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Estrutura Metálicas e de Madeira Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Dr. Antonio Carlos da Fonseca Bragança Pinheiro Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites Estruturas Metálicas e de Madeira na Construção Civil • Introdução; • Vantagens e Desvantagens das Estruturas de Aço; • Vantagens e Desvantagens das Estruturas de Madeira; • Sistemas Estruturais Possíveis em Aço e Madeira; • Propriedades Físicas e Mecânicas dos Materiais; • Normas Vigentes para Dimensionamento; • Estados Limites. • Apresentar as vantagens e desvantagens das estruturas de aço e das de madeira, descre- vendo os sistemas estruturais possíveis nelas; • Conceituar as propriedades físicas e mecânicas desses materiais, bem como as normas vigentes para o dimensionamento em ambas as estruturas, apresentando e conceituan- do, por fi m, os estados limites utilizados nos cálculos estruturais dessas. OBJETIVOS DE APRENDIZADO Estruturas Metálicas e de Madeira na Construção Civil Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Estruturas Metálicas e de Madeira na Construção Civil Introdução O aço estrutural e a madeira estrutural são importantes elementos construtivos e excelentes materiais alternativos para construções em geral. As estruturas em aço sur- giram primeiramente na Inglaterra há, aproximadamente, 200 anos. Essa tecnologia construtiva vem se aprimorando constantemente. No Brasil, o aço passou a ser utilizado a partir do final do século XIX e início do sé- culo XX, na forma de estruturas pré-fabricadas importadas da Inglaterra para atender à crescente demanda da construção civil. Suas aplicações foram em pontes metálicas, galpões industriais e comerciais, bem como edifícios comerciais e residenciais. O aço é produzido em empresas denominadas siderúrgicas. Ele é uma liga metálica composta, principalmente, de ferro e pequenas quantidades de carbono (entre 0,008 % e 2,11 %). Tem propriedades mecânicas muito importantes para sua aplicação como material estrutural. As principais matérias-primas para obtenção do aço são o carvão mineral e o minério de ferro, que não são encontrados puros na natureza. Assim, esses mate- riais devem ser previamente preparados, com o objetivo de reduzir o consumo de energia e aumentar a eficiência do processo siderúrgico. Como resultado final do processo siderúrgico, após uma série de etapas, o aço é moldado a quente (aço laminado ou aço extrudado), sendo assim comercializado para utilização estrutural na forma de chapas, perfis ou bobinas. Nas empresas metalúrgicas, o aço estrutural é conformado a frio (perfil dobrado ou chapa dobrada) ou composto por soldagem industrial (perfil soldado), ambos comercializados. A produção do aço e a fabricação de estruturas de aço estão apresentadas na Figura 1. INSUMOS (Minério de Ferro, etc.) INDÚSTRIA SIDERÚRGICA AÇO ESTRUTURAL (Per�s, Chapas, etc.) INDÚSTRIA METALÚRGICA ESTRUTURA DE AÇO (Barras, Placas, etc.) Figura 1 – Produção do aço e fabricação de estruturas de aço 8 9 A madeira é um material utilizado desde a Antiguidade, quer seja de maneira fun- cional (estruturas de cobertura etc.) ou de maneira decorativa (assentos, quadros etc.). Com o passar do tempo, foram sendo aprimoradas as técnicas construtivas, melho- rando sua resistência estrutural e ao ataque orgânico e às ações atmosféricas. A madeira é um material heterogêneo, constituído basicamente de fibras. Existem diversas espécies de madeiras com diferentes propriedades, por isso é ne- cessário o conhecimento dessas características para seu melhor aproveitamento. As madeiras com maior resistência mecânica são utilizadas na execução das estrutu- ras de madeira. O processo de obtenção da madeira para peças estruturais tem início com a entrega da matéria-prima em bruto a serrarias na zona de recolha e armazena- mento da serração. Os troncos são então transportados para uma área de análise e seleção automática das espécies de árvore e de corte inicial. Em função da classificação inicial, os troncos são então separados e empilhados para posterior uso. Da zona de separação os troncos são conduzidos para as instala- ções de serração, onde são retiradas as cascas e as inserções de galhos. Em seguida, esses troncos são introduzidos em uma primeira máquina de corte longitudinal que dá origem aos elementos de madeira, que são mais uma vez separados e ordenados para operações posteriores. Tanto nessa como nas fases restantes, todos os subprodutos, como aparas de madeira e cascas, são conduzidos para outras zonas da fábrica, onde são sujeitos à reciclagem. Depois do corte, os elementos de madeira são transportados para os fornos de secagem, que permitem acelerar a estabilização das condições de humidade. Após a secagem, são conduzidos para uma zona de aplainamento, em que lhes é dado um acabamento superficial final. Depois do corte transversal de acordo com as especificações do cliente, os ele- mentos finalizados são embalados e levados para a zona de armazenagem e distri- buição, de onde partem para o seu destino final. Essas operações são chamadas de desdobro da madeira. A produção da madeira e a fabricação de estruturas de madeira estão na Figura 2. INSUMOS (Madeira Bruta) INDÚSTRIA MADEREIRA MADEIRA ESTRUTURAL (Per�s, Chapas, etc.) INDÚSTRIA SERRARIA ESTRUTURA DE MADEIRA (Barras, Placas, etc.) Figura 2 – Produção da madeira e fabricação de estruturas de madeira 9 UNIDADE Estruturas Metálicas e de Madeira na Construção Civil Vantagens e Desvantagens das Estruturas de Aço As estruturas de aço são constituídas por elementos de aço existentes no merca- do. Esses elementos são trabalhados conforme as necessidades estruturais e de ar- quitetura. Essa solução tecnológica apresenta vantagens, bem como desvantagens, que são importantes de serem adequadamente estudadas. Vantagens das Estruturas de Aço A utilização de estruturas de aço pode trazer várias vantagens em determinadas condições da construção civil. Os elementos estruturais em aço permitem a cons- trução de estruturas que podem atender a concepções arrojadas de arquitetura em edificações ou em elementos de infraestrutura. Como vantagens desse sistema de construção é possível citar(Figura 3): • Redução do Tempo de Execução da Estrutura: A utilização de estruturas de aço pode significar a redução de até 40% no tempo de execução que seria necessário se fossem utilizados processos convencionais, como a moldagem de peças estruturais de concreto armado in loco. Essa redução ocorre devido a fatores intervenientes como: a) As peças estruturais em aço são pré-fabri- cadas previamente em fábricas metalúrgicas; b) A fabricação dos elementos estruturais é feita em série, por isso essa condição de fabricação possibilita a redução do tempo para a execução da estrutura; c) A utilização de peças pré-fabricadas permite que sejam feitas diversas frentes de serviço simultanea- mente; d) Necessita da montagem de menor quantidade de escoramentos pro- visórios; e) Não é necessária a montagem de formas ou, no caso de estruturas mistas aço-concreto, ocorre uma pequena utilização de formas; f) Tem maior independência em relação aos fatores climáticos; • Utiliza menos apoios: Devido à alta resistência dos elementos constituintes, as estruturas de aço utilizam menos apoios do que as estruturas convencionais, gerando estruturas mais esbeltas; • Redução das Dimensões do Canteiro de Obras: Proporciona melhores facilidades nos canteiros de obras em relação às construções convencionais. Não há a necessidade de grandes espaços nesses canteiros para a instalação de depósitos de materiais como areia, brita, cimento, madeiras e ferragens. 10 11 • Canteiros de Obras mais Organizados e Limpos: A utilização de estruturas de aço proporciona melhor condição de organização e limpeza do canteiro de obras, possibilitando: a) redução da geração de entulhos; b) redução de aciden- tes do trabalho; • Redução de Desperdício de Materiais: A utilização de estruturas de aço possi- bilita a racionalização dos materiais e da mão de obra empregada na construção, devido à possibilidade da utilização de sistemas industriais nas obras; • Aumento da Qualidade no Processo e nos Produtos: Existe na produção da estrutura de aço, por ser pré-fabricada industrialmente, um grande controle, com maior precisão alcançada através da utilização de mão de obra qualifica- da, materiais de qualidade e equipamentos adequados; • Aumento de Confiabilidade Estrutural: A estrutura em aço é produzida e executada com um único material, que é homogêneo e com características mecânicas bem definidas; • Maior Facilidade de Transporte e de Manuseio: O aço estrutural tem grande resistência mecânica e, em geral, os elementos estruturais são menores, com menor peso relativo às estruturas convencionais, facilitando assim o transporte e o manuseio na fábrica e na obra; • Maior Facilidade para Futuras Ampliações: Por ser um material fabricado e usinado fora dos locais das obras, e executado e montado com precisão, possi- bilita futuras ampliações estruturais sem interferir nas atividades de rotinas dos ambientes ocupados; • Maior Facilidade de Montagem Estrutural: Como a estrutura de aço é pro- duzida de maneira industrial, sua montagem é pré-definida em projeto, o que possibilita aos montadores na obra um desempenho rápido e eficiente, com a utilização de equipamentos leves; • Possibilidade de Desmontagem e Reaproveitamento da Estrutura: A estrutu- ra de aço, quando necessário, pode ser desmontada e transferida para outro local; • Facilidade de Reforço Estrutural: Em caso de haver aumento de cargas atu- ando na estrutura de aço, ela pode com facilidade ser reforçada para suportar as novas cargas; • Resistência à Corrosão: As estruturas de aço podem ser resistentes à corro- são com a utilização de técnicas apropriadas, cujos custos sejam compatíveis com cada tipo de estrutura. 11 UNIDADE Estruturas Metálicas e de Madeira na Construção Civil Redução do Tempo de Execução da Estrutura Utiliza Menos Apoios Redução das Dimensões do Canteiro de Obras Canteiros de Obras Mais Organizados e Limpos Redução de Desperdício de Materiais Aumento da Con�abilidade Estrutural VANTAGENS DAS ESTRUTURAS DE AÇO Aumento da Qualidade no Processo e nos Produtos Maior Facilidade de Transporte e de Manuseio Resistência à Corrosão Maior Facilidade para Futuras Ampliações Maior Facilidade de Montagem Estrutural Possibilidade de Desmontagem e Reaproveitamento da Estrutura Facilidade de Reforço Estrutural Figura 3 – Vantagens das estruturas de aço Desvantagens das Estruturas de Aço As soluções tecnológicas em geral podem apresentar algumas desvantagens em suas aplicações. Nesse caso, deve ser feita a análise das condições técnicas de cada tecnologia e da relação custo-benefício de sua utilização. Como desvantagens desse sistema de construção, é possível citar (Figura 4): • Custo Global: Dependendo do tipo e do planejamento de uma obra, a estrutura em aço pode custar mais caro do que uma estrutura convencional em concreto. Esse custo engloba a proteção dos elementos de aço componentes da estrutura contra corrosão e incêndio; • Necessidade de Mão de Obra Qualificada: As estruturas metálicas necessi- tam em sua fabricação e execução de mão de obra mais especializada do que as necessárias para as estruturas convencionais; • Facilidade de Execução Restrita a Elementos Estruturais Lineares: O uso do aço em estruturas geralmente é economicamente viável apenas em peças es- truturais lineares como, por exemplo, vigas, colunas e treliças. Para a construção de lajes, geralmente é mais adequada a utilização de estruturas mistas de aço e concreto, do que a utilização única de chapas de aço; • Limitação de Existência dos Elementos Estruturais no Mercado: A utilização das estruturas de aço é limitada à oferta dos elementos estruturais no mercado; • Cultura Construtiva: Em algumas regiões, é possível não haver tradição na utilização de estruturas de aço em alguns tipos de construções; • Necessidade de Tratamento Superficial das Peças Estruturais: Os elementos estruturais de aço devem ter tratamento de superfície contra a oxidação (corro- são), devido ao seu contato com o ar atmosférico. O tratamento superficial pode ser dispensado se for utilizado aço de alta resistência à corrosão, que é mais caro 12 13 do que o aço estrutural convencional. Os elementos estruturais de aço também devem ter proteção contra incêndio, para que possam aumentar sua resistência ao calor, o que aumenta o custo da estrutura de aço. Custo Global Necessidade de Mão de Obra Quali�cada Facilidade de Execução Restrita a Elementos Estruturais Lineares DESVANTAGENS DAS ESTRUTURAS DE AÇO Necessidade de Tratamento Super�cial das Peças Estruturais Cultura Construtiva Limitação de Existência dos Elementos Estruturais no Mercado Figura 4 – Desvantagens das estruturas de aço Vantagens e Desvantagens das Estruturas de Madeira As estruturas de madeira são constituídas por elementos de madeira existentes no mercado. Esses elementos são trabalhados conforme as necessidades estruturais e de arquitetura. Essa solução tecnológica apresenta vantagens, bem como desvan- tagens, que são importantes de serem adequadamente estudadas. Vantagens das Estruturas de Madeira A utilização de estruturas de madeira pode trazer várias vantagens em determi- nadas condições da construção civil, principalmente em construções mais simples. Como vantagens desse sistema de construção é possível citar (Figura 5): • Redução do Tempo de Execução da Estrutura: A utilização de estruturas de madeira também pode significar a redução no tempo de execução que seria necessário se fossem utilizados processos convencionais. Essa redução ocorre devido a fatores intervenientes como: a) as peças estruturais em madeira po- dem ser pré-fabricadas previamente em serrarias; b) a fabricação das peças estruturais pode ser feita em série na serraria, possibilitando a redução do tempo de montagem da estrutura; c) a utilização de peças pré-fabricadas nas obras permite que sejam feitas diversas frentes de serviço simultaneamente; 13 UNIDADE Estruturas Metálicas e de Madeirana Construção Civil d) necessita da montagem de menor quantidade de escoramentos provisórios que nas estruturas convencionais; e) tem maior independência em relação aos fatores climáticos do que as estruturas convencionais em concreto armado; • Simplicidade de Execução: As estruturas de madeira necessitam apenas de alguns tipos de profissionais especializados e de algumas ferramentas e equi- pamentos adequados, se comparado ao que é necessário nas construções con- vencionais de concreto armado; • Baixo Consumo de Energia: Os elementos constituintes das estruturas de ma- deira têm um baixo consumo de energia no processo de produção e usinagem ao se comparar com outros processos construtivos; • Baixo Custo Global: Dependendo do tipo e do planejamento de uma obra, a estrutura de madeira pode custar mais barato do que uma estrutura convencional em concreto armado. Esse custo engloba a proteção dos elementos de madeira estrutural contra agentes químicos e orgânicos; • Redução das Dimensões do Canteiro de Obras: As estruturas de madeira proporcionam melhores facilidades no canteiro de obras em relação às constru- ções convencionais; • Canteiros de Obras mais Organizados e Limpos: A utilização de estruturas de madeira proporciona melhor condição de organização e limpeza ao cantei- ro de obras em relação às estruturas convencionais, possibilitando: a) redução da geração de entulhos; b) redução de acidentes do trabalho; • Redução de desperdício de materiais: A utilização de estruturas de madeira, principalmente aquelas pré-fabricadas, possibilita a racionalização dos mate- riais e da mão de obra empregada na construção, devido à possibilidade da utilização de sistemas industriais nas obras; • Aumento da Qualidade no Processo e nos Produtos: A estrutura de madei- ra, quando pré-fabricada industrialmente, apresenta um grande controle em sua produção, com maior precisão alcançada através da utilização de mão de obra qualificada, materiais de qualidade, ferramentas e equipamentos adequados; • Maior Trabalhabilidade: Devido à sua constituição orgânica, a madeira tem maior trabalhabilidade que outras soluções estruturais; • Maior Facilidade de Transporte e de Manuseio: A madeira estrutural tem boa resistência mecânica e, em geral, os elementos estruturais possuem menor peso relativo às estruturas convencionais, facilitando assim o seu transporte e manuseio na fábrica e na obra; • Facilidade para Futuras Ampliações: Por ser um material fabricado e mon- tado com boa precisão, possibilita futuras ampliações estruturais sem interferir nas atividades de rotinas dos ambientes ocupados; • Maior Facilidade de Montagem Estrutural: Como a estrutura de madeira pode ser produzida de maneira industrial, sua montagem é pré-definida em 14 15 projeto, o que possibilita aos montadores na obra um desempenho rápido e eficiente, com a utilização de equipamentos leves; • Possibilidade de Desmontagem e Reaproveitamento da Estrutural: A estrutura de madeira, quando necessário, pode ser desmontada e transferida para outro local; • Facilidade de Reforço Estrutural: Em caso de haver aumento de cargas atu- ando na estrutura de madeira, ela permite ser reforçada com certa facilidade para suportar as novas cargas; • Bom Comportamento Mecânico: Os elementos constituintes das estruturas de madeira têm bom comportamento mecânico, permitindo estruturas ade- quadas às solicitações estruturais. Possui alta resistência a cargas de impacto e pouca variação nas dimensões devido à variação da temperatura; • Boa Inércia Química: Os elementos constituintes das estruturas de madeira não reagem facilmente a agentes oxidantes ou redutores, mantendo suas ca- racterísticas mecânicas; • Bom Isolamento Térmico: As estruturas de madeira apresentam bom poten- cial de isolamento térmico se comparadas às construções convencionais; • Sustentabilidade Ambiental: Os elementos constituintes das estruturas de ma- deira, por serem compostos principalmente de carbono, são uma forma durável de fixação de carbono; • Boa Resistência ao Fogo: Apesar de ser um material inflamável, as estruturas de madeira apresentam boa resistência às altas temperaturas do fogo se forem comparadas às estruturas de aço, que não são inflamáveis, mas não resistem a altas temperaturas; • Menor Densidade dos Elementos Estruturais: Os elementos estruturais de madeira têm menor relação resistência-densidade do que os outros materiais, como, por exemplo, o concreto armado. Essa característica permite a execução de estruturas mais leves que as convencionais em concreto armado, gerando, por exemplo, elementos de fundações mais simples. VANTAGENS DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA Facilidade de Reforço Estrutural Bom Comportamento Mecânico Boa Inércia Química Bom Isolamento Térmico Redução do Tempo de Execução da Estrutura Redução do Tempo de Execução da Estrutura Maior Facilidade de Transporte e de Manuseio Facilidade para Futuras Ampliações Possibilidade de Desmontagem e Reaproveitamento da EstruturaMaior Trabalhabilidade Maior Facilidade de Montagem Estrutural Sustentabilidade Ambiental Redução de Desperdício de Materiais Canteiros de Obras mais Organizados e Limpos Redução das Dimensões do Canteiro de Obras Baixo Custo Global Baixo Consumo de Energia Simplicidade de Execução Aumento da Qualidade no Processo e nos Produtos Redução do Tempo de Execução da Estrutura Figura 5 – Vantagens das estruturas de madeira 15 UNIDADE Estruturas Metálicas e de Madeira na Construção Civil Desvantagens das Estruturas de Madeira Assim como as demais soluções tecnológicas, as estruturas de madeira apresen- tam algumas desvantagens em suas aplicações. Nesse caso, também, deve ser feita a análise das condições técnicas de cada tecnologia e da relação custo-benefício de sua utilização. Como desvantagens desse sistema de construção é possível citar (Figura 6): • Necessidade de Certificação de Origem da Madeira: Os elementos consti- tuintes das estruturas de madeira, por questões legais de sustentabilidade am- biental, devem ser certificados como sendo originários de madeiras de reflores- tamento, porque sua extração é controlada e não agride o meio ambiente; • Limitação das Espécies de Madeira Disponíveis com Boa Durabilidade Natural: Para a utilização de estruturas de madeira é importante haver a dispo- nibilidade de espécies de madeira que sejam adequadas à utilização estrutural e resistentes a ataques orgânicos, por exemplo, de fungos e cupins; • Suscetibilidade a Agentes Externos: A madeira pode ser atacada por ações do clima, fungos que apodrecem o material e insetos xilófagos; • Necessidade de Tratamento da Madeira: As madeiras, em geral, por serem materiais orgânicos, devem ser tratadas para resistirem às ações do clima, de fungos e insetos; • Material Anisotrópico: As madeiras possuem resistências diferentes em rela- ção à disposição de suas fibras, o que gera cuidados no cálculo, na fabricação e montagem das estruturas de madeira; • Baixa Confiabilidade Estrutural: A estrutura em madeira, por ser constituída de material orgânico natural, pode acarretar baixa confiabilidade às suas carac- terísticas mecânicas; • Necessidade de Mão de Obra Qualificada: As estruturas de madeira neces- sitam em sua fabricação e execução de mão de obra mais especializada que as necessárias para as estruturas convencionais; • Facilidade de Execução Restrita a Elementos Estruturais Lineares: O uso da madeira em estruturas geralmente é economicamente viável apenas em pe- ças estruturais lineares como, por exemplo, vigas, colunas e treliças. Para a construção de lajes, geralmente é mais adequada a utilização de estruturas mis- tas de madeira e placas de concreto ou de painéis compostos, do que a utiliza- ção única de tábuas de madeira; • Limitação de Existência dos Elementos Estruturais no Mercado: A utilização das estruturas de madeira é limitada à oferta dos elementos estruturais no mercado; 16 17 • Cultura Construtiva: Em algumasregiões, é possível não haver tradição na utilização de estruturas de aço em determinados tipos de construções. DESVANTAGENS DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA Facilidade de Execução Restrita a Elementos Estruturais Lineares Necessidade de Mão de Obra Quali�cada Baixa Con�abilidade Material Anisotrópico Limitação da Existência dos Elementos Estruturais no Mercado Necessidade de Tratamento da Madeira Suscetibilidade a Agentes Externos Limitação das Espécies de Madeira disponíveis com Boa Durabilidade Natural Necessidade de Certi�cação da Origem da Madeira Cultura Construtiva Figura 6 – Desvantagens das estruturas de madeira Sistemas Estruturais Possíveis em Aço e Madeira O aço estrutural e a madeira estrutural têm praticamente as mesmas capacidades de realização de projetos estruturais. Dentre as aplicações do aço estrutural, tem-se (Figura 7): • Estruturas de telhados; • Estruturas de edifícios industriais e comerciais; • Estruturas de residências (light steel frame); • Pontes, viadutos e passarelas; • Reservatórios de água; • Torres de transmissão de energia elétrica; • Torres de transmissão eletrônica; • Postes; • Escadas; • Mezaninos. 17 UNIDADE Estruturas Metálicas e de Madeira na Construção Civil APLICAÇÕES DO AÇO ESTRUTURAL Escadas Postes Torres de Transmissão Eletrônica Torres de Transmissão de Energia Elétrica Mezaninos Reservatórios de Água Pontes, Viadutos e Passarelas Estruturas de Residências (Light Steel Frame) Estruturas de Edifícios Industriais e Comerciais Estruturas de Telhado Figura 7 – Algumas aplicações do aço estrutural Dentre as aplicações do aço estrutural, tem-se (Figura 8): • Estruturas de telhados; • Estruturas de edifícios industriais e comerciais; • Estruturas de residências (wood frame); • Pontes, viadutos e passarelas; • Postes; • Escadas; • Mezaninos. APLICAÇÕES DA MADEIRA ESTRUTURAL Escadas Postes Mezaninos Pontes, Viadutos e Passarelas Estruturas de Residências (Wood Frame) Estruturas de Edifícios Industriais e Comerciais Estruturas de Telhado Figura 8 – Algumas aplicações da madeira estrutural 18 19 Propriedades Físicas e Mecânicas dos Materiais A propriedade de um material representa a intensidade de uma resposta a um estímulo específico imposto a ele. Os materiais apresentam diferentes propriedades, entre as quais estão as propriedades elétricas, físicas, magnéticas, mecânicas, ópticas, térmicas, entre outras, em função do tipo de estímulo que é capaz de provocar as diferentes respostas. Para a realização do cálculo e dimensionamento estrutural, deve-se conhecer as propriedades físicas e mecânica dos materiais. Propriedades Físicas dos Materiais As propriedades físicas são propriedades específicas de determinada matéria. São aquelas que podem ser observadas quando há ação mecânica ou do calor (ener- gia térmica). É importante saber as propriedades físicas dos materiais com o objetivo de conhe- cer a sua adequada utilização de acordo com as exigências de uma dada construção. Por exemplo, para manter a temperatura de um determinado ambiente, a exigência de desempenho básico de um material é que ele tenha boas características de isola- mento térmico. As propriedades físicas dos materiais dependem de sua homogeneidade e das suas características isotrópicas (Figura 9): • Materiais Isotrópicos: Para uma dada propriedade, apresentam igualdade nas três direções (x, y, z) ortogonais; • Materiais Anisotrópicos: Para uma dada propriedade, há uma variação em, pelo menos, uma das três direções (x, y, z) ortogonais. A maioria dos materiais é anisotrópico. Essa condição está associada à simetria da estrutura cristalina, em que o grau de anisotropia aumenta em função da diminuição da simetria estrutu- ral. A madeira, por exemplo, tem a resistência mecânica dependente do sentido de orientação das fibras. Na direção paralela às fibras, a resistência tende a ser maior do que na direção transversal ao sentido das fibras. 19 UNIDADE Estruturas Metálicas e de Madeira na Construção Civil Materiais Isotrópicos CARACTERÍSTICAS ISOTRÓPICAS DOS MATERIAIS Materiais Anisotrópicos Figura 9 – Características isotrópicas dos materiais Propriedades Mecânicas dos Materiais As propriedades mecânicas dos materiais definem o comportamento do mate- rial (resposta) quando sujeito a cargas externas, sua capacidade de resistir ou trans- mitir esses esforços sem se fraturar ou deformar de forma incontrolada (Figura 10). Materiais Isotrópicos CARACTERÍSTICAS ISOTRÓPICAS DOS MATERIAIS Capacidade de Resistir ou de Transmitir Esforços Sem Fraturar de Forma incontrolada Sem Deformar de Forma incontrolada PROPRIEDADES MECÂNICAS De �n em Figura 10 – Propriedades mecânicas dos materiais A resistência dos materiais é uma medida das forças externas que são aplicadas aos materiais, as quais são necessárias para vencer as forças internas de atração entre as partículas elementares desses. Existem diversos tipos de ligações interatômicas, cada qual com uma determina- da intensidade, que são específicas para cada tipo de material. Uma propriedade mecânica importante nos materiais é denominada Tensão Normal (f), sendo defi- nida pela expressão (1). [ ]Nf Pa A = (1) Onde: N – força normal atuante na barra; A – área da seção transversal da barra. 20 21 Outra propriedade mecânica é a elasticidade. Observa-se que, para pequenos níveis de carregamento, há um comportamento aproximadamente linear entre a ten- são aplicada em um corpo e sua deformação. Com a retirada da tensão, a deforma- ção cessa. Esse fenômeno é denominado de comportamento elástico do material. Normas Vigentes para Dimensionamento As normas técnicas vigentes para o cálculo, dimensionamento e a execução de estruturas são relacionadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A ABNT é uma organização privada e sem fins lucrativos que é responsável pela nor- matização de técnicas documentais e tecnológicas, facilitando, assim, a execução de projetos no Brasil. Ela é o foro nacional de normalização e a certificadora de produtos e sistemas. A função das normas técnicas é orientar os profissionais da área, servir de referência para a elaboração de contratos e de esclarecimentos técnicos para a socie- dade civil e aos consumidores em geral. Para estruturas de aço, a norma técnica vigente é a NBR 8800:2008 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Para estruturas de madeira, a norma técnica é a NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira. O cálculo e dimensionamento estrutural deve seguir as normas vigentes em cada país, como exemplificado a seguir. Estados Unidos Nos Estados Unidos, existem várias associações de normalização, dentre elas tem-se: • American Institute of Steel Construction (AISC): Instituto Americano de Construção em Aço; • American National Standards Institute (ANSI): Instituto Nacional Ameri- cano de Padronização; • American Welding Society (AWS): Sociedade Americana de Soldagem; • American Society for Testing and Materials (ASTM): Sociedade Ameri- cana para Testes e Materiais. França • Association Française de Normalisation (AFNOR): Associação Francesa de Normalização. Alemanha • Deutsch Industrie Normen (DIN): Norma da Indústria Alemã. 21 UNIDADE Estruturas Metálicas e de Madeira na Construção Civil Estados Limites Nas obras de engenharia, a principal preocupação é a manutenção da integridade estrutural das construções. Para que a segurança (suportar as ações que ocorrerão durante a vida útil da estrutura), funcionalidade (condições para as quais será cons- truída) e a economia (relação custo-benefício) possam ocorrer nas estruturas, foram constituídos vários métodos de cálculo e dimensionamento estrutural. Dentre os métodos de cálculo estrutural é possível citar três tipos: método intui- tivo; método das tensões admissíveis; método dos estados limites (Figura 11). Método das Tensões Admissíveis Método Intuitivo MÉTODOS DECÁLCULO ESTRUTURAL Método dos Estados Limites Figura 11 – Métodos de cálculo estrutural Método Intuitivo Foi o primeiro método a ser utilizado para a realização de estruturas, onde a segu- rança das estruturas dependia das concepções intuitivas dos projetistas estruturais e dos construtores. Esse método era condicionado por sucessos e insucessos de cons- truções anteriormente realizadas. Método das Tensões Admissíveis Esse é um método de cálculo estrutural considerado tradicional, sendo utilizado durante praticamente todo o século XX. Ele surgiu quando os princípios de análise linear elástica foram formulados e foi possível calcular as tensões internas nos ele- mentos estruturais a partir da metade do século XIX. Esse é um método determinístico, onde, para um mesmo corpo, com os mesmos vínculos, a aplicação de uma solicitação externa, de acordo com a lei de variação ao longo do tempo, se fosse repetida várias vezes, produziria em todas elas os mesmos esforços internos, as mesmas deformações e os mesmos deslocamentos. 22 23 Nesse método de cálculo e dimensionamento estrutural, a estrutura é observada sob ações de trabalho, impondo-se que não possa ser excedida uma tensão admissível. As ações de trabalho (ações nominais) são as máximas ações esperadas durante a vida útil da estrutura. As tensões resultantes são calculadas admitindo-se um comporta- mento elástico-linear. Nesse método, a tensão admissível é uma fração de uma tensão limite, como, por exemplo, a tensão de escoamento ou a tensão de flambagem. O fator de segurança é a relação entre a tensão limitante e a tensão admissível. Os valores dos fatores de segu- rança representam a experiência coletiva do cálculo estrutural. Esse método é fácil de ser utilizado, sendo de fácil compreensão. Contudo, ele apre- senta poucas informações sobre a capacidade real das estruturas, pois, para alguns tipos de estruturas, a hipótese de linearidade entre tensões e deformações, esforços e ações não é muito realista. Tal método não avalia as condições de serviço que poderiam inviabilizar a estrutu- ra, como, por exemplo, uma deformação excessiva. E entre os anos de 1940 e 1950, com a realização de métodos de cálculo plástico, foi verificado que esse método, também, não produz estruturas econômicas. Método dos Estados Limites O método dos estados limites é um método de cálculo semiprobabilístico que foi desenvolvido na Rússia durante o período da Segunda Guerra Mundial. A partir da década de 1970, o projeto estrutural começou a evoluir com a utilização de processos mais racionais, baseados em probabilidades, conhecido como estados limites. Durante a década de 1980, a ideia dos estados limites ganhou aceitação geral. Ele é fundamentado em análises estatísticas com coeficientes de ponderação apli- cados nas ações e nas resistências dos materiais, admitindo o comportamento estru- tural como determinístico. É baseado na capacidade última dos elementos estruturais. O estado limite ocorre sempre que a estrutura deixa de satisfazer um de seus objeti- vos, que podem ser divididos em estados limites últimos e estados limites de utilização. Os estados limites últimos estão associados à ocorrência de cargas excessivas e o consequente colapso estrutural devido – por exemplo, a sua perda de equilí- brio como corpo rígido, ruptura de uma ligação ou seção. Os estados limites de utilização incluem a verificação das deformações e vibrações excessivas. Os deslo- camentos ou as vibrações excessivas podem conduzir, por exemplo, a sensações de insegurança nos usuários das estruturas, danificar equipamentos, abrir fissuras nas alvenarias. 23 UNIDADE Estruturas Metálicas e de Madeira na Construção Civil Assim, os estados limites de uma estrutura são as condições a partir das quais a estrutura apresenta desempenhos inadequados às finalidades da construção. A sua ocorrência determina a paralização, total ou parcial, da construção Os estados limites podem ser classificados em dois tipos (Figura 12): • Estados limites últimos (de ruína) (ELU); • Estados limites de utilização (de serviço) (ELS). Estados Limites Últimos (ELU) ESTADOS LIMITES Estados Limites de Utilização (ELS) Figura 12 – Estados limites Estados Limites Últimos (ELU) Estados que por sua simples ocorrência determinam a paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção. No projeto, usualmente devem ser considerados os esta- dos limites últimos caracterizados por: • Perda de equilíbrio, global ou parcial, admitida a estrutura como corpo rígido; • Ruptura ou deformação plástica excessiva dos materiais; • Transformação da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hipostático; • Instabilidade por deformação; • Instabilidade dinâmica (ressonância). Estados Limites de Utilização (ELS) Estados que por sua ocorrência, repetição ou duração causam efeitos estruturais que não respeitam as condições especificadas para o uso normal da construção, ou que são indícios de comprometimento da durabilidade da construção. No projeto, usualmente devem ser considerados os estados limites de utilização caracterizados por: • Deformações excessivas, que afetem a utilização normal da construção, com- prometam seu aspecto estético, prejudiquem o funcionamento de equipamen- tos ou instalações ou causem danos aos materiais de acabamento ou às partes não estruturais da construção; • Vibrações de amplitude excessiva que causem desconforto aos usuários ou causem danos à construção ou ao seu conteúdo. 24 25 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Edifícios Industriais em Aço: Projeto e Cálculo BELLEI, I. H. Edifícios Industriais em Aço: Projeto e Cálculo. 3. ed. São Paulo: Pini, 2000. Estruturas de Aço: Conceitos, Técnicas e Linguagem DIAS, L. A. M. Estruturas de Aço: Conceitos, Técnicas e Linguagem. 7. ed. São Paulo: Zigurate Editora, 2009. Dimensionamento de Elementos Estruturais de Aço e Mistos de Aço e Concreto FAKURY, R. H.; SILVA, A. L. R. C.; CALDAS, R. B. Dimensionamento de Elementos Estruturais de Aço e Mistos de Aço e Concreto. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016. [e-book] Dimensionamento de Elementos Estruturais de Madeira JUNIOR CALIL, C.; LAHR, F. R.; DIAS, A. A. Dimensionamento de Elementos Estruturais de Madeira. Brasília: Manole, 2003. [e-book] Estruturas de Madeira PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de Madeira. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. [e-book] 25 UNIDADE Estruturas Metálicas e de Madeira na Construção Civil Referências PFEIL, W. Estruturas de Madeira: Dimensionamento Segundo a Norma Brasi- leira NBR 7190/97. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. ________.; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. [e-book] PINHEIRO, A. C. F. B. Estruturas Metálicas: Cálculos, Detalhes, Exercícios e Projetos. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2012. 26
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