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DIREITO EMPRESARIAL III - FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

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DIREITO EMPRESARIAL III – SANDRO MANSUR
AULA 17/08/2021 – AULA 1
Agricultura, feiras como agentes econômicos importante no século 18. O comércio não era tão forte assim na economia. 
O liberalismo tem o seu nascedouro quando a burguesia identifica o seu poder. Ao verificar que eles são os mantedores da vida dos nobres, vão pedindo ainda mais. Há ainda os abusos da revolução industrial. 
Código civil de napoleão influenciou todos os códigos seguintes. O CC/16 tinha fundamentos nele, em razão disso tinha grande base patrimonialista. O Código Comercial de 1885, também tinha influências do código napoleônico. 
O modelo de empresa é o maior agente econômico do mundo. O ápice e a base da república econômica do Brasil, são as empresas. A importância da atividade empresarial é originária desde os primórdios deste país. 
O princípio da livre iniciativa constitucional é aquele que narra a lógica das empresas no país. Sem a liberdade não se consegue atingir o melhor. Do exercício dessa liberdade, vem a característica da criatividade. 
Livre iniciativa capacidade de transcender criatividade força de trabalho empreendedor. 
A ordem econômica é fundada na valorização do trabalho humano e a atividade empresarial.
A ordem econômica fundada na atividade empresarial tem por tem por fim assegurar a todos existências dignas, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
EMENTA: Regime jurídico da insolvência. Falência. Recuperação Judicial e Extrajudicial. Processo e procedimento.
Dumping = país estrangeiro manda coisas para cá por um preço baixo, com a finalidade de uma hora ou outra quebrar a empresa nacional
1) Introdução
Dependendo da natureza da legislação falimentar, as empresas seguirão estratégias com 
maior ou menor risco.
2) Regime Jurídico da insolvência
A lei falimentar deve oferecer ao empresário e aos seus credores (fornecedores, trabalhadores, instituições financeiras, fisco etc.) condições para buscar uma solução que gere o melhor resultado possível para todas as partes envolvidas nesta atividade.
- a recuperação da empresa;
- a extinção do negócio, com a realização dos ativos, individualmente.
3) A Recente Evolução Normativa
O Decreto Lei nº 7661/45 – ignorava a existência de importantes ativos (os intangíveis tais como marca, clientela etc.).
- processo moroso, ausência de ambiente de negociação entre credores e devedor, deterioração dos ativos tangíveis e intangíveis da atividade empresarial. 
A Lei nº 11.101 de 09 e fevereiro de 2005 – a recuperação é a melhor garantia aos credores e evita rupturas econômicas.
- o regime da concordata era muito rígido e dificilmente alcançava os objetivos de recuperação.
Lei nº 14.112 de 24 de dezembro de 2020 – algumas alterações e acréscimos à Lei nº 11.101/2005.
4) A Recuperação Judicial
Assembleia Geral dos Credores formada por trabalhadores, credores com direitos de garantia real ou privilégios especiais e credores quirografários ou com privilégios gerais.
A nova Lei permite 180 dias de suspensão das execuções - análise do plano de recuperação (excepcionalmente prorrogável mais uma vez por igual período).
Financiamentos e empréstimos concedidos durante o período de recuperação judicial serão considerados extraconcursais no caso de falência.
Durante a suspensão é vetada a retirada de bens de capital arrendados ou alienados fiduciariamente ***
Fim da sucessão tributária na alienação de ativos na recuperação judicial.
5) A Recuperação Extrajudicial
Créditos trabalhistas e tributários não podem ser contemplados neste plano de recuperação.
6) A Falência – se o plano de recuperação não é aprovado é decretada a falência.
Inviabilidade financeira X Inviabilidade Econômica do Negócio.
Participação ativa da Assembleia Geral de Credores para aprovar a forma de realização dos ativos.
O Comitê de Credores fiscaliza a gestão da massa falida pelo Administrador Judicial.
COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à nova lei de falências e de recuperação de empresas. São Paulo: Saraiva; 
MACHADO, Rubens Approbato (coord.). Comentários à nova lei de falências e recuperação de empresas. São Paulo: Quartier Latin;
MAMEDE, Gladston. Direito empresarial brasileiro 4 - falência e recuperação de empresas. São Paulo: Atlas;
PAIVA, Luiz Fernando Valente de (coord.). Direito falimentar e a nova lei de falências e recuperação de empresas. São Paulo: Quartier Latin.
AULA 23/08/2021
FACULDADE DE DIREITO DE CURITIBA
Disciplina: DIREITO EMPRESARIAL III – AULAS 2 E 3
EMENTA: Aplicação da Nova Legislação. O conceito de empresário e de sociedade empresária. Exclusões taxativas à aplicação da LF.
1) Aplicação da Lei nº 11.101/2005
Art. 1º - ao empresário e à sociedade empresária.
Arts. 70 e 72 – regime diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte.
2) O conceito de empresário e de sociedade empresária:
	O que se considera profissionalmente? Regularidade se obtém quando o ato constitutivo é arquivado na junta. Se isso não ocorre, ainda assim é empresário, mas irregular. 
	Tudo que envolve dinheiro é uma atividade econômica. Isso pode ser meio equivocado, pois viver em sociedade já gera o movimento de dinheiro. 
“Art. 966 CC – Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.”
A circulação remete a disponibilização de bens ao mercado. 
“Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.”
Existe uma diferença entre o autor e a livraria/empresa de impressão/editora. Um artista, mesmo não sendo empresário, ganha dinheiro, mas por meio da sua propriedade intelectual/atividade autora
“Art. 967 CC – É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.”
Impedimento legal de levar em registro empresas: concursados, como Magistrado, Promotor. 
O que é uma sociedade empresarial, art. 982: 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Pessoa jurídica empresarial – junta comercial
Elementos qualificativos do empresário: a) exercício de uma atividade; b) a natureza econômica da atividade; c) a organização da atividade; d) a profissionalidade do exercício de tal atividade; e e) a finalidade da produção ou troca de bens ou serviços.
a) exercício de uma atividade: um constante repetir (não pode ser eventual). E as sociedades ocasionais?
b) atividade econômica: uma atividade criadora de riqueza e, portanto, de bens e serviços. A atividade econômica pode ser exercida como “meio” ou “finalidade”. “Meio” = associações beneficentes (art. 53 CC) “associações serão constituídas pela união de pessoas que se organizam para fins não econômicos”.
Apesar do fim econômico a empresa pública não é considerada “empresa” do ponto de vista da aplicação de diversos institutos de Direito Empresarial (recuperação judicial e falência, por exemplo) e nem o seu titular – o Estado – é considerado empresário (LF art. 2º, I).
Não confundir a finalidade “lucro” (econômica) com a realização do “lucro” (a empresa pode operar em prejuízo até como estratégia de mercado).
O objetivo da “atividade” deverá ser, para a qualificação de empresário, a “produção ou a circulação de bens ou de serviços” (a produção para uso próprio, porque não destinada ao mercado, está excluída).
A atividade deverá ser sempre lícita (ainda que o ilícito preencha os requisitos de atividade profissional e organizada – não é “empresário”).
c) atividade organizada: não há empresa sem organização (o porte do estabelecimento não tem necessária e essencial relação com a complexidade da organização).
O empresário deve utilizar-se, necessariamente, de um estabelecimento,ou seja; um complexo de bens organizados para o exercício da empresa (CC, art. 1142).
O empresário organiza dinamicamente os fatores de produção (natureza, capital, trabalho e, modernamente, a tecnologia) na busca do lucro, pela realização de determinada atividade.
d) atividade profissional: o art. 4º do antigo Código Comercial conceituava como comerciante aquele que fizesse da mercancia sua profissão. Qual a relação ou qual a diferença entre os conceitos “profissional” ou “atividade econômica organizada” (do NCC) e “comerciante” (do CCom)?
A “atividade profissional” está presente nos dois conceitos, ou seja; a atuação contínua e especializada em determinado campo de interesse, que se reveste de conteúdo econômico.
Anunciar o início de uma sociedade empresarial não lhe atribui a qualidade de empresário que decorrerá do efetivo exercício da atividade correspondente (presentes os aspectos “temporal” e “lucrativo”, “voluntária” e “consciente”).
e) atividade destinada à produção de bens e/ou serviços:
e.1) A existência do “mercado” – ou dos “múltiplos mercados” – é necessariamente ligada ao regime de produção, circulação e consumo de massa.
Duas funções básicas são exercidas pelo mercado: a) é um lugar (em sentido bastante largo) e b) é a estrutura social, econômica e jurídica que, no seu conjunto, permite ao empresário realizar a sua atividade, facilitando o encontro dos operadores e a celebração dos contratos.
“Estabilidade” e “segurança jurídica” são 2 requisitos para o funcionamento do mercado, imprescindíveis na realização de negócios.
e.2) A mercancia e a atividade intelectual organizada.
A produção de bens e/ou serviços deve ser feita para o mercado, afastando-se do conceito de empresário aquele que organiza uma atividade econômica para proveito próprio – daí o requisito da “circulação” que se une ao da “produção”.
O “mercado” é, portanto, elemento essencial na atividade da empresa, pois a ele são destinados os bens e serviços por aquela produzidos.
O art. 966 NCC é bem mais abrangente que o anterior conceito de mercancia.
Do conceito mais abrangente deve ser retirada, conforme o parágrafo único, a atividade intelectual (de natureza científica, literária ou artística), exceto, como dispõe o artigo, na hipótese de constituir-se elemento da empresa.
Atividade artística é “produção intelectual”? 
O que pretende o legislador quando fala em “elemento da empresa”? A atividade intelectual poderá ser considerada quando ela existe dentro de um conceito mais amplo da empresa, mas desde que não seja nele predominante. Neste último caso, ela continuará na categoria de atividade civil.
Sugere-se, como melhor redação ao parágrafo único do art. 966 CC: “... salvo se o exercício da profissão constituir parte do objeto da empresa”.
Duas atividades são realizadas em conjunto, uma intelectual e outra empresarial, ficando a primeira subsumida na segunda, como elemento desta. Exemplos: o médico proprietário de uma Clínica de Estética, com cosméticos produzidos e comercializados. A profissão “médico” é subsumida por aquela de empresário.
Pessoa jurídica empresarial e simples visam lucro. O que difere é que a empresarial tem a massividade. Produção em larga escala. Diferente da PJ SIMPLES, que é algo especifico.
Art. 982 CC – “Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967);
Parágrafo único – Independentemente do seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa”.
A cooperativa é uma sociedade simples que á arquivada na junta comercial. As razoes são históricas. 
Sócio não é empresário. A pessoa jurídica é empresário.
Difere do empresário individual em que há essa confusão.
PÚ do art. 982. Sociedade por ações é sempre empresarial (sociedade anônima e comandita por ações).
Cooperativa sempre simples – única simples que tem ato arquivado na junta comercial.
Cooperativas. Dotadas de mutualismo e não affectio societatis. Historicamente, sua origem é voltada à inserção só que elas cresceram ao ponto de preocupar as sociedades empresárias.
Às sociedades simples não se aplica a lei 11.101.
CONCLUSÃO: Atividade própria de empresário é a atividade econômica organizada que não corresponda ao exercício de atividade intelectual (de natureza cientifica, literária ou artística), exceto quando consistente em parte do objeto da empresa, quando a integrará como de natureza empresária.
Não é empresário o farmacêutico, o arquiteto, o engenheiro etc., salvo em algumas situações.
A atuação pessoal no mercado reveste-se, portanto, do caráter de objetividade e fungibilidade.
3) EXCLUSÕES TAXATIVAS À APLICAÇÃO DA LEI DA FALÊNCIA (ART. 2º) – A ESPECIALIDADE DOS MERCADOS NOS QUAIS OPERAM E O NÍVEL MAIS ELEVADO DE RISCO QUE ACARRETAM A TERCEIROS FAZ COM QUE ESTAS EMPRESAS SEJAM AFASTADAS DOS INSTITUTOS CRIADOS PELA LF.
As empresas públicas, nem de economia mista não podem se valer da valência de normas de direito privado. 
3.1) A empresa pública e a sociedade de economia mista. 
A empresa pública, necessariamente, é organizada sob a forma de sociedade por ações e todo o seu capital é de titularidade do Governo.
Na sociedade de economia mista o controle é exercido pelo Governo (arts. 235 a 242 Lei de Sociedade Anônimas ).
CF art. 173, caput – a participação do Estado na exploração de atividade econômica somente pode ocorrer quando “necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse jurídico”.
A essencialidade é o que gera a causa de ter uma sociedade de economia mista. O que for essencial e for interrompido gera muitos prejuízos para todo o coletivo. 
No caso da Sociedade de Economia Mista, o Estado Controlador poderia ser responsabilizado por abuso de poder de controle, conforme disposto no art. 238 da LSA, mas tal responsabilidade somente se coloca em favor dos seus acionistas, dos empregados e da comunidade em que atua (art. 116, parágrafo único LSA). Os credores não se encontram neste rol.
E o art. 173, §§ 1º, 2º e 3º da CF?
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
    § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
        I -  sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
        II -  a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
        III -  licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública;
        IV -  a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários;
        V -  os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
    § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
    § 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
Como ficaria o estado de insolvência frente ao princípio da moralidade administrativa (CF art. 5º, LXXIII). O administrador destas sociedades responderia pelo crime de improbidade administrativa no caso de suspensão voluntária de pagamentos aos credores (arts. 10 e 11 da Lei nº 8429, de 02/06/92).
Interesse público ou desinteresse do setor privado. Hipóteses em que o Estado pode ser empresário.
Autoriza, excepcionalmente, atividade empresarial pelo Estado.
Interesse público ou a iniciativa não quer desenvolver a atividade empresarial.
Interesse público – conceito amplo. Ligado à essencialidade.
França. Montadorasempregam muito. Interesse do Estado. Sociedade de economia mista.
Essencialidade é contextual.
Essencialidade obsta o seu fim / a sua interrupção. A falência a interrompe. Por isso a lei 11.101 não se aplica as empresas estatais.
Estado não visa ao lucro, mas o interesse público. Por isso, os déficits não importam.
Estado – fonte inesgotável de recurso.
Não pode dar calote. Improbidade administrativa.
Doutrina, em parte, defende que as sociedades de economia mista deviam ter falência.
Sociedade anônima – sempre empresária. Sociedade de economia mista é empresária, mas não se aplica.
3.2) As instituições financeiras e as empresas de administração de consórcios.
As instituições financeiras encontram-se submetidas ao regime da Lei nº 6024, de 13/03/74 e do Decreto Lei nº 2321/87, onde estão regulados os institutos da intervenção, da liquidação extrajudicial e do regime de administração especial temporária.
É o Banco Central do Brasil quem tem prerrogativa (à frente do Poder Judiciário) de decretar um dos 3 regimes acima previstos, conforme o caso.
Antes da superveniência da Lei nº 11.101/05, era possível o requerimento da falência das empresas reguladas pela legislação acima referida, exceto no que dizia respeito às de natureza pública.
Haroldo Malheiros Duclerc Verçosa (mestre e doutor em Direito pela USP e professor titular da Cadeira de Direito Comercial daquela Universidade) insiste na possibilidade de tal requerimento (portanto, o art. 2, II, da LF, por ser lei geral diante de outra especial - a Lei nº 6024/74 – não poderia vigorar). 
	Faz uma critica de que essas entidades que são abertas ao publico que qualquer um possa contratar – poderiam ter falência contratada. Banco do brasil – para investir nele, tem que fazer parte do grupo. 
	Mas a prudencial que disponibiliza para todas as pessoas que queiram, poderia haver falência para ele. 
	NA REDAÇÃO DO ART. 2º, NINGUEM PODE TER FALÊNCIA DECRETADA. 
As empresas de administração de consórcios são equiparadas às instituições financeiras mas submetidas a um regime jurídico especial, qual seja; o da Lei nº 5768, de 20/12/71. Diante da equiparação, cumpriria, também, ao Banco Central do Brasil a possibilidade de intervenção.
Bancos em geral (instituição financeira).
Cooperativas de crédito.
Tratam de crédito.
Falência para essas instituições era um imenso problema.
Traço de essencialidade (plano de saúde e etc.).
São empresárias, mas as atividades são reguladas por autarquias.
Seguradora – SUSEP.
Há doutrinadores que defendem certas exceções. Tipo aquelas que qualquer um pode contratar. Não é o visto na prática.
FORO DE COMPETÊNCIA
Art. 3º da Lei 11.101 - É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.
O art. 3º fala sobre o principal estabelecimento com a finalidade de ser aberto o conceito. O que estabelece o FORO competente, nos casos de empresas grandes que vão decretar falência, é a lógica de mais benéfica aos credores. O que tem que motivar a escolha, enquanto instrumentos do poder judiciário: o que for mais interessante para os credores é o que deve ser utilizado como foro de resolução de lítigios judiciais. 
	Existe uma ordem também, em via de regra:
1. SEDE DIRETIVA (aonde estão os diretores)
2. O MAIOR ESTABELECIMENTO (a que mais emprega)
3. A SEDE MATRIZ (aquela indicada no estatuto social ou contrato social)
Juízo prevento/UNIVERSAL. Quando há falência, há compreensão de que o Empresário está em estado de insolvência. 
Pela norma, apenas um único juízo/juiz deve analisar o processo de recuperação, para que possa analisar com maior facilidade a lógica: DINHEIRO CREDOR ORDEM DE PREFERÊNCIA.
É muito mais fácil um somente um juiz assumir. 
No caso da recuperação judicial quando há o deferimento, todas as execuções ficam suspensas. Essa suspensão é ordenada pelo juízo que defere o processamento. Este juízo encaminha oficio para todas as comarcas, para que todas as comarcas possam ter ciência de que isso está ocorrendo e encaminhem eventuais processos originais em sua comarca para a outra vara.
Art. 97 e art. 105 – lei 11.101
Art. 48 e art. 51 – lei 11.101
Deve analisar os três: aquilo que é melhor aos credores.
Instaura-se a falência – juízo universal.
Juízo previsto às diferentes ações.
Todas as ações que dizem respeito ao patrimônio do devedor devem ser distribuídas por dependência.
Mais passivos que ativos. Alguns credores não receberão seu crédito.
Ordem de preferência – crédito alimentar em primeiro lugar. Mais urgente.
Junta tudo em um juízo. Dinheiro, totalidade de credores e etc. em um único juízo prevento. 
Falência pode ser requerida por terceiros.
Recuperação – como regra, o próprio empresário.
Oficiam-se os diferentes juízos.
3.3) As sociedades cooperativas e as cooperativas de crédito.
As cooperativas de crédito estão sujeitas à mesma legislação pertinente às instituições financeiras.
As sociedades cooperativas são reguladas pelo CC (art. 1093 e ss.).
Diferentemente das sociedades, as cooperativas não têm um objeto econômico próprio, pois são destinadas à viabilização das atividades dos seus associados. Tal objetivo é variado, podendo o instituto prestar-se tanto ao interesse dos produtores como dos consumidores (cooperativas de compras). Neste último caso, servindo para reduzir custo de aquisição pela eliminação de intermediários ou pelo poder de barganha que juntos adquirem perante os produtores.
Todavia, do ponto de vista econômico, elas são empresas porque colocam bens e serviços no mercado (natureza jurídica de ente híbrido, ou de sociedade “sui generis”). 
3.4) As sociedades seguradoras e de capitalização.
As sociedades seguradoras são regidas pelo Decreto Lei nº 73, de 21/11/66. Há intervenção pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) e um sistema próprio de recuperação por aquela autarquia de tratamento técnico e financeiro excepcional às seguradoras em crise. Não surtindo efeito nem uma e nem outro, a SUSEP poderá cassar a autorização para funcionamento, seguindo-se a sua liquidação voluntária ou compulsória, ambas processadas pelo mesmo órgão fiscalizador (arts. 89 e 97).
As sociedades de capitalização são regidas pelo Decreto Lei nº 261, de 28/02/67, sujeitas ao mesmo regime imposto às sociedades seguradoras.
3.5) As entidades de previdência complementar.
 Elas podem caracterizar-se como abertas ou fechadas, nos termos dos arts. 31, §1º e 36 da Lei Complementar nº 109, de 29/05/2001. As segundas podem constituir-se sob a forma de fundação ou sociedade civil. As primeiras, exclusivamente sob a forma de sociedade anônima.
A fiscalização destas entidades foi outorgada à Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC -, nos termos da Medida Provisória nº 233, de 30/12/2004.
Entidades fechadas são destinadas aos empregados de uma empresa ou de grupos de empresas; aos servidores da União, Estados, Municípios e DF etc.. Como não atuam em mercado, não poderiam ser consideradas sociedades empresárias.
Haroldo Malheiros Duclerc Verçosa entende que as entidades abertas deveriam estar açambarcadas pelo art. 1º da LF.
Estas entidades estão sujeitas à intervenção e à liquidação extrajudicial, nos termos dos artigos 44 a 53 da Lei Complementar nº 109/2001.
3.6) As sociedades operadoras de planos de saúde.
Tais sociedades estão sujeitas ao controle da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, que tinha competência para decretar a liquidação extrajudicial e autorizar o liquidante a requerer a falência ou insolvência civil (Lei nº 9961, de 28/01/2000, art. 4, XXXIV). Complementarmente, as operadoras de plano de saúde são regidas pela Lei nº 9656, de 03/06/98.
Com a superveniência da nova LF não há que se falar em falência.
Do ponto de vista da natureza jurídica, as operadoras de planos de assistência à saúde são, indubitavelmente, sociedades empresárias (arts. 966 e 982 do CC). A atividade intelectualda medicina é “elemento da empresa”.
3.7) As empresas e entidades do Sistema de Financiamento Imobiliário.
Este sistema é regulado pela Lei nº 9514, de 20/11/97. As entidades que o constituem são as caixas econômicas, os bancos comerciais, os bancos de investimento com carteiras de crédito imobiliário, as associações de poupança e empréstimo, e outras que para tanto forem autorizadas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN (art. 2º).
As instituições financeiras integrantes do SFI são também regidas pela Lei nº 6024/74.
As associações de poupança e empréstimo são reguladas pelo Decreto Lei nº 70, de 21/11/66. 
“O Direito não disciplina o mercado, mas os mercados de determinados bens e categorias de bens”.
Disposições comuns à recuperação judicial e à falência.
Art. 5º Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência:
I – as obrigações a título gratuito;
Doação. Sem contraprestação.
Preocupação do legislador – evitar fraudes. 
O inciso I dispõe que ficam excluídas do concurso falimentar as obrigações originadas em atos de mera liberalidade, como doações.
II – as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na falência, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor.
Despesas do credor para se habilitar não podem ser cobradas.
Salvo se de sucumbência, mas não os honorários contratuais do advogado.
Contestação da sociedade – litígio – haverá sucumbência.
Para distribuição e honorários contratuais não são devidos.
-	 Bancos privados antes de 2005 podiam ter falência decretada. Hoje, não mais.
Banco Central. Autarquia. Procedimentos extraprocessuais. Órgão do poder executivo. 
Banco central em eventual crise dos bancos, ele faz alguma intervenção.
Liquidação extrajudicial (parecido com a falência) caso a intervenção não seja suficiente.
O mesmo ocorre com as seguradoras. SUSEP. Autarquia. Intervenção (crise momentânea). Liquidação extrajudicial (crise definitiva).
O inciso II esclarece que se a devedora for vencida em ação judicial e sobrevindo a sua quebra, o vencedor pode solicitar a inclusão do seu crédito normalmente mas não as despesas (custas) que gastou para participar do procedimento de recuperação ou falimentar.
Aula 13/09/2021
SUSPENSÃO - FALÊNCIA – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA – o juiz tem que congregar os CREDORES, arrecadar o patrimônio do devedor, avaliar eles e somente então vender. O patrimônio do devedor será integralmente recolhido. Todos os bens são arrecadados, avaliados vendidos judicialmente. Com o fruto das vendas serão pagos os credores, todos aqueles possíveis. Quando terminar o pagamento, o juiz terminar o cumprimento da sentença de execução. Nesse momento se encerra o cumprimento de sentença da falência e levanta-se o procedimento suspensão. 
O período de suspensão depende da arrecadação, da avaliação e da venda do patrimônio. 
ART. 6º - JUÍZO UNIVERSAL E AS CONSEQUÊNCIAS DA FALENCIA OU PROCESSAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial implica:        (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)          (Vigência)
I - suspensão do curso da prescrição das obrigações do devedor sujeitas ao regime desta Lei;        (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)          (Vigência)
Suspensão do prazo prescricional e não interrupção.
“Sujeitos ao regime desta lei”.
Falência É decretada com o trânsito em julgado da sentença que a decreta. Instaura-se o juízo universal. Suspendem-se as pretensões creditícias em favor do devedor.
Definido o juízo universal. As discussões de crédito nele ficarão. Suspensão garante a satisfação do direito dos credores.
Recuperação judicial. Suspensão de prazo se inicia do deferimento do processamento da recuperação judicial.
Passa a ser contada da data da publicação do despacho que manda processar a recuperação e não de quando é requerido tal benefício.
Quanto à suspensão da prescrição, esclareça-se que o prazo é suspenso e não interrompido.
Na falência o crédito constituído deverá ser habilitado normalmente (art. 7º, §1º da LF).
PARA AS QUESTÕES FISCAIS E TRABALHISTAS, AS AÇÕES TRAMITARÃO NA JUSTIÇA ESPECIALIZADA.
Processos de conhecimento, sem que haja um quantum em definitivo, também continuam tramitando normalmente, independentemente da regra do juízo universal.
II - suspensão das execuções ajuizadas contra o devedor, inclusive daquelas dos credores particulares do sócio solidário, relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação judicial ou à falência;        (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)          (Vigência)
Suspensão das execuções em face do devedor (tanto na falência quanto na recuperação judicial).
Quem tem a obrigação de comunicar? Devedor e o administrador judicial.
Ordem do juízo para que expeçam ofícios às varas e aos juízos em que tramitem essas ações.
“inclusive daquelas dos credores particulares do sócio solidário”
Sócios só serão responsabilizados se não houver pessoa jurídica ou se ocorrer a desconsideração da personalidade jurídica.
Não há pessoas jurídica – empresário individual ou sociedade irregular (respondem com o próprio patrimônio).
Desconsideração – LTDAs e S.A.s
Sociedade em nome coletiva / comanditas (comanditados – gestores) sócios responderiam ilimitadas pelas obrigações da pessoa jurídica.
Exceção – direito do trabalho. Pode ir direto no patrimônio dos sócios, porque a desconsideração é mais facilmente realizada.
Eventualmente, do direito do consumidor.
III - proibição de qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens do devedor, oriunda de demandas judiciais ou extrajudiciais cujos créditos ou obrigações sujeitem-se à recuperação judicial ou à falência.        (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)          (Vigência)
Instaurado o juízo universal, os bens do devedor ficam sub judice.
Com a venda desses bens que se satisfará o débito.
Eventuais atos expropriatórios já iniciados podem atrapalhar o juízo universal. A ideia do inciso III é facilitar a gestão dos ativos.
§ 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida.
Ação que demandam quantia ilíquida (fase de conhecimento) não é suspensa.
§ 2º É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8º desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença.
Habilitação, exclusão ou modificação de créditos – pretensões líquidas.
Encerra-se a relação trabalhista com a falência.
Crédito informado / reconhecido judicialmente na ação de falência. Pede a habilitação ou requerer a correção direto com o administrador judicial. Sem ação trabalhista.
Se já existia a ação trabalhista em trâmite quando da decretação de falência, torna líquida (justiça especializada) até a liquidação.
Recuperação judicial convola-se em falência comumente. 
§ 3º O juiz competente para as ações referidas nos §§ 1º e 2º deste artigo poderá determinar a reserva da importância que estimar devida na recuperação judicial ou na falência, e, uma vez reconhecido líquido o direito, será o crédito incluído na classe própria.
Determinação de reserva de capital / de importância.
Precisa ser da decretação de falência.
Garantem a ratificação da dívida, se não iria tornar inócua a ação.
Competente é o juiz quem julgar as quantias ilíquidas (débitos fiscais também).
Pode determinar de ofício. Comunica o juízo universal para que ele reserve o crédito.
Juízo universal é obrigado a seguir? Uma questão de cooperação. Pela natureza do crédito (garantia fundamental) alimentar. Nesse caso, é um dever do juízo universal (créditos de natureza alimentar). Ele é obrigado.
Quanto reservar – aquilo que o juiz “estimar devido”. Quase uma antecipaçãode tutela.
Risco de excesso em detrimento dos demais credores x risco de falta em detrimento do credor que pediu a reserva.
PRAZOS DE SUSPENSÃO – RECUPERAÇÃO JUDICIAL
	É diferente do processo de suspensão da falência, pois este tem um prazo especifico, enquanto a falência fica a mercê daquilo que se tem e todo o procedimento. 
	O prazo máximo é de quase 1 ano, 360 dias. Se o juiz perceber que a parte devedora se empenhou, correu atrás para tentar respeitar o prazo de 180 dias, mas NÃO CONSEGUIU por força maior ou negação de credores, o juízo pode conceder esse prazo de 180 dias. 
	Esse prazo suspende tudo, levantamento, encontrar ou algo do gênero. 
§ 4º Na recuperação judicial, as suspensões e a proibição de que tratam os incisos I, II e III do caput deste artigo perdurarão pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado do deferimento do processamento da recuperação, prorrogável por igual período, uma única vez, em caráter excepcional, desde que o devedor não haja concorrido com a superação do lapso temporal.     (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)           (Vigência)
A PRERROGATIVA DE APRESENTAR A NOVAÇÃO, mas se não for chego a um acordo, os CREDORES PODEM APRESENTAR UMA PROPOSTA DE NOVAÇÃO. 
Inicialmente o plano é do DEVEDOR, mas se não der certo o plano dele, os CREDORES podem apresentar um plano. 
Prazo de suspensão – FALÊNCIA
Na falência transitada em julgada – cumprimento de sentença de falência – edital de publicação da sentença (termo inicial), estabelece-se o rol de credores – nome, valor dos créditos, natureza dos créditos.
Patrimônio do devedor (especialmente na falência) será arrecado/inventariado. Due dilligence do administrador. Não só os bens tangíveis (marca, patentes e etc.). Serão avaliados e vendidos.
Com o fruto da venda, pagam-se os credores, aqueles que for possível. Esgotado o patrimônio, juízo certificará o exaurimento da capacidade de pagamento e encerrará o cumprimento de sentença de falência e levanta-se os termos de suspensão.
Período de falência depende do tempo que levar todos seus atos (inventariar, avaliar e etc.).
Não há termo fixo.
Na recuperação judicial.
Prazo de suspensão é de 180 dias. Desde o deferimento do processamento da recuperação judicial. 
O período de suspensão pode ser prorrogado por uma vez, totalizando 360 ao total de suspensão. 
Excepcionalmente prorrogável por mais 180 dias.
Devedor não pode ter contribuído à necessidade de prorrogação.
Na recuperação judicial, o devedor precisa se dispor a negociar suas dívidas (novação contratual).
Na recuperação judicial é elaborado o plano de recuperação judicial. Obrigação do devedor em novar as dívidas.
Suspensão serve de incentivo para que os devedores negociem com o credor.
§ 4º-A. O decurso do prazo previsto no § 4º deste artigo sem a deliberação a respeito do plano de recuperação judicial (NOVAÇÃO CONTRATUAL QUE O DEVEDOR TENTARÁ COM TODOS OS CREDORES) proposto pelo devedor faculta aos credores a propositura de plano alternativo, na forma dos §§ 4º, 5º, 6º e 7º do art. 56 desta Lei, observado o seguinte:      (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)           (Vigência)
Em regra, o devedor tem que apresentar um plano – devedor não teve seu plano aprovado – os CREDORES tem um prazo de 30 dias para apresentar um plano. Se isso não der certo, a empresa deverá ser sujeita à FALÊNCIA. 
Propositura de um plano alternativo (novação) pelos próprios devedores.
I - as suspensões e a proibição de que tratam os incisos I, II e III do caput deste artigo não serão aplicáveis caso os credores não apresentem plano alternativo no prazo de 30 (trinta) dias, contado do final do prazo referido no § 4º deste artigo ou no § 4º do art. 56 desta Lei;       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)           (Vigência)
 
Prazo de 30 dias, se não ocorrer nada, convola-se em falência se não ocorrer (é a regra).
II - as suspensões e a proibição de que tratam os incisos I, II e III do caput deste artigo perdurarão por 180 (cento e oitenta) dias contados do final do prazo referido no § 4º deste artigo, ou da realização da assembleia-geral de credores referida no § 4º do art. 56 desta Lei, caso os credores apresentem plano alternativo no prazo referido no inciso I deste parágrafo ou no prazo referido no § 4º do art. 56 desta Lei.   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)           (Vigência)
Prazo de 180 dias de suspensão remanesce no período para que os credores apresentem o plano de recuperação.
Enquanto o plano estiver em negociação, permanece suspenso.
§ 5º O disposto no § 2º deste artigo aplica-se à recuperação judicial durante o período de suspensão de que trata o § 4º deste artigo.   (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)           (Vigência)
PERMITIDA A RESERVA DE CAPITAL - Pedidos de reserva de capital podem ser feitos no período suspensão.
As varas do trabalho devem comunicar ao juízo de falência, as varas de execução fiscal, o devedor também deve comunicar ao juízo da falência ou da recuperação.
§ 6º Independentemente da verificação periódica perante os cartórios de distribuição, as ações que venham a ser propostas contra o devedor deverão ser comunicadas ao juízo da falência ou da recuperação judicial:
I – pelo juiz competente, quando do recebimento da petição inicial;
II – pelo devedor, imediatamente após a citação.
Nem todas as ações são distribuídas por prevenção. Ex: reclamações trabalhistas, exceções fiscais.
Dever de comunicar.
Incisos I e II.
§ 7º-A. O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica aos créditos referidos nos §§ 3º e 4º do art. 49 desta Lei, admitida, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para determinar a suspensão dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade empresarial durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4º deste artigo, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional, na forma do art. 69 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), observado o disposto no  art. 805 do referido Código.     (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
A regra é que, os mesmo que você tenha um débito que nem venceu, você já entra no quadro de plano de recuperação. A exceção é que, se for um bem com alienação fiduciária, ele simplesmente não terá suspensa a sua execução ou ficará em acordo, no caso, no plano de recuperação com a empresa, ele segue o baile normal. Há também a exceção da exceção que é: se a garantia da alienação fiduciária for o imóvel que funciona o estabelecimento do devedor ou forem bens de capital (bens móveis) essenciais à atividade empresarial da sociedade em recuperação judicial, nesse caso, mesmo sendo crédito de alienação fiduciária, deverá ficar sujeita aos efeitos da recuperação judicial. Aqui o Banco “lamenta” porque seu crédito deverá ficar sujeito à recuperação judicial. Prevalece o princípio da preservação da empresa, impondo restrição temporária ao proprietário fiduciário (ex: banco) em relação a bem de capital que se revele indispensável à manutenção do desenvolvimento da atividade econômica exercida pela empresa recuperanda. 
Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos.
§ 3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4º do art. 6º desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividadeempresarial.
§ 4º Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial a importância a que se refere o inciso II do art. 86 desta Lei.
§ 7º-B. O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica às execuções fiscais, admitida, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para determinar a substituição dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade empresarial até o encerramento da recuperação judicial, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional, na forma do art. 69 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), observado o disposto no art. 805 do referido Código.        (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)        (Vigência)
A lei afirma que o juízo da recuperação judicial possui competência para determinar a substituição dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade empresarial. Assim, em regra, os atos expropriatórios são determinados pelo próprio juízo da execução fiscal. Se o ato de constrição eventualmente recair sobre um bem de capital essencial à manutenção da atividade empresarial, então, neste caso, a competência para fazer a substituição será do juízo da recuperação judicial. 
Juiz da recuperação quem gere os bens pode levantar as constrições substituição para salvaguardar o juízo fiscal.
§ 8º A distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial ou a homologação de recuperação extrajudicial previne a jurisdição para qualquer outro pedido de falência, de recuperação judicial ou de homologação de recuperação extrajudicial relativo ao mesmo devedor.     (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)      (Vigência)
Litispendência até mesmo de homologação de recuperação extrajudicial, não pode exitir duas, tem que ser SOMENTE UMA PERANTE O JUIZO PREVENTO/UNIVERSAL DE RECUPERAÇAO JUDICIAL
§ 9º O processamento da recuperação judicial ou a decretação da falência não autoriza o administrador judicial a recusar a eficácia da convenção de arbitragem, não impedindo ou suspendendo a instauração de procedimento arbitral.       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
Havia uma dúvida quanto a compatibilidade ou não de arbitragem no juízo de recuperação, ATUALMENTE ENTENDE-SE QUE É POSSÍVEL A ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO DURANTE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL, podendo ocorrer uma recuperação extrajudicial. 
§ 11. O disposto no § 7º-B deste artigo aplica-se, no que couber, às execuções fiscais e às execuções de ofício que se enquadrem respectivamente nos incisos VII e VIII do caput do art. 114 da Constituição Federal, vedados a expedição de certidão de crédito e o arquivamento das execuções para efeito de habilitação na recuperação judicial ou na falência.       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
	Não podem os juízos fiscais atrapalharem, nem mesmo os créditos parafiscais. Existem alguns créditos como FGTS, créditos do inss que não tem uma natureza fiscal. Logo é diferente de IPTU ou IPVA. 
	A exigibilidade é muito parecida, mas não é credito fiscal. Logo se aplica
	Execução DE INSS – previdência bloqueia bens – mesmo nessas A PRERROGATIVA DOS BENS É DE COMPETENCIA DO JUÍZ DA FALÊNCIA e não do juiz da vara de execução federal. 
§ 12. Observado o disposto no art. 300 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), o juiz poderá antecipar total ou parcialmente os efeitos do deferimento do processamento da recuperação judicial.     (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
Pode ser feito pedido de antecipação de tutela, concessão de liminar para a recuperação judicial. 
Antecipação de tutela ao deferimento do processamento da recuperação judicial. Independente da apresentação de alguns documentos a serem produzidos ao longo do processo.
	
§ 13.  Não se sujeitam aos efeitos da recuperação judicial os contratos e obrigações decorrentes dos atos cooperativos praticados pelas sociedades cooperativas com seus cooperados, na forma do art. 79 da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, consequentemente, não se aplicando a vedação contida no inciso II do art. 2º quando a sociedade operadora de plano de assistência à saúde for cooperativa médica.    (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
Cooperativas não se sujeitam a lei 11.101, nem a falência. Essa mesma questão de créditos fiscais que não se sujeitam, créditos de cooperativas não se sujeitam a regra de recuperação judicial. Principalmente as cooperativas médicas.
AULA 14/09/2021
Art. 6º-A. É vedado ao devedor, até a aprovação do plano de recuperação judicial, distribuir lucros ou dividendos a sócios e acionistas, sujeitando-se o infrator ao disposto no art. 168 desta Lei.     (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)
A lei 11.101 é formado por vários microssistemas, em que é processual, principiológica, subjetiva, penal e processual penal.
O art. 168 trata de fraude no sistema de falência e recuperação. Especificamente até a aprovação do plano, lembrar que há o plano anterior, em que há um negócio entre os credores e o devedor, para depois apresentar/aprovar o plano. 
Art. 6º-B. Não se aplica o limite percentual de que tratam os arts. 15 e 16 da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995, à apuração do imposto sobre a renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre a parcela do lucro líquido decorrente de ganho de capital resultante da alienação judicial de bens ou direitos, de que tratam os arts. 60, 66 e 141 desta Lei, pela pessoa jurídica em recuperação judicial ou com falência decretada.
A lei 9.065/95 é uma lei tributária que se vincula ao Código Tributário Nacional e diz sobre ganho de capital. Se trata mais especificamente sobre o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL). 
Não é um operação com a falência, mas sim com empresários em geral.
No processo de falência, após realizar a arrecadação, avaliação e venda, posteriormente serem pagos os credores – se nesse caso, ocorrer um ganho de capital por conta da venda dos bens, NÃO PODE SER TAXADO/NÃO É BASE DE CÁLCULO PARA IMPOSTO DE RENDA. SE ESSES BENS FOREM ALIENADOS DURANTE O PROCESSO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. 
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese em que o ganho de capital decorra de transação efetuada com:
I - pessoa jurídica que seja controladora, controlada, coligada ou interligada; ou
Pessoa física que seja acionista controlador, aquele que detêm a maior quantidade de ações – a depender da operação, pode gerar base de cálculo para tributação.
II - pessoa física que seja acionista controlador, sócio, titular ou administrador da pessoa jurídica devedor. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
Art. 6º-C. É vedada atribuição de responsabilidade a terceiros em decorrência do mero inadimplemento de obrigações do devedor falido ou em recuperação judicial, ressalvadas as garantias reais e fidejussórias, bem como as demais hipóteses reguladas por esta Lei.        (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)      (Vigência)
Se a pessoa está inadimplente, algum credor pode querer abrir um processo sobre a responsabilidade civil obrigacional que foi contraída pelo devedor. A norma impossibilita isso. Somente a lei pode trazer benefícios, não contratos, não acordos.
Direito falimentar – princípio da igualdade entre os credores – um credor não pode ser privilegiado perante o outro. Há a falência de créditos mais e menos importantes, mas em decorrência de lei, o que não cria problema algum. 
DA VERIFICAÇÃO E DA HABILITAÇÃO DE CRÉDITOS
Art. 7º A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas.
Se foi decretada sentença de falência com transito em julgado, suspensão direta sem prazo. Se ocorreu a recuperação judicial, já abre o prazo de180 dias para que as partes discutam no juízo falimentar os acordos.
Quando a sentença de falência é transitada em julgado, será publicado um edital. No caso de recuperação judicial também é publicada. (Ambas também são postadas no DIÁRIO DA JUSTIÇA).
O edital é fixado no local de destaque da empresa e em jornais de alta circulação. 
O edital traz sobre os principais atos processuais, a integra da sentença que foi transitado em julgado. O quadro de credores, devem ser assinados por contabilista os créditos que o devedor tem em aberto. É ele quem também fará a organização da ordem de pagamento. Por fim, NO EDITAL TAMBÉM SERÁ APRESENTADO PELO JUÍZ, O ADMINISTRADOR JUDICIAL (art. 21 e 22).
O que muda do edital da falência da recuperação judicial é que em um tem a sentença de falência e outro de recuperação, no mais são praticamente idênticos.
É possível se desistir da impugnação? Alguém encampa a ação e daí? Tendo em vista que o interesse é coletivo, toda e qualquer manifestação deve ter seu mérito decidido, portanto a parte não pode simplesmente desistir de uma manifestação. 
A manifestação é encaminhada inicialmente para o ADMINISTRADOR JUDICIAL e ele quem irá decidir inicialmente, nessa FASE ADMINISTRATIVA. Essas habilitações e manifestações não tem em um primeiro momento um caráter contencioso. 
São autos autônomos. Cada pedido de habilitação.
Cabeçalho. Direcionamento da impugnação ao administrador judicial em um primeiro momento.
A equipe que será formada para analisar os créditos.
Colaboradores do administrador – contabilista, advogados e etc. auxilia a análise dos pedidos de habilitação para, se for o caso, apresente nova relação de credores
ESQUEMA SOBRE O ASSUNTO ANTERIOR
Edital da falência. (1) relata os principais fatos processuais; (2) a sentença de decretação transitada em julgado; (3) quadro de credores apresentado ao longo do processo (contabilidade o elabora); (4) nome de um administrador judicial que poderá aceitar a incumbência.
Quadro de credores. Credor – valor do crédito – natureza do crédito (com base na escrituração contábil).
Edital da recuperação. (1) principais fatos processuais; (2) decisão de deferimento da recuperação; (3) quadro de credores;(4) nome de um administrador judicial.
Função do comitê é organizar e fiscalizar o administrador oficial.
§ 1º Publicado o edital previsto no art. 52, § 1º (EDITAL DA RECUPERAÇÃO), ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei (EDITAL DA FALÊNCIA), os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados.
Se eu sou credor e vejo que o meu nome foi colocado na ordem errada ou com valor errado, eu posso apresentar uma “divergência”, uma impugnação dos cálculos que foram apresentados.
Publicado o edital tem-se 15 dias para apresentar, ou seja, passa a contar do dia em que foi publicado o edital. Passados, todas vão para o administrador verificar essas informações. 
O PRÓPRIO CREDOR, UM SÓCIO, MINISTÉRIO PÚBLICO, COMITÊ DE CREDORES E O DEVEDOR - as mesmas pessoas que tem legitimidade do art. 8º dessa mesma norma. 
Credores podem impugnar créditos dos outros – interesse de ser pago. Legitimidade. Prejuízo aos demais credores se o valor é colocado acima do devido ou com natureza preferencial equivocada.
Legitimidade:
1) Credores.
2) Ministério Público.
3) Sócio.
4) Comitê de credores (comum nas grandes falências/recuperação judiciais).
5) Ministério Público também tem legitimidade.
6) Algum sócio também tem legitimidade.
Impugnação deve ser documentada.
	15 dias úteis.
§ 2º O administrador judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma do caput e do § 1º deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1º deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8º desta Lei terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação.
Findo o prazo de 15 dias para receber as manifestações ou habilitações, o administrador tem o prazo de 45 dias para apresentar um novo rol de credores. 
O administrador deve apresentar um dia, hora e lugar para que os credores, o comitê de credores, o sócio da sociedade empresaria devedora, o MP, tenham acesso às contas realizadas pelo administrador. 
Art. 102 e 104 – lei 11.101 – obrigações/consequências do processo de falência.
Nova relação de credores em até 45 dias acolhendo ou não.
Se acolher não há discussão judicial.
É mostrado aos demais credores porque houve a alteração no quadro.
Não sendo acolhido pela via administrativa, faz o pedido judicialmente.
	Esse novo edital deve ser publicado no prazo máximo de 45 dias depois do fim do prazo de 15 dias que os 
	credores tiveram para impugnar a primeira lista. 
	
	
	
Art. 7º-A. Na falência, após realizadas as intimações e publicado o edital, conforme previsto, respectivamente, no inciso XIII do caput e no § 1º do art. 99 desta Lei, o juiz instaurará, de ofício, para cada Fazenda Pública credora, incidente de classificação de crédito público e determinará a sua intimação eletrônica para que, no prazo de 30 (trinta) dias, apresente diretamente ao administrador judicial ou em juízo, a depender do momento processual, a relação completa de seus créditos inscritos em dívida ativa, acompanhada dos cálculos, da classificação e das informações sobre a situação atual.    (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)      (Vigência)
É uma inserção que veio com a norma nova de 2020. Se trata sobre uma fiscalização fiscal. O problema é sobre o quadro de credores. Para evitar uma judicialização desnecessária, ele concede uma possibilidade administrativa de o fisco apresentar todos os créditos fiscais ainda não apresentados, PARA O ADMINISTRADOR JUDICIAL, ou seja, sem apresentar nada judicialmente. 
Assim, muito embora o processamento e o julgamento das execuções fiscais não se submetam ao juízo universal da falência, compete à Fazenda Pública optar por ingressar com a cobrança judicial ou requerer a habilitação de seu crédito na ação falimentar. 
A Lei no 14.112/2020 criou um incidente de classificação de crédito público para que a Fazenda Pública informe ao juízo da falência a relação completa de seus créditos inscritos em dívida ativa. 
§ 1º Para efeito do disposto no caput deste artigo, considera-se Fazenda Pública credora aquela que conste da relação do edital previsto no § 1º do art. 99 desta Lei, ou que, após a intimação prevista no inciso XIII do caput do art. 99 desta Lei, alegue nos autos, no prazo de 15 (quinze) dias, possuir crédito contra o falido.       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
§ 1º O juiz ordenará a publicação de edital eletrônico com a íntegra da decisão que decreta a falência e a relação de credores apresentada pelo falido.   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)   (Vigência)
XIII - ordenará a intimação eletrônica, nos termos da legislação vigente e respeitadas as prerrogativas funcionais, respectivamente, do Ministério Público e das Fazendas Públicas federal e de todos os Estados, Distrito Federal e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência.      (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
A Fazenda Pública que constar no edital da sentença de falência ou que for intimada sobre a falência, terá o prazo de 15 dias para se manifestar sobre um crédito que tem contra o falido. 
§ 2º Os créditos não definitivamente constituídos, não inscritos em dívida ativa ou com exigibilidade suspensa poderão ser informados em momento posterior.      (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
	Se ainda estiver em tramite a analise do crédito, esse poderá ser incluído depois do prazo de 15 dias. 
§ 3º Encerrado o prazo de que trata o caput deste artigo:      (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
Poderão apresentar as suas insurgências sobre os créditos fiscais. Há algumcontencioso, portanto, todos poderão apresentar manifestações.
I - o falido, os demais credores e o administrador judicial disporão do prazo de 15 (quinze) dias para manifestar objeções, limitadamente, sobre os cálculos e a classificação para os fins desta Lei;      (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)   (Vigência)
O falido e os demais poderão questionar o credito da fazenda publica e esta poderá se manifestar sobre.
II - a Fazenda Pública, ultrapassado o prazo de que trata o inciso I deste parágrafo, será intimada para prestar, no prazo de 10 (dez) dias, eventuais esclarecimentos a respeito das manifestações previstas no referido inciso;       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
Se o falido ou os demais credores questionarem algo, a Fazenda Pública terá o prazo de 10 dias para se manifestar, prestar contas para todos os demais credores, sobre aqueles créditos 
III - os créditos serão objeto de reserva integral até o julgamento definitivo quando rejeitados os argumentos apresentados de acordo com o inciso II deste parágrafo;      (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)  (Vigência)
Se está sub judice, isso incorre em reserva de capital em pro da fazenda pública para que está não seja prejudicada.
IV - os créditos incontroversos, desde que exigíveis, serão imediatamente incluídos no quadro-geral de credores, observada a sua classificação;      (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
Existem créditos fiscais que ainda estão em discussão, somente quando não haverem mais dúvidas judiciais (tiver trânsito em julgado) ou questionamento administrativo é que esse credito entra no rol. 
V - o juiz, anteriormente à homologação do quadro-geral de credores, concederá prazo comum de 10 (dez) dias para que o administrador judicial e a Fazenda Pública titular de crédito objeto de reserva manifestem-se sobre a situação atual desses créditos e, ao final do referido prazo, decidirá acerca da necessidade de mantê-la.         (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
Enquanto está sob discussão, o juiz irá intimar a Fazenda Pública para realizar uma manifestação sobre aquele crédito. Serve para o juiz se certificar da necessidade da mantença ou não da reserva de capital para aquele crédito.
Quando o administrador apresente o quadro de credores em até 45 dias, se não surgir nenhuma insurgência, o juiz pode acabar entendendo o quadro como bom. Logo, o juiz já pode homologar esse quadro, na hipótese de não ter havido manifestação contrária alguma. 
	Se a fazenda apresentar nesse momento a sua relação de créditos e que possa haver alguma discussão sobre os créditos fiscais e o empresário contestar com provas, independente disso, por se trata de créditos fiscais, o juiz já deve realizar a reserva de capital. 
O que o inciso fala é sobre intimar o fisco e o devedor para se manifestar sobre aquilo, e se aqueles valores ainda importam algo. Se falta ou precisa de mais. 
AULA 20/09/2021
§ 4º Com relação à aplicação do disposto neste artigo, serão observadas as seguintes disposições:      (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
I - a decisão sobre os cálculos e a classificação dos créditos para os fins do disposto nesta Lei, bem como sobre a arrecadação dos bens, a realização do ativo e o pagamento aos credores, competirá ao juízo falimentar;       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)   (Vigência)
É O JUIZ DA FALÊNCIA QUEM DETERMINA A ORDEM DE PAGAMENTO DOS CRÉDITOS
II - a decisão sobre a existência, a exigibilidade e o valor do crédito, observado o disposto no inciso II do caput do art. 9º desta Lei e as demais regras do processo de falência, bem como sobre o eventual prosseguimento da cobrança contra os corresponsáveis, competirá ao juízo da execução fiscal;       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
A competência de receber, independentemente de ser crédito fiscal, sempre será a do JUIZ DA FALÊNCIA OU DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL. 
III - a ressalva prevista no art. 76 desta Lei, ainda que o crédito reconhecido não esteja em cobrança judicial mediante execução fiscal, aplicar-se-á, no que couber, ao disposto no inciso II deste parágrafo;    (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
Salvo em relação a co-obrigados, aqueles que puderam ter suas responsabilidades exigidas no fisco.
IV - o administrador judicial e o juízo falimentar deverão respeitar a presunção de certeza e liquidez de que trata o art. 3º da Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III deste parágrafo;       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
Há uma presunção de veracidade sobre aquilo que o fisco representa. Logo, tudo aquilo que dele provém, tem um caráter de validade maior. 
Esse é o in dubio pro fisco 
V - as execuções fiscais permanecerão suspensas até o encerramento da falência, sem prejuízo da possibilidade de prosseguimento contra os corresponsáveis;      (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)   (Vigência)
Se o agente fiscal já atingiu um valor liquido e certo, não tem porquê dar sequencia a um processo de execução de juízo fiscal, pois o juízo da falência já tem a ordem de preferência de pagamentos. 
Se ainda não estiver líquida, pode dar continuidade ao processo até obter a liquidez. 
VI - a restituição em dinheiro e a compensação serão preservadas, nos termos dos arts. 86 e 122 desta Lei; e       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
O empregador tem o dever de fazer o destaque do INSS e entregar para o INSS. A apropriação indébita do empregador é o caso deste não repassar os créditos garantidos no FGTS, INSS, IRSS e todos os demais.
Contudo, suponha-se que tenha havido o destaque e antes de o empregador repassar o crédito ao INSS, sobreveio a falência.
Uma vez destacado o valor do INSS, esse é enviado para uma conta DA PREVIDÊNCIA E NÃO DO EMPREGADO. Logo, não é do direito constituído do empregado, portanto o dinheiro é do INSS, o que faz restituição dos valores (esse crédito é extraconcursal – que com que ele nem precise peticionar uma execução, bastando requisitar uma está fora do concurso de credores).
Logo, MANTÉM-SE A RESTITUIÇÃO E O CONCURSO DE CREDORES, NO CASO À CASO. O CREDOR PODE SE SUJEITAR AO CONCURSO OU A RESTITUIÇÃO. 
Art. 86. Proceder-se-á à restituição em dinheiro:
I – se a coisa não mais existir ao tempo do pedido de restituição, hipótese em que o requerente receberá o valor da avaliação do bem, ou, no caso de ter ocorrido sua venda, o respectivo preço, em ambos os casos no valor atualizado;
II – da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para exportação, na forma do art. 75, §§ 3º e 4º , da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965, desde que o prazo total da operação, inclusive eventuais prorrogações, não exceda o previsto nas normas específicas da autoridade competente;
III – dos valores entregues ao devedor pelo contratante de boa-fé na hipótese de revogação ou ineficácia do contrato, conforme disposto no art. 136 desta Lei.
IV - às Fazendas Públicas, relativamente a tributos passíveis de retenção na fonte, de descontos de terceiros ou de sub-rogação e a valores recebidos pelos agentes arrecadadores e não recolhidos aos cofres públicos.        (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
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Art. 122. Compensam-se, com preferência sobre todos os demais credores, as dívidas do devedor vencidas até o dia da decretação da falência, provenha o vencimento da sentença de falência ou não, obedecidos os requisitos da legislação civil.
Parágrafo único. Não se compensam:
I – os créditos transferidos após a decretação da falência, salvo em caso de sucessão por fusão, incorporação, cisão ou morte; ou
II – os créditos, ainda que vencidos anteriormente, transferidos quando já conhecido o estado de crise econômico-financeira do devedor ou cuja transferência se operou com fraude ou dolo.
VII - o disposto no art. 10 desta Lei será aplicado, no que couber, aos créditos RETARDATÁRIOS.       (Incluído pela Lei nº 14.112,de 2020)   (Vigência)
Aquele que perde o prazo de 15 dias, que não passa pelo crivo de administrador. Se é retardatária ela não passa pelo crivo do administrador. Se é um retardatário VAI DIRETO PARA A FASE JUDICIAL, NECESSARIAMENTE TERÁ A IMPUGNAÇÃO EM PROCESSO DE CONTENCIOSO DIRETAMENTE. 
SE O CRÉDITO É SUB JUDICE, NÃO SE TEM VOTO NA ASSEMBLEIA DE CREDORES. 
ENQUANTO NÃO FOI DECIDA PELO JUIZ, NÃO TEM PODER DE VOTO EM ASSÊMBLEIA DE CREDORES. ISSO PODE SER RUIM NO PLANO DE QUITAÇÃO DE DÉBITOS DOS CREDORES
§ 5º Na hipótese de não apresentação da relação referida no caput deste artigo no prazo nele estipulado, o incidente será arquivado e a Fazenda Pública credora poderá requerer o desarquivamento, observado, no que couber, o disposto no art. 10 desta Lei.       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
Crédito retardatário é aquele crédito que perde o prazo de 15 dias. O que existe é alguns prejuízos, atrasos, mas não impedem de retirar. 
Logo, o crédito da fazenda pública fica retardatário. 
§ 6º As disposições deste artigo aplicam-se, no que couber, às execuções fiscais e às execuções de ofício que se enquadrem no disposto nos incisos VII e VIII do caput do art. 114 da Constituição Federal.  (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
Tanto de créditos fiscais e parafiscais. 
Fiscal = arrecadado e despendido pelo agente fiscal como quiser 
Parafiscais = tem uma arrecadação de poder e exequibilidade igual os fiscais, mas eles somente podem ser dispendidos naquilo que foram criados para. (INSS, PREVIDÊNCIA, FGTS)
§ 7º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, aos créditos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).     (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
Crédito parafiscal 
§ 8º NÃO HAVERÁ CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA NO INCIDENTE DE QUE TRATA ESTE ARTIGO.      (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
Mesmo que haja um contencioso sobre fiscais e parafiscais, AINDA ESTARÁ EM SEARA ADMINISTRATIVA, SOB COMPETÊNCIA DO ADMINISTRADOR. Logo, não terá honorários sucumbenciais algum. 
FASE JUDICIAL DA HABILITAÇÃO DE CRÉDITO
Art. 8º No prazo de 10 (dez) dias, contado da publicação da relação referida no art. 7º , § 2º , desta Lei, o Comitê, qualquer credor, o devedor ou seus sócios ou o Ministério Público podem apresentar ao juiz IMPUGNAÇÃO contra a relação de credores, apontando a ausência de qualquer crédito ou manifestando-se contra a legitimidade, importância ou classificação de crédito relacionado.
Tem uma fase judicial nesse momento, logo as novas impugnações são dirigidas AO JUÍZ. HÁ UM CONTENSIONO NESSE MOMENTO. 
Legitimidade para habilitar e impugnar no art. 7o e é igual no art. 8o.
Comitê de credores – parcela de credores para fiscalizar o administrador.
Parágrafo único. Autuada em separado, a impugnação será processada nos termos dos arts. 13 a 15 desta Lei.
Art. 13. A impugnação será dirigida ao juiz por meio de petição, instruída com os documentos que tiver o impugnante, o qual indicará as provas consideradas necessárias.
Parágrafo único. Cada impugnação será autuada em separado, com os documentos a ela relativos, mas terão uma só autuação as diversas impugnações versando sobre o mesmo crédito.
Art. 14. Caso não haja impugnações, o juiz homologará, como quadro-geral de credores, a relação dos credores de que trata o § 2º do art. 7º, ressalvado o disposto no art. 7º-A desta Lei.     (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)   (Vigência)
Art. 15. Transcorridos os prazos previstos nos arts. 11 e 12 desta Lei, os autos de impugnação serão conclusos ao juiz, que:
I – determinará a inclusão no quadro-geral de credores das habilitações de créditos não impugnadas, no valor constante da relação referida no § 2º do art. 7º desta Lei;
II – julgará as impugnações que entender suficientemente esclarecidas pelas alegações e provas apresentadas pelas partes, mencionando, de cada crédito, o valor e a classificação;
III – fixará, em cada uma das restantes impugnações, os aspectos controvertidos e decidirá as questões processuais pendentes;
IV – determinará as provas a serem produzidas, designando audiência de instrução e julgamento, se necessário.
O professor narra que a partir do art. 11 já existem informações importantes para isso – PROCEDIMENTO PARA IMPUGNAÇÃO
Art. 11. Os credores cujos créditos 
intimados para contestar a impugnação, no prazo de 5 (cinco) dias, juntando os documentos que tiverem e indicando outras provas que reputem necessárias.
O PRAZO É DE 5 DIAS.
Art. 12. Transcorrido o prazo do art. 11 desta Lei, o devedor e o Comitê, se houver, serão intimados pelo juiz para se manifestar sobre ela no prazo comum de 5 (cinco) dias.
PASSADOS OS PRIMEIROS 5 DIAS, ABREM 5 DIAS PARA O COMITE, DEVEDOR SE MANIFESTARÃO EM 5 DIAS.
Parágrafo único. Findo o prazo a que se refere o caput deste artigo, o administrador judicial será intimado pelo juiz para emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias, devendo juntar à sua manifestação o laudo elaborado pelo profissional ou empresa especializada, se for o caso, e todas as informações existentes nos livros fiscais e demais documentos do devedor acerca do crédito, constante ou não da relação de credores, objeto da impugnação.
Art. 13. A impugnação será dirigida ao juiz por meio de petição, instruída com os documentos que tiver o impugnante, o qual indicará as provas consideradas necessárias.
Poderá haver instrução probatória. 
Parágrafo único. Cada impugnação será autuada em separado, com os documentos a ela relativos, mas terão uma só autuação as diversas impugnações versando sobre o mesmo crédito.
Diversas pessoas podem se manifestar sobre o mesmo crédito, mas todos serão autuados em conjunto. 
O juiz terá que SENTENCIAR IMPUGNAÇÃO POR IMPUGNAÇÃO – todas as impugnações e habilitações são dirigidas para o juiz. 
Podem haver diferentes impugnações ao mesmo crédito – autuados em conjunto. Honorários da prova pericial poderá ser rateada.
Julgado por sentença / impugnação a impugnação.
Apresentado o quadro. Sem impugnação nos 10 dias. Já pode organizar os pagamentos.
Art. 14. Caso não haja impugnações, o juiz HOMOLOGARÁ, como quadro-geral de credores, a relação dos credores de que trata o § 2º do art. 7º, ressalvado o disposto no art. 7º-A desta Lei.     (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)   (Vigência)
Caso não haja impugnação – na fase do artigo 8º - em princípio aquele quadro deverá ser homologado e o quadro se torna um título executivo extrajudicial, com a homologação judicial.
Se administrativamente não deu certo (Art. 7o), pode pedir judicialmente (art. 8o).
Homologação o converte em um título executivo judicial (antes é extrajudicial).
o art. 7-A é sobre a fazenda pública. 
Art. 15. Transcorridos os prazos previstos nos arts. 11 e 12 desta Lei, os autos de impugnação serão conclusos ao juiz, que:
Se ninguém for impugnado sobre o seu crédito nos primeiros 5 dias e não houver a consequente manifestação do juiz para que o devedor ou o comitê se manifeste no prazo de 5 dias, seguirá um rito pelo JUIZ, chegando conclusos para ele:
Fase de contestação, impugnação após isso o processo será enviado concluso para o juiz.
I – determinará a inclusão no quadro-geral de credores das habilitações de créditos não impugnadas, no valor constante da relação referida no § 2º do art. 7º desta Lei;
Aquele crédito que não foi impugnado já é enviado para o quadro de credor, para ir para a ordem de pagamento, ficando aguardando o pagamento.
II – julgará as impugnações que entender suficientemente esclarecidas pelas alegações e provas apresentadas pelas partes, mencionando, de cada crédito, o valor e a classificação;
O chamado julgamento antecipado da lide é essa hipótese. Isto é, não irá esperar toda a produção probatória para analisar o mérito, podendo já proferir sentença com aquilo que recebeu no petitório inicial. 
III – fixará, em cada uma das restantes impugnações, os aspectos controvertidos e decidirá as questões processuais pendentes;
Abrirá em despacho os pontos controvertidos que deverão se esclarecidos.IV – determinará as provas a serem produzidas, designando audiência de instrução e julgamento, se necessário.
Provas deverão ser produzidas sobre as coisas que o juiz entenda como controversas.
Art. 16. Para fins de rateio na falência, deverá ser formado quadro-geral de credores, composto pelos créditos não impugnados constantes do edital de que trata o § 2º do art. 7º desta Lei, pelo julgamento de todas as impugnações apresentadas no prazo previsto no art. 8º desta Lei e pelo julgamento realizado até então das habilitações de crédito recebidas como retardatárias.     (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)      (Vigência)
§ 1º As habilitações retardatárias não julgadas acarretarão a reserva do valor controvertido, mas não impedirão o pagamento da parte incontroversa.     (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)   (Vigência)
§ 2º Ainda que o quadro-geral de credores não esteja formado, o rateio de pagamentos na falência poderá ser realizado desde que a classe de credores a ser satisfeita já tenha tido todas as impugnações judiciais apresentadas no prazo previsto no art. 8º desta Lei, ressalvada a reserva dos créditos controvertidos em função das habilitações retardatárias de créditos distribuídas até então e ainda não julgadas.    (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
Muitos créditos já estarão prontos para pagamentos, respeitada a ordem de pagamento. A ordem do quadro de credores deve ser seguida.
Em uma hipótese de pagar todos os fiscos federais, mas não havendo dinheiro para pagar toda uma categoria, o administrador fará um rateio proporcional em que é realizado um cálculo proporcional em que é realizado um desconto em todos os valores, percentual padrão de 30% - por exemplo. 
Art. 17. Da decisão judicial sobre a impugnação caberá agravo.
A decisão sobre a impugnação é uma sentença. Antes do CPC/15 o agravo era muito mais rápido, logo esse poderia ser decidido monocraticamente pelo relator. A apelação necessariamente colegiada tinha que decidir. Isso quer dizer que um agravo de instrumento, demorava 6 meses enquanto apelação até mesmo 2 anos. Com o novo CPC, deu uma agilizada
NA REAL, É A MITIGAÇÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO, MAS EM DECORRENCIA DE NOVAS NORMAS. 
Parágrafo único. Recebido o agravo, o relator poderá conceder efeito suspensivo à decisão que reconhece o crédito ou determinar a inscrição ou modificação do seu valor ou classificação no quadro-geral de credores, para fins de exercício de direito de voto em assembléia-geral.
Art. 18. O administrador judicial será responsável pela consolidação do quadro-geral de credores, a ser homologado pelo juiz, com base na relação dos credores a que se refere o art. 7º , § 2º , desta Lei e nas decisões proferidas nas impugnações oferecidas.
Parágrafo único. O quadro-geral, assinado pelo juiz e pelo administrador judicial, mencionará a importância e a classificação de cada crédito na data do requerimento da recuperação judicial ou da decretação da falência, será juntado aos autos e publicado no órgão oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, contado da data da sentença que houver julgado as impugnações.
Houve um primeiro quadro e possíveis impugnações, depois dessas serem julgadas é que se promoverá a mantença do quadro unitário.
Art. 19. O administrador judicial, o Comitê, qualquer credor ou o representante do Ministério Público poderá, até o encerramento da recuperação judicial ou da falência, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto noCódigo de Processo Civil, pedir a exclusão, outra classificação ou a retificação de qualquer crédito, nos casos de descoberta de falsidade, dolo, simulação, fraude, erro essencial ou, ainda, documentos ignorados na época do julgamento do crédito ou da inclusão no quadro-geral de credores.
§ 1º A ação prevista neste artigo será proposta exclusivamente perante o juízo da recuperação judicial ou da falência ou, nas hipóteses previstas no art. 6º , §§ 1º e 2º , desta Lei, perante o juízo que tenha originariamente reconhecido o crédito.
§ 2º Proposta a ação de que trata este artigo, o pagamento ao titular do crédito por ela atingido somente poderá ser realizado mediante a prestação de caução no mesmo valor do crédito questionado.
Art. 20. As habilitações dos credores particulares do sócio ilimitadamente responsável processar-se-ão de acordo com as disposições desta Seção.
Habilitação retardatária.
Art. 10. Não observado o prazo estipulado no art. 7º , § 1º , desta Lei, as habilitações de crédito serão recebidas como retardatárias.
§ 1º Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, excetuados os titulares de créditos derivados da relação de trabalho, não terão direito a voto nas deliberações da assembléia-geral de credores.
§ 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo ao processo de falência, salvo se, na data da realização da assembléia-geral, já houver sido homologado o quadro-geral de credores contendo o crédito retardatário.
§ 3º Na falência, os créditos retardatários perderão o direito a rateios eventualmente realizados e ficarão sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os acessórios compreendidos entre o término do prazo e a data do pedido de habilitação.
§ 4º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o credor poderá requerer a reserva de valor para satisfação de seu crédito.
§ 5º As habilitações de crédito retardatárias, se apresentadas antes da homologação do quadro-geral de credores, serão recebidas como impugnação e processadas na forma dos arts. 13 a 15 desta Lei.
§ 6º Após a homologação do quadro-geral de credores, aqueles que não habilitaram seu crédito poderão, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil, requerer ao juízo da falência ou da recuperação judicial a retificação do quadro-geral para inclusão do respectivo crédito.
§ 7º O quadro-geral de credores será formado com o julgamento das impugnações tempestivas e com as habilitações e as impugnações retardatárias decididas até o momento da sua formação.    (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
§ 8º As habilitações e as impugnações retardatárias acarretarão a reserva do valor para a satisfação do crédito discutido.     (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
§ 9º A recuperação judicial poderá ser encerrada ainda que não tenha havido a consolidação definitiva do quadro-geral de credores, hipótese em que as ações incidentais de habilitação e de impugnação retardatárias serão redistribuídas ao juízo da recuperação judicial como ações autônomas e observarão o rito comum.       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
§ 10. O credor deverá apresentar pedido de habilitação ou de reserva de crédito em, no máximo, 3 (três) anos, contados da data de publicação da sentença que decretar a falência, sob pena de decadência.   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)  
Habilitação / impugnação que perdeu o prazo de quinze dias do art. 7o.
Não pode ser resolvida administrativamente. Vai direto à fase judicial.
Juiz não tem prazo fixado para decidir como o administrativo.
Assembleia de credores. Só tem poder de voto aquele reconhecido como credor. Habilitação retardatária, enquanto não decidido, não há poder de voto (não vota no plano de recuperação, por exemplo).
Pode ter produção de provas. Arca com os honorários periciais sozinhos. 
- Fase administrativa de um edital (Art. 7o) e outro (Art. 8o)
Não há contencioso, como regra. Excepciona-se o fisco.
- Fase judicial.
Até três anos para pedir habilitação a contar da publicação da sentença que decreta a falência.
Art. 10. § 10. O credor deverá apresentar pedido de habilitação ou de reserva de crédito em, no máximo, 3 (três) anos, contados da data de publicação da sentença que decretar a falência, sob pena de decadência. 
Se é o único retardatário, talvez tenha que arcar sozinho com honorários de perito, por conta de não poder participar da prova anterior que pode ter sido feita em prol de todos os demais credores.
Não há aplicação de multa ou penalidades, o que há: mais

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