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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS INSTITUTO POLITÉCNICO CURSO S: ENGENHARIA ELETRÔNICA E DE TELECOMUNICAÇÃO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS Apostila para orientação das aulas de Laboratório de Circuitos Elétricos Professores Organizadores Euler Nício Cerqueira Lima Flávio Macedo Cunha Maria Luisa Grossi Vieira Santos Nome: Giuliana Britto Ferreira Coimbra Matrícula: 705887 Agosto de 2021 2 Unidades 6: Transitório em Circuitos RC Série I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO Nesta unidade será analisado o comportamento de circuito de 1ª ordem, um circuito RC série, excitado por uma fonte de tensão contínua, no estado transitório. Define-se estado transitório como o intervalo de tempo a partir do instante em que o circuito é energizado até entrar em regime permanente. O objetivo é analisar o comportamento da corrente, que irá variar até se estabilizar, relacionando o seu comportamento com o comportamento do capacitor presente no circuito. II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO 1. Circuito RC série excitado com função degrau unitário. Figura 9: Circuito RC série Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff, tem-se: onde v = u(t), é uma função degrau unitário. A solução da equação anterior é dada por: onde RC é a constante de tempo do circuito (τ). a) Simular um circuito de 1ª ordem RC série, utilizando um resistor de 1000 Ω, um capacitor de 1μF, o gerador de sinal e o osciloscópio, medindo as formas de onda da tensão da fonte e da corrente. Para simular a função degrau utilizar uma onda quadrada. Calcular τ para o circuito proposto. A frequência da onda quadrada deve ser ajustada de forma que se possa observar o transitório na tela do osciloscópio. Dessa forma, utilizar um valor de frequência tal que o transitório seja superado em cada ½ período da onda, ou seja, T =10 τ, uma vez que o regime permanente é atingido após 5 constantes de tempo. τ = RC = 1000 x 1 μF = 0,001 s = 1 ms T = 10 x τ = 10 x 1 ms = 10 ms f = 1 / T = 1 / 10 ms = 100 Hz t dtti C tRiv 0 )( 1 )( RC t e R v ti )( 3 b) Efetuar as medições do valor máximo da corrente e tempo de duração do transitório. Imax = 5,000 mA Transitório = 4,447 ms 4 c) Como a corrente se comporta para t = 0 e para t→ ? Traçar a curva genérica de i(t) x t. Quando: t = 0 → Corrente máxima t → ∞ → Corrente tende a zero 5 d) Utilizando o osciloscópio, obter e desenhar as formas de onda da tensão da fonte e da tensão no resistor. Comparar com a simulação. 6 III. ANÁLISE DE RESULTADOS 1. Porque utilizar T = 10τ? Interpretar o significado da constante de tempo. O τ é uma constante de tempo do circuito RC, sendo o intervalo de tempo necessário tanto para carga quanto para descarga do capacitor. No circuito proposto o transitório é superado a cada meio período de onda. Assim, e sabendo que a cada 5 constantes de tempo o regime permanente é atingido, meio período equivale a 5τ, ou seja, um período equivale a 10τ. 2. Porque utilizar onda quadrada para esta análise? Utilizamos uma onda quadrada para análise para simular a energização e desenergização da fonte. 3. Para os circuitos RC, qual o tempo de duração do transitório e quais são os fatores que interferem neste tempo? Para o circuito dado, o tempo de duração do transitório é de 5 ms. Esse tempo está diretamente relacionado ao τ do circuito, visto que o tempo de duração do transitório equivale a 5τ. Portanto, pode-se concluir que o τ equivale a 1 ms. 4. O que acontece se aumentarmos a frequência do sinal da onda quadrada? Se aumentarmos a frequência do sinal da onda quadrada, o período irá diminuir e não será possível visualizar o transitório por completo (não terá tempo suficiente). 5. Como o capacitor se comportam em regime permanente? Em regime permanente, um capacitor se comporta como um circuito aberto. 7 Unidades 7: Transitório em Circuitos RL Série I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO Nesta unidade será analisado o comportamento de outro circuito de 1ª ordem, o RL série, excitado por uma fonte de tensão contínua, no estado transitório. O objetivo é analisar o comportamento da corrente, que irá variar até se estabilizar, relacionando o seu comportamento com o comportamento do indutor presente no circuito. II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO 1. Circuito RL série excitado com função degrau unitário. Figura 10: Circuito RL série Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff, tem-se: onde v = u(t), é uma função degrau unitário. A solução da equação acima é dada por: onde L/R é a constante de tempo do circuito (τ). a) Simular um circuito de 1ª ordem RL série, utilizando um resistor de 1000 Ω, um indutor de 32 mH, o gerador de sinal e o osciloscópio. Para simular a função degrau, assim como no circuito RC, utilizar uma onda quadrada com frequência adequada. Calcular τ para o circuito proposto. τ = L/R = 32 mH / 1000 = 0,000032 s = 32 us T = 10 x τ = 10 x 32 us = 320 us f = 1 / T = 1 / 320 us = 3125 Hz dt tdi LtRiv )( )( t L R e R v R v ti )( 8 b) Efetuar as medições do valor máximo da corrente e tempo de duração do transitório. Imax = 4,960 mA Transitório = 134,710 us 9 c) Como a corrente se comporta para t = 0 e para t→ ? Traçar a curva genérica de i(t) x t. Quando: T = 0 → Corrente tende a zero t → ∞ → Corrente máxima 10 d) Utilizando o osciloscópio, obter e desenhar as formas de onda da tensão da fonte e da tensão no resistor. Comparar com a simulação 11 III. ANÁLISE DE RESULTADOS 1. Qual a razão pela qual podemos obter a forma de onda da corrente do circuito mediante análise da forma de onda da tensão no resistor? Como a resistência se manterá fixa, de acordo com a lei de ohm, a tensão e a corrente serão diretamente proporcionais. Assim, a forma de onda da tensão sobre o resistor será equivalente à forma de onda da corrente do circuito (que é a mesma corrente que passa pelo resistor). 2. Para o circuito RL, qual o tempo de duração do transitório e quais são os fatores que interferem neste tempo? Para o circuito dado, o tempo de duração do transitório é de 160 µs. Esse tempo está diretamente relacionado ao τ do circuito, visto que o tempo de duração do transitório equivale a 5τ. Portanto, pode-se concluir que o τ equivale a 32 µs. 3. O que acontece se diminuirmos a frequência do sinal da onda quadrada? Se diminuirmos a frequência do sinal da onda quadrada, o período aumenta e o transitório não se altera, no entanto, a sua visualização fica mais difícil. 4. Como o indutor se comportam em regime permanente? Em regime permanente, um indutor se comporta como um curto circuito. 12 Unidade 8: Transitório em Circuito RLC Série I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO Nesta unidade serão analisados o comportamento do circuito denominado de 2ª ordem, RLC série, excitado por uma fonte de tensão contínua, no estado transitório. O objetivo é analisar o comportamento da corrente em três condições de amortecimento, quais sejam, superamortecido, amortecimento crítico e subamortecido. II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO Circuito RLC série excitado com função degrau unitário. Figura 11: Circuito RLC série Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff, tem-se: onde V = u(t), é uma função degrau unitário. Diferenciando a equação acima, obtém-se: A solução da equação acima tem por raízes:s1 = α + β s2 = α – β onde: é a razão de amortecimento do circuito refere-se à frequência de oscilação (rad/s) Verificam-se 3 casos, ou seja, 3 condições de amortecimento: - Caso 1: Superamortecido raízes reais e distintas A solução é dada por: - Caso 2: Amortecimento Crítico t dtti Cdt tdi LtRiV 0 )( 1)( )( 0)( 1)()( 2 2 ti Cdt tdi R dt tid L LR 2/ LCLR /12/ 2 LCLR /12/ 2 ttt ececeti 21)( 13 raízes reais e iguais A solução é dada por: - Caso 3: Subamortecido raízes complexas conjugadas A solução é dada por: a) Determinar os valores do resistor para se obter um circuito de 2ª ordem RLC série, nas 3 condições de amortecimento, utilizando um indutor de 32 mH e um capacitor de 1μF. Valores de R (Ω) Condição de Amortecimento 358 Amortecimento Crítico 1000 Superamortecido 100 Subamortecido b) Para cada caso, montar o circuito, utilizando o gerador de sinal e o osciloscópio, medindo as formas de onda da tensão da fonte e da “corrente”. Para simular a função degrau utilizar uma onda quadrada, com frequência adequada. Amortecimento Crítico LCLR /12/ 2 tcceti t 21)( LCLR /12/ 2 tsenctceti t 21 cos)( 14 Superamortecido 15 Subamortecido c) Efetuar as medições do valor máximo da corrente e tempo de duração do transitório. Condição de Amortecimento Frequência da onda Valor de Pico de i(t) Tempo de duração do transitório Amortecimento Crítico 100 Hz 10,485 mA 1,374 ms Superamortecido 50 Hz 4,603 mA 4,811 ms Subamortecido 100 Hz 19,227 mA 4,082 ms 16 Amortecimento Crítico 17 Superamortecido 18 Subamortecido 19 d) Simular o circuito pelo software Multisim e traçar a curva genérica de i(t) x t para os 3 casos. Amortecimento Crítico 20 Superamortecido Subamortecido III. ANÁLISE DE RESULTADOS 1. Comparar o tempo de amortecimento para os 3 casos citados anteriormente. Identificar os fatores que interferem no tempo de duração do transitório. O tempo de amortecimento ao inserir o resistor de 358 Ω é o menor. Ao se afastar desse valor, tanto para mais quanto para menos, haverá acréscimo do tempo de transitório. Um dos fatores que interferem na duração do transitório são os valores dos componentes. Já a frequência só permite a visualização, mas não interfere no circuito. 21 2. O que acontece com o máximo valor da corrente i(t) no circuito à medida que o valor da resistência R diminui, partindo da condição de superamortecimento para a de subamortecimento? Qual o efeito dessa diminuição da resistência sobre o tempo necessário para o circuito RLC atingir o estado de regime permanente? A medida que o valor da resistência diminui, a corrente aumenta. O resistor de 368 Ω seria, teoricamente, o “ponto central”: - A medida que a resistência de 1 kΩ diminui e alcança o valor de 368 Ω, o tempo de transitório diminui proporcionalmente. - A medida que a resistência de 100 Ω aumenta e alcança o valor de 368 Ω, o tempo de transitório diminui proporcionalmente. Dessa forma, pode-se concluir que a medida que se afasta do ponto central, o tempo de transitório aumenta proporcionalmente. 3. Destacar situações aplicadas ao controle de sistemas com as quais este estudo apresenta similaridade. - Controle de temperatura; - Controle de nível; - Controle de pressão; - Mola (quando puxa, oscila até parar no “ponto central”).
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