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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS INSTITUTO POLITÉCNICO CURSO S: ENGENHARIA ELETRÔNICA E DE TELECOMUNICAÇÃO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS Apostila para orientação das aulas de Laboratório de Circuitos Elétricos Professores Organizadores Euler Nício Cerqueira Lima Flávio Macedo Cunha Maria Luisa Grossi Vieira Santos Nome: Giuliana Britto Ferreira Coimbra Matrícula: 705887 Agosto de 2021 2 Unidade 2: Verificação Experimental das Leis de Kirchhoff I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO Nesta unidade serão analisadas a Lei das Tensões de Kirchhoff (LTK) e a Lei das Correntes de Kirchhoff (LCK). Este tema será abordado em circuitos de corrente contínua, e será utilizado, juntamente com a lei de ohm, para se obter o valor da resistência interna de um indutor. Adicionalmente pode-se observar como o indutor se comporta frente a uma fonte contínua, em regime permanente. II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO 1. Utilizando resistores de 100 e 50, uma bobina, a fonte de tensão contínua e um voltímetro, montar o circuito abaixo e medir a tensão na bobina (ordem de grandeza de 5 V). Figura 2: Circuito Divisor de tensão Vbob = 2,1362 V 2. Utilizando o osciloscópio, obter e desenhar as formas de onda da tensão da fonte e da tensão na bobina. 3 3. Utilizando o valor de tensão medido anteriormente, calcular o valor da resistência interna da bobina. 30 = V1 + V2 + Vbob 30 = R1.I + R2.I + 2,1362 30 = 100.I + 50.I + 2,1362 30 – 2,1362 = 150.I I = 185,76 mA Rbob = V / I Rbob = 2,1362 / 185,76 m Rbob = 11,50 ohm 4. No novo circuito proposto a seguir, calcular a corrente que circula na bobina, utilizando para representá-la o valor da resistência Rbobina calculada. Figura 3: Circuito Divisor de Corrente V = R.I V = (100 // 50 // 11,5) . 3 V = 25,651 V 4 I = V / R I = 25,651 / 11,5 I = 2,2305 A 5. Montar o circuito da figura 3 e medir a corrente que circula na bobina, comparando com o valor calculado. Ibob = 2,231 A Como observado, o valor calculado é praticamente igual ao valor medido, ocorrendo uma pequena variação devido às diferenças de arredondamento. 6. Utilizando a lei das tensões de Kirchhoff, determinar o valor da tensão aplicada na bobina. Figura 4: Circuito com duas fontes I1 + I2 = Ibobina I = V / R (1) I1 = (30 – Vx) / 100 (2) I2 = (25 – Vx) / 50 (3) Ibobina = Vx / 11,5 5 Substituindo [(30 – Vx) / 100] + [(25 – Vx) / 50] = [Vx / 11,5] [(30 – Vx) / 100] + [(50 – 2Vx) / 100] = [Vx / 11,5] [(80 - 3Vx) / 100] = [Vx / 11,5] 920 – 34,5Vx = 100Vx 134,5Vx = 920 Vx = 6,840 V 7. Montar o circuito da figura 4 e medir a tensão Vx, comparando com o valor calculado. Vbob = 6,8401 V Como observado, o valor calculado é praticamente igual ao valor medido, ocorrendo uma pequena variação devido às diferenças de arredondamento. 8. Utilizando o osciloscópio, obter e desenhar a forma de onda da tensão na bobina. 6 III. ANÁLISE DE RESULTADOS 1. Verificar a Lei das Tensões de Kirchhoff no circuito da figura 2, utilizando o valor de Rbobina calculado. Vfonte = Vr1 + Vr2 + Vbobina 30 = 100 . 185,759m + 50 . 185,759 m + 11,5 . 185,759 m 30 = 18,576 + 9,288 + 2,136 30 V = 30 V 2. Verificar a Lei das Correntes de Kirchhoff no circuito da figura 3. Ifonte = Ibobina + I1 + I2 3 A = (V / 100) + (V / 50) + (V / 11,5) 3 = (11,5V + 23V + 100V) / 1150 3 = 134,5V / 1150 134,5V = 3450 V = 25,651 V 3 A = (25,651 / 100) + (25,651 / 50) + (25,651 / 11,5) 3 A = 0,257 + 0,513 + 2,231 3 A = 3 A 3. Como a bobina se comporta quando o circuito é excitado por uma fonte contínua? Se a bobina não tivesse resistência interna, fosse um indutor puro, como ela se comportaria? 7 Quando o circuito é excitado por uma fonte contínua, a bobina se comporta como uma carga resistiva, visto que possui uma resistência interna significativa. Caso a bobina não tivesse resistência interna, ela se comportaria como um curto circuito. Unidade 3: Análise Nodal e Análise de Malhas I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO Nesta unidade serão analisadas duas técnicas poderosas de análise de circuitos que facilitam a solução de circuitos mais complexos, quando comparadas com a utilização apenas das leis de Kirchhoff e lei de Ohm, quais sejam: o método das tensões de nó e o método das correntes de malha. II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO 1. Utilizando análise de nós, obtenha as equações necessárias para encontrar Va e Vb no circuito da figura 5. Coloque as equações na forma matricial. Figura 5: Circuito para análise de nós e malhas TENSÃO NODAL [(Va – 20) / 270] + [Va / 47] + [(Va – Vb) / 100] = 0 [(Vb – Va) / 100] + [Vb / 100] + [(Vb – 15) / 270] = 0 [ ( 1 270 ) + ( 1 47 ) + ( 1 100 ) − 1 100 − 1 100 ( 2 100 ) + ( 1 270 ) ] [ 𝑉𝑎 𝑉𝑏 ] = [ 20 270 15 270 ) ] 2. Resolver as equações acima. Va = 3,16992 V = 3,170 V Vb = 3,68106 V = 3,681 V 3. Agora, utilizando análise de malhas, obter as equações necessárias para calcular i1, i2 e i3 do mesmo circuito, na forma matricial. R2=100Ω R3=270Ω R4=47Ω R5=100Ω V1=20V R1=270Ω V2=15V Va Vb 8 EQUAÇÕES DE MALHA -20 + 270.I1 + 47.(I1 – I2) = 0 100.I2 + 100.(I2 – I3) + 47.(I2 – I1) = 0 15 + 100.(I3 – I2) + 270.I3 = 0 [ 317 −47 0 −47 247 −100 0 −100 370 ] [ 𝐼1 𝐼2 𝐼2 ] = [ 20 0 −15 ] 4. Obter os valores de i1, i2 e i3. I1 = 62,3336 mA = 62,334 mA I1 = -5,1114 mA = -5,111 mA I1 = -41,92200 mA = -41,922 mA 5. Utilizando o módulo 3, montar o circuito e medir Va , Vb, i1, i2 e i3. 6. Preencher a tabela abaixo e comparar os resultados. Dados Va Vb i1 i2 i3 Calculados 3,170 V 3,681 V 62,334 mA 5,111 mA 41,922 mA Medidos 3,1699 V 3,6811 V 62,334 mA 5,1114 mA 41,922 mA Como observado na tabela, os valores calculados são praticamente iguais aos valores medidos, ocorrendo pequenas variações devido às diferenças de arredondamento. 9 III. ANÁLISE DE RESULTADOS 1. Com os valores de Va e Vb é possível obter as tensões e correntes em todos os elementos do circuito? Se sim, obtenha. Sim, com os valores de Va e Vb é possível obter as tensões e as correntes em todos os elementos do circuito. Vr1 = 20 – Va Vr1 = 20 – 3,170 Vr1 = 16,830 V Ir1 = 16,830 / 270 Ir1 = 62,334 mA Vr2 = Vb – Va Vr2 = 3,681 – 3,170 Vr2 = 0,511 V Ir2 = 0,511 / 100 Ir2 = 5,110 mA Vr3 = 15 – Vb Vr3 = 15 – 3,681 Vr3 = 11,319 V Ir3 = 11,319 / 270 Ir3 = 41,922 mA Vr4 = Va - 0 Vr4 = 3,170 V Ir4 = 3,170 / 47 Ir4 = 67,446 mA Vr4 = Vb - 0 Vr4 = 3,681 V Ir4 = 3,681 / 100 Ir4 = 36,810 mA 2. E com os valores de i1, i2 e i3 é possível? Como? Sim, com os valores de I1, I2 e I2 é possível obter as correntes que passam em cada componente e, consequentemente, suas respectivas quedas de tensão. 10 Ir1 = I1 = 62,334 mA Vr1 = Ir1 . R1 Vr1 = 62,334 . 270 Vr1 = 16,830 V Ir2 = I2 = 5,110 mA Vr2 = Ir2 . R2 Vr2 = 5,110 . 100 Vr2 = 0,510 V Ir3 = I3 = 41,922 mA Vr3 = Ir3 . R3 Vr3 = 41,922 . 270 Vr3 = 11,319 V Ir4 = I1 + I2 Ir4 = 62,334 + 5,110 Ir4 = 67,444 mA Vr4 = Ir4 . R4 Vr4 = 67,444 m. 47 Vr4 = 3,170 V Ir5 = I3 - I2 Ir4 = 41,922 + 5,110 Ir4 = 36,812 mA Vr4 = Ir4 . R4 Vr4 = 36,812 m . 100 Vr4 = 3,681 V 3. O método das tensões nodais utiliza a lei das correntes (correntes ou tensões) de Kirchhoff para escrever as equações e obter as tensões em nós. Já o método das correntes de malha utiliza a leidas tensões (correntes ou tensões) de Kirchhoff para obter as equações necessárias para determinar as correntes de malha. 11 Unidade 4: Superposição I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO Nesta unidade será analisado o princípio da superposição, o qual facilita a análise de circuitos lineares com mais de uma fonte, uma vez que se pode analisar a influência de cada fonte separadamente, e posteriormente obter a saída desejada ‘somando’ os resultados individuais. II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO Considere o circuito da figura 6: Figura 6: Circuito resistivo com duas fontes de tensão 1. Calcular a corrente i3x e a tensão e3x no resistor R3 considerando apenas a fonte ex conectada ao circuito e eliminando a fonte ey, ou seja, substituindo-a por um curto circuito. Desenhar o circuito equivalente. Req = 270 + (100 // 270) Req = 342,973 ohm Itotal = 20 / 342,973 Itotal = 58,314 mA Vr1 = 58,314 m . 270 Vr1 = 15,745 V R3=270Ω ex=20V ey=20V R1=100Ω R1=270Ω 12 Vr2 = Vr3 = 20 – 15,745 Vr2 = Vr3 = 4,255 V Ir3 = 4,255 / 270 Ir3 = 15,760 mA 2. Montar o circuito acima proposto, medir a corrente e a tensão no resistor R3, comparando com os valores calculados. Anotar os resultados na tabela. Como observado, os valores calculados são praticamente iguais aos valores medidos, ocorrendo pequenas variações devido às diferenças de arredondamento. 3. Calcular a corrente i3y e a tensão e3y no resistor R3 considerando apenas a fonte ey conectada ao circuito e eliminando a fonte ex, ou seja, substituindo-a por um curto circuito. Desenhar o circuito equivalente. 13 Req = 100 + (270 // 270) Req = 235 ohm Itotal = 20 / 235 Itotal = 85,106 mA Vr1 = 85,106 m . 100 Vr1 = 8,511 V Vr2 = Vr3 = 20 – 8,511 Vr2 = Vr3 = 11,489 V Ir3 = 11,489 / 270 Ir3 = 42,553 mA 4. Montar o circuito acima proposto, medir a corrente e a tensão no resistor R3, comparando com os valores calculados. Anotar os resultados na tabela. Como observado, os valores calculados são iguais aos valores medidos. 5. Calcular a corrente i3 e a tensão e3 no resistor R3 considerando ambas as fontes conectadas ao circuito. Malha 1 -20 + 270.I1 + 100.(I1 – I2) + 20 = 0 370I1 – 100I2 = 0 Malha 2 -20 + 100.(I2 – I1) + 270.I2 = 0 -100I1 + 370I2 = 20 14 370I1 – 100I2 = 0 x(100) -100I1 + 370I2 = 20 x(370) __________________________ 37000I1 – 10000I2 = 0 -37000I1 + 136900I2 = 7400 __________________________ 126900I2 = 7400 I2 = 58,314 mA Substituindo 370I1 – 100 . 58,314 m = 0 I1 = 15,760 mA 6. Verificar os resultados obtidos anteriormente através das expressões abaixo: i3 = i3x +i3y = 15,76 m + 42,533 m = 58,313 mA e3 = e3x +e3y = 4,2553 + 11,489 = 15,744 V 7. Montar o circuito completo, considerando as duas fontes conectadas, medir a corrente e a tensão no resistor R3, e comparar com os valores calculados. 8. Preencher a tabela abaixo. Dados i3x i3y e3x e3y e3 i3 Calculados 15,760 mA 42,553 mA 4,255 V 11,489 V 15,760 V 58,314 mA Simulados 15,76 mA 42,553 mA 4,2553 V 11,489 V 15,745 V 58,314 mA 15 III. ANÁLISE DE RESULTADOS 1. Em que circuitos o princípio da superposição se aplica? Porquê? O princípio de superposição só se aplica em circuitos com dispositivos lineares, ou seja, não pode haver semicondutores. 2. Explicar porque o princípio da superposição não se aplica ao circuito abaixo: Unidade 5: Teorema de Thévenin e de Norton I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO Obter o equivalente de Thévenin ou de Norton de um circuito é extremamente útil quando estamos preocupados apenas com o que acontece em um determinado par de terminais. Esses circuitos são bem mais simples que o circuito original, e apresentam o mesmo comportamento que o original do ponto de vista de um par específico de terminais. Nesta unidade o aluno irá obter o circuito equivalente de Thévenin de um circuito desconhecido, variando a carga conectada em seus terminais. II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO 1. Utilizando o módulo 4, o qual deve ter sido previamente ligado pelo professor e deve estar devidamente “tampado”, alimentar o módulo com 25 V c.c., conectar uma carga R1=100Ω, como mostrado na figura 7, e medir a tensão a que ela fica submetida. VR1 = 14,706 V Figura 7: Circuito para determinação do equivalente de Thévenin Carga 1 R1=100Ω v=25V Módulo 4 16 2. Retirar o resistor de 100 Ω e conectar a 2ª carga ao circuito (R2 = 250 Ω), mantendo a mesma tensão da fonte. Medir a tensão na carga. VR2 = 15,244 V 3. Com as medições obtidas anteriormente, obter o equivalente de Thévenin. Vr1 = 14,706 V -Vth + Rth.I1 + 14,706 = 0 17 -Vth + Rth.(14,706/100) + 14,706 = 0 -Vth + 0,14706Rth = -14,706 Vr1 = 15,244 V -Vth + Rth.I2 + 15,244 = 0 -Vth + Rth.(15,244/250) + 15,244 = 0 -Vth + 0,060976Rth = -15,244 -Vth + 0,14706Rth = -14,706 -Vth + 0,060976Rth = -15,244 x(-1) _________________________________ -Vth + 0,14706Rth = -14,706 Vth - 0,060976Rth = 15,244 _________________________________ 0,086084Rth = 0,538 Rth = 6,250 ohm Substituindo -Vth + 0,14706 . 6,250 = -14,706 -Vth = -14,706 – 0,919125 Vth = 15,625 V 4. Utilizando o Thévenin obtido anteriormente, qual o valor esperado de tensão se um resistor de carga igual a 47 Ω for conectado ao módulo 4? 18 Vr47 = 15,625 . (47 / (6,250 + 47)) Vr47 = 13,791 V 5. Conectar o resistor e medir a tensão a que ele fica submetido, comparando com o resultado obtido anteriormente. VR47 = 13,791 V Como observado, o valor calculado foi igual ao valor medido. 6. Utilizando o módulo 4, medir o valor da tensão de circuito aberto, ou seja, o valor da tensão de Thévenin e comparar com o dado obtido no item 3. VTH = 15,625 V 19 7. Substituir a fonte de tensão por um curto circuito e medir com o ohmímetro a resistência de Thévenin. Comparar com o dado obtido no item 3. RTH = 6,250 Ω Req = 10 // 25 // 50 = 6,250 Ω III. ANÁLISE DE RESULTADOS 1. Com as medições realizadas nos itens 1 e 2 seria possível descobrir qual o circuito elétrico exato representado pelo módulo 4? Não seria possível descobrir qual o circuito elétrico exato representado pelo módulo 4. É possível descobrir apenas os parâmetros equivalentes, mas não como o circuito está conectado. 2. Determinar o circuito equivalente de Norton a partir do circuito equivalente de Thévenin. 20 RN = Rth = 6,32 ohms IN = Vth / Rth = 15,625 / 6,250 = 2,5 A 3. Qual a vantagem de se utilizar os equivalentes de Thévenin e Norton na análise de circuitos elétricos? Ao invés de lidar com circuitos grandes e mais complicados, você trabalha com um circuito equivalente em série, ou seja, simplifica. 4. Determine o circuito equivalente de Thévenin referente aos terminais ab do circuito abaixo. Req = 47 + (100 // 47 // 27) Req = 61,638 ohms Itotal = 25 / 61,638 Req = 47 + (100 // 47 // 27) Req = 61,638 ohms Itotal = 0,406 A Vr47 = 47 . 0,406 = 19,063 Vr27 = Vth = 25 – 19,063 = 5,937 V Rth = 47 // 100 // 47 // 27 Rth = 11,162 ohms Figura 8 - Circuito do módulo 4 21 5. Compare os dados calculados com os dados medidos experimentalmente. Como observado, os valores calculados são praticamente iguais aos valores medidos, ocorrendo pequenas variações devido às diferenças de arredondamento.
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