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Guias de Manejo Calopsitas e Jabutis 8º Semestre - Manhã Manoella de Oliveira Santos Omena – 28272398 Leandro Antonio Alves de Oliveira – 28274022 Rodrigo de Souza Silva – 28249103 Irislane Liandro Vieira Zanoni – 28270987 Beatriz Gambarini Firmino – 28271394 Giovanni Allasia Chrispim de Mattos – 28271375 Paulo Quintino da Costa – 28258832 Psitacídeos Manejo de Calopsitas (Nymphicus hollandicus) Originárias da Austrália, as calopsitas têm uma expectativa de vida que vai até os 25 anos. Por isso, é bom ter ciência de que a calopsita irá te acompanhar por muito tempo, demandando cuidado, atenção e carinho, assim como qualquer outro bichinho. Calopsitas costumam se sentir solitárias, de forma que o ideal é ter um casal. Comportamento As Calopsitas são extremamente dóceis, brincalhonas e amam ter e fazer companhia. São inteligentíssimas e algumas aves machos podem imitar sons e acabar reproduzindo algumas palavras que escute com frequência dentro de casa, assim como os papagaios. Outra característica marcante dessas aves é que elas amam cantar, assobiar e gritar. Isso mesmo, elas gritam!! E você não deve interrompê-las ou repreender quando estiverem fazendo isso. Essa atitude é parte de seus instintos e comum em sua rotina selvagem, é direito delas gritar! Por isso mantê-la sempre entretida, com bastante companhia e atividades que prendam sua atenção ajuda a evitar possíveis reclamações dos vizinhos. As cristas da Calopsita também servem como indicador de seu temperamento. Se a crista estiver ereta, a Calopsita está em alerta, se estiver muito baixa, está curiosa e concentrada, por exemplo. Saúde É sempre muito difícil identificar alguma anormalidade na saúde de uma ave. Geralmente só percebemos sintomas quando elas já estão muito doentes. Por isso, apesar de as Calopsitas serem animais muito saudáveis e não apresentarem com frequência nenhum tipo de doença comum, é importante que saibamos identificar que nossa ave está doente, mesmo que os sintomas sejam quase imperceptíveis. Tratando-se de Calopsitas, algumas atitudes do bichinho podem nos dar o alerta de que algo não está certo. Apatia, perda da vontade de brincar, ficar muito tempo empoleirada e escondida no fundo da gaiola, mudança de comportamento (ficar agressiva ou mansa demais) sempre servem como um sinal vermelho de que alguma coisa está errada. Levar o animal ao veterinário especialista em aves é o melhor a se fazer, já que, por mais que possa ser alguma coisa não muito grave, para uma ave isso pode tornar-se um problema até mesmo fatal. Além disso, atenção para as fezes da Calopsita que também são um grande indício de possíveis doenças. Elas devem ser sempre secas e pastosas (cocô de passarinho como estamos acostumados). Fezes escuras e líquidas, são sinal de que algo não está bem. A gripe acomete bastante as aves e pode facilmente torna-se uma pneumonia. Apatia, espirros frequentes, nariz escorrendo, olhos vermelhos e lacrimejando são sinais de que é necessário levar o animal ao medico veterinário. Penas frágeis e opacas, Respiração chiada, Fezes diferentes, Mudança de comportamento ou Alimentação descontrolada são sintomas que devem ser levados à sério e são motivos para pedir ajuda médica o quanto antes. Pelagem A cor original da Calopsita é Cinza Silvestre e é assim que elas são encontradas na natureza. Com a vinda dessas aves para nossas casas, algumas mutações aconteceram em suas cores e depois cruzamentos entres essas mutações dando origem a aves com as mais diversas variações de cores em suas penas. As mutações primárias englobam a nominações: Arlequim, Lutino, Canela, Pérola, Cara Branca e Prata. Dessas mutações primárias surgiram as cruzadas, que deram origem a uma variação ainda maior! As Calopsitas também possuem uma pequena crista na cabeça que varia de cor. Manejo Alimentar Alimentação adequada Mix de sementes, 5% de sementes de girassol, 10% de aveia, 15% de arroz com casca, 20% de alpiste e 50% de painço. Ração extrusada ou peletizada, as rações industriais garantem a qualidade nutricional da dieta das calopsitas, pois são ricas em vitaminas e minerais. Areia lavada, ossos de siba e farinha de ostras, Esses elementos forneceram cálcio às calopsitas, bem como estimulam o trato digestivo das aves, o que facilita a digestão. Legumes crus, temos abóbora, abobrinha, cenoura, beterraba, nabo e pepino. Quanto às verduras, elas devem ser frescas e de qualidade. São recomendados espinafre, brócolis, couve, couve-flor, chicória e acelga Frutas recomendadas são maçã, pera, morango, mamão, banana, goiaba, manga, pêssego, melão e melancia. Alimentos proibidos Existe uma série de alimentos que não devem ser oferecidos a uma calopsita. Além de condimentos como sal, açúcar e óleo, estão os derivados de cafeína, chocolate, derivados de farinha (seja ela branca ou integral), leite e derivados, feijão cru, mel, cogumelo, refrigerante e bebida alcoólica. Dentre as frutas e vegetais, fazem parte da lista abacate, tomate e cebola, além das sementes de maçã, pera, uva e damasco. Alface causa diarréia. Esses alimentos podem ocasionar a falência de algum órgão e levar a ave a óbito. Manejo Ambiental DICAS DE ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL Brinquedos Para o período em que as aves ficam soltas, uma dica é disponibilizar playgrounds (parquinhos). São encon- trados prontos, produzidos em madeira, próprios para calopsitas. Nas gaiolas, o interes- sante é ter balanços – estes podem ser de madeira ou de plásti- co – argolas coloridas e escadinhas, também de madeira ou plástico (as de madeira são mais resistentes). Tocas ou redes e bolinhas de plástico com chocalhos em seu interior também são muito apreciadas pelas calopsitas. Encontrados com facilidade no mercado, e muitos co- muns, são os brinquedos feitos com palitos de picolé. Existem ainda sininhos ou guizos que essas aves gos- tam bastante de ficar balançando. Espelhos Especialistas recomendam tam- bém o uso de espelhos, que podem ser colocados dentro da gaiola, ou brinquedinhos que já venham com o item. Pois quando as calopsitas cantam ou falam, amam se olhar no espelho. Porta petiscos Entre os acessórios para calopsita estão os porta petis- cos, que são caixinhas ou bolinhas nas quais é possível colocar uma comidinha dentro para que a ave fique en- tretida, tentando conseguir o alimento. Brinquedos caseiros São aqueles brinquedos que podem ser feitos, utilizan- do materiais que o tutor tem em casa. Argolinhas e bolinhas com tubos de papel É possível cortar os tubos de papel higiênico, papel toalha ou papel alumínio e dar para a calopsita brincar. Gaiola Tamanho ideal da gaiola para um bom manejo 61cm de altura e 50cm de largura quando fechada, 85cm de largura quando aberta, 27cm de comprimento e 1,5cm de largura da malha. Poleiros Os poleiros também são um importante item entre os acessórios para calopsita. Existem os de madeira ou de PVC, e é essencial que sejam compatíveis com o tamanho da ave. O ideal é optar pelos de madeira, justamente para que a calopsita possa gastar suas unhas e também o bico ao roê-los. Comedouros e Bebedouros Os melhores para limpeza são os de porcelana, porém são também os mais frágeis. Geralmente se utiliza um maior para comida e um menor para água. Quelônios Manejo de Jabutis (Chelonoidis) É fundamental que sua criação em ambiente doméstico seja autorizada pelo órgão responsável. No Brasil, o órgão responsável por regulamentar a criação de animais silvestres em cativeiro é o IBAMA. De acordo com a determinação do instituto, as duas espécies de jabuti originárias do país podem ser comercializadas: jabuti-tinga e jabuti-piranga. Jabuti-piranga Nome científico: Chelonoidis carbonaria; Classe: réptil; Ordem: Chelonoidis (quelônios); Família: Testudinidae (testudinata); Hábito: diurno; Hábito alimentar: onívoro; Habitat: bordas de floresta e cerrado; Tamanho: até 55 cm, Expectativa de vida: 80 anos. Jabuti-tinga Nome científico: Chelonoidis denticulata;Classe: réptil; Ordem: Chelonoidis (quelônios); Família: Testudinidae (testudinata); Hábito: diurno; Hábito alimentar: onívoro; Habitat: florestas densas; Tamanho: em média 70 cm, Expectativa de vida: 80 anos. Vale lembrar que todos os jabutis comercializados devem ter sido criados em cativeiro, sempre por criadores autorizados. Na hora da compra, exija nota fiscal, certificado de manejo e também o microchip, que é a identidade do seu jabuti de estimação. Ao contrário do que muitos pensam e do que vem sendo a regra na criação dos jabutis, a prática é extremamente contraindicada. O jabuti é um réptil, ou seja, é um animal ectotérmico. Isso significa que ele regula sua temperatura interna a partir de sua temperatura externa. Isso, por sua vez, tem impactos diretos no metabolismo do pet. Além disso, outros fatores, como a umidade, também influenciam na saúde dos jabutis, de modo que o ideal é criá-los em um terrário. Também conhecido como jabuti-vermelho, o jabuti-piranga é o tipo mais encontrado na natureza e em cativeiro. Pode ser encontrado especialmente nos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica. Entre as principais características do jabuti-tinga estão as manchinhas avermelhadas nas placas do casco e no corpo. É menor e mais leve que o jabuti-tinga, alcançando até 55 cm de casco. Este é bem escuro, quase preto. Daí o nome científico desse jabuti de espécies Chelonoidis carbonaria, do latim “carbonaria”, que quer dizer “do carvão”. Enquanto o jabuti-piranga é mais amplamente distribuído pelo Brasil, com exceção das regiões mais frias, a ocorrência do jabuti-tinga se dá principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país. Maior e mais pesado que o jabuti-piranga, costuma ter em média 70 cm quando adulto, podendo alcançar até um metro de comprimento retilíneo da carapaça. Dependendo do tamanho do indivíduo, seu peso pode ficar em torno de impressionantes 60 quilos. Além do tamanho, outra característica que diferencia o jabuti-tinga do jabuti-piranga é a coloração amarelada das placas do casco e das manchinhas espalhadas pelo corpo. Manejo alimentar Manejo Ambiental DICAS DE ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL Verduras: Folhas verdes escuras (Almeirão, Catalunia, rúcula, agrião, espinafre, entre outras (alface, repolho, acelga, ou qualquer outra que seja verde clara não é indica pois pode causar diarreia no animal). Legumes: Basicamente todos (lavados, crus, de preferencia ralados pois facilita a ingestão). Frutas: Todas (excessão ao abacate, que causa intoxicação, e cuidado com a quantidade de tomate). Outros: Pode se oferecer Carne moída para o animal, mas esta deve compor até 5% da alimentação do animal, e deve ser fornecida cozida e com suplementação de composto veterinário. O terrário do jabuti deve ser grande o suficiente para que ele possa se virar e se locomover com tranquili- dade. Nesse sentido, lembre-se que um jabuti-tinga adulto pode chegar a 70 cm. Atualmente, já existem substratos especiais para terrários desse animal. A temperatura adequada é funda- mental para o bom funcionamento do organismo dos jabutis. Uma vez que eles são originários de locais quentes, como a região Amazônica, a temperatura deve ficar entre 26° e 30°C. Menos que isso, seu metabolis- mo pode ficar muito lento, atrapa- lhando outras atividades, como a alimentação. Aliás, esse pode ser o motivo pelo qual seu jabuti não quer comer. A umidade é outro parâmetro mui- to importante para o bem-estar dos jabutis, acostumados a uma umida- de média entre 70 a 85%. Um habi- tat muito seco dificulta a respiração dos jabutis e contribui para o res- secamento do casco e doenças de pele. Para que exista a bsorção de cálcio é necessario a vitamina D, ela é ad- quirida atraves da exposição diária aos raios UVB e UVA, é fundamental assegurar que o animal tome banho de sol todos os dias, ou que tenha acesso a lâmpadas específicas para répteis que emitam esses raios. Do contrário, eles podem desenvolver sérias deformações no casco. O ideal é que o banho de sol dure, no mínimo, uma hora. O terrário do jabuti tem que imitar o seu habitat. Para fazer isso, é ne- cessário que você conheça como é o habitat da espécie de jabuti que você tem ou quer ter. Ele pode ser com poucas árvores e areia, pode ser com terra e várias árvores. Você tem que escolher aquele estilo que mais se assemelha com o habitat do seu jabuti. Por exemplo, o habitat do jabuti pi- ranga tem área mais aberta. Já o habitat do jabuti tinga tem florestas tropicais mais densas, ou seja, com bastante árvore. Plantas artificiais não são indicadas, pois o animal pode ingerir e acabar causando grandes problemas, as plantas naturais são as mais indica- das pois se o animal ingerir não tem problemas, as plantas que você pode plantar e ele comer tranquilamente são: chicória, agrião, almeirão, dente de leão, rúcula e outras folhas escuras que utilizamos no consumo humano. O substrato utilizado no chão do habi- tat também é uma das partes para ser considerada no enriquecimento am- biental para o jabuti, pois ele tambem pode consumir o material no momen- to da alimentação, e dependendo do material pode causar problemas. O potinho de água ou piscina para jabuti tem que ser raso para que ela não se afogue (pois jabutis são tarta- guras terestres e não sabem nadar) e de um tamanho que caiba ela dentro, caso queira ficar na água um pouqui- nho. Além disso, o tamanho vai variar dela filhote pra ela adulta. Tanto o jabuti-tinga quanto o jabuti-piranga são espécies onívoras, predo- minante herbívoras. Por isso, em sua dieta, 85% dos alimentos devem ser verduras e vegetais, 10% frutas e 5% proteína animal, como carne moída crua, ovos cozidos e com casca, e insetos. É importante que a alimentação desse pet seja rica em cálcio para manter a estrutura óssea resistente. Além do mais, para saber como criar um jabu- ti, é essencial deixar à disposição do pet água fresca diariamente. Nesse caso, coloque um recipiente raso se não quiser correr o risco de o animal se afogar. Hoje em dia já é possível encontrar rações prontas próprias para jabutis que garantem todas as necessidades nutricionais desses quelônios. Fontes: https://www.petz.com.br/blog/brinquedos-de-pet/como-criar-calopsita/ https://www.cpt.com.br/cursos-aves-exoticas/artigos/calopsitas-manejo-correto-garante-o-sucesso-da-criacao https://www.fmvz.unesp.br/Home/sobreocampus/cempas/manual-informativo-sobre-posse-responsavel-de-psitacid- eos.pdf https://www.petz.com.br/blog/pets/tudo-sobre-jabuti/ https://blog.cobasi.com.br/jabuti-piranga/
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