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Parto Normal

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É o trabalho de parto de início 
espontâneo, sem indução, sem aceleração, 
sem utilização de intervenções como 
fórceps ou cesariana e sem uso de anestesia 
geral, raquiana ou peridural durante o 
trabalho de parto e o parto. 
 A assistência ao parto é o conjunto 
de condutas e procedimentos que visam a 
promoção do parto e nascimentos 
saudáveis e a prevenção da 
morbimortalidade materna, fetal e 
perinatal, com a utilização de tecnologia 
apropriada. 
 É protegida pelas Diretrizes 
Nacionais de Assistência ao Parto Normal, 
regulamentando o Manual do Parto. 
Manual do Parto 
Objetivos das Diretrizes 
 Padronizar as práticas assistenciais 
 Diminuir condutas variadas entre 
diferentes profissionais 
 Diminuir intervenções sem 
necessidade 
A diretriz do MS inclui as seguintes 
situações: 
Parto normal entre 37 e 42 semanas, 
feto único e cefálico. 
Gestantes com ruptura de membrana 
no termo. 
Gestantes com liberação de mecônio 
antes ou durante o trabalho do parto. 
Anormalidades mais simples e comuns 
no parto 
Outras situações descritas no Manual 
do parto do MS 2017. 
Não fazem parte dessas recomendações: 
Parto prematuro (< 37sem) 
Complicações como: morte do feto, 
hipertensão, diabetes, gravidez múltipla, 
apresentação diferente da cefálica, retardo 
do crescimento uterino. 
Parto cesáreo ou vaginal cirúrgico. 
Situações complexas como 
contaminação pelo HIV. Sífilis, hepatite B e 
outros processos infecciosos. 
Hemorragia após o parto. 
Para uma assistência humanizada 
devem ser evitadas as seguintes ações: 
 Episiotomia 
 Ocitocina 
 Parto cesáreo 
 Aspiração do bebê 
 Manobra de Kristeller (é a pressão no 
abdome da mãe para ajudar a expulsar o 
bebê) 
 Fórceps 
 Lavagem intestinal antes do parto 
 Tricotomia dos pelos pubianos 
 Corte prematuro do cordão 
 Rompimento da bolsa 
Local de Parto 
 Parto normal é seguro para pré-natal 
de baixo risco 
 Informar a gestante riscos e 
benefícios do parto fora da maternidade e 
apoiar a escolha 
 O parto no domicílio não faz parte 
das políticas atuais de saúde no país, pois 
apresenta maior risco para a criança 
 Assegurar transferência para a 
maternidade se necessário para as 
mulheres e crianças em tempo hábil 
 Segundo o MS, o profissional que faz 
o parto de baixo risco pode ser o médico 
obstetra ou a enfermeira obstétrica. 
 Uma mulher em trabalho de parto 
não deve ser deixada sozinha, exceto por 
curtos períodos de tempo ou por sua 
solicitação. 
 A Lei n. 8.080/1990, assegura as 
mulheres o direito de ter acompanhantes 
de sua escolha durante o trabalho de parto 
e parto. 
Alimentação durante o parto 
 Vamos entender as principais 
recomendações do MS com relação à dieta 
durante o trabalho de parto: 
 É permitido o uso de soluções 
isotônicas. 
 É permitido o uso de dieta leve 
quando a mulher não estiver em uso 
de opioides ou não tiver risco de uso 
de anestesia geral. 
Métodos não Farmacológicos para o 
Controle da Dor 
 Os métodos não farmacológicos 
devem ser oferecidos as mulheres por não 
apresentarem efeitos colaterais, dentre eles 
o MS cita: a massagem, técnicas de 
relaxamento, músicas, aromaterapia, 
hipnose, imersão em água, dentre outros. 
 O detalhamento dos métodos está 
no Manual do parto do MS de 2017. Mas é 
importante frisar que é vedado uso de água 
na injeção, como placebo, para alívio da dor 
e também não deve ser feito a estimulação 
elétrica transcutânea em mulheres com 
trabalho de parto. 
Métodos Farmacológicos para Controle 
Álgico 
 Dentre os métodos farmacológicos o 
Manual do MS cita: analgesia inalatória com 
óxido nitroso, analgesia parenteral (IM ou 
IV). 
 
Liberação de Mecônio 
 Com a liberação de mecônio deve ser 
instituído maior monitorização da frequ-
ência cardíaca fetal. Mas a eliminação 
isolada de mecônio durante o trabalho de 
parto não é suficiente para recomendar ou 
não recomendar a cesariana. 
Diagnóstico do Trabalho de Parto 
Características do trabalho de parto: 
Contrações dolorosas, rítmicas (no 
mínimo duas em 10 minutos), que se es-
tendem a todo o útero e têm duração de 50 
a 60 segundos; 
Colo apagado, nas primíparas, e 
dilatado para 2cm; nas multíparas, 
semiapagado e com 3cm de dilatação; 
Formação da bolsa das águas; 
Perda do tampão mucoso, 
denunciando o apagamento do colo”. 
 Na avaliação do diagnóstico do parto 
deve ser feita a avaliação da mãe e do bebê. 
 O exame físico da gestante deve 
incluir: 
 Medida dos dados vitais (pressão 
arterial, pulso e temperatura); 
 Avaliação das mucosas para inferir a 
presença ou não de anemia; 
 Presença ou não de edema e varizes 
nos membros inferiores; e 
 Ausculta cardíaca e pulmonar. 
 Por sua vez o exame obstétrico na 
admissão da gestante para o trabalho de 
parto inclui: 
 Ausculta da frequência cardíaca fetal 
(antes, durante e após a contração); 
 Medida da altura uterina; 
 Palpação obstétrica (Manobras de 
Leopold – para determinar a situação, po-
sição, apresentação e insinuação). 
Fases ou Períodos do Trabalho de Parto 
A evolução clínica do parto normal é 
dividida em 4 períodos: 
 
 A dilatação é dividida na fase latente 
e na fase ativa. 
 É importante separar o início do 
trabalho de parto (latência) e trabalho de 
parto estabelecido (ativo). 
 A gestante está em trabalho de parto 
estabelecido quando há dilatação ≥ 4 cm e 
é não estabelecido quando a dilatação é ≤ 
3cm. Se for estabelecido deverá ser 
internado a gestante. 
 
Sintomas dessa fase: 
 
Duração do trabalho de parto ativo pode 
variar: 
 Nas primíparas dura em média 8 
horas e é pouco provável que dure mais que 
18 horas. 
 Nas multíparas dura em média 5 
horas e é pouco provável que dure mais que 
12 horas. 
Observações e monitoração no primeiro 
período do parto: 
É importante registrar as seguintes 
observações no primeiro período do tra-
balho de parto: 
 Frequência das contrações uterinas 
de 1 em 1 hora; 
 Temperatura e PA de 4 em 4 horas; 
 Exame vaginal de 4 em 4 horas ou se 
houver alguma preocupação com o 
progresso do parto ou em resposta aos 
desejos da mulher (após palpação 
abdominal e avaliação de perdas vaginais) 
 Frequência da diurese; 
 Pulso de 1 em 1 hora; 
Deve ser feito um partograma com 
linha de ação de 4 horas. Utilizar o modelo 
da OMS ou equivalente. 
Partograma 
 É um instrumento de 
acompanhamento do trabalho de parto 
que auxilia no controle e do parto com 
qualidade. 
 Esse acompanhamento gráfico 
permite acompanhar a evolução do parto, 
diagnosticar alterações e evitar 
intervenções desnecessárias. 
 No partograma podemos 
acompanhar os seguintes dados: 
dilatação, descida do Plano de Lee (em 
qual local a cabeça do bebê se encontra 
no canal de parto), controlar as horas de 
parto, batimentos cardíacos fetais, 
medicamentos e intensidade e 
frequência e ritmo das contrações. 
Avaliação da mulher no primeiro da 
dilatação 
 É importante avaliar os seguintes 
aspectos na mulher, em busca de 
anormalidades que aumente o risco do 
trabalho de parto: 
 Pulso >120 bpm em 2 ocasiões com 
30 minutos de intervalo 
 PA sistólica ≥ 160 mmHg OU PA 
diastólica ≥ 110 mmHg em uma única 
medida. PA sistólica ≥ 140 mmHg OU 
diastólica ≥ 90 mmHg em 2 medidas 
consecutivas com 30 minutos de intervalo 
 Proteinúria de fita 2++ ou mais E uma 
única medida de PA sistólica ≥ 140 mmHg 
ou diastólica ≥ 90 mmHg 
 Sangramento vaginal, presença de 
mecônio e progresso lento do primeiro 
período do trabalho de parto 
 Temperatura de 38°C ou mais em 
uma única medida OU 37,5°C ou mais em 2 
ocasiões consecutivas com 1 hora de 
intervalo 
Observações fetais que aumentam o risco 
do parto: 
 Apresentação anômala 
 Situação transversa ou oblíqua 
 Suspeita de restrição de crescimento 
intrauterino ou macrossomia 
 Frequência cardíaca fetal < 110 ou > 
160 bpm 
 Oligoidrâmnio ou polidrâmnio 
 
Presença de mecônio 
 Se o profissional detectar a presença 
de mecônio significativo (verde escuro ou 
preto,grosso, tenaz, contendo grumos) há 
risco de sofrimento fetal. Outras variações 
da cor do líquido amniótico podem indicar 
sofrimento fetal. 
Amarelo a âmbar - sugere a presença de 
bilirrubina; 
Vermelho - sangue materno ou fetal. 
 
Intervenções e medidas de rotina no 
primeiro período do parto 
Contraindicações 
 Enema (enema ou chuca, é um 
procedimento que consiste na colocação 
de um pequeno tubo pelo ânus, no qual é 
introduzida água ou alguma outra 
substância com o objetivo de lavar o 
intestino) 
 Tricotomia 
 Amniotomia precoce (é a rotura ou 
ruptura artificial das membranas ovulares 
através de um instrumento esterilizado 
inserido na cérvice por meio do toque 
vaginal, que pode ser realizada no início, 
durante ou no final do trabalho de parto, 
sendo indicado como método de indução 
de parto e também recomendado em 
presença de gestação a termo e estando o 
colo favorável e amadurecido com 
apresentação cefálica insinuada) 
Indicações 
 Movimento da parturiente e adotar a 
posição escolhida 
 
Sinais de suspeita de falha de progresso 
no trabalho de parto: 
 Dilatação cervical menor que 2 cm 
em que 4 horas para as primíparas 
 Dilatação cervical menor que 2 cm 
em 4 horas ou um progresso lento do 
trabalho de parto para as multíparas 
 Mudanças na intensidade, duração e 
frequência das contrações uterinas 
 
Condutas diante das falhas no primeiro 
período 
 Amniotomia se as membranas 
estiverem íntegras. 
 Uso de ocitocina (um hormônio que 
tem a função de aumentar as contrações 
uterinas e acelerar o trabalho de parto) 
 Controle da dor e analgesia peridural 
 Exame vaginal 4 horas após o início 
da ocitocina: Se a dilatação cervical 
aumentou menos que 2 cm após 4 horas, 
uma revisão obstétrica para avaliar a 
necessidade de cesariana. 
 
 Inicia-se quando o colo está 
totalmente dilatado (10 cm) 
 Termina com o nascimento do bebê 
 É dividido em 2 fases pelas novas 
diretrizes: 
Fase inicial ou passiva: dilatação total 
do colo sem sensação de puxo involuntário 
ou parturiente com analgesia e a cabeça do 
feto ainda relativamente alta na pelve; 
Fase ativa: dilatação total do colo, 
cabeça do bebê visível, contrações de ex-
pulsão ou esforço materno ativo após a 
confirmação da dilatação completa do colo 
do útero, na ausência das contrações de 
expulsão. 
 Nesse período a mulher apresenta à 
sensação de preenchimento retal com de-
sejo de evacuar, decorrente da pressão da 
apresentação fetal sobre reto e músculos 
do assoalho pélvico. 
 Nesse período aumenta os riscos 
fetais devido à compressão do polo cefálico 
na passagem pelo canal de parto, associada 
à diminuição da circulação útero placen-
tária, pelas contrações uterinas mais 
intensas e frequentes, favorece a hipóxia e a 
acidose fetal. Sendo necessária a 
monitorização efetiva do bem-estar fetal. 
Duração do 2º período: 
primíparas: cerca de 0,5–2,5 horas sem 
peridural e 1–3 horas com peridural. 
multíparas: até 1 hora sem peridural e 2 
horas com peridural. 
Mecanismos do trabalho de parto 
(movimentos do feto) 
 O mecanismo de parto pelo aspecto 
fetal envolve as seguintes fases: 
Insinuação, 
Descida da apresentação, 
Flexão 
Rotação interna, 
Extensão e desprendimento cefálico, 
Rotação externa 
Desprendimento do ovoide córmico 
(ombro) 
 
 
Falha de progresso no segundo 
período do parto 
 Se as contrações forem inadequadas 
no início do segundo período, considerar o 
uso de ocitocina e realização de analgesia 
regional. 
 Se prolongamento do 2° período --> 
Realizar amniotomia se as membranas 
estiverem intactas 
 Avaliação médica para uso de 
ocitocina e reavaliação a cada 15 minutos 
 Considerar o uso de parto 
instrumental (vácuo-extrator ou fórceps) se 
não houver segurança quanto ao bem estar 
fetal ou prolongamento do segundo 
período. 
 Orientar a mulher e realizar uma 
cesariana se o parto vaginal não for possível 
Posição na hora do trabalho de parto 
 Deve-se desencorajar a mulher a 
ficar em posição supina, decúbito dorsal 
horizontal, ou posição semi-supina no 
segundo período do trabalho de parto. A 
mulher deve ser incentivada a adotar 
qualquer outra posição que ela achar mais 
confortável incluindo as posições de 
cócoras, lateral ou quatro apoios. 
 Informar às mulheres que há 
insuficiência de evidências de alta 
qualidade, tanto para apoiar como para 
desencorajar o parto na água. 
Cuidados com o períneo 
 É indicado a técnica de proteção do 
períneo (Manobra de Ritgen): 
 
Cuidados com o períneo de acordo com 
a novas diretrizes 2017: 
 Não se recomenda a massagem 
perineal durante o segundo período do 
parto. 
 Considerar aplicação de compressas 
mornas no períneo no segundo estágio do 
parto. 
 Não se recomenda a aplicação de 
spray de lidocaína para reduzir a dor 
perineal no segundo período do parto. Não 
realizar episiotomia de rotina durante o 
parto vaginal espontâneo 
Episiotomia 
 Não usar de rotina 
 Indicações específicas 
 Recomenda-se o corte médio-lateral 
originando na fúrcula vaginal e direcionada 
para o lado direito, com um ângulo do eixo 
vertical entre 45 e 60 graus 
 Assegurar analgesia efetiva antes da 
realização de uma episiotomia 
 Deve ser realizada de forma seletiva 
em algumas situações específicas: 
 Mãe com problema cardíaco 
 Sofrimento fetal 
 Fetos grandes 
 Período expulsivo prolongado 
 Cicatriz fibrosa por 
episiotomia anterior 
A Manobra de Kristeller (contraindicada) 
 Consiste na aplicação de pressão na 
parte superior do útero com o objetivo de 
facilitar a saída do bebê. É contraindicada 
por aumentar os riscos para o bebê e 
aumentar a dor no trabalho de parto. 
Clampeamento do cordão 
 O clampeamento tardio é o modo 
fisiológico de tratar o cordão melhorando 
os índices de hematócrito e hemoglobina 
do bebê. É indicado clampear o cordão 
entre 1 a 5 minutos (3 minutos é o mais 
indicado). 
 O clampeamento precoce consiste 
em clampear o cordão antes de 1 minuto. 
Essa medida deve ser realizada em 
situações específicas: gestações e partos de 
risco, a sensibilização Rh, o parto 
prematuro, o sofrimento fetal com 
depressão neonatal grave, o parto gemelar 
e o da mulher HIV+. 
 O terceiro período do parto é o 
momento desde o nascimento da criança 
até a expulsão da placenta e membranas. 
Pode ser denominado secundamento ou 
delivramento. 
Os principais riscos maternos nessa fase 
são: 
Hemorragia durante ou após essa 
separação e 
Retenção de restos placentários. 
 
Manejo ativo (com intervenções) - Uso de 
uterotônico, clampeamento precoce, 
tração controlada do cordão 
Manejo fisiológico (sem intervenções) - 
Sem uso de uterotônico, clampeamento 
após parar a pulsação, expulsão da placenta 
por esforço materno 
 Considerar terceiro período 
prolongado depois de decorridos 30 
minutos de manejo ativo ou 60 minutos de 
manejo fisiológico. 
 Nessa fase é importante manter 
observação rigorosa da mulher, com as 
seguintes avaliações: 
a) condição física geral, através da 
coloração de pele e mucosas, 
respiração e sensação de bem-estar; 
b) perda sanguínea 
Intercorrências no terceiro período: 
 Se houver hemorragia, retenção 
placentária, colapso materno ou qualquer 
outra preocupação quanto ao bem-estar da 
mulher: 
 solicitar assistência de médico 
obstetra para assumir o caso se este não for 
o profissional assistente no momento; 
 instalar acesso venoso 
calibroso e informar a puérpera sobre a 
situação e os procedimentos previstos; 
 se o parto ocorreu em 
domicilio ou unidade de parto extra ou peri-
hospitalar, a puérpera deve ser transferida 
imediatamente para uma maternidade 
baseada em hospital. 
 O manejo ativo é recomendado na 
assistência ao terceiro período do parto, 
pois está associado com menor risco de 
hemorragia e transfusão sanguínea. 
 Se uma mulher com baixo risco de 
hemorragia pós-parto solicitar manejo ex-
pectante, apoiá-la em sua escolha. 
Manejo ativo 
Administrar 10 UI de ocitocina 
intramuscular após o desprendimentoda 
criança, antes do clampeamento e corte do 
cordão. A ocitocina é preferível, pois está 
associada com menos efeitos colaterais do 
que a ocitocina associada à ergometrina. 
Após a administração de ocitocina, pinçar e 
seccionar o cordão. 
Não realizar a secção do cordão antes 
de 1 minuto após o nascimento, a menos 
que haja necessidade de manobras de 
ressuscitação neonatal. 
Pinçar o cordão antes de 5 minutos 
após o nascimento para realizar a tração 
controlada do cordão como parte do 
manejo ativo. Se uma mulher solicitar o 
clampeamento e secção do cordão após 5 
minutos, apoiá-la em sua escolha. 
Após a secção do cordão realizar tração 
controlada do mesmo. A tração controlada 
do cordão, como parte do manejo ativo, só 
deve ser realizada após administração de 
ocitocina e sinais de separação da placenta. 
 Mudar do manejo expectante para o 
manejo ativo se ocorrer hemorragia ou a 
placenta não dequitou 1 hora após o parto 
Retenção placentária 
Diante da retenção placentária o MS 
recomenda os seguintes procedimentos: 
 Explicar para a mulher o que está 
acontecendo e quais serão os 
procedimentos necessários. 
 Deve-se providenciar um acesso 
venoso calibroso. 
 Não usar Ocitocina IV adicional de 
rotina para desprendimento da placenta, 
exceto se houver hemorragia. 
 Realizar exame vaginal minucioso. 
 Oferecer analgesia para este 
procedimento e providenciar, se a mulher 
demandar. 
 Oferecer analgesia para este 
procedimento e providenciar, se a mulher 
demandar. 
 Providenciar transferência antes da 
exploração uterina, se o parto ocorreu em 
uma modalidade extra-hospitalar. 
 Não realizar remoção manual ou 
cirúrgica sem analgesia adequada. A este 
procedimento e providenciar, se a mulher 
demandar. 
Cuidados com o períneo no terceiro 
período 
 O trauma perineal ou genital deve 
ser definido como aquele provocado por 
episiotomia ou lacerações, da seguinte 
maneira: 
1º grau – lesão apenas da pele e mucosas 
2º grau – lesão dos músculos perineais sem 
atingir o esfíncter anal 
3º grau – lesão do períneo envolvendo o 
complexo do esfíncter anal: 
3a – laceração de menos de 50% da 
espessura do esfíncter anal 
3b – laceração com mais de 50% da 
espessura do esfíncter anal 
3c – laceração do esfíncter anal inteiro 
4º grau – lesão do períneo envolvendo o 
complexo do esfíncter anal (esfíncter anal 
interno e externo) e o epitélio anal 
 Segundo o MS, o trauma perineal de 
primeiro grau deve ser suturado a ferida, a 
fim de melhorar a cicatrização, a menos que 
as bordas da pele estejam bem opostas. 
Caso seja um trauma de segundo grau, o 
músculo deve ser suturado, a fim de 
melhorar a cicatrização. 
 Recomenda-se oferecer supositórios 
retais de anti-inflamatórios não esteroides 
rotineiramente após o reparo do trauma 
perineal de primeiro e de segundo grau, 
desde que esses medicamentos não sejam 
contraindicados. 
 Tem início com a expulsão da 
placenta, ocorrendo ao longo das primeiras 
horas após a dequitação. 
 No atual manual do parto normal de 
2017 esse período não é referenciado, mas 
em outros manuais do MS como o Manual 
“Parto, aborto e puerpério” de 2001 é 
relatado com detalhes e classifica esse 
período como maior risco materno, princi-
palmente por hemorragia secundária a 
atonia uterina. 
 Observe o que o Manual do MS 2001 
relata sobre esse período: Os sinais vitais, 
especialmente pressão arterial e pulso, 
devem ser mensurados a cada 15 minutos. 
Da mesma forma, deverá ser feito controle 
praticamente contínuo da retração uterina 
e do sangramento. A não observância a 
estas medidas coloca a puérpera em sério 
risco. 
 Esse risco que o MS relata é referente 
ao choque hipovolêmico. 
 Nesta fase, portanto, devem-se 
considerar as seguintes questões: 
 verificação constante da contração 
uterina 
 revisão do canal de parto e reparação 
das lesões porventura existentes 
 a remoção da puérpera para a sala de 
recuperação (quando necessária) e 
enfermaria de alojamento conjunto 
somente deverá ser efetuada após o 
término do quarto período. revisão 
do canal de parto e reparação das 
lesões porventura existentes 
 avaliar pressão arterial, frequência 
cardíaca, frequência respiratória), 
verificação da firmeza do fundo do 
útero (globo de segurança de 
Pinard). 
 
 Segundo o manual das diretrizes do 
parto normal de 2017, a observação e 
monitoração da mulher imediatamente 
após o parto, incluem: 
Temperatura, pulso e pressão arterial. 
Lóquios e contrações uterinas. 
Examinar a placenta e membranas: 
avaliar suas condições, estrutura, in-
tegridade e vasos umbilicais. Transferir a 
mulher ou solicitar assistência de médico 
obstetra se a placenta estiver incompleta. 
Avaliação precoce das condições 
emocionais da mulher em resposta ao tra-
balho de parto e parto. 
Micção bem-sucedida. 
Condutas no 4º período: 
Estimular o aleitamento materno 
precoce na primeira meia hora de vida 
quando o recém-nascido estiver em boas 
condições; 
Inspecionar regularmente o períneo 
para sangramento importante e observar a 
quantidade dos lóquios (sangramento 
vaginal). Absorvente saturado em 1 hora: 
solicitar avaliação médica. 
Massagear o fundo de útero em caso de 
hipotonia uterina. 
Coletar sangue para exames 
laboratoriais, caso necessário. 
Administrar medicações conforme 
prescrição médica. 
Monitorar pressão arterial, frequência 
cardíaca, frequência respiratória a cada 15 
minutos. 
Incentivar a ingesta de alimentos e 
líquidos conforme tolerado. 
Manter acesso venoso quando indicado. 
Reparação de lesões (episiorrafia). 
Complicações do quarto período 
 Hemorragia 
 Atonia materna 
 Retenção placentária 
 Laceração do canal de parto 
 Rotura uterina

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