Buscar

TCC BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR: UMA REVISÃO SOBRE AS MEDIDAS 
DE ENFRENTAMENTO E PREVENÇÃO. 
BULLYING IN THE SCHOOL ENVIRONMENT: A REVIEW OF COPING AND 
PREVENTION MEASURES. 
Fabiana Alves Moreira Lira1 
Fátima Vercília Mariano Bronzeri2 
Jéssica Alexandre dos Santos3 
Maria Viviane Silva de Sousa4 
Jaqueline Sobreira Rodrigues(Orientador)5 
RESUMO 
INTRODUÇÃO: O bullying tem se destacado como um fenômeno multicausal que 
corresponde a todos os comportamentos agressivos, conflitos interpessoais e antissociais, bem 
como atitudes de intimidação, perseguição dentre outros considerado um problema social 
complexo e grave sendo visível mais provavelmente na fase infantojuvenil e escolar. 
OBJETIVO: Analisar as estratégias de prevenção e enfrentamento do bullying no ambiente 
escolar disponíveis na literatura científica. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de 
revisão integrativa do tipo exploratória. Utilizou como critérios de inclusão os artigos 
publicados em inglês, espanhol e português entre os anos de 2016 e 2021 e como critério de 
exclusão, os resumos e aqueles não disponíveis em sua íntegra. RESULTADOS: Durante o 
processo de busca foram encontrados 29 estudos publicados. Após serem analisados foram 
escolhidos 7 artigos como amostra final, dos quais atendiam rigorosamente aos critérios 
estabelecidos e a objetividade do estudo. CONCLUSÃO: Pode-se observar diversas formas de 
prevenção e enfrentamento ao bullying cujos resultados são apresentados diante da experiência 
e realidade de cada local considerando as características sociais, econômicas e culturais. 
 
Palavras-chave: Bullying; Serviço de saúde escolar; adolescente; intervenção educacional 
precoce. 
1ABSTRACT 
INTRODUCTION: Bullying has been highlighted as a multicausal phenomenon that 
corresponds to all aggressive behaviors, interpersonal and antisocial conflicts, as well as 
attitudes of intimidation, persecution, among others, considered a complex and serious social 
problem that is most likely to be visible in the childhood and adolescence phase at school. 
OBJECTIVE: To analyze bullying prevention and coping strategies available in the scientific 
literature. METHODOLOGY: This is an integrative review research of exploratory type. It 
 
1Acadêmica de graduação em Psicologia do Centro Universitário Ateneu – Unidade. E-mail: 
20171112944@aluno.uniateneu.edu.br 
2Acadêmica de graduação em Psicologia do Centro Universitário Ateneu – Unidade. E-mail: 
20171111703@aluno.uniateneu.edu.br 
3Acadêmica de graduação em Psicologia do Centro Universitário Ateneu – Unidade. E-mail: 
20171111399@aluno.uniateneu.edu.br 
4Acadêmica de graduação em Psicologia do Centro Universitário Ateneu – Unidade. E-mail: 
20182119317@aluno.uniateneu.edu.br 
5Mestre em psicologia. Docente do curso de Psicologia do Centro Universitário Ateneu – Unidade Grande 
Shopping. E-mail: jaqueline.rodrigues@professor.uniateneu.edu.br 
 
2 
 
 
 
used as inclusion criteria the articles published in English, Spanish and Portuguese between the 
years 2016 and 2021 and as exclusion criteria, the abstracts and those not available in their 
entirety. RESULTS: During the search process, 29 published studies were found. After being 
analyzed, 7 articles were chosen as the final sample, which strictly met the established criteria 
and the objectivity of the study. CONCLUSION: Several forms of prevention and 
confrontation of bullying can be observed, whose results are presented according to the 
experience and reality of each place, considering the social, economic and cultural 
characteristics. 
 
Keywords: Bullying; school health service; adolescent; early educational intervention. 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Ao analisar os comportamentos agressivos entre os alunos no ambiente escolar, observa-
se que a violência escolar, em particular o bullying, tem se configurado em uma realidade para 
muitas crianças e adolescentes. O bullying tem se destacado como um fenômeno multicausal 
que corresponde a todos os comportamentos agressivos, conflitos interpessoais e antissociais, 
bem como atitudes de intimidação, perseguição, exclusão e humilhação, dentre outros 
(OLWEUS, 2013). 
O bullying pode ocorrer dentro e/ou fora das escolas, envolvendo um ou grupos de 
estudantes contra outros sem que exista uma justificativa por sua ação, fazendo parecer ou ser 
confundido como uma brincadeira natural da idade das crianças e adolescentes. Ele possui forte 
ligação com questões de desigualdades socioeconômicas, culturais e com os aspectos subjetivos 
e comportamentais dos indivíduos compondo agressões repetidas e que podem durar por muitos 
anos o que ocasionam consequências deletérias para os envolvidos a curto e longo prazo 
(ZEQUINÃO et al., 2017). 
Em específico ao ambiente escolar, o bullying é um problema social complexo e grave 
sendo visível mais provavelmente na fase infantojuvenil. A prevalência de bullying, em âmbito 
internacional, apresenta-se com variação de 32% a 2% (TSITSIKA et al., 2014). Já no Brasil, 
segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), a prevalência nacional de prática de 
bullying é de 19,8%, observando pequena variação dessa prática entre os estados brasileiros, 
onde os maiores percentuais foram identificados nas regiões Sudeste (22,2%) e centro-oeste 
(20,2%) em contrapartida menores nas regiões norte (17,9%) e nordeste (16,9%) (SILVA et al., 
2019). 
3 
 
 
 
As consequências do bullying envolvem questões relacionadas ao campo da saúde, do 
desenvolvimento psicossocial e do ensino-aprendizagem. Esses atos podem estar ligados a 
combinação de alterações psicológicas como baixa autoestima, rejeição entre os colegas, 
sintomas depressivos, pensamentos suicidas, distúrbios psiquiátricos provocando então atitudes 
agressivas e provocativas como razão para a prática de bullying. Dessa forma, se faz necessárias 
ações intersetoriais, múltiplos atores e serviços além de programas e políticas públicas de 
enfrentamento e de prevenção do bullying no ambiente escolar (CARLOS et al., 2017). 
Algumas dessas intervenções, como medidas de enfrentamento e prevenção são bem-
sucedidas e podem contribuir para ações específicas dentro das escolas. Em escolas inglesas 
estimou-se que o bullying reduziu em 67% após intervenções comuns como conversar com os 
agressores, aconselhar a vítima, medidas disciplinares entre outras (RIGBY, 2017). Já a 
Austrália, foi estimado reduções no bullying de 77% e na Finlândia foi reduzido em até 98% 
dos casos (GARANDEAU; POSKIPARTA; SALMIVALLI, 2014). Importante frisar que em 
nenhum dos estudos os atos de bullying cessaram, mas os resultados fornecem uma estimativa 
aproximada do sucesso geral na redução por meio de intervenções de enfrentamento e/ou 
prevenção. 
Esse cenário reflete a atenção para o compromisso que os atores envolvidos neste 
processo devem assumir transformando o bullying em um tema importante para investigações 
no campo da saúde. As ações de enfrentamento e prevenção nas escolas tem contribuído para 
empoderamento das pessoas, fortalecimento de vínculos, mudanças de hábitos e melhoria da 
qualidade de vida dos estudantes (SILVA et al., 2018). 
Nesse sentido, mediante a importância da temática no contexto do ambiente escolar, 
observa-se no presente estudo como uma possibilidade de apresentar a temática bullying à 
comunidade acadêmica, escolar e profissional, bem como suas características, causas e 
consequências além, das ações de enfrentamento e prevenção que viabilizassem a redução desse 
tipo de violência. 
Para tanto é essencial que pais/responsáveis, professores, alunos e profissionais da saúde 
se apropriem das características do fenômeno bem como as medidas de enfrentamento e 
prevenção já experenciadas na literatura científica. Portanto, a fim de subsidiar estratégias de 
prevenção e enfrentamento do bullying escolar, esse estudo objetivou apontar as medidas de 
enfrentamento e prevenção de bullying no ambiente escolar nasevidências científicas 
disponíveis na literatura. 
4 
 
 
 
Dessa forma este estudo tem como pergunta norteadora: Quais são as evidências 
disponíveis na literatura científica sobre o enfrentamento e prevenção do bullying no ambiente 
escolar? O estudo servirá de base para adolescentes, professores, responsáveis e profissionais 
de saúde na busca de intervenções para prevenção e enfrentamento ao bullying no ambiente 
escolar. 
Portanto, o objetivo geral da pesquisa é analisar as estratégias de prevenção e 
enfrentamento do bullying no ambiente escolar disponíveis na literatura científica. Para atingi-
lo, elencam-se os seguintes objetivos específicos: (a) Analisar os conceitos e os diferentes tipos 
de bullying no ambiente escolar; (b) Compreender as causas e consequências associadas ao 
bullying; (c) Discutir os diferentes processos de inserção do bullying na escola. 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 Conceitos e definições de bullying 
 
A expressão bullying têm origem inglesa e refere-se as ações de agredir, aterrorizar, 
maltratar e intimidar o outro, pelo desejo consciente, repetitivo, por período prolongado e 
intencional contra um ou mais alunos, pautadas em uma relação desigual de forças, no âmbito 
escolar (COSTA et al., 2015). Tais comportamentos não apresentam motivações específicas e 
justificáveis e podem muitas vezes serem confundidas com brincadeiras da faixa etária e assim 
perpetuar de forma “natural”, a premissa que os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros 
objetos de brincadeira (LISBOA, WENDT, & PUREZA, 2014). 
O temo bullying ficou caracterizado como uma palavra universal adotada decorrente da 
dificuldade em traduzi-lo para diversas línguas. Ele recebeu um conceito amplo dado à palavra 
bullying ter sido considerado como de difícil identificação na terminologia nativa de países 
como Alemanha, França, Espanha, Portugal e Brasil, entre outros (LOPES NETO, 2005). 
No Brasil, a expressão bullying foi definida na Lei de Combate a Intimidação 
Sistemática, em novembro de 2015, como todo ato de violência, seja ela física ou psicológica, 
que se dá de maneira recorrente e propositada sem motivação aparente, praticado 
individualmente ou por um grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de amedrontá-
la ou atacá-la, ocasionando sofrimento, dor e angústia para às vítimas, em uma relação de total 
desequilíbrio de forças entre as partes envolvidas (BRASIL, 2015). 
5 
 
 
 
Já os primeiros estudos científicos sobre a temática foram realizados na Noruega, por 
Dan Olweus, no início da década de 1990 e serviram de base a outros estudos do mundo inteiro. 
Os resultados obtidos, por Dan Olweus, têm corroborado com os demais estudos publicados 
internacionalmente, inclusive no Brasil (AGUIAR; BARRERA, 2017). 
Nesses resultados, o bullying era considerado apenas como aqueles ataques físicos e 
verbais realizados de “formas diretas”. Entretanto, com o avançar das pesquisas e do 
conhecimento sobre a temática, observou-se que existiam outras formas tão quanto importantes 
que eram realizadas de “formas indiretas”, que se davam de maneira mais sutil, caracterizadas 
pela ausência de manifestações explicitamente observáveis ou por ação mediada por terceiros 
e mais frequentes como os comentários difamatórios, calúnia, propagação de boatos e até 
mesmo exclusão ou organização de exclusão social (OLWEUS, 1997). 
Em termos práticos do cotidiano escolar podemos evidenciar o bullying nas diferentes 
expressões e formas diversas que incluem desde colocar apelidos, xingamentos, roubo, 
agressões físicas e verbais, bater, fofocar, gestos de humilhação, comentários maldosos até 
isolamento, dentre outros (MALTA et al., 2019). 
O bullying pode sempre ter existido no ambiente escolar, mas vem sendo estudado com 
maior ênfase nas últimas três décadas, demonstrando, dessa forma, a importância do 
desenvolvimento de pesquisas sobre a temática. Em síntese, o que se observa que o bullying 
deve ser visto como um fenômeno social composto de diversas características importantes e 
que precisam ser difundidas e conhecidas pelos atores envolvidos nesse processo de 
enfrentamento e prevenção do bullying, fazendo necessárias ações multiprofissionais que 
auxiliem na redução desse tipo de violência que tende a crescer cada vez mais caso não haja 
uma medida de enfrentamento e/ou prevenção (MALTA et al., 2014). 
 
2.2 Prevalência de bullying no ambiente escolar 
 
A Organização Mundial de saúde (OMS) considera o bullying como um problema 
global, presente em mais de 40 países, que aponta uma prevalência de 14% dos adolescentes de 
13 anos que referiram já ter sofrido bullying nos últimos dois meses (MALTA et al., 2019) Já 
no âmbito internacional, apontam a prevalência de bullying existente com uma variação de 2% 
a 32%. Na Europa a prevalência de bullying permeia em torno de 5%, na América do Norte 
com 20% e na África com prevalência entre 21 e 40% (TSITSIKA et al., 2014) 
6 
 
 
 
No Brasil, o bullying no ambiente escolar é considerado um problema de saúde pública 
(MARCOLINO et al., 2018) devido a sua elevada prevalência e pela gravidade dos prejuízos 
que pode trazer para suas vidas. Atualmente observa-se uma prevalência que continua elevada 
em São Paulo (AGUIAR & BARRERA, 2017) demostrando uma prevalência de 24% e em 
Salvador que demonstrou 63% (NOVA, SENA & OLIVEIRA, 2015) de alunos envolvidos com 
o bullying. 
No estudo OLIBONI et al. (2019), em Santa Catarina, essa prevalência é altíssima onde 
66% dos alunos pesquisados estão envolvidos com o bullying, assemelhando-se aos resultados 
obtidos nas investigações de BANDEIRA; HUTZ, (2012) e de NOVA et al., (2015) que 
encontraram, respectivamente, 67,21% e 63%. Os resultados apontados e reafirmar o 
posicionamento dos pesquisadores (FLEMING & JACOBSEN, 2010) especializados na área, 
que consideram que nos países de média e baixa renda a prática de bullying pode variar entre 
10% e 60%. 
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) de 2015 corrobora com os achados 
e revelou que sofrer bullying por colega da escola atingiu 7,4% dos escolares e 37% destes 
demonstraram já ter sofrido algum tipo de bullying no ambiente escolar (MELLO et al., 2018). 
Os achados apontam ainda, a necessidade de medidas de enfrentamento e prevenção 
urgentes passando a direcionar o foco das instituições escolares para a identificação do bullying 
como forma de impedir sua propagação. Nesse sentido, se faz necessário maior investimento 
em estratégias intersetoriais de enfrentamento e prevenção na direção de promoção da saúde e 
capazes de transformar culturas escolares e contribuírem com enfrentamento da violência 
escolar (NOVA et al., 2015). 
 
2.3 Características do bullying 
 
O bullying apresenta características próprias definidas e que diferenciam de outros tipos 
de violência por sua intencionalidade, com recorrência prolongada e a assimetria de forças entre 
os alunos envolvidos nesse processo, sejam no âmbito físico ou psicológico (OLIBONI et al., 
2019). Entre as características do bullying, observa-se no tocante às diferenças de sexo, que os 
resultados apontam acometimento em ambos os sexos sendo mais prevalente no sexo masculino 
(MELLO et al., 2017), entretanto, existem autores (TEIXEIRA et al., 2013) que referem ser 
crescente a identificação em meninas no contexto escolar 
7 
 
 
 
No que diz respeito a estrutura familiar, constata-se que a maioria dos envolvidos com 
o bullying pertence a famílias nucleares tradicionais compostas por um pai considerado o 
provedor da casa, uma mãe cuidadora da família e seus filhos, figurando como antigo modelo 
de família. Esse resultado chama a atenção e segundo BORSA; PETRUCCI, KOLLER, (2015) 
são comuns as pesquisas apontarem associações com a violência do bullying e as características 
da família e a forma de relação que estes alunos possuem com seus familiares. 
Assim, infere-se algumashipóteses a respeito e podem ser levantadas para compreender 
essa associação como a superproteção, a falta dos pais na vida escolar dos filhos, a falta de jeito 
para lidar com a repreensão do filho além do baixo convívio afetivo e emocional entres os 
membros familiares. Essas hipóteses levam ao fato de maiores chances que as vítimas de 
bullying costumam vir de famílias que superprotegem suas crianças, enquanto que os alunos 
que realizam o bullying costumam vir de famílias que demonstram carência afetiva no lar e seio 
familiar (OLIBONI et al., 2019) 
Estudos (GHOSH, et al., 2016). apontam que devido as características multiculturais e 
étnico-raciais presentes no território brasileiro podem corroborar como um marcador associado 
para a ocorrência do bullying entre os alunos. Os resultados dos dados da PeNSE, analisados 
por Malta et al. (2017), foram identificados diversos aspectos associados ao bullying como 
trabalho infantil, relações familiares, uso de drogas, solidão e pouco apoio familiar. Já nos 
estudos (MOOIJ, 2011; FELIX; YOU, 2011) apontam as diferenças de raça, aspectos físicos, 
condutas individuais, performance escolar, religião e até questões de gênero e orientação sexual 
são fatores preditores de situações por bullying. 
Dessa forma pode-se considerar que o bullying implica questões culturais, sociais, 
econômicas de desigualdade, diversidade, entre outras, refletidas da dinâmica relacional 
existente nas relações oriundas da escola, da família e da sociedade que se materializam no 
bullyng (SILVA et al., 2019). 
Outra característica importante no bullying revela-se quanto aos locais de aparecimento 
mais comuns no ambiente escolar do bullying. O recreio e a sala de aula demonstram segundo 
pesquisas como os ambientes de maior ocorrência e, portanto, precisam ser considerados dentro 
do planejamento das medidas de enfrentamento e prevenção do bullying (TEIXEIRA et al., 
2013). 
O bullying modifica negativamente o clima dentro da escola e propaga aos estudantes 
uma sensação de incertezas, insegurança e de desordem institucional. Entre os atores envolvidos 
8 
 
 
 
no bullying, os autores LIMBER; OLWEUS (2010), dividem os envolvidos no episódio de 
bullying em vítimas, autores, seguidores e os espectadores que por sua vez são subdivididos em 
apoiantes, espectadores livres e espectadores defensores. Por isso eles acreditam que esse 
processo envolve a participação de muitos outros alunos, que não somente o autor e o alvo, 
fazendo com que o bullying seja reconhecido como um fenômeno coletivo. A figura 1 abaixo 
faz uma análise dos atores envolvidos e é possível observar que eles são divididos em (Quadro 
1): 
Quadro 1 – Classificação dos atores envolvidos no bullying. 
CLASSIFICAÇÃO CONCEITUAÇÃO 
A - Estudantes que 
intimidam 
Esses alunos protagonizam o bullying, querem 
intimidar e desempenhar um papel principal e de líder. 
B – Seguidores ou 
capangas 
Esses alunos participam ativamente e são favoráveis 
em relação ao bullying, mas não desempenham o papel 
principal e nem o iniciam. 
C – Apoiadores 
passivos 
Esses alunos não participam, mas através do riso ou 
outra ação passiva apoiam abertamente o bullying. 
D – Apoiantes passivos 
ou possíveis 
intimidadores: 
Esses alunos são aqueles que não mostram sinais 
externos de apoio, mas gostam do bullying, 
 
E – Espectadores livres 
Esses alunos diferentemente dos outros acima não se 
envolvem e não se posicionam, nem participam 
ativamente em nenhuma direção. 
F – Possíveis defensores 
Esses alunos não gostam do bullying, acham que 
devem ajudar, mas não fazem nada. 
G – Defensores 
Eles ajudam ou tentam ajudar e não gostam do 
bullying. 
H – Estudante que está 
sendo intimidado. 
Esses alunos são aqueles que estão constrangidos, 
intimidados e em estado de temor. 
Fonte: Limber; Olweus (2010). 
 
Reconhecer esses atores envolvidos no bullying mostra-se extremamente necessário 
para atuar nos alunos que possuem papel importante nesse processo e podem der possíveis 
9 
 
 
 
agentes de mudança. Neste contexto, GARANDEAU; POSKIPARTA; SALMIVALLI (2014) 
reforçam que os alunos expectadores podem apresentar papel importante de moderadores do 
comportamento entre os demais alunos. Os alunos defensores, possíveis defensores, 
espectadores livres e apoiantes passivos podem atuar como agentes de mudanças e combatendo 
o bullying buscando trazer os demais alunos para o lado direito do círculo (Figura 1) e mudar 
esse cenário de violência no ambiente escolar. 
Figura 1 – Círculo do Bullying 
 
Fonte: Limber; Olweus (2010). 
 
Os envolvidos no bullying apresentam características singulares o que o torna um 
problema complexo, multidimensional que requer investimentos científicos e políticos para a 
ampliação do foco sobre a questão, além de se caracterizar como um objeto de investigação 
intersetorial permeado por uma diversidade de formas e tipos (OLIVEIRA et al., 2015). 
 
2.4 Tipos de bullying 
 
Em relação à classificação dos diferentes tipos de bullying observa-se a categorização, 
mediante a forma de acontecimentos do mesmo, em direto e/ou indireto. A forma direta é aquela 
ocasionada quando as vítimas são atacadas diretamente pelo agressor e geralmente representada 
10 
 
 
 
por agressões físicas e verbais e que segundo estudos FEKKES et al. (2005) acontece 4 vezes 
mais frequente entre os meninos. A forma indireta por sua vez acontece de maneira sútil, 
caracterizadas pela ausência de manifestações explicitamente observáveis ou por ação mediada 
por terceiros e mais prevalentes entre as meninas. 
Pode-se exemplificar a forma direta como agressões físicas, apelidos impróprios, 
ameaças, humilhações e a na forma indireta observa-se em espalhar mentiras, calúnias, 
difamação que buscam denegrir a imagem do aluno (AGUIAR & BARRERA, 2017). 
Ainda nesse sentido, vários autores (WANG; IANNOTTI; NANSEL 2009; 2010) 
categorizam o bullying em três grandes grupos: em físico, verbal e relacional. No bullying 
físico, como o próprio nome já evidencia, estão incluídas às diversas formas de agressões físicas 
diretas como bater, chutar e danos materiais. Já no tipo verbal abarcam as ações no âmbito das 
ameaças, apelidos, humilhações e insultos e no tipo relacional estão inseridos os 
comportamentos de exclusão e/ou isolamento social e indiferença (MALTA et al., 2019). 
Existe ainda nos dias atuais, um outro tipo de modalidade, cada vez mais frequente, 
denominada cyberbullying, abrange a utilização de artifícios eletrônicos e tecnologias de 
informação e comunicação como recurso para a adoção de comportamentos de agressão 
repetida, intencional, deliberados e hostis, de um indivíduo ou grupo que pretende causar danos 
a outro(s). Essas agressões acontecem por meio de celulares, internet, e-mails, redes sociais, 
mensagens de texto e até mesmo fotos e “memes” digitais (STELKO, 2012) 
Consolidando essas tipologias, a lei nº 13.185/2015 (BRASIL, 2015) classifica o 
bullying em oito tipos que estão representados resumidamente no quadro 2 abaixo: 
 
Quadro 2 – Caracterização dos tipos de bullying. 
FORMAS DE BULLYING TIPOS DE BULLYING 
DIRETO 
VERBAL - insultar, xingar e apelidar pejorativamente. 
SEXUAL - assediar, induzir e/ou abusar. 
PSICOLÓGICO - perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, 
dominar, manipular, chantagear e infernizar. 
FÍSICO - socar, chutar, bater. 
MATERIAL - furtar, roubar, destruir pertences de outrem. 
VIRTUAL - depreciar, enviar mensagens intrusivas da 
intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que 
11 
 
 
 
resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de 
constrangimento psicológico e social. 
INDIRETO 
MORAL - difamar, caluniar, disseminar rumores. 
SOCIAL - ignorar, isolar e excluir. 
CYBERBULLYING – Postar fotos e arquivos pessoais para 
denegrir a imagem da vítima. 
Fonte: Brasil (2015). 
 
Observa-se que dentre os diferentes tiposde bullying sofridos pelos estudantes, o 
bullying psicológico predomina no ambiente escolar (23,3%) seguidos do bullying físico (15%) 
e virtual (5,5%) (MARCOLINO et al., 2018). Já no estudo de BANDEIRA & HUTZ (2012) os 
apelidos, xingamentos e agressões são apontados como os achados mais comuns entre os 
envolvidos e em contrapartida, SANTOS et al. (2014) afirma que o bullying material como a 
forma menos frequente de agressão bem como o bullying sexual. Acrescenta-se à temática, a 
agressão verbal de conteúdo homofóbico apresenta como o segundo tipo de bullying mais 
praticado entre meninos (20%) (OLIBONI, 2019) e o ciberbullying foi admitido por 14 a 23% 
dos adolescentes (LOPES NETO, 2005) 
 Observa-se a existência de variação entre as pesquisas sugerindo a necessidade de mais 
pesquisas sobre essas questões relativas aos tipos de bullying que possam contribuir com 
melhores intervenções e no desenvolvimento de práticas contínuas de prevenção que possam 
reduzir esse problema de forma eficaz. 
 
2.5 Consequências associadas ao bullying 
 
As consequências do bullying, tanto nas vítimas quanto nos agressores, vem sendo 
evidenciado em curto, médio e em longo prazo e envolvem as esferas da saúde, do processo de 
ensino-aprendizagem e do desenvolvimento psicossocial (ZEQUINÃO et al., 2017). Alguns 
estudos (ROMO; KELVIN, 2016; MOORE et al., 2017) nacionais e internacionais evidenciam 
a tentativa de suicídio, ansiedade, baixa autoestima, problemas com o sono, depressão, cefaleia 
e diminuição no rendimento escolar e podem repercutir ao longo da vida, tornando vulnerável 
a saúde e qualidade de vida do envolvidos. 
MELLO et al. (2017) reforça as consequências oriundas do bullying e avalia que os 
agressores possuem uma maior tendência a desenvolverem comportamentos de risco para saúde 
12 
 
 
 
e baixo rendimento escolar e já são identificadas nas vítimas uma tendência para 
quadros/sintomas depressivos, fobia social, medo, ansiedade generalizada, autoflagelação, 
pensamentos negativistas, baixa autoestima e transtornos alimentares. Os dados da PENSE 
corroboram com os achados cujas investigações revelam ainda, como consequências do 
bullying o sentir-se sozinho, não ter amigos, ter insônia, faltar as aulas sem avisar aos pais, 
sofrer ou testemunhar violência física família são fatores associados ao bullying e que afetam e 
colocam em risco a saúde (SILVA et al., 2019). 
Essas consequências, aumentam a probabilidade de dificuldade de aprendizagem e 
consequentemente fracasso e/ou evasão escolar, o abuso de substâncias entorpecentes e os 
problemas de saúde mental importantes exercendo efeitos negativos sobre a escolarização, 
saúde e desenvolvimento psicossocial atingindo além das vítimas e agressores as testemunhas 
da violência (SILVA et al., 2016). 
Contudo, é importante ressaltar que as crianças e adolescentes não são acometidas de 
maneira uniforme, mas existe uma relação direta com a frequência, duração e severidade dos 
atos de bullying. Os adultos que sofreram bullying quando crianças são mais propensas a 
sofrerem depressão e baixa autoestima. Da mesma forma, quanto mais cedo ocorrer a agressão, 
maior será o risco de apresentar problemas associados a comportamentos antissociais em 
adultos e consequentemente à perda de oportunidades, como a instabilidade no trabalho e 
relacionamentos afetivos pouco duradouros, se tornando uma bola de neve de consequências 
deletérias do bullying em todas as fases da vida do indivíduo (LOPES NETO, 2005). 
As consequências comprometem também a relação familiar uma vez que na maioria dos 
casos os pais não acreditam nos relatos ou suas ações na tentativa de debelar o bullying contra 
seus filhos não são efetivas o que torna um sentimento de culpa, descrença, indiferença, ira e 
inconformismo consigo e com a escola (LOPES NETO, 2005). 
Devido ao efeito nocivo do bullying sobre os envolvidos e à sua alta prevalência, 
sobretudo nas escolas, o desenvolvimento de programas de intervenção antibullying para 
crianças e adolescentes tem sido alvo de estudos (SILVA et al., 2017). 
 
3 METODOLOGIA 
 
Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa do tipo exploratória. A pesquisa 
desenvolvida foi de natureza qualitativa, buscando analisar as estratégias de prevenção e 
13 
 
 
 
enfrentamento do bullying no ambiente escolar disponíveis na literatura científica. Foi realizada 
através de um levantamento bibliográfico em diferentes plataformas de pesquisa: MEDLINE, 
PUBMED, LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), 
BDENF, Index psicologia e IBECS. Em todos as bases de dados procedeu aos seguintes 
cruzamentos publicados no período de 2016 a 2021 utilizando os termos: bullying AND serviço 
de saúde escolar AND adolescente AND intervenção educacional precoce. 
 Os critérios de inclusão foram artigos publicados em inglês, espanhol e português e 
como critério de exclusão, os resumos e aqueles não disponíveis em sua íntegra. Os estudos 
selecionados foram sumarizados considerando-se as informações referentes ao título, autoria, 
nome da revista, data de publicação, país no qual os dados foram coletados bem como os 
objetivos da intervenção, métodos empregados, principais resultados e conclusões. 
Os resultados da revisão demonstraram a inclusão inicial de 29 artigos elegíveis e que 
após a leitura criteriosa e mediante os critérios de inclusão e exclusão chegaram ao montante 
final de 7 artigos para presente revisão. Esses resultados foram apresentados de forma 
descritiva e analisados criticamente cujo tratamento dos dados propiciou a obtenção de uma 
visão geral acerca da produção científica na temática investigada e sobre as medidas de 
prevenção e enfrentamento ao bullying no ambiente escolar. 
Para análise dos dados, realizou-se várias etapas para poder escolher os artigos finais 
que se enquadram nos critérios adotados. No primeiro momento foi feita a leitura dos títulos, 
excluindo os que não estavam condizentes com o tema deste trabalho (filtragem). No segundo 
momento foi feita a leitura dos resumos que restaram da primeira etapa, e assim, foram 
excluídos os que não tinham os critérios de inclusão definidos anteriormente (mapeamento da 
amostra). O último momento foi a leitura de todo o artigo destacando as partes mais 
interessantes dos resultados de cada trabalho (estudos elegíveis). Os artigos submetidos à esta 
revisão integrativa foram sistematizados e categorizados através da análise de conteúdo 
(BARDIN, 2011) onde foram possíveis agrupar e apreender categorias (estratégias baseadas na 
educação popular, estratégias cognitivas comportamentais e estratégia de breve intervenção) 
que embasaram a análise das estratégias de prevenção e enfrentamento do bullying no ambiente 
escolar disponíveis na literatura científica. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
14 
 
 
 
Durante o processo de busca foram encontrados 29 estudos publicados. Após serem 
analisados foram escolhidos 7 artigos como amostra final, dos quais atendiam rigorosamente 
aos critérios estabelecidos e a objetividade do estudo. Na figura I, segue a representação 
esquemática do fluxograma da seleção realizada para este estudo. 
 
Figura 1 – Fluxograma da captação dos artigos que serão selecionados 
 
 
 
Fonte: Autoras (2021). 
 
Desta Revisão Integrativa, pode-se caracterizar todos os artigos encontrados conforme 
as bases de dados sendo que na base de dados Medline foram encontrados apenas 1 artigo, na 
LILACS foram encontrados 5 artigos, na base BDENF foram encontrados apenas 1 artigo. A 
base de dados LILACS foi aquela que apresentou a maior quantidade de artigos encontrados. 
 
Tabela 1 – Caracterização dos artigos encontrados conforme os descritores e base de dados 
BASE DE DADOS Nª DE ARTIGOS % 
MEDLINE 1 14,5% 
BDENF 1 14,5% 
LILACS 5 71% 
TOTAL 7 100% 
Fonte: Autoras (2021). 
 
Estudos identificados nos 
bancos de dados: Lilacs (21), 
medline(6), BDENF (8), Index 
psicologia (3), IBECS (2) 
Total: (29) 
Artigos para análise mais detalhada 
(15) 
N. de estudos incluídos (7) 
N. de artigos 
excluídos após a 
leitura completa 
(8) 
N. de resumos e artigos 
duplicados excluídos, 
(14) 
15 
 
 
 
O Quadro 1 abaixo mostra os 7 artigos encontrados caracterizando por autor, ano e 
título. Dessa forma, percebe-se que 57% dos artigos foram publicados em 2020 e 71% dos 
artigos publicados foram escritos na língua portuguesa. 
 
Quadro 1 - Caracterização dos artigos conforme autor, ano e título. 
COD. AUTOR ANO TÍTULO 
A1 Chillemi et al. 2020 A Pilot Study of an Online 
Psychoeducational Program on 
Cyberbullying That Aims to Increase 
Confidence and Help-Seeking Behaviors 
Among Adolescents. 
A2 Alencastro et al. 2020 Teatro do Oprimido e bullying: atuação da 
Enfermagem na saúde do adolescente 
escolar 
A3 Brandão Neto et al. 2020 Formação de adolescentes protagonistas 
para prevenir o bullying em contextos 
escolares 
A4 Bottan et al. 2020 Intervenção breve antibullying para 
adolescentes em escolas públicas 
A5 Alencastro; Oliveira, 
Silva 
2019 O Teatro do Oprimido no enfrentamento 
do bullying: uma experiência com 
adolescentes escolares 
A6 Silva et al. 2018 Intervenção em habilidades sociais e 
bullying 
A7 Vilchis; Reynoso, 
Rivera 
2018 Efectos de un programa de competencias 
emocionales en la prevención de 
cyberbullying en bachillerato 
Fonte: Autoras (2021). 
 
No caso da caraterização por tipo de pesquisa, da amostra e dos resultados 
evidenciados, o Quadro 2 mostra esses dados de forma resumida onde em sua maioria 
apresentam intervenções realizadas no combate ao bullying. 
 
 
 
16 
 
 
 
Quadro 2 – Caracterização dos artigos conforme código, tipo de pesquisa, amostra e resultados 
COD. TIPO DE 
PESQUISA 
AMOSTRA RESULTADOS EVIDENCIADOS 
A1 Estudo 
transversal de 
abordagem 
quanti-qualitativo 
Amostra de 54 
alunos do 9º e 10º 
ano de escolas 
secundárias 
australianas 
Os resultados sugerem que uma 
intervenção online tem o potencial de 
fornecer aos adolescentes uma 
intervenção gratuita e facilmente acessível 
que ajude a amenizar o efeito do 
cyberbullying, promovendo habilidades 
eficazes de enfrentamento. 
A2 Estudo quase-
experimental 
Amostra de 232 
alunos do ensino 
médio de 2 escolas 
públicas de Cuiabá 
O Teatro do Oprimido representa uma 
estratégia importante na redução da 
vitimização por bullying entre 
adolescentes escolares. 
A3 Pesquisa de 
intervenção 
participativa, de 
natureza 
qualitativa 
Amostra de 12 
adolescentes 
considerado líderes 
O modelo de intervenção pedagógica 
oportunizou a participação ativa dos 
adolescentes, com vistas ao 
desenvolvimento de competências 
geradoras de comportamentos pró-
sociais, relações empáticas e assertivas, 
capazes de enfrentar o bullying e 
transformar o ambiente escolar 
A4 Estudo 
experimental 
controlado 
Amostra composta 
de 1.043 estudantes 
do 5º ao 9º ano de 
escolas públicas de 
Porto Alegre/RS 
Os resultados não indicaram efeito 
significativo do modelo de intervenção 
proposto. Uma das hipóteses de tal achado 
deve-se ao fato de a intervenção ter sido 
breve, havendo poucos encontros para 
discussão acerca do tema e ocorrendo com 
todos os adolescentes, sem focar nos 
grupos de envolvidos. 
A5 Estudo de Relato 
de experiência 
Amostra de 136 
adolescentes 
estudantes do 1º 
Ano do Ensino 
A partir do relato é possível identificar as 
potencialidades da experiência de 
intervenções com técnicas teatrais sendo 
possível ampliar a visão do bullying entre 
17 
 
 
 
Fonte: Autoras (2021). 
 
Diante dos resultados apresentados pode-se observar diversas formas de prevenção e 
enfrentamento ao bullying cujos resultados são apresentados diante da experiência e realidade 
de cada local considerando as características sociais, econômicas e culturais. Diversos 
programas\ações de prevenção e enfrentamento ao bullying vem sendo desenvolvidos e 
aplicados em escolas de vários países visando reduzir a prevalência do bullying e melhorar a 
saúde mental e a qualidade de vida dos adolescentes cujos programas consideram as escolas 
como sistemas dinâmicos e complexos. Foram elencadas, assim, três categorias de discussão 
sobre o assunto, são elas: Estratégias baseadas na educação popular; Estratégias cognitivo-
comportamentais e Estratégias de breve intervenção. 
 
4.1 Estratégias baseadas na educação popular 
 
Observou-se durante a revisão a realização de intervenções e estratégias baseadas na 
educação popular freiriana. Isso foi explanado por Alencastro et al. (2020) ao realizaram uma 
intervenção por meio do Teatro do Oprimido, no qual se inspiraram na obra freiriana 
“Pedagogia do oprimido”. Em seu relato de experiência sobre a implementação dessa 
intervenção, evidenciou-se que a encenação possibilitou o debate e discussão, promovendo a 
Médio de uma 
escola pública 
estadual de Cuiabá 
adolescentes, suas consequências e suas 
formas de enfrentamento 
A6 Estudo de 
Intervenção quase 
experimental 
Amostra de 522 
estudantes do sexto 
ano de seis escolas 
públicas de São 
Paulo 
As habilidades sociais são importantes em 
intervenções antibullying e podem 
fundamentar intervenções intersetoriais 
na área da saúde, visando favorecer o 
empoderamento das vítimas mediante a 
melhoria de suas interações sociais e 
qualidade de vida na escola. 
A7 Estudo 
experimental 
Amostra de 82 
alunos mexicanos do 
ensino médio 
O programa produziu um impacto 
positivo, significativo e um tamanho do 
efeito mediano sobre as pontuações 
de cyberbullying em alunos do ensino 
médio e mostrou eficácia na prevenção e 
intervenção. 
18 
 
 
 
emancipação dos sujeitos e proporcionando um ambiente de construção e desconstrução de 
conceitos, saberes e\ou impressões. Para isso, estimulou-se a participação ativa, a interação 
entre os participantes, além da sensibilização ao bullying, destacando a as principais situações 
vivenciadas e os desafios que enfrentavam para superar tal situação. 
 Os resultados demonstraram redução significativa na vitimização direta, agressões 
físicas e verbais, demonstrando que a intervenção pode auxiliar positivamente nas ações de 
prevenção e enfrentamento. Nesse sentido, as técnicas de dramatização podem ser úteis para 
que os adolescentes adquiram diversas habilidades para lidar positivamente com o bullying e 
de diferentes formas além de que a dramatização favorece a formação de grupos, que protegem 
e auxiliam na solução das situações de bullying. 
Corroborando, Brandão Neto et al. (2020) desenvolveram uma intervenção baseada na 
estratégia participativa de educação em saúde, baseada também na educação popular, agora no 
método de Círculos de Cultura de Paulo Freire, durante três meses. A estratégia de 
enfrentamento gerou como frutos algumas estratégias antibullying levantadas pelos 
adolescentes como teatros, raps, vídeos para debate, jogos de perguntas e respostas, cartazes de 
divulgação de mensagens antibullying por toda a escola, bem como a criação de espaços para 
livre expressão de propostas de prevenção antibullying. 
A partir dessas intervenções, compreende-se que é importante se encorajar os alunos a 
participarem ativamente da supervisão e intervenção dos atos de bullying. Os programas de 
prevenção e de enfrentamento devem ir além e envolver, sempre que possível, a comunidade, 
a família, a organização escolar, as turmas e as práticas pedagógicas, uma vez que a violência 
se estabelece por meio das relações e se institui um fenômeno grupal (PEREIRA et al., 2011; 
AHTOLA et al., 2013; SAMPAIO et al., 2015). 
 
4.2 Estratégias cognitiva-comportamental 
 
Além das medidas educacionais populares, observou-se também estratégias de 
intervenção baseadas em programas psicoeducacionais que trabalhavam os aspectos cognitivos 
e comportamentais,como apresentado por Kerry et al. (2020). Os autores executaram uma 
intervenção por meio de um programa psicoeducacional baseado em terapia cognitivo-
comportamental autoguiado online, para lidar com uma experiência potencial de cyberbullying. 
Os resultados demonstraram que uma intervenção online tem o potencial de fornecer aos 
adolescentes uma intervenção gratuita e facilmente acessível que ajuda a amenizar o efeito do 
19 
 
 
 
cyberbullying. Além disso, promove habilidades eficazes de enfrentamento, indicando 
aumentos significativos na probabilidade dos adolescentes de usar as habilidades de 
enfrentamento da autocompaixão e de desafiar o pensamento de inutilidade para lidar com uma 
experiência de cyberbullying. 
Corroborando com o exposto acima, Silva et al. (2018) realizaram um estudo quase-
experimental com intervenção cognitivo-comportamental baseada em habilidades sociais em 
estudantes paulistas vítimas de bullying. Foram realizadas 8 sessões que enfocaram habilidades 
de civilidade, fazer amizades, autocontrole, expressividade emocional, empatia, assertividade e 
soluções de problemas interpessoais. Os autores observaram que o grupo intervenção melhorou 
significativamente as habilidades sociais e houve a diminuição da vitimização demonstrando a 
importância das intervenções antibullying. 
Somando à temática, Vilchis; Reynoso, Rivera (2018) encontraram em seu estudo 
quase-experimental por meio da intervenção com um programa de competências emocionais 
focando o cyberbullying em alunos mexicanos que a aplicação do programa de competências 
emocionais produziu impacto positivo e significativo sobre o cyberbullying em alunos do 
ensino médio, bem como as consequências do bullying, reduzindo a vitimização. Ressalta-se, 
desse modo, a necessidade de implementar medidas de prevenção e enfrentamento que 
trabalhem para além do currículo escolar, mas que envolvam questões morais, culturais e 
valores da escola e comunidade como um todo. 
Observa-se, portanto, que as ações de prevenção e enfrentamento também diminuam as 
consequências causadas pelo bullying combatendo a evasão escolar, depressão, fobia escolar e 
social e até mesmo a tentativa de suicídio o que reduz consideravelmente a possibilidade dos 
adolescentes adotarem comportamentos violentos e\ou reproduzirem a violência (MOREIRA; 
BASTOS, 2015). 
 
4.3 Estratégias de breve intervenção 
 
Entretanto, apesar dos resultados positivos das estratégias já apontadas anteriormente 
no combate ao bullying, observa-se que intervenções breves não apresentaram resultados 
significativos como demonstrado por Bottan et al. (2020). Em seu estudo experimental 
controlado, realizaram uma intervenção breve, em dois encontros com duração de 90 minutos 
cada, por meio de aula expositiva e dialogada e dinâmicas, onde abordavam questões 
relacionadas ao bullying, ao preconceito e vitimização. Os autores não encontraram efeitos 
20 
 
 
 
significativos no modelo de intervenção proposto. Como hipótese afirmam que o pequeno 
número de encontros, o fato da intervenção ter sido breve e ter ocorrido em todos os 
adolescentes sem focar nos grupos envolvidos com o bullying pode ter influenciado os 
resultados. 
Como o bullying é complexo, de difícil solução e uma tarefa árdua para sua eliminação, 
é preciso que o trabalho seja continuado e não breve ou pontual. De todo modo, frisa-se a 
manutenção de diferentes pesquisas e ações para seu enfrentamento, na esperança de se obter 
numa sociedade mais justa. As ações tem se mostrado simples e de baixo custo, podendo ser 
inseridas no cotidiano das escolas (SILVA, 2010, p. 175). 
Pode-se perceber que as ações de prevenção e enfrentamento ao bullying identificadas 
nesta revisão são desenvolvidas visando realizar alterações no ambiente escolar, implantação 
de ações de forma a promover uma cultura de paz na escola, sensibilização e autorreflexão 
sobre as situações de conflito. Observa-se, ainda, que essas ações visam por outro lado realizar 
intervenções individuais, como o estímulo a reflexões filosóficas e vivências de valores nas 
escolas, desenvolvimento de um programa de treino em competências sociais e emocionais, 
promoção de atividades para redução do comportamento de bullying e promoção de regras de 
convivência, habilidades sociais e intervenções individualizadas com alunos. 
 
5 CONCLUSÃO 
 
A presente pesquisa teve como objetivo analisar as estratégias de prevenção e 
enfrentamento do bullying no ambiente escolar disponíveis na literatura científica. A partir das 
análises realizadas, conclui-se que os programas de prevenção e enfrentamento ao bullying 
devem ser intersetoriais, com foco no desenvolvimento de sentimentos de empatia e 
solidariedade, além do fortalecimento das relações entre pares. As intervenções, portanto, 
necessitam de um conjunto de ações que alcancem uma ampla participação. 
O presente estudo demonstra a importância e efetividade das intervenções, o que 
contribui para produção do conhecimento científico no campo do bullying em ambiente escolar. 
Apropria-se, então, de novas teorias e práticas de prevenção e enfrentamento. 
Desse modo o envolvimento de todos os atores envolvidos nesse processo, tais como, 
alunos, professores, comunidade, faz-se necessário para a eficaz implantação de ações de 
prevenção e enfrentamento do bullying. A participação e construção coletiva tende a estabelecer 
diretrizes e ações mais coerentes com a realidade escolar. O presente estudo encontrou, como 
21 
 
 
 
limitação, uma restrita literatura que compare as medidas de prevenção e enfrentamento ao 
bullying. 
 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
AGUIAR, L. G. F.; BARRERA, S. D. Manifestações de Bullying em Diferentes Contextos 
Escolares: um Estudo Exploratório. Psicologia: Ciência e Profissão Jul/Set. 2017 v. 37 n°3, 
669-682. https://doi.org/10.1590/1982-3703002922016 
 
ALENCASTRO, L. C. S.; OLIVEIRA, W. A.; SILVA, M. A. I. O Teatro do Oprimido no 
enfrentamento do bullying: uma experiência com adolescentes escolares. Aletheia, Canoas, v. 
52, n. 1, p. 177-188, jun. 2019. 
 
ALENCASTRO, L. C. S.; SILVA, J. L.; KMATSU, A. V.; BERNADINO, F. B. S.; MELLO, 
F. C. M.; SILVA, M. A. I. Theater of the Oppressed and bullying: nursing performance in 
school adolescent health. Revista Brasileira de Enfermagem. v. 73, n. 1, 2020. 
 
BANDEIRA, C. M., & HUTZ, C. S. Bullying: prevalência, implicações e diferenças de 
gêneros. Revista semestral da associação brasileira de psicologia escolar e educacional, v. 16, 
n 1, p. 35-44, 2012. 
 
BARDIN, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70. 280 p. 
 
BORSA, J.C.; PETRUCCI, G. W. & KOLLER, S.H. A participação dos pais nas pesquisas 
sobre o bullying escolar. Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar 
e Educacional, SP. v. 19, n. 1, p. 41-48, jan./abr. de 2015. 
BOTTAN, G.; VIZINI, S.; ALVES, P. F.O.; GUIMARÃES, L. S. P.; NASCIMENTO, B. P.; 
RIGATTI, R.; HELDET, E. Brief antibullying intervention for adolescents in public schools. 
Revista Gaúcha de Enfermagem [online]. v. 41, 2020. 
 
BRASIL. Lei nº 13.185, de 06 de novembro de 2015. Institui o Programa de Combate à 
Intimidação Sistemática (Bullying). Diário Oficial da União, 9 nov 2015. 
 
BRANDÃO NETO, W.; SILVA, S. O.; AMORIM, R. R. T.; AQUINO, J. M.; ALMEIDA 
FILHO, A; J.; GOMES, B. M. R.; MONTEIRO, E. M. L. M. Formation of protagonist 
adolescents to prevent bullying in school contexts. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, n. 
Suppl 1, 2020. 
 
CARLOS, D. M.; CAMPEIZ, A. B.; SILVA, J. L.; DOMINGUES FERNANDES, M. I.; DA 
CRUZ, L. M. N.; IOSSI, S. M. A.; School-based interventions for teen dating violence 
prevention: integrative literature review. Ver Enf Ref [Internet], v. 14, n. 4, p-133-46, 2017. 
Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/ref/vserIVn14/serIVn14a14.pdf. Acess Jul-Sep 
[cited 2021 Apr 14. doi: 10.12707/RIV17030. 
 
22CHILLEMI, K.; ABBOTT, J. M.; AUSTIN, D. W.; KNOWLES, A. A Pilot Study of an Online 
Psychoeducational Program on Cyberbullying That Aims to Increase Confidence and Help-
Seeking Behaviors Among Adolescents. Cyberpsychol Behav Soc Netw. v. 23, n. 4, p. 253-
256, apr 2020. 
 
COSTA, M. R.; XAVIER, C. C.; ANDRADE, A. C. S.; PROIETTI, F. A.; CAIAFFA, W. T. 
Bullying among adolescentes in a Brazilian urban center – “Health in Beagá” Study. Rev Saude 
Publica. v. 49, n. 56, p. 1-10, 2015. 
 
FEKKES, M.; PIJPERS, F. I.; VERLOOVE-VANHORICK, S. P. Bullying: who does what, 
when and where? Involvement of children, teachers and parents in bullying behavior. Health 
Educ Res. v. 20, p. 81-91, 2005. 
 
FELIX, E. D.; YOU, S. Peer victimization within the ethnic context of high school. J 
Community Psychol; v. 39, p. 860-75, 2011. 
 
FLEMING, L. C.; & JACOBSEN, K. H. Bullying among middle-school students in low and 
middle income countries. Health Promot Int, v. 25, n. 1, 73-84, 2010. 
 
GARANDEAU, C.F.; POSKIPARTA, E.; SALMIVALLI, C. Tackling acute cases of school 
bullying in the KiVa anti-bullying program: A comparison of two approaches. J. Abnorm. Child 
Psychol, v. 42, p. 981–991, 2014. 
 
GOHSH, S.; LISBOA, C.; CHAPPELL, C.; BEARD, C.; BUNGE, E., & FAVA, D. O uso de 
eletrônicos e o cyber bullying no contexto escolar. In: FAVA, D. C. A prática da psicologia na 
escola: introduzindo a abordagem cognitivo-comportamental. Belo Horizonte: Ed. Artesã. 
2016. 
 
LIMBER, S. P.; OLWEUS, D. Bullying in school: evaluation and dissemination of the Olweus 
Bullying Prevention Program. American Journal of Orthopsychiatry, v. 80, n. 1, 2010. p. 124-
134, dez. 2013. 
 
LISBOA, C. S. M.; WENDT, G. W.;, & PUREZA, J. R. Mitos e fatos sobre bullying: 
orientações para pais e profissionais. Novo Hamburgo: Sinopsys. 2014. 
 
LOPES NETO, A. A. Bullying comportamento agressivo entre estudantes. Jornal de Pediatria 
– v.81, n. 5(Supl), p. 164-S172: 2005. 
 
MALTA, Deborah Carvalho; et al. Bullying e fatores associados em adolescentes brasileiros: 
análise da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2012). Rev. Bras. Epidemiol. vol. 
17 p. 131-145, 2014. 
 
MALTA, D. C. et al. Prevalência de bullying e fatores associados em escolares brasileiros, 
2015. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, n. 4, p. 1359-1368, 2019. 
 
MARCOLINO, E. C., CAVALCANTI, A. L., PADILHA, W. W., MIRANDA, F. A., & 
CLEMENTINO, F. S. Bullying: Prevalência e fatores associados à vitimização e à agressão 
nocotiniano escolar. Texto & Contexto – Enfermagem, v. 27, n. 1, p. 1-10. 2018. 
23 
 
 
 
 
MARTÍNEZ-VILCHIS, R.; MORALES REYNOSO, T.; POZAS RIVERA, J. Efeitos de um 
programa de competências emocionais na prevenção do cyberbullying no ensino 
médio. Pensamento psicológico , v. 16, n. 1 p. 33-44, 20 dez. 2017. 
 
MELLO, F. C. M; MALTA, D. C; SANTOS, M. G; SILVA, M. M. A. D; SILVA, M. A. I. 
Evolução do relato de sofrer bullying entre escolares brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde 
do Escolar-2009 a 2015. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 21, p. e180015, 2018. 
 
MELLO, F. C., SILVA, J. L., OLIVEIRA, W. A., PRADO, R. R., MALTA, D. C., & SILVA, 
M. A. A prática de bullying entre escolares brasileiros e fatores associados: Pesquisa Nacional 
de Saúde do Escolar 2015. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, n. 9, p. 2939-2948, 2017. 
 
MOOIJ, T. Differences in pupil characteristics and motives in being a victim, perpetrator and 
witness of violence in secondary education. Res Papers Educ. v. 26, n 1, p.105- 28, 2011. 
 
MOORE, S. E; NORMAN, R. E; SUETANI, S; THOMAS, H. J; SLY, P. D; SCOTT, J. G. 
Consequences of bullying victimization in childhood and adolescence: a systematic review and 
meta-analysis. World journal of psychiatry, v. 7, n. 1, p. 60, 2017. 
 
NOVA, I. S.; SENA, C. L.; & OLIVEIRA, I. R. Ocorrência do bullying entre alunos de uma 
escola pública do município de Salvador. Rev. Ciênc. Méd. Biol., v. 14, n. 3, p. 338-342, 2015. 
 
OLIBONI, S. P.; LUNARDI, V. l.; LUNARDI, G. L.; PEREIRA, B. O.; Oliveira, W. A. 
Prevalência do bullying entre alunos do ensino fundamental. Aletheia v.52, n.1, p.8-21, jan./jun. 
2019. 
 
OLIVEIRA, W. A.; SILVA, J. L.; YOSHINAGA, A. C. M.; SILVA, M. A. I. Interfaces entre 
família e bullying escolar: uma revisão sistemática. Psico USF v. 20, n 1, p.121-32, 2015. 
 
TEIXEIRA, V. A.; COLADITH, E. V.; JACOMELI, R. L.; ULBRICHT, L.; & NEVES, E. B. 
Bullying nas escolas municipais de Curitiba/PR: Um problema de saúde pública. Revista 
Uniandrade, v. 14, n. 1, 25-43, 2013. 
 
OLWEUS, D. Bully/victim problems in school: facts and intervention. European Journal of 
Psychology of Education, v. 4, p. 495-510, 1997. 
 
OLWEUS, D. School bullying: development and some important challenges. Annual Review 
of Clinical Psychology, v. 9, n. 1, 751-780, 2013. 
 
OLWEUS, D. Development and some important challenges. Annual Review of Clinical 
Psychology. v. 9, n. 1, p. 751-780, 2013. 
 
RIGBY, K. How Teachers Deal with Cases of Bullying at School: What Victims Say. Int. J. 
Environ. Res. Public Health, v. 17, n. 7, p. 2338, 2020. https://doi.org/10.3390/ijerph17072338. 
 
24 
 
 
 
ROMO, M. L.; KELVIN, E. A. Impact of bullying victimization on suicide and negative health 
behaviors among adolescents in Latin America. Revista panamericana de salud publica, v. 40, 
p. 347-355, 2016. 
 
SANTOS, J. Á.; XAVIER, A. F. C.; PAIVA, S. M.; CAVALCANTI, A. L. Prevalência e Tipos 
de Bullying em Escolares Brasileiros de 13 a 17 anos. Rev Salud Publica, v. 16, n. 2, p. 173-
83, 2014. 
 
SILVA, J. L.; et al. Prevalência da prática de bullying referida por estudantes brasileiros: dados 
da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, 2015. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 28, n. 2, 
e2018178, 2019. 
 
SILVA, J. L. et al. Vitimização por Bullying em Estudantes Brasileiros: Resultados da Pesquisa 
Nacional de Saúde do Escolar (Pense). Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 27, n. 3, 
e0310017, 2018. 
 
SILVA, J. L.; OLIVEIRA, W. A.; BRAGA, I. F.; FARIAS, M. S.; LIZZI, E. A. S.; 
FAGUNDES, M. G. The effects of a skill-based intervention for victims of bullying in Brazil. 
Int J Environ Res Public Health, v. 13, n. 11, p. 1042-52, 2016. 
 
SILVA, J. L.; OLIVEIRA, W. A.; ZEQUINÃO, M. A.; LIZZI, E. A. S.; PEREIRA, B. O.; 
SILVA, M. O. A. I. Resultados de intervenções em habilidades sociais na redução de bullying 
escolar: revisão sistemática com metanálise. Temas psicol., Ribeirão Preto, v. 26, n. 1, p. 509-
522, mar. 2018. 
 
SILVA, J. L.; OLIVEIRA, W. A.; MELLO, F. C. M.; ANDRADE, L. S.; BAZON, M. R.; 
SILVA, M. A. I. Anti-bullying interventions in schools: a systematic literature review. Ciênc 
Saúde Coletiva, v. 22, n. 7, p. 2329-40, 2017. 
 
STELKO-PEREIRA, A. C. Avaliação de um programa preventivo de violência escolar: 
planejamento, implantação e eficácia [tese]. São Paulo (SP): Universidade Federal de São 
Carlos, 2016. 
 
TSITSIKA, A. K.; BARLOU, E.; ANDRIE, E.; DIMITROPOULOU, C.; TZAVELA, E. C.; 
JANIKIAN, M. Bullying behaviors in children and adolescents: “an ongoing story”. Front 
Public Health. v. 2, n. 7, p. 1-4, 2014. Available from: 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3918673/pdf/fpubh-02-00007.pdf. Acess on 
2021 Apr 14. 
 
ZEQUINÃO, M. A.; CARDOSO, A. A.; SILVA, J. L.; MEDEIROS, P.; SILVA, M. A.; 
PEREIRA, B.; & CARDOSO, F. L. (2017). Academic performance and bullying in socially 
vulnerable students. Journal of Human Growth and Development, v. 27, n. 1, 19-27, 2017. 
 
WANG, J.; IANNOTTI, R. J.; NANSEL, T. R. School bullying among adolescents in the 
United States: physical, verbal, relational, and cyber. J Adolesc Health; v. 45, n. 4, p. 368-375, 
2009. 
25 
 
 
 
 
WANG, J.; NANSEL, T. R.; IANNOTTI, R. J. Cyber and traditional bullying: differential 
association with depression. J Adolesc Health. v. 48, n. 4, p. 415-417, 2011.

Outros materiais