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V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R PRIMEIRA CONSULTA: -> Anamnese (estado geral da paciente (avaliando humor e o BEG) -> Exame físico -> Exames complementares -> Hipóteses diagnósticas -> Plano terapêutico Importante: Anotar a idade e D.U.M, resultado de exames. REPETIR EXAME FÍSICO ANUALMENTE OU NA VIGÊNCIA DE QUEIXAS ESPECÍFICAS. ANAMNESE IDENTIFICAÇÃO: NOME: PROFISSAO: IDADE: NATURALIDADE: PROCEDENCIA: ESTADO CIVIL: PRONTUÁRIO: DATA E HORA: COR: QUEIXA PRINCIPAL HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL *INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO* QUEIXA INICIAL EVOLUÇÃO DA DOENÇA INTERCORRÊNCIA DE OUTROS SINTOMAS ESTÁGIO ATUAL DA DOENÇA E OS TRATAMENTOS ADOTADOS ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS E SEXUAIS TELARCA, PUBARCA E MENARCA: CICLOS MENSTRUAIS (intervalo, duração, quantidade): DISMENORREIA, STPM, AMENORRÉIA, GALACTORRÉIA: SPM (síndrome pré- menstrual): MÉTODO ANTICONCEPCIONAL – qual, quanto tempo?: CORRIMENTO: DUM (data da última menstruação): MENOPAUSA: * EVOLUÇÃO CRONOLÓ- GICA E ESTADO ATUAL * QUESTIONAR GRAVIDEZ PROBLEMAS GINECO- LÓGICOS (INFERTILIDADE, EN- DOMETRIOSE: 1° COITO: (ANAL, VAGINAL) N° DE PARCEIROS: ORGASMO: VIDA SEXUAL (A/I): HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA VACINAÇÃO ALERGIAS DST’S CIRURGIAS HISTÓRIA DE ABUSO (FÍSICO, PSÍQUICO, SE- XUAL) Tratamentos/ procedimentos: (biopsia, laparoscopia, histerectomia) -> ECT, ATA, CAF ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS GESTA: ABORTO (PERDA): PARTO (PARA): CESÁREA: ECTÓPICA: INTERCORRÊNCIAS: 1° PARTO: ÚLTIMO PARTO: ALEITAMENTO: MEDICAMENTOS EM USO: SINTOMAS URINÁRIOS E INSTESTINAIS: TABAGISMO: ETILISMO: DROGAS: HISTORIA FAMILIAR CÂNCER (HPV e ma- ma) ENXAQUECA DISLIPIDEMIA DIABETES HIPERTENSÃO TUBERCULOSE CARDIOPATIA ENDOCRINOPATIAS OSTEOPOROSE CONDIÇÕES E HÁBITOS DE VIDA TABAGISMO ETILISMO, DROGAS ALIMENTAÇÃO EXERCÍCIO FÍSICO USO DE MEDICAMENTOS TRÍADE SINTOMÁTICA: DOR (10 CARACTERÍSTICAS) CORRIMENTO (CARACTERÍSTICAS) SANGRAMENTO (HISTÓRIA MENSTRUAL) PADRÃO MENSTRUAL: N° DIAS (CARACTERÍSTICAS) EXAME FÍSICO LINFONODOS AXILARES, SUPRA E INFRACLAVICULARES MAMA INSPEÇÃO PALPAÇÃO (45°) Manobras: Bloodgood, Velpeau, Mamma-care EXPRESSÃO: descarga papilar ABDOME INSPEÇÃO, AUSCULTA PALPAÇÃO, PERCUSSÃO GENITÁLIA EXTERNA Posição da pacien- te: litotomia INSPEÇÃO (estática) PALPAÇÃO (G.Bartholin) Dinâmica: Valsal- va—perfil vaginal GENITÁLIA INTERNA Exame especular -> avaliação da vagina, conteúdo vaginal (colo, útero, anexos). Coleta citopatológico, exame a fresco INSPEÇÃO E DESCRIÇÃO DO COLO UTERI- NO, TOQUE VAGINAL *bidigital*, TOQUE RETAL Teste de Schiller, Teste de Collins LISTA DE PROBLEMAS CLÍNICOS, PECULARIDADES DA PACIENTE, EXAMES COMPLEMENTARES ELABORAÇÃO DO PLANO TERAPÊUTICO V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R CICLO MENSTRUAL PADRÃO: Períodos: MENARCA MENACME CLIMATÉRIO MENOPAUSA PRIMEIRA MENSTRUAÇÃO FASE REPRODUTIVA FASE DE TRANSIÇÃO ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO Duração: 21—35 dias Fluxo: 2 a 6 dias Perda: 20—60ml EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-OVÁRIOS (H-H-O) V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R GLÂNDULAS ENDÓCRINAS: HIPOTÁLAMO: Localizado acima do quiasma óptico e abaixo do terceiro ventrículo. HIPÓFISE: Localizada na sela túrcica OVÁRIOS Os neuronios hipotalâmicos sao responsavéis pela produçao de GNRH além do hormonio liberador do hormonio do crescimento (GH), fator liberador de corticotrofina (ACTH) e hormonio liberador de tireotrofina (TSH). Hipotalamo tem alças de regulaçao com ovário e hipofise – FEEDBACK. Ütero desempenha papel passivo ESTRADIOL ESTEROIDOGÊNESE: Produção de estrogê- nio pelas células TECA e GRANULOSA V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R HIPOTÁLAMO Produz: Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). Feedback com ovários e hipófise. GnRH é produzido de forma pulsátil Meia vida curta: 2—4 dias Fase folicular x lútea Frequência x amplitude Influência: exercício físico, estresse, dieta, emocional e estado nutricional. GnRH -> GH CRF -> ACTH TRH -> TSH PIF (Dopamina) -> Prolactina HIPÓFISE (Glândula pituitária) ADENO-HIPÓFISE FSH, LH, TSH, ACTH, GH, PROLACTINA NEURO-HIPÓFISE PROLONGAMENTO DO HIPOTÁLAMO, OCITOCINA E ADH OVÁRIOS FOLICULOGÊNESE Inicia-se na vida intrauterina: 20° semana: 6-7 milhões de folículos Nascimento: 20 milhões Puberdade: 300 mil Menacme: cada ciclo mil sofrerão atresia, somente 400 a 500 sofrem o processo de ovulação. Atresia folicular: menos receptores de FSH, E, aromatase e + androgênio. ESTEROIDOGÊNESE: Produção de estrogênio, androgênio e progesterona. FOLÍCULO PRÉ-ANTRAL Ação da aromatase FOLÍCULO ANTRAL + estrogênio DOMINÂNCIA FOLICULAR 5° e 7° dia FOLÓCULO PRÉ- ANTRAL E ANTRAL Produz estrogênio pe- las células da TECA e GRANULOSA V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R FASES DO CICLO OVARIANO: FASES DO CICLO UTERINO: FOLICULAR Objetivo: selecionar o folículo dominante. Inicia com o inicio da mens- truação (1° dia do ciclo) Eleva os níveis de FSH (recrutamento folicular) Folículos (P-P-P-A) OVULATÓRIA Pico de estradiol -> estimulo ao pi- co LH. Ovulação: 24—36hr após pico de E; 10-12hr após pico de LH. Retomada da meiose após pico de LH. Completada se penetração. Ovulação: dor do meio ou Mit- telschmerz. Extrusão do oócito. LÚTEA Aumenta o nível de P. Pico: 8° dia após ovulação. Dura 14 dias. Presença de corpo lúteo No final da fase: diminui E e P, retomada dos pulsos de GnRH para início de novo ciclo *se BhCG -* PROLIFERATIVO Endométrio proliferativo: Crescimento mitótico progressivo—proliferação glandular da camada basal do endométrio Responde a níveis circulantes de estrogênio Fino no início do ciclo (cerca de 7-10mm próxi- mo ao período ovulatório) ATIVIDADE MITÓTICA PROLIFERAÇÃO ENDOMETRIAL Mamas: aumento de mitoses—predomina o E SECRETOR Endométrio secretor: 48—72 horas após ovulação Progesterona promove alterações endometriais (vacúolos contendo glicogênio) Atividade secretora (preparação para implanta- ção—6 a 7 dias pós ovulação) Evolui com edema do tecido e crescimento restri- to (Colabamento dos vasos espiralados) ATUAÇÃO DA PROGESTERONA SECREÇÃO GLANDULAR Mamas: dilatação de ductos—predomina a P MENSTRUAL Ausência de secreção glandular, Reações vasomotoras Término da função do corpo lúteo (diminuição do E e P) (Ação de PGF; Isquemia endometrial; Contrações miometriais) REAÇÃO DECIDUAL - ISQUEMIA ENDOMETRIAL Mamas: diminui o número e volume de células—diminui o edema MUCO CERVICAL: EFEITO DO ESTROGÊNIO filância—clara de ovo MAMAS PRÉ-MENSTRUAL: Aumento do volume mamário—aumento da circulação– ação E e P V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Anamnese: Uso de medicamentos Comorbidade Galactorreia Alterações neuropsíquicas (estresse, ganho ou perda de peso) Procedimentos uterinos Infecções Exame físico: Ausência de vagina Hímen imperfurado Estigmas de Turner (pescoço alado, baixa estatura, peito em escudo) Hiperandrogenismo Ausência de caracteres sexuais secundários (avaliação dos estádios de Turner) EMBRIOLOGIA Gônada indiferenciada - 5 semanas -> diferenciação gonadal Migração das células germinativas (sem migração -> disgenesia gonadal) Ação do gene SRY (gônada indiferenciada -> testículo) Se testículo presente: AMH ou MIH - 6 semanas (regressão ductos de Muller) Testosterona (8 semanas - genitália interna) Diidrosterona (ação do 5 alfa redutase - genitália externa) Se testículo ausente: DETERMINA O FENÓTIPO FEMININO Não ocorre ação do AMH -> evolução ductos de Muller -> formação das Trompas, útero e 2/3 su- periores da vagina Ovários não produzem hormônio da embriogênese V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R INSENSIBILIDADE ANDROGÊNICA COMPLETA Síndrome de Morris Cariótipo 46XY -> Presença de testículos: Sem ação androgênica -> não evolução dos ductos de Wolf Presença de AMH -> involução dos ductos de Muller SEM GENITÁLIA INTERNA Genitália externa: sem ação da di-hidrotestosterona (feminina) Fenótipo: Feminino (sem ou escasso desenvolviemnto de pelos/mamas pode acontecer) Tratamento: retirada dos testículos e estrogenioterapia. PRIMÁRIA Ausência da primeira menstruação Aos 13 anos sem desenvolvimento puberal Aos 15 anos com desenvolvimento puberal Insensibilidade androgênica – 46XY V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R AGENESIA UTERINA Malformação Mulleriana: Agenesia completa dos ductos, agenesia de porção do TGI (com ou sem vagina), Útero rudimentar ou não funcionante (hipoplásico) Síndrome de Mayer-Rokitansku-Kuster-Hauser: Cariótipo feminino– 46XX Ovários normais: desenvolvimento sexual normal GENITÁLIA INTERNA AUSENTE (sem trompas e útero) Genitália externa feminina (1/3 inferior da vagina) Associação com malformações renais Tratamento: neovagina Malformação Mulleriana Obstrutiva: Útero presente e funcionante Obstrução na via canalicular -> Septo transverso -> Agenesia parcial da vagina -> Hímem imperfurado Malformação Mullerianas não obstrutivas: Útero presente e funcionante. NÃO CURSAM COM AMENORRÉIA. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R HETEROSSEXUAL: Hermafrodita verdadeiro (46XX/46XY ou mosaico) RARO Presença de ovários e testículo juntos (ovotestis) ou separados. Genitália interna e externa variável (depende da gônada dominante) Pode menstruar (2/3) - nunca XY Tratamento: depende da gônada dominante Pseudo-hermafroditismo masculino (46XY) Virilização incompleta Pseudo-hermafroditismo femino (46XX) Genitália interna feminina Genitália externa parcialmente virilizada—ação androgênica **HAC Hiperplasia adrenal congênita Disturbio autossômico recessivo Cariótipo 46XX Alteração enzimática Produção inadequada de glicocorticóides Aumento da secreção de ACTH Hiperplasia córtex adrenal Aumento da produção de androgênios e percursores Genitália interna feminina Genitália externa ambígua Excesso de androgênios e percursores 90% dos casos: deficiência da 21-hidroxilase Diagnóstico: geralmente na infância. Aumento da 17 OH progesterona Formas: perdedora de sal + comum Virilizante simples Não clássica (tardia) Deficiência da 5 alfa redutase Cariótipo 46XY Deficiência na conversão de testosterona -> diidrostestosterona (forma genitália externa) Genitália interna masculina (não tem útero) Genitália externa feminina ou ambígua SECUNDÁRIA Ausência de menstruação por mais de 90 dias (3 ciclos) em mulheres com ciclos anteriormente regulares SOLICITAR BhCG V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R HIPOGONADISMO/HIPOGONADOTRÓFICO Deficiência na secreção de gonadotrofinas FSH e LH reduzidos Avaliar se causa hipofisária x hipotalâmica Teste do GnRH Síndrome de Kallmann Cariótipo 46XX Ausência de caracteres sexuais Anosmia ou hiposmia Avaliar TSH e PRL Outros (+ comuns em amenorréia secundária) Distúrbios alimentares/exercício físico Tumores hipotalâmicos e hipofisários Drogas Insuficiência ovariana prematura Disgenesias gonadais -> alterações ligadas ao X SÍNDROME DE TURNER 45X0 ou moisaico (45X0, 46XX ou 45X0/ 46XY) Gônadas em fita Estimas de Turner (baixa estatura, infantilismo se- xual, pescoço alado, alterações renais) Tratamento: GH e estrogênioterapia SÍNDROME DE SWYER: 46XY Anéis fibrosos no lugar dos testí- culos (ausência de produção de androgênios, desenvolvimento dos ductos de Muller, genitália interna e externa feminina) Tratamento: remoção dos testí- culos (neoplasia de células ger- minativas) e estrogênioterapia SÍNDROME DE SAVAGE: Resistência ou ausência dos re- ceptores ovarianos de gonado- trofinas. Folículos presentes Diagnóstico diferencial com IOP (biópsia) Tratamento: estrogênioterapia CAUSAS: Gravidez, Aleitamento materno, anovulação - SOP, menopausa; V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R CAUSAS UTEROVAGINAIS Síndrome de Asherman Sinéquias intra-uterinas • Agressão endometrial • Curetagem uterina • Doença inflamatória • Uso de substâncias Diagnóstico: USG (ultrassom transvaginal) e HSG (histerossalpingografia) Tratamento: histeroscopia e lise das sinéquais Atrofia endometrial Uso prolongado de contraceptivos hormonais Anovulação Crônica SOP (Síndrome dos ovários policísticos) Alteração da função ovariana—anovulação– presença de folículos Principais achados: Irregularidade menstrual, Hiperandrogenismo, Hirsutismo, Acne, Alopécia Diagnóstico: clínico, laboratorial e USG FSH, PRL e TSH normais Tratamento: Mudança de hábitos, medicamentoso, contraceptivos orais e indução de ovulação. IOP (Insuficiência ovariana prematura) Alteração da função ovariana—anovulação– ausência de folículos Principais achados: Hipoestrogenismo, geralmente sintomas climatéricos Causas: Irradiação, quimioterapia, drogas tóxicas; Cirurgias; Auto imune. Diagnóstico: Clínico e laboratorial FSH aumentado; PRL e TSH normais. Tratamento: estrogenioterapia CAUSAS HIPOFISÁRIOS Tumores hipofisários Adenoma (50% prolactinomas) Macro x Micro Não funcionantes x Funcionantes Hiperprolactinemia Galactorréia em % dos casos FSH normal ou baixo PRL aumentada Compressão do quiasma óptico ou alterações endócrinas Diagnóstico: RNM de hipófise Tratamento: Medicamentoso X cirúrgico V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Síndrome de Sheehan Necrose hipofisária Isquemia pós parto Hipofunção acentuada > 98% de destruição Setor gonadotrófico é o mais prejudicado FSH baixo Amenorréia e ausência de lactação Síndrome de Simmonds • Sheehan Causa: trauma, lesão vascular, tumores Todos os hormônios tem sua secreção prejudicada Alteração da secreção de GnRH Tumores Craniofaringiomas Drogas Metoclopramida, ranitidina Metildopa, sulprida Anti depressivo tricíclicos (imipramina, amitriplina) Neurolépticos (haloperidol) Amenorréia pós pílula 6 meses anticoncepcional combinado 12 meses injetável trimestral Exercício físico Alteração de neurotransmissores Gasto energético Estresse e liberação de endorfinas Distúrbios alimentares Bulimia e anorexia Percentual de gordura muito diminuído Pseudociese Estresse CAUSAS SISTÊMICAS Distúrbios tireoidianos: Responsável pela retroalimentação do eixo H-H-O FSH normal—PRL normal ou aumentado TSH alterado Outras endocrinopatias: Tumores adrenais Avaliar função adrenal: Sinais de hiperandrogenismo? Hipercortisolismo? FSH, PRL e TSH normais ou alterados Diabetes Mellitus Hepatopatias V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Mulheres na fase reprodutiva:Distúrbio da fase lútea Melhora após início da menstruação Quadro clínico diversificado Físico Psicológico Comportamental FISIOPATOLOGIA Alteração de neurotransmissores E + e P— Ação SNC (serotonina / noradrenalina / GABA) Redução da ação serotoninérgica—alteração psicoemocionais Aumento de aldosterona e renina—retenção hídrica e edema Mulheres mais sensíveis as variações - Alterações hormonais - Dosagens hormonais normais Predisposição familiar Quadro clínico: Distensão abdominal, Mastalgia, Retenção. Cólicas, Fadiga, Cefaleia, Náusea, Mialgia, Sudorese, Alterações de libido e sono. Dificuldade de concentração. Alterações de apetite. Irritabilidade. Depressão. Ansiedade. Falta de energia. Labilidade emocional. 30—40% da população feminina Fatores físicos e socioculturais Afeta vida social e econômica Prejuízo à atividades diárias (4 –14%) Sintomas físico e psicos- sociais na 2° fase do ciclo Se prejuízo importante V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Diagnóstico: CLÍNICO Excluir outras doenças como: depressão, transtorno de humor, ansiedade, hipotireoidismo, ane- mia, endometriose, desordens ovarianas. Sintomas durante os 5 dias que antecedem a menstruação em pelo menos 1 dos 3 últimos ciclos Sintomas avaliados em 4 dias do início da menstruação sem recorrência até o 13° dia do ciclo Sintomas presentes na ausência de uso de fármacos, hormônios, álcool ou drogas Presença de disfunção social ou econômica identificável Tratamento: Mudança no estilo de vida (MEDIDAS COMPORTAMENTAIS E FARMACOLÓGICAS) Exercícios aeróbicos: Aumento de endorfinas Dieta saudável. Evitar tabagismo e uso de álcool Medicamentos: Anticoncepcionais cíclicos ou contínuos; Antidepressivos (ISRS—fluoxetina, paroxetina, sertralina) Outros (citalopram, clomipramina, venlafaxina) Ansiolíticos (Alprazolam, buspirona) Cálcio, vitamina D e B6 (piridoxina), óleo de peixe. SPM DDPM 1 OU MAIS SINTOMAS PELO MENOS 5 SINTOMAS Afetivos: Depressão, raiva, irritabilidade, ansie- dade, confusão e introversão Somáticos: Mastalgia, distensão abdominal, cefa- leia, edema. Depressão importante associada à desilusão ou à falta de solução para sua dor Tensão ou ansiedade em excesso Importante labilidade emocional Irritabilidade e raiva Diminuição do interesse por atividades do cotidi- ano ou isolamento social Falta de energia Alteração de apetite ou no padrão do sono Sensação de perde do controle Dificuldade de concentração Sintomas somáticos V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL Queixa comum em consultório. Ocorre em todas as faixas etárias (extremos da vida reprodutiva— ciclos anovulatórios). Causas orgânicas. Divergência entre o normal—seguindo o padrão de cada paciente. Apesar de padrões impostos. Como: duração (21 a 35 dias) fluxo (2 a 6 dias); perda (20—60m) CAUSAS orgânicas Infância: Corpo estranho (corrimento com odor fétido) Abuso/trauma Irritação / infecção Puberdade precoce (caracteres sexuais antes dos 8 anos) Tumor ovariano Adolescência: Anovulação (primeiros dois anos—ciclos anovulatórios) Alterações hematológicas (PTI, Doença de von Willebrand) Gravidez Hormônio exógeno (ACO) Alterações endócrinas e sistêmicas (tireoidopatias, hepatopatias—alterações nos fatores de co- agulação, hiperprolactinemia, SOP, HAC de início tardio) Infecções—ISTs: Cervicites—(Clamydia Trachomaris) Endometrites Causas anatômicas: Septos, Hematocolpo, Hematometra SUD Sangramento uterino disfuncional (Ausência de causas orgânicas) Alteração nos mecanismos endócrinos de controle mens- trual Diagnóstico de exclusão: ausência das causas orgânicas V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Adulta: Gravidez Desordens uterinas (pólipos, leiomiomas, adenomiose) Infecções—ISTs: Cervicites—(Clamydia Trachomaris) Endometrites Alterações endócrinas e sistêmicas: Tireoidopatias, hepatopatias—alterações nos fatores de co- agulação, Hiperprolactinemia, SOP, Disfunções hipotalâmicas, Doenças hipofisárias, Desordens hematológicas. Hormônios exógenos: ACO; Outros métodos: injetável, implante, SIU/DIU. Neoplasias: vagina, colo uterino, endométrio, ovário. Perimenopausa: Anovulação Desordens uterinas (pólipos, leiomiomas, adenomiose) Neoplasias: vagina, colo uterino, endométrio, ovário. Pós-menopausa: Atrofia endometrial (principal causa) Hormônios exógenos (TRH) Hiperplasia endometrial Pólipos endometriais ou cervicais Neoplasias: vagina, colo uterino, endométrio, ovário. Trauma Diagnóstico: ANAMNESE Idade Vida sexual Padrão de sangramento: Cíclico (aumento de volume, número de dias de sangramento, diminui- ção do intervalo entre os ciclos) Sem ciclo (metrorragia) Outros sintomas Doença sistêmica Medicação Alterações (peso, estresse, hábitos alimentares) EXAME FÍSICO Origem do sangramento Quantificação do sangramento EXAME LABORATORIAL BhCG TSH/ T4 LIVRE PRL Coagulograma Hemograma Função hepática e renal USG pélvica/ transvaginal: Desordens anatômicas, Avaliar: miométrio, endométrio, ovários. Baixo custo. Histeroscopia (HSC): Diagnóstico e tratamento—PADRÃO OURO. Cavidade uterina, biópsia endometrial (pipelle, curetagem uterina, HSC), invasivo—sedação. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R TRATAMENTO Não hormonal: AINH: Inibe a produção de prostaglandina Ibuprofeno (400mg de 12/12hs) Ácido mefenâmico (500mg de 8/8hs) Naproxeno, diclofenaco Antifibrinolíticos: Ácido tranexâmico (1g de 6/6hs) Hormonal: Progestágenos: Promovem atrofia endometrial Acetato de medroxiprogesterona 5-10mg de 10-14 dias. Estrogênios: Promove reepitalização endometrial—spottings EEC 1,25mg ou estradiol 2mg de 6/6hs até diminuição do sangramento (máx 24-48hs) - manuten- ção com ACO ACO: Induz atrofia; ACO de 2 a 4cps/dia por até 24hs após cessar sangramento—manutenção com ACO SIU: Mirena e Kyleena—liberam levonorgestrel Também para tratamento de SUA DANAZOL (anti estrogênico): Bloqueio na função ovariana. Muitos efeitos colaterais— androgênicos. Efeitos na massa óssea se tempo > 6 meses. GESTRINONA: Anti E e anti P, ação androgênica—amenorréia, ‘’chip da beleza’’. Agonistas de GnRH: Supressão ovariana—impedem os pulsos de GnRH. Efeitos hipoestrogêni- cos—mimetizam menopausa. Máximo de 6 meses—efeito na massa óssea. Pré-cirurgico. Cirúrgico: Falha no tratamento clínico. ABLAÇÃO ENDOMETRIAL: Destruição do endométrio. Avaliação prévia da cavidade uterina. Con- traindicado em hiperplasia endometrial e suspeita ou confirmação de neoplasia. CURETAGEM UTERINA: Paliativo (avaliar a indicação) Baixo custo (maior disponibilidade) HISTERECTOMIA: Solução definitiva. Prole construída. SUD Avaliar intensidade do sangramento Corrigir as alterações hormonais Anovulação TH x ACO SUA Direcionado para a causa orgânica V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Lei 9263 de 1996: Conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal; Programação no número de filhos; Intervalo entre os filhos; Métodos contraceptivos. Escolha do método TIPO DE MÉTODOS MÉTODOS COMPORTAMENTAIS MÉTODOS DE BARREIRA CONTRACEPÇÃO HORMONAL DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS DEFINITIVOS - CIRURGICOS Eficácia: Índice de Pearl Número de gestações (falha) ocorrida em 100 mulheres após 1 ano de uso do método. Quanto MENOR o índice, MAIOR a eficácia. Boa eficácia <1 OMS <4 Uso ideal x realIdeal (perfeito, correto ou con- sistente): índices sugeridos pe- los fabricantes. Representa a eficácia do método Real (típico, rotineiro ou habitu- al): sujeita a esquecimentos e efeitos colaterais (vômitos, diar- reia, validade vencida, interação medicamentosa, síndromes inabsortivas) Representa a efetividade do mé- todo Critérios de elegibilidade Classificados em 4 categorias (OMS) 1: pode ser usado sem restri- ções 2: podem ser usados om restri- ções: avaliar a situação. Benefi- cio supera os riscos—manter acompanhamento frequente. 3: de preferência, não utilizar. Os riscos superam os benefícios. Indicado somente como última alternativa 4: não utilizar, pois apresenta um risco inaceitável. MAIOR EFICÁCIA V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R MÉTODOS COMPORTAMENTAIS Taxa de falha pode chegar a 20% Baixa eficácia Muitas variáveis associadas Dependem da rotina sexual do casal Crenças religiosas. SEM CONTRA-INDICAÇÃO: Categoria 1 Espermatozoide: meia vida de 72 horas Óvulo: meia vida de 24—36 horas TABELINHA (Método de Ogino-Knaus) Avaliar ciclo. Mínimo de 6 meses—regularidade (diferença entre maior e menor não pode ser mais que 10 dias) Compreender o período fértil Período de abstinência: Subtrair 18 do ciclo mais curto Subtrair 11 do ciclo mais longo Ex: ciclo de 26: 32 dias (abstinência entre 8° e 21° dia) Uso de aplicativos. TEMPERATURA CORPORAL Aumento da temperatura corporal após a ovu- lação (0,3° a 0,8°C) Medir pela manhã diariamente após acordar Período de abstinência: Todo o período folicu- lar, até 4° dia após aumento da temperatura basal. FALHAS: febre, insônia, aumento após ovula- ção, gráfico monofásico. MUCO CERVICAL (Método de Billings) Aumento do estrogênio Muco periovulatório é elástico e filante ‘’clara de ovo’’ Período de abstinência: Do início da sensação de lubrificação. Até 4° dia após percepção má- xima de lubrificação. FALHAS: Infecções vaginais, ausência de per- cepção, fluxo tardio de muco. Falha de 39 em 100 mulheres. COITO INTERROMPIDO Interrupção da relação sexual antes da ejacu- lação. Grande controle por parte do homem Antes da ejaculação—muco Índice de peral > 25 V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R MÉTODOS DE BARREIRA Barreira mecânica ou química Quando usados em conjunto aumentam a eficácia Depende da ‘’lembrança’’ do casal Cuidar com método químico: lesões na vagina / desconforto na relação / alergia a látex SEM CONTRA-INDICAÇÃO: Categoria 1 PRESERVATIVO MASCULINO (CONDOM) Acessível Prevenção de ISTs (não proteje contra HPV) Índice de Pearl: 2 Uso real: 15 DEPENDE MUITO DO USO CORRETO PRESERVATIVO FEMININO Tubular de aproximadamente 17cm limitado por 2 anéis flexíveis. Prevenção de ISTs Índice de Pearl: 5 Uso real: 21 DIAFRAGMA Dispositivo circular, flexível coberto com mem- brana de silicone ou látex—’’capuz’’ que cobre o colo uterino Geralmente associado ao espermicida Tamanho definido pelo ginecologista Na prática (pouco usado) Modo de usar: inserir até 2hs antes do coito. Retirar 6-8hs após a relação sexual. Cuidar: alergia a látex, infecções vaginais, pa- cientes com distopias genitais. Índice de Pearl: 6 Uso real: 16 ESPERMICIDA Substância química que recobre vagina e colo Promove lesão na membrana do espermatozói- de Pode ser usado em associação com outro mé- todo Modo de usar: deve ser aplicado 2hs antes do coito. Cuidar: pode causar alergias, restrição em ca- so de infecções vaginais. CATEGORIA 4 PARA PACIENTES HIV Índice de Pearl: 18 Uso real: 29 V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R CONTRACEPÇÃO HORMONAL Contracepção através da anovulação Bloqueio do eixo H-H-O Suprimem FSH e LH Alteram muco cervical (espesso e hostil) Alteram endométrio (atrofia e impossibilidade de nidação) MAIOR EFICÁCIA MAIORES RISCOS (SEMPRE avaliar elegibilidade) CONTRACEPTIVOS HORMONAIS ORAIS COMBINADOS (CHOC) Mais populares e mais utilizados. Fácil acesso. Modo de usar: Avaliar critérios de elegibilidade Iniciar a cartela no 1° dia do ciclo (menstruação) 1cp/dia—sempre no mesmo horário 21 dias: pausa de 7 dias 24 dias: pausa de 4 dias 28 dias: sem pausa; contínuos ou placebos COMBINAÇÃO DE ESTROGÊNIO E PROGESTERONA Monofásico, bifásico e multifásicos. Estrógeno: Etinilestradiol (35,30,20 e 15) Estradiol (Stezza) e valerato de estradiol (Qlaira) Progestágeno: 17– hidroxiprogesterona: acetato de ciproterona, clormadinona, acetato de nomegestrol 19-nortestosterona: levonorgestrel, desogestrel, gestodeno, dienogeste Eficácia garantida a partir da 1° cartela (uso correto—cuidar com esquecimentos) Efetividade durante todo o período de uso (sem necessidades de pausa’’ + seguro após o 1° ano de uso Efeitos benéficos: Regularização dos ciclos. Melhora SPM, acne e hirsutismo. Diminuem risco CA de ovário e endo- métrio. Diminuem fluxo menstrual e dismenorreia. Diminuem tempo de absorção de cistos ovaria- nos. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Contraindicações: Efeitos colaterais: Estrógenos: cefaléia, náusea, vômitos. Progestágeno: alteração de humor e libido, acne e ganho de peso. Spotting; CONTRACEPTIVOS HORMONAIS DE PROGESTERONA Minipílula: progestagênio isolado—meio a 1/10 da dose do CHOC Uso contínuo (sem pausas) comum amenorreia Noretisterona 0,35mg Ciclos ovulatórios em 40-50% *mais fraca Contraindicação: amamentação—índice de pearl: 0,5; perimenopausa. Efeitos colaterais: spotting Pílula de desogestrel Progestagênio isolado. Uso contínuo; comum amenorréia. Desogestrel 75mcg Ciclos: anovulatórios em 97%. Índice de Pearl: 0,2 Indicação de uso: Amamentação, perimenopausa. Contra indicação ao uso de estrogênio Efeitos colaterais comuns: Spotting, cefaléia, acne, sensibilidade mamária V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R MÉTODO DA AMENORRÉIA DA LACTAÇÃO Temporário -> lactação inibe eixo Requisitos básicos para sucesso do LAM 1. Aleitamento materno 2. Amenorréia 3. Menos de 6 meses pós parto Reiniciar outro método assim que um dos requisitos deixar de existir. Índice de Pearl: 0,5 Uso real: 2 CONTRACEPTIVOS HORMINAIS INJETÁVEIS ADESIVO TRANSDÉRMICO (Evra) Semelhante à ação dos CHOC—E+P (mesmas indicações e contra indicações) Efeitos colaterais semelhantes (reação local, descolamento do adesivo). Efeitos benéficos: comodidade posológi- ca—evita 1° passagem hepática. Evitar em pacientes com peso maior que 90kg Modo de usar: aplicar 1x na semana. Troca semanal. Pausa de 1 semana (sangramento) Índice de Pearl: 0,3 a 8 MENSAL Semelhante à ação dos CHOC—E+P Injetável tem estrogênio natural - estradiol Mesmas indicações e contra indicações Modo de usar: Iniciar até o 5° dia do ciclo Aplicação a cada 27 a 33 dias (SEMPRE NO MESMO DIA DO MÊS) Efeitos colaterais comuns: Atraso no retorno à fertilidade—até 4 meses. Cefaleia, irregularidade menstrual e alteração de humor TRIMESTRAL Acetato de medroxiprogesterona 150mg—depósito—P Espessamento de muco cervical—amenorreia Indicações de uso: Amamentação, perimeno- pausa. Contra indicação ao uso de estrogênio Modo de usar: Iniciar até o 5° dia do ciclo— aplicação a cada 90 dias. Efeitos colaterais comuns: Atraso no retorno à fertilidade—até 12 meses. Irregularidade menstrual, alteração no humor e libido. Ganho de peso, acne e queda de cabelo V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R ANEL VAGINAL (Nuvaring) Semelhante à ação dos CHOC—E+P Mesmas indicações e contraindicações Efeitos colaterais semelhantes (desconforto vaginal, leucorreia). Efeitos benéficos (comodidade posológica—evita 1° passagem hepática) Modo de usar: anel em fundo de saco durante 3 semanas. Pausa de 1 semana (sangramento) Não deve ficar fora do corpo mais de 3hs. Índice de Pearl: 0,3 a 8 IMPLANTE SUBDÉRMICO (Implanon) Liberação contínua de etonorgestrel—P Semelhante à ação contraceptivos a base de progestagênios isolados (esma indicação e contra indicação) Evitar peso > 70kg—menor tempo de duração (2 anos) Modo de usar: Aplicação pelo ginecologista na face medial do braço LARC—duração de 3 anos Efeitos benéficos: Amenorréia 70% melhora da SPM Índice de Pearl: 0,05 CONTRACEPÇÃO HORMONAL EM CASO DE EMERGÊNCIA Indicações: Coito desprotegido; falha de outro método; violência sexual (estrupo) Método de levonorgestrel: 1,5mg de levonorgestrel dose única. Administrar até 72 horas após ato sexual— Índice de Pearl: 2% Após 72 horas: aumenta em 50% a chance de gestação. Efeitos colaterais: Náuseas, vômitos (repetir dose se menos de 2h) Diarreia/ dor abdominal; Irregularidade menstrual. Forma de ação: Fase folicular: altera crescimento folicular (retarda); Fase pós ovulatória: altera muco, motilidade tubária e endométrio. Contra indicação: somente se gestação confirmada. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R DIU de cobre Estrutura em ‘’T’’ revestida por cobre em sua haste vertical Efetividade do método se mantém durante todo o período de uso Mecanismo de ação: Presença do cobre: reação inflamatória do endométrio; efeito espermicida; aumenta prostaglandinas (inibe implantação) Antes da inserção: Avaliar exame ginecológico (anatomia intra uterina) Sinais de infecção (DIP ou ISTs) Sangramento vaginal inexplicado Efeitos colaterais: Aumento de fluxo e dismenorréia—causa de abandono do método Chance de expulsão (jovens, milíparas e pós parto) Efeitos benéficos: Eficaz—contracepção imediata Não hormonal Não tem efeito cruzado Não exige ‘’lembrança’’ LARC: duração de 10 anos Retorno rápido à fertilidade Índice de Pearl: 0,5 a 0,7 DIU de levonorgestrel (Mirena ou Kyleena) Estrutura em ‘’T’’ contendo levonorgestrel Efetividade do método se mantém Mecanismo de ação: Presença do levonorgestrel: Promove espessamento do muco cervical; Di- ficulta a passagem do espermatozoide pelo canal cervical; Anovulação em 25% das pacientes; Atrofia endometrial—amenorreia ou diminuição do fluxo. Antes da inserção: Avaliar exame ginecológico (anatomia intra uterina) Sinais de infecção (DIP ou ISTs) Sangramento vaginal inexplicado DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Efeitos colaterais: Sangramento irregular ou spotting Cefaleia, náusea e depressão Acne, mastalgia, ganho de peso Chance de expulsão (jovens, nulíparas e pós parto) Efeitos benéficos: Eficaz: contracepção imediata Reduz perda sanguínea no ciclo menstrual (opção de tratamento SUD) Não tem efeito cruzado com outras medicações Não exiges ‘’lembrança’’ ou comportamento sexual LARC: duração de 5 anos Retorno rápido à fertilidade Índice de Pearl: 0,2 Eventos adversos: Perfuração, Expulsão, Dismenorréia e SUA Contraindicações: Gravidez/SUA Infecção (puerperal, pélvica, vaginal) Alterações anatômicas da cavidade uterina CA de colo, útero **CA de mama—alterações hepáticas Gravidez X DIU DIPA X DIU MÉTODOS DEFINITIVOS ESTERILIZAÇÃO FEMININA Obstrução tubária de forma a impedir o en- contro dos gametas; Forma de abordagem: Minilaparotomia: pós parto // no trans operatório de cesariana. Culdoscopia/Laparoscopia Técnica: Pomeroy ou salpingectomia ESTERILIZAÇÃO MASCULINA Ligadura do ducto deferente—anestesia local Reavaliação com espermograma 3 meses após procedimento Índice de Pearl 0,1 a 0,3 V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R LEI 9263 de 12/01/1996 Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: 1. Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos OU pelo menos 2 filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre manifestação da vontade do ato cirúrgico 2. Risco de vida ou à saúde da mulher ou à do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos. Manifestação expressa por escrito e firmado; Vedado esterilização em mulheres durante o perí- odo de parto, puerpério ou aborto exceto em casos de extrema necessidade—risco de vida. Não será considerada manifestação durante ocorrência de alterações na capacidade de discerni- mento por influência de drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporá- ria ou permante. Usado somente laqueadura tubária e vasectomia—sendo vedada a realização de histerectomia e ooforectomia para esses fins. Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de am- bos os cônjuges. A esterilização em pacientes absolutamente incapazes somente poderá ocorrer mediante autori- zação judicial. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Etiologia: Cândida, Trichomonas, Gardnerella; Associadas com: vulvovaginites, cervicites e uretrites SINTOMATOLOGIA: Fluxo vaginal anormal, excessivo, branco, cremoso, amarelo ou verde de odor fétido Dor vaginal Ardência Prurido (coceira) Dispareunia (dor durante à relação sexual) Disúria (dor ao urinar) DIAGNÓSTICO: ANAMNESE + EXAME FÍSICO + EXAME COMPLEMENTARES • pH deve ser < 5,0 • Prova de WHIFF: KOH 10% + conteúdo vaginal= cheiro desagradável (peixe). • Exame à fresco: células indicadoras, trichomonas, leveduras e pseudo-hifas. • Bacteriologia: local da coleta da amostra: Cândida: parede vaginal. Neisseria: uretra e endocérvice. Chlamydia: endocérvice. Trichomonas e gardnerella: fórnix vaginal. • Cultura: chumaço de algodão estéril e semear em 30 minutos ou meios de transporte aeróbicos e anaeróbicos. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R • Meios de cultura: Rogosa: lactobacilos Agár-sangue: Streptococcus e Gardnerella Sabouroud e Nickerson: Cândida Thayer-Martin: Neisseria gonorrhoeae CPLM e Vate: Trichomonas CONSIDERAÇÕES DIAGNÓSTICAS: Correlacionar clínica com achado laboratorial (10% amostras tem cândida). Corrimento fisiológico: ovulação, ectrópio e adenose vaginal. Irritantes químicos, atividade sexual excessiva. Anômalo: odor e interfere no hábito. Corpo estranho: tampão, diafragma, outros. Úlceras, febre e choque tóxico por tampões vaginais (Staphylococcus aureus). PATOLOGIAS: VAGINOSE CITOLÍTICA Lactosbacillus acidophilus: pH vaginal 4,0 a 4,5. Reação inflamatória por componentes nucleares e citoplamáticos. Laboratório: aumento do número de bacilos, cé- lulas vaginais com citólise, ausência de leucóci- tos e pH 4,0 a 4,5. Tratamento: Alteração do pH com duchas de so- lução de bicarbonato de sódio. COLPITE ENFISEMATOSA Pouco frequente. Associada com Trichomonas Assintomática, Corrimento vaginal; Vaginoscopia: Pequenas bolhas com gás de cor azul acinzentada, agrupadas ou disseminadas na vagina e colo com edema adjacente aos cistos e emissão de som ao exame especular Laboratório: Histologia com cistos subepitelias ro- deados de células gigantes multinucleares. Espa- ços dilatados no tecido conjuntivo ocupados por ar. Diagnóstico diferencial: Infecção pelo vírus simples do herpes. Evoluem para úlceras. Solicitar exa- mes. Tratamento: Regressão espontânea, melhoram com o tratamento do Trichomonas vaginalis quan- do associado V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R VAGINOSE BACTERIANAGardnerella vaginalis Cocobacilo gram-variável. Associado a infecção urinária no homem. Vaginose bacteriana associa-se a germes anaeróbicos : mobiluncus sp, ureoplasma urealyti- cum, bacteróides sp, prevotella sp, mycoplasma hominis MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Corrimento abundante, incolor ou amarelo acinzentado e fétido, sem resposta inflamatória. EXAMES LABORATORIAIS: Células indicadoreas/guias/clue-cells (células epiteliais co pontos granulosos, que são gardnerellas aderidas, escassos leucócitos polimorfonucleares e lactobacilos ausentes. pH maior que 5,0—5,5 Prova de Whiff: positiva Bacterioscopia p/ Gram: Bacilos gram negativos Cultura: Agar sangue desnecessária TRATAMENTO: Metronidazol: 2gr V.O em dose única ou 500mg V.O de 12 em 12 horas por 7 dias Metronidazol gel à 0,75%: 5 gramas 2 vezes ao dia durante 5 dias Evitar o uso de bebidas alcoólicas Não é recomendado tratar o parceiro Recidivas Clindamicina: 300 mg V.O. 2 xs/dia por 7 dias. Doxiciclina 100 mg V.O.2 xs/dia por 7 dias. Tetraciclina 500 mg V.O. 4 xs /dia por 7 dias. + Creme de fosfato de clindamicina a 2% 5 gr V.V. por 7 dias As taxas de cura com os esquemas citados variam de 75 a 84%. PREVALÊNCIA: 5 a 15 % das mulheres que procuram o ginecolo- gista. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R A clindamicina nos esquemas a seguir também é efetiva no tratamento da VB: 1. Óvulos de clindamicina, 100 mg, por via intravaginal, 1 vez/dia ao se deitar durante 3 dias 2. Creme de clindamicina, 2%, 100 mg por via intravaginal, em dose única 3. Creme de clindamicina a 2%, um aplicador cheio (5 g) por via intravaginal, ao se deitar du- rante 7 dias 4. Clindamicina, 300 mg, VO, 2 vezes/dia durante 7 dias. CANDIDÍASE Cândida albicans, Cândida glabrata e outras Cândida albicans: origem do reto e focos cutâneos, transmissão sexual ou fômites (resistentes ao calor até 60°) Cândida glabrata e outras são patógenos facultativos no ser humano. Colonizam intestino gros- so, cavidade oral e vagina. FATORES PREDISPONENTES: PREVALÊNCIA: Responsável por 85% a 90% das infecções vaginais por leveduras. Incidência aumentada da década de 70 para 80. -> Popularização ACOs. Esteroides aumentam glicogênio celular. Pouco frequente na menopausa e pré-púbere. Gravidez aumenta nível de glicogênio DIAGNÓSTICO: CLÍNICO E LABORATORIAL EXÓGENOS A.C.O Progesterona Corticoides Antibióticos Antineoplásicos Dieta/carboidratos ENDÓGENOS Diabetes Mellitus Imunossupressão Gravidez V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Diagnóstico clínico: Corrimento branco com prurido vulvar e vaginal Dispareunia (dor durante à relação sexual) Eritema, edema e pseudomembranas aderentes a mucosa Cândica tropicalis ou glabrata apresentam menos sintomatologia (crônica) No homem: Balanopostite, placas eritematosas com prurido e descamação Vaginoscopia: sem padrão patognomônico Placas branco-amarelas final e mal definidas que não se coram pelo lugol. Diferenciar de placas brancas de infecção HPV Colpite difusa Diagnóstico laboratorial: pH vaginal: 4,5 Exame microscópico em soro fisiológico: esporos e pseudohifas (30% a 90%) Bacterioscopia gram: confirma presença de leveduras e esporos. Papanicolau: sensibilidade 45% Cultura: meio de Sabouraud é o mais preciso Tratamento: A aplicação tópica de fármacos do grupo dos azóis é o tratamento mais frequente da CVV, além de ser mais eficaz que a nistatina. O tratamento com azóis causa alívio dos sintomas e culturas negativas em 80 a 90% desaparecem em 2 a 3 dias. Recomendam-se os esquemas de curta duração de até 3 dias. O fluconazol, usado em dose única de 150 mg, é recomendado para tratamento da CVV. Derivados imidazólicos: Via vaginal:Clotrimazol, miconazol,econazol, terconazol,isoconazol,fenticonazol. Via oral:Fluconazol,itraconazol,cetoconazol * Toxicidade hepática Recidivas: V.O. tratar reservatório intestinal e parceiro sexual. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R TRICHOMONÍASE Trichomonas hominis, Trichomonas tenax, Trichomonas vaginalis INTESTINO BOCA VAGINA Protozoário anaeróbico, unicelular, flagelado, piriforme, com espinha terminal (axostilo) o qual emerge do blefaroplasto, contém núcleo corpúsculo parabasal, membrana ondulante, citoplasma granuloso e móvel. Mede de 10 a 20um comp por 5 a 10um de largura (maior que um leucócito e menor que uma célula madura) Transmissão sexual Ação citolítica sobre o epitélio Prevalência: mais frequentes em mulheres com atividade sexual; Há outro pico em mulheres com mais idade, podem não ser de transmissão sexual. Diagnóstico clínico: Período de incubação: 3 a 28 dias. Corrimento abundante, aquoso, espumoso, verde amarelado, fétido, com eritema, prurido, ar- dência e dispareunia. Dor e mal estar vaginal ao manuseio. Erosão e hemorragia ao contato. Colpovaginoscopia: Colpocervicite com alças capilares em dorquilha e múltiplas manchas erite- matosas. Lugol: pele em leopardo. Coalescência das manchas: colpite macular. No homem: Uretrite (inespecíficas 2% trichomonas), prostatite (causa reinfecção da mulher), ve- siculites são raras. Diagnóstico laboratorial: pH vaginal maior que 5,0 Exame a fresco: com tintura de Dif Quick Bacterioscopia Colpocitologia oncótica de Papanicolau Cultura em meio de CPLM e Vate Tratamento: Metronidazol: 2gr. v.o./ dose única ou 500 mg v.o./ 2xs/ dia/ 7 dias. Efeitos colaterais (gástricos) com álcool. Ação mutagênica e ultrapassa a barreira placentá- ria, portanto proscrito no primeiro trimestre de gestação. Tratar o parceiro: 1/3 são portadores na uretra V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R GONOCOCCIA Neisseria gonorrhoeoe Diplococco aeróbico Gram negativo HHomem é o único hospedeiro natural Transmissão por fômites é raro. Infecção por contato sexual (exceto RN) Profilaxia para o RN: nitrato de prata a 1% eritromicina e tetraciclina. Manifestações clínicas primária: • Uretrite e endocervicite na mulher • Uretrite anterior no homem • Faringite, proctite, conjuntivite e vulvovaginite. Manifestações clínicas secundárias: • Artrite Complicações: Doença inflamatória pélvica Bartholinite e Skenite raramente Perihepatite: Síndrome de Fitz Hugh Curtis Prostatite no homem Poliartrite, tenossinovite, endocardite (raro) PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 2 A 10 DIAS Prevalência: Jovens (18 a 30 anos), solteiros, baixo nível sócio econômico cultural e promíscuos. Infecção assintomática atrapalha estatística. Carência de sintomas: 50% das mulheres e 10% dos homens. Não confere imunidade/pode haver recidiva. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Incidência: aumento de 21% do ano de 2005 para 2008. Associada a Chlamydia trachomatis em 35% das mulheres e 20% dos homens Cepas de gonococcos produtores de penicilinase (NGPP) Diagnóstico clínico: Sintomas menos proeminentes que o homem Localização na endocérvice e uretra Disúria, albúria, dispareunia pouco frequentes Bartholinite e Skenite são raras Suspeita-se quando o parceiro tem a infecção Colo endurecido, eritematoso, colposcopia com padrão inflamatório 15 % apresentam infecção ascendente com doença inflamatória pélvica e infertilidade. Diagnóstico laboratorial: Bacterioscopia pelo gram: diplococos gram negativo intracelular (sensibilidade 60%) Cultura: endocervical ou uretral em meio Thayer Martin (sensibilidade 90%) Reação de hibridização: captura híbrida (sensibilidade 95%) Diagnóstico diferencial: Infecção urinária causada pelos bacilos entéricos Goococo não cresce em meio de cultura para bacilos Gram negativos como EschericiaColi Tratamento: Em 2 a 3 meses os mecanismos de defesa corporal conseguem controlar a infecção. Com antibióticos (penicilinas) consegue-se erradicar a infecção Peniciclina G procaína IM 1.000.000 UI/dia/5 dias. Ceftriaxona 125 mg IM / dose única. Espectinomicina D 2 gr./ IM / por 2 dias. Ampiciclina 3,5 gr. VO/ dose única. Cefixima 400 mg VO/ dose única. Eritromicina 500 mg VO 4 xs/dia / 7 dias. Azitromicina 1,0 gr. VO / dose única. Ciprofloxacina 500 mg VO / dose única. Tetraciclina 2 gr. / dia / 7 dias ou Doxiciclina 100 mg. 2 xs/ dia / 7 dias para tratar a Chlamydia associada. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R PAPILOMAVÍRUS HUMANO´ Prevalência: é a DST mais frequente. Diagnóstico clínico: condilomas clássicos Diagnóstico subclínico: lesões planas: placas únicas ou multifocais, hiperqueratinizadas, vista com auxilio de ácido acétco ou lentes. (nódulos ou espículas sobrelevadas com dupla alça capilar) Diagnóstico laboratorial: Citologia: colocitose, disceratose, ASC-US Histologia: alterações nucleares Detecção de DNA: captura híbrida, hibridização in situ, PCR. *diagnóstico diferencial com NIVA Tratamento: Químico: ácido tricloroacético Cirúrgico: eletrocoagulação diatérmica; criocauterização; vaporização a laser de CO2 V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Quadro de abdome agudo: Manifestação clínica: DOR (Sintoma chave no diagnóstico) A dor cíclica é aquela definidamente associada ao ciclo menstrual. A dismenorreia, ou menstruação dolorosa, é a dor cíclica mais comum, classificada em primário ou secundário, de acordo com a doença associada. A dor pélvica crônica é definida como a dor com duração maior que 6 meses, localizada na pelve e intensa o bastante para causar incapacidade funcional ou exigir cuidados mé- dicos. DOR PÉLVICA AGUDA Queixa frequente no período fértil. 20%-30% do atendimento ginecológico DOR PÉLVICA AGUDA Dor intensa e caracterizada por inicio súbito, aumento abrupto e curta duração X DOR PÉLVICA CRÕNICA Persiste por mais de 6 meses / Representa, 20% das laparotomias e 12% das histerectomias Impacta significativamente o dia a dia / Compreende até 10% das consultas ginecológicas Episódica: cíclica, dor recorrente que é intercalada com intervalos livres sem dor Dor continua: não cíclica a dor pode se tornar a patologia, quando não encontrada a etiologia e/ou seu tratamento. 1/3 Não tem doença pélvica aparente. Síndrome da congestão pélvica pélvico Útero em RVF -> retroversoflexão 70.000 anualmente V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R ANAMNESE Início dos sintomas pélvicos Início súbito ou gradual Associado com atividade particular (sexo) Unilateral ou bilateral Descrição dos sintomas pélvicos Corrimento vaginal, coceira, queimação, odor Dispareunia Disúria, frequência, urgência, hematúria Sintomas abdominais associados: Náuseas, vômitos, diarreia/constipação, dor nos flancos (cálculo urinário?), periumbilical ou dor em HCD. Descrição da dor: Início, Localização, Irradiação, Tipo da dor, Duração, Fatores de melhora e piora História menstrual detalhada (DUM (gravidez? cisto?), regularidade, duração..) Histórico sexual (inicio da atividade sexual, número de parceiros, etc..) Antecedentes ginecológicos (Método contraceptivo? DIU? endometriose)=, DST prévia, DIP Histórias de cirurgias pélvicas prévias Antecedentes obstétricos Depressão (despertar matinal, perda de peso e anorexia) EXAME FÍSICO Exame sistemático do abdome, pelve, reto direcionado ao local e intensidade da dor. Atentar a reprodutibilidade da dor (Dor a mobilização de colo uterino) Sinais vitais: FEBRE/ HIPOTENSÃO -> processo agudo Fáscies, marcha (intensidade da dor) Vômito (Processo agudo) Sinais abdominais do processo agudo: dor a descompressão súbita (irritação peritoneal), sinal de defesa, prodição antálgica, presença de cicatrizes/hérnias. Exame especular: presença de corrimento/cervicite Toque bimanual: presença de massa anexiais, SUA, fundo uterino amolecido, dor a mobilização de colo -> DIP, gestação ectópica/cisto roto DIAGNÓSITCO PRECOCE É ESSENCIAL, POIS SEU ATRASO, AUMENTA A MORBIDADE E A MORTALIDADE DIAGNÓSTICO: Anamnese: Queixas urinárias e hábitos intestinais + Exame físico V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R HEMATOCOLPOS E HEMATOSSALPINGE Adolescente com dor cíclica Sem menstruação: hímen imperfurado, septos vaginais transversos Com menstruação: útero bicorno com corno não comunicante CISTOS DE OVÁRIO (Rotura e hemorragia) Rotura e sangramento são fisiológicos em ciclos ovulatórios Retenções foliculres e corpo lúteo cístico pode ser incidental DOR: Distensão cápsula/ Irritação peritoneal CORPO LÚTEO HEMORRÁGICO Tratamento conservador Correção da coagulopatia Cirurgia: Choque hipovolêmico/ Piora progressiva do hematócrito ou aumento do sangramento ao US CISTOS DE CORPO LÚTEO Decorrentes de sangramento excessivo para dentro do folículo roto (podem levar a dor e irritação peritoneal) Remissão espontânea em no máximo 2 ciclos Raras vezes a quadro de abdômen agudo com hipovolemia grave Quadros potencialmente mais raves em mulheres em uso de anticoagulantes DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: Cisto ovariano (torcido ou não) Mittelschmerz (dor do meio (14° dia) - DOR DE OVULAÇÃO) Miomatose uterina Dismenorréia primária DIP (Doença inflamatória pélvica) Pielonefrite (Infecção do trato urinário alto) Febre, sintomas urinários, Sinal de Giordano Apendicite aguda Gestação ectópica Cólica nefrética Doença inflamatória intestinal Diverticulite V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R DOR PÉLVICA CRÔNICA Etiologia: Episódica, Dispareunia, Dor pélvica do ciclo médio (Mittelschmerz), Dismenorréia, Contínua, Endometriose, Adenomiose, Salpingite crônica Fatores de risco: História de abuso ou trauma sexual infantil ou adulto Cirurgia pélvica anterior Histórico pessoal ou familiar de depressão História de outras síndromes de dor crônica Histórico de abuso de álcool e drogas Disfunção sexual Tendência à somatização História: Duração da dor > 6 meses Alívio incompleto pela maioria dos tratamentos anteriores, incluindo cirurgia e analgésicos não narcóticos. Rotina significativamente prejudicada em casa ou no trabalho Sinais de depressão, como despertar matinal, perda de peso e anorexia Dor desproporcional à doença Problemas familiares História de abuso (infantil, incesto, estrupo) ou outro trauma sexual Histórico de abuso de substâncias Disfunção sexual atual (Dispareunia) Consulta prévia com um ou mais profissionais de saúde e insatisfação com o tratamento recebido Exame físico: Sistemático nas áreas abdominais, pélvicas e retais, com foco na localização e intensidade da dor Tentar reproduzir a dor Verificar sinais vitais: Fever -> acute process Aparência geral, comportamento e a marcha (gravidade da dor e possível etiologia neuromuscular) Dor à descompressão dolorosa (irritação peritoneal) Útero fixo (aderências pélvicas) Nódulos em fundo de saco: endometriose V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R Identificar as áreas que reproduzem dispareunia Dor abdominal diminuída na palpação quando há tensão dos músculos reto abdominais Lasegue: dor na palpação profunda Diminuição: Origem pélvica Aumento: Parede abdominal ouorigem miofascial Inspecionar e anotar quaisquer cicatrizes bem curadas; Valsava para hérnias incisionais* Palpação: para hérnias femorais e inguinais, ou qualquer massa insuspeitável Exame especular Cervicite: fonte de irritação parametrial Exame bimanual/retal Massa pélvica ou anexial, SUA, fundo uterino amolecido, dor à mobilização cervical: DIP, gravidez ectópica ou cisto ovariano roto Exames complementares: Hemograma, parcial de urina + urocultura, swab cervical (gonorréia/ clamídia), BHCG, US pélvico transvaginal e TC PU, BhCG, Lâmina/KOH, ,Culturas cervicais, sangue nas fezes, ultrassom, laparoscopia diag- nóstica, salpingite aguda ou cronica, gravidez ectópica, hidrosalpinge, endometriose, tumores e cistos de ovário, torção, apendicite, aderências. *evitar testes desnecessários Diagnósticos diferenciais: Condições de GI, Síndrome do intestino irritável, Doença infla- ma´toria intestinal—Retocolite ulcerativa/ Crohn, Diverticulose, Doença do trato urinário, Distúr- bios neuromusculares e musculoesqueléticos, Hernia de disco. Tratamento: Intervenções psicossociais: medicamentos, nenhum uso de nascotico ao longo prazo, aines, anti- depressivos, contraceptivos orais. Intervenções dietéticas (se paciente com prisão de ventre, inchaço, edema, fadiga excessiva, irri- tabilidade ou letargia, ou se estiver acima do peso: Diminuição do gás, inchaço e edema. Melhor nível de energia e estabilidade de humor. Realização e manutenção do corpo ideal. Dieta de alta fibra. Menos sódio, cafeína e bebidas carbonadas, carboidratos refinados e açúcar. Alimentos com baixo teor de gordura. Intervenções cirúrgicas: laparoscopia diagnostica e terapêutica, histerectomia, neurectomia pré- sacral (não mais defendida) Intervenções alternativas: Biofeedback, técnicas de gerenciamento de estresse, auto-hipnose, te- rapia de relaxamento, estimulação nervosa transcutânea (TNS), injeções de ponto de gatilho, ra- quianestesia, bloqueios nervosos. V A N E S S A L U D W I G P R 1 S A Ú D E D A M U L H E R DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) Clamydia Trachomatis, Micoplasma, Gonococo (75% dos casos) Anamnese: DUM (Atraso menstrual); Febre, hipotensão, taquicardia, sudorese, leucorreia fétida Exame físico: Leucorreia, dor durante mobilização do colo e defesa abdominal. Diagnóstico e tratamento precoce: prevenção de sequelas. Manifestações clínicas: Secreção vaginal purulenta Febre e dispareunia Dor à mobilização do colo e anexos Sangramento irregular durante o ciclo Irritação peritoneal presente Hemograma, VSG Tratamento ambulatorial: Ausência de febre ou sinais de peritonismo Iniciar tratamento e agendar retorno para avaliar após 3 dias ou antes Esquema: Ceftriaxona 250mg IM dose única + Doxiciclina 100mg VO 12/12hs por 14 dias Ofloxacina 400mg VO 12/12hs + Doxiciclina 100mg VO 12/12hs por 14 dias Parceiro: Azitromicina 1g VO dose única + Ofloxacina 400mg VO dose única Retirar o DIU se houver Tratamento hospitalar: Critérios para internação: Defesa abdominal, Febre, Suspeita de abcesso pélvico ou tubo ovariano, Falha no tratamento ambulatorial. Após alta hospitalar: Doxiciclina 100mg VO 12/12hs por 14 dias. *Tratar parceiro V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R período de vida da mulher compreendido entre o final do período reprodutivo até a senilidade, con- siderado o período não reprodutivo. Em geral, ocorre entre 40 a 65 anos. PERIMENOPAUSA Período da diminuição da função/reserva ovariana. Fisiologia: Redução da quantidade e qualidade do oócito Hiperestímulo de FSH Folículos resistentes Aumento da atresia/ perda folicular Manifestações clínicas: Poucos sintomas climatéricos Irregularidade menstrual Ovários: Ciclos anovulatórios na maioria Ainda podem existir ciclos ovulatórios -> risco de gestação V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R Útero: Ausência de fase lútea -> hiperplasia endometrial Descamação irregular do endométrio -> irregularidade menstrual Descartar causas de SUA MENOPAUSA Corresponde ao último ciclo menstrual . O indício da menopausa é a passagem de 12 meses desde a última menstruação. Fisiologia: Fim da função ovulatória Ovários mantém mínima atividade endócrina Estrogênio: Aromatização em tecidos periféricos—principalmente em tecido adiposo Androgênio (testosterona e androstenediona) - produzidos pelo ovário e adrenais Progesterona (Não é produzida na pós menopausa) Gonadotrofinas se elevam Diagnóstico: Retrospectivo: 12 meses de amenorreia. Média de idade: 50 anos. Clínico/laboratorial: Amenorreia; FSH > 35-40 Manifestações clínicas: DIMINUIÇÃO ESTROGÊNICA -> Ansiedade, depressão, cefaleia, fadiga, insônia, fogachos, irritabilidade, ganho de peso, dimi- nuição do libido, osteoporose, lapsos de memória, secura vaginal. PÓS MENOPAUSA Manifestações clínicas precoces: Alterações vasomotoras FOGACHOS: Disfunção regulatória do hipotálamo Transitórios V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R Recorrentes: 1-3 minutos e até 30/dia Mais comuns a noite e em dias quentes Rubor de face, pescoço e tórax Sudorese / calor / calafrios Aumento do fluxo sanguíneo, FC e temperatura corporal Manifestações clínicas tardias: Presença de receptores de estrogênio (Pele, coração, ossos, cérebro, mama, bexiga/ uretra, vagina/vulva. Alterações atróficas VAGINA: Perda da espessura, elasticidade e enrugamento; Estreitamento do canal vagi- nal; Diminuição das secreções vaginais; Sintomas: Ressecamento, Dispareunia, Infecções vaginais e urinárias. Sistema Nervoso Central Efeitos deletérios: Perda da cognição, concentração e memória; Insônia; Cefaleia; Nervo- sismo/tristeza; Vertigem; Parestesia. Sistema Cardiovascular Aumento do risco cardiovascular; Ação protetora do estrogênio durante a vida reproduti- va: Ação na dinâmica do colesterol, Ação anti oxidante; Ação no metabolismo periférico da glicose *redução da insulina circulante*; Estimulo à fibrinólise; Proteção de células en- doteliais. Osteoporose Mulher na menacme: Equilíbrio entre formação e destruição óssea; Pico de massa ós- sea: 30 anos. Fatores genéticos: 70% e fatores ambientais: nutrição, atividade física, ta- bagismo, hábitos de vida, IMC e consumo de drogas. Mulher na menopausa: Aumento da perda óssea (excesso de atividade osteoclástica), Pós menopausa tardia (5 anos) ritmo de perda diminui. 50% das mulheres terão fratura V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R pós-menopausa. Geralmente assintomáticas. Diagnóstico: RX (raro-fratura) Densitometria mineral óssea (DMO) - PADRÃO OURO Quadril e vértebras Avaliados em desvios padrões da normaçidade Adultos jovens normais entre 25 e 45 anos -> T-score Esperado para idade e sexo do paciente -> Z-score Indicações de DMO: Mulheres com idade > 65 anos Mulheres na transição menopausal ou com idade > 50 anos, com pelo menos 1 dos fato- res associados = Fratura após menopausa ou após 50 anos, IMC < 21, Pais com historia de fratura de quadril, Artrite reumatóide, Tabagismo atual, Ingesta excessiva de álcool (> 3 doses/dia) Critérios para diagnóstico DMO: Normal T-score até –1. Osteopenia T-score de –1,1 até –2,4. Osteoporose T-score <- 2,5 Afastar causas secundárias de osteoporose Hipogonadismo, prolactinomas, acromegalia Síndrome de Cushing Hipertireoidismo, hiperparatireoidismo Cirrose Neoplasias hematológicas Doença inflamatória intestinal, ressecção gástrica ou intestinal Tabagismo/etilismo Medicações -> glicocorticoides, warfarina, antiepiléticos Imobilização V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R AVALIAÇÃO DA MULHER CLIMATÉRICA Anamnese Índicede Kupperman—seguimento Exame físico Exame citológico Exame de imagem: Mamografia e USGV (endométrio até 5mm sem TH); DMO -> se indi- cação Exame laboratorial: Lipidograma/glicose; Urinálise; Sangue oculto TRATAMENTO SEMPRE AVALIAR RISCO x BENEFÍCIO INDIVIDUALMENTE Expor as opções de tratamento e compartilhar com a paciente a decisão da opção do tra- tamento de escolha. Indicações de tratamento hormonal: Sintomas vasomotores; Atrofia urogenital; Oste- oporose V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R CONTRA-INDICAÇÃO: Risco cardiovascular e demência. TRATAMENTO: JANELA DE OPORTUNIDADE Se indicado tratamento hormonal • Iniciar o mais precoce possível • Maior segurança até 5 anos da menopausa • Nunca usar após 10 anos de menopausa HORMONAL x NÃO HORMONAL Avaliar contraindicações e riscos. NÃO HORMONAL: Paroxetina (12,5mg/dia), fluoxetina (20mg/dia) Venlafaxina (37,5-75mg/dia), desvenfalaxina (50-150mg/dia) Citalopram (10-20mg/dia), escitalopram (10-20mg/dia) Gabapentina/ Fitoestrogênios? Falta de evidência científica. Efeito placebo. ABSOLUTAS Antecedentes de CA de mama e/ou endométrio Doença tromboembólica aguda Sangramento vaginal de origem desconhecida Doença hepática grave RELATIVAS Doença coronariana HAC/DM2 História prévia ed doença tromboembólica Doença de vesícula biliar JANELA DE OPORTUNIDADE HORMONAL X NÃO HORMONAL VIA DE TRATAMENTO ESQUEMA DE TRATAMENTO TIPOS DE HORMÔNIOS E SUAS COMBINAÇÕES QUANTIDADE E TEMPO V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R VIA DE TRATAMENTO ESQUEMA DE TRATAMENTO Avaliar: Perimenopausa OU Pós-menopausa Regularizar ciclo OU tratar sintomas climatéricos Com OU sem útero—proteção endometrial Pensar e discutir: Mimetizar ciclo Estrogênio e Progesterona VIA ORAL Vantagens: • Maior adesão • Fácil administração • Efeitos em lipoproteínas – CT e HDL Desvantagens: • Dose maior e diária • Altera TG • Maior risco tromboembólico VIA TRANSDÉRMICA Vantagens: • Níveis constantes • Menor efeito hepático • Sem efeitos na coagulação Desvantagens: • Menor adesão • Maior custo • Não altera lipoproteínas • Efeito irritativo na pele VIA VAGINAL Pode ser usada isolada ou associada ao tratamento sistêmico Pouca ou nenhuma ação sistêmica Prevalência de sintomas urogenitais Melhora distúrbios de micção Atrofia / dispareunia Estriol e promestrieno Forma de uso: • Ataque: diário por 2 a 4 semanas – avaliar grau de atrofia • Manutenção: 2-3x/semana V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R Prefere menstruar ou não? Como será a administração desses hormônios TIPOS DE HORMÔNIOS E SUAS COMBINAÇÕES Quantidade e tempo: Sempre a menor dose suficiente para melhora dos sintomas Menor tempo possível: Desmame: Tentar retirar após 5 anos Se intolerância a retirada—manter mínima dose possivel MONITORIZAÇAO SEMPRE PROGESTÁGENO ISOLADO VIA ORAL ESTROGÊNIO ISOLADO VIA ORAL/ TRANSDÉRMICA ESTROGÊNIO E PROGESTERONA VIA ORAL/ TRANSDÉRMICA TIBOLONA VIA ORAL V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R ESTUDOS CONTROVERSOS HERS • Idade média 67 anos – mulheres com dça cardiovascular • Dividida em grupos – placebo e TH / seguimento 4 anos • Objetivo verificar proteção da TH (E+P) • Eventos fatais semelhantes entre os grupos • “Não inicie, mas também não interrompa se iniciada” • Faltaram avaliações de outras variáveis WHI • Mais de 27.000 mulheres pós menopausa – tempo previsto de seguimento de 10 anos • 2 grupos: com e sem útero // TH e placebo • Objetivo avaliar risco de infarto e CA de mama – também avaliou outros objetivos • Grupo histerectomizadas – sem significância estatística entre os grupos • Grupo não histerectomizadas – estudo foi interrompido após 5 anos de seguimento (aumento CA de mama) Críticas: • Regime E+P, mesmas doses, VO, contínuo • Idade média de 63 anos • Média de tempo de menopausa >10 anos • Aumento do risco de CA de mama, IAM, AVC e tromboembolismo X diminuição de risco de fratura e CA colorretal Conclusões: • Sempre realizar a propedêutica adequada • Antes de depois do uso de TH TH • Janela de oportunidade • Sintomas vasomotores moderados a intensos • Menor dose e tempo possível • Nunca para prevenção de DCV e demência • Sintomas de atrofia vaginal – tratamento tópico • Sempre associar progestágeno em mulheres com útero V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R Anatomia mamária Constituição: • Tecido glandular cujo função é a secreção láctea • Estroma de tecido conectivo • Pele Localização: • Parede anterior do tórax sobre o músculo peitoral maior, serrátil anterior e oblíquo externo Divisão em quadrantes • Quadrante superior externo • Quadrante superior interno • Quadrante inferior interno • Quadrante inferior externo Exames complementares: MMG, USG MAMOGRAFIA (MMG) • Método de rastreio – reduz cerca de 30% a taxa de mortalidade • Incidências: crânio-caudal e médio-lateral • Avaliação comparativa • Não realizar antes dos 30 anos • Alta sensibilidade – 10–15% dos tumores não são visualizados • Erro de posicionamento e de interpretação • Baixa qualidade mamógrafo • Alta densidade mamária • Tamanho da lesão Exame Físico 1. Inspeção estática 2. Inspeção dinâmica 3. Palpação -Mamas -Axila 4. Expressão mamária V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R Achados: • Benignos: calcificações grosseiras, nódulos regulares e nítidos • Malignos: microcalcificações pleomórficas, nódulos espiculados sem bordos definidos • Classificação BI-RADS Categoria 0: inconclusivo – necessidade de complementação com outros métodos de imagem Categoria 1: sem achados – seguimento de rotina Categoria 2: achados benignos – seguimento de rotina Categoria 3: achados provavelmente benignos – frequência de câncer < 2% - seguimento semestral por 2 anos Categoria 4: achados suspeitos de malignidade – frequência de câncer de 30% - investigação histopatológica 4a – suspeição leve 4b – suspeição moderada 4c – suspeição alta Categoria 5: achados altamente sugestivos de maliginidade – frequência de câncer > 95% - investigação histopatológica Categoria 6: achados com malignidade confirmada ULTRASSONOGRAFIA MAMÁRIA (USG DE MAMA) • Alta eficácia – boa diferenciação entre nódulo sólidos e císticos • Boa definição em mamas densas • Indicado principalmente em mulheres jovens, lactantes e gestantes • NÃO É EXAME DE RASTREIO Achados: • Benignos: “mais largo que alto”, textura homogênea, bordos definidos, sombras laterais, reforço acústico posterior • Malignos: margens irregulares, textura heterogênea, nódulo “mais alto que largo”, sombra acústica posterior, contornos microlobulares • Classificação BI-RADS V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RNM) • Alto custo – alta sensibilidade para lesões > 2mm • Não identifica microcalcificações ou tumores < 2mm Indicações: • Complementação à MMG • Seguimento pós tratamento CA de mama • Mulheres com alto risco e mamas densas • Melhor visualização em pacientes com próteses mamárias CITOLOGIA (PUNÇÃO ASPIRATIVA COM AGULHA FINA - PAAF) • Baixo custo – realização ambulatorial • Lesões císticas X sólidas • Pode ou não ser guiado por USG ou MMG • Resultado negativo não exclui câncer HISTOLOGIA (BIÓPSIA) • Core biópsia – punção com agulha grossa • Guiado por USG ou MMG (estereotaxia) Indicações: • Nódulos palpáveis • Microcalcificaçõesassimétricas • Densidade assimétrica MAMOTOMIA – BIÓPSIA PERCUTÂNEA A VÁCUO • Guiada por USG ou MMG • Indicação: Lesões não palpáveis • Maior amostra tumoral • Maior risco de complicaçoes V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R BIÓPSIA CIRÚRGICA – PADRÃO OURO Excisional Retirada completa da lesão Incisional – grandes lesões Retirada de fragmento DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA MASTALGIA Cíclica Varia conforme o ciclo menstrual – auto limitada Bilateral e/ou unilateral – diferença entre as mamas e quadrantes Sensação de peso / hipersensibilidade Intensidade variável Acíclica Sem interferência do ciclo menstrual Geralmente unilateral Queimação / pontada Intensidade variável Extra mamária • Origem na parede torácica – referida na mama Hipóteses: • Nevralgia do intercostal • Contratura muscular • Angina • Colelitíase MASTALGIA ADENSAMENTO / CISTOS DERRAME PAPILAR NÓDULOS MAMÁRIOS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS E INFECCIOSAS V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R Fatores de risco: • Estresse / tabagismo / cafeína • Uso de medicamentos / retenção hídrica Exames complementares: • Se necessário afastar outras patologias • USG de mama / MMG Tratamento: • Orientação / medidas de cuidados gerais • Tamoxifeno • Danazol / análogos GnRH • Cabergolina • Ácido gamalinoleico ou óleo de prímula • Vitaminas A, B6 e E ADENSAMENTO / CISTOS Alterações Funcionais Benignas da Mama (AFBM) Pico de incidência entre 25 e 45 anos Tríade: mastalgia cíclica, espessamento mamário e cistos • Adensamento: áreas mais endurecidas no exame físico • Cistos: involução do lóbulo mamário – entre 35 e 50 anos. Seguimento com USG de mama Exames complementares: • Afastar neoplasia – seguimento dos cistos Tratamento: • Orientação – mesmo da mastalgia V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R DERRAME PAPILAR • 95% tem causa benigna • Características: Fisiológicas Patológicas Galactorréia • Pseudoderrame – outros achados Anamnese / Exame Físico Investigar uso de medicações Exames Complementares Citologia do derrame e imagem – USG e MMG Causas: • Papiloma intraductal – principal causa de derrame sanguinolento • Carcinoma – descarga em “água de rocha”ou sanguinolento • Ectasia ductal • AFBM • Galactorréia / Gravidez Tratamento: Conforme biópsia Ressecção do ducto ou sistema ductal se patológico FISIOLÓGICA: Descarga provocada Multiductal Bilateral Multicolorida Esporádica PATOLÓGICA: Descarga espontânea Uniductal Unilateral Aquosa “água de rocha” / sanguínea Profusa e persistente Biópsia V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R NÓDULOS MAMARIOS 80% são benignos Avaliar características Anamnese / Exame Físico • Idade • Tempo de evolução – crescimento • Dor Exames Complementares • PAAF – difícil punção de nódulos sólidos • USG de mama • MMG • RNM • Biópsia se necessário Causas • AFBM – adensamento / cistos 25 – 45 anos • Fibroadenomas – fibroelástico Mulheres jovens – pode ocorrer na puberdade • Papiloma intraductal Comum ter nódulo subareolar / descarga papilar • Tumor Filodes – crescimento rápido; grande volume; recorrência 20% sofrem transformação maligna • Carcinoma – concistência sólida Mulheres acima de 50 anos BENIGNIDADE: • Móveis • Consistência firme e elástica • Contornos regulares – margens definidas MALIGNIDADE: • Aderidos em planos profundos • Consistência endurecida • Contornos irregulares e margens indefinidas • Descarga papilar em água de rocha ou sanguinolenta • Retração de pele, mamilo Tratamento • Direcionado para causa – benigno X maligno V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R DOENÇAS INFLAMATÓRIAS E INFECCIOSAS MASTITE PUERPERAL Fissuras mamárias Quebra da barreira cutânea – estase láctea Principais agentes: Stphylococcus aureus / epidermidis e Streptococcus do grupo B Sinais: dor, calor, rubor, febre, calafrios, turgência mamária Tratamento: sintomáticos, antibioticoterapia(celafexina, amoxicilina, ampicilina, drenagem ABCESSOS MAMÁRIOS Mastites mal tratadas Agente: Stphylococcus aureus Sinais inflamatórios – diagnóstico clínico Tratamento com antibioticoterapia – drenagem se necessário ECZEMA AREOLAR Dermatite descamativa no complexo areolar Tratamento com corticóide tópico Diagnóstico diferencial com Dça Paget ESTEATONECROSE OU NECROSE GORDUROSA História de trauma mamário – USG: “cisto gorduroso” Seguimento clínico - raro exérese ABCESSO SUBAREOLAR RECIDIVANTE Obstrução ductal recidivante à estase à infecção TABAGISMO Tratamento: cessar tabagismo / excisão do tecido granulomatoso V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R DOENÇAS MALIGNAS DA MAMA Epidemiologia: O CA de mama é o câncer não cutâneo mais frequente É a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres Brasil, INCA, expectativa de 66 mil casos/ano – 2020 Fatores de Risco: Sexo Idade Antecedente pessoal História familiar 1° grau: 2 – 2,5 vezes 2° grau: 1,5 – 2 vezes Menarca precoce / hx obstétrica / menopausa tardia Fatores nutricionais – obesidade / dieta rica em gorduras Uso crônico de álcool Uso de ACO e TH (?) Dados divergentes na literatura – relação com tempo de uso ?? Genética – mutação no gen BRCA1 e BRCA 2 CA de mama e ovário Anamnese • Nodulação - crescimento rápido • Alterações cutâneas – retrações, abaulamento e/ou peau d’orange • Descarga papilar • Assintomático V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R Exame Físico • Nodulação – palpação • Alterações cutâneas – exame estático e dinâmico • Descarga papilar - expressão mamária – uniductal, “água de rocha” Exames de imagem Exames complementares USG de mama Lembrar: mamas com alta densidade Não é exame de rastreio MMG Rastreio SBM / FEBRASGO / CBR Anual a partir dos 40 aos 74 anos A partir dos 75 anos se expectativa de vida > 7 anos Rastreio anual em alto risco a partir dos 30 anos Rastreio MS Bianual a partir dos 50 aos 69 anos V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R RNM Rastreio anual em alto risco a partir dos 25 anos – SBM e ASBrS HISTOLOGIA - biópsia Tipos histológicos Carcinoma in situ Ductal e Lobular – diferenciação histológica Doença “local” Carcinoma infiltrante Ductal Mais comum (70 – 80%) – nodulação palpável Lobular 2° mais comum (5-10%) – área mal definida / bilateralidade / multicentricidade Papilífero / Mucinoso / Tubular / Medular / Inflamatório Paget Diagnóstico diferencial com eczema areolar Unilateral / progressão lenta / destruição da papila / sem resposta ao uso de corticóide V A N E S S A L U D W I G P R 2 S A Ú D E D A M U L H E R FATORES PROGNÓSTICOS • Idade Pós ou pré menopausa • Estadiamento TNM Tumor – Tx; T0; Tis; T1; T2; T3; T4 linfoNodos – Nx; N0; N1; N2; N3 Metástase – Mx; M0; M1 • Tamanho do tumor Maior ou menor de 2cm (T2) • Grau de acometimento Status axilar – positivo X negativo Metástase à distância – osso / pulmão / fígado / cérebro HISTOLOGIA Tipo histológico Baixo risco: tubular, medular, mucinoso, papilar Alto risco: ductal, lobular, inflamatório, Paget Grau histológico Bem diferenciado X indiferenciado Marcadores biológicos Receptores hormonais – estrogênio e progesterona Ki67 / HER2 TRATAMENTO Cirúrgico Conservadoras – margem: 1cm • Tumorectomia • Setorectomia • Quadrantectomia V A N E S S A L
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