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ROLAMENTO 90 E 180 GRAUS

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1 Dryele Cruz – Odontologia UFPE 
ROLAMENTO 90 E 180 GRAUS 
INTRODUÇÃO 
Em casos de trauma, em que o resgate da vítima e o seu transporte são 
realizados em princípios básicos como a estabilização da coluna vertebral e a 
escolha da técnica condizente para cada caso individual, é indicado que o 
transporte dessas vítimas seja feito apenas em casos de risco iminente para ela 
ou até mesmo para o socorrista. As manobras de extricação dessas vítimas e o 
seu transporte irão depender de fatores como: o peso da vítima, o tipo de terreno, 
os equipamentos disponíveis e o número de socorristas. Deve-se sempre evitar 
fazer movimentos desnecessários com as vítimas de trauma, para que não 
ocorra lesões em sua coluna vertebral. O método mais apropriado para o 
transporte dessas vítimas sempre será através da ambulância, em caso de risco 
iminente, deve-se priorizar o transporte em veículos grandes como 
caminhonetes ou caminhões, onde o socorrista possa deitar a vítima e imobilizá-
la o máximo possível, com a improvisação de macas utilizando-se de portas ou 
pranchas, por exemplo [3] 
 
As técnicas de rolamento em 90° e 180° são manobras realizadas em vítimas 
com suspeitas de trauma. A primeira é indicada para imobilização da coluna 
vertebromedular em vítimas que se encontram em decúbito dorsal. Enquanto 
que a segunda tem indicação para a imobilização da coluna vertebromedular que 
se encontram em decúbito ventral ou semipronação. Em ambas há a 
necessidade de posicionamento da vítima em prancha longa e necessita-se de 
EPI’s obrigatórios como o colar cervical, o imobilizador lateral de cabeça com 
tirantes, prancha longa e três cintos de segurança ou dispositivos semelhantes. 
As manobras necessitam de 3 socorristas aptos a realizar técnicas de 
estabilização manual da cabeça dessa vítima, onde eles precisam estar atentos 
a possíveis lesões e evitar maiores movimentos dos lados de maior 
comprometimento das lesões [4] 
 
Em locais estreitos, é indicado que os socorristas utilizem da técnica Elevação 
a cavaleiro, na qual um socorrista posiciona-se a cavaleiro a nível dos ombros 
da vítima de trauma, estabilizando manualmente sua cabeça e seu pescoço. O 
colar cervical será colocado por um segundo socorrista, um terceiro, irá 
posiciona-se a cavaleiro a nível de quadril da vítima e um quarto, a nível dos 
pés da vítima, a fim de promover um alinhamento dos membros no eixo do 
corpo. Realizada a imobilização e estabilização dessa vítima, essa será 
elevada em bloco cerca de 20 centímetros e então será colocada sobre a 
prancha e, por fim, fixado a ela [1]. 
 
 
2 Dryele Cruz – Odontologia UFPE 
DESENVOLVIMENTO 
Todas as técnicas de remoção e transporte de vítimas são baseadas em dois princípios 
básicos essenciais: na estabilização da coluna vertebral com movimentações em bloco, 
e a escolha e aplicação da técnica condizente com o estado de saúde da vítima. 
Portanto, é indicado que o transporte das vítimas seja realizado quando há presença de 
risco iminente para o socorrista ou até mesmo para a vítima, como em casos de 
incêndio, tráfego descontrolado, possíveis explosões, sendo recomendado que o 
socorrista realize o transporte de emergência. A manobra a ser realizada pelo socorrista 
irá depender do peso da vítima, do tipo de terreno, dos equipamentos disponíveis e do 
número de socorristas. Nunca se deve realizar movimentos desnecessários com a 
vítima. Além disso, é comum no atendimento às ocorrências a improvisação de 
equipamentos e até mesmo de macas, para que assim a vítima seja transportada com 
estabilidade e o máximo de imobilização possível. Para isso, pode-se utilizar prancha 
de surf, tábuas ou portas, sempre utilizando materiais longos e resistentes. O método 
mais apropriado de transporte é através da ambulância, em sua falta, deve-se utilizar 
de veículos grandes como caminhonetes, ônibus ou caminhões, para que se possa 
deitar a vítima [2, 3]. 
O atendimento pré-hospitalar, também chamado APH, tem a finalidade de prestar 
assistência à pessoa que sofreu acidente de trânsito e mantê-la viva até a chegada ao 
hospital, diminuindo as sequelas e possibilitando uma melhor qualidade de vida ou 
mesmo sua própria vida. Para tanto, técnicas de resgate são utilizadas [5]. 
1. Técnica de rolamento em 90º 
É indicado para vítimas com suspeita de trauma, que se encontram em decúbito dorsal, 
e que tenham indicação de imobilização da coluna vertebromedular, a fim de posicioná-
lo em prancha longa ou em outro dispositivo de transporte. Os materiais necessários 
para a técnica baseiam-se em EPI´s obrigatórios para o socorrista, colar cervical, 
imobilizador lateral de cabeça com tirantes, prancha longa e três cintos de segurança 
ou dispositivos semelhantes [1, 4]. 
Para realização da manobra, o socorrista 1 deve estar posicionado atrás da cabeça do 
paciente, com os joelhos e cotovelos apoiados de forma estável e realizar o alinhamento 
e estabilização manual da cabeça, em seguida, o socorrista 2 aplica o colar cervical no 
paciente. Logo depois, mantendo a estabilização manual da cabeça, os socorristas 2 e 
3 se posicionam à altura do tórax e à altura dos joelhos respectivamente. A prancha é 
então posicionada junto ao paciente, do lado oposto ao do rolamento, lembrando que o 
lado de rolamento será decidido pelo de menor comprometimento às lesões da vítima. 
O socorrista 2 posiciona uma das mãos em concha na cintura escapular contralateral e 
a outra na cintura pélvica contralateral, enquanto que o socorrista 3 posiciona uma das 
mãos em concha na cintura pélvica contralateral e a outra próxima ao joelho 
contralateral. Dessa forma, o socorrista 1 efetua a contagem para início do rolamento e 
o profissional 2 avalia a região dorsal da vítima em busca de possíveis lesões, para só 
então a prancha ser posicionada ao longo do dorso do paciente. Nesse momento o 
socorrista faz uma nova contagem para posicionar o paciente em decúbito dorsal, e 
caso o paciente precise ser melhor posicionado na prancha, o movimento deve ser feito 
segurando firmemente pela cintura escapular e pélvica. O imobilizador lateral da cabeça 
com os apoiadores lateral e os tirantes de mento e de fronte são posicionados, e, para 
finalizar, os cintos de segurança são posicionados para fixar o paciente na prancha [1]. 
2. Técnica de rolamento em 180º 
Esta técnica é também indicada para vítimas com suspeita de trauma e indicação de 
imobilização de coluna vertebromedular, mas que se encontram em decúbito ventral ou 
 
 
3 Dryele Cruz – Odontologia UFPE 
semipronação e que necessitam ser posicionados em prancha longa. As vítimas que 
encontram-se nessa posição geralmente são vítimas de maior gravidade. Os materiais 
utilizados são os mesmos para o rolamento em 180º [1]. 
Para o procedimento, o socorrista 1 deve se posicionar atrás da vítima e realizar a 
estabilização manual da cabeça prevendo a posição final após a rotação completa – a 
rotação deve ser na direção oposta da direção da cabeça – e avalia-se o dorso, antes 
da rolagem. O socorrista 2 posiciona as mãos em concha, sendo uma na cintura 
escapular contralateral e a outra na cintura pélvica contralateral, segurando ao mesmo 
tempo o punho do paciente, enquanto que o socorrista 3 posiciona uma mão na cintura 
pélvica contralateral e outra mão próximo ao joelho contralateral. Além disso, o 
socorrista 3 posiciona a prancha do lado equivalente ao rolamento, entre ele e a vítima. 
O rolamento deve acontecer em 2 tempos, sendo que no primeiro faz-se uma primeira 
contagem para o rolamento do paciente em bloco a 90º, e no segundo, já com o paciente 
a 90º, realiza-se uma nova contagem para completar o rolamento em 180º. Nesse 
momento o colar cervical é colocado pelo socorrista 2 e os outros posicionam o 
imobilizador lateral da cabeça e todos os demais equipamentos de proteção, como no 
rolamento de 90º [1]. 
3. Elevação a cavaleiro 
Esta técnica é indicada em locais estreitos, em que não háespaço suficiente para 
realizar o rolamento. Para a manobra, são necessários 3 socorristas, sendo um 
posicionado a nível dos ombros da vítima, para estabilizar manualmente a cabeça e o 
pescoço, enquanto que a prancha é posicionada próxima aos pés da vítima, no mesmo 
sentido de orientação do seu corpo. Um segundo socorrista posiciona-se sobre a vítima 
à nível de quadril e outro à nível dos pés, alinhando os membros da vítima e, ao 
comando, eleva-se a vítima em bloco cerca de 20 centímetros. O socorrista que está 
próximo aos pés desliza a prancha por baixo do corpo da vítima e então o paciente é 
fixado à mesma [1]. 
 
 
 
4 Dryele Cruz – Odontologia UFPE 
CONCLUSÃO 
Levando-se em consideração que os primeiros socorros se baseiam nos cuidados 
primitivos e imediatos que devem ser prestados rapidamente a uma vítima de acidente 
ou de mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a sua vida, as pessoas que vão 
prestar assistência imediata devem aplicar medidas e procedimentos até a chegada da 
assistência qualificada, a fim de manter as funções vitais e evitar o agravamento das 
condições da vítima. 
Dessa forma, o resgate e transporte de vítimas, utilizado quando o local em que a vítima 
se encontra representa risco iminente, não só para a vida dela quanto para a vida do 
socorrista, pode ser empregado baseado em uma série de técnicas, a depender do 
estado da vítima e da quantidade de socorristas disponíveis. 
Uma das técnicas que pode ser aplicada para a retirada da vítima do local do acidente, 
é a técnica de rolamento em 90º, que é indicada quando a vítima encontra-se em 
decúbito dorsal, com a finalidade de posicioná-la em uma prancha longa, a fim de evitar 
maiores traumas vertebromedulares. Outra técnica semelhante, porém indicada para 
vítimas que encontram-se em decúbito ventral, é a técnica de rolamento em 180º, que 
também tem a finalidade de posicionar adequadamente a vítima de um possível trauma 
em uma prancha longa, a fim de evitar não só maiores complicações, mas também de 
realizar o seu transporte seguro. 
Outra técnica que também pode ser aplicada para o resgate e posicionamento da vítima 
em prancha longa é a elevação a cavaleiro, que é indicada quando o espaço 
circunvizinho é demasiadamente estreito, dificultando a realização de outras manobras 
que exigem mais espaço. Nesta manobra, a prancha é posicionada aos pés da vítima e 
a vítima é elevada por três socorristas, e, posteriormente, a prancha é deslizada por 
baixo da vítima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 Dryele Cruz – Odontologia UFPE 
REFERÊNCIAS 
[1] VALE AJM et al. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de 
Atendimento Móvel de Urgência. 2.ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2016. 
[2] AMERICAN COLLEGE OF SURGIONS COMMITTEE ON TRAUMA. Advanced 
Trauma Life Suport – ATLS. 10. ed., 2018. 
[3] NASCIMENTO EF. Cartilha de primeiros socorros para profissionais da engenharia 
florestal. Tese [Título de Engenheiro florestal] – Universidade de Brasília; 2015. 
[4] DE SOUSA LMM. Primeiros Socorros - Condutas Técnicas. Saraiva Educação SA, 
2018. 
[5] COSTA MES et al. Cinemática e avaliação de vítima de trauma no atendimento pré-
hospitalar: um relato de experiência. Brasilian Journal of Health Review, 2020; 3: 11328-
11336.

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