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Personalidade Aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil Aquisição Há três Teorias que tratam da aquisição da personalidade jurídica, são elas: Natalista: a personalidade civil somente se inicia com o nascimento com vida; Personalidade Condicional: o nascituro é pessoa condicional, pois a aquisição da personalidade depende do nascimento com vida; e Concepcionista: se adquire a personalidade antes do nascimento, ou seja, desde a concepção. O Direito Brasileiro adotou a segunda teoria, isto é, a Teoria da Personalidade Condicional. De acordo com o artigo 2º do Código Civil: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.”, dessa maneira, tem-se o nascimento da pessoa com vida como o ponto inicial da personalidade, entretanto a lei resguarda certos direitos ao feto. Direitos da Personalidade Direitos da personalidade são direitos civis que preservam a individualidade de cada pessoa, como por exemplo o direito de imagem, à vida, ao nome e à privacidade. Porém, esses direitos não se resumem a isso pois não se trata de um rol taxativo e exaustivo, relacionam-se com o direito natural e constituem o mínimo necessário do que há na própria personalidade. Nesse contexto, a doutrina classifica os direitos da personalidade em três grupos: Direitos à integridade física: corpo, cadáver, alimentos, doação de órgãos, condenação a tortura, saúde, abandono de incapaz etc; Direitos à integridade psíquica: privacidade, sigilo, sociabilidade, liberdade etc; Direitos à integridade moral: honra, intimidade, privacidade, propriedade intelectual (direitos de invenção, direitos de autor), entre outros. Contudo, a definição não é exaustiva, pois tem um número ilimitado de hipóteses, como diz Roxana Cardoso Brasileiro Borges: "são direitos em expansão. Com a evolução legislativa e com o desenvolvimento do conhecimento científico acerca do direito, vão-se revelando novas situações que exigem proteção jurídica e, consequentemente, novos direitos vão sendo reconhecidos” https://www.aurum.com.br/blog/direito-civil/ https://www.aurum.com.br/blog/propriedade-intelectual/ Da tutela para defender os interesses No ordenamento jurídico existem uma série de mecanismos para que cessem a lesão ou a ameaça ao direito, ocorrendo de duas formas: Preventiva: feita por ação ordinária com multa cominatória, por exemplo, ação de fazer ou não fazer, a fim de evitar que a ameaça ao direito se concretize; Repressiva: quando a lesão já tiver ocorrido, requerendo uma indenização por danos materiais e/ou morais. Além disso, há um sistema penal em torno desses direitos, por exemplo, a exigência de distância mínima quando há ameaça à integridade física ou crimes contra a honra. Por fim, vale lembrar que a proteção aos direitos da personalidade também é aplicada às pessoas jurídicas, por força do Código Civil: art. 52 – Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade”, podendo, inclusive, pleitear indenizações por danos.” https://www.aurum.com.br/blog/ordenamento-juridico/ Características dos Direitos da Personalidade Inatos ou Originários: são adquiridos ao nascer independente da vontade; Vitalícios: perduram a vida toda e alguns se refletem mesmo após a morte; Imprescritíveis: perduram enquanto durar a vida e, em alguns casos, são protegidos após o falecimento; Inalienáveis: são relativamente indisponíveis, porque não possuem valor econômico imediato, exceto se houver violação desse direito, quando nascerá uma indenização como forma de compensação do direito violado e; Absolutos: podem ser opostos erga omnes. Intransmissíveis: não se transmite a outra pessoa, cabendo apenas àquela; Irrenunciáveis: continuam com o indivíduo; Ilimitados: é ilimitado o número de direitos da personalidade, não podem sofrer limitação voluntária Inexpropriáveis: não podem ser extraídos do seu titular ou objeto de usucapião Legitimidade dos Direitos da Personalidade Os direitos da personalidade são inerentes à própria pessoa ou personalíssimos. Em princípio, cabe à própria pessoa ingressar com as medidas para assegurar o seu direito. Contudo, caso haja uma lesão pós morte, os legitimados a tomarem as medidas são o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. Como exemplo, citamos os casos em que a família quer proteger a divulgação de escritos, exposição de alguma imagem do falecido ou a exposição que atinja a um dos direitos do falecido. Modos de Extinção da Personalidade Morte real – extingue a personalidade Morte simultânea – também chamada de comoriência, nesta modalidade de morte fica impossível determinar quem morreu primeiro, com isso não ocorre a transferência de bens de um para o outro; Morte civil - muito utilizada no Direito Romano, o art. 1816 do Código Civil, traz algo parecido ao determinar que o herdeiro afastado da herança por indignidade seria como se morto estivesse antes da abertura da sucessão; Morte presumida – com ou sem declaração de ausência, esta declaração tem a finalidade de além de declarar o ausente como desaparecido, possibilitar a abertura do processo de sucessão provisória, art. 6º, para depois ser solicitada a abertura definitiva, para ser dada a abertura definitiva aplica-se o art. 7º do CC; http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10605548/artigo-1816-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730594/artigo-6-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730554/artigo-7-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 Individualização da Personalidade Nome: prenome + patronímico + agnome prenome: primeiro nome patronímico: sobrenome ou apelido familiar agnome: distingue pessoas da mesma família que possuem o mesmo nome ex: júnior, neto, filho, sobrinho mudança de nome: em regra é imutável, contudo há exceções a respeito da imutabilidade (nome vexatório, erro gráfico, alteração do nome no primeiro ano após a maioridade, casamento, transexualidade) Estado: indica a sua posição na família e na sociedade ex: estado civil (solteiro, viúvo, casado...), estado político (brasileiro nato, naturalizado, estrangeiro) Domicílio: é o local onde o indivíduo responde por suas obrigações, no Código Civil é admitido a pluralidade de residências e domicílios Individualização da Personalidade Elementos do domicílio objetivo: residência (estado de fato material) subjetivo: ânimo definitivo (intenção de fixar-se) Tipos de domicílio voluntário geral: escolhido livremente voluntário especial: fixado com base no contrato necessário/legal: incapazes: do seu representante legal servidor público: local onde exercer permanentemente as suas funções militar: onde estiver servindo preso: ondo estiver cumprindo a sentença marítimo: onde o navio estiver matriculado agente diplomático: distrito federal ou último domicílio pessoa sem residência habitual: lugar onde ela for encontrada
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