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Da personalidade e da capacidade - Art 1 e 2

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IZABELLA F. REIS - 2° PERÍODO 2021/01 - PROFESSORA: PRISCILA M. D.
DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE - Art. 1° e 2°
Personalidade civil.
O art. 1° do Código Civil
prescreve acerca da titularidade de
direitos de todo sujeito:
Sendo necessário observar que é
utilizado o termo “pessoa” ao invés de
“homem”, pelo último ser dito como
discriminatório. Além disso, o emprego
da expressão “deveres” e não mais
“obrigação”, por se destacar melhor
tecnicamente, ademais, a exclusão
dos animais, sendo tidos como
objetos.
A norma em questão trata da
capacidade de direito ou de gozo, ou
seja, da qualidade de ser indivíduo de
direitos e deveres na ordem privada,
que todas as pessoas têm sem
distinção. Existindo-se ainda uma
outra capacidade, aquela para exercer
direito, pondo a salvo seus interesses,
denominada capacidade de fato ou de
exercício, que algumas pessoas não
tem, sendo assim:
Conceitos correlatos.
a) Legitimação: Capacidade
especial para determinado ato
ou negócio jurídico.
Exemplo: Autorização conjugal
na venda de imóvel, sob pena
de anulabilidade do contrato
(art. 1.647, inc. I e art. 1.649 do
CC/02);
b) Legitimidade: Capacidade
processual, uma das condições
da ação.
Exemplo: Legitimados
processualmente para as
medidas de tutela dos
interesses do morto;
c) Personalidade: Soma de
caracteres da pessoa, ou seja,
aquilo que ela é para si e para
sociedade. Trata-se de uma
aptidão genérica para titularizar
direitos e deveres, referindo-se
à qualidade da pessoa, que,
automaticamente, é detentora
de capacidade de direito.
Na norma citada acima, tem-se o
início do que entende por
personalidade, demonstrando certa
polêmica, pois a primeira parte dispõe
que a personalidade é adquirida a
partir do nascimento com vida,
sucedido na segunda parte, reconhece
que aquele ainda não nascido
(nascituro) teria direito desde a
concepção; Afinal, nascituro é uma
pessoa ou não?
Nascituro, de acordo com a
doutrina de Limongi França, é o ente
concebido e ainda não nascido, de
vida intrauterina. Ainda mais, natimorto
é o nascido morto, se aplicando tutela
de certos direitos da personalidade. Já
o concepturo, é aquele que nem foi
IZABELLA F. REIS - 2° PERÍODO 2021/01 - PROFESSORA: PRISCILA M. D.
concebido (prole eventual). Para
compreender o início da personalidade
jurídica do nascituro, foi estabelecido
teorias:
a) Teoria natalista: Personalidade
jurídica adquirida a partir do
nascimento com vida, tendo
que o nascituro goza de mera
expectativa de direitos. (teoria
tradicional no sistema brasileiro)
- Crítica: Qualificação do
nascituro como coisa,
distante das técnicas de
reprodução assistida e
da proteção dos direitos
do embrião.
b) Teoria da personalidade
condicional: O nascituro pode
titularizar certos direitos da
personalidade (direito de
nascer) mas comente consolida
direitos de cunho material ou
econômico sob a condição de
nascer com vida. (direitos
patrimoniais condicionadas ao
nascimento com vida)
- Crítica: Os direitos da
personalidade não
podem estar sujeitos a
condição, termo ou
encargo.
c) Teoria concepcionista:
Nascituro é considerado pessoa
desde a concepção, dotado de
personalidade jurídica plena,
inclusive para titularizar certos
direitos materiais ou
econômicos.
- Crítica: Conflitos do
nascituro nascer morto.
Qual teoria adotada pelo
Código Civil Brasileiro?
A questão é polêmica, pois, a
corrente tradicional e prática do
Código Civil brasileiro reconhece a
personalidade civil do nascituro com
seu nascimento, ou seja, aceitação da
Teoria Natalista. No entanto, a
jurisprudência atual sofre influência da
Teoria Concepcionista, por ser
considerada mais abrangente no
sistema, como por exemplo a
indenização aos pais onde a mãe
perde o nascituro no acidente.

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