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conhecimentos-bancários CMN e BACEN

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Leonardo De Freitas Santos - 86513432561
 
 
 
#interna 
 
Aula 01 
Conselho Monetário Nacional e Banco Central 
do Brasil 
 
 
Escriturário do Banco do Brasil 
(Pós-Edital) 
Leonardo De Freitas Santos - 86513432561
 
Aula 01 
 
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Conhecimentos Bancários para Escriturário do Banco do Brasil (Pós-Edital) 
#interna 
Sumário 
APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................................................... 3 
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL ..................................................................................................................... 4 
COMPOSIÇÃO ....................................................................................................................................................................... 4 
Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (COMOC) ......................................................................................................... 5 
REUNIÕES ............................................................................................................................................................................ 6 
OBJETIVOS ........................................................................................................................................................................... 8 
COMPETÊNCIAS .................................................................................................................................................................. 10 
BANCO CENTRAL DO BRASIL ................................................................................................................................ 16 
COMPOSIÇÃO ..................................................................................................................................................................... 17 
Autonomia do Banco Central ........................................................................................................................................ 18 
Diretores ...................................................................................................................................................................... 18 
REUNIÕES .......................................................................................................................................................................... 19 
COMPETÊNCIAS .................................................................................................................................................................. 19 
APELIDOS .......................................................................................................................................................................... 26 
Banco emissor .............................................................................................................................................................. 26 
Banqueiro do Governo .................................................................................................................................................. 26 
Banco dos Bancos ......................................................................................................................................................... 26 
Gestor do Sistema Financeiro Nacional .......................................................................................................................... 26 
Executor da Política Monetária ...................................................................................................................................... 26 
COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA........................................................................................................................ 27 
REUNIÕES .......................................................................................................................................................................... 28 
Como funciona a reunião............................................................................................................................................... 29 
TAXA SELIC ........................................................................................................................................................................ 31 
Queda Histórica ............................................................................................................................................................ 32 
QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS .................................................................................................................. 35 
LISTA DE QUESTÕES ............................................................................................................................................ 59 
GABARITO ............................................................................................................................................................ 71 
RESUMO DIRECIONADO ....................................................................................................................................... 72 
 
Leonardo De Freitas Santos - 86513432561
 
Aula 01 
 
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Conhecimentos Bancários para Escriturário do Banco do Brasil (Pós-Edital) 
#interna 
Apresentação 
 
Olá, aluno(a)! Dando continuidade ao nosso curso, trataremos nesta aula do Conselho Monetário Nacional, 
do Banco Central e do Comitê de Política Monetária. 
Qualquer dúvida, problema ou dificuldade que estiver enfrentando, basta enviar suas dúvidas que estaremos ao 
seu dispor para ajudá-lo e saná-las. 
Vamos lá! 
 
 
 
 
 
Leonardo De Freitas Santos - 86513432561
 
Aula 01 
 
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Conhecimentos Bancários para Escriturário do Banco do Brasil (Pós-Edital) 
#interna 
Conselho Monetário Nacional 
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o principal órgão normativo do Sistema Financeiro Nacional, atuando 
como um conselho de política econômica. É responsável pela formulação da política da moeda e do crédito, além 
de coordenar a fiscalização dos bancos. 
O CMN é a instância máxima do Sistema Financeiro Nacional, com poder deliberativo máximo. 
Ele foi criado em 1964, pela lei 4.595/64, substituindo o conselho da SUMOC (Superintendência da Moeda e do 
Crédito). 
 
Composição 
Em 01 de janeiro de 2019, na MP 870, o presidente da República – Jair Bolsonaro – fundiu o Ministério da Fazenda; 
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; Ministério da Indústria; Comércio Exterior e Serviços e 
Ministério do Trabalho; criando o Ministério da Economia. Com isso, a composição do CMN mudou também. 
 
Atualmente, o Conselho Monetário Nacional é composto por três membros: 
 
→ Ministro da Economia, que é o presidente do CMN; 
 
→ Presidente do Banco Central, 
 
→ Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia. 
 
Note que, embora haja três membros, há apenas dois órgãos distintos na composição do CMN: O Ministério da 
Economia e o Banco Central. 
 
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Conhecimentos Bancários para Escriturário do Banco do Brasil (Pós-Edital) 
#interna 
Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (COMOC) 
Posteriormente, em 1995, com a Lei do Plano Real (lei 9.069/1995), foi criada a Comissão Técnica da Moeda e do 
Crédito (COMOC), que sugere a pauta das reuniões do CMN e prepara o material para os conselheiros. A COMOC 
é coordenada pelo Presidente do Banco Central. 
Veja sua composição: 
Art. 9º É criada junto ao Conselho Monetário Nacional a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito, 
composta dos seguintes membros: 
I - Presidente e quatro Diretores do Banco Central do Brasil; 
II - Presidente da Comissão de Valores Mobiliários; 
III - Secretário-Executivo e Secretários do Tesouro Nacional e de Política Econômica doMinistério da 
Economia 
§ 1º A Comissão será coordenada pelo Presidente do Banco Central do Brasil. 
§ 2º O regimento interno da Comissão Técnica da Moeda e do Crédito será aprovado por decreto do 
Presidente da República. 
Composição da COMOC 
Presidente do 
BACEN 
(coordenador) 
4 diretores 
do BACEN 
Presidente da 
CVM 
Secretário-Executivo do 
Ministério da Economia 
Secretários do Tesouro 
Nacional e de Política 
Econômica do Ministério 
da Economia 
Veja suas competências: 
Art. 10. Compete à Comissão Técnica da Moeda e do Crédito: 
I - propor a regulamentação das matérias tratadas na presente Lei, de competência do Conselho Monetário 
Nacional; 
II - manifestar-se, na forma prevista em seu regimento interno, previamente, sobre as matérias de 
competência do Conselho Monetário Nacional, especialmente aquelas constantes da Lei nº 4.595, de 31 de 
dezembro de 1964 
III - outras atribuições que lhe forem cometidas pelo Conselho Monetário Nacional. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
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Reuniões 
O Conselho Monetário Nacional se reúne, ordinariamente, uma vez por mês. De forma extraordinária, irão se 
reunir sempre quando convocados pelo presidente do CMN (Ministro da Economia). 
Ou seja, normalmente eles se reúnem todo mês. Porém, ocorrendo algo extraordinário e importante, o presidente 
do CMN poderá convocar o conselho para reunir-se. 
 
O presidente do CMN é quem determina a data, a hora e o local de cada reunião. 
Os conselheiros são os que deliberam e votam, mas não são os únicos que participam das reuniões, veja: 
Decreto nº 1.307/1994 
Art. 16. Participam das reuniões do CMN: 
I - os Conselheiros; 
II - os membros da Comoc; 
III - os Diretores do Banco Central do Brasil, não integrantes da COMOC; 
IV - representantes das Comissões Consultivas, quando convocados pelo Presidente do CMN. (não são 
membros natos, apenas quando convocados) 
§ 1° Poderão assistir às reuniões do CMN: 
Competências da 
COMOC
Propor a regulamentação 
das matérias de 
competência do CMN 
Manifestar-se sobre as 
matérias de competência 
do CMN
Outras atribuições que o 
CMN der
Natureza das 
Reuniões do CMN
Ordinárias
uma vêz por mês
Extraordinárias
sempre quando 
convocado
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a) assessores credenciados individualmente pelos conselheiros; 
b) convidados do presidente do conselho; 
c) funcionários da secretaria-executiva do conselho, credenciados pelo Presidente do Banco Central do 
Brasil. 
§ 2° Somente aos conselheiros é dado o direito de voto. 
REUNIÕES DO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN) 
Participam Conselheiros membros da COMOC 
representantes das Comissões 
Consultivas (quando convocados) 
Podem 
assistir 
assessores 
credenciados pelos 
conselheiros 
convidados do 
presidente da CMN 
funcionários da secretaria-executiva 
do CMN, credenciados pelo 
presidente do BACEN 
 
Atenção!! 
Apenas os três conselheiros têm direito ao voto. Os demais, apenas 
participam ou assistem. 
Dessas reuniões, normalmente teremos duas consequências: sempre será lavrada uma ata – documento oficial 
que relata tudo o que foi discutido na reunião, exceto os assuntos sigilosos – e terá uma resolução. Porém, pode 
ser que a reunião não chegue a um consenso, e, portanto, não haverá deliberação e nem resolução. 
As decisões de natureza normativa serão divulgadas mediante resoluções assinadas pelo Presidente do Banco 
Central, veiculadas pelo SISBACEN (Sistema de Informações do Banco Central) e publicadas no Diário Oficial da 
União. 
As atas serão confeccionadas em folhas soltas e receberão autenticação da Secretaria-Executiva do CMN e 
assinaturas do presidente e dos demais conselheiros presentes na reunião Após assinadas por todos os 
conselheiros, extratos das atas serão publicados no Diário Oficial da União, excluídos os assuntos de caráter 
confidencial. 
ATAS: Todos os conselheiros e a Secretaria-Executiva assinam 
RESOLUÇÕES: Apenas o Presidente do BACEN assina 
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Objetivos 
Vamos passar por cada um dos sete objetivos do CMN, definidos pelo art. 3º da Lei nº 4.595/64. Os incisos I, II e 
III foram revogados recentemente pela Lei Complementar 179/2021, mas para fins didáticos vamos mantê-los 
aqui, pois há chance de a banca tentar confundir você. 
I - Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo 
de desenvolvimento; (REVOGADO PELA LEI COMPLEMENTAR 179/2021); 
II - Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou 
deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de 
fenômenos conjunturais; (REVOGADO PELA LEI COMPLEMENTAR 179/2021); 
III - Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo em vista a 
melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira; (REVOGADO PELA LEI COMPLEMENTAR 179/2021); 
A partir do objetivo IV, a Lei 4.595/64 continua em vigor, então esses dispositivos são importantes de serem 
memorizados: 
IV - Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo em 
vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da 
economia nacional; 
O CMN irá ditar onde e como as instituições financeiras irão aplicar os seus recursos, combatendo a desigualdade 
e propiciando desenvolvimento harmônico em todas as regiões do País. (Exemplo: limitar os juros que as 
instituições podem cobrar para regiões mais pobres). 
V - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior 
eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos; 
Ou seja, permitir, por meio das normas, que as instituições e os instrumentos financeiros possam estar sempre 
melhorando, visando à maior eficiência do sistema. Isso é muito importante, principalmente no mundo 
digitalizado, com constantes mudanças e evoluções. O CMN deve estar sempre atento para que as normas não 
atrapalhem a evolução e a melhora do nosso sistema financeiro. 
VI - Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; 
Vamos relembrar o que é liquidez? 
Consequências 
das reuniões
Ata
(exceto assuntos 
sigilosos)
Resolução
(ou não, caso não haja 
deliberação)
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LIQUIDEZ 
Diz respeito à capacidade – velocidade e facilidade – de algo ser convertido em dinheiro. Exemplos: 
• Vender um carro pode demorar. Portanto, o carro tem baixa liquidez. 
• Ao investir na poupança, você pode tirar o dinheiro quando quiser. Logo, a poupança tem alta liquidez. 
• Um produto que demora para vender tem baixa liquidez. Assim, a loja faz um evento de liquidação. 
• Imóveis podem demorar meses para conseguir ser vendidos. Logo, possuem baixa liquidez. 
• Se uma empresa, com disponibilidade de caixa, consegue honrar as suas obrigações de curto prazo, ela tem alta liquidez. 
No sentido do texto, liquidez diz respeito à capacidade da instituição financeira honrar suas dívidas de curto prazo 
com o dinheiro disponível. A solvência, por sua vez, é a capacidade de honrar as dívidas se utilizando de todo o 
patrimônio da instituição. O CMNzela por isso. 
VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e 
externa. 
Este objetivo está atrelado à função do CMN. Ele elabora as normas para o BACEN e a CVM darem cumprimento. 
Para memorizar os objetivos do CMN, lembre-se do mnemônico ARROPZC, que 
depois das revogações ficou apenas OPZC: 
Adaptar o volume dos meios de pagamento às necessidades da economia; (REVOGADO) 
Regular o valor interno da moeda; (REVOGADO) 
Regular o valor externo da moeda; (REVOGADO) 
Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; 
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; 
Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; 
Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública. 
Vamos ver como o assunto cai em provas: 
(2015/FCC/MANAUSPREV/Analista Previdenciário – Economia - ADAPTADA) Integram o CMN: 
a) o Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, o Ministro da Economia, o Presidente do Banco 
Central do Brasil, o Presidente da Caixa Econômica Federal e o Presidente do Banco do Brasil. 
b) o Ministro-Chefe da Casa Civil, o Ministro da Economia, o Presidente do Banco Central do Brasil e o Presidente 
do Banco do Brasil. 
c) o Ministro da Economia, o Presidente do Banco do Brasil e o Secretário de Política Econômica do Ministério da 
Economia. 
d) o Ministro da Economia, o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do 
Brasil. 
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e) o Ministro da Economia, o Presidente do Banco Central do Brasil e o Secretário Especial de Fazenda do 
Ministério da Economia. 
RESOLUÇÃO: 
Vamos resolver de forma inteligente. Sabemos que o CMN tem 3 membros. Logo, já eliminamos as alternativas 
A, B e D. Além disso, sabemos que só há dois “órgãos” na composição do CMN: o Ministério da Economia e o 
BACEN, o que também as elimina. 
Nos restam as alternativas C e a E, que fazem questão de querer nos confundir quanto ao título correto do 
Secretário que compõe o CMN. A composição correta é: 
- Ministro da Economia 
- Presidente do BACEN 
- Secretário Especial da Fazenda do Ministério da Economia (lembre-se de “Fazenda”. ) 
Resposta: E 
 
(CESPE – Banco do Brasil – Escriturário – 2008) O CMN é o órgão formulador da política da moeda e do crédito, 
devendo atuar, inclusive, no sentido de promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos. 
( ) Certo 
( ) Errado 
RESOLUÇÃO: 
Lembrou do mnemônico OPZC? Veja novamente o que diz a lei 4.595/64: 
Art. 3º A política do Conselho Monetário Nacional objetivará: 
V - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do 
sistema de pagamentos e de mobilização de recursos; 
Resposta: Certo 
 
Competências 
 
Lhe apresentarei aqui o texto da lei 4.595 com as principais competências do Conselho Monetário Nacional, 
suprimindo as partes que não se fazem necessárias e fazendo adaptações para a plena compreensão. Peço que 
leia com atenção, mas não há necessidade de decorar. O que importa é que tenha uma boa compreensão. 
Antes de começarmos, eu já te digo logo algo essencial para resolver questões referentes às competências do 
CMN: O CMN não executa nada! Ele é um órgão normativo. Ou seja, determina as regras – as normas, mas quem 
as coloca em prática são as entidades supervisoras (BACEN e CVM). Durante a leitura, você vai perceber muito 
bem isso. 
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⚠ Entender isso pode determinar se você vai ou não acertar a questão da sua prova (e é bem provável que haja 
uma questão sobre, pois é um assunto recorrente). Você pode até não saber ou lembrar as competências, mas verá 
quais tem a ver com execução e quais tem a ver com regulação, eliminando as que não fazem sentido. 
Com isso em mente, vamos para as competências do CMN: 
Art. 4º. Compete ao Conselho Monetário Nacional: 
I - Autorizar as emissões de papel-moeda; (REVOGADO PELA LEI COMPLEMENTAR 179/2021); 
II - Estabelecer condições para que o Banco Central da República do Brasil emita moeda-papel de curso 
forçado; (REVOGADO PELA LEI COMPLEMENTAR 179/2021); 
A Lei Complementar 179/2021, retirou as atribuições do Conselho Monetário Nacional em que ele autorizava o 
CMN a emitir moeda nas condições estabelecidas pelo Conselho. Agora, para garantir a autonomia do Banco 
Central, o CMN não faz mais isso. 
III - Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da República do Brasil, por meio dos 
quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito; 
Explicando bem brevemente, apenas para o seu entendimento, pois muito provavelmente isto NÃO cairá na sua 
prova: 
1. O Banco Central faz uma proposta de orçamento e envia para o CMN; 
2. O CMN recebe, aprova e manda para o Congresso Nacional que tem por atribuição aprovar o limite de 
emissão da moeda. A posteriori o Bacen emite a moeda dentro dos limites estabelecidos. É por essa razão 
que semestralmente o Presidente do Banco Central precisa ir ao Senado Federal apresentar o relatório de 
inflação e o relatório de estabilidade financeira, explicando as decisões tomadas ao longo do período. 
IV - Determinar as características gerais das cédulas e das moedas; 
V - Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e quaisquer 
operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira; 
VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, 
inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras; 
VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa; 
VIII - Regular a constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras, bem como a aplicação 
das penalidades previstas; 
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Preste bastante atenção nas palavras utilizadas: aprovar, fixar diretrizes, disciplinar, coordenar, regular. Todas 
estão atreladas a sua competência normativa e não são funções executivas. É claro que você precisará ficar atento 
a algumas exceções, mas falaremos sobre elas nas Competências do Banco Central. 
IX - Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer outra forma de 
remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da 
República do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover: 
- recuperação e fertilização do solo; 
- reflorestamento; 
- combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais; 
- eletrificação rural; 
- mecanização; 
- irrigação; 
- investimento indispensáveis às atividades agropecuárias; 
O CMN limita a quantidade de juros que as instituições podem cobrar e limita também outras formas que lhe 
gerem retorno – remuneração. Além disso, preste atenção a quais operações ele assegura taxas favorecidas nos 
financiamentos, pois, por mais estranhas que pareçam ser, estão na lei e muitos podem errar se aparecer na prova. 
X - Determinar a porcentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão emprestar a um 
mesmo cliente ou grupo de empresas; 
Essa é uma competência bem importante, pois mitiga a possibilidade de umainstituição financeira falir por 
inadimplência de um cliente – se um cliente pegar todo o dinheiro disponível emprestado e não pagar de volta. 
Imagina só se uma instituição financeira, com milhões de clientes – que têm seu dinheiro guardado naquela 
instituição, empresta metade dos seus recursos financeiros a um só cliente e esse cliente não paga. Isso pode 
significar uma perda de dezenas de milhões, a depender da instituição. É um perigo! 
Determinando limites, o CMN pode diminuir bastante o risco de falência de uma instituição financeira. 
XI - Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, mobilizações e outras relações patrimoniais a 
serem observadas pelas instituições financeiras; 
XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras; 
XIII - Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos, o capital mínimo das instituições financeiras 
privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais; 
Bastante atenção aqui pois a banca pode querer fazer uma pegadinha. O texto diz “periodicidade não inferior a 
dois anos”. 
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O que o enunciado diz é que o CMN tem que esperar no mínimo dois anos para delimitar um capital mínimo 
que a instituição financeira privada deve ter. Se ele quiser, ele pode esperar 4 anos, 10 anos, 15 anos, mas não pode 
esperar menos que 2 anos. 
Vamos exemplificar: 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA 
João decide abrir um banco e o capital mínimo delimitado pelo CMN é 25 milhões. Felizmente, ele tem essa 
disponibilidade e consegue abrir seu banco. 
1 ano depois, o CMN modifica esse número para 50 milhões. Isso prejudica muito João, pois 1 ano é um tempo 
muito pequeno para ele ter conseguido duplicar seu caixa. 
Felizmente, o CMN é obrigado a esperar no mínimo 2 anos para poder realizar essa modificação, de forma que 
João tem mais tempo para atingir esse capital mínimo. 
XIV - Determinar recolhimento de até 60% (sessenta por cento) do total dos depósitos e/ou outros títulos 
contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional 
ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos 
entregues ao Banco Central do Brasil, na forma e condições que o Conselho Monetário Nacional determinar, 
podendo este: 
a) adotar percentagens diferentes em função; 
- das regiões geo-econômicas; 
- das prioridades que atribuir às aplicações; 
- da natureza das instituições financeiras; 
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em financiamentos à 
agricultura, sob juros favorecidos e outras condições fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. 
(REVOGADO PELA LEI COMPLEMENTAR 179/2021) 
XV - Estabelecer para as instituições financeiras públicas, a dedução dos depósitos de pessoas jurídicas de 
direito público que lhes detenham o controle acionário, bem como dos das respectivas autarquias e sociedades 
de economia mista, no cálculo a que se refere o inciso anterior; 
XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último dia do mês subsequente, relatório e mapas 
demonstrativos da aplicação dos recolhimentos compulsórios. (REVOGADO PELA LEI COMPLEMENTAR 
179/2021) 
(CESGRANRIO – Banco 
XVII - Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto e de empréstimo, 
efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de natureza bancária; (REVOGADO PELA 
LEI COMPLEMENTAR 179/2021) 
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XVIII - Outorgar ao Banco Central do Brasil o monopólio das operações de câmbio quando ocorrer grave 
desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a iminência de tal situação; 
Se ocorrer grave desequilíbrio no balanço de pagamentos (referente à relação comercial do país com os outros) ou 
a possibilidade de isso acontecer, o CMN pode determinar que somente o BACEN operará em câmbio – moeda 
estrangeira. 
XIX - Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central da República do Brasil em suas transações 
com títulos públicos e de entidades de que participe o Estado; (REVOGADO PELA LEI COMPLEMENTAR 
179/2021) 
XX - Autoriza o Banco Central da República do Brasil e as instituições financeiras públicas federais a efetuar a 
subscrição, compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de responsabilidade das sociedades de 
economia mista e empresas do Estado; 
XXI - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos; 
XXII - Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para preservar sua solidez e 
adequar seu funcionamento aos objetivos desta lei; 
Cuidado! desde a criação do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, o CMN não julga mais recursos. 
Esse dispositivo está revogado tacitamente. Revogação tácita ocorre quando uma lei nova confere um tratamento 
diferenciado para um tema que estava regulado na lei anterior. Em outras palavras, quando duas leis versam sobre 
uma mesma matéria, a lei mais recente prevalece sobre a lei anterior. A lei mais recente diz que cabe ao Conselho 
de Recursos do SFN julgar os recursos em segunda e última instância administrativa de aplicações de penalidades 
aplicadas pelo Bacen. 
XXVIII - Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas vedações ou restrições 
equivalentes, que vigorem nas praças de suas matrizes, em relação a bancos brasileiros ali instalados ou que 
nelas desejem estabelecer-se; 
Ou seja, bancos estrangeiros terão as mesmas proibições/restrições que bancos brasileiros teriam ao se 
estabelecer no país/estado/cidade matriz do banco estrangeiro. 
XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos processos de empréstimos externos dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios; 
XXXI - Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e 
outras condições; 
XXXII - regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e demais sociedades autorizadas a funcionar 
pelo Banco Central do Brasil, inclusive entre aquelas sujeitas ao mesmo controle acionário ou coligadas. 
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(2012/FCC/BANESE/Técnico Bancário) É função do Conselho Monetário Nacional 
a) Aprovar dotações orçamentárias para bancos estaduais. 
b) Coordenar a política da dívida pública interna e externa. 
c) Exercer a fiscalização das instituições financeiras. 
d) Determinar metas para a Receita Federal do Brasil. 
e) Emitir papel moeda. 
RESOLUÇÃO: 
Como expliquei, o CMN é um órgão normativo, ele cria normas, mas não tem função executiva. Ou seja, ele só 
formula, mas não “coloca a mão na massa”. Portanto, sempre que a questão apresentar uma alternativa que 
apresente função executiva, o CMN não será o responsável. Com isso, já podemos eliminar as alternativas C e E. 
Vejamos: 
a) Errada – função do Ministério da Economia, e você nem precisa saber isso para perceber que está errada. 
b) Certo – isso, é o que diz a Lei 4.595/64: 
 VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa 
c) Errada – “exercer” é sinônimo de “executar”. O CMN não executa nada, apenas regula! Quem fiscaliza são as 
Entidades Supervisoras (BACEN e CVM), que, inclusive, podem ser chamadas de fiscalizadoras. 
d) Errada– a Receita Federal sequer faz parte do Sistema Financeiro. 
e) Errada – é uma função executiva e o CMN não tem atribuição executiva. Além disso, se trata de uma atribuição 
do Banco Central, como veremos mais à frente. 
 
(CESGRANRIO/2018/BB/Escriturário) No Brasil, a fixação das diretrizes e normas concernentes às políticas 
monetária, creditícia e cambial, é da competência do 
a) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 
b) Ministério da Fazenda 
c) Conselho Monetário Nacional 
d) Banco Central do Brasil 
e) Banco do Brasil 
RESOLUÇÃO: 
Tranquila, né? Falou de regular, normatizar e fazer as diretrizes é com o CMN. 
Resposta: C 
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Banco Central do Brasil 
O Banco Central do Brasil (chamado de BACEN ou BCB) é uma autarquia federal em regime especial com 
ausência de vinculação a qualquer ministério. Foi criado pela lei 4.595/64, substituindo a antiga SUMOC 
(Superintendência da Moeda e do Crédito). Recentemente o BACEN recebeu um grau adicional de autonomia e 
novas regras em relação a nomeação e exoneração de seu Presidente e seus Diretores através da Lei 
Complementar nº 179/2021, ressaltaremos aqui os principais pontos desta lei, porém esse é um dispositivo com 
um ótimo custo benefício para você ler por completo, por se tratar de algo muito recente e as bancas adorarem as 
novidades. 
Art. 6º O Banco Central do Brasil é autarquia de natureza especial caracterizada pela ausência de vinculação 
a Ministério, de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia técnica, operacional, administrativa e 
financeira, pela investidura a termo de seus dirigentes e pela estabilidade durante seus mandatos, bem como 
pelas demais disposições constantes desta Lei Complementar ou de leis específicas destinadas à sua 
implementação. 
O BACEN é a principal entidade executiva do Sistema Financeiro Nacional. Compete ao BACEN cumprir e fazer 
cumprir todas as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho 
Monetário Nacional. Veja o trecho da LC 179/2021 que remete a esse objetivo: 
Art. 2º As metas de política monetária serão estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, competindo 
privativamente ao Banco Central do Brasil conduzir a política monetária necessária para cumprimento das 
metas estabelecidas. 
A sede do BACEN é em Brasília, podendo ter representações no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de 
Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. 
 
MISSÃO DO BACEN 
Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente. 
 
 
A missão do BACEN foi reforçada pela LC 179/21: 
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-complementar-n-179-de-24-de-fevereiro-de-2021-305277273
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-complementar-n-179-de-24-de-fevereiro-de-2021-305277273
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Art. 1º O Banco Central do Brasil tem por objetivo fundamental assegurar a estabilidade de preços. 
Parágrafo único. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental, o Banco Central do Brasil também tem por 
objetivos zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de 
atividade econômica e fomentar o pleno emprego. 
De acordo com o regimento interno do BCB, ele tem por finalidade: 
▪ a formulação, a execução, o acompanhamento e o controle das políticas monetária, cambial, de crédito e 
de relações financeiras com o exterior; 
▪ a organização, disciplina e fiscalização do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Consórcio; 
▪ a gestão do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e dos serviços do meio circulante. 
Em regra, quem formula (faz as regras e normas) é o CMN. Porém, algumas vezes, o BACEN também participará da 
formulação. Inclusive, o Presidente do BACEN é um dos três conselheiros do CMN. 
Composição 
 
O BACEN possui uma Diretoria Colegiada, todos nomeados pelo Presidente da República após aprovação por 
maioria absoluta do Senado Federal, podendo ser reconduzidos uma vez, conforme regulamento. A Diretoria 
Colegiada é composta da seguinte forma: 
→ 1 Presidente - Mandato de 4 anos, se iniciando no dia 1º de janeiro do terceiro ano de mandato do 
Presidente da República. 
→ 8 Diretores - Mandatos de 4 anos, observando escala da Lei 179/21, sendo dois nomeados a cada ano de 
mandato presidencial, para haver escalonamento entre os mandatos e as nomeações. 
 
COMPOSIÇÃO
•1 presidente
•8 diretores
NOMEAÇÃO
•Indicados e nomeados pelo Presidente da República
•Requisito: aprovação dos nomes pelo Senado Federal
MANDATO
•Duração: 4 anos e não coincide com o mandato do Presidente da República
•Poderão ser reconduzidos uma vez, por decisão do Presidente da República, observando caput da lei
EXONERAÇÃO
•Somente ocorre nas hipóteses previstas em lei: a pedido; por doença; condenação com decisão transitada em 
julgado; por comprovado e recorrente desempenho insuficiente (necessária aprovação por maioria absoluta 
do Senado Federal). 
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Autonomia do Banco Central 
Muito recentemente, foi sancionada a Lei Complementar 179/2021, que dispõe sobre a a autonomia do Banco 
Central e sobre o mandato e exoneração dos membros de sua Diretoria Colegiada. 
Com ela, ficou estabelecido que os membros da diretoria colegiada do BACEN terão quatro anos fixos de 
mandato, que não coincidirão com o do Presidente da República (que os indica e nomeia). É isso que proporciona 
a chamada autonomia do BACEN, pois o Presidente atual, apesar de escolher quem está na diretoria, sempre vai 
ter em seu mandato membros indicados pelo Presidente anterior. 
A cada ano de mandato presencial, o Presidente da República indica e nomeia 2 dos 8 diretores que compõem a 
diretoria colegiada, sendo que o presidente da diretoria é nomeado no terceiro ano de mandato presidencial. 
Além disso, o presidente e os diretores poderão ser reconduzidos uma vez ao cargo. 
MANDATO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (4 ANOS) 
1º ANO 
(1 de março) 
2º ANO 
(1 de janeiro) 
3º ANO 
(1 de janeiro) 
4º ANO 
(1 de janeiro) 
 
2 diretores 2 diretores Presidente + 2 diretores 2 diretores 
Conforme disse o atual Presidente do BACEN, Roberto Campos Neto: “O Brasil deu um passo importante com a 
autonomia do Banco Central. Esta conquista é resultado de um longo processo de amadurecimento institucional, 
onde os benefícios de um banco central autônomo, transparente e responsável foram ficando claros para a 
sociedade.” 
 
Diretores 
Não costuma cair em prova. 
❖ Diretor de Administração (Dirad); 
❖ Diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos (Direx); 
❖ Diretor de Fiscalização (Difis); 
❖ Diretor de Organização do SFN e Controle de Operações do Crédito Rural (Diorf); 
❖ Diretor de Política Econômica (Dipec); 
❖ Diretor de Política Monetária (Dipom); 
❖ Diretor de Regulação (Dinor); 
❖ Diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania (Direc). 
 
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Reuniões 
A Diretoria Colegiada se reúne, ordinariamente, uma vez por semana e, de forma extraordinária, estando 
presente, no mínimo, o Presidente (ou seu substituto) e metade dos Diretores (quatro). 
 
As decisões serão tomadas por maioria de votos, cabendo ao Presidente (ou substituto) o voto de qualidade 
(desempate). 
 
O Presidenteserá substituído, em seus impedimentos e ausências do território nacional, por um Diretor, por ele 
designado, que acumulará as funções. 
 
Os Diretores serão substituídos, em seus impedimentos e ausências do território nacional, por outros membros da 
Diretoria Colegiada, designados pelo Presidente, que acumularão as funções. 
 
Ou seja, se estiver impedido ou fora do Brasil, um membro da Diretoria Colegiada do BACEN só pode ser 
substituído por outro membro, designado pelo presidente. 
 
 
Competências 
Aqui, a abordagem será a mesma usada nas competências do CMN, apresentando e comentando o texto da lei 
4.595/64, alterando e suprimindo algumas partes visando proporcionar melhor compreensão. 
O Banco Central é uma entidade executiva (órgão executivo). Ele coloca em prática aquilo que o CMN determina. 
Vejamos suas competências: 
 Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central do Brasil: 
Natureza 
das 
Reuniões
Ordinárias
uma vez por semana
Extraordinárias
estando presente, no mínimo, 
o Presidente (ou substituto) e 
metade dos Diretores
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I - Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo Conselho Monetário 
Nacional. 
Aqui, temos uma contradição: A LC179/2021 revogou a competência da CMN de autorizar a emissão de papel 
moeda, porém não revogou o trecho do Art.10, inciso I, que diz que ao BACEN compete a emissão de papel moeda 
nas condições e limites autorizados pelo CMN. Se isto for cobrado na sua prova, cabe recurso, pois a própria lei 
não deixou o assunto claro. 
Lembre-se: emitir é diferente de imprimir, não se confunda. Não é o BACEN que imprime as cédulas e produz as 
moedas, mas sim a Casa da Moeda. Após a produção, o BACEN as recebe e, aí sim, emite (ele atribui valor àquilo, 
enviando às instituições financeiras para que possam entrar em circulação na economia). Por este motivo, o 
BACEN é apelidado de Banco Emissor. 
II - Executar os serviços do meio-circulante; 
III - determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à vista e de até sessenta por cento 
de outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de Letras ou Obrigações 
do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, 
em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, a forma e condições por ele determinadas, 
podendo: 
a) adotar percentagens diferentes em função: 
1. das regiões geoeconômicas; 
2. das prioridades que atribuir às aplicações; 
3. da natureza das instituições financeiras; 
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em financiamentos à 
agricultura, sob juros favorecidos e outras condições por ele fixadas. 
Este inciso da lei atribui ao BACEN não somente a determinação dos recolhimentos citados, mas também a 
definição da forma e das condições para que isso ocorra. 
IV - receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso anterior e, ainda, os depósitos voluntários à 
vista das instituições financeiras, nos termos do inciso III e § 2° do art. 19. 
Lembra que lhe expliquei sobre os recolhimentos compulsórios? Pois bem, quando é definido um percentual que 
o banco deve guardar, o recolhimento compulsório fica guardado no BACEN. 
Além disso, o BACEN pode determinar até 100% (tudo) de recolhimento compulsório sobre depósitos e até 60% 
sobre títulos contábeis. 
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V - realizar operações de redesconto e empréstimo com instituições financeiras públicas e privadas, consoante 
remuneração, limites, prazos, garantias, formas de negociação e outras condições estabelecidos em 
regulamentação por ele editada; (Redação dada pela Lei Complementar nº 179, de 2021) 
Mais um trecho em que a lei determina ao BACEN uma função e a regulamentação dela. Isto ressalta a maior 
autonomia conferida ao BC pela LC 179/2021. 
Mas o que é redesconto, professor? 
Que bom que perguntou! 
Supondo que você seja um comerciante que vendeu várias mercadorias por cheques parcelados, porém você precisa daquele 
dinheiro agora. Então, você recorre ao banco para pedir um desconto de títulos – o banco vai avaliar e pagar um valor por 
aquele cheque que, certamente, será menor do que o valor original, para que o banco tenha algum retorno quando for pago. 
O Banco Central também pode emprestar dinheiro, mas somente para instituições financeiras: 
• Empréstimo de liquidez: quando o BACEN empresta à instituição e ela tem que devolver no mesmo dia. 
• Redesconto: quando o BACEN empresta dinheiro ao banco usando os títulos descontados pelo banco como 
garantia. Fazendo, assim, um redesconto. 
Por conceder empréstimos aos bancos, o BACEN recebe o apelido de Banco dos Bancos. 
VI - Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; 
VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei; 
VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque e fazer 
com estas últimas todas e quaisquer operações previstas no Convênio Constitutivo do Fundo Monetário 
Internacional; 
As reservas de ouro e moeda estrangeira do Governo ficam depositadas no BACEN. Por este motivo, entre outros, 
ele recebe o apelido de Banqueiro do Governo. 
IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas; 
Recolhimentos
Compulsórios
CMN
até 60%
(revogação expressa na LC 179/2021)
BACEN
até 100% de depósitos
até 60% de títulos contábeis
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Essas penalidades podem ser desde simples advertências até a liquidação extrajudicial da instituição. 
X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: 
a) funcionar no País; 
b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; 
c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; 
d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívida pública federal, estadual ou 
municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários; 
e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento; 
f) alterar seus estatutos. 
g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário. 
Cabe ao BACEN autorizar instituições financeiras, nacionais e estrangeiras, a funcionarem e operarem no país. 
Atenção!! 
Anteriormente, instituições estrangeiras necessitavam de autorização 
do Poder Executivo para funcionarem no país, porém, recentemente, o 
Presidente da República, sob o interesse do governo, delegou esta 
atribuição ao Banco Central e também a atribuição de reconhecer o 
aumento da participação dos investidores estrangeiros no capital de 
instituições financeiras nacionais. 
XI - Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de administração de instituições 
financeiras privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em órgãos consultivos, fiscais e 
semelhantes, segundo normas que forem expedidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
XII - Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos 
federais; 
Muito cuidado aqui! 
Títulos públicos são notas emitidas pelo Tesouro Nacional para financiar atividades do Governo. 
Na prática, o Governo está pegando dinheiro emprestado e dando em retorno títulos públicos que garantem 
rentabilidade a quem os adquirir.Podem comprar esses títulos pessoas físicas, empresas e as instituições 
financeiras. 
No entanto, veja o que diz a Constituição, em seu art. 164: 
 § 1º É vedado ao Banco Central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a 
qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
§ 2º O Banco Central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de 
regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. 
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Professor, como diz que o BACEN pode comprar títulos públicos, mas depois diz que ele não pode emprestar dinheiro 
ao Tesouro Nacional? 
Quando o BACEN compra um título no objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros, ele está exercendo 
uma política monetária – exatamente como diz o enunciado da competência. 
XIII - Determinar que as matrizes das instituições financeiras registrem os cadastros das firmas que operam 
com suas agências há mais de um ano. 
XIV - aprovar seu regimento interno; 
XV - efetuar, como instrumento de política cambial, operações de compra e venda de moeda estrangeira e 
operações com instrumentos derivativos no mercado interno, consoante remuneração, limites, prazos, formas 
de negociação e outras condições estabelecidos em regulamentação por ele editada. 
Art. 11. Compete ainda ao Banco Central da República do Brasil; 
I - Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições financeiras estrangeiras e internacionais; 
II - Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de empréstimos internos ou externos, podendo, 
também, encarregar-se dos respectivos serviços; 
Como dito anteriormente, é por meio do BACEN que o Governo Federal intervém diretamente no SFN e 
indiretamente na economia. 
III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade relativa das taxas de 
câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para esse fim comprar e vender ouro e moeda 
estrangeira, bem como realizar operações de crédito no exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais 
de Saque, e separar os mercados de câmbio financeiro e comercial; 
IV - Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia mista e empresas do Estado; (REVOGADO 
PELA LEI COMPLEMENTAR 179/2021) 
Sociedades de economia mista são empresas do Estado, que possuem parte delas pertencentes ao mercado e não 
ao Estado. Ou seja, é constituída por capital público (a maior parte) e privado, por isto é chamada de mista. Já as 
empresas do Estado são completamente públicas. 
V - Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo Conselho 
Monetário Nacional; (REVOGADO PELA LEI COMPLEMENTAR 101/2000) 
Na Lei de responsabilidade fiscal (LRF), LC 101/2000, temos a seguinte vedação: “Art. 34. O Banco Central do Brasil 
não emitirá títulos da dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta Lei Complementar.” 
VI - Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; 
Lembra que, ao tratar do SFN, falei que o BACEN também podia agir como regulador? Pois bem, esse é um caso 
claro que já foi, inclusive, cobrado em prova. 
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Referente exclusivamente à compensação de cheques e outros papéis: quem regula é o Banco Central, mas 
quem executa a compensação é o Banco do Brasil. 
Não se preocupe, aprofundaremos o assunto dos cheques em aulas futuras. 
VII - Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de capitais sobre empresas que, direta ou 
indiretamente, interfiram nesses mercados e em relação às modalidades ou processos operacionais que 
utilizem; 
O mercado de capitais é aquele no qual são negociados os valores mobiliários (como ações, entre outros títulos), 
sendo fiscalizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Porém, devido a sua potente estrutura, o BACEN 
realiza a vigilância das empresas que interfiram tanto nos mercados financeiros quanto nos de capitais. 
Além dessas, temos uma importante competência do BACEN que é determinada diretamente pela Constituição 
Federal: 
CF/88, Art. 164: § 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central; as dos Estados, 
do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
 
O dinheiro do Governo Federal (União) é depositado no BACEN. Por isto, é apelidado de Banqueiro do Governo. 
O dinheiro dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e outros órgãos/entidades/empresas do Poder Público 
ficam depositados nas instituições financeiras oficiais – como BRB, Banco do Brasil, Banpará, Banrisul, Banco do 
Nordeste, Banco da Amazônia e outros. 
Veja como cai em prova: 
(2017/FCC/DPE-RS/Analista – Economia) Compete ao Conselho Monetário Nacional: 
a) Receber os recolhimentos compulsórios das instituições financeiras. 
b) Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras bancárias; 
c) Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas. 
d) Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de instituições financeiras; 
e) Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas 
RESOLUÇÃO: 
Veja como não há necessidade de decorar as competências. Eliminando as alternativas referentes a atribuições 
executivas, só nos resta alternativa D. 
a, b, c, e) Erradas - receber, realizar e exercer estão atreladas a “executar”. Tratam-se de competências do BACEN. 
Resposta: D 
 
(FADESP/2018/BAPARÁ/Técnico Bancário - ADAPTADA) O Banco Central do Brasil foi criado em 1964 com a 
promulgação da Lei da Reforma Bancária. Pode-se afirmar que é competência do Banco Central do Brasil 
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a) estimular a formação de poupança e a sua aplicação em valores mobiliários. 
b) assegurar o cumprimento de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários. 
c) atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, 
previdência privada aberta, de capitalização e resseguro. 
d) fortalecer a estrutura de capital das empresas privadas e o desenvolvimento do mercado de capitais. 
e) executar os serviços do meio-circulante; 
RESOLUÇÃO: 
Para responder essa, você nem precisa ter decorado as atribuições. Vejamos as alternativas: 
a) Errada. Trata-se, na verdade, de atribuição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
b) Errada. Novamente, a CVM é a responsável pelo mercado de valores mobiliários. 
c) Errada. O órgão normativo do setor de previdência fechada é o Conselho Nacional de Previdência 
Complementar, a quem cabe esta atribuição. 
d) Errada. Mercado de capitais são as operações com valores mobiliários, portanto, CVM. 
e) Certa. Compete privativamente ao BACEN executar os serviços do meio-circulante (Lei nº 4.595/64, art. 11) 
Resposta: E 
 
(FCC – DPE RS – Analista – 2017) Compete ao Conselho Monetário Nacional 
a) receber os recolhimentos compulsórios das instituições financeiras. 
b) realizar operações de redesconto e empréstimos à instituições financeiras bancárias. 
c) exercer o controle do crédito sob todas as suas formas. 
d) regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de instituições financeiras. 
e) exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas. 
RESOLUÇÃO: 
Ao ver CMN no enunciado, jáestabeleceremos aquela regra na cabeça: “o CMN não executa nada”. 
a) Errado – receber é função executiva, trata-se de atribuição do BACEN. 
b) Errado – realizar é função executiva, também trata-se de atribuição do BACEN. 
c) Errado – mais uma função executiva: exercer. Mais uma vez, atribuição do BACEN. 
d) Certo – como mencionei na questão anterior. Regular = determinar regras/diretrizes. 
e) Errado – para não faltar, mais uma função executiva. Atribuição do BACEN. 
Resposta: D 
 
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Considerações 
 
Devido à grande gama de atribuições e sua importância, o Banco Central recebe alguns apelidos, conforme já lhe 
apresentei ao longo do texto. Acredite ou não, isto já foi cobrado em prova. Vejamos os principais apelidos: 
Banco emissor 
O BACEN tem o monopólio de emissão de papel-moeda. Isto é, só ele pode emitir. 
Banqueiro do Governo 
• Administra a dívida pública da União; 
• Faz a gestão das reservas internacionais; 
• É o depositário das disponibilidades de caixa da União; 
• Representa o Governo junto às instituições financeiras estrangeiras; 
• e outros vários motivos, como você pode perceber na sua leitura. 
Banco dos Bancos 
• É responsável pelo recebimento dos recolhimentos compulsórios; 
• É quem empresta dinheiro às instituições financeiras caso elas precisam em última instância (redesconto 
e empréstimo de liquidez); 
• Intervém nas instituições em casos de problemas maiores; etc. 
Gestor do Sistema Financeiro Nacional 
• Regula os serviços de compensação de cheques e outros títulos; 
• Autoriza o funcionamento das instituições financeiras; 
• Fiscaliza as instituições financeiras; 
• Entre outras atribuições. 
Executor da Política Monetária 
Política Monetária é a gestão da oferta de moeda. Isto é, a quantidade de dinheiro em circulação na economia. 
O BACEN é o responsável por este importante papel, controlando a liquidez global do sistema econômico e 
mantendo o equilíbrio na oferta de moeda. 
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Comitê de Política Monetária 
O Comitê de Política Monetária (COPOM), instituído em 20 de junho de 1996, é um órgão que faz parte da 
estrutura do Banco Central do Brasil (BACEN). Apesar de sua importância estratégica, o COPOM não é previsto 
em lei. Foi criado e disciplinado pela Circular do Banco Central n° 2.698, de 20 de junho de 1996 
De acordo com o Decreto 3.088/1999, o CMN determina metas e intervalos de tolerância para a inflação, além do 
índice de preços a ser adotado para ajustá-la. Atualmente, o índice utilizado é o IPCA, que é uma soma da inflação 
acumulada no ano, calculada pelo IBGE. Já o BACEN deve executar as políticas necessárias para cumprimento 
dessas metas fixadas. 
Dessa forma, as decisões do COPOM têm como foco principal cumprir as metas de inflação definidas pelo 
Conselho Monetário Nacional. 
O objetivo do COPOM é estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros básica da 
economia – a Taxa Selic, pois a Selic é o principal instrumento utilizado pelo BACEN para controlar a inflação. 
 
 
 
O COPOM é composto pela Diretoria Colegiada do Banco Central, formada por 9 membros (Presidente e 8 
diretores). Ou seja, ele tem exatamente a mesma composição do BACEN – até porque compõe o BACEN. 
 
 
 
Professor, mas pra que existe o COPOM se os membros são os mesmos do BACEN? 
Objetivos do 
COPOM
Estabelecer as 
diretrizes da 
política monetária
Definir a taxa 
básica de juros
Diretoria Colegiada
1 Presidente
8 Diretores
(nomeados pelo Presidente da 
República e aprovados pela 
maiora absoluta do Senado)
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Antigamente, havia falta de clareza por parte do Banco Central, que não informava bem e omitia informações. 
Isso gerou desconfiança na população. 
Visando se tornar mais transparente e adquirir novamente a confiança das pessoas, o BACEN criou um órgão que 
distancia-se a ideia concebida que o nome “Banco Central” trazia às pessoas. Portanto, o COPOM foi criado para 
que houvesse um novo nome distante da má reputação do BACEN. Porém, manteve os mesmos membros e faz 
parte do BACEN. 
Logo, a criação do Comitê buscou proporcionar maior transparência, ritual adequado ao processo decisório e 
melhor comunicação com o público em geral, afastando os medos e incertezas das pessoas quanto à economia e 
construindo um mercado mais sólido, estável e próspero. Além disso, esta medida segue práticas semelhantes 
adotadas em todo o mundo por uma vasta gama de autoridades monetárias. 
Reuniões 
Os membros do COPOM realizam oito reuniões ordinárias por ano, com uma periodicidade média de 45 dias. As 
reuniões normalmente dividem-se em dois dias seguidos: a primeira sessão (às terças-feiras) e a segunda sessão 
(às quartas-feiras). O calendário anual informando o dia de todas as reuniões que ocorrerão em um determinado 
ano deverá ser divulgado até o fim de junho do ano anterior. 
Poderão ocorrer reuniões extraordinárias, a serem convocados pelo Presidente do Banco Central. 
As reuniões só podem iniciar-se com a presença do Presidente, ou seu substituto, e pelo menos metade dos 
diretores (quatro diretores). 
Nessas reuniões, o COPOM segue um processo que procura embasar da melhor forma possível as suas decisões. 
Os membros assistem a apresentações técnicas do corpo funcional do BACEN, que tratam da evolução e 
perspectivas das economias brasileira e mundial, das condições de liquidez e do comportamento dos 
mercados. Assim, o Comitê utiliza um amplo conjunto de informações para embasar sua decisão. Depois, a 
reunião é reservada para a discussão da decisão entre os membros. A decisão é tomada com base na avaliação de 
muitos fatores, tais como a inflação, as contas públicas, a atividade econômica e o cenário externo. Todos os 
membros do COPOM presentes na reunião votam e seus votos são divulgados. 
 
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Fonte: <www.bcb.gov.br/controleinflacao/copom> 
Mas, afinal, o que eles decidem? 
Efetivamente, o Comitê decide a Meta da Taxa Selic – a taxa básica de juros, sobre a qual nos aprofundaremos 
mais a frente –, gerando impactos na economia. Todos esses fatores que eles precisam considerar são focados 
exatamente em como gerar o impacto necessário para equilibrar a base monetária (o total de dinheiro na 
economia). Dessa forma, o COPOM exerce a política monetária – a política que controla a quantidade de dinheiro 
na economia, que também iremos nos aprofundar. 
As decisões do COPOM são tomadas visando com que a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário 
Nacional (CMN) seja cumprida. 
 
ATENÇÃO: Existem duas “metas”, não as confunda: 
Meta de Inflação, definida pelo CMN 
Meta da Taxa Selic, fixada pelo COPOM 
Caso a meta de inflação definida pelo CMN não seja cumprida, caberá ao Presidente do Banco Central divulgar, 
por meio de carta aberta ao Ministro da Economia, os motivos para o descumprimento, bem como as 
providências e o prazo para o restabelecimento das metas. 
Como funciona a reunião 
A realização das reuniões do COPOM segue todo um ritual, que irei lhe explicar: 
Na quarta-feira da semana anterior à reunião, inicia-se o período chamado de “silêncio do COPOM”. A partir 
desse momento, o Comitê para de se manifestar. 
Na terça-feira da semana seguinte, ocorre a primeira sessão da reunião. Nela, há umaapresentação da 
economia brasileira e mundial, na qual os membros avaliam as perspectivas econômicas. Os chefes de 
departamento do BACEN apresentam ao Comitê uma análise da conjuntura abrangendo vários pontos e variáveis 
macroeconômicas. 
A primeira sessão conta ainda com a presença do chefe de gabinete do Presidente, do assessor de imprensa e de 
outros servidores do BACEN, quando autorizados pelo Presidente. 
No dia seguinte, quarta-feira, ocorre a segunda sessão. Participam apenas os membros do Comitê e o chefe 
do Depep (Departamento de Estudos e Pesquisas), sem direito a voto. 
Os membros avaliam as perspectivas de inflação, fazem recomendações acerca da política monetária e decidem, 
com base nas informações apresentadas, a meta da Taxa Selic. As decisões são tomadas por maioria simples de 
votos, a serem proferidos oralmente, cabendo ao Presidente o voto de qualidade. 
Os membros podiam apresentar também o “viés”, que definia a tendência seguinte para a meta da Selic (viés de 
alta ou baixa). Isso permitia fazer alterações na Selic sem necessidade de esperar uma reunião. Entretanto, o 
instrumento foi extinto em 2017, na circular 3.868 do BACEN. 
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Ainda no mesmo dia, após o fechamento do mercado às 18:00, a Taxa Selic é divulgada pela Diretor de Política 
Monetária por meio de Comunicado na internet. 
Na terça-feira da semana seguinte, seis dias após o término da reunião, cessa o período de silêncio e é 
divulgada a ata da reunião, normalmente às 8:00, no site do Banco Central e à imprensa, contendo o cenário 
macroeconômico e os principais riscos a ele associados, com base nos quais são tomadas as decisões de política 
monetária. 
Antigamente, era divulgada também no Diário Oficial (DOU). Porém, hoje, é divulgada apenas no site de internet. 
Ao final de cada trimestre civil – março, junho, setembro e dezembro – o COPOM publica um documento 
denominado “Relatório de Inflação”, no qual analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira do 
país, com ênfase nas perspectivas para a inflação. 
Vamos ver agora um esquema reunindo todo esse “ritual”, para você compreender melhor e conseguir visualizar: 
 
Fonte: <www.bcb.gov.br/controleinflacao/copom> 
 
(CESGRANRIO – Banco do Brasil – 2015 – Escriturário) O Banco Central do Brasil é um órgão do Subsistema 
Normativo do Sistema Financeiro Nacional. 
Ele determina, periodicamente, a taxa de juros de referência para as operações de um dia com títulos públicos, via 
atuação de seu(sua) 
A) Comitê de Estabilidade Financeira (COMEF) 
B) Comitê de Política Monetária (COPOM) 
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C) Conselho Monetário Nacional (CMN) 
D) Conselho de Administração 
E) Câmara de Compensação de cheques e outros papéis 
RESOLUÇÃO: 
Depois de falar tanto dele ficou fácil, né? 
O COPOM é quem determina a Taxa Selic – taxa de juros básica da economia. 
Resposta: B 
 
(CESGRANRIO – Banco do Brasil – 2015 – Escriturário) Periodicamente, o Banco Central do Brasil determina, nas 
reuniões de seu Comitê de Política Monetária (Copom), o(a) 
A) valor máximo do volume de operações de compra e venda de títulos públicos pelo sistema bancário brasileiro. 
B) quantidade de papel moeda e moeda metálica em circulação, dentro dos limites autorizados pelo Conselho 
Monetário Nacional. 
C) valor máximo de todas as formas de crédito no país. 
D) valor máximo do fluxo de entrada no país de capitais financeiros vindo do exterior. 
E) taxa de juros de referência para as operações de um dia com títulos públicos. 
RESOLUÇÃO: 
O COPOM objetiva estabelecer as diretrizes de política monetária e definir a taxa de juros básica, visando cumprir 
a meta de inflação definida pelo CMN. A única alternativa que se encaixa nisso é a letra E. 
Resposta: E 
 
Taxa Selic 
Vamos falar agora da famosa, bombando nas notícias! 
A Selic é a taxa básica de juros da economia, servindo como referência para as demais taxas de juros do país – 
inclusive as utilizadas na cobrança de juros de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. É a partir 
dela que todas as taxas de juros são formadas. 
Além disso, a Selic é a taxa utilizada para remunerar os títulos públicos federais emitidos pelo Governo. Ou seja, 
essa taxa define o quanto você vai receber de juros se emprestar dinheiro ao Governo. 
Emprestar dinheiro ao Governo... ta maluco, professor? 
É isso mesmo. Aliás, o Governo é o agente mais seguro para quem você pode emprestar, porque ele só não vai te 
pagar se o país falir (e, cá entre nós, se isso acontecer é porque todo o resto já foi por água abaixo). Além disso, o 
Governo sempre vai priorizar pagar seus juros, porque dor de barriga não dá uma só vez – ele muito provavelmente 
vai precisar pegar emprestado novamente no futuro. 
Mas em que ocasião o governo pega dinheiro emprestado? 
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Isso é algo extremamente comum e acontece quando suas despesas são maiores do que sua receita. Ou seja, 
quando ele gasta mais do que arrecada. 
Assim, por meio da Secretária do Tesouro Nacional (STN), o Governo emite títulos públicos federais que 
remuneram com juros quem os comprar – podendo ser desde pessoas físicas comuns a até mesmo instituições 
financeiras. Esses juros são definidos a partir da Taxa Selic. 
Portanto, se a Taxa Selic estiver em 2% ao ano e você comprar títulos públicos, você será remunerado em 2% ao 
ano sobre o valor aplicado nos títulos. 
ATENÇÃO: A taxa que cada título remunera não necessariamente vai ser exatamente igual à Selic, ela pode variar. 
A taxa de juros individual dos títulos públicos federais é livre, porém a média dessas taxas deve bater com a Selic, 
estipulada pelo COPOM. Logo, se a taxa Selic estiver em 2%, o Tesouro Direto pode emitir títulos por 1,5% e, no 
dia seguinte, por 2,5% (pois a média disso da 2%, obedecendo à meta da Selic) 
Existem dois tipos de taxa Selic: 
Selic Over: é a taxa vigente nas negociações em um determinado dia – a taxa que realmente vemos no mercado, 
na prática. Nem sempre será idêntica à meta estipulada pelo COPOM, pode haver pequenas variações, mas, no 
geral, as duas taxas são muito próximas. Ela é definida diariamente, considerando a média ponderada de todas as 
transações com títulos públicos realizadas em um dia. 
Selic Meta: é a taxa determinada pelo COPOM a cada reunião, que vigora por todo período entre as reuniões. Ela 
é apenas uma meta – que visa ser cumprida –, servindo como referência para nortear todas as taxas. 
 
 
E de onde vem esse nome “Selic”? 
Para os curiosos, o nome vem da sigla do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Tal sistema é uma 
infraestrutura do mercado financeiro, administrada pelo BACEN, na qual são transacionados os títulos públicos 
federais. 
Queda Histórica 
Desde julho de 2019, a Selic Meta vem caindo mês após mês. Até março de 2021, a taxa Selic estava em 2% ao 
ano, o menor nível da história até então. Este é um dos assuntos mais comentados do mercado financeiro. 
No geral, o ciclo de queda da taxa já dura quase 4 anos, mas não costumava ser assim. Pra você ter ideia, no fim 
dos anos 90, a Selic chegou aos incríveis 45% ao ano (imagine colocar 1000 reais no Tesouro Direto e no ano 
seguinte ter 1450 , é uma valorização inimaginável hoje em dia para investimentos em renda fixa). 
Não muito tempo atrás, entre 2010 e 2017, a Selic ainda oscilava entre 7% e 14,25% a.a. (que ainda é um 
investimento bom, ainda mais para uma aplicaçãosegura como o Tesouro Direto). 
Selic Over
A taxa praticada em um determinado dia.
Selic Meta
A taxa determinada pelo COPOM, servindo como 
referência para as demais taxas.
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No entanto, pressionado por um cenário inflacionário, a partir de março de 2021 o COPOM reverteu o cenário para 
alta, sendo a SELIC Meta hoje, em julho de 2021, 4,25% ao ano e com tendência de continuar subindo. 
Veja, no gráfico a seguir, o desempenho da Selic desde julho de 2011. 
 
 
O gráfico acima mostra o rendimento da Poupança (70% da SELIC) em relação a inflação, por isso houve o cenário 
de reversão de juros, necessário para manter o equilíbrio da economia. 
Vou tirar meu dinheiro agora então. 
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Se você tirar e não investir em algo que renda mais, ele vai perder ainda mais valor. Pelo menos, na Selic, você não 
perde tanto. 
 
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Questões de prova comentadas 
 
1. FCC – BANRISUL – Escriturário – 2019 
Como parte da missão de assegurar que o sistema financeiro seja sólido e eficiente, a autorização para 
funcionamento de instituições financeiras controladas por capitais nacionais é concedida 
a) pelo Conselho Monetário Nacional. 
b) pela Comissão de Valores Mobiliários. 
c) pela Presidência da República. 
d) pelo Banco Central do Brasil. 
e) pelo Senado Federal. 
RESOLUÇÃO: 
O enunciado diz respeito a uma competência do BACEN. Veja o que diz a Lei 4.595/64: 
Art. 4º Compete privativamente ao Banco Central: 
X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: 
a) funcionar no País; 
Resposta: D 
 
2. CESPE – BNB – Analista Bancário – 2018 
A respeito do Banco Central do Brasil e das instituições públicas federais, julgue o item subsecutivo. 
É competência privativa do Banco Central do Brasil autorizar as instituições financeiras a alienar ou, de alguma 
outra forma, transferir o seu controle acionário. 
( ) Certo 
( ) Errado 
RESOLUÇÃO: 
Correto. Veja o que diz a Lei 4.595/64: 
Art. 4º Compete privativamente ao Banco Central: 
X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: 
g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário. 
Resposta: Certo 
 
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3. CESPE – Instituto Rio Branco – Diplomata – 2017 
Tendo como referência inicial esse fragmento de texto, julgue (C ou E) o item a seguir, pertinentes às funções e 
competências de um banco central. 
Em sua função de “banco dos bancos”, cabe ao Banco Central do Brasil (BCB) formar um “colchão de liquidez” para 
o sistema financeiro, de modo que, em momentos de incerteza e de liquidez restrita, ele possa reduzir o montante 
dos recolhimentos compulsórios e liberar recursos para as instituições financeiras, a exemplo do que fez para 
mitigar os efeitos da crise de 2008 sobre a economia brasileira. 
( ) Certo 
( ) Errado 
RESOLUÇÃO: 
Exatamente. Trata-se de uma política monetária. 
Veja o que diz a Lei 4.595/64: 
Art. 4º Compete privativamente ao Banco Central: 
III - determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à vista e de até sessenta por cento 
de outros títulos contábeis das instituições financeiras [...] 
Resposta: Certo 
 
4. FCC – PGE MT – Analista – 2016 
Ao Conselho Monetário Nacional compete uma série de atribuições, EXCETO: 
a) delimitar o capital mínimo das instituições financeiras privadas. 
b) emitir moeda-papel e moeda metálica. 
c) fixar as diretrizes e normas da política cambial. 
d) disciplinar o crédito e as operações creditícias. 
e) regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto. 
RESOLUÇÃO: 
A questão pediu qual NÃO é atribuição do CMN. Portanto, vejamos cada alternativa: 
a) Errada – é uma atribuição do CMN. Lei 4.595/64, art. 4º: 
XIII - Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos, o capital mínimo das instituições financeiras 
privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais; 
b) Certa – emitir é uma função executiva. O CMN apenas autoriza a emissão, mas quem emite é o BACEN. Era 
uma atribuição do CMN constante na lei 4.595/64, art. 4º, e revogada pela lei complementar 179/2021: 
I - Autorizar as emissões de papel-moeda; 
c) Errada - é uma atribuição do CMN. Lei 4.595/64, art. 4º: 
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V - Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e quaisquer 
operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira; 
d) Errada - é uma atribuição do CMN. Lei 4.595/64, art. 4º: 
VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, 
inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras; 
e) Errada - era uma atribuição do CMN constante na lei 4.595/64, art. 4º, e revogada pela lei complementar 
179/2021: 
XVII - Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto e de empréstimo, 
efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de natureza bancária; 
Resposta: B 
 
5. CESPE – FUNPRESP JUD – Analista – 2016 
A respeito das competências e atribuições do Conselho Monetário Nacional (CMN), do Banco Central do Brasil 
(BCB), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Superintendência Nacional de Previdência Complementar 
(PREVIC) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), julgue o próximo item. 
É competência do BCB conceder autorizações a instituições financeiras para serem transformadas, fundidas, 
incorporadas ou encampadas. 
( ) Certo 
( ) Errado 
RESOLUÇÃO: 
Exato. Veja o que diz a Lei 4.595/64: 
Art. 4º Compete privativamente ao Banco Central: 
X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: 
c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; 
Resposta: Certo 
 
6. CESNGRARIO – Caixa – Técnico Bancário – 2012 – ADAPTADA 
Atualmente, o Conselho Monetário Nacional é composto por três representantes. 
O presidente do Conselho é o 
a) ministro da Economia 
b) ministro do Planejamento 
c) presidente do BNDES 
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d) presidente da República 
e) presidente do Banco Central 
RESOLUÇÃO: 
Já podemos eliminar as alternativas B, C e D, pois não fazem parte da composição do CMN. 
Veja o que diz a lei 9.069/95: 
Art. 8º O Conselho Monetário Nacional, criado pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, passa a ser 
integrado pelos seguintes membros: 
I - Ministro de Estado da Economia, que o presidirá; 
II - Presidente do Banco Central do Brasil; e 
III - Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia. 
Resposta: A 
 
7. FGV – BNB – Analista Bancário – 2014 
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro. A política do CMN objetiva: 
a) regular o valor interno e externo da moeda; 
b) Zelar pela liquidez e solvência das instituições

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