e D.U.M, resultado de exames. 
REPETIR EXAME FÍSICO ANUALMENTE OU NA VIGÊNCIA DE QUEIXAS ESPECÍFICAS. 
ANAMNESE 
 
IDENTIFICAÇÃO: 
NOME: 
PROFISSAO: 
IDADE: 
NATURALIDADE: 
PROCEDENCIA: 
ESTADO CIVIL: 
PRONTUÁRIO: 
DATA E HORA: 
COR: 
QUEIXA PRINCIPAL 
 
HISTÓRIA DA 
DOENÇA ATUAL 
 
*INTERROGATÓRIO 
SINTOMATOLÓGICO* 
QUEIXA INICIAL 
EVOLUÇÃO DA DOENÇA 
INTERCORRÊNCIA DE 
OUTROS SINTOMAS 
ESTÁGIO ATUAL DA 
DOENÇA E OS 
TRATAMENTOS 
ADOTADOS 
 
 
 
ANTECEDENTES 
GINECOLÓGICOS 
E SEXUAIS 
TELARCA, PUBARCA E 
MENARCA: 
CICLOS MENSTRUAIS 
(intervalo, duração, 
quantidade): 
DISMENORREIA, 
STPM, AMENORRÉIA, 
GALACTORRÉIA: 
SPM (síndrome pré-
menstrual): 
MÉTODO 
ANTICONCEPCIONAL –
qual, quanto tempo?: 
CORRIMENTO: 
DUM (data da última 
menstruação): 
MENOPAUSA: 
* EVOLUÇÃO CRONOLÓ-
GICA E ESTADO ATUAL * 
QUESTIONAR GRAVIDEZ 
PROBLEMAS GINECO-
LÓGICOS 
(INFERTILIDADE, EN-
DOMETRIOSE: 
1° COITO: 
(ANAL, VAGINAL) 
N° DE PARCEIROS: 
ORGASMO: 
VIDA SEXUAL (A/I): 
 
HISTÓRIA 
PATOLÓGICA 
PREGRESSA 
VACINAÇÃO 
ALERGIAS 
DST’S 
CIRURGIAS 
HISTÓRIA DE ABUSO 
(FÍSICO, PSÍQUICO, SE-
XUAL) 
Tratamentos/
procedimentos: 
(biopsia, laparoscopia, 
histerectomia) 
-> ECT, ATA, CAF 
 
 
ANTECEDENTES 
OBSTÉTRICOS 
GESTA: 
ABORTO (PERDA): 
PARTO (PARA): 
CESÁREA: 
ECTÓPICA: 
INTERCORRÊNCIAS: 
1° PARTO: 
ÚLTIMO PARTO: 
ALEITAMENTO: 
MEDICAMENTOS EM USO: 
SINTOMAS URINÁRIOS 
E INSTESTINAIS: 
TABAGISMO: 
ETILISMO: 
DROGAS: 
 
HISTORIA 
FAMILIAR 
CÂNCER (HPV e ma-
ma) 
ENXAQUECA 
DISLIPIDEMIA 
DIABETES 
HIPERTENSÃO 
TUBERCULOSE 
CARDIOPATIA 
ENDOCRINOPATIAS 
OSTEOPOROSE 
CONDIÇÕES E 
HÁBITOS DE VIDA 
TABAGISMO 
ETILISMO, DROGAS 
ALIMENTAÇÃO 
EXERCÍCIO FÍSICO 
USO DE 
MEDICAMENTOS 
TRÍADE SINTOMÁTICA: 
DOR (10 CARACTERÍSTICAS) CORRIMENTO (CARACTERÍSTICAS) 
SANGRAMENTO (HISTÓRIA MENSTRUAL) PADRÃO MENSTRUAL: N° DIAS (CARACTERÍSTICAS) 
EXAME FÍSICO 
 LINFONODOS AXILARES, 
SUPRA E INFRACLAVICULARES 
MAMA 
INSPEÇÃO 
PALPAÇÃO (45°) 
Manobras: Bloodgood, 
Velpeau, Mamma-care 
EXPRESSÃO: descarga papilar 
ABDOME 
INSPEÇÃO, AUSCULTA 
PALPAÇÃO, PERCUSSÃO 
GENITÁLIA 
EXTERNA 
Posição da pacien-
te: litotomia 
INSPEÇÃO 
(estática) 
PALPAÇÃO 
(G.Bartholin) 
Dinâmica: Valsal-
va—perfil vaginal 
GENITÁLIA INTERNA 
Exame especular -> avaliação da vagina, 
conteúdo vaginal (colo, útero, anexos). 
Coleta citopatológico, exame a fresco 
INSPEÇÃO E DESCRIÇÃO DO COLO UTERI-
NO, TOQUE VAGINAL *bidigital*, TOQUE 
RETAL 
Teste de Schiller, Teste de Collins 
 
LISTA DE PROBLEMAS CLÍNICOS, PECULARIDADES DA PACIENTE, 
EXAMES COMPLEMENTARES 
ELABORAÇÃO DO PLANO TERAPÊUTICO 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
CICLO MENSTRUAL PADRÃO: 
Períodos: 
MENARCA MENACME CLIMATÉRIO MENOPAUSA 
PRIMEIRA MENSTRUAÇÃO FASE REPRODUTIVA FASE DE TRANSIÇÃO ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO 
Duração: 21—35 dias 
Fluxo: 2 a 6 dias 
Perda: 20—60ml 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-OVÁRIOS (H-H-O) 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS: 
HIPOTÁLAMO: Localizado acima do quiasma óptico e abaixo do terceiro ventrículo. 
HIPÓFISE: Localizada na sela túrcica 
OVÁRIOS 
Os neuronios hipotalâmicos sao responsavéis pela produçao de GNRH além do hormonio liberador do 
hormonio do crescimento (GH), fator liberador de corticotrofina (ACTH) e hormonio liberador de 
tireotrofina (TSH). Hipotalamo tem alças de regulaçao com ovário e hipofise – FEEDBACK. 
Ütero desempenha papel passivo 
 
 
 
 
ESTRADIOL 
ESTEROIDOGÊNESE: Produção de estrogê-
nio pelas células TECA e GRANULOSA 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
 HIPOTÁLAMO 
Produz: Hormônio liberador de gonadotrofina 
(GnRH). Feedback com ovários e hipófise. 
GnRH é produzido de forma 
pulsátil 
Meia vida curta: 2—4 dias 
Fase folicular x lútea 
Frequência x amplitude 
Influência: exercício físico, estresse, dieta, 
emocional e estado nutricional. 
GnRH -> GH 
CRF -> ACTH 
TRH -> TSH 
PIF (Dopamina) -> Prolactina 
HIPÓFISE (Glândula pituitária) 
ADENO-HIPÓFISE 
FSH, LH, TSH, ACTH, GH, PROLACTINA 
NEURO-HIPÓFISE 
PROLONGAMENTO DO HIPOTÁLAMO, 
OCITOCINA E ADH 
 
 
 
 
 
 
OVÁRIOS 
FOLICULOGÊNESE 
Inicia-se na vida intrauterina: 
20° semana: 6-7 milhões de folículos 
Nascimento: 20 milhões 
Puberdade: 300 mil 
Menacme: cada ciclo mil sofrerão atresia, somente 400 a 500 sofrem o processo de ovulação. 
Atresia folicular: menos receptores de FSH, E, aromatase e + androgênio. 
ESTEROIDOGÊNESE: Produção de estrogênio, androgênio e progesterona. 
 
FOLÍCULO PRÉ-ANTRAL 
Ação da aromatase 
FOLÍCULO ANTRAL 
+ estrogênio 
DOMINÂNCIA 
FOLICULAR 
5° e 7° dia 
 
FOLÓCULO PRÉ-
ANTRAL E ANTRAL 
Produz estrogênio pe-
las células da TECA e 
GRANULOSA 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
FASES DO CICLO OVARIANO: 
FASES DO CICLO UTERINO: 
 
FOLICULAR 
Objetivo: selecionar o folículo 
dominante. 
Inicia com o inicio da mens-
truação (1° dia do ciclo) 
Eleva os níveis de FSH 
(recrutamento folicular) 
Folículos (P-P-P-A) 
OVULATÓRIA 
Pico de estradiol -> estimulo ao pi-
co LH. 
Ovulação: 24—36hr após pico de E; 
10-12hr após pico de LH. 
Retomada da meiose após pico de 
LH. Completada se penetração. 
Ovulação: dor do meio ou Mit-
telschmerz. Extrusão do oócito. 
LÚTEA 
Aumenta o nível de P. 
Pico: 8° dia após ovulação. Dura 
14 dias. 
Presença de corpo lúteo 
No final da fase: diminui E e P, 
retomada dos pulsos de GnRH 
para início de novo ciclo *se 
BhCG -* 
PROLIFERATIVO 
Endométrio proliferativo: 
Crescimento mitótico progressivo—proliferação 
glandular da camada basal do endométrio 
Responde a níveis circulantes de estrogênio 
Fino no início do ciclo (cerca de 7-10mm próxi-
mo ao período ovulatório) 
 
ATIVIDADE MITÓTICA 
PROLIFERAÇÃO ENDOMETRIAL 
 
Mamas: aumento de mitoses—predomina o E 
SECRETOR 
Endométrio secretor: 48—72 horas após ovulação 
Progesterona promove alterações endometriais 
(vacúolos contendo glicogênio) 
Atividade secretora (preparação para implanta-
ção—6 a 7 dias pós ovulação) 
Evolui com edema do tecido e crescimento restri-
to (Colabamento dos vasos espiralados) 
 
ATUAÇÃO DA PROGESTERONA 
SECREÇÃO GLANDULAR 
 
Mamas: dilatação de ductos—predomina a P 
MENSTRUAL 
Ausência de secreção glandular, Reações vasomotoras 
Término da função do corpo lúteo (diminuição do E e P) 
(Ação de PGF; Isquemia endometrial; Contrações miometriais) 
REAÇÃO DECIDUAL - ISQUEMIA ENDOMETRIAL 
Mamas: diminui o número e volume de células—diminui o edema 
MUCO CERVICAL: 
EFEITO DO ESTROGÊNIO 
filância—clara de ovo 
MAMAS PRÉ-MENSTRUAL: Aumento do volume 
mamário—aumento da circulação– ação E e P 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Anamnese: 
 Uso de medicamentos 
 Comorbidade 
 Galactorreia 
 Alterações neuropsíquicas (estresse, ganho ou perda de peso) 
 Procedimentos uterinos 
 Infecções 
 
Exame físico: 
 
 Ausência de vagina 
 Hímen imperfurado 
 Estigmas de Turner (pescoço alado, baixa estatura, peito em escudo) Hiperandrogenismo 
 Ausência de caracteres sexuais secundários (avaliação dos estádios de Turner) 
EMBRIOLOGIA 
Gônada indiferenciada - 5 semanas -> diferenciação gonadal 
Migração das células germinativas (sem migração -> disgenesia gonadal) 
Ação do gene SRY (gônada indiferenciada -> testículo) 
 
Se testículo presente: AMH ou MIH - 6 semanas (regressão ductos de Muller) 
Testosterona (8 semanas - genitália interna) 
Diidrosterona (ação do 5 alfa redutase - genitália externa) 
 
Se testículo ausente: DETERMINA O FENÓTIPO FEMININO 
Não ocorre ação do AMH -> evolução ductos de Muller -> formação das Trompas, útero e 2/3 su-
periores da vagina 
Ovários não produzem hormônio da embriogênese 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
INSENSIBILIDADE ANDROGÊNICA COMPLETA 
 
Síndrome de Morris 
Cariótipo 46XY 
 
-> Presença de testículos: 
Sem ação androgênica -> não evolução dos ductos de Wolf 
Presença de AMH -> involução dos ductos de Muller 
SEM GENITÁLIA INTERNA 
 
Genitália externa: sem ação da di-hidrotestosterona (feminina) 
Fenótipo: Feminino (sem ou escasso desenvolviemnto de pelos/mamas pode acontecer) 
 
Tratamento: retirada dos testículos e estrogenioterapia. 
PRIMÁRIA 
Ausência da primeira menstruação 
 Aos 13 anos sem desenvolvimento puberal 
 Aos 15 anos com desenvolvimento puberal 
Insensibilidade androgênica 
– 46XY 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
AGENESIA UTERINA 
 
Malformação Mulleriana: Agenesia completa dos ductos, agenesia de porção do TGI (com ou 
sem vagina), Útero rudimentar ou não funcionante (hipoplásico) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síndrome de Mayer-Rokitansku-Kuster-Hauser: 
Cariótipo feminino– 46XX 
 
Ovários normais: desenvolvimento sexual normal 
GENITÁLIA INTERNA AUSENTE (sem trompas e útero) 
Genitália externa feminina (1/3 inferior da vagina) 
Associação com malformações renais 
 
Tratamento: neovagina 
 
 
 
Malformação Mulleriana Obstrutiva: 
Útero presente e funcionante 
 
Obstrução na via canalicular 
-> Septo transverso 
-> Agenesia parcial da vagina 
-> Hímem imperfurado 
 
 
Malformação Mullerianas não obstrutivas: 
 
 
 
 
Útero presente e funcionante. 
 
NÃO CURSAM COM AMENORRÉIA. 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
HETEROSSEXUAL: 
 
Hermafrodita verdadeiro (46XX/46XY ou mosaico) 
RARO 
Presença de ovários e testículo juntos (ovotestis) ou separados. 
Genitália interna e externa variável (depende da gônada dominante) 
Pode menstruar (2/3) - nunca XY 
 
Tratamento: depende da gônada dominante 
 
 
Pseudo-hermafroditismo masculino (46XY) 
Virilização incompleta 
 
Pseudo-hermafroditismo femino (46XX) 
Genitália interna feminina 
Genitália externa parcialmente virilizada—ação androgênica 
**HAC 
 
Hiperplasia adrenal congênita 
Disturbio autossômico recessivo 
Cariótipo 46XX 
Alteração enzimática 
Produção inadequada de glicocorticóides 
Aumento da secreção de ACTH 
Hiperplasia córtex adrenal 
Aumento da produção de androgênios e percursores 
Genitália interna feminina 
Genitália externa ambígua 
 Excesso de androgênios e percursores 
 
90% dos casos: deficiência da 21-hidroxilase 
 
Diagnóstico: geralmente na infância. 
Aumento da 17 OH progesterona 
 
Formas: perdedora de sal + comum 
Virilizante simples 
Não clássica (tardia) 
 
Deficiência da 5 alfa redutase 
Cariótipo 46XY 
Deficiência na conversão de testosterona -> diidrostestosterona (forma genitália externa) 
Genitália interna masculina (não tem útero) 
Genitália externa feminina ou ambígua 
SECUNDÁRIA 
Ausência de menstruação por mais de 90 dias (3 ciclos) em mulheres com ciclos anteriormente 
regulares 
SOLICITAR BhCG 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
HIPOGONADISMO/HIPOGONADOTRÓFICO 
 
Deficiência na secreção de gonadotrofinas 
FSH e LH reduzidos 
 
Avaliar se causa hipofisária x hipotalâmica 
Teste do GnRH 
 
Síndrome de Kallmann 
Cariótipo 46XX 
Ausência de caracteres sexuais 
Anosmia ou hiposmia 
 
Avaliar TSH e PRL 
 
Outros (+ comuns em amenorréia secundária) 
Distúrbios alimentares/exercício físico 
Tumores hipotalâmicos e hipofisários 
Drogas 
 
Insuficiência ovariana prematura 
Disgenesias gonadais -> alterações ligadas ao X 
SÍNDROME DE TURNER 
45X0 ou moisaico (45X0, 46XX 
ou 45X0/ 46XY) 
Gônadas em fita 
Estimas de Turner 
(baixa estatura, infantilismo se-
xual, pescoço alado, alterações 
renais) 
Tratamento: GH e 
estrogênioterapia 
SÍNDROME DE SWYER: 
46XY 
Anéis fibrosos no lugar dos testí-
culos (ausência de produção de 
androgênios, desenvolvimento 
dos ductos de Muller, genitália 
interna e externa feminina) 
Tratamento: remoção dos testí-
culos (neoplasia de células ger-
minativas) e estrogênioterapia 
SÍNDROME DE SAVAGE: 
Resistência ou ausência dos re-
ceptores ovarianos de gonado-
trofinas. 
Folículos presentes 
Diagnóstico diferencial com IOP 
(biópsia) 
Tratamento: estrogênioterapia 
CAUSAS: Gravidez, Aleitamento materno, 
anovulação - SOP, menopausa; 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
CAUSAS UTEROVAGINAIS 
 
Síndrome de Asherman 
Sinéquias intra-uterinas 
• Agressão endometrial 
• Curetagem uterina 
• Doença inflamatória 
• Uso de substâncias 
Diagnóstico: USG (ultrassom transvaginal) e HSG (histerossalpingografia) 
Tratamento: histeroscopia e lise das sinéquais 
 
Atrofia endometrial 
Uso prolongado de contraceptivos hormonais 
 
Anovulação Crônica 
 
SOP (Síndrome dos ovários policísticos) 
Alteração da função ovariana—anovulação– presença de folículos 
Principais achados: Irregularidade menstrual, Hiperandrogenismo, Hirsutismo, Acne, Alopécia 
 
Diagnóstico: clínico, laboratorial e USG 
FSH, PRL e TSH normais 
Tratamento: Mudança de hábitos, medicamentoso, contraceptivos orais e indução de ovulação. 
 
IOP (Insuficiência ovariana prematura) 
Alteração da função ovariana—anovulação– ausência de folículos 
Principais achados: Hipoestrogenismo, geralmente sintomas climatéricos 
 
Causas: Irradiação, quimioterapia, drogas tóxicas; Cirurgias; Auto imune. 
 
Diagnóstico: Clínico e laboratorial 
FSH aumentado; PRL e TSH normais. 
Tratamento: estrogenioterapia 
 
CAUSAS HIPOFISÁRIOS 
 
Tumores hipofisários 
Adenoma (50% prolactinomas) 
 Macro x Micro 
 Não funcionantes x Funcionantes 
Hiperprolactinemia 
 Galactorréia em % dos casos 
FSH normal ou baixo 
PRL aumentada 
Compressão do quiasma óptico ou alterações endócrinas 
 
Diagnóstico: RNM de hipófise 
Tratamento: Medicamentoso X cirúrgico 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Síndrome de Sheehan 
Necrose hipofisária 
Isquemia pós parto 
Hipofunção acentuada > 98% de destruição 
Setor gonadotrófico é o mais prejudicado 
FSH baixo 
Amenorréia e ausência de lactação 
 
Síndrome de Simmonds 
• Sheehan 
Causa: trauma, lesão vascular, tumores 
Todos os hormônios tem sua secreção prejudicada 
 
Alteração da secreção de GnRH 
Tumores 
Craniofaringiomas 
 
Drogas 
Metoclopramida, ranitidina 
Metildopa, sulprida 
Anti depressivo tricíclicos (imipramina, amitriplina) 
Neurolépticos (haloperidol) 
 
Amenorréia pós pílula 
6 meses anticoncepcional combinado 
12 meses injetável trimestral 
 
Exercício físico 
Alteração de neurotransmissores 
Gasto energético 
Estresse e liberação de endorfinas 
 
Distúrbios alimentares 
Bulimia e anorexia 
Percentual de gordura muito diminuído 
 
Pseudociese 
 
Estresse 
 
CAUSAS SISTÊMICAS 
Distúrbios tireoidianos: 
Responsável pela retroalimentação do eixo H-H-O 
FSH normal—PRL normal ou aumentado 
TSH alterado 
 
Outras endocrinopatias: Tumores adrenais 
Avaliar função adrenal: Sinais de hiperandrogenismo? 
Hipercortisolismo? 
 
 
 
FSH, PRL e TSH normais ou alterados 
 
Diabetes Mellitus Hepatopatias 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Mulheres na fase reprodutiva:Distúrbio da fase lútea 
Melhora após início da menstruação 
 
Quadro clínico diversificado 
Físico 
Psicológico 
Comportamental 
 
 
FISIOPATOLOGIA 
Alteração de neurotransmissores 
 
E + e P— 
Ação SNC (serotonina / noradrenalina / GABA) 
Redução da ação serotoninérgica—alteração psicoemocionais 
Aumento de aldosterona e renina—retenção hídrica e edema 
 
Mulheres mais sensíveis as variações 
 
 - Alterações hormonais - 
Dosagens hormonais normais 
 
Predisposição familiar 
 
Quadro clínico: Distensão abdominal, Mastalgia, Retenção. Cólicas, Fadiga, Cefaleia, Náusea, 
Mialgia, Sudorese, Alterações de libido e sono. Dificuldade de concentração. Alterações de apetite. 
Irritabilidade. Depressão. Ansiedade. Falta de energia. Labilidade emocional. 
 
 
30—40% da população feminina 
Fatores físicos e socioculturais 
Afeta vida social e econômica 
Prejuízo à atividades diárias (4 –14%) 
Sintomas físico e psicos-
sociais na 2° fase do ciclo 
Se prejuízo 
importante 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Diagnóstico: 
CLÍNICO 
Excluir outras doenças como: depressão, transtorno de humor, ansiedade, hipotireoidismo, ane-
mia, endometriose, desordens ovarianas. 
 
Sintomas durante os 5 dias que antecedem a menstruação em pelo menos 1 dos 3 últimos ciclos 
Sintomas avaliados em 4 dias do início da menstruação sem recorrência até o 13° dia do ciclo 
Sintomas presentes na ausência de uso de fármacos, hormônios, álcool ou drogas 
Presença de disfunção social ou econômica identificável 
 
Tratamento: 
Mudança no estilo de vida (MEDIDAS COMPORTAMENTAIS E FARMACOLÓGICAS) 
 
Exercícios aeróbicos: Aumento de endorfinas 
 
Dieta saudável. Evitar tabagismo e uso de álcool 
 
Medicamentos: 
Anticoncepcionais cíclicos ou contínuos; Antidepressivos (ISRS—fluoxetina, paroxetina, sertralina) 
Outros (citalopram, clomipramina, venlafaxina) 
 
Ansiolíticos (Alprazolam, buspirona) 
 
Cálcio, vitamina D e B6 (piridoxina), óleo de peixe. 
 
SPM DDPM 
1 OU MAIS SINTOMAS PELO MENOS 5 SINTOMAS 
 
Afetivos: Depressão, raiva, irritabilidade, ansie-
dade, confusão e introversão 
 
 
 
Somáticos: Mastalgia, distensão abdominal, cefa-
leia, edema. 
Depressão importante associada à desilusão ou à 
falta de solução para sua dor 
Tensão ou ansiedade em excesso 
Importante labilidade emocional 
Irritabilidade e raiva 
Diminuição do interesse por atividades do cotidi-
ano ou isolamento social 
Falta de energia 
Alteração de apetite ou no padrão do sono 
Sensação de perde do controle 
Dificuldade de concentração 
Sintomas somáticos 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
 
 
 
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL 
 
Queixa comum em consultório. Ocorre em todas as faixas etárias (extremos da vida reprodutiva—
ciclos anovulatórios). Causas orgânicas. 
 
Divergência entre o normal—seguindo o padrão de cada paciente. Apesar de padrões impostos. 
Como: duração (21 a 35 dias) fluxo (2 a 6 dias); perda (20—60m) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAUSAS orgânicas 
 
Infância: 
 Corpo estranho (corrimento com odor fétido) 
 Abuso/trauma 
 Irritação / infecção 
 Puberdade precoce (caracteres sexuais antes dos 8 anos) 
 Tumor ovariano 
 
Adolescência: 
 Anovulação (primeiros dois anos—ciclos anovulatórios) 
 Alterações hematológicas (PTI, Doença de von Willebrand) 
 Gravidez 
 Hormônio exógeno (ACO) 
 Alterações endócrinas e sistêmicas (tireoidopatias, hepatopatias—alterações nos fatores de co-
agulação, hiperprolactinemia, SOP, HAC de início tardio) 
 Infecções—ISTs: Cervicites—(Clamydia Trachomaris) Endometrites 
 Causas anatômicas: Septos, Hematocolpo, Hematometra 
SUD 
Sangramento uterino disfuncional 
(Ausência de causas orgânicas) 
Alteração nos mecanismos endócrinos de controle mens-
trual 
Diagnóstico de exclusão: ausência das causas orgânicas 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Adulta: 
 Gravidez 
 Desordens uterinas (pólipos, leiomiomas, adenomiose) 
 Infecções—ISTs: Cervicites—(Clamydia Trachomaris) Endometrites 
 Alterações endócrinas e sistêmicas: Tireoidopatias, hepatopatias—alterações nos fatores de co-
agulação, Hiperprolactinemia, SOP, Disfunções hipotalâmicas, Doenças hipofisárias, Desordens 
hematológicas. 
 Hormônios exógenos: ACO; Outros métodos: injetável, implante, SIU/DIU. 
 Neoplasias: vagina, colo uterino, endométrio, ovário. 
 
Perimenopausa: 
 Anovulação 
 Desordens uterinas (pólipos, leiomiomas, adenomiose) 
 Neoplasias: vagina, colo uterino, endométrio, ovário. 
 
Pós-menopausa: 
 Atrofia endometrial (principal causa) 
 Hormônios exógenos (TRH) 
 Hiperplasia endometrial 
 Pólipos endometriais ou cervicais 
 Neoplasias: vagina, colo uterino, endométrio, ovário. 
 Trauma 
 
 
Diagnóstico: 
 
ANAMNESE 
Idade 
Vida sexual 
Padrão de sangramento: Cíclico (aumento de volume, número de dias de sangramento, diminui-
ção do intervalo entre os ciclos) Sem ciclo (metrorragia) 
Outros sintomas 
Doença sistêmica 
Medicação 
Alterações (peso, estresse, hábitos alimentares) 
 
EXAME FÍSICO 
Origem do sangramento 
Quantificação do sangramento 
 
EXAME LABORATORIAL 
BhCG TSH/ T4 LIVRE PRL Coagulograma Hemograma Função hepática e renal 
 
USG pélvica/ transvaginal: Desordens anatômicas, Avaliar: miométrio, endométrio, ovários. 
Baixo custo. 
Histeroscopia (HSC): Diagnóstico e tratamento—PADRÃO OURO. Cavidade uterina, biópsia 
endometrial (pipelle, curetagem uterina, HSC), invasivo—sedação. 
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TRATAMENTO 
 
Não hormonal: 
AINH: Inibe a produção de prostaglandina 
Ibuprofeno (400mg de 12/12hs) 
Ácido mefenâmico (500mg de 8/8hs) 
Naproxeno, diclofenaco 
 
Antifibrinolíticos: Ácido tranexâmico (1g de 6/6hs) 
 
Hormonal: 
Progestágenos: Promovem atrofia endometrial 
Acetato de medroxiprogesterona 5-10mg de 10-14 dias. 
 
Estrogênios: Promove reepitalização endometrial—spottings 
EEC 1,25mg ou estradiol 2mg de 6/6hs até diminuição do sangramento (máx 24-48hs) - manuten-
ção com ACO 
 
ACO: Induz atrofia; 
ACO de 2 a 4cps/dia por até 24hs após cessar sangramento—manutenção com ACO 
 
SIU: 
Mirena e Kyleena—liberam levonorgestrel 
Também para tratamento de SUA 
 
DANAZOL (anti estrogênico): Bloqueio na função ovariana. Muitos efeitos colaterais—
androgênicos. Efeitos na massa óssea se tempo > 6 meses. 
 
GESTRINONA: Anti E e anti P, ação androgênica—amenorréia, ‘’chip da beleza’’. 
 
Agonistas de GnRH: Supressão ovariana—impedem os pulsos de GnRH. Efeitos hipoestrogêni-
cos—mimetizam menopausa. Máximo de 6 meses—efeito na massa óssea. Pré-cirurgico. 
 
Cirúrgico: 
Falha no tratamento clínico. 
ABLAÇÃO ENDOMETRIAL: Destruição do endométrio. Avaliação prévia da cavidade uterina. Con-
traindicado em hiperplasia endometrial e suspeita ou confirmação de neoplasia. 
CURETAGEM UTERINA: Paliativo (avaliar a indicação) Baixo custo (maior disponibilidade) 
HISTERECTOMIA: Solução definitiva. Prole construída. 
SUD 
Avaliar intensidade do sangramento 
Corrigir as alterações hormonais 
Anovulação 
TH x ACO 
SUA 
Direcionado para a causa orgânica 
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Lei 9263 de 1996: Conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de 
constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal; Programação 
no número de filhos; Intervalo entre os filhos; Métodos contraceptivos. 
 
 
 
 
 
Escolha do método 
 
TIPO DE MÉTODOS 
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
MÉTODOS DE BARREIRA 
CONTRACEPÇÃO HORMONAL 
DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS 
DEFINITIVOS - CIRURGICOS 
 
Eficácia: 
Índice de Pearl 
Número de gestações (falha) 
ocorrida em 100 mulheres após 
1 ano de uso do método. 
Quanto MENOR o índice, MAIOR 
a eficácia. 
Boa eficácia <1 
OMS <4 
Uso ideal x realIdeal (perfeito, correto ou con-
sistente): índices sugeridos pe-
los fabricantes. 
Representa a eficácia do método 
 
Real (típico, rotineiro ou habitu-
al): sujeita a esquecimentos e 
efeitos colaterais (vômitos, diar-
reia, validade vencida, interação 
medicamentosa, síndromes 
inabsortivas) 
Representa a efetividade do mé-
todo 
Critérios de elegibilidade 
Classificados em 4 categorias 
(OMS) 
1: pode ser usado sem restri-
ções 
2: podem ser usados om restri-
ções: avaliar a situação. Benefi-
cio supera os riscos—manter 
acompanhamento frequente. 
3: de preferência, não utilizar. 
Os riscos superam os benefícios. 
Indicado somente como última 
alternativa 
4: não utilizar, pois apresenta 
um risco inaceitável. 
MAIOR EFICÁCIA 
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MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
Taxa de falha pode chegar a 20% 
Baixa eficácia 
Muitas variáveis associadas 
Dependem da rotina sexual do casal 
Crenças religiosas. 
 
SEM CONTRA-INDICAÇÃO: Categoria 1 
 
 
Espermatozoide: meia vida 
de 72 horas 
Óvulo: meia vida de 24—36 
horas 
TABELINHA (Método de Ogino-Knaus) 
Avaliar ciclo. Mínimo de 6 meses—regularidade 
(diferença entre maior e menor não pode ser 
mais que 10 dias) 
Compreender o período fértil 
Período de abstinência: 
 Subtrair 18 do ciclo mais curto 
 Subtrair 11 do ciclo mais longo 
Ex: ciclo de 26: 32 dias (abstinência entre 8° e 
21° dia) 
Uso de aplicativos. 
TEMPERATURA CORPORAL 
Aumento da temperatura corporal após a ovu-
lação (0,3° a 0,8°C) 
Medir pela manhã diariamente após acordar 
Período de abstinência: Todo o período folicu-
lar, até 4° dia após aumento da temperatura 
basal. 
 
FALHAS: febre, insônia, aumento após ovula-
ção, gráfico monofásico. 
 
MUCO CERVICAL (Método de Billings) 
Aumento do estrogênio 
Muco periovulatório é elástico e filante 
‘’clara de ovo’’ 
Período de abstinência: Do início da sensação 
de lubrificação. Até 4° dia após percepção má-
xima de lubrificação. 
FALHAS: Infecções vaginais, ausência de per-
cepção, fluxo tardio de muco. Falha de 39 em 
100 mulheres. 
 
COITO INTERROMPIDO 
Interrupção da relação sexual antes da ejacu-
lação. 
Grande controle por parte do homem 
Antes da ejaculação—muco 
Índice de peral > 25 
 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
 
MÉTODOS DE BARREIRA 
 
Barreira mecânica ou química 
Quando usados em conjunto aumentam a eficácia 
Depende da ‘’lembrança’’ do casal 
Cuidar com método químico: lesões na vagina / desconforto na relação / alergia a látex 
 
SEM CONTRA-INDICAÇÃO: Categoria 1 
 
PRESERVATIVO MASCULINO (CONDOM) 
Acessível 
Prevenção de ISTs (não proteje contra HPV) 
 
Índice de Pearl: 2 
Uso real: 15 
DEPENDE MUITO DO USO CORRETO 
PRESERVATIVO FEMININO 
Tubular de aproximadamente 17cm limitado 
por 2 anéis flexíveis. 
Prevenção de ISTs 
 
Índice de Pearl: 5 
Uso real: 21 
DIAFRAGMA 
Dispositivo circular, flexível coberto com mem-
brana de silicone ou látex—’’capuz’’ que cobre 
o colo uterino 
Geralmente associado ao espermicida 
Tamanho definido pelo ginecologista 
Na prática (pouco usado) 
Modo de usar: inserir até 2hs antes do coito. 
Retirar 6-8hs após a relação sexual. 
Cuidar: alergia a látex, infecções vaginais, pa-
cientes com distopias genitais. 
Índice de Pearl: 6 
Uso real: 16 
ESPERMICIDA 
Substância química que recobre vagina e colo 
Promove lesão na membrana do espermatozói-
de 
Pode ser usado em associação com outro mé-
todo 
Modo de usar: deve ser aplicado 2hs antes do 
coito. 
Cuidar: pode causar alergias, restrição em ca-
so de infecções vaginais. 
CATEGORIA 4 PARA PACIENTES HIV 
Índice de Pearl: 18 
Uso real: 29 
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CONTRACEPÇÃO HORMONAL 
 
Contracepção através da anovulação 
Bloqueio do eixo H-H-O 
 Suprimem FSH e LH 
 Alteram muco cervical (espesso e hostil) 
 Alteram endométrio (atrofia e impossibilidade de nidação) 
 
MAIOR EFICÁCIA 
MAIORES RISCOS (SEMPRE avaliar elegibilidade) 
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS ORAIS COMBINADOS (CHOC) 
Mais populares e mais utilizados. Fácil acesso. 
 
Modo de usar: Avaliar critérios de elegibilidade 
Iniciar a cartela no 1° dia do ciclo (menstruação) 
1cp/dia—sempre no mesmo horário 
21 dias: pausa de 7 dias 
24 dias: pausa de 4 dias 
28 dias: sem pausa; contínuos ou placebos 
 
COMBINAÇÃO DE ESTROGÊNIO E PROGESTERONA 
Monofásico, bifásico e multifásicos. 
 
Estrógeno: 
Etinilestradiol (35,30,20 e 15) 
Estradiol (Stezza) e valerato de estradiol (Qlaira) 
 
Progestágeno: 
17– hidroxiprogesterona: acetato de ciproterona, clormadinona, acetato de nomegestrol 
19-nortestosterona: levonorgestrel, desogestrel, gestodeno, dienogeste 
 
Eficácia garantida a partir da 1° cartela (uso correto—cuidar com esquecimentos) 
Efetividade durante todo o período de uso (sem necessidades de pausa’’ + seguro após o 1° ano 
de uso 
 
 
Efeitos benéficos: 
Regularização dos ciclos. Melhora SPM, acne e hirsutismo. Diminuem risco CA de ovário e endo-
métrio. Diminuem fluxo menstrual e dismenorreia. Diminuem tempo de absorção de cistos ovaria-
nos. 
 
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Contraindicações: 
 
 
 
 
 
 
Efeitos colaterais: 
Estrógenos: cefaléia, náusea, vômitos. 
Progestágeno: alteração de humor e libido, acne e ganho de peso. 
Spotting; 
 
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS DE PROGESTERONA 
Minipílula: progestagênio isolado—meio a 1/10 da dose do CHOC 
Uso contínuo (sem pausas) comum amenorreia 
Noretisterona 0,35mg 
Ciclos ovulatórios em 40-50% *mais fraca 
Contraindicação: amamentação—índice de pearl: 0,5; perimenopausa. 
Efeitos colaterais: spotting 
 
Pílula de desogestrel 
Progestagênio isolado. 
Uso contínuo; comum amenorréia. 
Desogestrel 75mcg 
Ciclos: anovulatórios em 97%. Índice de Pearl: 0,2 
Indicação de uso: Amamentação, perimenopausa. Contra indicação ao uso de estrogênio 
Efeitos colaterais comuns: Spotting, cefaléia, acne, sensibilidade mamária 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
MÉTODO DA AMENORRÉIA DA LACTAÇÃO 
Temporário -> lactação inibe eixo 
Requisitos básicos para sucesso do LAM 
1. Aleitamento materno 
2. Amenorréia 
3. Menos de 6 meses pós parto 
 
Reiniciar outro método assim que um dos requisitos deixar de existir. 
Índice de Pearl: 0,5 
Uso real: 2 
CONTRACEPTIVOS HORMINAIS INJETÁVEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADESIVO TRANSDÉRMICO (Evra) 
Semelhante à ação dos CHOC—E+P (mesmas indicações e contra indicações) Efeitos colaterais 
semelhantes (reação local, descolamento do adesivo). Efeitos benéficos: comodidade posológi-
ca—evita 1° passagem hepática. 
 
Evitar em pacientes com peso maior que 90kg 
Modo de usar: aplicar 1x na semana. Troca semanal. Pausa de 1 semana (sangramento) 
 
Índice de Pearl: 0,3 a 8 
MENSAL 
Semelhante à ação dos CHOC—E+P 
Injetável tem estrogênio natural - estradiol 
Mesmas indicações e contra indicações 
 
Modo de usar: Iniciar até o 5° dia do ciclo 
Aplicação a cada 27 a 33 dias (SEMPRE NO 
MESMO DIA DO MÊS) 
 
Efeitos colaterais comuns: 
Atraso no retorno à fertilidade—até 4 meses. 
Cefaleia, irregularidade menstrual e alteração 
de humor 
TRIMESTRAL 
Acetato de medroxiprogesterona 
150mg—depósito—P 
Espessamento de muco cervical—amenorreia 
 
Indicações de uso: Amamentação, perimeno-
pausa. Contra indicação ao uso de estrogênio 
 
Modo de usar: Iniciar até o 5° dia do ciclo—
aplicação a cada 90 dias. 
 
Efeitos colaterais comuns: Atraso no retorno à 
fertilidade—até 12 meses. Irregularidade 
menstrual, alteração no humor e libido. Ganho 
de peso, acne e queda de cabelo 
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ANEL VAGINAL (Nuvaring) 
Semelhante à ação dos CHOC—E+P 
Mesmas indicações e contraindicações 
Efeitos colaterais semelhantes (desconforto vaginal, leucorreia). Efeitos benéficos (comodidade 
posológica—evita 1° passagem hepática) 
Modo de usar: anel em fundo de saco durante 3 semanas. Pausa de 1 semana (sangramento) 
Não deve ficar fora do corpo mais de 3hs. 
Índice de Pearl: 0,3 a 8 
 
IMPLANTE SUBDÉRMICO (Implanon) 
Liberação contínua de etonorgestrel—P 
Semelhante à ação contraceptivos a base de progestagênios isolados (esma indicação e contra 
indicação) 
Evitar peso > 70kg—menor tempo de duração (2 anos) 
Modo de usar: Aplicação pelo ginecologista na face medial do braço 
LARC—duração de 3 anos 
 
Efeitos benéficos: Amenorréia 70% melhora da SPM 
 
Índice de Pearl: 0,05 
 
CONTRACEPÇÃO HORMONAL EM CASO DE EMERGÊNCIA 
Indicações: Coito desprotegido; falha de outro método; violência sexual (estrupo) 
 
Método de levonorgestrel: 1,5mg de levonorgestrel dose única. 
Administrar até 72 horas após ato sexual— Índice de Pearl: 2% 
Após 72 horas: aumenta em 50% a chance de gestação. 
 
Efeitos colaterais: Náuseas, vômitos (repetir dose se menos de 2h) 
Diarreia/ dor abdominal; Irregularidade menstrual. 
 
Forma de ação: Fase folicular: altera crescimento folicular (retarda); Fase pós ovulatória: altera 
muco, motilidade tubária e endométrio. 
 
Contra indicação: somente se gestação confirmada. 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
DIU de cobre 
Estrutura em ‘’T’’ revestida por cobre em sua haste vertical 
Efetividade do método se mantém durante todo o período de uso 
 
Mecanismo de ação: Presença do cobre: reação inflamatória do endométrio; efeito espermicida; 
aumenta prostaglandinas (inibe implantação) 
 
Antes da inserção: 
Avaliar exame ginecológico (anatomia intra uterina) 
Sinais de infecção (DIP ou ISTs) 
Sangramento vaginal inexplicado 
 
Efeitos colaterais: 
Aumento de fluxo e dismenorréia—causa de abandono do método 
Chance de expulsão (jovens, milíparas e pós parto) 
 
Efeitos benéficos: 
Eficaz—contracepção imediata 
Não hormonal 
Não tem efeito cruzado 
Não exige ‘’lembrança’’ 
LARC: duração de 10 anos 
Retorno rápido à fertilidade 
 
Índice de Pearl: 0,5 a 0,7 
 
DIU de levonorgestrel (Mirena ou Kyleena) 
Estrutura em ‘’T’’ contendo levonorgestrel 
Efetividade do método se mantém 
 
Mecanismo de ação: Presença do levonorgestrel: Promove espessamento do muco cervical; Di-
ficulta a passagem do espermatozoide pelo canal cervical; Anovulação em 25% das pacientes; 
Atrofia endometrial—amenorreia ou diminuição do fluxo. 
 
Antes da inserção: 
Avaliar exame ginecológico (anatomia intra uterina) 
Sinais de infecção (DIP ou ISTs) 
Sangramento vaginal inexplicado 
DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Efeitos colaterais: 
Sangramento irregular ou spotting 
Cefaleia, náusea e depressão 
Acne, mastalgia, ganho de peso 
Chance de expulsão (jovens, nulíparas e pós parto) 
 
Efeitos benéficos: 
Eficaz: contracepção imediata 
Reduz perda sanguínea no ciclo menstrual (opção de tratamento SUD) 
Não tem efeito cruzado com outras medicações 
Não exiges ‘’lembrança’’ ou comportamento sexual 
LARC: duração de 5 anos 
Retorno rápido à fertilidade 
 
Índice de Pearl: 0,2 
 
Eventos adversos: 
Perfuração, Expulsão, Dismenorréia e SUA 
 
Contraindicações: 
Gravidez/SUA 
Infecção (puerperal, pélvica, vaginal) 
Alterações anatômicas da cavidade uterina 
CA de colo, útero 
**CA de mama—alterações hepáticas 
 
Gravidez X DIU 
DIPA X DIU 
MÉTODOS DEFINITIVOS 
 
ESTERILIZAÇÃO FEMININA 
Obstrução tubária de forma a impedir o en-
contro dos gametas; 
 
Forma de abordagem: Minilaparotomia: pós 
parto // no trans operatório de cesariana. 
Culdoscopia/Laparoscopia 
 
Técnica: Pomeroy ou salpingectomia 
ESTERILIZAÇÃO MASCULINA 
Ligadura do ducto deferente—anestesia local 
 
Reavaliação com espermograma 3 meses após 
procedimento 
 
Índice de Pearl 0,1 a 0,3 
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LEI 9263 de 12/01/1996 
Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: 
1. Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos OU pelo menos 2 
filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre manifestação da vontade 
do ato cirúrgico 
2. Risco de vida ou à saúde da mulher ou à do futuro concepto, testemunhado em relatório 
escrito e assinado por dois médicos. 
Manifestação expressa por escrito e firmado; Vedado esterilização em mulheres durante o perí-
odo de parto, puerpério ou aborto exceto em casos de extrema necessidade—risco de vida. 
Não será considerada manifestação durante ocorrência de alterações na capacidade de discerni-
mento por influência de drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporá-
ria ou permante. 
Usado somente laqueadura tubária e vasectomia—sendo vedada a realização de histerectomia e 
ooforectomia para esses fins. 
Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de am-
bos os cônjuges. 
A esterilização em pacientes absolutamente incapazes somente poderá ocorrer mediante autori-
zação judicial. 
 
 
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Etiologia: Cândida, Trichomonas, Gardnerella; Associadas com: vulvovaginites, cervicites e uretrites 
 
SINTOMATOLOGIA: 
 Fluxo vaginal anormal, excessivo, branco, cremoso, amarelo ou verde de odor fétido 
 Dor vaginal 
 Ardência 
 Prurido (coceira) 
 Dispareunia (dor durante à relação sexual) 
 Disúria (dor ao urinar) 
 
DIAGNÓSTICO: 
ANAMNESE 
+ 
EXAME FÍSICO 
+ 
EXAME COMPLEMENTARES 
• pH deve ser < 5,0 
• Prova de WHIFF: KOH 10% + conteúdo vaginal= cheiro desagradável (peixe). 
• Exame à fresco: células indicadoras, trichomonas, leveduras e pseudo-hifas. 
• Bacteriologia: local da coleta da amostra: 
Cândida: parede vaginal. 
Neisseria: uretra e endocérvice. 
Chlamydia: endocérvice. 
Trichomonas e gardnerella: fórnix vaginal. 
 
• Cultura: chumaço de algodão estéril e semear em 30 minutos ou meios de transporte aeróbicos 
e anaeróbicos. 
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• Meios de cultura: 
Rogosa: lactobacilos 
Agár-sangue: Streptococcus e Gardnerella 
Sabouroud e Nickerson: Cândida 
Thayer-Martin: Neisseria gonorrhoeae 
CPLM e Vate: Trichomonas 
 
CONSIDERAÇÕES DIAGNÓSTICAS: 
 Correlacionar clínica com achado laboratorial (10% amostras 
tem cândida). 
 Corrimento fisiológico: ovulação, ectrópio e adenose vaginal. 
 Irritantes químicos, atividade sexual excessiva. 
 Anômalo: odor e interfere no hábito. 
 Corpo estranho: tampão, diafragma, outros. 
 Úlceras, febre e choque tóxico por tampões vaginais 
(Staphylococcus aureus). 
 
PATOLOGIAS: 
VAGINOSE CITOLÍTICA 
Lactosbacillus acidophilus: pH vaginal 4,0 a 4,5. 
Reação inflamatória por componentes nucleares 
e citoplamáticos. 
Laboratório: aumento do número de bacilos, cé-
lulas vaginais com citólise, ausência de leucóci-
tos e pH 4,0 a 4,5. 
 
Tratamento: Alteração do pH com duchas de so-
lução de bicarbonato de sódio. 
COLPITE ENFISEMATOSA 
Pouco frequente. Associada com Trichomonas 
Assintomática, Corrimento vaginal; 
 
Vaginoscopia: Pequenas bolhas com gás de cor 
azul acinzentada, agrupadas ou disseminadas na 
vagina e colo com edema adjacente aos cistos e 
emissão de som ao exame especular 
Laboratório: Histologia com cistos subepitelias ro-
deados de células gigantes multinucleares. Espa-
ços dilatados no tecido conjuntivo ocupados por 
ar. 
Diagnóstico diferencial: Infecção pelo vírus simples 
do herpes. Evoluem para úlceras. Solicitar exa-
mes. 
Tratamento: Regressão espontânea, melhoram 
com o tratamento do Trichomonas vaginalis quan-
do associado 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
VAGINOSE BACTERIANAGardnerella vaginalis 
 Cocobacilo gram-variável. 
 Associado a infecção urinária no homem. 
 Vaginose bacteriana associa-se a germes anaeróbicos : mobiluncus sp, ureoplasma urealyti-
cum, bacteróides sp, prevotella sp, mycoplasma hominis 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
Corrimento abundante, incolor ou amarelo acinzentado e fétido, sem resposta inflamatória. 
 
EXAMES LABORATORIAIS: 
Células indicadoreas/guias/clue-cells (células epiteliais co pontos granulosos, que são gardnerellas 
aderidas, escassos leucócitos polimorfonucleares e lactobacilos ausentes. 
pH maior que 5,0—5,5 
Prova de Whiff: positiva 
Bacterioscopia p/ Gram: Bacilos gram negativos 
Cultura: Agar sangue desnecessária 
 
TRATAMENTO: 
Metronidazol: 2gr V.O em dose única ou 500mg V.O de 12 em 12 horas por 7 dias 
Metronidazol gel à 0,75%: 5 gramas 2 vezes ao dia durante 5 dias 
 Evitar o uso de bebidas alcoólicas 
 Não é recomendado tratar o parceiro 
 
Recidivas 
Clindamicina: 300 mg V.O. 2 xs/dia por 7 dias. 
Doxiciclina 100 mg V.O.2 xs/dia por 7 dias. 
Tetraciclina 500 mg V.O. 4 xs /dia por 7 dias. 
 + 
Creme de fosfato de clindamicina a 2% 5 gr V.V. por 7 dias 
As taxas de cura com os esquemas citados variam de 75 a 84%. 
 
PREVALÊNCIA: 
5 a 15 % das mulheres 
que procuram o ginecolo-
gista. 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
A clindamicina nos esquemas a seguir também é efetiva no tratamento da VB: 
1. Óvulos de clindamicina, 100 mg, por via intravaginal, 1 vez/dia ao se deitar durante 3 dias 
2. Creme de clindamicina, 2%, 100 mg por via intravaginal, em dose única 
3. Creme de clindamicina a 2%, um aplicador cheio (5 g) por via intravaginal, ao se deitar du-
rante 7 dias 
4. Clindamicina, 300 mg, VO, 2 vezes/dia durante 7 dias. 
 
 CANDIDÍASE 
Cândida albicans, Cândida glabrata e outras 
 
Cândida albicans: origem do reto e focos cutâneos, transmissão sexual ou fômites (resistentes 
ao calor até 60°) 
Cândida glabrata e outras são patógenos facultativos no ser humano. Colonizam intestino gros-
so, cavidade oral e vagina. 
 
FATORES PREDISPONENTES: 
 
PREVALÊNCIA: Responsável por 85% a 90% das infecções vaginais por leveduras. Incidência 
aumentada da década de 70 para 80. -> Popularização ACOs. Esteroides aumentam glicogênio 
celular. Pouco frequente na menopausa e pré-púbere. Gravidez aumenta nível de glicogênio 
 
DIAGNÓSTICO: 
CLÍNICO E LABORATORIAL 
EXÓGENOS 
A.C.O 
Progesterona 
Corticoides 
Antibióticos 
Antineoplásicos 
Dieta/carboidratos 
ENDÓGENOS 
Diabetes Mellitus 
Imunossupressão 
Gravidez 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Diagnóstico clínico: 
Corrimento branco com prurido vulvar e vaginal 
Dispareunia (dor durante à relação sexual) 
Eritema, edema e pseudomembranas aderentes a mucosa 
Cândica tropicalis ou glabrata apresentam menos sintomatologia (crônica) 
No homem: Balanopostite, placas eritematosas com prurido e descamação 
 
Vaginoscopia: sem padrão patognomônico 
Placas branco-amarelas final e mal definidas que não se coram pelo lugol. 
Diferenciar de placas brancas de infecção HPV 
Colpite difusa 
 
Diagnóstico laboratorial: 
pH vaginal: 4,5 
Exame microscópico em soro fisiológico: esporos e pseudohifas (30% a 90%) 
Bacterioscopia gram: confirma presença de leveduras e esporos. 
Papanicolau: sensibilidade 45% 
Cultura: meio de Sabouraud é o mais preciso 
 
Tratamento: 
A aplicação tópica de fármacos do grupo dos azóis é o tratamento mais frequente da CVV, além de 
ser mais eficaz que a nistatina. 
O tratamento com azóis causa alívio dos sintomas e culturas negativas em 80 a 90% desaparecem 
em 2 a 3 dias. Recomendam-se os esquemas de curta duração de até 3 dias. 
O fluconazol, usado em dose única de 150 mg, é recomendado para tratamento da CVV. 
Derivados imidazólicos: 
 Via vaginal:Clotrimazol, miconazol,econazol, terconazol,isoconazol,fenticonazol. 
 Via oral:Fluconazol,itraconazol,cetoconazol 
 * Toxicidade hepática 
Recidivas: V.O. tratar reservatório intestinal e parceiro sexual. 
 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
TRICHOMONÍASE 
Trichomonas hominis, Trichomonas tenax, Trichomonas vaginalis 
INTESTINO BOCA VAGINA 
Protozoário anaeróbico, unicelular, flagelado, piriforme, com espinha terminal (axostilo) o qual 
emerge do blefaroplasto, contém núcleo corpúsculo parabasal, membrana ondulante, citoplasma 
granuloso e móvel. Mede de 10 a 20um comp por 5 a 10um de largura (maior que um leucócito e 
menor que uma célula madura) 
Transmissão sexual 
Ação citolítica sobre o epitélio 
 
Prevalência: mais frequentes em mulheres com atividade sexual; Há outro pico em mulheres 
com mais idade, podem não ser de transmissão sexual. 
 
Diagnóstico clínico: 
 Período de incubação: 3 a 28 dias. 
 Corrimento abundante, aquoso, espumoso, verde amarelado, fétido, com eritema, prurido, ar-
dência e dispareunia. 
 Dor e mal estar vaginal ao manuseio. 
 Erosão e hemorragia ao contato. 
 
Colpovaginoscopia: Colpocervicite com alças capilares em dorquilha e múltiplas manchas erite-
matosas. 
Lugol: pele em leopardo. Coalescência das manchas: colpite macular. 
No homem: Uretrite (inespecíficas 2% trichomonas), prostatite (causa reinfecção da mulher), ve-
siculites são raras. 
 
Diagnóstico laboratorial: 
pH vaginal maior que 5,0 
Exame a fresco: com tintura de Dif Quick 
Bacterioscopia 
Colpocitologia oncótica de Papanicolau 
Cultura em meio de CPLM e Vate 
 
Tratamento: 
Metronidazol: 2gr. v.o./ dose única ou 500 mg 
v.o./ 2xs/ dia/ 7 dias. 
Efeitos colaterais (gástricos) com álcool. 
Ação mutagênica e ultrapassa a barreira placentá-
ria, portanto proscrito no primeiro trimestre de 
gestação. 
Tratar o parceiro: 1/3 são portadores na uretra 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
GONOCOCCIA 
Neisseria gonorrhoeoe 
Diplococco aeróbico Gram negativo 
HHomem é o único hospedeiro natural 
Transmissão por fômites é raro. 
Infecção por contato sexual (exceto RN) 
Profilaxia para o RN: nitrato de prata a 1% eritromicina e tetraciclina. 
 
Manifestações clínicas primária: 
• Uretrite e endocervicite na mulher 
• Uretrite anterior no homem 
• Faringite, proctite, conjuntivite e vulvovaginite. 
Manifestações clínicas secundárias: 
• Artrite 
 
Complicações: 
Doença inflamatória pélvica 
Bartholinite e Skenite raramente 
Perihepatite: Síndrome de Fitz Hugh Curtis 
Prostatite no homem 
Poliartrite, tenossinovite, endocardite (raro) 
 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 2 A 10 DIAS 
 
Prevalência: 
Jovens (18 a 30 anos), solteiros, baixo nível sócio econômico cultural e promíscuos. 
Infecção assintomática atrapalha estatística. 
Carência de sintomas: 50% das mulheres e 10% dos homens. 
Não confere imunidade/pode haver recidiva. 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Incidência: aumento de 21% do ano de 2005 para 2008. 
Associada a Chlamydia trachomatis em 35% das mulheres e 20% dos homens 
Cepas de gonococcos produtores de penicilinase (NGPP) 
 
Diagnóstico clínico: 
Sintomas menos proeminentes que o homem 
Localização na endocérvice e uretra 
Disúria, albúria, dispareunia pouco frequentes 
Bartholinite e Skenite são raras 
Suspeita-se quando o parceiro tem a infecção 
Colo endurecido, eritematoso, colposcopia com padrão inflamatório 
15 % apresentam infecção ascendente com doença inflamatória pélvica e infertilidade. 
 
Diagnóstico laboratorial: 
Bacterioscopia pelo gram: diplococos gram negativo intracelular (sensibilidade 60%) 
Cultura: endocervical ou uretral em meio Thayer Martin (sensibilidade 90%) 
Reação de hibridização: captura híbrida (sensibilidade 95%) 
 
Diagnóstico diferencial: 
Infecção urinária causada pelos bacilos entéricos 
Goococo não cresce em meio de cultura para bacilos Gram negativos como EschericiaColi 
 
Tratamento: 
Em 2 a 3 meses os mecanismos de defesa corporal conseguem controlar a infecção. 
Com antibióticos (penicilinas) consegue-se erradicar a infecção 
 
Peniciclina G procaína IM 1.000.000 UI/dia/5 dias. 
Ceftriaxona 125 mg IM / dose única. 
Espectinomicina D 2 gr./ IM / por 2 dias. 
Ampiciclina 3,5 gr. VO/ dose única. 
Cefixima 400 mg VO/ dose única. 
 
Eritromicina 500 mg VO 4 xs/dia / 7 dias. 
Azitromicina 1,0 gr. VO / dose única. 
Ciprofloxacina 500 mg VO / dose única. 
Tetraciclina 2 gr. / dia / 7 dias ou 
Doxiciclina 100 mg. 2 xs/ dia / 7 dias para 
tratar a Chlamydia associada. 
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PAPILOMAVÍRUS HUMANO´ 
 
 
 
Prevalência: é a DST mais frequente. 
 
Diagnóstico clínico: condilomas clássicos 
Diagnóstico subclínico: lesões planas: placas únicas ou multifocais, hiperqueratinizadas, vista 
com auxilio de ácido acétco ou lentes. (nódulos ou espículas sobrelevadas com dupla alça capilar) 
Diagnóstico laboratorial: 
Citologia: colocitose, disceratose, ASC-US 
Histologia: alterações nucleares 
Detecção de DNA: captura híbrida, hibridização in situ, PCR. *diagnóstico diferencial com NIVA 
 
Tratamento: 
Químico: ácido tricloroacético 
Cirúrgico: eletrocoagulação diatérmica; criocauterização; vaporização a laser de CO2 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Quadro de abdome agudo: 
Manifestação clínica: DOR 
(Sintoma chave no diagnóstico) 
 
A dor cíclica é aquela definidamente associada ao ciclo menstrual. 
 
A dismenorreia, ou menstruação dolorosa, é a dor cíclica mais comum, classificada em 
primário ou secundário, de acordo com a doença associada. 
A dor pélvica crônica é definida como a dor com duração maior que 6 meses, localizada 
na pelve e intensa o bastante para causar incapacidade funcional ou exigir cuidados mé-
dicos. 
 
 DOR PÉLVICA AGUDA 
 
Queixa frequente no período fértil. 
20%-30% do atendimento ginecológico 
 
DOR PÉLVICA AGUDA 
Dor intensa e caracterizada por inicio súbito, aumento abrupto e curta duração 
 
X 
DOR PÉLVICA CRÕNICA 
Persiste por mais de 6 meses / Representa, 20% das laparotomias e 12% das histerectomias 
Impacta significativamente o dia a dia / Compreende até 10% das consultas ginecológicas 
Episódica: cíclica, dor recorrente que é intercalada com intervalos livres sem dor 
Dor continua: não cíclica 
 a dor pode se tornar a patologia, quando não encontrada a etiologia e/ou seu tratamento. 
1/3 Não tem doença pélvica aparente. 
Síndrome da congestão pélvica pélvico 
Útero em RVF -> retroversoflexão 
 
70.000 anualmente 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
ANAMNESE 
 Início dos sintomas pélvicos 
 Início súbito ou gradual 
 Associado com atividade particular (sexo) 
 Unilateral ou bilateral 
 Descrição dos sintomas pélvicos 
 Corrimento vaginal, coceira, queimação, odor 
 Dispareunia 
 Disúria, frequência, urgência, hematúria 
 Sintomas abdominais associados: Náuseas, vômitos, diarreia/constipação, dor nos flancos 
(cálculo urinário?), periumbilical ou dor em HCD. 
 Descrição da dor: Início, Localização, Irradiação, Tipo da dor, Duração, Fatores de melhora e 
piora 
 História menstrual detalhada (DUM (gravidez? cisto?), regularidade, duração..) 
 Histórico sexual (inicio da atividade sexual, número de parceiros, etc..) 
 Antecedentes ginecológicos (Método contraceptivo? DIU? endometriose)=, DST prévia, DIP 
 Histórias de cirurgias pélvicas prévias 
 Antecedentes obstétricos 
 Depressão (despertar matinal, perda de peso e anorexia) 
 
EXAME FÍSICO 
Exame sistemático do abdome, pelve, reto direcionado ao local e intensidade da dor. 
Atentar a reprodutibilidade da dor (Dor a mobilização de colo uterino) 
Sinais vitais: FEBRE/ HIPOTENSÃO -> processo agudo 
Fáscies, marcha (intensidade da dor) 
Vômito (Processo agudo) 
Sinais abdominais do processo agudo: dor a descompressão súbita (irritação peritoneal), sinal de 
defesa, prodição antálgica, presença de cicatrizes/hérnias. 
Exame especular: presença de corrimento/cervicite 
Toque bimanual: presença de massa anexiais, SUA, fundo uterino amolecido, dor a mobilização de 
colo -> DIP, gestação ectópica/cisto roto 
DIAGNÓSITCO PRECOCE É ESSENCIAL, 
POIS SEU ATRASO, AUMENTA A 
MORBIDADE E A MORTALIDADE 
DIAGNÓSTICO: Anamnese: Queixas urinárias e hábitos intestinais 
+ Exame físico 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
HEMATOCOLPOS E HEMATOSSALPINGE 
Adolescente com dor cíclica 
Sem menstruação: hímen imperfurado, septos vaginais transversos 
Com menstruação: útero bicorno com corno não comunicante 
 
CISTOS DE OVÁRIO (Rotura e hemorragia) 
Rotura e sangramento são fisiológicos em ciclos ovulatórios 
Retenções foliculres e corpo lúteo cístico pode ser incidental 
DOR: Distensão cápsula/ Irritação peritoneal 
 
CORPO LÚTEO HEMORRÁGICO 
Tratamento conservador 
Correção da coagulopatia 
Cirurgia: Choque hipovolêmico/ Piora progressiva do hematócrito ou aumento do sangramento ao 
US 
 
CISTOS DE CORPO LÚTEO 
Decorrentes de sangramento excessivo para dentro do folículo roto (podem levar a dor e irritação 
peritoneal) 
Remissão espontânea em no máximo 2 ciclos 
Raras vezes a quadro de abdômen agudo com hipovolemia grave 
Quadros potencialmente mais raves em mulheres em uso de anticoagulantes 
 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: 
 Cisto ovariano (torcido ou não) 
 Mittelschmerz (dor do meio (14° dia) - DOR DE OVULAÇÃO) 
 Miomatose uterina 
 Dismenorréia primária 
 DIP (Doença inflamatória pélvica) 
 Pielonefrite (Infecção do trato urinário alto) Febre, sintomas urinários, Sinal de Giordano 
 Apendicite aguda 
 Gestação ectópica 
 Cólica nefrética 
 Doença inflamatória intestinal 
 Diverticulite 
 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
DOR PÉLVICA CRÔNICA 
Etiologia: Episódica, Dispareunia, Dor pélvica do ciclo médio (Mittelschmerz), Dismenorréia, 
Contínua, Endometriose, Adenomiose, Salpingite crônica 
 
Fatores de risco: 
 História de abuso ou trauma sexual infantil ou adulto 
 Cirurgia pélvica anterior 
 Histórico pessoal ou familiar de depressão 
 História de outras síndromes de dor crônica 
 Histórico de abuso de álcool e drogas 
 Disfunção sexual 
 Tendência à somatização 
 
História: 
Duração da dor > 6 meses 
Alívio incompleto pela maioria dos tratamentos anteriores, incluindo cirurgia e analgésicos não 
narcóticos. 
Rotina significativamente prejudicada em casa ou no trabalho 
Sinais de depressão, como despertar matinal, perda de peso e anorexia 
Dor desproporcional à doença 
Problemas familiares 
História de abuso (infantil, incesto, estrupo) ou outro trauma sexual 
Histórico de abuso de substâncias 
Disfunção sexual atual (Dispareunia) 
Consulta prévia com um ou mais profissionais de saúde e insatisfação com o tratamento recebido 
 
Exame físico: 
Sistemático nas áreas abdominais, pélvicas e retais, com foco na localização e intensidade da dor 
Tentar reproduzir a dor 
Verificar sinais vitais: Fever -> acute process 
Aparência geral, comportamento e a marcha (gravidade da dor e possível etiologia neuromuscular) 
Dor à descompressão dolorosa (irritação peritoneal) 
Útero fixo (aderências pélvicas) 
Nódulos em fundo de saco: endometriose 
 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Identificar as áreas que reproduzem dispareunia 
Dor abdominal diminuída na palpação quando há tensão dos músculos reto abdominais 
Lasegue: dor na palpação profunda 
Diminuição: Origem pélvica 
Aumento: Parede abdominal ouorigem miofascial 
Inspecionar e anotar quaisquer cicatrizes bem curadas; Valsava para hérnias incisionais* 
Palpação: para hérnias femorais e inguinais, ou qualquer massa insuspeitável 
Exame especular 
Cervicite: fonte de irritação parametrial 
Exame bimanual/retal 
Massa pélvica ou anexial, SUA, fundo uterino amolecido, dor à mobilização cervical: DIP, gravidez 
ectópica ou cisto ovariano roto 
Exames complementares: Hemograma, parcial de urina + urocultura, swab cervical (gonorréia/
clamídia), BHCG, US pélvico transvaginal e TC 
 PU, BhCG, Lâmina/KOH, ,Culturas cervicais, sangue nas fezes, ultrassom, laparoscopia diag-
nóstica, salpingite aguda ou cronica, gravidez ectópica, hidrosalpinge, endometriose, tumores e 
cistos de ovário, torção, apendicite, aderências. *evitar testes desnecessários 
 
Diagnósticos diferenciais: Condições de GI, Síndrome do intestino irritável, Doença infla-
ma´toria intestinal—Retocolite ulcerativa/ Crohn, Diverticulose, Doença do trato urinário, Distúr-
bios neuromusculares e musculoesqueléticos, Hernia de disco. 
 
Tratamento: 
Intervenções psicossociais: medicamentos, nenhum uso de nascotico ao longo prazo, aines, anti-
depressivos, contraceptivos orais. 
Intervenções dietéticas (se paciente com prisão de ventre, inchaço, edema, fadiga excessiva, irri-
tabilidade ou letargia, ou se estiver acima do peso: Diminuição do gás, inchaço e edema. Melhor 
nível de energia e estabilidade de humor. Realização e manutenção do corpo ideal. Dieta de alta 
fibra. Menos sódio, cafeína e bebidas carbonadas, carboidratos refinados e açúcar. Alimentos com 
baixo teor de gordura. 
Intervenções cirúrgicas: laparoscopia diagnostica e terapêutica, histerectomia, neurectomia pré-
sacral (não mais defendida) 
Intervenções alternativas: Biofeedback, técnicas de gerenciamento de estresse, auto-hipnose, te-
rapia de relaxamento, estimulação nervosa transcutânea (TNS), injeções de ponto de gatilho, ra-
quianestesia, bloqueios nervosos. 
 
 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) 
Clamydia Trachomatis, Micoplasma, Gonococo (75% dos casos) 
 
Anamnese: DUM (Atraso menstrual); Febre, hipotensão, taquicardia, sudorese, leucorreia fétida 
Exame físico: Leucorreia, dor durante mobilização do colo e defesa abdominal. 
Diagnóstico e tratamento precoce: prevenção de sequelas. 
 
Manifestações clínicas: 
Secreção vaginal purulenta 
Febre e dispareunia 
Dor à mobilização do colo e anexos 
Sangramento irregular durante o ciclo 
Irritação peritoneal presente 
Hemograma, VSG 
 
Tratamento ambulatorial: 
Ausência de febre ou sinais de peritonismo 
Iniciar tratamento e agendar retorno para avaliar após 3 dias ou antes 
Esquema: Ceftriaxona 250mg IM dose única + Doxiciclina 100mg VO 12/12hs por 14 dias 
Ofloxacina 400mg VO 12/12hs + Doxiciclina 100mg VO 12/12hs por 14 dias 
Parceiro: Azitromicina 1g VO dose única + Ofloxacina 400mg VO dose única 
 
 Retirar o DIU se houver 
 
Tratamento hospitalar: 
Critérios para internação: Defesa abdominal, Febre, Suspeita de abcesso pélvico ou tubo ovariano, 
Falha no tratamento ambulatorial. 
Após alta hospitalar: Doxiciclina 100mg VO 12/12hs por 14 dias. 
*Tratar parceiro 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
período de vida da mulher compreendido entre o final do período reprodutivo até a senilidade, con-
siderado o período não reprodutivo. Em geral, ocorre entre 40 a 65 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERIMENOPAUSA 
Período da diminuição da função/reserva ovariana. 
 
Fisiologia: 
Redução da quantidade e qualidade do oócito 
Hiperestímulo de FSH 
Folículos resistentes 
Aumento da atresia/ perda folicular 
 
Manifestações clínicas: 
Poucos sintomas climatéricos 
Irregularidade menstrual 
 
Ovários: Ciclos anovulatórios na maioria 
Ainda podem existir ciclos ovulatórios -> risco de gestação 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Útero: Ausência de fase lútea -> hiperplasia endometrial 
Descamação irregular do endométrio -> irregularidade menstrual 
Descartar causas de SUA 
 
MENOPAUSA 
Corresponde ao último ciclo menstrual . O indício da menopausa é a passagem de 12 meses desde 
a última menstruação. 
 
Fisiologia: 
Fim da função ovulatória 
Ovários mantém mínima atividade endócrina 
 Estrogênio: Aromatização em tecidos periféricos—principalmente em tecido adiposo 
 Androgênio (testosterona e androstenediona) - produzidos pelo ovário e adrenais 
 Progesterona (Não é produzida na pós menopausa) 
 Gonadotrofinas se elevam 
 
Diagnóstico: 
Retrospectivo: 12 meses de amenorreia. Média de idade: 50 anos. 
Clínico/laboratorial: Amenorreia; FSH > 35-40 
 
Manifestações clínicas: DIMINUIÇÃO ESTROGÊNICA 
-> Ansiedade, depressão, cefaleia, fadiga, insônia, fogachos, irritabilidade, ganho de peso, dimi-
nuição do libido, osteoporose, lapsos de memória, secura vaginal. 
 
PÓS MENOPAUSA 
Manifestações clínicas precoces: 
Alterações vasomotoras 
FOGACHOS: 
Disfunção regulatória do hipotálamo 
Transitórios 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Recorrentes: 1-3 minutos e até 30/dia 
Mais comuns a noite e em dias quentes 
Rubor de face, pescoço e tórax 
Sudorese / calor / calafrios 
Aumento do fluxo sanguíneo, FC e temperatura corporal 
 
Manifestações clínicas tardias: 
Presença de receptores de estrogênio (Pele, coração, ossos, cérebro, mama, bexiga/
uretra, vagina/vulva. 
 
Alterações atróficas 
VAGINA: Perda da espessura, elasticidade e enrugamento; Estreitamento do canal vagi-
nal; Diminuição das secreções vaginais; 
Sintomas: Ressecamento, Dispareunia, Infecções vaginais e urinárias. 
 
Sistema Nervoso Central 
Efeitos deletérios: Perda da cognição, concentração e memória; Insônia; Cefaleia; Nervo-
sismo/tristeza; Vertigem; Parestesia. 
 
Sistema Cardiovascular 
Aumento do risco cardiovascular; Ação protetora do estrogênio durante a vida reproduti-
va: Ação na dinâmica do colesterol, Ação anti oxidante; Ação no metabolismo periférico 
da glicose *redução da insulina circulante*; Estimulo à fibrinólise; Proteção de células en-
doteliais. 
 
Osteoporose 
Mulher na menacme: Equilíbrio entre formação e destruição óssea; Pico de massa ós-
sea: 30 anos. Fatores genéticos: 70% e fatores ambientais: nutrição, atividade física, ta-
bagismo, hábitos de vida, IMC e consumo de drogas. 
Mulher na menopausa: Aumento da perda óssea (excesso de atividade osteoclástica), 
Pós menopausa tardia (5 anos) ritmo de perda diminui. 50% das mulheres terão fratura 
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pós-menopausa. Geralmente assintomáticas. 
 
Diagnóstico: RX (raro-fratura) 
Densitometria mineral óssea (DMO) - PADRÃO OURO 
 Quadril e vértebras 
 Avaliados em desvios padrões da normaçidade 
 Adultos jovens normais entre 25 e 45 anos -> T-score 
 Esperado para idade e sexo do paciente -> Z-score 
 
Indicações de DMO: 
Mulheres com idade > 65 anos 
Mulheres na transição menopausal ou com idade > 50 anos, com pelo menos 1 dos fato-
res associados = Fratura após menopausa ou após 50 anos, IMC < 21, Pais com historia 
de fratura de quadril, Artrite reumatóide, Tabagismo atual, Ingesta excessiva de álcool (> 
3 doses/dia) 
Critérios para diagnóstico DMO: 
Normal T-score até –1. Osteopenia T-score de –1,1 até –2,4. Osteoporose T-score <- 2,5 
 
Afastar causas secundárias de osteoporose 
Hipogonadismo, prolactinomas, acromegalia 
Síndrome de Cushing 
Hipertireoidismo, hiperparatireoidismo 
Cirrose 
Neoplasias hematológicas 
Doença inflamatória intestinal, ressecção gástrica ou intestinal 
Tabagismo/etilismo 
Medicações -> glicocorticoides, warfarina, antiepiléticos 
Imobilização 
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AVALIAÇÃO DA MULHER CLIMATÉRICA 
Anamnese 
Índicede Kupperman—seguimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame físico 
Exame citológico 
Exame de imagem: Mamografia e USGV (endométrio até 5mm sem TH); DMO -> se indi-
cação 
Exame laboratorial: Lipidograma/glicose; Urinálise; Sangue oculto 
 
TRATAMENTO 
SEMPRE AVALIAR RISCO x BENEFÍCIO INDIVIDUALMENTE 
Expor as opções de tratamento e compartilhar com a paciente a decisão da opção do tra-
tamento de escolha. 
 
Indicações de tratamento hormonal: Sintomas vasomotores; Atrofia urogenital; Oste-
oporose 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
CONTRA-INDICAÇÃO: 
Risco cardiovascular e demência. 
TRATAMENTO: 
 
JANELA DE OPORTUNIDADE 
Se indicado tratamento hormonal 
• Iniciar o mais precoce possível 
• Maior segurança até 5 anos da menopausa 
• Nunca usar após 10 anos de menopausa 
 
HORMONAL x NÃO HORMONAL 
Avaliar contraindicações e riscos. 
 
NÃO HORMONAL: Paroxetina (12,5mg/dia), fluoxetina (20mg/dia) 
Venlafaxina (37,5-75mg/dia), desvenfalaxina (50-150mg/dia) 
Citalopram (10-20mg/dia), escitalopram (10-20mg/dia) 
Gabapentina/ Fitoestrogênios? Falta de evidência científica. Efeito placebo. 
ABSOLUTAS 
Antecedentes de CA de mama e/ou endométrio 
Doença tromboembólica aguda 
Sangramento vaginal de origem desconhecida 
Doença hepática grave 
RELATIVAS 
Doença coronariana 
HAC/DM2 
História prévia ed doença tromboembólica 
Doença de vesícula biliar 
JANELA DE OPORTUNIDADE HORMONAL X NÃO HORMONAL VIA DE TRATAMENTO 
ESQUEMA DE TRATAMENTO TIPOS DE HORMÔNIOS E SUAS 
COMBINAÇÕES 
QUANTIDADE E TEMPO 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
VIA DE TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESQUEMA DE TRATAMENTO 
Avaliar: 
Perimenopausa OU Pós-menopausa 
Regularizar ciclo OU tratar sintomas climatéricos 
Com OU sem útero—proteção endometrial 
 
Pensar e discutir: 
Mimetizar ciclo 
 Estrogênio e Progesterona 
VIA ORAL 
Vantagens: 
• Maior adesão 
• Fácil administração 
• Efeitos em lipoproteínas – CT e HDL 
Desvantagens: 
• Dose maior e diária 
• Altera TG 
• Maior risco tromboembólico 
VIA TRANSDÉRMICA 
Vantagens: 
• Níveis constantes 
• Menor efeito hepático 
• Sem efeitos na coagulação 
Desvantagens: 
• Menor adesão 
• Maior custo 
• Não altera lipoproteínas 
• Efeito irritativo na pele 
VIA VAGINAL 
Pode ser usada isolada ou associada ao tratamento sistêmico 
 Pouca ou nenhuma ação sistêmica 
Prevalência de sintomas urogenitais 
 Melhora distúrbios de micção 
 Atrofia / dispareunia 
Estriol e promestrieno 
Forma de uso: 
• Ataque: diário por 2 a 4 semanas – avaliar grau de atrofia 
• Manutenção: 2-3x/semana 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Prefere menstruar ou não? 
 Como será a administração desses hormônios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE HORMÔNIOS E SUAS COMBINAÇÕES 
 
Quantidade e tempo: 
Sempre a menor dose suficiente para melhora dos sintomas 
 
Menor tempo possível: 
Desmame: 
 Tentar retirar após 5 anos 
 Se intolerância a retirada—manter mínima dose possivel 
 MONITORIZAÇAO SEMPRE 
 
PROGESTÁGENO 
ISOLADO 
VIA ORAL 
ESTROGÊNIO ISOLADO 
VIA ORAL/ 
TRANSDÉRMICA 
ESTROGÊNIO E 
PROGESTERONA 
VIA ORAL/ 
TRANSDÉRMICA 
TIBOLONA 
VIA ORAL 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
ESTUDOS CONTROVERSOS 
HERS 
• Idade média 67 anos – mulheres com dça cardiovascular 
• Dividida em grupos – placebo e TH / seguimento 4 anos 
• Objetivo verificar proteção da TH (E+P) 
• Eventos fatais semelhantes entre os grupos 
• “Não inicie, mas também não interrompa se iniciada” 
• Faltaram avaliações de outras variáveis 
 
WHI 
• Mais de 27.000 mulheres pós menopausa – tempo previsto de seguimento de 10 anos 
• 2 grupos: com e sem útero // TH e placebo 
• Objetivo avaliar risco de infarto e CA de mama – também avaliou outros objetivos 
• Grupo histerectomizadas – sem significância estatística entre os grupos 
• Grupo não histerectomizadas – estudo foi interrompido após 5 anos de seguimento (aumento 
CA de mama) 
 
Críticas: 
• Regime E+P, mesmas doses, VO, contínuo 
• Idade média de 63 anos 
• Média de tempo de menopausa >10 anos 
• Aumento do risco de CA de mama, IAM, AVC e tromboembolismo X diminuição de risco de 
fratura e CA colorretal 
Conclusões: 
• Sempre realizar a propedêutica adequada 
• Antes de depois do uso de TH 
 
TH 
• Janela de oportunidade 
• Sintomas vasomotores moderados a intensos 
• Menor dose e tempo possível 
• Nunca para prevenção de DCV e demência 
 
• Sintomas de atrofia vaginal – tratamento 
tópico 
• Sempre associar progestágeno em mulheres 
com útero 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Anatomia mamária 
Constituição: 
• Tecido glandular cujo função é a secreção láctea 
• Estroma de tecido conectivo 
• Pele 
Localização: 
• Parede anterior do tórax sobre o músculo peitoral maior, serrátil 
anterior e oblíquo externo 
Divisão em quadrantes 
• Quadrante superior externo 
• Quadrante superior interno 
• Quadrante inferior interno 
• Quadrante inferior externo 
 
 
Exames complementares: MMG, USG 
 
MAMOGRAFIA (MMG) 
• Método de rastreio – reduz cerca de 30% a taxa de mortalidade 
• Incidências: crânio-caudal e médio-lateral 
• Avaliação comparativa 
• Não realizar antes dos 30 anos 
• Alta sensibilidade – 10–15% dos tumores não são visualizados 
• Erro de posicionamento e de interpretação 
• Baixa qualidade mamógrafo 
• Alta densidade mamária 
• Tamanho da lesão 
 
Exame Físico 
1. Inspeção estática 
2. Inspeção dinâmica 
3. Palpação 
-Mamas 
-Axila 
4. Expressão mamária 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Achados: 
• Benignos: calcificações grosseiras, nódulos regulares e nítidos 
• Malignos: microcalcificações pleomórficas, nódulos espiculados sem bordos definidos 
• Classificação BI-RADS 
Categoria 0: inconclusivo – necessidade de complementação com outros métodos de imagem 
Categoria 1: sem achados – seguimento de rotina 
Categoria 2: achados benignos – seguimento de rotina 
Categoria 3: achados provavelmente benignos – frequência de câncer < 2% - seguimento 
semestral por 2 anos 
Categoria 4: achados suspeitos de malignidade – frequência de câncer de 30% - investigação 
histopatológica 
4a – suspeição leve 
4b – suspeição moderada 
4c – suspeição alta 
Categoria 5: achados altamente sugestivos de maliginidade – frequência de câncer > 95% - 
investigação histopatológica 
Categoria 6: achados com malignidade confirmada 
 
ULTRASSONOGRAFIA MAMÁRIA (USG DE MAMA) 
• Alta eficácia – boa diferenciação entre nódulo sólidos e císticos 
• Boa definição em mamas densas 
• Indicado principalmente em mulheres jovens, lactantes e gestantes 
• NÃO É EXAME DE RASTREIO 
Achados: 
• Benignos: “mais largo que alto”, textura homogênea, bordos definidos, sombras 
laterais, reforço acústico posterior 
• Malignos: margens irregulares, textura heterogênea, nódulo “mais alto que largo”, 
sombra acústica posterior, contornos microlobulares 
• Classificação BI-RADS 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RNM) 
• Alto custo – alta sensibilidade para lesões > 2mm 
• Não identifica microcalcificações ou tumores < 2mm 
Indicações: 
• Complementação à MMG 
• Seguimento pós tratamento CA de mama 
• Mulheres com alto risco e mamas densas 
• Melhor visualização em pacientes com próteses mamárias 
 
CITOLOGIA (PUNÇÃO ASPIRATIVA COM AGULHA FINA - PAAF) 
• Baixo custo – realização ambulatorial 
• Lesões císticas X sólidas 
• Pode ou não ser guiado por USG ou MMG 
• Resultado negativo não exclui câncer 
 
HISTOLOGIA (BIÓPSIA) 
• Core biópsia – punção com agulha grossa 
• Guiado por USG ou MMG (estereotaxia) 
Indicações: 
• Nódulos palpáveis 
• Microcalcificaçõesassimétricas 
• Densidade assimétrica 
 
MAMOTOMIA – BIÓPSIA PERCUTÂNEA A VÁCUO 
• Guiada por USG ou MMG 
• Indicação: 
Lesões não palpáveis 
• Maior amostra tumoral 
• Maior risco de complicaçoes 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
BIÓPSIA CIRÚRGICA – PADRÃO OURO 
Excisional 
Retirada completa da lesão 
Incisional – grandes lesões 
 Retirada de fragmento 
 
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA 
 
MASTALGIA 
Cíclica 
Varia conforme o ciclo menstrual – auto limitada 
Bilateral e/ou unilateral – diferença entre as mamas e quadrantes 
Sensação de peso / hipersensibilidade 
Intensidade variável 
Acíclica 
Sem interferência do ciclo menstrual 
Geralmente unilateral 
Queimação / pontada 
Intensidade variável 
 
Extra mamária 
• Origem na parede torácica – referida na mama 
Hipóteses: 
• Nevralgia do intercostal 
• Contratura muscular 
• Angina 
• Colelitíase 
 
MASTALGIA ADENSAMENTO 
/ CISTOS 
DERRAME 
PAPILAR 
NÓDULOS 
MAMÁRIOS 
DOENÇAS 
INFLAMATÓRIAS 
E INFECCIOSAS 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Fatores de risco: 
• Estresse / tabagismo / cafeína 
• Uso de medicamentos / retenção hídrica 
 
Exames complementares: 
• Se necessário afastar outras patologias 
• USG de mama / MMG 
 
Tratamento: 
• Orientação / medidas de cuidados gerais 
• Tamoxifeno 
• Danazol / análogos GnRH 
• Cabergolina 
• Ácido gamalinoleico ou óleo de prímula 
• Vitaminas A, B6 e E 
 
ADENSAMENTO / CISTOS 
Alterações Funcionais Benignas da Mama (AFBM) 
 
Pico de incidência entre 25 e 45 anos 
Tríade: mastalgia cíclica, espessamento mamário e cistos 
• Adensamento: áreas mais endurecidas no exame físico 
• Cistos: involução do lóbulo mamário – entre 35 e 50 anos. 
 Seguimento com USG de mama 
 
Exames complementares: 
• Afastar neoplasia – seguimento dos cistos 
Tratamento: 
• Orientação – mesmo da mastalgia 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
DERRAME PAPILAR 
• 95% tem causa benigna 
• Características: 
Fisiológicas 
Patológicas 
Galactorréia 
• Pseudoderrame – outros achados 
 
Anamnese / Exame Físico 
Investigar uso de medicações 
 
Exames Complementares 
Citologia do derrame e imagem – USG e MMG 
 
Causas: 
• Papiloma intraductal – principal causa de derrame sanguinolento 
• Carcinoma – descarga em “água de rocha”ou sanguinolento 
• Ectasia ductal 
• AFBM 
• Galactorréia / Gravidez 
 
Tratamento: 
Conforme biópsia 
Ressecção do ducto ou sistema ductal se patológico 
FISIOLÓGICA: 
 Descarga provocada 
 Multiductal 
 Bilateral 
 Multicolorida 
 Esporádica 
PATOLÓGICA: 
 Descarga espontânea 
 Uniductal 
 Unilateral 
 Aquosa “água de rocha” / sanguínea 
 Profusa e persistente 
 Biópsia 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
NÓDULOS MAMARIOS 
80% são benignos 
Avaliar características 
Anamnese / Exame Físico 
• Idade 
• Tempo de evolução – crescimento 
• Dor 
Exames Complementares 
• PAAF – difícil punção de nódulos sólidos 
• USG de mama 
• MMG 
• RNM 
• Biópsia se necessário 
Causas 
• AFBM – adensamento / cistos 
25 – 45 anos 
• Fibroadenomas – fibroelástico 
Mulheres jovens – pode ocorrer na puberdade 
• Papiloma intraductal 
Comum ter nódulo subareolar / descarga papilar 
• Tumor Filodes – crescimento rápido; grande volume; recorrência 
20% sofrem transformação maligna 
• Carcinoma – concistência sólida 
Mulheres acima de 50 anos 
 
BENIGNIDADE: 
• Móveis 
• Consistência firme e elástica 
• Contornos regulares – margens definidas 
MALIGNIDADE: 
• Aderidos em planos profundos 
• Consistência endurecida 
• Contornos irregulares e margens indefinidas 
• Descarga papilar em água de rocha ou 
sanguinolenta 
• Retração de pele, mamilo 
 
Tratamento 
• Direcionado para causa – benigno X maligno 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS E INFECCIOSAS 
MASTITE PUERPERAL 
Fissuras mamárias 
Quebra da barreira cutânea – estase láctea 
Principais agentes: 
Stphylococcus aureus / epidermidis e Streptococcus do grupo B 
Sinais: dor, calor, rubor, febre, calafrios, turgência mamária 
Tratamento: sintomáticos, antibioticoterapia(celafexina, amoxicilina, ampicilina, drenagem 
 
ABCESSOS MAMÁRIOS 
Mastites mal tratadas 
Agente: Stphylococcus aureus 
Sinais inflamatórios – diagnóstico clínico 
Tratamento com antibioticoterapia – drenagem se necessário 
 
ECZEMA AREOLAR 
Dermatite descamativa no complexo areolar 
Tratamento com corticóide tópico 
Diagnóstico diferencial com Dça Paget 
 
ESTEATONECROSE OU NECROSE GORDUROSA 
História de trauma mamário – USG: “cisto gorduroso” 
Seguimento clínico - raro exérese 
 
ABCESSO SUBAREOLAR RECIDIVANTE 
Obstrução ductal recidivante à estase à infecção 
TABAGISMO 
Tratamento: cessar tabagismo / excisão do tecido granulomatoso 
 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
DOENÇAS MALIGNAS DA MAMA 
Epidemiologia: 
O CA de mama é o câncer não cutâneo mais frequente 
É a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres 
Brasil, INCA, expectativa de 66 mil casos/ano – 2020 
 
Fatores de Risco: 
 Sexo 
 Idade 
 Antecedente pessoal 
 História familiar 
 1° grau: 2 – 2,5 vezes 
 2° grau: 1,5 – 2 vezes 
 Menarca precoce / hx obstétrica / menopausa tardia 
 Fatores nutricionais – obesidade / dieta rica em gorduras 
 Uso crônico de álcool 
 Uso de ACO e TH (?) 
 Dados divergentes na literatura – relação com tempo de uso ?? 
 Genética – mutação no gen BRCA1 e BRCA 2 
 CA de mama e ovário 
 
Anamnese 
• Nodulação - crescimento rápido 
• Alterações cutâneas – retrações, abaulamento e/ou peau d’orange 
• Descarga papilar 
• Assintomático 
 
 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
Exame Físico 
• Nodulação – palpação 
• Alterações cutâneas – exame estático e dinâmico 
• Descarga papilar - expressão mamária – uniductal, “água de rocha” 
 
Exames de imagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exames complementares 
USG de mama 
Lembrar: mamas com alta densidade 
Não é exame de rastreio 
MMG 
Rastreio SBM / FEBRASGO / CBR 
Anual a partir dos 40 aos 74 anos 
A partir dos 75 anos se expectativa de vida > 7 anos 
Rastreio anual em alto risco a partir dos 30 anos 
Rastreio MS 
Bianual a partir dos 50 aos 69 anos 
 
 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
RNM 
Rastreio anual em alto risco a partir dos 25 anos – SBM e ASBrS 
HISTOLOGIA - biópsia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos histológicos 
 
Carcinoma in situ 
 Ductal e Lobular – diferenciação histológica 
 Doença “local” 
Carcinoma infiltrante 
Ductal 
Mais comum (70 – 80%) – nodulação palpável 
Lobular 
2° mais comum (5-10%) – área mal definida / bilateralidade / multicentricidade 
Papilífero / Mucinoso / Tubular / Medular / Inflamatório 
Paget 
Diagnóstico diferencial com eczema areolar 
Unilateral / progressão lenta / destruição da papila / sem resposta ao uso de corticóide 
 
 
 
 
 
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S A Ú D E D A M U L H E R 
FATORES PROGNÓSTICOS 
• Idade 
Pós ou pré menopausa 
• Estadiamento TNM 
Tumor – Tx; T0; Tis; T1; T2; T3; T4 
linfoNodos – Nx; N0; N1; N2; N3 
Metástase – Mx; M0; M1 
• Tamanho do tumor 
Maior ou menor de 2cm (T2) 
• Grau de acometimento 
Status axilar – positivo X negativo 
Metástase à distância – osso / pulmão / fígado / cérebro 
 
HISTOLOGIA 
Tipo histológico 
Baixo risco: tubular, medular, mucinoso, papilar 
Alto risco: ductal, lobular, inflamatório, Paget 
 
Grau histológico 
Bem diferenciado X indiferenciado 
 
Marcadores biológicos 
Receptores hormonais – estrogênio e progesterona 
Ki67 / HER2 
 
TRATAMENTO 
Cirúrgico 
 Conservadoras – margem: 1cm 
• Tumorectomia 
• Setorectomia 
• Quadrantectomia 
 
 
 
 
V A N E S S A L

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