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Normas Penais

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Prévia do material em texto

A Norma Penal
“
“... O Direito Penal é definido como um
conjunto de normas jurídicas cuja função
primordial consiste na proteção subsidiária
de bens jurídicos.”
Cezar Roberto Bitencourt. 
2
Classificação das Normas Penais
3
Normas Penais Incriminadoras 
De acordo com as explanações de Bittencourt, entende-se que:
As normas penais incriminadoras têm a função de definir as infrações penais, proibindo
(crimes comissivos) ou impondo (crimes omissivos) a prática de condutas, sob a ameaça
expressa e específica de pena, e, por isso, são consideradas normas penais em sentido estrito.
Essas normas são compostas por dois preceitos, denominados preceito primário e secundário.
Preceito primário: É o que descreve, com objetividade, clareza e precisão, a infração penal,
comissiva ou omissiva.
Preceito secundário: Representa a cominação abstrata, mas individualizada, da respectiva
sanção penal.
4
(BITTENCOURT, 2020)
Art. 121 – Matar alguém:
Pena – Reclusão, de seis a vinte anos. 
Preceito Primário
Preceito Secundário
Normas Penais não Incriminadoras 
São normas que estabelecem regras gerais de interpretação e aplicação das normas penais
em sentido estrito, repercutindo tanto na delimitação da infração penal como na
determinação da sanção penal correspondente.
Representam autênticas garantias dentro do procedimento de atribuição de responsabilidade
penal, na medida em que pautam a atividade jurisdicional no exercício do jus puniendi
estatal.
As normas penais não incriminadoras podem ser:
◈ Permissivas
◈ Complementares, ou
◈ Explicativas.
5
Normas Permissivas: 
Se opõem ao preceito primário da norma incriminadora, autorizando a realização de uma
conduta em abstrato proibida. As normas permissivas não constituem, contudo, a revogação
do preceito primário de uma norma incriminadora, mas sim autênticas regras de exceção
para os casos em que, apesar da adequação entre a conduta realizada e a infração penal, não
existe uma contraposição valorativa entre aquela conduta e o ordenamento jurídico.
Complementares e autoexplicativas: 
esclarecem, limitam ou complementam as normas penais incriminadoras dispostas na Parte
Especial, dessa forma, podem determinar a infração penal, esclarecendo ou complementando
o preceito primário, bem como determinar a consequência jurídica esclarecendo, limitando
ou complementando o preceito secundário.
6
(BITTENCOURT, 2020)
Fontes do Direito Penal
7
Conforme as palavras de Bitencourt, fontes são todas as formas ou modalidades por meio das
quais são criadas, modificadas ou aperfeiçoadas as normas de um ordenamento jurídico. Não
examinaremos, neste contexto, a classificação dessas fontes, que não despertam tanto interesse
nos limites da teoria da lei penal. Limitar-nos-emos à classificação mais comum, qual seja,
entre fontes materiais e fontes formais, a material se relaciona com a origem do direito, e as
formais de manifestação das normas jurídicas.
“Somente a lei formal é fonte imediata das normas penais incriminadoras. Contudo, fora desses
limites, deve-se admitir a existência das chamadas fontes mediatas, que, indiretamente,
penetram no Direito Penal através de novas leis, a despeito da independência dos poderes, os
legisladores não ignoram as contribuições dos costumes, da doutrina, da jurisprudência e dos
princípios gerais de direito” (BITENCOURT,2020)
Serão citadas a seguir a classificação mais simples das fontes do Direito Penal, sendo elas a
material e a formal.
8
Fonte Material 
São assim denominada por se caracteriza como uma fonte de produção do direito penal.
Entretanto, o Estado é a única fonte de produção. O instrumento para materializar sua 
vontade é a lei. No passado, a igreja, o pater familis e a sociedade também se apresentavam 
como fontes do Direito. 
Dessa forma, a fonte de produção legítima de Direito Penal, em nosso ordenamento jurídico, 
é o legislador federal através das regras do sistema político democrático.
preceitua o art.22, I, da CF/88:
“Compete privativamente à União legislar sobre: I .direito civil, comercial, penal, 
processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.”
9
(Bittencourt, 2020)
Fontes Formais
Costumes:
Segundo entendimento mais ou menos pacífico da doutrina, o costume consiste na reiteração
constante e uniforme de uma regra de conduta. . No entanto, para qualificá-lo como princípio
consuetudinário, não basta a repetição mecânica de tais atos; é necessário que sejam orientados
por um aspecto subjetivo: a convicção de sua necessidade jurídica. Sem a convicção da
necessidade de sua prática, o costume é reduzido a um simples uso social, sem o caráter de
exigibilidade.
No âmbito penal, os costumes jamais podem criar crime ou pena ou medida de segurança ou
agravar a pena. Podem, entretanto, beneficiar o agente.
Confrontado com a lei, o costume pode apresentar três aspectos distintos:
a) Secundum legem: É o costume que encontra suporte legal;
b) Praeter legem: É o costume supletivo ou integrativo, destinado a suprir eventuais lacunas da lei.
c) Contra legem: É o costume formado em sentido contrário ao da lei.
10
Jurisprudência:
A jurisprudência, entendida como a repetição de decisões num mesmo sentido, tem grande
importância na consolidação e pacificação das decisões dos tribunais.
Jurisprudência não pode igualmente constituir fonte formal do Direito Penal porque o juiz, ao
julgar, aplica o direito àquele caso concreto.
Doutrina:
Doutrina é o resultado da atividade intelectual dos doutrinadores, isto é, o resultado da produção
científica de cunho jurídico-penal na elaboração da chamada dogmática penal, realizada pelos
pesquisadores e doutrinadores, que objetivam sistematizar as normas jurídicas, construindo
conceitos, princípios, critérios e teorias que facilitem a interpretação e aplicação das leis vigentes.
É exatamente essa contribuição intelectual da doutrina
que facilita a atualização e evolução da jurisprudência e a modernização das próprias leis.
11
Funções da Lei Penal
12
13
Conforme as palavras de Cezar Roberto Bitencourt: “As funções da norma penal devem
ser entendidas levando em consideração tanto o sistema de convivência que o Direito Penal
fomenta como os efeitos de sua incidência sobre o membros de uma determinada sociedade.
Com esse ponto de partida, concordamos com Muñoz Conde & Garcia Aràn quando afirma que
a norma penal tem a função de proteger as condições elementares da convivência humana, e
motivar aos indivíduos a que se abstenham de desrespeitar essas condições mínimas. Proteção e
motivação ou, melhor dito, proteção através da motivação, são as funções inesperáveis e
interdependentes da norma penal”.
Diante do exposto, compreende-se que a função da lei penal é ser o cerne imediato do
direito penal, em virtude do principio a legalidade e da anterioridade, de acordo com os quais
uma norma incriminadora deve estar precisamente prescrita, para conseguir ser posta pelos
representantes do povo em um documento, tendo sua validade apenas após entrar em vigor.
Normas Penais em Branco
14
15 Norma penal em branco , é um preceito incompleto, genérico ou indeterminado, que
precisa da complementação de outras normas. A doutrina distingue as normas penais em
branco em sentido lato e em sentido estrito.
As normas penais em branco em sentido lato são aquelas cujo complemento é
originário da mesma fonte formal da norma incriminadora. Nesse caso, a fonte encarrega
da de elaborar o complemento é a mesma fonte da norma penal em branco, há, portanto,
uma homogeneidade de fontes legislativas. As normas penais em branco em sentido estrito, por
sua vez, são aquelas cuja complementação é originária de outra instância legislativa, diversa da
norma a ser complementada, e aqui há heterogeneidade de fontes, ante a diversidade de origem
legislativa.
(Bittencourt,2020)
Classificação da Norma Penal em Branco
16
• Heterogêneas / Heterólogas
• Homogenias / Homologas
• Revés /Inversa
HETEROGÊNEAS: Ou heterólogas, ocorre quando quem deverá complementar não será o
poder legislativo, poderá ser complementado por meio de uma portaria e não propriamente lei
em sentido lato, por exemplo: O artigo 33 da lei 11.343 (lei de drogas) não estabelece o que é
droga, no entanto, quem define o conceito de droga é uma portaria da ANVISA, um órgão
diferente do poder legislativo.
17 HOMOGÊNEAS: Ou homólogas, ocorre quando o complemento é oriundo da mesma fonte legislativa
que editou a norma em branco. Há também as leis penais em branco homologa-homovitelina, que
ocorre quando o complemento está contido na mesma lei que tipificou o crime.
Exemplo: Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração
pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Se trata de uma norma homologa porque quem a complementa é o próprio poder legislativo, e
homovitelina porque é o próprio código penal quem complementa o art. 321 em seu art. 327.
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
18
REVÉS: Ou inversa, ocorre quando o preceito primário é completo, mas falta o preceito
secundário, que dispõe sobre a sanção penal. Onde o próprio artigo direciona esse preceito para
uma outra lei.
Exemplo: Art. 158, § 3º, CP.
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter 
para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de 
fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 3º- Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é
necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 a 12 anos, além da
multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2º e
3º, respectivamente.
Bibliografia
19
• BITTENCOURT, C. R. Tratado de Direito Penal, Parte geral I. São 
Paulo: Editora Saraiva, 2019.
• ZAFFARONI, Raul. Manual de Direito Penal Brasileiro, Parte geral I. 
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011.
Obrigado(a)!
20
Grupo:
Anderson Almeida dos Santos
Fellipe Costa Santana
Iasmim Agra Cavalcante
Lethícia Santiago Araújo
Pedro Gomes Alencar
21

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