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TUTORIA 6 - NEUROLOGIA

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TUTORIA 6 – NEUROLOGIA 
PERGUNTAS: 
1. O que são as meninges? 
São membranas conjuntivas fibrosas que envolvem todo o sistema nervoso central. 
Aracnoide e pia máter: constituem só um folheto no embrião, consideradas 
como uma formação única, a leptomeninge, ou meninge fina. 
Dura-máter: paquimeninge, ou meninge espessa, constituída pela dura-máter. 2. 
Quais são as meninges? 
Dura-máter, pia-máter e aracnoide. 
 
Dura-mater: meninge mais externa, formada por abundantes fibras colágenas que a 
tornam espessa e resistente. A dura-máter envolve toda a medula, como se fosse um 
dedo de luva, o saco dural. Cranialmente, a dura-máter espinhal continua com a dura-
máter craniana, caudalmente termina em um fundo-de-saco no nível da vértebra S2. 
Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, 
continuando com o tecido conjuntivo (epineuro) que envolve estes nervos. Os orifícios 
necessários à passagem de raízes ficam então obliterados, não permitindo a saída de 
líquor. 
Pregas da dura-máter 
Em algumas áreas, o folheto interno da dura-máter destaca-se do externo para 
formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se 
comunicam amplamente. Principais pregas: 
● Foice do cérebro 
● Tenda do cerebelo 
● Foice do cerebelo 
● Diafragma da sela 
Aracnóide: é uma membrana muito delicada, justaposta à dura-máter, da qual se 
separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo quantidade de líquido 
necessário à lubrificação das superfícies de contato das duas membranas. Ela 
está separada da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, que contém o líquido 
cérebro-espinhal, ou líquor, havendo ampla comunicação entre o espaço 
subaracnóideo do encéfalo e da medula. As trabéculas aracnoideas são delicadas 
projeções de aracnoide que se ligam aos seios venoso e são responsáveis pela 
drenagem do líquor. 
Pia-máter: é a meninge mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente ao 
tecido nervoso da superfície da medula e penetra na fissura mediana anterior. 
Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, 
formando um filamento esbranquiçado denominado filamento terminal. Este 
filamento perfura o fundo-do-saco dural e continua caudalmente até o hilo sacral. 
Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal recebe vários prolongamentos da 
dura-máter e o conjunto passa a ser denominado filamento da dura-máter 
espinhal. Este, ao inserir-se no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui 
o ligamento coccígeo. 
A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal denominada 
ligamento denticulado, que se dispõe em um plano frontal ao longo de toda a 
extensão da medula. A margem medial de cada ligamento continua com a pia-
máter da face lateral da medula ao longo de uma linha contínua que se dispõe 
entre as raízes dorsais e ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 
processos triangulares, que se inserem firmemente na aracnoide e na dura-máter 
em pontos que se alternam com a emergência dos nervos espinhais. Os dois 
ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula e importante pontos 
de referência em certas cirúrgicas deste órgão. 
 
 
3. Qual a composição das meninges? 
Dura-máter: 
- Meninge mais superficial, espessa e resistente 
- Formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo vasos 
e nervos 
- A dura-máter do encéfalo difere da dura-máter espinhal por ser formada por 
dois folhetos, externo e interno, dos quais apenas o interno continua com a dura-
máter espinhal 
- O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e comporta-se 
como periósteo destes ossos. Porém não apresenta capacidade osteogênica, o 
que dificulta a consolidação de fraturas no crânio e torna impossível a regeneração 
de perdas ósseas na abóbada craniana. Essa peculiaridade é vantajosa pois a 
formação de um calo ósseo na superfície interna dos ossos do crânio pode 
constituir grave fator de irritação do tecido nervoso 
- Em virtude da aderência da dura-máter aos ossos do crânio, não existe no 
encéfalo um espaço epidural, como na medula. 
Obs.: em certos traumas ocorre o descolamento do folheto externo da dura-máter 
da face interna do crânio e a formação de hematomas epidurais 
- A dura-máter é, em geral, muito vascularizada e ricamente inervada - A principal 
artéria que irriga a dura-máter no encéfalo é a artéria meníngea 
média (associada com o hematoma epidural) 
- Toda sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter e nos vasos 
sanguíneos, responsáveis pela maioria das dores de cabeça 
Pregas da dura-máter 
Em algumas áreas, o folheto interno da dura-máter destaca-se do externo para 
formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se 
comunicam amplamente. Principais pregas: 
- Foice do cérebro 
- Tenda do cerebelo 
- Foice do cerebelo 
- Diafragma da sela 
Aracnóide: 
- Membrana delicada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço 
virtual, o espaço subdural, contendo pequena quantidade de líquido necessário à 
lubrificação das superfícies de contato das duas membranas. A aracnóide separa-
se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, que contêm o líquido cérebro-
espinhal, ou líquor, havendo ampla comunicação entre o espaço subaracnóideo 
do encéfalo e a medula 
- Pertencem à aracnóide as delicadas trabéculas que atravessam o espaço para 
se ligar à pia-máter, e que são denominadas trabéculas aracnóideas (reabsorção 
do líquor) 
Pia-máter: 
- É a mais interna das meninges, aderindo-se intimamente à superfície do encéfalo 
e da medula, cujos relevos e depressões acompanha, descendo até o fundo dos 
sulcos cerebrais 
- Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos 
do tecido nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial 
- A pia-máter da resistência aos órgãos nervosos, uma vez que o tecido nervoso é 
de consistência mole 
- Acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do 
espaço subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares. 
Nestes espaços, existem prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo 
líquor, que forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para 
amortecer o efeito da pulsação das artérias ou picos de pressão sobre o tecido 
circunvizinho. 
4. Quais as funções das meninges? 
Possui um papel importante de proteção dos centros nervosos. Além disso, o 
conhecimento acerca das meninges e de sua disposição é importante porque elas 
podem ser acometidas por processos patológicos, como infecções ou tumores. O 
acesso cirúrgico ao sistema nervoso central envolve o contato com as meninges, 
o que torna o seu conhecimento muito importante para o neurocirurgião. 
Pia-máter: A pia-máter da resistência aos órgãos nervosos, uma vez que o tecido 
nervoso é de consistência mole 
Acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço 
subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares. Nestes 
espaços, existem prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo líquor, que 
forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para amortecer 
o efeito da pulsação das artérias ou picos de pressão sobre o tecido circunvizinho. 
Dura-máter: Toda sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter e nos 
vasos sanguíneos, responsáveis pela maioria das dores de cabeça 
O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e comporta-se como 
periósteo destes ossos. Porém não apresenta capacidade osteogênica, o que 
dificulta a consolidação de fraturas no crânio e torna impossível a regeneração de 
perdas ósseas na abóbada craniana. Essa peculiaridade é vantajosa pois a 
formação de um calo ósseo na superfície interna dos ossos do crânio pode 
constituir grave fator de irritação do tecido nervoso 
5. Quais são as características anatômicas das meninges?Dura-máter: A dura-máter do encéfalo difere da dura-máter espinhal por ser 
formada por dois folhetos, externo e interno, dos quais apenas o interno continua 
com a dura-máter espinhal. 
O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e comporta-se como 
periósteo destes ossos. Porém não apresenta capacidade osteogênica, o que 
dificulta a consolidação de fraturas no crânio e torna impossível a regeneração de 
perdas ósseas na abóbada craniana. Essa peculiaridade é vantajosa pois a 
formação de um calo ósseo na superfície interna dos ossos do crânio pode 
constituir grave fator de irritação do tecido nervoso. 
Em virtude da aderência da dura-máter aos ossos do crânio, não existe no 
encéfalo um espaço epidural, como na medula. 
Cranialmente, a dura-máter espinhal continua com a dura-máter craniana, 
caudalmente termina em um fundo-de-saco no nível da vértebra S2. 
Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos 
espinhais, continuando com o tecido conjuntivo (epineuro) que envolve estes 
nervos. Os orifícios necessários à passagem de raízes ficam então obliterados, 
não permitindo a saída de líquor. 
Aracnóide: é justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o 
espaço subdural, contendo pequena quantidade de líquido necessário à 
lubrificação das superfícies 
de contato das duas membranas. A aracnóide separa-se da pia-máter pelo 
espaço subaracnóideo, que contêm o líquido cérebro-espinhal, ou líquor, havendo 
ampla comunicação entre o espaço subaracnóideo do encéfalo e a medula 
Pertencem à aracnóide as delicadas trabéculas que atravessam o espaço para se 
ligar à pia-máter, e que são denominadas trabéculas aracnóideas. Elas têm função 
de absorção do líquor. 
Pia-máter: É a mais interna das meninges, aderindo-se intimamente à superfície 
do encéfalo e da medula, cujos relevos e depressões acompanha, descendo até 
o fundo dos sulcos cerebrais. 
Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do 
tecido nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial. 
Acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço 
subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares. Nestes 
espaços, existem prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo líquor, que 
forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para amortecer 
o efeito da pulsação das artérias ou picos de pressão sobre o tecido circunvizinho. 
Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, 
formando um filamento esbranquiçado denominado filamento terminal. Este 
filamento perfura o fundo-do saco dural e continua caudalmente até o hilo 
sacral. 
6. O que é o líquor? 
O liquor ou líquido cérebro-espinhal é um fluido aquoso e incolor que ocupa o 
espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. Tem como função a proteção 
mecânica, manutenção de um meio químico estável, excreção de produtos tóxicos 
e é o veículo de comunicação entre diferentes áreas do SNC. 
7. Qual a composição do líquor normal? 
O líquor normal do adulto é límpido e incolor, apresenta de zero a quatro leucócitos 
por mm3 (celularidade baixa) e uma pressão de 5 cm a 20 cm de água, obtida na 
região lombar com paciente em decúbito lateral. Embora o liquor tenha mais 
cloretos que o sangue, a quantidade de proteínas é muito menor do que a existente 
no plasma. 
- Em um bebê prematuro, devido a uma barreira mais permeável, a celularidade 
normal do líquor é aumentada. 
- É um filtrado do plasma, mas devido a secreção ativa de cloreto, possui 
maior concentração deste. 
- Possui também maior concentração de melatonina, comparando com o sangue, 
pois uma parte da produção é jogada no líquor diretamente da glândula pineal. - 
Comparando com o plasma, tem menor concentração de glicose, proteínas e 
células - A melatonina é mais concentrada no líquor do que no sangue. 
Glicose acima de 40 
Proteínas abaixo de 40 
8. Quais são as funções do líquor? 
Além de sua função de proteção mecânica do encéfalo, em tomo do qual forma 
um coxim líquido, o liquor tem as seguintes funções: 
a) Manutenção de um meio químico estável no sistema ventricular, por meio de 
troca de componentes químicos com os espaços intersticiais, permanecendo 
estável a composição química do líquor, mesmo quando ocorrem grandes 
alterações na composição química do plasma. 
b) Excreção de produtos tóxicos do metabolismo das células do tecido nervoso 
que passam aos espaços intersticiais de onde são lançados no liquor e 
deste para o sangue. Pesquisas recentes mostraram que o volume dos 
espaços intersticiais aumenta 60% durante o sono, facilitando a eliminação 
de metabólitos tóxicos acumulados durante a vigília. 
c) Veículo de comunicação entre diferentes áreas do SNC. Por exemplo, 
hormônios produzidos no hipotálamo são liberados no sangue. Mas também no 
liquor podendo agir sobre regiões distantes do sistema ventricular. 
Referência: Machado- 3ª ed, pág 79 
9. Como ele é produzido e secretado? 
Os plexos corióides produzem cerca de 500 mL por dia através de filtração 
seletiva do plasma e da secreção de elementos específicos. 
Durante muito tempo acreditou-se que o liquor seria formado somente pelos plexos 
coróides, estrutura enovelada formada por dobras de pia-máter, vasos sanguíneos 
e células ependimárias modificadas. Estudos mais modernos, entretanto, 
mostraram que o líquor é produzido mesmo na ausência de plexos corióides, 
sendo o epêndima das paredes ventriculares responsável por 40% do total do 
líquor formado. 
Acreditou-se também que o liquor resultaria apenas de um processo de filtração do 
plasma pelos plexos coróides. Entretanto, sabe-se hoje que ele é ativamente 
secretado pelo epitélio ependimário, sobretudo dos plexos coróides, e sua 
composição é determinada por mecanismos de transporte específicos. Sua 
formação envolve transporte ativo de Na + CI-, através das células ependimárias 
dos plexos coróides, acompanhado de certa quantidade de água, necessária à 
manutenção do equilíbrio osmótico. Entende-se, assim, porque a composição do 
líquor é diferente da do plasma. 
● As células do epêndima (ou ependimárias) e do plexo coróide são derivadas 
do neuroepitélio imaturo e produzem o líquido cerebrospinal. O epêndima, uma 
única camada de células cubóides ciliadas, recobre todos os ventrículos 
encefálicos, ajudando a mover o líquido cerebrospinal (LCS) através do sistema 
ventricular. Em vários locais nos ventrículos laterais e no quarto ventrículo, o 
epêndima é contínuo com células do plexo coróide, as quais recobrem os finos 
vasos sanguíneos que se projetam para o interior dos ventrículos. Essas células 
epiteliais do plexo coróide filtram o plasma do sangue e secretam este ultrafiltrado 
como LCS. 
10. Onde o líquor é absorvido? 
O líquor é absorvido através das granulações aracnóideas que se projetam no 
interior dos seios da dura-máter, pelos quais chega à circulação geral sistêmica. 
11. Descreva detalhadamente todo o caminho do líquor. (adicionar 
figuras) 
Existem plexos coroides nos ventrículos laterais e no teto do III e IV ventrículos. 
Os ventrículos laterais contribuem com o maior contingente liquórico, que passa 
ao III ventrículo pelos forames intraventriculares e daí ao IV ventrículo através do 
aqueduto cerebral. Por meio das aberturas mediana e laterais do IV ventrículo, o 
líquor formado no interior dos ventrículos ganha o espaço subaracnóideo, sendo 
reabsorvido, sobretudo através das granulações aracnóideas que se projetam no 
interior dos seios da dura-máter, pelas quais chega à circulação geral sistêmica. 
Como essas granulações predominam no seio sagital superior, a circulação do 
líquor no espaço subaracnóideo se faz de baixo para cima, devendo, pois, 
atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço 
subaracnóideo da medula, o líquor desce em direção caudal, mas apenasuma 
parte volta, pois há reabsorção liquórica nas pequenas granulações aracnóideas 
existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos 
nervos espinhais. 
A circulação do líquor é extremamente lenta. 
 
 
12. Descreva o processo de punção lombar. 
1. Se apresentar para o paciente 
2. Explicar o procedimento (invasivo, pode gerar 
desconforto, dor) 3. Pedir consentimento 
4. Paciente deve ficar posicionado em decúbito lateral, assumindo posição fetal 
ou sentado com a coluna fletida anteriormente 
5. Traçar uma linha imaginária pelas bordas superiores das costas ilíacas, 
interceptando na linha média o processo espinhoso L4 
6. Palpar os pontos de referência 
7. Local de inserção da agulha pode ser marcado com caneta 
8. Lavar as mãos, calçar capote e luva estéril 
9. Realizar a antissepsia, limpando a área da pele com iodopovidona ou 
clorexidine realizando movimentos circulares centrífugos (de dentro para fora) 
10. Esperar secar 
11. Realizar a anestesia local, com anestésico subcutâneo 
12. Inserir a agulha no local marcado, com ângulo 
aproximadamente de 15º 13. Bisel sempre apontado para a 
crista ilíaca 
14. Sentir o “ploc” quando a agulha penetra no espaço subaracnóideo 
15. Posicionar o tubo abaixo da agulha, retirar o mandril e verificar a saída do líquor 
16. Se não houver fluido ou se for encontrado osso, repor o mandril, retrair a 
agulha até o tecido subcutâneo, sem retirá-la da pele, redirecionando-a 
17. Coletar de 3 a 4 mL de líquor 
18. Permitir que o líquor pingue dentro do tubo de coleta; nunca aspirar o 
líquido cefalorraquidiano 
19. Após a coleta, reinserir o mandril e remover a agulha 
20. Pressionar o local com gaze por aproximadamente 20 segundos 
21. Colocar um curativo no local 
22. Descartar perfurocortantes no local adequado ou em dispositivos específicos 
para evitar acidentes com material biológico 
Resultados: 
Pressão normal: 5 – 20 cm de água 
Aspecto normal: límpido e incolor - levemente turvo 
Caminho da agulha: 
Pele 
Tecido subcutâneo 
Ligamento supraespinhoso 
Ligamento interespinhoso 
Ligamento amarelo (flavum) 
Espaço epidural 
Dura e aracnoide 
Espaços subaracnóideo e entre as raízes nervosas da cauda equina
 
13. Quais as características de um líquor com infecção? 
Celularidade e concentração de proteínas aumentadas, concentração de glicose 
diminuída. 
14. Quais são os sinais meníngeos? 
Rigidez na nuca: 
- Paciente em decúbito dorsal com a cabeça apoiada na maca, sem 
travesseiros - Relaxar o paciente, a fim de diminuir a resistência 
muscular durante a manobra 
- Colocar uma das mãos sobre a cabeça do paciente, apoiando-a. E a outra mão 
na região esternal do paciente, com o objetivo de imobilizar o tronco 
- Tentar flexionar, cuidadosamente, a cabeça do paciente, encostando o 
queixo no peito Resultados: 
Se esse movimento parar antes, por dor ou resistência ao movimento, pode haver 
irritação meníngea. 
Importante descartar alguma condição local (artrose) e falta de colaboração do 
paciente. 
Sinal de Brudzinski: 
- Paciente em decúbito dorsal, com a cabeça apoiada na maca, sem 
travesseiros - Relaxar o paciente, a fim de diminuir a resistência 
muscular durante a manobra 
- Colocar uma das mãos sobre a cabeça do paciente, apoiando-a. E a outra mão 
na região esternal do paciente, com o objetivo de imobilizar o tronco. 
- Flexione a cabeça do paciente 
Sinal de Brudzinski positivo: Flexão dos joelhos (indica irritação 
meníngea) 
Sinal de Kernig: 
- Paciente em decúbito dorsal, com a cabeça apoiada na maca, sem travesseiros 
- Certificar que o paciente está com o membro inferior relaxado e diga a ele para 
não fazer força 
- Levante o membro inferior em extensão e observe 
- Repita a manobra no outro membro inferior 
Resultados: 
Dor na cabeça e no pescoço, resistência bilateral ao movimento ou flexão dos 
joelhos constituem sinal de Kernig positivo e sugerem irritação meníngea. Em caso 
de flexão da perna ou dor, considere a possibilidade de o paciente ter os músculos 
isquiotibiais curtos. Nesse caso não haverá aumento de dor na cabeça ou 
pescoço. 
Sinal de Laségue: 
- Paciente em decúbito dorsal e membros inferiores estendidos 
- Examinador levanta um dos membros inferiores estendidos 
Sinal de Laségue positivo: Paciente reclama de dor na face posterior do membro 
examinado, logo no início da prova (cerca de 30º de elevação) 
15. Quais são as indicações e contraindicações da punção lombar? 
A punção lombar é utilizada para obter uma amostra de líquido cefalorraquidiano 
(LCR) para auxiliar no diagnóstico de processos infecciosos, inflamatórios, 
oncológicos e matabólicos. 
As indicações terapêuticas incluem a administração de quimioterapia, antibióticos 
e anestésicos. 
Contraindicações: 
• Comprometimento cardiorrespiratório 
• Sinais de hérnia cerebral ou hérnia incipiente devido ao aumento da 
pressão intracraniana ou pressão intracraniana potencialmente aumentada e 
sinais neurológicos focais. 
• Coagulopatia 
• Cirurgia lombar anterior 
16. Quais as possíveis complicações da punção lombar? 
Sangramentos, infecções, dor local ou referida, dor de cabeça - cefaleia logo após 
a punção, vazamento de LCR (necessário realizar um tamponamento), cisto 
epidérmico subaracnóideo, hérnia cerebral, comprometimento cardiorrespiratório. 
- Muitas complicações são geradas pelo uso de uma agulha não 
adequada. 17. O que é a barreira hematoencefálica? 
Barreira encontrada no endotélio do capilar do sistema nervoso central, que 
permite ou não a passagem de substâncias para o SNC. 
18. Qual a composição da barreira hematoencefálica? 
Os endotélios dos capilares encefálicos apresentam três características que os 
diferenciavam dos endotélios dos demais capilares e que se relacionam com o 
fenômeno da barreira: 
- As células endoteliais são unidas por junções oclusivas que impedem a 
penetração de macromoléculas 
- Não existem fenestrações (pequenas áreas que o endotélio se reduz a uma fina 
membrana muito permeável) 
- São raras as vesículas pinocitóticas 
Este é formado pelo endotélio e por uma membrana basal muito fina. Por fora, os 
pés vasculares dos astrócitos formam uma camada quase completa em torno do 
capilar. Todos estes três elementos (endotélio, membrana basal e astrócito) já 
foram considerados como sede da barreira hematoencefálica. Entretanto, sabe-se 
hoje que ela está no endotélio, como foi demonstrado com a utilização de 
peroxidase, proteína que pode ser visualizada ao microscópio eletrônico. 
Verificou-se que, ao contrário dos capilares das demais áreas do corpo, os quais 
deixam passar livremente a peroxidase, os capilares cerebrais a retêm, impedindo 
sua passagem mesmo para o espaço entre o endotélio e a membrana basal. 
19. Qual a função da barreira hematoencefálica? 
A principal função é impedir a passagem de agentes tóxicos para o sistema nervoso 
central, como venenos, toxinas, bilirrubina etc. Impedem também a passagem de 
neurotransmissores encontrados no sangue, como adrenalina. Essa barreira 
constitui um mecanismo de proteção do encéfalo contra agentes que poderiam 
lesá-lo ou alterar seu funcionamento. Possui papel também de permitir a entrada 
de substâncias importantes para o funcionamento das células do tecido nervoso, 
como glicose e aminoácidos. Os endotélios dos capilares das 
barreiras hematoencefálicas utilizam-se de mecanismos especiais para a 
passagem de glicose e aminoácidos através do citoplasma. Esta passagem 
depende de moléculas transportadoras que são específicas para glicose e grupos 
de aminoácidos. 
20. Em que situações a barreira hematoencefálica é quebrada? 
Vários processos patológicos, como certas infecções e traumatismos podem levar 
à ruptura, mais ou menos completa, da barreira hematoencefálica. 
Existem situações fisiológicas em que a barreira é naturalmentemais permeável, 
Com o aumento da idade, substâncias produzidas pelos pés dos astrócitos causam 
a perda dessas fenestrações. Em razão disso, no feto e no recém-nascido, a 
barreira hematoencefálica é mais fraca, ou seja, deixa passar maior número de 
substâncias até que os capilares percam completamente as fenestrações. Isto tem 
sido correlacionado com o fato de que as icterícias do recém-nascido, como 
aquelas causadas por eritroblastose fetal, podem ser mais graves que no adulto. 
Com efeito, uma determinada concentração sanguínea de bilirrubina, que no 
adulto não atravessa a barreira hematoencefálica, no recém-nascido pode 
atravessá-la, passando ao tecido nervoso, sobre o qual tem ação tóxica. 
21. Quais as consequências da quebra da barreira hematoencefálica? 
O acometimento do sistema nervoso central: infecções bacterianas, toxinas, 
inflamações. 
Por outro lado, o acometimento da barreira permite a passagem facilitada de 
substâncias como os antibióticos. 
22. Quais regiões do sistema nervoso não estão dentro da 
barreira hematoencefálica? (órgãos circunventriculares) 
Em algumas áreas do cérebro, a barreira hematoencefálica não existe. Nessas 
áreas, os endotélios são fenestrados e desprovidos de junções oclusivas. Eles se 
distribuem em volta do III e IV ventrículos e por isso são denominados órgãos 
circunventriculares. Eles podem ser receptores de sinais químicos do sangue ou 
relacionados direta ou indiretamente com a secreção de hormônios. 
23. Qual a diferença da barreira hematoencefálica para a barreira 
hemoliquórica? 
A primeira é uma barreira entre o sangue e o sistema nervoso central, enquanto a 
segunda é uma barreira entre o sangue e o líquor. Há evidência de que a barreira 
hematoliquórica também funciona como portão, utilizando essencialmente os 
mesmos mecanismos da barreira hematoencefálica para transporte de 
substâncias. A barreira hematoliquórica localiza-se nos plexos coroides. Seus 
capilares, no entanto, não participam do fenômeno. O epitélio ependimário que 
reveste os plexos corióides, ao contrário dos demais epitélios ependimários, 
possui junções oclusivas que unem as células próximo à superfície ventricular 
e impedem a passagem de macromoléculas, constituindo a base anatômica da 
barreira hematoliquórica. 
24. O que é a síndrome de hipertensão intracraniana? 
O interior do crânio está preenchido por líquido cefalorraquidiano (LCR), sangue 
localizado nos compartimentos arterial e venoso e pelo próprio tecido nervoso. A 
acomodação de tecidos não compressíveis dentro de um compartimento rígido 
gera pressão, neste caso denominada de pressão intracraniana (PIC), o que 
ocorre naturalmente. Contudo, pode haver o aumento dessa pressão (hipertensão) 
no interior do crânio, resultante de várias afecções que podem acometer o 
encéfalo, tais como: traumáticas, tumorais, vasculares, parasitárias, 
inflamatórias e tóxicas, acarretando, frequentemente, consequências irreparáveis 
ou mesmo a morte. 
25. Quais são as manifestações clínicas da síndrome de hipertensão 
intracraniana? 
Os principais sinais e sintomas decorrentes da HIC são cefaleia, vômitos e 
papiledema. Vômitos ditos em jato, sem náusea concomitante, são especialmente 
sugestivos de aumento da pressão intracraniana. Paralisia de nervos cranianos 
pode ocorrer de forma variada, em especial paresía do VI nervo uni ou bilateral 
devido à pressão direta sobre seus núcleos localizados no tronco cerebral. 
As alterações da personalidade como primeira manifestação de HIC são mais 
frequentes do que o comumente referido e geralmente são valorizadas ou 
reconhecidas somente após o aparecimento dos outros sinais e sintomas. 
Constituem 20% das manifestações iniciais da HIC e se caracterizam por 
fatigabilidade, apatia, irritabilidade, desatenção, indiferença, diminuição da 
espontaneidade e instabilidade emocional, sendo mais frequentes nas neoplasias 
cerebrais. Com a evolução da HIC surgem períodos de sonolência, 
rebaixamento progressivo do nível de consciência e coma. 
Nas crianças com suturas ainda não soldadas, o aumento da PIC pode ser 
compensado, temporariamente, pela disjunção progressiva das suturas. Além do 
aumento do perímetro craniano, constata-se congestão das veias do couro 
cabeludo. Um sinal característico da HIC em crianças é o "som de pote rachado" 
obtido à percussão do crânio. 
Os sintomas, as queixas dos pacientes, são mais precoces nos casos de HIC. Os 
sinais vão surgindo pelo decorrer da síndrome. 
Síndrome de Cushing: Hipertensão arterial, bradicardia, distúrbio respiratório. 
Esses sinais são tardios, aparecem em um estágio mais avançado da HIC. 
26. Descreva a fisiopatologia do edema da papila. 
Havendo suspeita de pressão intracraniana, deve-se fazer um exame de fundo de 
olho. O nervo óptico é envolvido por um prolongamento do espaço subaracnóideo, 
levando à compressão do nervo óptico. Isso causa obliteração da veia central da 
retina, a qual passa em seu interior, o que resulta em ingurgitamento das veias da 
retina, com edema da papila óptica (papiledema). Essas modificações são 
facilmente detectadas no exame do fundo de olho, permitindo diagnosticar o 
quadro de hipertensão craniana. 
O que causa o edema é a compressão do nervo óptico que vai obliterar a veia 
central da retina. 
27. Quais as consequências de um aumento muito grande da 
pressão intracraniana? 
Um segundo mecanismo de lesão secundária à HIC se deve à geração de 
gradientes de pressão entre duas regiões do encéfalo. Estes gradientes 
pressóricos podem causar o deslocamento regional do parênquima encefálico 
para regiões não anatômicas, fato denominado herniação cerebral. 
28. Descreva as herniações do tecido encefálico. 
As pregas da dura-máter dividem a cavidade craniana em compartimentos 
separados por septos mais ou menos rígidos. Processos expansivos, como 
tumores ou hematomas que se desenvolvem em um deles, aumentam a pressão 
dentro do compartimento, podendo causar 
a protrusão de tecido nervoso para o compartimento vizinho, formando as 
hérnias intracranianas que podem causar sintomatologia grave. 
Hérnias do úncus: 
Um processo expansivo cerebral, determinando aumento de pressão no 
compartimento supratentorial, empurra o úncus, que faz protusão através da 
incisura da tenda do cerebelo, comprimindo o mesencéfalo. Inicialmente há 
compressão do nervo oculomotor na base do pedúnculo cerebral. Ocorre dilatação 
da pupila do olho do mesmo lado da lesão, com resposta lenta à luz, progredindo 
para dilatação completa, desvio lateral do olhar, paralisia contralateral. A 
sintomatologia mais característica e mais grave é a rápida perda da consciência, 
ou coma profundo por lesão das estruturas mesencefálicas responsáveis 
pela ativação do córtex cerebral. 
Hérnias das tonsilas: 
Processo expansivo na fossa posterior, como um tumor em um dos hemisférios 
cerebelares, pode empurrar as tonsilas do cerebelo através do forame magno, 
produzindo hérnia de tonsila. Nesse caso, há compressão do bulbo, levando à 
morte por lesão dos centros respiratório e vasomotor que nele se localizam. Há 
uma súbita diminuição da pressão liquórica no espaço subaracnóideo espinhal, 
causando a penetração das tonsilas através do forame magno.

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