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Pedro Gonçalves é ex-servidor do Ministério da Justiça. Em julho de 
2018 solicitou sua exoneração do cargo público em virtude de 
proposta irrecusável de um escritório de advocacia. Para fins de 
registro em seu novo trabalho, Pedro requereu ao Ministério da 
Justiça que fossem prestadas as informações sobre sua 
movimentação, enquanto servidor. Após 15 dias de interposto o 
requerimento, o Ministério da Justiça, por meio de despacho de 
servidor competente, nega acesso aos documentos por estes 
estarem classificados como informação reservada, embora não haja 
ato classificador. Não resignado, Pedro interpôs recurso 
administrativo, dirigido ao Ministro da Justiça, que foi indeferido por 
este, reiterando os fundamentos da decisão anterior e a encerrar o 
trâmite administrativo. 
Decorridos dois meses da decisão do Ministro, Pedro Gonçalves 
procura você, na qualidade de advogado(a), para identificar e 
minutar a medida judicial, em tese mais célere, que pode ser 
adotada para tutelar seus direitos. Redija a peça judicial cabível, 
que deve conter argumentação jurídica apropriada e 
desenvolvimento dos fundamentos legais da matéria versada no 
problema. 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO CO-
LENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
 
 
 Pedro Gonçalves, brasileiro, estado civil XXXXXXXX, profissão 
XXXXXXX, inscrito no CPF sob o número XXXXXX, com 
Documento de Identidade de número XXXXX, residente e 
domiciliado na Rua XXXXXXXXXX, Município – UF XXXX, por 
intermédio de seu procurador signatário (mandato anexo), vem, 
respeitosamente, perante a Vossa Excelência, impetrar o presente, 
nos termos da Lei 9507 de 1997: 
 
HABEAS DATA 
 
Em face do coator praticado pelo Ministro da Justiça, que está 
vinculado à União, pessoa jurídica de direito público interno, com 
endereço XXXXXXXXXXXXXX, amparando-se nos subsequentes 
fundamentos de fato e de direito: 
 
OS FATOS 
Pedro Gonçalves é ex-servidor do Ministério da Justiça. Em julho de 
2018 solicitou sua exoneração do cargo público em virtude de 
proposta irrecusável de um escritório de advocacia. Para fins de 
registro em seu novo trabalho, Pedro requereu ao Ministério da 
Justiça que fossem prestadas as informações sobre sua 
movimentação, enquanto servidor. Após 15 dias de interposto o 
requerimento, o Ministério da Justiça, por meio de despacho de 
servidor competente, nega acesso aos documentos por estes 
estarem classificados como informação reservada, embora não haja 
ato classificador. Não resignado, Pedro interpôs recurso 
administrativo, dirigido ao Ministro da Justiça, que foi indeferido por 
este, reiterando os fundamentos da decisão anterior e a encerrar o 
trâmite administrativo. 
 
O DIREITO 
Da Legitimidade ad causam Ativa e Passiva e a dogmática 
ofendida 
 
A legitimidade para a impetração de habeas data é sempre do 
impetrante para informações de si, ou seja, é um remédio 
personalíssimo. A legitimidade ativa para a impetração do habeas 
data está prevista no art. 5.º, inciso LXXII, alínea a, 
da Constituição da Republica Federativa do Brasil e no art. 7.º, 
inciso I, da Lei n.º 9.507/97. Nesse sentido, o legitimado ativo 
nesta relação consiste em Pedro Gonçalves, na medida em sofreu 
vilipêndio quanto ao acesso à informação pessoal. Por isso, diante 
da ilegítima recusa de informação pessoal, pode ser impetrado 
habeas data. Trata-se de impetração, para fins de obtenção 
pessoal, personalíssima, não atinente a terceiro. 
A legitimidade passiva se dá em face da autoridade coatora, qual 
seja, o Ministro, pois ele foi responsável pela antijurídica negativa 
informação e personalíssima, violando o direito de acesso, portanto. 
De modo a prestigiar o ecleticismo das fontes jurídicas, vejamos o 
pensamento doutrinário acerca da legitimidade passiva: 
Importa também propugnar, que perfez-se recusa expressa 
antijurídica, após ter havido pleito em sede administrativa, isto é, tão 
apenas após a negatória expressa, que o impetrante se inclinou 
pelo manejo do presente remédio constitucional, conforme 
preceituar o artigo 8º, parágrafo único da Lei 9.507 de 1997 
A referida recusa, por certo, ofendeu o princípio explícito da 
administração pública, qual seja, o da legalidade, que é o 
representante substancial da dogmática pátria. Este princípio está 
previsto no caput do artigo 37 da Constituição da República 
Federativa do Brasil, responsável por primar que os fatos se 
subsumam ao ordenamento jurídico vigente, sem a promoção de 
violação. Ora, a recusa em foco não encontra escusa acolhida pelo 
texto constitucional. 
Ademais, a recusa ofende direitos individuais, como o acesso à 
informação peculiar, obstando o acesso e promovendo a 
prejudicialidade em face do impetrante para a materialização de 
seus legítimos propósitos, conforme art. 5o, XXXIII, da Constituição 
Federal; 
Reforce-se que o caso em foco não é hipótese de sigilo, conforme a 
dicção dos. 23 a 28 da Lei n. 12.527/2011. 
A partir do art. 5.º, inciso LXXII, alínea a, da CRFB de 1988, c/c o 
art. 1.º, parágrafo único da Lei n.º 9.507/97, pode-se extrair que o 
legitimado passivo é sempre registro ou banco de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público, ou seja, é sempre 
que tem o poder-dever de conceder vistas, retificação ou de dados 
referentes ao legitimado ativo. 
 
Assim, o habeas data consiste em uma ação constitucional, cujo 
objeto consiste na tutela dos direitos fundamentais, direito líquido e 
certo do impetrante referentes a informações personalíssimas que 
pretende conhecer, as quais se encontram em registros ou bancos 
de dados de entidades governamentais ou de caráter público, 
assim, por meio do habeas data objetiva-se fazer com que todos 
tenham acesso às informações que o Poder Público ou entidade de 
caráter público possuam a seu respeito, encontrasse previsto 
na Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988, no 
art. 5.º, inciso LXXII, alínea a e na Lei n.º 9.507/97, art. 7.º, inciso I. 
A Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988 assegura 
a todos o direito à informação, direito esse considerado fundamental 
(CRFB, art. 5.º, inciso XIV e XXXIII), porém o habeas data visa 
tutelar informações de caráter personalíssimo constante de registro 
ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público, para a retificação de dados, anotações ou complemento de 
informações pessoais. 
No caso em tela o que se pleiteia é a garantia constitucional de ter 
conhecimento a informações personalíssimas constante em banco 
de dados de entidade governamental. 
Tal direito vem assegurado na Constituição da Republica Federativa 
do de 1988, in litteris: 
Art. 5.º (omisso) 
LXXII – conceder-se-á habeas data 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à 
pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público; 
O dispositivo exarado acima assegura à impetrante o direito ao 
conhecimento da informação de caráter pessoal que está em seu 
poder em face da sua recusa no fornecimento da informação 
solicitada pela via administrativa. 
Ressalta-se que tal garantia também vem assegurada na Lei. 
N.º 9.507/97, in littreris: 
 
Art. 7.º Conceder-se-á habeas data: 
I – para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constante de 
registro ou banco de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
Tal lei infraconstitucional visa ratificar a tutela assegurada 
pela Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988, no 
art. 5.º, inciso LXXII, alínea a. 
 
Os Pedidos e Requerimentos 
Ante todo o exposto, requere-se: 
a) Notificação do coator para apresentar informações no prazo de 
10 dias (art. 9o da Lei n. 9.507/97); 
b) Ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa 
jurídica interessada; c) Intimaçãodo Ministério Público para 
manifestação (art. 12 da Lei n. 9.507/97) 
d) A procedência do pedido a marcar data e horário para que o 
coator apresente ao impetrante as informações a seu respeito, 
constantes de registros ou bancos de dados; ou apresente em juízo 
a prova da retificação ou da anotação feita nos assentamentos do 
impetrante (art. 13 da Lei n. 9.507/97); 
e) Juntada das provas pré-constituídas 
Dá-se a causa o valor de R$1.000,00 (mil reais) para fins legais 
Nestes termos, 
pede e espera deferimento. 
OAB/MG 
… (Município – UF), … (dia) de … (mês) de … (ano).

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