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Unidade III - Insalubridade e Periculosidade

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Auditoria, Laudos 
e Perícias
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Luiz Carlos Dias
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Silvia Albert
Insalubridade e Periculosidade
• Introdução;
• Insalubridade e Periculosidade.
 · Identificar os Agentes Insalubres da NR-15 e Art. 189 da Consolidação 
das Leis Trabalhistas- CLT;
 · Apresentar as Atividades e Operações Perigosas da NR-16 e Art. 193 
da Consolidação das Leis Trabalhistas- CLT. 
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Insalubridade e Periculosidade
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
Introdução
Caros alunos, a Insalubridade é caracterizada quando o trabalhador fica exposto 
a agentes insalubres classificados pela Norma Regulamentadora NR-15, quando 
os limites de tolerância fixados são ultrapassados, desta forma o trabalhador tem 
o direito ao recebimento do adicional, calculado com base no salário mínimo da 
região, classificado em Grau Máximo 40%, Grau Médio 20% e Grau Mínimo 10%. 
A Periculosidade é determinada pela Norma Regulamentadora NR-16, quando 
existe exposição aos seguintes agentes:
• Explosivos;
• Inflamáveis;
• Eletricidade;
• Radiaçoes ionizantes;
• Atividades Ocupacionais com motocicletas;
• Segurança Armada.
Insalubridade e Periculosidade
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que visa a proteger o direito à 
integridade física do trabalhador, adotou algumas medidas de proteção à saúde e 
segurança no ambiente de trabalho como, por exemplo, os adicionais de insalubri-
dade e periculosidade.
As atividades consideradas insalubres são, segundo a CLT, aquelas que, por sua 
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes 
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da 
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Figura 1
Fonte: saudeocupacional.org
8
9
Conforme artigo 193 da CLT, são consideradas atividades perigosas, aquelas rela-
cionadas a explosivos, inflamáveis, rede de energia elétrica, segurança pessoal ou pa-
trimonial, além daquelas que são concernentes ao trabalho cotidiano do motociclista.
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
O Perito Judicial e o Assistente Técnico precisam ter muito bem claro o enquadra-
mento de Agentes Insalubres e Atividades e Operações Perigosas, estabelecidas pelas 
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho NR-15 e NR-16, respectiva-
mente, e pelos artigos 189 e 193 da Consolidação das Leis de Trabalho CLT.
Podemos definir “limite de tolerância” como o limite ao qual o trabalhador pode 
ficar exposto ao agente, dia após dia, durante toda a sua vida laboral, sem que ele 
lhe cause nenhum dano à saúde.
Não podemos dizer, entretanto, que todas as pessoas sejam iguais, isto é, que 
reajam da mesma maneira, pois cada organismo apresenta uma resposta específica 
em relação à exposição a cada agente. Dessa forma, se um grupo de trabalhadores 
ficarem expostos a um agente insalubre e estivermos trabalhando abaixo do limite 
de tolerância estabelecido pela Norma Regulamentadora NR-15, podemos afirmar 
que a maioria desses trabalhadores estará protegida. Não podemos dizer, no 
entanto, que todos estarão protegidos, pois existe a suscetibilidade individual, isto 
é, cada organismo responde de uma forma diferente quando fica exposto a um 
determinado agente insalubre.
Podemos exemplificar o Limite de Tolerância para exposição ao agente químico 
Mercúrio, que de acordo com a Norma Regulamentadora NR-15, é 0,04 mg/m3.
O mercúrio é o único metal líquido à temperatura ambiente, possui densidade 
de 13,55 Kg/l, cor prateada, e foi muito utilizado na indústria para fabricação de 
lâmpadas a vapor, de mercúrio. As propriedades desse metal estão expostas nas 
Figuras 3 e 4, a seguir.
9
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
Podemos observar que o Limite de Tolerância corresponde a um número muito 
pequeno, obviamente em função da toxicidade e agressividade desse agente quími-
co ao organismo humano. Se um grupo de trabalhadores que laboram em um am-
biente de trabalho onde foram realizadas medições da concentração de mercúrio e 
o resultado está abaixo de 0,04 mg/m3, podemos dizer que estamos trabalhando 
abaixo do Limite de Tolerância. Sendo assim, podemos também afirmar que a 
maioria dos trabalhadores estão protegidos. Mas, como afirmamos anteriormente, 
pode existir um ou mais trabalhadores que tenham uma maior suscetibilidade indi-
vidual em relação a esse agente, os quais podem desenvolver uma doença ocupa-
cional provocada pela exposição ao mercúrio.
Figura 3 – Características e propriedades do elemento Hg (Mercúrio)
Fonte: iStock/Getty Images
Número 
Atômico
Ponto de Fusão (ºC)
Ponto de Ebulição (ºC)
Densidade (g/cm3
Símbolo
Massa Atômica
Con�guração 
Eletrônica
Estado de
oxidação
Abundân-
cia (mg/kg) -39
357
13.55+1+2
[Xe] 4f14 5d10 6s2
8.5 x 10-2
Figura 4 – Características e propriedades do elemento Hg (Mercúrio)
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Devido ao que foi exposto anteriormente, podemos definir um nível de ação, que 
se entende como um limite que envolve estabelecer medidas de proteção coletivas, 
proteção administrativa e proteção individual, de modo a proteger o trabalhador. 
O nível de ação é determinado quando atingimos 50% do Limite de Tolerância 
para os agentes químicos, ou quando atingimos 50% da Dose para exposição ao 
agente físico Ruído.
10
11
As Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho criadas pela Portaria 
3214 de 1977 têm poder de Lei, e são de observância obrigatória a todas as 
empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e 
indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam 
empregados regidos pela CLT. O descumprimento é cabível de penalidades previstas 
na Norma Regulamentadora NR-28 - Fiscalização e Penalidades.
A ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Hygienists, é uma 
Instituição americana não Governamental destinada a estudos de Higiene Ocupa-
cional, representada no Brasil pela Associação Brasileira de Higienistas Ocupa-
cionais – ABHO, fixa Limites de Tolerância para exposição aos Agentes físicos, 
químicos e biológicos, os quaissão atualizados todos os anos. 
A Norma Regulamentadora NR-9- Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, 
no item 9.3.5.1., estabelece, que quando não houverem limites de tolerância 
estabelecidos pela Norma Regulamentadora NR-15, os valores da ACGIH podem 
ser utilizados como limites de tolerância no Brasil. Essa é uma interpretação legal, 
que pode ser argumentada e discutida com o Juiz. Nos Estados Unidos, contudo, 
a Jornada de Trabalho é de 40 horas semanais ou 8 horas diárias, já os limites de 
tolerância da Norma NR-15 para os agentes químicos são para 48 horas semanais. 
Sendo assim, não podemos aplicar direto esses valores, sem antes fazer uma 
conversão para a nossa jornada de trabalho no Brasil.
O Art. 190 da CLT determina que o Ministério do Trabalho Emprego MTE, deve-
rá aprovar e classificar as atividades como insalubres, bem como determinar os crité-
rios de enquadramento e caracterização da insalubridade, e seus limites de tolerância, 
com as devidas formas de proteção e o tempo de exposição dos trabalhadores:
Artigo190 da CLT, - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das 
atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de 
caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agres-
sivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado 
a esses agentes.
Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de 
proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem ae-
rodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou incômodos.
No parágrafo único, é claro ao especificar tratamento determinado aos agen-
tes químicos classificados como aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos 
ou incômodos.
Além disso, o artigo 191 determina que a Insalubridade poderá ser neutralizada, 
com a adoção de medidas de controle, que reduzam as exposições do trabalhador 
dentro dos limites de tolerância:
11
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho 
dentro dos limites de tolerância;
Il - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, 
que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
Para que isso ocorra, deve-se estabelecer medidas de controle coletivo, instalando 
equipamentos de proteção coletivos que minimizem a exposição dos trabalhadores. 
Podemos exemplificar: em um ambiente que tenha um equipamento ruidoso, que 
apresente um nível de pressão sonora acima de 85 dBA, é possível realizar o 
confinamento desse equipamento e instalar um isolamento acústico, diminuindo o 
Nível de Pressão Sonora para níveis aceitáveis bem abaixo do limite de tolerância 
para exposição ao ruído. Essa seria uma forma de se eliminar a insalubridade por 
exposição ao ruído.
De acordo com a NR-15 o limite de tolerância para o ruído é de 85 Db(A) para 
oito horas. Podemos, portanto, adotar uma medida administrativa, reduzindo o 
tempo de permanência do trabalhador para apenas quatro horas. Dessa forma, 
estaremos reduzindo a exposição para apenas 50%, e o nível de pressão sonora 
seria reduzido para 80 dBA, eliminando-se a Insalubridade.
Em caso de não respeito aos Limites de Tolerância caberá à DRT a responsabi-
lidade de notificar as empresas e determinar prazos para eliminação ou neutraliza-
ção do agente insalubre:
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, compro-
vada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua 
eliminação ou neutralização, na forma deste artigo.
No exemplo anterior de limites de ruído, ainda seria adequado o fornecimento do 
equipamento de proteção individual, ou seja, o fornecimento do protetor auricular, 
que atenue o nível de pressão sonora para baixo do limite de tolerância. Essa é uma 
outra forma de neutralizar a insalubridade.
No caso de haver sido detectada a insalubridade, deve-se seguir o que estabelece 
o Artigo 192:
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos 
limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura 
a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 
20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, 
segundo se classifiquem nos graus máximos, médio e mínimo.
De acordo com a CLT em seu artigo 192, portanto, a Insalubridade pode ser 
classificada em graus:
a) Máximo onde o trabalhador tem assegurada a percepção de 40%;
b) Médio onde o trabalhador tem assegurada a percepção de 20%;
c) Mínimo onde o trabalhador tem assegurada a percepção de 10%.
12
13
Importante notar, ainda, que os percentuais aos quais os trabalhadores têm per-
cepção assegurada são incidentes sobre o salário mínimo da região, e não sobre o 
seu salário base. Se o trabalhador estiver exposto a mais de um agente insalubre, 
ao mesmo tempo, deverá ser considerada a exposição de maior grau, para a ques-
tão de recebimento do percentual do adicional.
A seguir, vamos apresentar cada um dos agentes insalubres:
1. Agente físico ruído
O ruído é classificado em:
a) Ruído Contínuo ou Intermitente;
b) Ruído de Impacto.
Conforme a Norma Regulamentadora NR-15, Ruído Contínuo ou Intermitente, 
para fins de aplicação de limites de Tolerância, é aquele que não seja o Ruído 
de Impacto. O de Impacto é aquele que apresenta picos de energia acústica de 
duração inferior a 1 segundo, a intervalos superiores a 1 segundo. 
O limite de Tolerância para o ruído de Impacto é de 130 dB(linear) medidos no 
circuito de resposta para impactos, ou 120 dB(C ) medidos no circuito de resposta 
FAST e circuito de compensação (C).
Quadro 1- Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres
Anexo N.º 1
Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente
Nível de Ruído Db (A) Máxima Exposição Diária Permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos 
105 30 minutos
106 25 minutos
13
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres
Anexo N.º 1
Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente
Nível de Ruído Db (A) Máxima Exposição Diária Permissível
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
2. Agente Físico Calor
A exposição ao agente calor é mensurada através do Índice de Bulbo Úmido e 
Termômetro de Globo (IBUTG), em que se configuram duas situações possíveis:
a) Em ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg
b) Em ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 Tbn + 0,1 Tbs + 0,2 Tg
Onde:
Tbn = Temperatura de bulbo úmido natural
Tg = temperatura de globo
Tbs = temperatura de bulbo seco.
No quadro a seguir da Norma Regulamentadora NR-15, à página 298, estão 
listados os Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho 
intermitente, com períodos de descanso no próprio local de trabalho.
Quadro 2
Quadro N.º 1
Regime de Trabalho Intermitente com 
Descanso no Próprio Local de 
Trabalho (por hora)
Tipo de Atividade
Leve Moderada Pesada
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos trabalho
15 minutos descanso 30,1 a 30,5 26,1 a 29,4 25,1 a 25,9
30 minutos trabalho
30 minutos descanso 30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
15 minutos trabalho
45 minutos descanso 31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
Não é permitido o trabalho, sem a adoção 
de medidas adequadas de controle acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0
14
15
Vale destacar ainda que as Atividades Leve, Moderada, e Pesada são determinadas 
conforme podemos observar em sua descrição, no quadro a seguir, da Norma 
Regulamentadora NR-15, à página 299.
Quadro 3
Tipo de Atividade Kcal/h
SENTADO EM REPOUSO 100TRABALHO LEVE
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia).
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir).
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços.
125
150
150
TRABALHO MODERADO 
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas.
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação.
De pé, trabalho, moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação.
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. 
180
175
220
300
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá).
Trabalho fatigante.
440
550
Para os serviços desenvolvidos com exposição ao calor, em regime de trabalho 
intermitente com período de descanso em outro local, utiliza-se o quadro 2 a seguir, 
que está determinado na norma Regulamentadora NR-15, à página 299:
Quadro 4
Quadro N.º 2
M (Kcal/h) MÁXIMO IBUTG
175 30,5
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0
O descanso, ao qual a Norma se refere, é o descanso térmico, isto é, após o 
trabalhador ficar exposto a um ambiente onde a carga térmica seja mais elevada. 
Dessa forma, ele deve realizar outra atividade em um outro ambiente, onde a carga 
térmica seja menor.
O IBUTG deve sempre ser calculado, para um ciclo de trabalho de 60 minutos 
utilizando a seguinte equação:
IBUTGmédio = IBUTGt . tt + IBUTGd .td______________________
60
Onde: IBUTGmédio= IBUTG médio
IBUTGt = Valor de IBUTG no local de trabalho;
15
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
IBUTGd= Valor de IBUTG no local de descanso.
tt= tempo de trabalho
td= tempo de descanso.
tt + td= 60 minutos.
Se, após realizar as medições do IBUTG, os valores forem maiores que os limites 
de tolerância estabelecidos nos quadros 1 ou 2, a atividade é considerada insalubre.
3. Radiações
Radiações são ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam 
com uma determinada velocidade. Elas apresentam energia, carga elétrica 
e magnética, podem ser geradas por fontes naturais ou por dispositivos 
construídos pelo homem, chamadas artificiais. 
a) Radiações electromagnéticas:
luz, 
microondas, 
ondas de rádio, 
laser, 
raios X e gama. 
b) As radiações sob a forma de partículas:
feixes de elétrons,
feixes de prótrons,
radiação beta e radiação alfa.
c) Tipos de Radiação
Dependendo da quantidade de energia, uma radiação pode ser descrita 
como não ionizante ou ionizante.
Radiações não ionizante: são aquelas que possuem relativamente baixa 
energia. As ondas eletromagnéticas como a luz, calor e ondas de rádio 
são formas comuns de radiações não ionizantes. Sem radiações não 
ionizantes, nós não poderíamos apreciar um programa de TV em nossos 
lares ou cozinhar em nosso forno de microondas.
Radiações ionizantes: são originadas do núcleo de átomos, podem alterar 
o estado físico de um átomo e causar a perda de elétrons, tornando-os 
eletricamente carregados. Este processo chama-se “ionização”.
São considerados insalubres os trabalhos sem proteção exercidos por trabalhadores 
bastando Laudo de Inspeção no local de Trabalho, que caracterize a exposição a: 
Micro ondas; Ultra-violeta (UVA, UVB) e Laser.
16
17
4. Trabalhos sob condições Hiperbáricas: são condições de trabalho com 
pressões superiores a pressão atmosférica, muitos evidenciados na cons-
trução civil, em atividades executadas em tubuloes hiperbáricos. Tambem 
em atividades profi ssionais exercidas por mergulhadores. 
5. Agente Vibração: é um movimento periódico, uma oscilação de uma 
partícula, um sistema de partícula ou um corpo rígido em torno de uma 
posição de equilíbrio. Existem dois tipos de vibração:
a) Vibração de Mãos e Braços (VMB);
b) Vibração de Corpo Inteiro (VCI).
Para atividades que envolvam vibração, deve ser executada avaliação quantitati-
va com o instrumento acelerômetro. Se os Limites de Tolerância forem excedidos, 
a atividade é considerada insalubre.
6. Agente Frio: são as atividades ou operações executadas no interior de 
câmaras frigorífi cas, ou em locais que apresentem condições similares, 
que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão 
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no 
local de trabalho.
7. Agente Umidade: são as atividades ou operações executadas em locais 
alagados ou encharcados, com umidade excessiva. Com o excesso de 
umidade pode causar danos à saúde dos trabalhadores, desta forma são 
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no 
local de trabalho.
8. Agentes Químicos: são substancias que penetram no organismo humano 
pelas vias respiratórias causando problemas de saúde. Exemplos:
Arsênico; Carvão;
Chumbo; Fósforo;
Trióxido de amônia; Mercúrio;
Silicatos; Substancias cancerígenas;
Cádmio e seus compostos; Manganês e seus compostos;
Éter bis (clorometílico); Benzopireno;
Berílio; Cloreto de dimetilcarbamila;
3,3 diclorobenzidina; Dióxido de vinil ciclohexano;
Epicloridrina; Hexametilfosforamida;
4,4 metileno bis (2 cloroanila); 4,4 metileno dianila;
Nitrosaminas; Propano sultone;
Betapropillactona; Tálio;
Hidrocarbonetos e outros
compostos de carbono;
Sulfeto de níquel
17
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
9. Poeiras Minerais: são partículas solidas dispersas no ar. Exemplo:
Manganês e seus compostos
O limite de tolerância é de 5 mg/m3 no ar para 8horas, se este limite for 
ultrapassado a atividade é insalubre.
10. Benzeno: é um hidrocarboneto (hidrogênio e carbono) derivado do pe-
tróleo obtido pelo craqueamento catalítico da nafta.
11. Agentes Biológicos: são vírus, bactérias, protozoários e outros 
agentes patogênicos.
A seguir, apresentamos um quadro com os graus de insalubridade para cada agente:
Quadro 5
Anexo Atividades ou operações que exponham o trabalhador Percentual
1 Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos limites de tolerância fixados no Quadro constante do Anexo. 20%
2 Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância fixados nos itens 2 e 3 do Anexo 2. 20%
3 Exposição ao calor com valores de IBUTG, superiores aos limites de tolerância fixados nos Quadros 1 e 2. 20%
4 (Revogado pela Portaria MTE n.º3.751, de 23 de novembro de 1990).
5 Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos limites de tolerância fixados neste Anexo. 40%
6 Ar comprimido. 40%
7 Radiações não-ionizantes consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 20%
8 Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 20%
9 Frio considerado insalubre em decorrência de inspesão realizada no local de trabalho. 20%
10 Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 20%
11 Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância fixados no Quadro 1. 10%, 20%, e 40%
12 Poeiras mineirais cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância fixados neste Anexo. 40%
13 Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em docorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 10%, 20% e 40%
14 Agentes biológicos. 20% e 40%
12. Atividades ou operações perigosas: aquelas que, por sua natureza ou 
métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis 
ou explosivos em condições de risco acentuado. 
a) periculosidade 
Os trabalhos em trabalho em condições de periculosidade assegura ao 
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os 
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros 
da empresa.
O quadro 6 demonstra as atividades e os trabalhadores envolvidos que tem 
direto a adicional de 30 % de periculosidade com exposição a explosivos.
18
19
Quadro 6 – NR-16 – Atividades e Operações Perigosas
Atividades Adicional de 30%
a)no armazenamento de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade ou que permaneçam na área de risco.
b) no transporte de explosivostodos os trabalhadores nessa atividade
c) na operação de escorva dos cartuchos de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade
d) na operação de carregamento de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade
e) na detonação todos os trabalhadores nessa atividade
f ) na verificação de detonações falhadas todos os trabalhadores nessa atividade
g) na queima e destruição de explosivos deteriorados todos os trabalhadores nessa atividade
h) nas operações de manuseio de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade
O Quadro 7 delimita área de risco em função das quantidades armazenadas em 
quilos para pólvora química, artifícios pirotécnicos e produtos químicos utilizados 
na mistura de explosivos ou de fogos de artifício.
Quadro 7
Quantidade armazenada em quilos
Faixa de terreno de terreno
até a distância máxima de
até 4.500 45 metros
mais de 45.000 até 45.000 90 metros
mais de 45.000 até 90.000 110 metros
mais de 90.000 até 225.000* 180 metros
* Quantidade máxima que não pode ser ultrapassada
O quadro 8 apresenta a quantidade armazenada em quilos que não pode ser 
ultrapassada nos locais de armazenamento de explosivos iniciadores:
Quadro 8
Quantidade armazenada em quilos Faixa de terreno até a distância máxima
até 20 75 metros
mais de 20 Até 200 220 metros
mais de 200 Até 900 300 metros
mais de 900 Até 2.200 370 metros
mais de 2.200 Até 4.500 460 metros
mais de 4.500 Até 6.800 500 metros
mais de 6.800 Até 9.000* 530 metros
* Quantidade máxima que não pode ser ultrapassada
O Quadro 9 apresenta a quantidade máxima, em quilos, que não pode ser ultra-
passada nos locais de armazenamento de explosivos de ruptura e pólvoras mecâni-
cas versus área de operação.
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UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
Quadro 9 – Quantidade máxima de explosivos e pólvoras x área de operação
Quantidade em quilos
Faixa de terreno até a 
distância máxima de
até 23 45 metros
mais de 23 até 45 75 metros
mais de 45 até 90 110 metros
mais de 90 até 135 160 metros
mais de 135 até 180 200 metros
mais de 180 até 225 220 metros
mais de 225 até 270 250 metros
mais de 270 até 300 265 metros
mais de 300 até 360 280 metros
mais de 360 até 400 300 metros
mais de 400 até 450 310 metros
mais de 450 até 680 345 metros
mais de 680 até 900 365 metros
mais de 900 até 1.300 405 metros
mais de 1.300 até 1.800 435 metros
mais de 1.800 até 2.200 460 metros
mais de 2.200 até 2.700 480 metros
mais de 2.700 até 3.100 490 metros
mais de 3.100 até 3.600 510 metros
mais de 3.600 até 4.000 520 metros
mais de 4.000 até 4.500 530 metros
mais de 4.500 até 6.800 570 metros
mais de 6.800 até 9.000 620 metros
mais de 9.000 até 11.300 660 metros
mais de 11.300 até 13.600 700 metros
mais de 13.600 até 18.100 780 metros
mais de 18.100 até 22.600 860 metros
mais de 22.600 até 34.000 1.000 metros
mais de 34.000 até 45.300 1.100 metros
mais de 45.300 até 68.000 1.150 metros
mais de 68.000 até 90.700 1.250 metros
mais de 90.700 até 113.300 1.350 metros
 
4.1 quando se tratar de depósitos barricados ou entrincheirados, para o efeito da delimitação de área de risco, as distâncias 
previstas no Quadro n.° 9 podem ser reduzidas à metade;
4.2 será obrigatória a existência física de delimitação da área de risco, assim entendido qualquer obstáculo que impeça o 
ingresso de pessoas não autorizadas. 
13. Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis. São as atividades 
de manuseio: transporte de Inflamáveis Líquidos e gasosos. Para estas atividade 
existe uma determinação das quantidades máximas que podem ser manuseadas 
pelos trabalhadores, ou seja, determina os limites aos quais esses trabalhadores 
podem ficar expostos, para que não façam jus ao adicional de periculosidade.
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14. Atividades e Operações com Radiações Ionizantes ou substâncias 
radioativas. São atividades e operações perigosas que mantém o traba-
lhador em contato com as radiações ionizantes ou substancias radioativas.
15. Atividades e Operações Perigosas com exposição a roubos. São 
atividades em que o trabalhador pode sofrer violência física nas atividades 
profi ssionais de segurança pessoal ou patrimonial.
16. Atividades e Operações perigosas com Energia Elétrica: são as ati-
vidades desenvolvidas por profi ssionais da área que desenvolvem suas fun-
ções nas proximidades ou em contato direto com energia elétrica. Podem 
ser do Sistema Elétrico de Potencia (SEP), que vai deste a geração de 
energia a distribuição da mesma.
17. Atividades Perigosas em Motocicletas: são as atividades laborais, com 
utilização de motocicletas no deslocamento do trabalhador em vias públicas.
Caros, alunos, a leitura do texto acima e a Norma Regulamentadora NR-16 
Atividades e Operações Perigosas, é de suma importância para o Profissional que 
pretende atuar como Perito Judicial ou Assistente Técnico, pois esta Norma Regu-
lamentadora estabelece os critérios para caracterização da Periculosidade.
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UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Novo PPP e LTCAT: Comentado e Ilustrado
Araujo, Giovanni Moraes de. Novo PPP e LTCAT: Comentado e Ilustrado. R.J.: GVC, 
2011. 477, p.
Manuais de Legislação Atlas
BRASIL. Manuais de Legislação Atlas. Seguranca e Medicina do Trabalho: Atividades 
e Operações Perigosas, NR-16. Atlas, São Paulo, 2010. 
Curso de Introdução a Pericia Judicial
VENDRAME, Antonio Carlos. Curso de Introdução a Pericia Judicial. Segunda Ed.. 
Rio de Janeiro: Vendrame, 2012, 465 p.
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23
Referências
Código de Processo Civil
Consolidação das Leis Trabalhistas- CLT, Lei 6.514 de 22 de dezembro de 1997.
Portaria 3214 de 1978, Normas Regulamentadoras NR15 e NR16.
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