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Caderno de Pratica Simulada V

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Pratica Simulada V
Profª Tatiana Fernandes
Aula 01 - Aula de apresentação da disciplina – 18 de Agosto de 2020
Aula 02 - Mandado de injução - 25 de Agosto de 2020 
CASO CONCRETO 
Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade. Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y, afirma que segundo a lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando-se, assim, o direito previsto na constituição estadual a tal benefício: Lei orgânica do Município Y.
 Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: (...) III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores. Constituição do Estado de São Paulo. Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (...) § 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I- portadores de deficiência; II - que exerçam atividades de risco; III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. 
Com base na hipotética situação e, considerando que a Constituição Paulista atribui competência ao Tribunal de Justiça para julgar ações que visem combater a inexistência de norma regulamentadora estadual ou municipal de qualquer dos Poderes, inclusive da Administração Indireta, que torne inviável o exercício de direitos assegurados na Constituição da República e na Constituição Estadual, atue na qualidade de advogado contratado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y promova a medida judicial cabível para atender aos interesses de Teresa e demais associados, atentando-se para os requisitos formais da medida judicial a ser elaborada.
✔️ Abordagem teórica 
O Mandado de injunção está fundamentado no Art. 5º, inciso LXXI da CFRB/88 e na lei 13.300/2009. Ele visa proteger os direitos fundamentais que depende de regulamentação e tem por finalidade o combate a mora ldo legislador ordinário. 
Objetivo: Apontar e suprir a omissão normativa na regulamentação das normas de eficacia ilimitada. 
RESUMO: Quando usar? Quando alguém quer fazer alguma coisa (exercer algum direito ou prerrogativa), mas falta uma lei que regule esse exercício. 
Atenção! São prerrogativas relacionadas à nacionalidade, soberania popular e cidadania, ou a direitos fundamentais; o mandado de injunção NÃO SERVE para qualquer tipo de omissão legislativa, apenas para aquela que IMPEDE o exercício de um direito! Não basta que haja eventual obstáculo ao exercício de direito ou liberdade constitucional em razão de omissão legislativa, (STJ, AgR-MI 375), mas a impossibilidade de sua plena fruição pelo seu titular.
✔️ Competencia
Será fixada de acordo com a autoridade omissa: 
✔️ Legitimidade Ativa
Mandado de injução (individual): Será impetrado por pessoa natural, ou júridica, nacional ou estrageira. Cujo o direito viabilizado esteja a espera de uma norma que o regulamente. 
Mandado de injução (Coletivo): A ilegitimidade ativa deste sera concedidaa aos mesmo que podem impetrar mandado de segurança coletivo (artigo 5º, LXX, CRFB/88 e artigo 21, da Lei nº 12.016/09).
Atenção!! 
Observação¹: Só tem legitimatio ad causam para o mandado de injunção quem pertença a categoria a que a Constituição Federal haja outorgado abstratamente um direito, cujo exercício esteja obstado por omissão com mora na regulamentação daquele (STF MI 188). 
Observação²: A intervenção do Ministério Público é obrigatória, por conta da aplicação subsidiária do artigo 12 da Lei nº 12.016/09.
✔️ Legitimidade passiva
Será aquele que tem o dever de editar a norma regulamentadora que viabilizará o exercicio pleo dos direitos fundamentais. 
Observação: Existe três correntes sobre a legitimidade passiva do mandado de injunção, porém, a corrente reconhecida pela maioria da doutrina e aceita no STF, e a que enteende que o mandado de segurança só pode ser impetrado em face do poder, orgão ou autoridade omissa quando ao dever de legislar. 
NÃO CABERÁ LIMINAR NO MANDADO DE INJUÇÃO, POIS, ENTENDE – SE QUE PRECISA SEGUIR TODO O TRAMITE DO PODER LEGISLATIVO. 
✔️ Mandado de segurança x Ação de controle de constitucionalidade por omissão. 
Resolução do caso concreto 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMARGADOR PRESIDENTE DO TJ DO ESTADO DE SÃO PAULO
(Pular 10 linhas) 
	SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS DO MUNICÍPIO Y, pessoa juridica de direito privado, CNPJ nº ..., com sede á ……….., número ......, Bairro .............., Município Y ................., São Paulo, CEP ................., representado neste ato por seu presidente Caio......, nacionalidade..........., estado civil, ..........., residente e domiciliado na (endereço completo), endereço eletrônico "...................", vem, por meio do seu advogado regularmente constituído, conforme procuração anexa, com fulcro no para fins do art. 77, inc V do CPC, com base na Lei 13.300/2016 / art 5, inciso LXXI da CF, perante a este juizo impetrar:
MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO
 Em face do PREFEITO MUNICIPIO Y, representado por seus procuradores, localizados na (endereço completo) / na rua ..., contra omissão normativa da autoridade coatora Prefeito do Município Y, pelos fatos e fundamentos a seguir:
I. DOS FATOS
 Os sindicalizados do impetrante exerce atividade profissional na estação de tratamento de esgoto, onde, são submetidos á exposição constante de agentes nocivos á saúde. Recebendo, como todos os que trabalham nessa função, adicional por insalubridade. 
 Segudo a lei organica do municipio, compete ao impetrado apresentar proposta de lei completementar para regular o exercicio do direito á aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando assim o direito previsto na Constituição Estadual a tal beneficio, trata – se de norma de eficacia limitada que gera um dever de agir do Municipio Y que deve regular uma norma para garantir o exercicio do direito previsto na Constituição Estadual. 
 
 Até o presente momento não foi apresentado tal projeto, e devido a omossõ dessa demanda, impetramos este instrumento diante da inércia do Prefeito Municipal e para evitar a ocorrencia de prejuizos aos servidores municipais. 
II. DOS FUNDAMENTOS
  A autoridade impetrada está em mora, não se referiu à consolidação de Lei Complementarconducente à efetivação do direito subjetivo à aposentação especial dos servidores públicosmunicipais que laboram em condições insalubres, consoante os termos do art. 40, §4º, inc. EU,da Constituição Federal e Art. 126, § 4º, inc. III, da Constituição Estadual.Por esta razão o mandado de injunção coletivo é o instrumento adequado à satisfação dapretensão veiculada regula o artigo 12, inciso III da Lei 13.300 / 16. 
 O Prefeito tem autonomia para legislar sobre a aposentadoria especial de seus servidores noexercício da competência suplementar como rezam os artigos 24, parágrafo 3º combinado como artigo 30, inciso II, da Constituição Federal.A competência legislativa das pessoas políticas para editar normas sobre previdência social,em especial acerca do regime jurídico dos seus servidores públicos, é concorrente, de modoque inexistente norma de caráter geral expedida pela União haverá competência plena doChefe do Executivo local para a propositura da lei 
 Insta saliente que o impetrado incide em mora, não restando outra alternativa a não ser buscara tutela jurisdicional para a aplicação analógica àqueles que laboraram por 15, 20 ou 25 anosconforme estabelecido no artigo 57 da Lei8.213
III. PEDIDOS
Ante o exposto requer:
1. ******** Art 5º da Lei 13300 – PRIMEIRO PEDIDO - NOTIFICAÇÃO DA AUTORIDADE PARA, SE QUISER, PRESTAR INFORMAÇÕES NO PRAZO DE 10 DIAS – NÃO HÁ CITAÇÃO OU INTIMAÇÃO DE AUTORIDADE COATORA!!!!!!!!!!!!!!! ELA ENTRA SE QUISER!!!!!!!!!!!!!!!!! *********** Que se notifique a autoridade coatora, para, no prazo de 10 dias, prestar informações;
1. *** Art. 7 da Lei 13300*** - Que se intime o Ministério Público;
1. Que se dê ciência ao órgão de representação judicial do Município, qual seja a Procuradoria Geral do Município;
1. **** ART. 8º, inc. I, Lei 13300 **** Julgar procedente o pedido determinando o prazo razoável para que a autoridade coatora edite e leve à Câmara dos Vereadores proposta de Lei Complementar que normatize a categoria do município Y que trabalham na área de esgotamento sanitário; 
***** Sumula 512 do STJ e 105 do STF **** Não há condenação em honorários de sucumbência em mandado de injunção – PROVA *****OUVIR NA GRAVAÇÃO *****
1. Condenação do município em custas judiciais.
*** Não há provas, pois não existe a norma regulamentadora objeto da lide ***
IV. VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ ...
Termos em que,
Pede deferimento
Local e Data
Advogado
OAB/UF
LEMBRAR!! PARA PRÓXIMA AULA - No site do tjrj, em "legislação": pesquisar a lodj e regimento interno do tj
Aula 03 - Mandado de segurança - 01 de Setembro de 2020 
CASO CONCRETO: XIX Exame da OAB ? Direito Administrativo. Adaptado. Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria Souza, servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a professora foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, procurou seu escritório para tomar as medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o afastamento, está com sérias dificuldades financeiras. Como advogado(a), elabore a peça processual adequada para amparar a pretensão de sua cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados. Elabore a peça adequada, considerando que: I. não há necessidade de dilação probatória; II. já transcorreram mais de 30 (trintas) dias desde a publicação da demissão; III. deverá ser adotada a medida judicial cujo procedimento seja, em tese, o mais célere
✔️ Abordagem teórica 
Conceito: Mandado de segurança é uma ação de rito sumaríssimo, com status de remédio constitucional, pela qual a pessoa que sofrer ilegalidade ou abuso de poder ou receio de sofrer-lá, oriundo de autoridade pública ou nos casos em que se é delegado a terceiros, não amparado por hábeas corpus ou hábeas data, para proteger o direito liquido, certo e incontestável do impetrante.
Para Hely Lopes Meirelles, é: 
“o meio constitucional posto à disposição de toda pessoa física ou jurídica, órgão com capacidade processual, ou universalidade reconhecida por lei, para proteção de direito individual ou coletivo, líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, lesado ou ameaçado de lesão, por ato de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça”.
Atenção !!
O mandado de segurança também é conhecido com writ. Trata-se de palavra em inglês que significa ordem escrita ou mandamento. No Direito, tal palavra é empregada nas peças referentes a Habeas Corpus e a Mandado de Segurança, em que é pedida a concessão do writ, ou seja, pede-se a concessão da ordem, do pedido formulado em tais petições. (disponível em: http://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/978/Writ. Acesso em: 06/04/2015.)
✔️Modalidades 
Mandado de segurança individual: É utilizado na proteção do direito do individuo, em que o impetrante é o titular do direito liíquido e certo, como por exemplo, a pessoa natural, e as universaçidades de bens. Está exposto no art. 5º, inciso LXIX, CFRB/88) 
Mandado de segurança coletivo: É utilizado para facilitar o acesso de pessoas juridicas, na defesa de interesses de seus membros ou associados, á função jurisdicional. 
Em regra, o mandado de segurança será cabivel contra todo ato comissivo ou omissivo de qualquer autoridade no ambito contra todo ato comissivo. 
Atenção !!
O mandado de segurança coletivo terá por objeto a defesa dos mesmos direitos que podem ser objeto do mandado de segurança individual, porém direcionado à defesa dos interesses coletivos em sentido amplo, englobando os interesses coletivos em sentido estrito, os interesses individuais homogêneos e os interesses difusos, contra ato ou omissão ilegais ou com abuso de poder de autoridade, desde que presentes os atributos da liquidez e certeza.
✔️ Especies 
Mandado de segurança preventivo: Como não só de fatos já ocorridos que se nada o direito, cabe também de prevenir possíveis ilegalidades passivas de acontecerem, utilizando-se, neste caso, o mandado de segurança preventivo, que havendo a comprovação de violação ao direito liquido e certo supra conceituado, poderá ser deferido um pedido de liminar.
Mandando de segurança repressivo: Quando a ilegalidade ou abuso de poder já ocorreu. Nesse caso, o que se pretende é cessar o constrangimento ilegal. 
✔️ Prazo 
O prazo sera de 120 dias, a contar da data da ciência, pelo interessado, do ato que se deseja impugnar. Esse prazo e decadencial do direito de impetração, e portanto, não se suspende nem se interrompe desde que iniciado. 
✔️ Legitimidade do polo passivo 
o legitimado passivo é a autoridade coatora que pratica ou ordena concreta e especificamente a execução ou inexecução do ato impugnado. 
Súmula Nº 114
LEGITIMIDADE PASSIVA
EM MANDADO DE SEGURANÇA
ENTE PÚBLICO
"Legitimado passivo do mandado de segurança é o ente público a que está vinculada a autoridade coatora".
o posicionamento do TJ/RJ tem sido no seguinte sentido: 
0055009-54.2014.8.19.0000 - MANDADO DE SEGURANCA. 1ª Ementa. DES. MARIA AUGUSTA VAZ - Julgamento: 03/03/2015 - PRIMEIRA CAMARA CIVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. LEGITIMIDADE PASSIVA DO PREFEITO MUNICIPAL. PERMISSÕES PARA MOTORISTAS AUXILIARES DE TÁXI. LEI MUNICIPAL nº 5.492/12. OBSERVÂNCIA DA ORDEM LEGAL DE CONCESSÃO. Writ objetivando que a autoridade impetrada ceda aos impetrantes permissõespara condução de táxi, nos termos do artigo 6º da Lei Municipal nº 5.492/12. Legitimidade passiva do prefeito do Município do Rio de Janeiro para figurar no polo passivo da ação mandamental, pois editou os decretos que regulamentam a lei municipal de regência da matéria e, em suas informações, defendeu o ato impugnado no mandamus. Teoria da Encampação. Na forma da lei, existe necessidade de observância da lista definitiva, ordenada pelo maior tempo de serviço, de motoristas auxiliares candidatos à obtenção das permissões cassadas. Os impetrantes se encontram em posição bem abaixo das 148 permissões cassadas e já outorgadas aos candidatos com melhor classificação. Precedentes do TJRJ. Denegação da ordem.16 (grifou-se).
✔️ Competencia 
A competencia para apreciação do mandado de segurançã é definicia em função da autoridade coatora. A Constituição Federal de 1988 prevê que será competência originária do STF processar e julgar as causas cuja autoridade coatora conste do rol do artigo 102, I, “d”; assim como caberá ao STJ processar e julgar originariamente os Mandados de Segurança de atos emanados das autoridades constantes do artigo 105, I, “b”, CRFB/88. 
ATENÇÃO!! A aula do dia 08 de Setembro de 2020 foi a constinuação da aula sobre o mandando de segurança mandado de segurança, mais nescessariamente a confecção da peça. 
Resolução do caso concreto 
MM. JUÍZO FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE (...)
(10 ESPAÇOS)
                    MARIA SOUZA, nacionalidade, estado civil, professora, portador da carteira de identidade nº (número), inscrito no CPF sob o nº (número), domiciliado e residente na rua (nome da rua), (número), (bairro), (cidade), (UF), (CEP), (endereço eletrônico), vem por seu advogado ( instrumento de mandado anexo) ,com endereço profissional (endereço completo), (endereço eletrônico), onde recebe intimações (art. 77, V, CPC/15), vem à presença vossa excelência, com fundamento no artigo 5º, inciso, LXIX, da Constituição Federal, e  lei no 12.016/09, impetrar
                                                MANDADO DE SEGURANÇA
          Contra ato do Relator que, exerce suas funções na, com endereço na UNIVERSIADADE FEDERAL DO ESTADO..., à rua..., número..., bairro..., cidade..., cep..., estado...,endereço eletrônico..., pelos motivos de fato e de direito que passa  a expor.
II - DOS FATOS
                    A Autora, Maria Souza, foi atacada em sala de aula por um dos seus alunos, Marcos Silva, que, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota que lhe foi atribuída em uma disciplina do curso de graduação. Nesse instante, com o propósito de repelir a iminente agressão, a professora conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, ela foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, ela foi absolvida, vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado.
                 O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que ela já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 11/01/2017, ela foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, procurou seu escritório para tomar as medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o afastamento, está com sérias dificuldades financeiras, que a impedem, inclusive, de suportar os custos do ajuizamento de uma demanda.
III - DOS FUNDAMENTOS
III.1 - DA CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR 
               Presentes os requisitos legais, conforme artigo 5º LXIX, o Mandado de Segurança será concedido para proteger direito líquido e certo, sempre que haja ilegalidade ou com abuso de poder por parte de autoridade. Verifica-se presente o “fumus boni iuris” ante a incontestável necessidade de notificação da autora para defesa em Processo Administrativo Judicial, em virtude do cumprimento do preceito Constitucional contido no artigo 5º LV e artigo 22 da Lei 8.112/90. Corroborada com o fato da autora já ter sido absolvida em esfera criminal, em virtude da excludente de ilicitude em razão da legítima defesa, o que também afasta a demissão em PAD, por força do artigo 132 VII da lei 8.112/90. Já o “periculum in mora”, se verifica em razão da séria dificuldade financeira passada pela autora, que perdeu como a demissão sua fonte de renda.
IV - DA TUTELA DE URGÊNCIA
         O artigo 300 do Novo Código de Processo Civil define como requisitos para antecipação de tutela a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. O perigo ou receio de dano irreparável (periculum in mora) resta demonstrado uma vez que a Autora não está percebendo proventos em razão da sua demissão e, por conta disso, passa por dificuldades financeiras. A probabilidade do direito/verossimilhança das alegações (fumus boni iuris) está consubstanciada na nulidade do PAD por ausência de citação, com flagrante violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, capitulados no Art. 5º, LIV e LV da CRB/88 c/c Art. 143 da Lei nº 8.112/90, bem como pela inobservância do fato de que a sentença penal absolutória transitada em julgado necessariamente vinculará o conteúdo da decisão administrativa, nos termos do Art. 125 e 126 da Lei nº 8.112/90 c/c o Art. 65 do CPP. Logo, em razão dos vícios do PAD, ora apresentados, e do prejuízo/lesão sofrido pela Autora em decorrência de sua demissão, imperiosa é a concessão da presente tutela de urgência, com a determinação da reintegração da Autora ao cargo público, sem prejuízo do direito ao pagamento dos salários atrasados e de todas as vantagens do cargo.]
V - DO MÉRITO
                   Primeiramente, o Art. 5º, inciso LIV e LV da CRFB/88 garante o direito ao devido processo legal, ao contraditório e a ampla defesa. Vejamos:
No mesmo sentido, o Art. 143 c/c 161, §1º da Lei 8.112/90 estabelece que qualquer procedimento administrativo destinado à apuração de eventual ato ilícito cometido pelo servidor público, seja sindicância ou PAD, deve assegurar ao acusado a ampla defesa.
               Na situação apresentada, a Autora só foi cientificada, por meio de publicação em Diário Oficial, após a sua demissão. Tal ato do Poder Público viola os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.
                Outrossim, na hipótese de absolvição penal com fundamento em excludente de ilicitude, como a legítima defesa, não há espaço para aplicação do resíduo administrativo (falta residual), vez que constitui uma das hipóteses de mitigação ao princípio da independência entre as instâncias, capitulado no Art. 2º da CF/88.
                Ademais, a decisão proferida na esfera penal necessariamente vinculará o conteúdo da decisão administrativa, nos termos do Art. 125 e 126 da Lei nº 8.112/90 c/c o Art. 65 do CPP. Assim, ante aos vícios do PAD, ora apresentados, imperioso é a anulação do ato demissional, bem como a determinação da reintegração da servidora ao cargo público, sem prejuízo do direito ao pagamento retroativo de todas as verbas e vantagens do cargo desde a suspensão da sua remuneração, em razão da lesão patrimonial sofrida pelo não recebimento dos vencimentos, na forma do Art. 28 da Lei nº 8.112/1990.
VII - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
a) a concessão da justiça gratuita em razão das dificuldades financeira enfrentadas pela parte Autora, na forma da Lei nº 1.050/1960;
b) a concessãoda tutela de urgência para garantir a reintegração da servidora aos quadros funcionais da autarquia federal, até a decisão final, com fulcro no Art. 9º c/c Art. 701 do NCPC;
c) a citação do réu para que, querendo, contestar o feito no prazo de lei;
d) a confirmação da tutela de urgência com a anulação do ato que resultou na demissão da servidora e a condenação do Réu à reintegração da servidora aos quadros funcionais da autarquia federal, bem como ao pagamento retroativo de todas as verbas e vantagens do cargo a que a autora faria jus se em exercício estivesse.
e) a produção de provas por todos os meios admitidos em direito e necessários a solução da controvérsia, inclusive a juntada dos documentos anexos;
f) a condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e aos honorários advocatícios. 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00. ( para efeitos fiscais)
Deixa de requerer a condenação em honorários advocaticios em razão do disposto no art.25, da lei 12.016/2009
Termos em  que  pede deferimento.
Local  e  data...
Advogado...
OAB/UF...
Aula 04 - Habbeas data - 15 de Setembro de 2020 
CASO CONCRETO: OAB 2010.3 - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL - ÁREA: DIREITO CONSITUTCIONAL. Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos políticos que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais. Após longos anos, no ano de 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. Tício, inconformado, procura aconselhamentos com seu sobrinho Caio, advogado, que propõe apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio. Na qualidade de advogado contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, observando: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural.
✔️ Abordagem teorica
artigo 5º, LXXII, CRFB, e na Lei nº 9.507/97 que disciplina o remédio constitucional.
✔️ Conceito 
O direito que assiste a todas as pessoas de solicitar judicialmente a exibição dos registros públicos ou privados, nos quais estejam incluídos seus dados pessoais, para que deles se tome conhecimento e, se necessário for, sejam retificados os dados inexatos ou obsoletos ou que impliquem discriminação.
✔️Cabimento 
Art 5, inciso LXII: 
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
✔️ Legitimidade ativa — caráter personalíssimo 
O habeas data pode ser impetrado por qualquer pessoa física ou jurídica, desde que se enquadre nas hipóteses dos artigos 5º, LXII, da CRFB/88 e artigo 7º da Lei 9.507/97. Tem, no entanto, caráter personalíssimo, visando somente informações constantes dos bancos de dados do próprio interessado, não admitindo sequer sucessão desse direito. O caráter personalíssimo é derivado do próprio direito defendido, certo de que os registros de dados não devem ser devassados ou difundidos a terceiros. 
✔️ Polo Passivo 
O legitimado passivo é qualquer entidade governamental, pessoa jurídica de direito público ou privado, prestadores de serviços de caráter público que detenham dados referentes às pessoas físicas ou jurídicas (exemplo: SPC, SERASA). Os artigos 102, I, “d” e 105, I, “b”, da CRFB/88 exemplificam algumas autoridades que podem ser sujeito passivo na ação de habeas data. 2.3.6 Competência A competência para impetração do Habeas Data deve ser fixada de acordo com a autoridade coatora, com previsão nos artigos 102, I, d; 105, I, b; 108, I, c; 109, VIII, da CRFB/88 e artigo 20 da Lei 9.507/97. O julgamento do habeas data compete (artigo 20 da Lei 9.507/97):
✔️ Competência 
A competência para impetração do Habeas Data deve ser fixada de acordo com a autoridade coatora, com previsão nos artigos 102, I, d; 105, I, b; 108, I, c; 109, VIII, da CRFB/88 e artigo 20 da Lei 9.507/97.
Resolução do caso concreto 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
(10 linhas)
TÍCIO, brasileiro, casado, engenheiro, portador do RG. Nº XXXX, inscrito no CPF sob o nº XXXXXX, residente e domiciliado na Rua. XXX, no município de XXXX, Estado XXX, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, LXXII, da Constituição Federal de 1988 e Lei 9.507/1997, e art. 282e ss do Código do Processo Civil, impetrar:
HABEAS DATA
em face do ato praticado pelo MINISTRO DE ESTADO DE DEFESA, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
I - DO FORO COMPETENTE
O art. 105, I, b, da Constituição Federal, bem como o art. 20, I, b, da Lei 9507/97, estabelece que:
“Compete ao Superior Tribunal de Justiça, processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal”.
Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da presente ação é originária do Superior Tribunal de Justiça.
II- DO INTERESSE DE AGIR
Nos termos do art. 8º, parágrafo, único da Lei 9507/1997, comprovado o interesse de agir di Impetrante, legitimador do presente Habeas Data, pois j unta-se cópia do anterior indeferimento do pedido à ficha de informações pessoais, no período em que, Tício, foi monitorado pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado. Como se verifica dos documentos juntados, a atitude da Autoridade Coatora viola flagrantemente, o direito do Impetrante em ter acesso, às suas informações pessoais e, portanto, de seu pessoal interesse, que estão nos arquivos públicos do período em que foi monitorado e preso para averiguações.
III- DOS FATOS
Ocorre que o impetrante na década de setenta integrou certos movimentos políticos que faziam oposição ao governo da época. Por isso foi vigiado por agentes estatais e diversas vezes foi preso para averiguações, sendo assim, seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de segurança do estado, organizados por agentes federais. Depois de um longo período de tempo, em 2010, Tício Amoreira requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. Conforme o artigo 8º, parágrafo único, da lei 9507/1997, comprova-se o interesse do impetrante, pois junta-se cópia do anterior indeferimento do pedido à ficha de informações pessoais, no período em que, Tício Amoreira, foi monitorado pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado. Observados os documentos juntados, a atitude da autoridade coatora viola o direito do Impetrante em ter acesso, às suas informações pessoais e, portanto, de seu pessoal interesse, que estão nos arquivos públicos do período em que foi monitorado e preso para averiguações.
IV - DO DIREITO
Ocorre que o artigo 5º, LXXII, da Constituição Federal dispõe que será concedido Habeas Data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantesde registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público bem como para retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. O artigo 5º, XIV da Constituição diz que é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional. Assim, observa-se que ocorreu violação aos dispositivos constitucionais trazidos.
art. 5º, LXXII, da CF/1988 assim dispõe:
Conceder-se-á “habeas-data”:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
Resta visível que o ato que nega o fornecimento de informações do impetrante, inclusive com o esgotamento da via administrativa, se mostra ilegal e abusivo, já que é contrário aos dispositivos Constitucionais que garantem o direito de acesso à informação de dados do impetrante.
V- DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, requer o impetrante que:
A) seja citada a autoridade coatora sobre os fatos narrados a fim de prestar as informações que entender necessárias;
B) seja determinada a intimação do representante do Ministério Público no prazo de cinco dias;
C) seja julgado procedente o pedido, determinando ao impetrado o fornecimento das informações pleiteadas;
Dá-se a causa o valor de Alçada (R$ XXXXX).
Nestes termos, pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
OAB/UF n.º...
Aula 05 - Habbeas Corpus – 22 de Setembro de 2020 
CASO CONCRETO: Matilde, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, está sendo executada por seus filhos Jane e Gilson Pires, menores, com treze e seis anos, respectivamente, representados por seu pai, Gildo, pelo rito do artigo 911 do CPC. Na execução de alimentos, que tramita perante o juízo da 10 ª Vara de Família da Capital, Matilde foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos últimos cinco meses impagos dos alimentos fixados por sentença pelo juízo da mesma Vara de Família. Ocorre que Matilde está desempregada há 1 ano, fruto da grave situação econômica em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho e nem possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar. Diante da real impossibilidade da executada em adimplir a sua dívida, o magistrado decretou a prisão da mesma, pelo prazo de sessenta dias. A filha de Matilde, Jane, de treze anos de idade, telefonou para Josefina, sua avó materna, avisando-a da decisão judicial de decretação da prisão de sua mãe. Desesperada, Madilde procura você, advogado, e afirma que não deixou de pagar por negligência, mas sim por absoluta impossibilidade financeira, bem como por está tratando de uma depressão profunda. Promova a medida judicial necessária aos interesses de Madilte para resguardar o seu direito de locomoção
✔️ Abordagem teórica 
Fundamento: Artigo 5, Inciso LXVIII, CFRB/88. 
✔️ Legitimidade Ativa ou passiva
Legitimidade Ativa: qualquer pessoa física, nacional ou estrangeiro, que se achar ameaçada de sofrer lesão a seu direito de locomoção tem direito de impetrar habeas corpus em benefício de si ou de terceiro e sem a necessidade de capacidade postulatória (patrocínio de advogado)
Legitimidade Passiva: toda pessoa responsável pela ilegalidade ou abuso de poder que originou a ameaça ou violência de liberdade de locomoção. Embora seja plenamente cabível a interposição de habeas corpus contra ato de ilegalidade de um particular, como por exemplo, clinicas e hospitais, é certo que, em grande parte dos casos, a autoridade coatora, é uma autoridade pública.
✔️Competencia 
No habeas corpus, é a autoridade coatora que servirá de base para fixação da competência. 
A competência do Supremo Tribunal Federal, segundo artigo 102, I, “d” e “i” da CRFB/88, para julgar o processo se dá nos seguintes casos: Ações originadas no próprio STF: 
a) Quando for paciente qualquer dessas pessoas: 
•  Presidente da República e Vice; 
•  Deputados Federais e Senadores; 
•  Ministros de Estado; 
•  Procurador-Geral da República; 
•  Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica; 
•  Integrantes dos Tribunais Superiores e os do Tribunal de Contas da União; 
•  Chefes de missão diplomática de caráter permanente. 
b) Quando for coator qualquer dessas pessoas: 
•  Tribunal Superior; 
•  Autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal.
Compete aos juízes federais processar e julgar os habeas corpus em matéria criminal nos casos de sua competência (artigo 109, VII, da CRFB/88). 
No que tange ao âmbito estadual, dependerá da organização judiciária do respectivo Estado; no caso de o ato coator advir de Promotor de Justiça e juiz de primeira instância no âmbito estadual, a competência será do Tribunal de Justiça do Estado, da mesma forma que será do Tribunal Regional Federal, se a autoridade coatora for do Ministério Público Federal ou juiz federal de primeira instância (artigo 108, I, “d” da CF).
Resolução do caso concreto 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO – RJ 
NOME DO IMPETRANTE, naccionalidade, estado civil, advogado, portador da carteira de identidade Nº _______, inscrito no CPF nº ___________, com endereço profisssional na rua ________, vem impetrar 
HABEAS CORPUS
Em favor de MATILDE, nacionalidade, Estado civil, Profissão, Portadora da carteria de identidade nº_______, Inscrita no CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua ____________, em razão de ato praticado pelo JUIZ DE DIREITO DA 10º VARA DE FAMILIA DA COMARCA DA CAPITAL, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
DOS FATOS 
 Ocorre que, a paciente esta sendo executada pelos seus filhos Jane e Gilson Pires, menores, e que estão sendo representados por seu pai, Gildo, pelo rito do artigo 911 do CPC. 
Na execução de alimentos, que está tramitando perante o juizo da 10ª Vara de Familia da Capital, a paciente foi citada para realizar o pagamento da quantia de 5.000,00 referente aos ultimos cinco meses de alimentos fixados por setença pelo juizo da respectiva vara de familia. No entanto, a paciente está desempregrada há exatos 1 ano, conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho, o que lhe impossibilita de quitar as dividas alimentares. 
Diante do narrado, e da real impossibilidade da paciente em adimplir a sua divida, o Magistrado decretou a prisão da mesma pelo prazo de sessenta dias. 
DOS FUNDAMENTOS 
A prisão civil é método para constranger o devedor a pagar prestação alimentícia vencida. Ocorre que nem todo débito alimentar sujeita o devedor a esse método coercitivo. Conforme enunciado n.º 309 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça, “o débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo”.
À luz do enunciado n.º 309 da Súmula do STJ, que tal método coercitivo é autorizado para constranger o devedor ao pagamento de, no máximo, três prestações vencidas até ajuizamento da ação (ou da citação), bem como as que vencerem no curso do processo. Tal entendimento se encontra expresso no Novo Código de Processo Civil (art. 528, §7.º). Débitos alimentares pretéritos (aqueles anteriores às três últimas prestações) somente poderão sercobrados com uso de outros métodos que não a prisão civil.
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE ALIMENTOS - INADIMPLÊNCIA PARCIAL - JUSTIFICATIVA DESEMPREGO - PRISÃO CIVIL - POSSIBILIDADE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.- Deixando o agravante de efetuar o pagamento das prestações alimentícias, ainda que parcialmente, sob alegação de estar desempregado e sem condições financeiras suficientes, e ausente qualquer prova robusta ou justificativa plausível da sua incapacidade permanente para arcar com a obrigaçãoalimentícia, impõe-se o decreto de prisão. - Recurso parcialmente provido.  (TJMG -  Agravo de Instrumento  1.0024.06.127915-4/001, Relator(a): Des.(a) Eduardo Andrade , 1ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 24/03/2009, publicação da súmula em 24/04/2009)
Sendo certo que a sua prisão imedira de constinuar a sua busca incessante por empregom e por consequencia não terá como pagar os alimentos devidos. 
DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer:
1) Que se notifique a autoridade coatora para, no prazo de 15 dias, prestar informações;
2) Que seja concedida a ordem de Habeas Corpus, decretando o salvo conduto da paciente.
DAS PROVAS
Segue, em anexo, decisão judicial que decretou a prisão da paciente.
Pede Deferimento.
LOCAL, DATA
ADVOGADO
OAB/RJ.
.
Aula 06 - Ação Popular – 29 de Setembro de 2020 
Orientações para prova dia 06/10/2020: 
0. Matéria: Remédios constitucionais (Aulas 02. 03 e 04). 
0. A prova vai ser composta por 5 questoes discursivas: A professora vai tentar manter 1 caso concreto, e vai pedir. Qual remedio constitucional cabivel? Competencia?; legitimação?, pedido?, fundamentação?, etc … 
0. A prova deverá ser realizada no horário da aula. 
CASO CONCRETO: CESP/Unb - Exame da OAB 2009.2 - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL - ÁREA: DIREITO CONSITUTCIONAL. João, nascido e domiciliado em Florianópolis - SC, indignou-se ao saber, em abril de 2009, por meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto nas últimas eleições havia determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00, a qual seria custeada pelo Senado Federal. A referida reforma incluía aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias que João considera suntuosas, incompatíveis com a realidade brasileira. O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada, João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado a que procurasse a Polícia Federal. Supondo tratar-se de um "jogo de empurraempurra", João preferiu procurar ajuda de profissional da advocacia para aconselhar-se a respeito da providência legal que poderia ser tomada no caso. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) constituído(a) por João, redija a medida judicial mais apropriada para impedir que a reforma do gabinete do referido senador da República onere os cofres públicos
✔️ Abordagem teorica 
· Conceito
A Ação Popular é considerada como remédio constitucional na proteção do patrimônio público, conforme previsto no artigo 5º, LXXIII, da CRFB: “anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural”. A Ação Popular é regulamentada pela Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965, cujo artigo 1º, caput e § 1º, traz a finalidade da Ação Popular, bem como o que se considera patrimônio Público.
A Ação popular pode ser proposta antes da ocorrência dos efeitos lesivos perpetrados pelo ato guerreado, quando será então conhecida como ação popular
preventiva, e, se proposta após os efeitos nefastos do ato lesivo, terá a finalidade de também buscar o ressarcimento do dano causado, quando, então, será ação popular repressiva. É reconhecido pela doutrina pátria que a Ação Popular tem por finalidade proteção dos direitos transindividuais, considerando-se que a res (coisa) publica é patrimônio da coletividade. 
Como se infere do teor do artigo 5º, LXXIII, da Constituição Federal, o objetivo do manejo da ação popular é a anulação do ato administrativo capaz de violar os princípios da regularidade da administração, especialmente os encartados no artigo 37 da CRFB/88. A Lei nº 4.717/65 prevê em seus artigos 2º, 3º e 4º, os casos de atos ou contratos nulos e anuláveis para efeitos de Ação Popular. 
O objeto da ação popular é o combate ao ato ilegal ou imoral e lesivo ao patrimônio público, sem, contudo, configurar-se a ultima ratio, ou seja, não se exige, para seu ajuizamento, o esgotamento de todos os meios administrativos e jurídicos de prevenção ou repressão aos atos ilegais ou imorais e lesivos ao patrimônio público.
São requisitos especiais para a propositura da ação (requisitos de procedibilidade de ação): (i) ser cidadão brasileiro em gozo de direitos civis e políticos, demonstrado através do título de eleitor; (ii) ilegalidade e lesividade do ato (a lesividade do ato pode ser traduzida tanto em relação ao patrimônio material quanto ao moral, estético, espiritual, histórico etc., pois a CRFB/88 admitiu sua utilização também em valores não econômicos, como a moralidade administrativa, o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural). A jurisprudência exige os dois requisitos: lesividade e ilegalidade (Recurso Especial nº 111.527-DF).
· Legitimidade ativa 
O legitimado para a propositura da ação popular é o cidadão, conforme se depreende da leitura do artigo 5º, LXXIII, da CRFB/88 e do artigo 1º, § 3º, da Lei nº 4.717/65, comprovando-se a cidadania pelo alistamento eleitoral.
· Legitimidade passiva
serão os envolvidos com o ato lesivo, conforme preceituam os artigos 6º, caput, e 1º, caput, da Lei de Ação Popular, in verbis: 
Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo. § 1º Se não houver benefício direto do ato lesivo, ou se for ele indeterminado ou desconhecido, a ação será proposta somente contra as outras pessoas indicadas neste artigo.3
· Competência 
O artigo 5º da Lei nº 4.717/65 disciplina a questão, deixando a cargo da organização judiciária de cada Estado-membro ou Distrito Federal a fixação da competência, levando-se em conta, por óbvio, a origem do ato impugnado, os participantes da Ação Popular como autor, réu ou interessado, e o interesse do ente que sofreu a lesão. Cabe destacar o artigo 5º, § 2º, da Lei nº 4.717/65 que estabelece a competência da Justiça Federal (artigo 109, da CRFB/88) para as causas em que houver interesse simultâneo da União e de qualquer outra pessoa ou entidade no âmbito federal; assim como o juiz competente para as causas do Estado será o competente se houver interesse simultâneo do Estado e Município. Lembrando que a propositura da ação prevenirá o juízo para todas as ações posteriormente intentadas (artigo 5º, § 3º, da Lei nº. 4.717/65).
Resolução da peça
07 - AÇÃO CIVIL PUBLICA. 	
Caso concreto:
CASO CONCRETO: CESP/Unb - Exame da OAB 2009.2 - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL - ÁREA: DIREITO CONSITUTCIONAL. João, nascido e domiciliado em Florianópolis - SC, indignou-se ao saber, em abril de 2009, por meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto nas últimas eleições havia determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00, a qual seria custeada pelo Senado Federal. A referida reforma incluía aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias que João considera suntuosas, incompatíveis com a realidade brasileira. O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada, João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil,onde foi orientado a que procurasse a Polícia Federal. Supondo tratar-se de um "jogo de empurraempurra", João preferiu procurar ajuda de profissional da advocacia para aconselhar-se a respeito da providência legal que poderia ser tomada no caso. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) constituído(a) por João, redija a medida judicial mais apropriada para impedir que a reforma do gabinete do referido senador da República onere os cofres públicos.
Abordagem teorica 
· CONCEITO 
 A ação civil pública é aquela intentada pelos legitimados elencados no artigo 5º da Lei 7.347/85 para a tutela específica do patrimônio público, meio ambiente, consumidores e demais interesses difusos e coletivos, pleiteando a fixação da responsabilidade, e, conseqüentemente, a reparação pelos danos causados. 
· OBJETO 
 O objeto da ACP é responsabilizar os responsáveis pelos danos morais e patrimoniais causados ao meio ambiente; ao consumidor; a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; a qualquer outro interesse difuso ou coletivo e por infração da ordem econômica - art. 1º da Lei 7.347/85.
· COMPETÊNCIA
 O artigo 2º da Lei nº 7.347/85 diz que as ações previstas nessa lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência para processar e julgar a causa. Contudo, se houver intervenção ou interesse da União, autarquia ou empresa pública federal, e não houver na comarca, Vara da Justiça Federal, será do mesmo juízo estadual local, com recurso ao Tribunal Regional Federal da Região respectiva.
· LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA 
 Os legitimados concorrentes a proporem a Ação Civil Publica, nos termos do art. 5º da Lei 7.347/85 e Lei 8.078/90, são o Ministério Público, a União, os Estados e Municípios, além das autarquias, empresa pública, fundações, sociedade de economia mista ou associações constituídas a pelo menos 01 ano (art. 5º, XXI da C.F) e que provem representatividade e institucionalidade adequada e definida para a defesa daqueles direitos específicos. 
A legitimidade ativa deste remédio constitucional é concorrente, autônoma e disjuntiva, pois, cada um dos legitimados pode impetrar a ação como litisconsorte ou isoladamente. Embora seja uma ação de função institucional o Ministério Público não ficou como único legitimado, sendo que a C.F., assegurou o amplo acesso à justiça. Nestas ações qualquer pessoa (física ou jurídica) pode ser o impetrado da ação.
 A legitimidade do MP – Dentre todos os legitimados, quem melhor e mais ativamente atua é o Ministério Público. A este é concedida pela lei, a prerrogativa e o dever de instaurar o inquérito civil e propor a ação civil publica para defender os três tipos de interesse, desde que coerentes com a finalidade da instituição. Assim, o MP é legitimado para a defesa de interesses difusos, qualquer que seja sua natureza, uma vez que sempre se tratara de interesses sociais e públicos (com base no art. 129, inciso III e § 1º, C.F). A parte Passiva será aquele que causar o dano, podendo ser legitimado passivo qualquer um que causar dano àqueles interesses tutelados. 
Atenção!! DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS DIFUSOS, COLETIVOS SCTRICTO SENSU E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS 
Há interesses que não pertencem a alguém especificadamente, pertencem de forma equânime a muitas pessoas. Os interesses difusos diferenciam-se por ter seus titulares indetermináveis unidos por fatos decorrentes de eventos naturalísticos, impossíveis de diferenciar na qualidade e separar na quantidade de cada titular.
 Ex.: meio ambiente, qualidade do ar, poluição sonora, poluição visual, fauna, flora, etc. 
Os interesses coletivos são interesses de um determinado grupo de pessoas que foram unidas por uma relação jurídica única. É uma lesão inseparável na qualidade e quantidade.
 Ex.: os mutuários da SFH – uma ilegalidade no contrato atinge a todos. 
Os direitos individuais homogêneos caracterizam-se por ser um grupo determinado de interessados, com uma lesão divisível, oriunda da mesma relação fática. Cada um pode pleitear em juízo, mas como o grupo foi lesionado homogeneamente, estes podem recorrer ao litisconsórcio unitário multitudinário ativo facultativo. 
Ex.: compradores de uma TV com defeito de serie. 
· CONCESSÃO DE LIMINAR 
O art. 12 da Lei 7.347/85 prevê a possibilidade de concessão de liminar para evitar danos, presentes os requisitos autorizadores. 
· DA CAUTELAR EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
 Dispõe o artigo 4º da Lei 7.347/85 que "Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta lei, objetivando, inclusive, evitar o dano ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico". Incluam-se aí "outros interesses difusos e coletivos" (artigo 129, III, Constituição Federal/88). Cabe ressaltar, desde logo, que o artigo 4º contém uma particularidade; a cautelar não é apenas preventiva, como seria curial, mas pode conter um comando, uma determinação para um non facere, ou mesmo para um facere, tudo em ordem a evitar o dano ao meio ambiente, ao consumidor... etc., quer dizer: a nível preventivo, já se pode obter um provimento de conteúdo executório. A ação principal deverá ser proposta em 30 dias, quando a cautelar for preparatória: Artigo 806 do C.P.C. Entretanto, hoje, além da cautelar de natureza híbrida, contam os legitimados com a possibilidade de pedir a antecipação da tutela (artigos 273 e 461 do Código de Processo Civil, com a nova redação dada pela Lei nº 8.952/94). A tutela antecipada também exige certos requisitos para a sua concessão. Eles estão dispostos no art. 273 e seus incisos, do C.P.C., quais sejam: a 4 verossimilhança das alegações, a prova inequívoca e receio de dano irreparável ou de difícil reparação.

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