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complexo dentina polpa

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Complexo Polpa-Dentina 
@andreiadivensi 
1 
 
 
A Dentina e a polpa possuem origem embriológica 
comum (vieram das papilas dentárias), e mesma origem 
histológica (estão interligadas com os odontoblastos 
que produzem a dentina e as células centrais da papila 
através de uma zona acelular e uma zena rica em 
células), são interdependentes e ambas têm parte 
funcional (sensibilidade dentinária) 
Consiste em um tecido conjuntivo frouxo derivado das 
células da crista neural ou de células 
ectomesenquimáticas. Possui 75% de água e 25% de 
material orgânico. Uma consideração importante é que 
a polpa está envolvida na sustentação, manutenção e 
formação contínua da dentina, pois a profunda camada 
dos odontoblastos permanece ao longo da parede 
externa da polpa. 
Uma outra função da polpa é a sensorial, uma vez que 
algumas fibras nervosas ou axônios estão contidos nos 
túbulos dentinários. A polpa ainda desempenha função 
nutricional e protetora para a dentina 
TIPOS DE POLPA DENTÁRIA 
 
Polpa coronária: localizada na coroa, onde pequenas 
expansões para as cúspides dos dentes posteriores 
constituem os cornos pulpares. 
Polpa radicular: localizada na região da raiz dentária. 
Forame apical: é a abertura da polpa no ápice do 
dente, que permite a entrada e a saída de estruturas 
como artérias, veias, nervos e linfáticos. Dessa forma, 
a comunicação entre a polpa e os ligamentos 
periodontais é possível por meio do forame apical, que 
é a última parte do dente a se formar, o que ocorre 
somente após a sua erupção. 
Canais acessórios: são aberturas adicionais para os 
ligamentos periodontais. Podem ter duas origens: 
 da fragmentação da bainha radicular ocorrida 
antes da formação dentinária; 
 do aprisionamento, na bainha radicular em 
proliferação, de vasos sanguíneos os quais 
normalmente estão presentes entre a papila e o folículo 
dental. 
ESTRUTURA 
Células do conjuntivo: 
Odontoblastos: produzem a dentina, portanto ficam na 
periferia da polpa. Os maduros não se dividem mais. 
Fibroblastos: tem em maior quantidade na polpa, 
ficam na região central da polpa, no núcleo pulpar, 
responsáveis pela renovação celular. 
Células ectomesenquimais: células diferenciadas na 
zona rica em células, funciona como células reservas 
que se diferenciam em odontoblastos e fibroblastos. 
Macrófagos e linfócitos: remove bactérias e elimina 
células mortas; participa do processo de iniciação da 
resposta imunológica. 
Células dendríticas: sustentação para o conjuntivo 
Fibras: 
colágeno tipo I: tipo I é o mais prevalente (60%), mas 
tem quantidades significativos do tipo III, e VI. São 
escassos na polpa coronária e dispostos de forma 
irregular. Já na polpa radicular estão em maior 
concentração e de forma paralela. 
fibras reticulares: dispõem-se aleatoriamente na 
polpa, exceto na região odontoblástica, constituindo o 
plexo de Von Korff 
Substância Fundamental: 
fibronectinas é um componente da matriz extracelular 
dentro da polpa. Essa proteína extracelular ajuda na 
aderência entre as células, no reparo do dente, no 
controle do fluxo de metabólicos e como barreira contra 
a disseminação de bactérias e produtos bacterianos. 
Proteoglicanas: mantem a permeabilidade da 
substancia fundamental, transporte de metabólitos e 
impede a difusão de MO. 
 
NERVOS DA POLPA 
 fibras amielínicas autônomas envolvendo os 
vasos. Transmissão dolorosa lenta. (abcessos 
crônicos) 
 fibras mielínicas e amielínicas somáticas 
ramificadas (relacionadas com a dor). Transmissao 
dolorosa rápida (pulpite). 
Na polpa, como em outras fibras nervosas, a 
velocidade de transmissão do impulso nervoso está 
associada à presença de bainha de mielina ao redor 
dos axônios. 
 
CAMADAS DA POLPA 
Camada de odontoblastos: onde está presente a 
camada de odontoblastos e é onde vai ser formada a 
dentina. 
Camada pobre em células/Weil: abaixo da 
odontoblástica, tem poucas células. 
Camada rica em células: rica em células tronco e 
fibroblastos (mais que a camada central) 
Camada central da polpa: fibras escassas; rica em 
vasos e nervos. 
POLPA DENTÁRIA 
Complexo Polpa-Dentina 
@andreiadivensi 
2 
 
 
MUDANÇAS COM A IDADE 
 Redução de volume 
 Tecido conjuntivo pobre em células 
 Aumento de colágeno 
 Maior número de calcificações isoladas 
 Diminuição de fibras nervosas e 
neurotransmissores 
CALCIFICAÇÕES PULPARES 
A calcificação da polpa pode ocorrer em virtude de 
alguma agressão, tipo cárie ou contato mais forte que 
o dente esteja sofrendo. Ela dificulta o tratamento de 
canal pois torna os condutos muito estreitos ou até 
mesmo os fecha completamente. 
AGRESSÃO A POLPA DENTAL 
Fatores Químicos: causados por produtos, exemplo: 
clareamento 
Fatores Biológicos: idade, mastigação... 
Fatores Físicos: Calor gerado no preparo cavitário, 
reação de presa dos materiais restauradores ou 
polimento de restaurações; ação mecânica das brocas; 
trauma, fratura, pressão durante moldagem... 
Sempre que tiver um estímulo vai ocorrer perda de 
líquido da polpa. Qualquer um desses fatores pode 
levar a um processo inflamatório. 
 
Imagem de Prova . 
Quando temos uma agressão, que pode ser de fatores 
físicos e químicos (1) as inervações chegam até os 
odontoblastos que estão próximos à polpa e ao redor 
dos vasos e algumas distribuídos no tecido conjuntivo 
também (2), vão mandar informações para o vaso 
sanguíneo (3), fazendo com que o mesmo sofra uma 
vasodilatação. Assim, ocorre uma pressão intrapulpar 
(4) e a água sai através dos canalículos (5). 
PULPITE ULCERATIVA 
Inflamação muito dolorosa na polpa, ocorre aumento da 
sensibilidade aos estímulos. Tem como causas: cárie 
que penetra do esmalte; trauma (procedimentos 
odontológicos) e inflamação (infecção bacteriana). 
 
As células da periferia da papila dentária diferenciam-
se em odontoblastos, que são as células responsáveis 
pela formação da dentina. 
A dentina é avascular, mais dura que o osso, formada 
de 70% material inorgânico (hidroxiapatita), 18% 
material orgânico, e 12% de água. 
 
PROPRIEDADES FÍSICAS 
 Cor: branco-amarelado. Porém depende do 
grau de mineralização, da vitalidade pulpar, idade e 
pigmentos (hemorragia e obturação metálica) 
 Translucidez 
 Dureza 
 Permeabilidade 
 Radiopacidade (quanto +mineral, +clara e 
radiopaca). 
 
CICLO VITAL DOS ODONTOBLASTOS 
Temos as seguintes etapas: 
1. Célula mesenquimal indiferenciada: pequenas, de 
núcleo grande e citoplasma escasso com poucas 
organelas. 
DENTINA 
Complexo Polpa-Dentina 
@andreiadivensi 
3 
 
2. Pré-odontoblasto: aumento do volume celular; forma 
cilíndrica baixa. 
3. Odontoblasto jovem: maior volume celular e polarização 
do núcleo (este toma uma posição distal); aparecimento 
do processo odontoblástico. 
4. Odontoblasto secretor: aumento do volume celular e do 
processo odontoblástico; secreção da pré-dentina. 
 
PRODUÇÃO DE PRÉ-DENTINA E DENTINA 
1. Elaboração da matriz orgânica. Fibras 
colágenas não mineralizadas. 
2. Maturação da matriz. 
3. Precipitação de sais minerais (calcificação ou 
mineralização) 
 
Se a pré-dentina calcifica completamente, a dentina 
poderá ser reabsorvida pelos odontoblastos. 
Quando ocorre a liberação dos cristais de 
hidroxiapatita é dentina. A pré-dentina ainda está em 
formas de cristal. 
Dentina é mais calcificada que a pré-dentina. Quando 
só tem vesículas é pré-dentina. 
 
ESTRUTURA HISTOLÓGICA 
1. Odontoblastos 
2. Prolongamentos odontoblásticos 
3. Túbulos dentinários. São túneis formados pela 
deposição de dentina envolta dos prolongamentos 
odontoblásticos, se dividem em canalículos que é uma 
comunicação entre os túbulos dentinários que vão 
formar os túbulos, dentro deles tem o líquido dentinário, 
responsável pela sensibilidade do dente. 
Quanto mais perto da polpa, mais túbulos dentinários 
nós vamos encontrar. 
4. Matriz intertubular. Constituída por fibras 
colágenas onde se depositam os cristais de 
hidroxiapatita. 
5. Matriz peritubular 
6. Pré-dentina 
 
CLASSIFICAÇÃO DA DENTINA POR LOCALIZAÇÃO 
DENTINAPERITUBULAR. Fica na parede dos túbulos 
dentinários, região de dentina hipermineralizada. 
DENTINA INTERTUBULAR. Fica entre os túbulos, é a 
primeira dentina a ser formada e apresenta rede de 
fibras colágenas. 
 
DENTINA DO MANTO: Limite entre dentina e esmalte. 
É a primeira camada de dentina a ser formada, sendo 
pouco mineralizada. Nessa dentina, os odontoblastos 
vão estar em diferenciação, ou seja, ainda vão estar se 
adaptando a sua função (produzir dentina). 
Essa dentina possui as Fibras de Von Korff, que são 
produzidas de forma anormal, elas são enroladas em 
forma de espiral ao redor do prolongamento. 
A produção dessa dentina do manto termina quando o 
odontoblasto atingir a sua completa diferenciação e 
polarização. 
DENTINA CIRCUMPULAR: Parte externa da polpa, 
maior parte em espessura total da dentina. 
DENTINA RADICULAR 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA DENTINA POR PADRÃO DE 
DESENVOLVIMENTO 
DENTINA PRIMÁRIA. Produzida durante a fase pré-
eruptiva do dente, quando o forame apical ainda não vai 
estar completamente formada. Define a forma do dente. 
Estrutura tubular e permeável. 
DENTINA SECUNDÁRIA. Formada devido aos 
estímulos de baixa intensidade, função biológica 
normal, durante a vida clínica do dente após o seu 
irrompimento e apresenta túbulos mais estreitos e 
levemente tortuosos, depositada em toda a superfície 
pulpar. 
DENTINA TERCIÁRIA. Formada em resposta ao 
estímulo patológico; maior conteúdo mineral. 
 
 
 
Complexo Polpa-Dentina 
@andreiadivensi 
4 
 
DENTINA ESCLERÓTICA. É uma camada 
de dentina formada por reação a um agente agressor 
na dentina terciária. Tem a característica de ser 
formada muito lentamente e de ser bem compacta, por 
isso é chamada de esclerosada. 
 
Correlações clínicas. 
A constante deposição de dentina secundária durante a 
vida do indivíduo provoca maior dificuldade no acesso 
à camara pulpar e/ou canais radiculares durante os 
tratamentos endodonticos realizados em pacientes 
idosos. 
Em casos de necrose pulpar, a camada de pré-dentina 
não existe mais. Em virtude de sua natureza organica, 
ela se desintegra durante o processo de degeneração 
necrótica da polpa. 
 
HIPERSENSSIBILIDADE. 
Teoria da Hidrodinamica. Fluido movimenta através 
de túbulos, estimulando receptores na polpa. 
 
ENVELHECIMENTO DA DENTINA. 
 Diâmetro dos túbulos diminui (dentina 
peritubular) 
 Transmissão de estímulos se torna lenta entre 
polpa e dentina 
 Obliteração completa de túbulos com a 
mineralização. 
 Odontoblastos com redução no conteúdo de 
organelas. 
 Hipersensibilidade dentinária (atrito e retração 
gengival)

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