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TICs Semana 16 – Intolerância à lactose Discente: Cecília da Silva Tourinho A intolerância à lactose ocorre quando o organismo apresenta deficiência ou mesmo ausência, de uma enzima intestinal chamada lactase. Esta enzima tem o papel de hidrolisar a lactose, um açúcar presente no leite, em carboidratos menores (glicose e galactose), para que seja digerida e absorvida através da mucosa do intestino delgado. Assim, a pessoa intolerante à lactose, não é capaz de fazer a devida digestão e absorção desse açúcar. Essa patologia pode ser congênita, de herança autossômica recessiva, e também, devido a hipolactasia primária, em que a produção da lactase diminui conforme a pessoa envelhece, ou por hipolactasia secundária, causada por doenças no trato gastrointestinal. Os sintomas mais comuns referentes à intolerância à lactose são: diarreia, flatulência, distensão e cólicas abdominais. Isto se deve à elevada concentração de lactose não digerida no intestino, que por ser uma substância osmótica, atrai muita água e eletrólitos, resultando em diarreia líquida. Tal condição acaba eliminando rapidamente do corpo, os nutrientes advindos da alimentação, prejudicando a absorção destes. Além disso, no intestino grosso existem bactérias que realizam a fermentação da lactose, produzindo ácido lático (que agride a parede intestinal) e provocando gases. Para diagnosticar esse problema, pode-se fazer o teste de tolerância à lactose. Primeiramente, o paciente colhe um exame de sangue para obter sua glicemia em jejum, em seguida, ingere de 25 a 50 g de lactose e os níveis glicêmicos são avaliados por algumas horas, em intervalos de tempo. Se as enzimas estiverem funcionando normalmente no organismo, a lactase será absorvida e a glicemia irá aumentar. Mas se o nível desta quase não alterar, e o paciente apresentar sintomas, então ele é intolerante à lactose. Outra alternativa é o teste respiratório do hidrogênio expirado, no qual é medida a quantidade de hidrogênio produzido antes e após a ingestão de lactose. Caso a produção aumente, o exame será positivo, já que durante a fermentação da lactose, o hidrogênio é liberado na corrente sanguínea e expirado pelos pulmões. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MATTAR, R.; MAZO, D.F.C. Intolerância à lactose: mudança de paradigmas com a biologia molecular. Revista da Associação Médica Brasileira [online], São Paulo, v. 56, n. 2, p. 230-236, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104- 42302010000200025. Acesso em: 23 nov. 2021. RUIZ JÚNIOR, A.R. Intolerância à lactose. Manual MSD, fev. 2021. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/m%C3%A1- absor%C3%A7%C3%A3o/intoler%C3%A2ncia-%C3%A0-lactose. Acesso em: 23 nov. 2021. https://doi.org/10.1590/S0104-42302010000200025 https://doi.org/10.1590/S0104-42302010000200025 https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/intoler%C3%A2ncia-%C3%A0-lactose https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/intoler%C3%A2ncia-%C3%A0-lactose PRONIN, T. Intolerância à lactose pode causar gases em excesso, cólicas e diarreia. Viva Bem UOL, 21 ago. 2018. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/08/21/intolerancia-a-lactose- pode-gerar-colicas-e-gases-em-excesso-entenda.htm. Acesso em: 23 nov. 2021. https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/08/21/intolerancia-a-lactose-pode-gerar-colicas-e-gases-em-excesso-entenda.htm https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/08/21/intolerancia-a-lactose-pode-gerar-colicas-e-gases-em-excesso-entenda.htm
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