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Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas Amanda Santos Silva - 2320751 MÉTODOS DE PREÇO, CUSTO E CUSTEIO 3º semestre de 2021 Professora: Vilma Aparecida. São Paulo 2021 Artigo 1 – Análise da Gestão de custos e formação de Preços em Organizações Agroindustriais Paraibanas RESUMO Qualquer abordagem que trate da análise da eficiência empresarial irá tratar também da definição de preços, Administração Financeira, Contabilidade e Marketing, trazendo em seu conteúdo a Análise de Gestão de Custos e a formação de preços, (FP). Podemos demonstrar de forma segura, à implantação do sistema de custos, e torna-se irrefutável que o principal critério a atingir ao processo de formação de vendas nas empresas que foram analisadas foi o markup, que é o que indica quanto do preço, do produto, está acima do seu custo de produção e distribuição, ou a diferença entre o custo de um bem ou serviço e seu preço de venda, que pode ser expresso como uma quantia fixa ou um percentual. 1. INTRODUÇÃO: É um grande desafio para as empresas, firmar o preço de seus produtos ou serviços, devido os impactos sofridos em decorrência das influências do mercado, considerando a qualidade dos produtos, a oferta, poder aquisitivo das pessoas, e as escolhas que são feitas. O mercado se impõe naturalmente, de forma cada vez mais seletiva e essencial, trazendo a qualidade agregada aos preços que se dispõe a ser pago. Consequentemente, os preços cobrirão as despesas e os custos, e obter margem de retorno ao capital aplicado. A formação de preços é fundamental para que se conheçam seus limites financeiros. É através dos resultados em termos de vendas, que as empresas asseguram suas atividades ao longo do tempo. 2. AGROINDÚSTRIA: A agroindústria é um segmento da cadeia que vai desde o fornecimento de insumos agrícolas até o consumidor. Em comparação a outros segmentos industriais da economia, ela apresenta uma certa originalidade decorrente de três características fundamentais das matérias-primas: sazonalidade, perecibilidade e heterogeneidade. A agroindústria traz a soma das operações de produção, a distribuição dos suprimentos agrícolas, e também especiais cuidados com o armazenamento, processamento e distribuição de seus produtos e os itens que deles são produzidos, abrangendo assim as áreas de cadeia produtiva. O agronegócio (também chamado de agrobusiness) é uma das referências de crescimento do País; o que inclui desde sua participação no PIB, o seu desempenho na Balança Comercial, além da Internacionalização do agronegócio. 2.1 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA: As decisões empresariais, passam pela opção da escolha que melhor se enquadre a seus interesses, fazendo a coleta de dados sobre custos, despesas, mercado e tecnologia. O maior desafio das empresas é reduzir os custos e despesas para que a sua margem de contribuição seja maior, elaborando assim estudos sobre os seus limites, não oferecendo produtos e serviços inferiores aos custos e despesas ou com margem insuficiente ao capital. O preço de um produto ou serviço sempre vai levar em conta a oferta e a demanda, e as influências que incidem sobre elas: os clientes, os concorrentes e os custos. Os clientes influenciam na análise que fazem do valor cobrado pelo bem ou serviço e os benefícios advindos deles. Não é só o preço baixo que conta na sua diferenciação para que valha mais. Os custos e os preços da concorrência afetam os preços cobrados. Produtos alternativos e similares (muitas vezes, sem a menor preocupação com a qualidade), podem afetar a demanda e forçar muitas vezes a empresa a baixar seus preços. Já uma empresa livre de concorrência pode elevar seus preços naturalmente. Os custos influenciam os preços à medida que afetam a oferta. Quanto menor for o custo de um produto em relação ao seu preço, maior será a capacidade de fornecimento da empresa. 3. METODOLOGIA: Na pesquisa descrita aqui, com relação aos fins é exploratória e descritiva. Exploratória, pois se preocupou em ampliar o acompanhamento sobre a FP em agroindústrias, e descritiva porque descreve a participação dos gestores das agroindústrias na FP, e a indispensável gestão de custos neste processo. 4. RESULTADOS OBTIDOS: O que ficou mais evidente, foi a importância da implantação de um sistema de controle de custos, e de que os que não o possuem atualmente, se dividem entre os que reconhecem sua necessidade declarando que estão em fase de adaptação, ou que pretende fazê-lo o quanto antes. A pesquisa evidenciou também, a variação no que atinge a responsabilidade do profissional quanto ao registro dos custos, havendo uma prevalência relativa ao Gerente Geral, com cerca de 30% das empresas pesquisadas tendo este profissional neste papel. Este trabalho apresentou ainda, na relação dos fatores limitantes, a pouca preocupação dos gestores no acompanhamento e controle dos custos de produção, não dispondo assim de um sistema eficaz de controle. No que se refere a critérios de FP de vendas, o mais relevante foi perceber a utilização de um índice sobre o custo da produção representando 70% destas empresas no universo da pesquisa. Com referência aos preços das vendas a prazo, o que se destaca é a constatação de que 45% das empresas pesquisadas negociam com os preços e os prazos também. Observou-se que 65% das agroindústrias pesquisadas utilizaram formulários específicos para controle dos estoques de produção, e que quanto ao processo do registro dos custos de produção, constatou-se que 50% fazem todos os registros corretamente. No que se refere à forma de organização do registro dos custos de produção, 75% são agrupados em conta. Verificou -se ainda que quanto à base de valorização dos insumos, a base de valor mais utilizada é a reposição com 45% destas empresas. Com relação ao método de custeio, o método de apropriação dos custos de produção, o custeio direto é o mais utilizado, com 50%, embora o custeio por absorção também é muito empregado com 45% das empresas utilizando. O período mais utilizado como base para elaboração dos relatórios de custo é o mensal com 65% de representação. Quando se aborda os critérios utilizados no processo de definição dos lucros, quase sempre não há certeza da existência de lucros: 35% do total de entrevistados identificam a existência de lucros através das sobras de caixa ao final do processo. No que se trata de periodicidade de atualização dos relatórios de custos, 40% possuem atualização periódica e 40% possuem atualização constante. E finalmente, quanto à forma de registros dos custos de produção, 65% destes registros são feitos em formulários próprios. 5. CONCLUSÕES: De uma vez que abordamos acima, os destaques em cada item, ressaltamos que muitas das empresas pesquisadas, com referência aos fatores limitantes para a implantação de custos, alegaram que a Contabilidade Gerencial fornece dados suficientes para a gestão de seus negócios. Nota: Pode-se observar, no âmbito geral da pesquisa, que uma parcela considerável das empresas pesquisadas não desenvolveu ainda toda a qualificação necessária para a devida gestão de custos, e a consequente eficiência de seu produto produtivo e lucrativo com segurança e garantia de sua continuidade no mercado. REFERÊNCIAS CALLADO et al. Análise da Gestão de Custos e Formação de Preços em Organizações Agroindustriais Paraibanas. V Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, 2005. Disponível em http://www.congressousp.fipecafi.org/anais/artigos52005/142.pdf Artigo 2 - Proposta de Ferramenta de Análise De Custos Para o Suporte à Formação de Preços em Empresas Varejistas de Pequeno Porte RESUMO: O varejo conseguiu grande crescimento nos últimos 50 anos sendo considerado um dos maiores setores da economia mundial. O processo de formação de preços (FP) é essencial para o crescimento e continuidade dos negócios. O presente estudo possui natureza descritiva e qualitativa, sendo realizado através das constatações após o estudo realizado numa empresavarejista do setor de autopeças. 1. INTRODUÇÃO: É evidente que em toda a sociedade, que o varejo nas últimas décadas, expandiu-se grandemente e é considerado um dos maiores setores da economia mundial, gerando emprego e renda, e movimentando assim toda a economia. A grande expansão deste segmento trouxe também novos modelos de lojas, muita variedade de produtos e serviços, e consequentemente mais fornecedores e produtos, fazendo com que exista por parte dos consumidores uma maior exigência no que consiga a uma melhor qualidade no atendimento e no preço. No processo de (FP), se observam os objetivos da empresa, que podem ser, o estabelecimento de uma imagem forte e a conquista de uma parcela importante do mercado com preços competitivos. 2. O MERCADO VAREJISTA E O SETOR DE AUTOPEÇAS: O varejo é o conjunto de atividades que englobam o processo de venda de produtos e serviços, visando atender às necessidades do consumidor final. Consiste no elo entre o nível de consumo e o nível do atacado ou produção. O varejo é um segmento dinâmico, que se transforma rapidamente, que abre espaços e atende aos diversos tipos de http://www.congressousp.fipecafi.org/anais/artigos52005/142.pdf consumidores. O varejo é o intermediário entre o produtor e o consumidor final, objetivando o lucro. A (FP) deve ser feita com base na percepção de valor. Nesse caso , o preço de venda deve ser formado considerando o valor que os clientes entendem como justo para adquirir aquela mercadoria. É óbvio que não é apenas o preço que influencia as compras dos clientes, uma vez que eles consideram também o benefício percebido ao comprar em uma loja ou em outra. Os varejistas possuem concorrência e desenvolvem técnicas variadas para atrair os clientes e gerar assim satisfação. Diversos fatores motivam o cliente a decidir pela compra de uma mercadoria. A relação entre o preço e a percepção do benefício que a mercadoria proporciona é impactantes variáveis na decisão pela compra. 3. METODOLOGIA: Este trabalho desenvolveu além de sua forma descritiva, a sua natureza qualitativa, tendo o estudo de caso como o seu meio de execução. Através do estudo descritivo, identificaram-se as variáveis que impactam na (FP), e através da análise qualitativa, pôde-se fazer uma relação minuciosa das relações destas variáveis. Os dados coletados tiveram natureza primária, junto ao gestor da empresa, e a natureza secundária por meio de consulta a arquivos, documentos disponíveis na empresa e por meio da revisão literária. 4. A DESCRIÇÃO DA EMPRESA: É uma empresa varejista de pequeno porte da cidade de Belo Horizonte em Minas Gerais. A pesquisa considerou seu ano de fundação, a quantidade de sócios e de funcionários e a existência ou não de filiais. Sua missão, sua missão é atender às necessidades dos clientes, oferecer um bom atendimento e um estoque amplo e diversificado com linhas de produtos atualizadas. Além disso, a empresa tenta oferecer preços atrativos e compatíveis com os praticados pela concorrência. Além de sua forma de negociação com os fornecedores. A pesquisa considerou ainda a forma de revenda de seus produtos que compõem sua atividade principal, o seu faturamento anual e o seu regime de tributação, e consequentemente a forma de como ela recolhe os impostos. 5. A DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE VENDAS DA EMPRESA: Percebeu-se que a empresa pesquisada realiza o controle de estoques de mercadorias através de um sistema automatizado, que compreende desde a compra até a venda de seus produtos. Faz-se ali a sistemática conferência das entradas e saídas das mercadorias, verificando assim a média de vendas e o relacionamento com os seus fornecedores, o que vai refletir de maneira impactante na aquisição das mercadorias e a sua relação com os preços dos produtos adquiridos. 5.1 O DIAGNÓSTICO E AS PERSPECTIVAS EM RELAÇÃO AO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PREÇOS: A (FP) da empresa é baseada no custo sobre o qual é aplicado um markup estipulado pela empresa. Atualmente, para realizar o cálculo do preço das mercadorias a ser vendida, a empresa utiliza uma planilha que considera variáveis como a escolha das mercadorias, os impostos incidentes sobre as compras, e o markup que a empresa deseja aplicar ao custo da mercadoria. O processo de (FP) atual gera uma margem de contribuição sobre o custo abaixo do esperado, pois não considera as variáveis que incidem sobre o preço de venda, tornando a margem de lucro mais baixa que o desejado. 6- CONCLUSÕES: O processo de (FP) é essencial para o crescimento e continuidade de um negócio. Para tanto, a empresa deve analisar variados aspectos mercadológicos, a percepção do valor pelo cliente, a tributação entre outros fatores que concorrem para a (FP) das mercadorias. Vale ainda salientar que o pré-estabelecido pode ser alterado de acordo com as necessidades da empresa e ao final são apresentados os resultados de forma que a mesma possa avaliar as possíveis mudanças a serem realizadas no segmento do varejo. A altíssima tributação dos impostos, o oportunismo por parte de alguns fornecedores, além da concorrência desleal referente à prática de preços abusivos, especialmente em períodos de crise (ou de pandemia, como o que estamos vivendo), são apenas alguns dos fatores de REFERÊNCIAS SOUZA et al. Proposta de ferramenta de análise de custos para o suporte à formação de preços em empresas varejistas de pequeno porte. XVIII Congresso Brasileiro de Custos, 2011. Disponível em https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/480/480
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