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FACULDADE FACI/WYDEN CURSO DE DIREITO ALEX BARATA BARRA DE LIMA DIREITO DESPORTIVO BRASILEIRO: O CASO GARFADA DOS AFLITOS BELÉM – PA 2021 ALEX BARATA BARRA DE LIMA DIREITO DESPORTIVO BRASILEIRO: O CASO GARFADA DOS AFLITOS Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado à Faculdade FACI/WYDEN, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador Prof. Me. Tiago Martins. BELÉM – PA 2021 FICHA CATALOGRÁFICA Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) CDD LIMA. Alex Barata Barra de Lima DIREITO DESPORTIVO BRASILEIRO: O CASO GARFADA DOS AFLITOS/ Belém-PA, 2021. p. 01-20. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) -– Faculdade Ideal – FACI/WYDEN, 2018. Orientador: Me. Tiago Martins. 1. STJD. 2. DIREITO DESPORTIVO. 3. ERRO DE DIREITO. 4. ERRO DE DIREITO. LIMA, A. B.B., Me. Tiago Martins. II DIREITO DESPORTIVO BRASILEIRO: O CASO GARFADA DOS AFLITOS. ALEX BARATA BARRA DE LIMA DIREITO DESPORTIVO BRASILEIRO: O CASO GARFADA DOS AFLITOS Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado à Faculdade FACI/WYDEN, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador Prof. Me Tiago Martins. Aprovada em: ___ / ___ / _____ _____________________________________ Prof. Me Tiago Martins (Orientador) FACI/WYDEN _____________________________________ Prof. Titulação e nome completo Instituição a Qual pertence _____________________________________ Prof. Titulação e nome completo Instituição a Qual pertence DIREITO DESPORTIVO BRASILEIRO: O CASO GARFADA DOS AFLITOS BRAZILIAN SPORTS LAW: THE GARFADA DOS AFLITOS CASE Alex Barata Barra de Lima Orientando - FACI/WYDEN Alexbarata15@gmail.com Tiago Martins Orientador - FACI/WYDEN Tiago.martins@professores.faculdadeideal.edu.br RESUMO Este artigo apresenta os resultados da pesquisa, cujo objetivo é examinar o impacto do direito do esporte brasileiro sobre os erros factuais e jurídicos por meio da análise do Paysandu, bem como compreender a legislação relacionada ao tema. No dia 8 de setembro de 2019, no Eládio de Barros Carvalho (vulgo Aflitos), Náutico e Paysandu disputaram uma vaga na segunda divisão brasileira, duelo efetivo nas quartas de final da liga inferior. Faltando menos de um minuto para o término do jogo, o árbitro Leandro Pedro Vuaden (Leandro Pedro Vuaden) fez o lance livre mais alto a favor do clube Pernambuco vinha sendo derrotado pelo placar de 2 a 1. Eliminado. Os jogadores do Náutico marcaram um pênalti com sucesso, igualaram o placar e incluíram o pênalti como uma disputa de pênaltis, e o clube foi promovido o time Pernambucano à Série B. Como metodologia, primeiramente, realizamos um levantamento bibliográfico com base nos principais fundamentos acadêmicos e legislativos, selecionamos os autores que melhor expressam os conceitos que fundamentam esta pesquisa e realizamos uma revisão bibliográfica como base deste artigo, de forma a podermos analisar. os objetos apresentados. O STJD atua com imparcialidade e não favorece nenhum clube, mas para este jogo, nós entendemos mal, causando danos ao time Paraense. Portanto, podemos inferir que mesmo com todas as regras e órgãos reguladores do esporte, erros ainda podem ocorrer. Palavras-chave: STJD – DIREITO DESPORTIVO - ERRO DE DIREITO -ERRO DE FATO. ABSTRACT This article presents the results of the research, which aims to examine the impact of Brazilian sports law on factual and legal errors through the analysis of Paysandu, as well as to understand the legislation related to the subject. On September 8, 2019, at Eládio de Barros Carvalho (aka Afiltos), Náutico and Paysandu competed for a place in the Brazilian second division, effective duel in the quarterfinals of the lower league. With less than a minute to go before the end of the game, the referee Leandro Pedro Vuaden (Leandro Pedro Vuaden) made the highest free throw in favor of the Pernambuco club, which had been defeated by a score of 2-1. Eliminated. Náutico's players successfully scored a penalty, equalized the score and included the penalty as a penalty shootout, and the club was promoted to the Pernambucano team to Série B. As a methodology, first, we carried out a bibliographic survey based on the main academic foundations and legislative, we selected the authors that best express the concepts that underlie this research and we carried out a bibliographical review as the basis of this article, so that we can analyze it. the objects presented. The STJD acts impartially and does not favor any club, but for this game, we misunderstood, causing damage to the team from Pará. Therefore, we can infer that even with all the rules and regulatory bodies in the sport, mistakes can still occur. Keywords: STJD – SPORTS LAW - LAW ERROR - FACT ERROR. 7 1 INTRODUÇÃO O presente artirgo apresenta os resultados alcançados a partir da pesquisa cujo objetivo foi examinar a luz do direito desportivo brasileiro acerca do instituto do erro de fato e erro de direito bem como conhecer da legislação pertinente ao tema, por meio da análise do estudo do caso Paysandu e Náutico, julgamento ocorrido em 20 de setembro de 2019. Destaca-se que os estudos foram permeados por meio de jurisprudências, normatização do direito, bibliografias e material jornalístico sobre o caso concreto. Desta forma, este trabalho foi estruturado em três partes. Em primeiro lugar, traz-se os conceitos centrais desta pesquisa, e a criação dos órgãos legislativos desportivos, posteriormente apresentamos a influencia midiatica nas decisões legistativas desportivas, e por fim apresentamos o estudo de caso baseado na partida entre Paysandu e Naútico. Primeiramente realizamos um levantamento bibliografico nas principais bases academicas e legislativas, selecionamos os autores que melhor apresentavam os conceitos que embasam esta pesquisa, realizamos uma revisão bibliografica sendo a base central deste artigo, que possibilitou a analise do objeto apresentado. Buscou-se a explanação de caráter analítico-expositiva de forma que além da apresentação das mais diversas doutrinas abordadas sobre o assunto, traçou-se conceitos para a melhor explicação. Compondo este trabalho optou-se pela manifestação da realidade de nossa sociedade através de exemplos reais de como o tema em questão é pertinente para ser estudado. Posteriormente, traz- se a tona a evolução da normatização jurídico brasileira desportiva, com destaque para a Lei 9615/1988 e a abordagem constitucional bem como os princípios que colacionam o direito desportivo. Por fim, adentra-se ao estudo do caso concreto que relaciona Direito, onde se discute erro de fato e de direito, o esporte e fato jornalístico, como será abordado a seguir. Realizada no dia 8 de setembro de 2019, no Estádio Eládio de Barros Carvalho, popularmente conhecido como Afiltos, Náutico e Paysandu disputavam uma vaga de acesso para o Campeonato Brasileiro da Série B, em duelo válido pelas quartas de final da divisão inferior, a Série C. Restando menos de um minuto para o final do jogo, o árbitro Leandro Pedro Vuaden assinalou penalidade máxima em favor do clube pernambucano, que aquela altura estava sendo derrotado pelo placar de 2 x 1 e sendo eliminado da competição. A cobrança de pênalti foi realizada com sucesso pelo jogador do Náutico, que empatou a partida e levou a decisão 8 da vaga para a decisão nos pênaltis, queclassificou o clube pernambucano para a Série B. O lance que mudou os rumos da classificação da partida ocorre após cruzamento do atleta do Náutico, Wallace Pernambucano, cuja bola foi cabeceada pelo jogador Caíque Oliveira em direção ao braço ao companheiro de time Anderson Uchoa, ambos do Paysandu, dentro da área da equipe paraense o que ocasionou a marcação da infração. O caso foi para julgamento, e o time favorecido foi o Náutico, uma vez que foi decidido que o pênalti foi corretamente marcado. Compreendemos que a legislação e a justiça desportiva mesmo sendo imparcial, e analisando todos os casos em suas individualidades, contando com uma equipe capacitada, pode ainda cometer alguns equívocos. Por conta disso, reformulações poderiam ser feitas para que a incidência de resultados equivocados procedesse. 1 O DIREITO DESPORTIVO: as principais implicações legais do direito sobre o esporte Quando falamos em Leis desportivas no Brasil, compreendemos que as mesmas são recentes, tendo sido instituídas no Governo de Getúlio Vargas a partir da criação do Conselho Nacional de Cultura (Decreto-Lei 526/38). Um ponto importante a ser levantando, é o crescimento econômico do esporte em nosso país, principalmente o futebol, que incentivou tanto iniciativas privadas a investirem no esporte, quanto o próprio Estado, que passou a intervir, seja economicamente ou politicamente. Socialmente também o esporte tem grande impacto, sendo visto como instrumento transformador de realidades em torno do nosso país. Para Amaral e Santos (2018, p.4), A visibilidade alcançada ao longo dos anos, tornando-se um fenômeno de massa, atraído pelos olhares de todos, a prática do desporto transcende a uma atividade sistemática e coordenada, por meio de regras e regulamentos. Assim, revelou-se a necessidade da criação de um ordenamento jurídico próprio, surgindo então o Direito Desportivo, com o intuito não somente de elaborar normas de conduta, como também punições aos infratores das mesmas, ou seja, direitos e deveres para a sociedade desportiva. Para que fosse possível organizar o esporte em suas diferentes modalidades, afim de torna-lo justo para todos os envolvidos – atletas, técnicos, torcidas, etc – foi instituída a legislação desportiva, comportando uma série de normas legais que regem os diferentes esportes. Podemos observar os direitos do desporto a partir da Lei 9.615/98 no Art. 2º, conforme vemos a seguir, Art. 2º O desporto, como direito individual, tem como base os princípios: I - da soberania, caracterizado pela supremacia nacional na organização da prática desportiva; II - da autonomia, definido pela faculdade e liberdade de pessoas físicas e jurídicas organizarem-se para a prática desportiva; 9 III - da democratização, garantido em condições de acesso às atividades desportivas sem quaisquer distinções ou formas de discriminação; IV - da liberdade, expresso pela livre prática do desporto, de acordo com a capacidade e interesse de cada um, associando-se ou não a entidade do setor; V - do direito social, caracterizado pelo dever do Estado em fomentar as práticas desportivas formais e não-formais; VI - da diferenciação, consubstanciado no tratamento específico dado ao desporto profissional e não-profissional; VII - da identidade nacional, refletido na proteção e incentivo às manifestações desportivas de criação nacional; VIII - da educação, voltado para o desenvolvimento integral do homem como ser autônomo e participante, e fomentado por meio da prioridade dos recursos públicos ao desporto educacional; IX - da qualidade, assegurado pela valorização dos resultados desportivos, educativos e dos relacionados à cidadania e ao desenvolvimento físico e moral; X - da descentralização, consubstanciado na organização e funcionamento harmônicos de sistemas desportivos diferenciados e autônomos para os níveis federal, estadual, distrital e municipal; XI - da segurança, propiciado ao praticante de qualquer modalidade desportiva, quanto a sua integridade física, mental ou sensorial; XII - da eficiência, obtido por meio do estímulo à competência desportiva e administrativa. (BRASIL, 1998). Em complemento a esta Lei, a Lei 10.672/2003 apresenta algumas alterações, sendo estas: Parágrafo único. A exploração e a gestão do desporto profissional constituem exercício de atividade econômica sujeitando-se, especificamente, à observância dos princípios: I - da transparência financeira e administrativa II - da moralidade na gestão desportiva; III - da responsabilidade social de seus dirigentes; IV - do tratamento diferenciado em relação ao desporto não profissional; e V - da participação na organização desportiva do País.” (BRASIL, 1998) Portanto, a alteração tem como escopo orientar a gestão esportiva Profissional, atuando de forma transparente e ética, promovendo o desenvolvimento do esporte brasileiro. Desta forma, a importância dos princípios orientadores do Direito Desportivo, tem com características básicas de evolução e desenvolvimento dos esportes, melhorando a reputação deste ramo na sociedade, e de seus praticantes (AMARAL e SANTOS, 2018). Para acompanhar o direito desportivo, instituiu-se a Justiça Desportiva, a qual pode ser definida como um conjunto de instituições nas quais, personalidades jurídicas, autônomas e independentes, aplicando a legislação desportiva a questões disciplinares durante os jogos esportivos. Conforme apontamos no subtópico seguinte. 1.1) A JUSTIÇA DESPORTIVA E O STJD A justiça esportiva é especial e cobre o que a Constituição chama de “interesse público”, mesmo que seja uma entidade de direito privado. Como outros tipos de tribunais arbitrais, os tribunais de esportes não fazem parte do judiciário. Na formulação das regras de competição, as associações desportivas e os atletas devem respeitar essas regras. Caso isso não aconteça, 10 devem ser previamente regulamentadas pela Comissão Disciplinar e, em caso de recurso, o Tribunal Desportivo será responsável pelas atividades desportivas da sua área, podendo, eventualmente, reportar-se ao STJD - Tribunal Superior da Justiça1. De acordo com Ramos (2007, p. 3), Constata-se, então, que a Justiça Desportiva, opondo-se à visão estatocêntrica do mundo jurídico, sem comprometer as garantias inafastáveis das partes no processo desportivo, categoriza-se como uma justiça ágil, dinâmica, transparente e ajustada à contemporaneidade dos problemas e demandas referentes à disciplina e competições desportivas. Sendo assim, compreende-se que a estrutura administrativa do Tribunal Desportivo Brasileiro está fora do Judiciário e está associada a entidades gestoras do esporte (sejam federações, federações ou ligas), embora todas as execuções internas sejam legais e baseadas principalmente na Legislação Esportiva Pública, como os dispositivos constitucionais (RAMOS, 2007). Importante destacar que existe um Tribunal de Justiça diferente para cada tipo de esporte, além disso, divididos entre tribunais regionais, federais, podendo também recorrer a entidades internacionais quando necessário. A legislação varia dependendo das especificidades de cada modalidade. Em todos os processos e tribunais existe uma composição composta por um plenário, uma comissão disciplinar e respectivos advogados. Para os processos judiciais esportivos, a CBJD determinou a existência de três, assim dispostos: É a Comissão Disciplinar, a quem compete processar e julgar as infrações disciplinares de matéria submetida à CBJD, exceto nos casos de competência da quadra esportiva. A segunda instância do recurso é da competência dos tribunais do STJD e do TJD, que julgam recursos de decisões da Comissão Disciplinar. Por fim, o terceiro julgamento pertence apenas ao STJD e, esgotado o caso, o STJD também receberá recurso da decisão final do TJD2. Compreendemos destaforma, que o STJD, geralmente se limita a avaliar se os princípios básicos estão em conformidade e a justiça esportiva é respeitada. Podendo ser públicos ou privados, variando de acordo com o evento a ser acompanhado. Para Lyra Filho (1978), O desporto resguarda-se no Estado de Direito que o inspira a ser dentro de cada país, com ramificações universalmente entrelaçadas sob a égide de um organismo central, uma coluna de suporte da vida social de cada povo, senão mesmo uma válvula de escape por muitos, procurada para atenuar as pressões de suas angústias. A pluralidade 1 STJD: Entenda como funciona o Tribunal de Justiça Desportiva | Jurídico Certo Blog (juridicocerto.com) 2 STJD: Entenda como funciona o Tribunal de Justiça Desportiva | Jurídico Certo Blog (juridicocerto.com) 11 jurídica contrapõe-se a absorção, pelo Estado, das franquias humanas. O Estado não é o único fator normativo do direito. O Direito Desportivo, tal como o Direito Canônico, perderia seu caráter ecumênico se participasse do elenco jurídico de cada Estado. A intervenção estatal na construção do Direito Desportivo só se explica para regular as relações entre as atividades públicas e as do deporto, jamais para desfigurá- las em proveito de qualquer filosofia avessa aos seus objetivos sociais. Precisamos compreender, que mesmo com as legislações vigentes, e com o acompanhamento pelos profissionais capacitados, ainda somos passiveis de erros, principalmente durante as partidas. Diante disso, levantamos a questão o erro de fato e o direito de bem no esporte, conforme apresentamos no subtópico a seguir. 1.2) ERRO DE FATO E ERRO DE BEM NA LEGISLAÇÃO DESPORTIVA Uma confusão comum no campo do direito esportivo é a confusão entre erros factuais e erros jurídicos e suas reais consequências. Erros factuais incluem interpretações incorretas de ações ou jogos porque o árbitro não viu corretamente o que aconteceu, ou porque considerou os fatos dados de uma forma diferente da exigida pela norma (RODRIGUES, 2009). Por exemplo, quando o árbitro não aplica um pênalti, mesmo que cometa uma falta na sua frente, ou use um cartão vermelho por engano e prejudique a equipe, isso prejudicara o jogo. Miranda (1976, p. 341) afirma que, “[...] a falta de coincidência entre a ideia e o estado verdadeiro da coisa ou fato. O erro ou é erro em sentido estrito (ideia falsa, em lugar de ideia verdadeira), ou é falta de ideia (o erro é ignorância)”. Por outro lado, um erro de direito é não seguir as regras do esporte, por exemplo, o árbitro permite que o time de vôlei jogue com 7 jogadores ou o time de futebol jogue com 2 goleiros. O erro não é causado pela interpretação ou comportamento subjetivo do árbitro, mas pela não aplicabilidade das regras do esporte (RODRIGUES, 2009). Erros reais não devem ser punidos por lei. No domínio desportivo, tendo em conta que as pessoas estão sujeitas ao insucesso, não está previsto que os resultados dos jogos ou ações dos árbitros possam ser revistos por erros factuais. São tantos que é comum ver comentaristas de programas de esportes profissionais discutindo licitações durante horas, lances que passam muitas vezes e em câmera lenta. O Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), tem suas decisões na maioria das vezes questionada pela mídia e pelos respectivos telespectadores. Como exemplo, no jogo entre Vasco e Internacional, no qual um jogador do Internacional estava na condição de impedimento no momento em que fez o gol, contudo o mesmo foi validado pelo Juiz durante a partida, e acusando a infuncionabilidade do sistema VAR. 12 Em julgamento realizado nesta quinta-feira (25/03), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu não conhecer da ação do Club de Regatas Vasco da Gama em que o Clube questionou o não funcionamento do VAR (fato incontroverso) no jogo contra o SC Internacional e, portanto, o tribunal não enfrentou o mérito da ação. A maioria dos julgadores entendeu que não cabe revisão da decisão do Presidente do STJD que nega seguimento à impugnação de partida, nos termos sustentados pelo Vasco, muito embora o relator do caso tenha votado por conhecer da ação. Foi a primeira vez que um clube combateu a decisão do Presidente do STJD que nega seguimento a pedido de impugnação de partida, e por isso não havia jurisprudência sobre o tema no tribunal. Apesar de ciente das dificuldades que seriam enfrentadas, o Vasco lamenta a decisão do STJD, sobretudo por não ter apreciado o mérito de questão inédita no direito pátrio, qual seja, as consequências desportivas do uso de sistema VAR defeituoso em partida oficial de futebol. Diante do resultado do julgamento, o Vasco informa que analisará cuidadosamente os caminhos a serem seguidos em relação ao tema3. Mesmo que a ação termine com a desistência do autor, porque o árbitro réu admitiu o erro, o juiz certamente não o condenará, pois é óbvio que não há ato ilícito, ou mesmo dano efetivo, pois não se sabe se a punição levará a um objetivo. De acordo com Machado (2007, p. 203), Há erro de direito quando o lançamento é feito ilegalmente, em virtude de ignorância ou errada compreensão da lei. O lançamento, vale dizer, a decisão da autoridade administrativa, situa-se, neste caso, fora da moldura ou quadro de interpretação que a Ciência do Direito oferece. Em suma, vale ressaltar que os erros são, na verdade, mal-entendidos sobre o que está acontecendo no campo ou na quadra, enquanto os erros jurídicos são distorções das regras ou regras do esporte. Além dessas questões, ainda devemos levar em consideração as influencias para além da legislação vigente, como a intervenção Estatal e a influência midiática. Conforme apresentamos na próxima seção. 2 A INFLUÊNCIA DA MIDIA NAS DECISÕES JUDICIAIS DESPORTIVAS Ao longo dos anos, a imprensa conquistou as massas, principalmente desde a promulgação da Constituição em 1988, mas durante o governo militar brasileiro surgiram algumas restrições à expressão da imprensa. Até então, como todos sabem, nesse período histórico, o governo monitorava a mídia. Naquela época, a meta do regime militar ainda é assunto de muitos debates hoje. O privilégio dos jornalistas é amparado pela Constituição Federal e pela Lei de Imprensa. Ele representa a 3 Fonte: Em nota, Vasco lamenta decisão do Pleno do STJD sobre partida contra o Internacional: 'Ciente das dificuldades' (globo.com) (acessado em: 07/06/2021). 13 conexão entre informação e população. Nesse caso, um princípio básico que nunca será esquecido é considerado: não deve haver revisão prévia. De acordo com Silva e Santos (2020, p. 2), A mídia é chamada e considerada o Quarto Poder, ou seja, o quarto maior segmento econômico do mundo, sendo a maior fonte de informação e entretenimento que a população possui. O poder de manipulação da mídia pode atuar como uma espécie de controle social, que contribui para o processo de massificação da sociedade, resultando num contingente de pessoas que caminham sem opinião própria. Subliminarmente, através da televisão, das novelas, jornais e internet, é transmitido um discurso ideológico, criando modelos a serem seguidos e homogeneizando estilos de vida. Diante disso surgem questões a se pensar: onde está o sujeito e sua subjetividade? Será que em prateleiras midiáticas estão sendo ofertados modos de ser, de pensar e agir? Interessante apontar, aqui, que por ser apresentada, muitas vezes, como uma maneira de comunicação de massa, preocupa-nos a utilização da mesma para a massificação, colocando os humanos no lugar do indivíduo, dificultando ou até mesmo, impossibilitando o reconhecimento do sujeito de direito e o assumir do exercício de cidadania, uma vez que a mesma incentiva e provoca atitudes reificadas. A mídia é uma ferramenta importante em nossa sociedade. Atualmente, tem capital e dimensões centrais em todas as áreas da sociedademoderna, seja na política, esportes, escolas e economia. A influência da mídia nas massas, principalmente devido ao avanço da tecnologia, que faz com que as informações sejam passadas de forma rápida e verdadeira, e o campo da mídia está se expandindo de forma exacerbada. Para as massas o acesso à informação através das mídias digitais tem sido um importante fator que influencia na opinião, na cultura, dos mais diferentes grupos sociais. Variando de classe para classe social. Ainda de acordo com Silva e Santos (2020, p. 4), Nesse cenário globalizado de amplas modificações sociais, com influência crescente da mídia na transmissão de mensagens de forma homogênea, torna-se afanoso vislumbrar a formação de uma sociedade onde os indivíduos sejam agentes autônomos, dotados se consciência política, responsáveis e aptos de juízos de valor. Vemos como resposta a esse panorama uma opinião pública redondamente naturalizada, formada e conformada pela mídia. Por exemplo, a atenção dada à aparência e à imagem corporal. As mensagens da mídia reforçam, valorizam e impõem um estereótipo de beleza inalcançável, discriminando de maneira sutil aquele que não se enquadra no padrão estético magro. Com o acesso à informação mais rápido e fácil, acessível a praticamente todos, mesmo que de forma desigual, a mídia passou a ter grande influência também em determinadas decisões. No que diz respeito ao esperte, onde todas as movimentações são noticiadas, percebemos uma influência ainda maior. Para Campos, Ramos e Santos (2015, p. 3), É bem característico aos jornalistas esportivos que estão a frente de mecanismos de comunicação de grande repercussão, como a rede globo, exagerar no que diz respeito a empolgação. Sua tentativa é fazer com que o telespectador se encha ainda mais com 14 o sentimento de fazer parte daquele espetáculo. Muitos desses posicionamentos acabam fugindo a regra do jornalismo, já que é de fundamental importância o distanciamento das emoções pessoas em detrimentos da seriedade no repasse das notícias. Isso porque a custo de altos preços pagos pela concessão das transmissões de jogos e campeonatos de futebol, como a Copa do Mundo da Fifa, e de grandes eventos esportivos, como as olimpíadas de verão e inverno. Os referidos jornalistas se sentem na obrigação de chamar um público ainda maior para obter um nível de audiência razoável para justificar seus patrocinadores. Os programas esportivos hoje, concentram grande parte da audiência das emissoras de televisão, além disso os jogos de futebol dos grandes campeonatos televisionados fazem parte da rotina da maioria dos telespectadores. Os narradores, em conjunto com as câmeras distribuídas por todo estádio, aos quais os torcedores acompanham pelas suas televisões, computadores ou celulares conseguem ter o acesso completo a tudo que acontece nos jogos. É comum a mídia enfatizar os erros cometidos, sobretudo pela arbitragem durante os jogos de futebol, entrando aqui no debate do erro de direito e erro de fato. Contudo, boa parcela da população não compreende tais termos, então, de forma leiga (e muitas vezes levado pela raiva por ver seu time ser prejudicado), e sob a influência das notícias não consegue aceitar e assimilar os fatos ocorridos de uma maneira mais completa. Para Rúbio (2002, p. 130), Uma das justificativas para o esporte usufruir da condição de um dos principais fenômenos culturais da atualidade reside no fato dele congregar valores de sua gênese como o elemento integrador mente-corpo e a função pedagógica praticada na “Paidéia”, na Grécia Helênica, como por outro lado a sua porção competitiva se integra perfeitamente à condição pós-moderna, justificada pela relação de dependência estabelecida com os meios de comunicação de massa e o consequente ajustamento de sua prática em função das exigências e necessidades desses meios. A transformação do papel social do atleta e da organização da instituição esportiva como um todo vem possivelmente satisfazer ao conjunto de novos valores esportivos, aos quais denominamos pós-Olimpismo, onde o amadorismo é abolido do conjunto de ideais e o “fair-play” é adequado à necessidade de convivência com patrocinadores, espaço comercial e novas regulamentações. A relação entre a mídia e o esporte se tornou tão profunda, que se compreende que um tem influência direta sobre o outro. Contudo, não se pode afirmar que em questões jurídicas a mídia teria grandes implicações, uma vez que a legislação existe para ser cumprida. Mas a resposta apresentada peça mídia a partir das decisões judiciais envolvendo os esportes, influencia também na opinião da população, que na maioria das vezes se opõe a tais decisões. Além disso, através do acesso as mídias socias, torna-se mais fácil para o telespectador compreender os fatos – uma vez que este estude os mesmos. Existem diversos exemplos do erro 15 de direito e erro de fato no futebol brasileiro, enfatizaremos no próximo capitulo o exemplo ocorrido no jogo Paysandu e Náutico. 3 RELATO DE CASO: Paysandu e Náutico 3.1) O Jogo Divididos em dois grupos, com dez times cada, a Série C da temporada 2019, classificou quatro equipes para a Série B do ano seguinte. A fórmula do torneio classificava os quatro melhores de cada chave para posteriormente se enfrentarem em jogos eliminatórios até a decisão da competição. Paysandu e Náutico integravam grupos diferentes no torneio, enquanto o time paraense participou do grupo B, se classificando como a quarta melhor campanha do entre os dez times da chave, a equipe pernambucana liderou o grupo A, o que ocasionou o cruzamento entre as equipes na fase de quartas de finais, fase que determinava quem ascenderia para a Segunda Divisão. Composta de dois jogos, a fase começou a ser disputada em 1 de setembro de 2019, em partida realizada no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão. Na ocasião os times não marcaram gols, finalizando a partida no placar de 0 x 0. Com essa configuração, o vencedor da segunda partida a ser realizada em Recife, avançaria na competição. Nova igualdade no resultado, penalidades definiriam o vencedor da eliminatória. Realizada no dia 8 de setembro de 2019, no Estádio Eládio de Barros Carvalho, popularmente conhecido como Aflitos, Náutico e Paysandu se reencontravam para definir o acesso. O Paysandu abriu dois gols de vantagem, com gols dos jogadores Nicolas e Vinicius Leite. O Náutico conseguiu diminuir a diferença no placar com o gol do jogador Alvaro. Restando menos de um minuto para o final do jogo, o árbitro Leandro Pedro Vuaden assinalou penalidade máxima em favor do clube pernambucano, que naquela altura sendo eliminado da competição. A cobrança de pênalti foi realizada com sucesso pelo jogador do Náutico, Jean Carlos, que empatou a partida e levou a decisão da vaga para a decisão nos pênaltis, que posteriormente classificou o clube pernambucano e garantiu o acesso. O lance que mudou os rumos da classificação da partida ocorre após cruzamento do atleta do Náutico, Wallace Pernambucano, cuja bola foi cabeceada pelo jogador Caíque Oliveira em direção ao braço ao companheiro de time Anderson Uchoa, ambos do Paysandu, dentro da área da equipe paraense o que ocasionou a marcação da infração. 16 Contudo no momento em qual bola atinge o atleta do Paysandu, o braço do jogador estava junto ao seu corpo e não interferiu na trajetória da bola, o que costumeiramente não é caracterizado como pênalti. O árbitro do jogo interpretou de maneira diferente, o que gerou a discussão entre o erro de fato e erro de direito. 3.2) Analises e Inferências Salvaguardado pela Constituição Federal, o desporto é de suma importância para a construção social, trazendo bem estar e impulsionando transformações e integrações entre não só os envolvidos na prática do esporte, mas também para aqueles que o assistem. O lanceem questão gerou um debate sobre a diferença de erro de fato e erro de direito. O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Leandro Gaciba, admitiu em entrevista a meios de comunicação a marcação errada da penalidade. Esse foi o ponto de partida para o presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul, acionasse a justiça desportiva alegando erro de direito na interpretação da regra do futebol. O erro de direito da regra caracteriza-se quando há eventuais erros quanto à aplicação da lei esportiva. Como por exemplo, a aplicação de um cartão vermelho de maneira equivocada, que posteriormente pode ser revertido, perante o Tribunal Desportivo. Em contrapartida o erro de fato trata-se de eventuais marcações equivocadas da arbitragem, oriundas de interpretações equivocadas, como por exemplo, a marcação ou não de uma penalidade máxima. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) tem em seu entendimento que não são possíveis de análise posterior os erros de fato, por entender que não interferir na interpratação do árbitro, autoridade máxima em uma partida de fato. Somente poderá haver intervenção nos erros de direito. Com base nesse entendimento, o Paysandu acabou por não ter sucesso em seu pleito de anulação do resultado do jogo. No julgamento, a decisão desfavorável ao clube paraense, foi decidida por unanimidade, uma vez que os sete auditores determinaram que o resultado feito dentro de campo de jogo fosse mantido. Votaram no caso o presidente do STJD, Paulo Cesar Salomão Filho e os auditores Mauro Marcelo Lima e Silva, Otávio Noronha, Ronaldo Piacente, José Perdiz, Antônio Vanderler e Rodrigo Raposo. A decisão foi noticiada atraves de varios meios de comunicação, como exemplo os jornais, cujas manchetes estampavam o desfavorecimento do STJD em relação ao time Paraense, alguns apontavam o erro da arbitragem como prejudicial ao time, outros demonstravam as comemorações do Naútico com a vitoria sobre a equipe. Conforme constam 17 nas imagens a seguir, IMAGEM 1 Fonte: Ídolos, saídas, novas polêmicas de Vuaden... Personagens de Náutico x Paysandu, um ano depois | futebol | ge (globo.com) IMAGEM 2 Fonte: STJD nega anulação de Náutico x Paysandu, e time tira sarro: 'Ganhamos no campo e no tapetão' (espn.com.br) Mesmo após três anos do ocorrido, os torcedores do time Paraense não aceitam a decisão do STJD em validar o gol de pênalti que favoreceu o time do Náutico. Contudo, a justiça desportiva foi imparcial enquanto a este caso, uma vez que a diretoria bicolor recorreu até mesmo a justiça comum para conseguir vitória jurídica a respeito desta situação. O STJD age de forma imparcial, não buscando favorecer nenhum clube, contudo, no que diz respeito a este jogo, compreendemos que houve um equívoco na interpretação, o que causou danos ao time Paraense. Desta forma, podemos inferir que mesmo com todas as normas e os órgãos gestores dos desportos, ainda podem ocorrer enganos. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta pesquisa buscou apresentar conceitos centrais utilizados na Justiça desportiva que fundamentam e embasam as decisões tomadas a partir dos mais diferentes tipos de esportes, enfatizando neste artigo o futebol. 18 Apresentamos incialmente estes conceitos, e para além disso a criação da legislação competente aos desportes e os órgãos que tem como funcionalidade administrar e acompanhar essas normas. Apresentamos o Tribunal Desportivo, apontando seu funcionamento, sua ligação com os demais tribunais, sua natureza jurídica. Enfatizamos que os tribunais desportivos variam de um esporte para o outro, a legislação será de acordo com as especificidades de cada uma das modalidades. Apontamos também a influência da mídia sob essas decisões, principalmente no que diz respeito a recepção do pública em relação as mesmas, apontando casos concretos e exemplos de manchetes jornalísticas – conforme constam no ultimo capitulo deste artigo. Por fim, apresentamos nosso caso central, o jogo ocorrido entre Paysandu e Náutico, o qual garantia o acesso a série B, relatando que no ultimo minuto da partida, o time Paraense foi penalizado, sendo marcado pênalti para o rival. Mesmo recorrendo a justiça desportiva, a interpretação foi a mesma dada pelo arbitro, o que manteve o resultando dando a vitória ao Náutico, e causando prejuízos ao Paysandu. Diante disso, inferimos que a legislação e a justiça desportiva mesmo sendo imparcial, e analisando todos os casos em suas individualidades, contando com uma equipe capacitada, pode ainda cometer alguns equívocos. Por conta disso, reformulações poderiam ser feitas para que a incidência de resultados equivocados procedesse. Ressaltamos que este trabalho possibilita o entendimento a cerca de outros casos semelhantes, possibilitando assim a continuação desta pesquisa e contribuindo com pesquisas posteriores. REFERÊNCIAS AMARAL, V. P.; SANTOS, E. M. O. O DIREITO DESPORTIVO E OS PRINCIPAIS ASPECTOS JURÍDICOS DO CONTRATO DE TRABALHO DO ATLETA PROSSIFIONAL NO DIREITO BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO. Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, 2018. BELMONTE, Alexandre Agra. Direito Desportivo, Justiça Desportiva e principais aspectos jurídico-trabalhistas da relação de trabalho do atleta profissional. Revista do TRT - 1ª Região. Rio de Janeiro, v. 21, n. 47, p. 77-98, jan./jun. 2010. 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