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DIREITO CIVIL I - PESSOA NATURAL2

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DIREITO CIVIL I 
PESSOA NATURAL 
PROF. Valquiria Cavalcanti
OBJETIVOS 
- Discorrer sobre as diversas concepções acerca das pessoas no âmbito das relações jurídicas; 
- Introduzir o entendimento do conceito e modos de aquisição da personalidade jurídica; 
- Apresentar a questão conflituosa a respeito da natureza jurídica do nascituro;
 - Prover ao aluno os conhecimentos relativos à noção de capacidade civil das pessoas naturais, diferenciando os institutos da personalidade e da capacidade;
 - Discorrer sobre as diversas limitações à capacidade jurídica plena: incapacidade absoluta, relativa, analisando sob a ótica da Lei 13.146/15. 
- Emancipação 
1. A PERSONALIDADE JURÍDICA OU CIVIL. CONCEITO E AQUISIÇÃO
PESSOA: o próprio homem, isto é, o ser humano individualmente considerado como sujeito de direitos e obrigações.
 Vale salientar, que as expressões pessoa física e pessoa natural são sinônimas.
Do latim persona, que significa indivíduo, personagem. Pois a palavra deriva da atuação dos atores do teatro grego da antiguidade, os quais emprestavam a voz para dar vida a seus personagens fictícios. 
PESSOA 
É AQUELA QUE OCUPA PAPEL OU PAPÉIS NA SOCIEDADE.
NA CONCEPÇÃO JURÍDICA: PESSOA É TODO ENTE FÍSICO OU JURÍDICO SUSCETÍVEL DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES, SINÔNIMO DE SUJEITO DE DIREITOS E SUJEITO DE RELAÇÃO JURÍDICA. 
PESSOA NATURAL: é o nome que o direito civil atribui ao ser da espécie humana, considerado enquanto sujeito de direito e obrigações.
Para ser pessoa natural, basta existir. 
1. A PERSONALIDADE JURÍDICA OU CIVIL. 
CONCEITO: a personalidade civil ou jurídica é a capacidade (aptidão genérica) que as pessoas têm de serem titulares de direitos e obrigações (deveres).
Não é um atributo natural, e sim um atributo jurídico, sendo também conferido às pessoas jurídicas. 
PERSONALIDADE CIVIL 
É A QUALIFICAÇÃO DADA PELA LEI A CERTOS ENTES, CONFERINDO A ESTES APTIDÃO GENÉRICA PARA ADQUIRIR DIREITOS E OBRIGAÇÕES.
Exs. Herdar, receber doações, direito à saúde, celebrar contratos, etc.
É UM ATRIBUTO JURÍDICO.
SÓ AS PESSOAS POSSUEM PERSONALIDADE, LOGO OS ANIMAIS NÃO SÃO SUJEITOS DE DIREITO.
CONCEITO DE PERSONALIDADE
(Maria Helena Diniz)
“É A SOMA DE CARACTERES DA PESSOA, AQUILO QUE A PESSOA É PARA SI E PARA A SOCIEDADE.”
A PERSONALIDADE EXISTE MESMO COM A AUSÊNCIA DE REGISTRO DA PESSOA NATURAL. 
TODA PESSOA É DOTADA DE PERSONALIDADE.
PERSONALIDADE – amplitude do conceito
A personalidade é, também, um valor ético emanado do princípio da dignidade da pessoa humana e da consideração pelo direito civil do ser humano em sua complexidade. É objeto de tutela privilegiada pela ordem constitucional. 
O art. 1º, CC, porém, está relacionado à personalidade enquanto aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres na ordem civil. 
Art. 1º do Código Civil Brasileiro 
 P A R T E    G E R A L
LIVRO I
DAS PESSOAS
TÍTULO I
DAS PESSOAS NATURAIS
CAPÍTULO I
DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
SUJEITO DE DIREITO: é a pessoa que possui personalidade; é o titular de direitos e deveres na ordem civil. 
CAPACIDADE - ESPÉCIES
Capacidade de direito: confunde-se com a própria personalidade jurídica. É a ela que se refere o caput do art. 1. 
Capacidade de fato: medida da personalidade. Aptidão para exercer pessoalmente os direitos e deveres adquiridos/contraídos em decorrência da personalidade
CAPACIDADE 
CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO– aptidão oriunda da personalidade, para adquirir direitos e contrair obrigações. Todas as pessoas possuem. (art. 1º, CC)
CAPACIDADE DE FATO OU DE EXERCÍCIO – aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. Nem todos possuem esse poder efetivo de praticar plenamente os atos da vida civil. Vide: arts. 3º e 4º do CC/02 (incapazes).
REGRA 
TODA PESSOA TEM CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO, MAS NEM TODA PESSOA TEM CAPACIDADE DE FATO OU DE EXERCÍCIO, isto é, de usá-los pessoalmente e transmiti-los a outrem por ato de vontade.
INÍCIO DA PERSONALIDADE JURÍDICA OU CIVIL
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
As principais teorias sobre o início da personalidade são:
a) TEORIA NATALISTA ou do nascimento: a personalidade inicia com o nascimento com vida, independente do critério de viabilidade desta vida.
 b) TEORIA CONCEPCIONISTA: a personalidade inicia desde a concepção.
 c) TEORIA DA PERSONALIDADE CONDICIONAL: a personalidade civil do nascituro é condicional, dependendo do evento do nascimento. Tal condição, para os adeptos desta teoria, é suspensiva e enquanto não ocorrer o nascimento com vida existe apenas expectativa de direito. Maria Helena Diniz defende que enquanto não nascer com vida há apenas personalidade formal (relativa aos direitos de personalidade) e, uma vez implementada a condição suspensiva ocorre a aquisição da personalidade material. 
INÍCIO DA PERSONALIDADE
Requisito: nascimento com vida = respiração
Teste: Docimasia hidrostática de Galeno
TEORIA NATALISTA (dominante): 
 Por esta teoria o nascimento com vida faz nascer a personalidade. Logo, o nascituro (aquele concebido, mas ainda não nascido) não teria personalidade.
NASCITURO
“A LEI PÕE A SALVO, DESDE A CONCEPÇÃO SEUS DIREITOS (a expectativa)”
EXS.
DIREITO À VIDA, INTEGRIDADE FÍSICA, DIREITO À IMAGEM, ALIMENTOS GRAVÍDICOS (Lei 11.804/08), ADEQUADA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL (art. 8°, ECA), RECEBER DOAÇÃO (art. 542, CC), crime de aborto (arts. 124 a 127, CP)ação de investigação de paternidade (Lei 5.478/68), dentre outros.
EMBRIÕES EXCENDENTÁRIOS 
Dos quais são colhidas as células-tronco para fins de pesquisa. 
Lei 11.105/05, art. 
“Art. 5o É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições:
        I – sejam embriões inviáveis; ou
        II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento.
        § 1o Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores.”
JULGAMENTO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF): Adin n° 3.510
TEORIA CONCEPCIONISTA 
Admite que o nascituro adquire personalidade antes do nascimento, ou seja, desde a concepção.
PROTEÇÃO AO NASCITURO
A 10ª câmara de Direito Privado do TJ/SP negou recurso de Rafinha Bastos e majorou para R$ 150 mil o valor da indenização que ele terá que pagar a Wanessa Camargo, a seu marido, Marcus Buaiz, e ao seu filho, por ter declarado durante o programa "CQC" que "comeria ela e o bebê, não to nem aí" ao comentar a gravidez da cantora.
NASCITURO PROTEÇÃO
Nascituro ganha indenização pela morte do pai igual à dos irmãos já nascidos 
Mesmo antes de nascer, um bebê garantiu o direito de receber indenização por danos morais em razão da morte do pai em acidente de trabalho. A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, manteve a indenização para o nascituro em R$ 26 mil, mesmo montante arbitrado para os demais filhos do trabalhador.
NASCITURO – Resp 931556
A relatora ressaltou ainda que não se pode medir a dor moral para afirmar se ela seria maior ou menor para o nascituro. Se isso fosse possível, ela arriscaria um resultado: “Maior do que a agonia de perder um pai, é a angústia de jamais ter podido conhecê-lo, de nunca ter recebido um gesto de carinho, enfim, de ser privado de qualquer lembrança ou contato, por mais remoto que seja, com aquele que lhe proporcionou a vida”, afirmou a ministra Nancy Andrighi no voto.
PROTEÇÃO AO NASCITURO
“DIREITO CIVIL. ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO. ABORTO. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGUROOBRIGATÓRIO. DPVAT. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. ENQUADRAMENTO JURÍDICO DO NASCITURO. ART. 2º DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. EXEGESE SISTEMÁTICA. ORDENAMENTO JURÍDICO QUE ACENTUA A CONDIÇÃO DE PESSOA DO NASCITURO. VIDA INTRAUTERINA. PERECIMENTO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. “ 
FUNDAMENTOS DO JULGAMENTO
“As teorias mais restritivas dos direitos do nascituro - natalista e da personalidade condicional - fincam raízes na ordem jurídica superada pela Constituição Federal de 1988 e pelo Código Civil de 2002. O paradigma no qual foram edificadas transitava, essencialmente, dentro da órbita dos direitos patrimoniais. Porém, atualmente isso não mais se sustenta. Reconhecem-se, corriqueiramente, amplos catálogos de direitos não patrimoniais ou de bens imateriais da pessoa - como a honra, o nome, imagem, integridade moral e psíquica, entre outros.”
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO INDENIZATÓRIO
“Ademais, hoje, mesmo que se adote qualquer das outras duas teorias restritivas, há de se reconhecer a titularidade de direitos da personalidade ao nascituro, dos quais o direito à vida é o mais importante. Garantir ao nascituro expectativas de direitos, ou mesmo direitos condicionados ao nascimento, só faz sentido se lhe for garantido também o direito de nascer, o direito à vida, que é direito pressuposto a todos os demais. 5. Portanto, é procedente o pedido de indenização referente ao seguro DPVAT, com base no que dispõe o art. 3º da Lei n.6.194/1974.”
TUTELA JURÍDICA DO NASCITURO
Titularidade de direitos personalíssimos (vida, proteção pré natal etc.). Nesse aspecto, vale ressaltar os enunciados 1 e 2, da I Jornada de Direito Civil do CJF/STJ:
 Enunciado n. 1. A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como: nome, imagem e sepultura.
 Enunciado n. 2: Sem prejuízo dos direitos da personalidade nele assegurados, o art. 2º do Código Civil não é sede adequada para questões emergentes da reprogenética humana, que deve ser objeto de um estatuto próprio.
INCAPACIDADE 
É A RESTRIÇÃO LEGAL AO EXERCÍCIO DOS ATOS DA VIDA CIVIL, PARA AQUELES QUE AINDA NÃO POSSUEM DISCERNIMENTO, JUÍZO, APTIDÃO PARA DISTINGUIR O LÍCITO DO ILÍCITO, O CONVENIENTE DO PREJUDICIAL.
A CAPACIDADE É A REGRA E A INCAPACIDADE A EXCEÇÃO!!!
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, alterado pela Lei 13.146/2015
COMO ERA:
I- Menores de 16 anos 
II - Os que, por enfermidade ou doença mental não tiverem o discernimento necessário para a prática dos atos da vida civil
II - Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir a sua vontade
 
 
COMO FICOU: 
Art. 3°. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. 
Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência)
 
INCAPACIDADE RELATIVA (ART. 4º, CC/02)
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: (Lei 13.146/15)
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade.
IV - os pródigos.
Parágrafo único.  A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.            (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)  Lei 6.001/73 e arts. 231 a 232 da CF/88. 
RELATIVAMENTE INCAPAZES
Certos atos, porém, podem os maiores de 16 e menores de 18 anos praticarem sem a assistência de seu representante legal:
Exs. Fazer testamento (art. 1.860)
 Ser testemunha (art. 228, I e § 1°)
 Votar (CF, art. 14)
 O juiz determina os limites da curatela (art. 1.172)
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
Art. 1o  É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
Art. 4o  Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.
Lei 13.146/15 – Estatuto da Pessoa com Deficiência
Art. 6o  A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:
I - casar-se e constituir união estável;
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
PROTEÇÃO AOS INCAPAZES
 Do Exercício do Poder Familiar
Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
I - dirigir-lhes a criação e educação;
II - tê-los em sua companhia e guarda;
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;
IV - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;
V - representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;
VI - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;
VII - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.
Proteção aos incapazes – 
PROCESSO JUDICIAL DE INTERDIÇÃO
Art. 1.768. A interdição deve ser promovida:
 I - pelos pais ou tutores;
 II - pelo cônjuge, ou por qualquer parente;
 III - pelo Ministério Público.
IV- pela própria pessoa (Lei 13.146/15)
 Antes de pronunciar-se acerca da interdição, o juiz, assistido por especialistas, examinará pessoalmente o arguido de incapacidade e fixará os limites da curatela.
Havendo meio de recuperar o interdito, o curador promover-lhe-á o tratamento em estabelecimento apropriado.
PRÓDIGO (vício da prodigalidade)
A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração.
PROTEÇÃO AOS INCAPAZES
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
Do Jogo e da Aposta
Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito.
MAIORIDADE CIVIL 
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
CAPACIDADE ESPECIAL – exigida para realizar determinados atos fora da esfera do Direito Privado 
Art. 14, CRFB/88
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
CTB – Lei 9.503/97
“Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos:
        I - ser maior de vinte e um anos;”
EMANCIPAÇÃO 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
ESPÉCIESDE EMANCIPAÇÃO 
A) EMANCIPAÇÃO VOLUNTÁRIA
B) EMANCIPAÇÃO JUDICIAL
C) EMANCIPAÇÃO LEGAL 
A) EMANCIPAÇÃO VOLUNTÁRIA
a) Voluntária (art. 5º, parágrafo único, I, primeira parte): concessão dos pais, em comum acordo. É indispensável o consentimento harmônico dos pais, pois ambos são titulares do poder familiar (art. 1.631, CC/2002). Só é aceita, nesta espécie de emancipação, o consentimento de apenas um dos pais na falta ou impedimento do outro, pois, nesta hipótese, o poder familiar é exercido com exclusividade.
A emancipação voluntária, por ser uma concessão, não pode ser requerida pelo menor, independe de homologação judicial e deve ser feita por instrumento público.

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