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AULA 1 ANÁLISE DA QUALIDADE microscopia doc

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA – CAMPUS GV 
FACULDADE DE FARMÁCIA 
FARMACOGNOSIA II - PRÁTICA 
 
AULA 2: ANÁLISE DA QUALIDADE DE DROGAS VEGETAIS 
 
CONTROLE DE QUALIDADE DE FÁRMACOS VEGETAIS 
Hoje é sabido que o controle da qualidade é o principal problema 
enfrentado pelos produtores de fitoterápicos no país no momento do registro 
sanitário destes medicamentos. A ausência de um padrão oficial brasileiro a ser 
seguido pelo setor regulado e pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária 
(SNVS) no controle da qualidade de drogas vegetais e seus derivados é um 
fator complicador e que dificulta o acesso da população a medicamentos 
fitoterápicos. Desta forma, tal dificuldade poderia ser amenizada por meio de 
planejamento visando a inclusão de monografias de plantas medicinais, 
derivados e produtos finais na Farmacopeia Brasileira (FB), privilegiando as 
espécies de interesse ao SUS que tenham segurança e eficácia comprovada. 
Assim sendo, através de um trabalho conjunto entre Anvisa, universidades e 
outras instituições, o Comitê Técnico-Temático de Farmacognosia e o 
Conselho Deliberativo da Farmacopeia Brasileira estão propondo, neste 
momento, a inclusão de 31 monografias de plantas medicinais e/ou de seus 
derivados na FB. 
O controle de qualidade de fármacos vegetais deve ser realizado em 
todas as etapas que envolvem a produção de drogas, como seleção da 
espécie, cultivo racional (solo, luminosidade, temperatura, irrigação), coleta 
planejada, limpeza da parte usada, secagem controlada, expurgo da matéria 
estranha, embalagem e armazenagem adequadas, para que o produto final 
atenda aos requisitos de qualidade. 
Muitas drogas vegetais à venda no comércio têm-se revelado mal 
preparadas ou em condições impróprias para o consumo. Essa situação se 
agrava à medida que grande parte delas é comercializada como matéria-prima 
de fitoterápicos, considerados medicamentos, e sujeitos à legislação que exige 
segurança e eficácia. 
O controle de qualidade procura avaliar as drogas, quanto a identificação 
correta (parte usada e espécie botânica), pesquisas qualitativa e quantitativa de 
 
marcadores químicos (muitos deles, princípios ativos) e de impurezas e 
falsificações, segundo as monografias das farmacopeias nacionais, 
internacionais e publicações científicas. Na ausência de parâmetros 
estabelecidos, padrões de drogas são utilizados para comparação. 
 
ANÁLISE FARMACOGNÓSTICA DE FÁRMACOS VEGETAIS 
1. Dados da amostra: ⇒ informações fornecidas pelo fabricante, constantes 
da embalagem ou bula, que são referidas no laudo exatamente como 
grafadas pelo produtor. 
2. Pesquisa bibliográfica: ⇒ consulta a obras especializadas 
(farmacopeias, livros, periódicos). 
Obs.: na ausência de publicações que tratem do assunto, comparação 
com droga padrão. 
3. Especificação da análise: 
3.1. Determinação do peso líquido e, sendo o caso, do número 
de unidades (saquinhos ou sachets). 
3.2. Identificação da amostra: ⇒ análise macroscópica 
(incluindo, organoléptica) – para drogas inteiras ou 
parcialmente fragmentadas, onde essencialmente se 
verificam tamanho e forma. 
OBS.: separação da matéria orgânica estranha e 
observação da presença de fungos, insetos..., que devem 
constar no item respectivo. ⇒ análise microscópica – 
material pulverizado, fragmentado, ou seccionado 
transversalmente e longitudinalmente, para determinação 
de características estruturais. 
3.3. Pesquisa de marcadores químicos / princípios ativos: ⇒ 
qualitativa (reações gerais para grupos químicos e 
específicas) ⇒ quantitativa (doseamentos) 28 
3.4. Pesquisa de impurezas: ⇒ matéria orgânica estranha ⇒ 
matéria inorgânica (cinzas, cinzas insolúveis em ácido) 
3.5. Pesquisa de falsificações: ⇒ ensaios especificados na 
monografia da droga 
 
4. Observações: ⇒ referentes a peso inferior, presença de terra, pedra, 
insetos, fio de cabelo, pelo, pena... 
5. Referências bibliográficas ⇒ de acordo com as normas da ABNT 
6. Conclusão: AMOSTRA (IN) SATISFATÓRIA 
7. Técnico responsável – nome do profissional encarregado da análise 
 
DROGA ANALISADA: Paullinia cupana - GUARANÁ 
INTRODUÇÃO 
O guaraná, Paullinia cupana Kunth é uma planta da família Sapindaceae, 
originária da região Amazônica, a qual possui clima tropical, quente e úmido. É 
amplamente utilizado na medicina tradicional brasileira, sendo empregada em bebidas 
caseiras e industriais, como tônico e estimulante. A parte utilizada é a semente seca e 
levemente torrada (Santos & Mello, 2007). 
Dentre os principais constituintes químicos do guaraná encontram-se as 
metilxantinas (cafeína, teofilina e teobromina) e os taninos condensados, que são 
compostos por unidades monoméricas interligadas, sendo as principais a catequina e 
a epicatequina (Moraes et al., 2003; Heard et al., 2006; Ushirobira et al., 2007). Podem 
ser identificados também as procianidinas B2, B3 e B4, que são dímeros compostos 
por unidades flavan-3-ol (Ushirobira et al., 2007). 
A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) exerce efeito estimulante sobre o sistema 
nervoso central, músculos cardíacos, sistema respiratório e secreção de ácido 
gástrico. Também é considerada como um diurético fraco e relaxante muscular. A 
teobromina (3,7-dimetilxantina) tem ação diurética e a teofilina (1,3-dimetilxantina) tem 
predominantemente efeito broncodilatador (Alves & Bragagnolo, 2002; De Maria & 
Moreira, 2007). As substâncias catéquicas presentes no guaraná demonstram 
atividade antioxidante, antiviral, bactericida, moluscicida e de inibição de algumas 
enzimas extracelulares (Santos & Mello, 2007; Yamaguti-Sasaki et al., 2007). 
Alguns métodos são descritos para a quantificação dos constituintes do 
guaraná, dentre eles encontra-se o ensaio espectrofotométrico para a determinação 
de metilxantinas e taninos totais, constante na Farmacopéia Brasileira (2003) e por 
Pelozo et al. (2008). Outros trabalhos empregam métodos como eletroforese capilar 
(Sombra et al., 2005; Kofink et al., 2007) e cromatografia líquida de alta eficiência 
(CLAE) para a quantificação de cafeína, teofilina, teobromina, catequina e 
epicatequina no pó dessa planta medicinal (Bempong & Houghton, 1992; Carlson & 
Thompson, 1998; Ushirobira et al., 2004a; Ushirobira et al., 2004b). 
 
 
PARTE PRÁTICA: 
1. Leitura da monografia da espécie em análise. 
2. Análises: Identificação macro e microscópica. 
3. Análise macroscópica: 
• Observação a olho nu e lupa. 
• Seguir as especificações da monografia. 
4. Análise microscópica: 
• Montagem das lâminas: lâmina, alíquota de pó, gota de água, lamínula. 
• Observar ao microscópio, seguindo as especificações da monografia da 
Farmacopéia Brasileira VI edição.

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