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Princípios da APS Direcionados ao Acompanhamento de Queixas Músculo-Esqueléticas

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Princípios da APS Direcionados ao Acompanhamento de 
Queixas Músculo-Esqueléticas 
VISÃO GERAL: 
 Está entre uma das principais causas de incapacidade entre trabalhadores → elas possuem repercussões psicossociais → podem 
levar a dor crônica e a necessidade de abordagem multiprofissional → tratando a gênese, amplificação e perpetuação da dor. 
 Na maioria das vezes, sem necessidade de exames complementares → uma boa anamnese combinada com um exame físico + 
uma compreensão da etiologia da dor é suficiente para o diagnóstico. 
 
 PRINCÍPIOS DA APS: ela possui seus atributos essenciais → o acesso de primeiro contato (a porta de entrada), integralidade, 
longitudinalidade e coordenação do cuidado. 
 Existem também os atributos derivado para complementar os essenciais → orientação familiar, competência cultural e a 
orientação comunitária. 
 PRINCIPAIS QUEIXAS MÚSCULO-ESQUELÉTICAS: 
 Dores musculares. 
 Cervicalgia. 
 Lombalgia. 
 Dor em mãos e punhos. 
 Dor em cotovelo. 
 Dor em ombro. 
 Dor em quadril. 
 Dor em joelho. 
 Dor em pés e tornozelos. 
 Os pacientes que referem essas queixas devem ter um cuidado individualizado → sendo o principal a educação, seu acolhimento e 
o acesso a informações que podem ajudar. 
DORES MUSCULARES: 
 Dor localizada → pode ser causada por: trauma, sobrecarga de exercício, processo infeccioso ou síndrome dolorosa miofascial → 
nesse caso vamos realizar alongamento, digitopressão e um agulhamento seco. 
 Dor difusa → pode ser causada por: infecção viral e/ou bacteriana, fibromialgia, doenças reumatológicas, doenças endócrinas, uso 
de medicamentos, e saúde mental. 
 É realizada uma aliança terapêutica com o paciente → nesse caso apenas um tratamento não resolvera sua queixa, então deve ser 
bem articulado. 
 De maneira geral vamos realizar mudanças de estilo de vida (sono regulado, boa ergonomia, alongamentos e atividades físicas 
diariamente), tratamento de comorbidades (quando existente), fisioterapia, tratamento medicamentoso (os famosos AINES), 
acupuntura e agulhamento seco. 
CERVICALGIA: 
 A maior parte é por causa postural ou mecânica → ela fica de maneira primaria/inicial naquela região. 
 É mais comum em mulheres → cerca de 70% das pessoas adultas terá em algum momento. 
 Principal causa da dor não episódica é a osteoartrose. 
AIS IV - MARIA VITÓRIA MORAIS 
 Sinais amarelos: existe um risco de cronificação da dor.
o Atitudes e crenças. 
o Comportamentais. 
o Compensatórios. 
o Emocionais. 
o Familiares. 
o Laborais.
o 
 Sinais vermelhos: é de maneira geral mais grave. 
o Surgimentos antes dos 20 anos ou após os 55 anos. 
o Dor persistente ou crescente. 
o Sintomas neurológicos. 
o História de trauma ou cirurgia prévia no 
pescoço. 
o Osteoporose. 
o Neoplasia prévia. 
LOMBALGIA: 
 Sua causa primária vem de origem mecânica → estiramentos, torções, processos degenerativos dos discos articulares e suas 
facetas devido a idade, o aparecimento de uma hérnia de disco, fraturas que estão levando a compressão da região (causadas pela 
osteoporose, estenose medular, etc). 
 Existem outras causas como as doenças viscerais e condições que não são mecânicas → essas corresponde a apenas 3%. 
 
ERROS COMUNS: 
 Subestimar as queixas músculo-esqueléticas. 
 Atribuir a dor muscular a problemas psicológicos ou manifestações psicossomáticas (rotulação do paciente). 
 Encaminhar em excesso para serviços especializados. 
 Foco excessivo no cuidado farmacológico. 
 Foco excessivo nos exames de imagem. 
CASOS CLÍNICOS: 
 CASO CLÍNICO 1: Flávio, 38 anos, procura a UBS devido a lombalgia há 5 dias, após realização de trabalho em que teve de pegar 
muito peso. Afirma que trabalha como servente de pedreiro há 10 anos e que a dor supracitada já ocorreu diversas vezes no 
último ano, mas que costumava melhorar ao utilizar diclofenaco e paracetamol por via oral. Desta vez, contudo, não notou 
melhora do sintoma, motivo pelo qual gostaria de tomar medicação injetável e ser encaminhado à ortopedia. Afirma ter realizado 
radiografia recente, com resultado sem alterações. Ao exame físico, se percebe que o paciente está com IMC = 32,7 kg/m2 e com 
dor à extensão da musculatura paravertebral lombar. 
o Qual é o sinal de bandeira amarela evidenciado neste caso? 
o RESPOSTA: função laboral. 
o Qual é a alteração do exame físico que, sendo positiva, indicaria acometimento de lombociatalgia? 
o RESPOSTA: teste de laségue. 
o Qual é o atributo da APS responsável pelo tratamento do paciente, caso este inclua seguimento com equipe 
multiprofissional na Unidade de Saúde? 
o RESPOSTA: Integralidade. 
 CASO CLÍNICO 2: Maura tem 59 anos e é costureira. A paciente faz acompanhamento em sua UBS de referência devido a 
hipertensão e diabetes, as quais mantém controladas. Durante visita domiciliar de sua ACS, Maura se queixa de dor e dormência 
em mãos, especialmente a direita, que é sua mão dominante. O quadro já ocorre há 2 anos e tem piorado nos últimos 6 meses, 
com prejuízo para suas funções laborais e domiciliares. Ao ser questionada se já havia se consultado por conta deste problema na 
UBS, a paciente nega, pois não consegue agendar com a médica fora dos dias de “hiperdia”. Recentemente, a paciente procurou 
um serviço particular e foi diagnosticada com síndrome do túnel do carpo, mas não manteve o seguimento clínico por dificuldades 
financeiras. 
o Qual é o atributo da APS que, sendo realizado adequadamente, permitiria que a paciente fosse avaliada sobre a sua 
queixa na Unidade de Saúde? 
o RESPOSTA: primeiro acesso. 
o Qual das opções abaixo compõe um tratamento adequado para esta paciente? 
o RESPOSTA: afastamento laboral. 
o Qual é o exame físico que provavelmente será alterado no caso da paciente Maura? 
o RESPOSTA: teste de phallen. 
 CASO CLÍNICO 3: Kássia, 27 anos, bancária, queixa de dores frequentes em região cervical, occipital ombros e região mandibular, 
onde costuma sentir “tensão muscular”. Já procurou diversos profissionais, sempre com prescrição de analgésicos, porém com 
pouca melhora do quadro. Por pensar que o problema estivesse relacionado ao estresse do ambiente laboral, imaginou que a 
mudança para home office pudesse auxiliar na melhora da dor, porém isto não ocorreu. Decidiu procurar a UBS porque uma 
vizinha disse que a Unidade oferecia um tratamento com agulhamento seco e fitoterapia, que poderiam ajudar. 
o A oferta de tratamentos necessários de acordo com a demanda da população adscrita é baseada em que 
princípio/atributo da APS? 
o RESPOSTA: orientação comunitária. 
o A presença de dor e irradiação da mesma à palpação perpendicular de uma banda muscular é sinal de qual quadro 
clínico? 
o RESPOSTA: síndrome dolorosa miofascial. 
 CASO CLÍNICO 4: Carlos, 45 anos, professor, procura a UBS para atendimento no mesmo dia, pois está com dores intensas em 
joelho direito após ter começado a realizar exercícios em uma academia, há 1 semana. O paciente já é conhecido dos profissionais 
da Unidade de Saúde, pois costuma acompanhar a filha, Marina, que tem diabetes tipo 1, nas consultas com a nutricionista e com 
o médico de família, porém o próprio Carlos não costuma se consultar. Diz que já sentia dores em ambos joelhos há cerca de 3 
anos, com melhora ao uso de analgésicos e sem causar disfuncionalidade, mas que é a primeira vez que sente dor tão intensa. 
Durante o exame físico, o médico nota que o paciente tem joelhos levemente em varo e que o joelho direito tem sinal da tecla e 
teste de McMurray positivos. 
o A presença de sinal da tecla e teste de McMurray positivos são sinais sugestivos de lesão em: 
o RESPOSTA: meniscos. 
o O conhecimento sobre o histórico clínico da filha do paciente Carlos é sinal de que qual princípio da APS está adequado? 
o RESPOSTA: coordenação do cuidado. 
o Imagine que este mesmo paciente retornasse após 1 mês com queixa de lombalgia intensa após dormir em colchão 
"macio". Qual das opçõesabaixo seria um sinal de bandeira vermelha? 
o RESPOSTA: perda de peso involuntária.

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