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Aula 04
SEFAZ-ES (Auditor Fiscal) Contabilidade
de Custos - 2021 (Pós-Edital)
Autores:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 04
4 de Junho de 2021
 
 
 
1 
110 
Sumário 
1. Custos Fixos, Lucro e Margem de Contribuição ...................................................................... 4 
1.1. Custos Fixos e Variáveis ......................................................................................................... 4 
1.2. Comportamento dos Custos Variáveis e dos Custos Fixos Unitários e Totais ....................... 7 
1.3. Custeio Variável e por Absorção ........................................................................................... 9 
2. Margem de Contribuição e Limitações na Capacidade de Produção ................................... 12 
2.1. Margem de Contribuição .................................................................................................... 12 
2.2 - Limitações na Capacidade de Produção ............................................................................ 16 
3. Relação Custo/Volume/Lucro ................................................................................................ 21 
3.1. Pontos de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro ..................................................... 21 
3.2. Margem de segurança ......................................................................................................... 25 
3.3. Alavancagem Operacional Ou Grau de Alavancagem Operacional .................................... 27 
4. Alterações dos Custos Fixos e Variáveis e sua Influência no Ponto de Equilíbrio ................. 31 
5. Custeio Por Atividades – Activity Based Costing (ABC)......................................................... 35 
5.1 - Método De Alocação De Custos Em Dois Estágios ........................................................... 36 
5.2 - Custo Das Atividades ......................................................................................................... 36 
5.3 - Alocação dos Custos às Atividades e aos Produtos ........................................................... 37 
- Direcionadores de Custos ..................................................................................................... 37 
- Índice de Correlação entre Custo e Atividade ...................................................................... 39 
6. Custeio Pleno (RKW) .............................................................................................................. 39 
7. Questões Comentadas .......................................................................................................... 40 
7.1 – FGV .................................................................................................................................... 40 
7.2 – Outras Bancas .................................................................................................................... 67 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 04
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8. Lista de Questões .................................................................................................................. 88 
8.1 – FGV .................................................................................................................................... 88 
8.2 – Outras Bancas .................................................................................................................... 98 
9. Gabarito ............................................................................................................................... 107 
10. Resumo ................................................................................................................................ 108 
 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 04
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APRESENTAÇÃO DO CURSO 
Olá, meus amigos. Como estão?! 
Chegamos ao final do nosso curso de Contabilidade de Custos. 
Na aula de hoje trataremos da Relação custo/volume/lucro. 
Não fique com dúvidas, use o fórum! 
Bom, foi uma satisfação elaborar esse curso. Esperamos que seja útil, que vocês tenham uma boa 
nota em custos e consigam a aprovação no concurso! 
Só nos resta agradecer a confiança no nosso trabalho, muito obrigado! 
Forte abraço! 
Julio Cardozo/Luciano Rosa 
 
 
 
 
 
 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 04
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1. CUSTOS FIXOS, LUCRO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 
1.1. Custos Fixos e Variáveis 
É uma das mais importantes classificações entre os custos. Como iremos perceber ao longo da 
aula, a separação entre os custos fixos e os custos variáveis possibilita importantes análises quanto 
à relação volume/lucro da empresa. 
E para nós, concurseiros, este assunto apresenta uma importante característica: cai bastante em 
provas e a questões não são difíceis! 
Vamos começar com as definições: 
Custos variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume de produção. Exemplo: Matéria-
prima. Quanto maior a quantidade produzida, maior o consumo de matéria-prima. 
Custos fixos são aqueles que não sofrem variação em função da quantidade produzida. Exemplo: 
Aluguel da fábrica. O seu valor independe da quantidade produzida. 
Observações: O primeiro ponto a ser observado é que a classificação entre custos 
fixos e variáveis refere-se ao volume de produção. Se um determinado item de 
custo varia de acordo com o volume da produção, será custo variável. Do 
contrário, será custo fixo. 
Esquematizemos: 
 
Tomemos um exemplo. A produção de automóveis. 
Custo
Direto
Diretamente 
atribuíveis a um 
produto
Indireto Necessitam de rateio
Fixo
Não varia em 
relação à 
quantidade 
produzida
Variável
Varia em relação 
à quantidade 
produzida
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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Cada automóvel usa cinco rodas (quatro no chão e um estepe). As rodas são custos variáveis, pois 
variam de acordo com o volume de produção. Por exemplo, se a empresa produzir 1.000 veículos 
por mês, irá usar 5.000 rodas. Se a produção aumentar para 2.000 veículos ao mês, a empresa irá 
utilizar 10.000 rodas. 
Por outro lado, se a fábrica da empresa fica num prédio alugado, o valor do aluguel poderá ser o 
mesmo, quer a empresa fabrique 1.000 ou 2.000 veículos. Assim, o aluguel é um custo fixo, pois 
não varia em função da variação na quantidade produzida (pode mudar por outros fatores, como 
no caso de eventual reajuste de aluguel, mas não se altera em função do volume de produção). 
Alguns outros pontos: 
1. Os custos fixos não apresentam necessariamente o mesmo valor em dois períodos diferentes. 
Por exemplo, se o aluguel é reajustado mensalmente por um determinado índice e nunca é igual 
em dois períodos subsequentes, não deixa de ser um custo fixo, já que em cada período seu valor 
é definido e independe do volume produzido. 
Outros exemplos: 
- Mão-de-obra indireta: normalmente, é um gasto que, apesar de poder variar de período para 
período, é um Custo Fixo, pois, por mês, tem seu montante definido não em função do volume de 
produção; 
- Conta dos telefones da fábrica: pode ter seu valor diferente a cada mês, mas não é um Custo 
Variável, pois seu montante não está variando em função do volume de produção. 
2. Podemos classificar os custos fixos em Repetitivos e Não-repetitivos em valor. 
Isto é, custos que se repetem em vários períodos seguintes na mesma importância (caso comum 
do pessoal da chefia da fábrica, das depreciações, etc.) e custos que são diferentes em cada 
período (manutenção, energia, etc.) 
3. Os CustosFixos não são, mesmo os repetitivos, eternamente do mesmo valor. 
Podem se modificar em função de mudança de variação de preços, de expansão da empresa ou 
de mudança de tecnologia. 
 Por exemplo, o valor da mão-de-obra indireta pode subir devido a um dissídio; o aluguel pode 
crescer em virtude da adição de mais um imóvel; e a depreciação pode aumentar pela substituição 
de uma máquina velha por outra moderna e mais cara. 
Todos esses itens são Custos Fixos sempre, apesar de seus valores se modificarem, já que seu 
montante em cada período é independente do volume de produção. 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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4. A depreciação pode ser custo fixo ou custo variável, dependendo do método de depreciação 
utilizado. 
Há vários métodos para se calcular a depreciação. Os mais usados são: 
4.1. Método da Linha Reta ou Linear ou Método das Quotas Constantes: 
Dividimos o valor depreciável pelo tempo de vida útil estimada. É o método que mais aparece nos 
concursos. Quando a questão não mencionar nenhum método específico, devemos usar o método 
Linear. 
Ex.: Máquina com vida útil de 10 anos e valor depreciável de 60.000. 
 Depreciação anual = $ 60.000 / 10 anos= $ 6.000. 
4.2. Método da Soma dos dígitos ou Método de Cole: 
Somamos os dígitos da vida útil e dividimos cada algarismo pela soma. 
Ex.: Veículo com vida útil de 5 anos: 
Somamos 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15. 
Depreciação: Ano 1 = 5 / 15; ano 2 = 4/15; ano 3 = 3/15; ano 4 = 2/15 e ano 5 = 1/15. 
A justificativa técnica para esse método é que a despesa de depreciação menor nos últimos anos 
é compensada pelo aumento das despesas de manutenção. 
Observação: A ESAF já elaborou uma questão em que a depreciação era calculada 
de acordo com o “Método de Cole crescente”, neste caso a depreciação do ano 
1 é 1/15, do ano 2 é 2/15, e assim por diante. Outras bancas não o fizeram, mas é 
bom atentar-se ao fato. 
No caso desses dois métodos (linha reta e soma dos dígitos), a depreciação será considerada 
custo fixo. 
4.3. Método de Unidades Produzidas: 
Estima-se a quantidade total de unidades que será produzida. A depreciação é feita dividindo-se 
o total efetivamente produzido pela capacidade total de produção. 
Ex. Máquina que custou 100.000 e com capacidade de produção total, ao longo de toda a sua 
vida útil, de 1.000.000 de unidades. No ano de X1, foram produzidas 80.000 unidades. 
Portanto, a depreciação em X1 será: (80.000 / 1.000.000) = 0,08 ou 8%. 
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Valor da depreciação em X1: $100.000 x 8% = $ 8.000,00. 
4.4. Método das Horas de trabalho: 
Idêntico ao anterior. Estima-se o total de horas que determinado ativo vai trabalhar, ao longo de 
sua vida útil. E a depreciação é calculada dividindo-se as horas efetivamente trabalhadas pelo total 
de horas. 
Ex.: Máquina com vida útil de 50.000 horas. Trabalhou 4.500 horas em X1. 
Depreciação anual: 4.500 / 50.000 = 0,09 ou 9%. 
Para esses dois últimos métodos (unidades produzidas e horas de trabalho), a depreciação será 
considerada custo variável, pois apresenta variação conforme a quantidade produzida. 
Resumindo, temos: 
 
1.2. Comportamento dos Custos Variáveis e dos Custos Fixos 
Unitários e Totais 
Custo Variável: 
• Unitário: Não sofre alteração 
• Total: Apresenta alteração proporcional ao volume produzido 
Custo Fixo: 
• Unitário: Apresenta alteração inversamente proporcional ao volume produzido. 
• Total: Não sofre alteração 
Depreciação
Linha reta Custo Fixo
Soma dos 
dígitos Custo Fixo
Unidades 
produzidas Custo Variável
Horas 
trabalhadas Custo Variável
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Exemplo: Vamos supor que determinada empresa use dois litros de leite para fabricar um quilo de 
queijo. A fabricação é realizada num imóvel alugado por $ 5.000 reais por mês. Em janeiro/X1, a 
empresa produziu 1.000 quilos; em fevereiro/X1, produziu 1.400 kg. Considerando apenas essas 
informações, calcule o custo variável, custo Fixo e custo do produto, unitário e total, nos dois meses 
citados. 
Obs.: Cada litro de leite custa $3,00 reais. 
Custo Variável Janeiro/X1 Fevereiro/X1 
Produção (Kg) 1000 1400 
Quant. Leite (Lt) 2000 2800 
Custo variável total R$ 6.000,00 R$ 8.400,00 
Custo variável unitário R$ 6,00 R$ 6,00 
O custo variável total aumentou com o aumento de produção; o custo variável unitário permanece 
o mesmo. 
Custo Fixo Janeiro/X1 Fevereiro/X1 
Produção (Kg) 1000 1400 
Custo Fixo Total R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 
Custo Fixo unitário R$ 5,00 R$ 3,57 
O custo fixo total não tem alteração. O custo fixo unitário diminui com o aumento de produção. 
Custo Total Janeiro/X1 Fevereiro/X1 
Produção (Kgs) 1000 1400 
Quant. Leite (Lts) 2000 2800 
Custo variável total R$ 6.000,00 R$ 8.400,00 
Custo Fixo Total R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 
Custo total da produção R$ 11.000,00 R$ 13.400,00 
Custo unitário ($/kg) R$ 11,00 R$ 9,57 
O custo total da produção aumenta com o aumento da produção; o custo unitário da produção 
diminui com o aumento da produção. 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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1.3. Custeio Variável e por Absorção 
Custeio por absorção: Todos os custos de produção são apropriados aos produtos; todos os 
gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos. 
Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) – Estoques: 
Custos de transformação 
12. Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente 
relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, como 
pode ser o caso da mão-de-obra direta. Também incluem a alocação sistemática 
de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para 
transformar os materiais em produtos acabados. 
Os custos fixos são apropriados aos produtos com base em rateios e estimativas. Isto leva aos 
seguintes problemas: 
1) Os custos fixos existem independentemente da produção ou não desta ou daquela unidade, e 
acabam presentes no mesmo montante, mesmo que oscilações (dentro de certos limites) ocorram 
no volume de produção; 
2) Tendem os custos fixos a ser mais um encargo para que a empresa possa ter condições de 
produzir do que um sacrifício para a produção específica desta ou daquela unidade; 
3) São quase sempre distribuídos à base de critérios de rateio, que contêm, em maior ou menor 
grau, arbitrariedades; 
4) O valor do custo fixo por unidade depende ainda do volume de produção. Isto causa distorções 
na decisão sobre o mix de produção; se a empresa estiver reduzindo um item por ser pouco 
lucrativo, pior ficará sua posição, devido à diminuição de volume. 
Assim, devido a essas desvantagens, criou-se, para fins gerenciais, o Custeio Variável (custeio 
significa forma de apropriação de custos). 
Custeio variável: apenas os custos variáveis são apropriados aos produtos, 
considerando-se os custos fixos diretamente no Resultado do Exercício, como se 
fossem despesas. 
Tome nota! O custeio variável só pode ser usado para fins gerenciais, pois fere o princípio da 
Competência. Para a contabilidade oficial da empresa, deve ser usado o custeio por absorção. 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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Quantidade Produzida no período: 100 unidades 
Quantidade Vendida: 60 unidades 
Custo Fixo Total: $ 2.000 
Custo Variável por Unidade: $ 10Preço de Venda Unitário: $ 35 
(Auditor Fiscal/ICMS/RJ/2011) Com base nos dados acima, o Estoque Final e o Resultado com 
Mercadorias utilizando o custeio por absorção serão, respectivamente, 
a) $ 1.200 e $ 300. 
b) $ 600 e ($ 500). 
c) $ 1.500 e $ 300. 
d) $ 600 e $ 300. 
e) $ 1.200 e $ 500. 
Comentários:: 
Custeio por absorção: Todos os custos de produção são apropriados aos produtos; todos os 
gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos. 
Custo total da produção: 2.000 + 10 x 100 = 3.000,00 = 30/unidade. 
Custo do produto vendido: R$ 30/unidade x 60 unidades = R$ 1.800,00 
Logo, o estoque final foi de R$ 1.200,00 (3.000 – 1.800). 
O resultado com mercadorias corresponde ao lucro bruto. 
Receita total = 35 x 600 = 2.100,00 
(-) Custo da mercadoria vendida = (1.800,00) 
Lucro bruto = 300,00 
O gabarito é a letra a. 
(Analista Judiciário/TJ/PA/Contabilidade2009) A indústria Cor e Vida produz tintas industriais. A 
empresa tem utilizado o custeio por absorção para atender à legislação fiscal e societária e o 
custeio variável para fins gerenciais. As informações sobre a sua estrutura de custos é a seguinte: 
- Capacidade mensal de produção de tinta - 40.000 latas. 
- Quantidade produzida no mês de outubro - 30.000 latas. 
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- Quantidade vendida, no mês de outubro, para seus clientes atuais -25.000 latas. 
- A empresa vende cada lata de tinta para os seus clientes atuais por R$ 14,00 (preço líquido). 
- Os custos variáveis de produção são de R$ 7,50/lata. 
- As despesas variáveis de produção são de R$ 1,50/lata. 
- Os custos fixos somam R$ 120.000,00/mês. 
- As despesas administrativas somam R$ 30.000,00/mês. 
No mês de outubro, a empresa obteve um resultado bruto mensal pelo custeio por absorção de, 
em reais, 
a) (5.000,00). 
b) 25.000,00. 
c) 87.500,00. 
d) 62.500,00. 
e) 68.750,00. 
Comentários:: 
Custo por absorção: 
Custos variáveis unitários: $ 7,50/lata 
Custos fixos unitários: $ 120.000 / 30.000 latas = $ 4,00/lata 
Custo unitário total: $ 7,50 + $ 4,00 = $ 11,50 
Preço de venda unitário: $14,00 
Lucro bruto unitário: $ 14,00 - $ 11,50 = $ 2,50/lata 
Lucro bruto mensal: $ 2,50 x 25.000 latas = $62.500 
O gabarito é a letra d. 
 
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2. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E LIMITAÇÕES NA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 
2.1. Margem de Contribuição 
Os custos fixos, por serem rateados aos produtos, podem distorcer o custo total apurado para 
cada produto, dependendo do critério de rateio. O custo fixo deve ser apropriado aos produtos 
para atender ao princípio da Competência, através do custeio por absorção. Mas para efeito 
gerencial, as empresas podem usar o custeio variável (para toda a produção do período) ou a 
Margem de Contribuição, para calcular a lucratividade de cada linha de produtos. 
Grave: a Margem de Contribuição é o preço de venda menos os custos variáveis e as despesas 
variáveis 
Desse modo, a Margem de Contribuição de um produto é o que resta após diminuir os custos 
variáveis e as despesas variáveis. É a quantia com a qual o produto contribui para amortizar os 
custos fixos mais as despesas fixas, e para formar o lucro. 
Esquematizemos: 
 
Margem de Contribuição unitária (MCU) e Margem de Contribuição total: a Margem de 
contribuição unitária é a aplicação da fórmula acima para uma unidade do produto. E a margem 
de contribuição total é a margem de contribuição unitária multiplicada pela quantidade vendida. 
Exemplo: A empresa KLS tem as seguintes informações sobre o produto X: 
Preço de venda unitário 80,00 
Custos variáveis unitários 25,00 
Despesas variáveis unitárias 20,00 
Quantidade vendida 500 unidades 
Resolução: 
 
Preço de venda 
Custos variáveis 
e
Despesas 
variáveis 
Margem de 
contribuição
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Preço de venda unitário $80,00 
(–) Custos variáveis unitários $25,00 
(–) Despesas variáveis unitárias $20,00 
(=) Margem de Contribuição unitária (MCU) $35,00 
Margem de Contribuição Total = MCU x quantidade vendida 
Margem de contribuição Total = $35,00 x 500 unidades = $17.500,00 
Nas decisões sobre aumentar ou diminuir a quantidade produzida, devemos sempre usar a 
Margem de Contribuição como critério de seleção. 
Vamos a um exemplo... 
 (CESGRANRIO/Ciências Contábeis/BNDES/2008) No levantamento dos custos dos produtos da 
Cia. Medina S/A obtiveram-se os seguintes números, em reais: 
 
Considerando-se o critério de margem de contribuição unitária, o produto que apresenta maior 
contribuição ou lucratividade é o Modelo: 
a) K 
b) L 
c) M 
d) N 
e) O 
Comentários:: 
Vamos calcular a margem de contribuição unitária para todos os modelos. A questão já informa o 
preço de venda unitário e o valor da matéria prima, mão-de-obra direta e os custos indiretos de 
fabricação variáveis. 
O cálculo fica assim: 
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Modelos
Matéria 
prima
Mão de 
obra direta
Custos indiretos 
variáveis
Total custos 
variáveis
Preço de 
venda unitário
Margem de 
Contribuição 
unitária
K 20 40 15 75 100 25
L 25 45 20 90 114 24
M 30 40 25 95 128 33
N 35 35 20 90 124 34
O 40 30 30 100 135 35 
A coluna “total custos variáveis” é a soma de matéria prima, mão de obra direta e Custos indiretos 
variáveis. 
A Margem de Contribuição unitária é o preço de venda unitário menos os custos variáveis 
unitários. 
O Modelo O possui a maior Margem de Contribuição unitária, no valor de $35,00. 
O gabarito é a letra e. 
 
Uma importante utilização da Margem de Contribuição refere-se às vendas adicionais. 
Vamos supor que uma empresa possua capacidade de produção ociosa (ou seja, pode aumentar a 
produção sem incorrer em custos fixos adicionais). Nesse caso, quando surge a oportunidade de 
vendas adicionais, a empresa deve decidir pela Margem de Contribuição. Se a Margem de 
Contribuição for positiva, a venda adicional irá aumentar o resultado da empresa. Vamos a um 
exemplo: 
Considere as seguintes informações: 
• Capacidade produtiva: 1.400 unidades / mês 
• Produção atual: 1.000 unidades / mês 
• Preço de venda: $ 60,00 por unidade 
• Custo variável: $ 12,00 por unidade 
• Custo Fixo Total: $ 13.000,00 
• Despesas variáveis: $ 10,00 por unidade 
• Despesas fixas totais: $ 9.000,00 
Margem de contribuição unitária = Preço de venda (-) custos e despesas variáveis 
Margem de contribuição unitária = $ 60,00 – 12,00 – 10,00 
Margem de contribuição unitária = $ 38,00 
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DRE Total Unitário 
Vendas (1.000 x $ 60) = 60.000 60,00 
(-) Custo Variável (12.000) (12,00) 
(-) Custo Fixo (13.000) (13,00) 
(=) Lucro Bruto 34.000 34,00 
(-) Despesas variáveis (10.000) (10,00) 
(-) Despesas Fixas (9.000) (9,00) 
(=) Lucro líquido 16.000 16,00 
A empresa recebe uma proposta para exportar 300 unidades / mês, ao preço de $30,00. 
A atual estrutura de custos e despesas unitárias é a seguinte: 
Custo Variável12,00 
Custo Fixo 13,00 
Despesas variáveis 10,00 
Despesas Fixas 9,00 
(=) Total 44,00 
Assim, se considerarmos o custo total, mais as despesas, a exportação por $30,00 a unidade não 
deveria ser realizada. 
Mas esse nível de preço corresponde a uma produção de 1000 unidades. Se a empresa produzir 
1.300, os custos fixos unitários irão diminuir: 
Custo Variável 12,00 
Custo Fixo Unitário 10,00* *(13.000 / 1300) 
Despesas variáveis 10,00 
Despesas Fixas unitárias 6,92* *(9000/1300) 
Custo unitário total 38,92 
Mesmo assim, os custos e despesas ultrapassam o valor de venda. 
Mas o correto é usar apenas a Margem de Contribuição. Pois os custos fixos já são cobertos pelo 
nível atual de produção. 
Portanto, essa oportunidade de usar a capacidade ociosa deve ser avaliada apenas pelo confronto 
do valor da venda com os custos e despesas variáveis. 
• Margem de contribuição: $ 30,00 – $ 12,00 – $ 10,00 = $ 8,00 
Como a Margem de Contribuição é positiva, a exportação deve ser realizada, pois irá melhorar o 
lucro total da empresa. 
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Vamos ver a nova DRE, com a exportação das 300 unidades: 
 DRE Total 
Vendas (1.000 x $ 60) + (300 x 30) = 69.000 
(-) Custo Variável (1.300 x 12) = (15.600) 
(-) Custo Fixo (13.000) 
(=) Lucro Bruto 40.400 
(-) Despesas variáveis (1.300 x 10) = (13.000) 
(-) Despesas Fixas (9.000) 
(=) Lucro líquido 18.400 
O Lucro aumentou $ 18.400 - $ 16.000 = $ 2.400, que corresponde à Margem de Contribuição 
unitária multiplicada pelas unidades exportadas: 300 unid. X $ 8,00 = $2.400 
Atenção! As despesas variáveis integram o cálculo da margem de contribuição, 
mas não são agregadas ao produto para fins de avaliação dos estoques, quando 
do uso do custeio variável. 
Fique Atento! Portanto: 
Margem de contribuição: Preço de vendas menos os custos variáveis e as despesas variáveis. 
Custeio variável: Inclui apenas os custos variáveis. Os custos fixos são considerados como despesa, 
diretamente no resultado do exercício. As despesas (fixas e variáveis) são contabilizadas 
normalmente como despesas. 
2.2 - Limitações na Capacidade de Produção 
Sem qualquer restrição, o produto mais rentável será o que apresentar maior Margem de 
Contribuição unitária. 
Se houver alguma restrição (de matéria prima, por exemplo), o produto mais rentável será o que 
apresentar maior margem de contribuição por fator de restrição. Nesse caso, devemos calcular a 
margem de contribuição de cada produto e dividir pela quantidade de fator de restrição que o 
produto utiliza. 
Ficará mais claro com a questão a seguir: 
(Petrobrás/Contador/2011) A Indústria Santa Maria Ltda. fabrica 5 produtos. Para realizar essa 
produção, a empresa utiliza, habitualmente, 178.000 horas/máquina. Entretanto, em julho de 
2010, ocorreu um defeito em uma das máquinas operadoras, reduzindo tal capacidade em 15%. 
Os dados dos produtos são os seguintes: 
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Sabendo-se que os custos fixos montam a R$ 3.300.000,00 por mês, o produto que deve ter sua 
produção reduzida em função do defeito ocorrido, visando a maximizar o resultado da empresa, 
é o denominado 
a) Alfa. 
b) Beta. 
c) Gama. 
d) Delta. 
e) Eta. 
Comentários:: 
Vamos calcular inicialmente a margem de contribuição unitária para cada produto: 
Modelos
Matéria 
prima 
(R$)
Mão de 
obra direta 
(R$)
Custos 
indiretos 
variáveis (R$)
Total custo 
variável
Preço de 
Venda
Margem de 
Contribuição
Alfa 120 100 70 290 410 120
Beta 130 80 60 270 400 130
Gama 110 55 60 225 395 170
Delta 145 115 90 350 580 230
Eta 135 105 80 320 560 240 
O produto que possui a menor margem de contribuição é o produto Alfa. Mas nesse exercício, 
devemos calcular a menor margem de contribuição por fator de restrição, que são as horas 
máquinas. Portanto, o cálculo fica assim: 
Alfa = 120/1,5h = 80 
Beta = 130/2h = 65 
Gama = 170/2,5h = 68 
Delta = 230/3 h = 76,67 
Eta = 240/3,5h = 68,57 
O produto que tem a menor margem de contribuição por fator de restrição é o BETA, que deverá 
ter a sua produção reduzida. 
O gabarito é a letra b. 
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 (ESAEX/2010/Oficial do Exército) A indústria automobilística NORDESTE produz determinado 
tipo de automóvel, com duas e quatro portas, que são vendidos por R$ 30.000,00 e R$33.600,00, 
respectivamente. Os custos variáveis por unidade produzida são R$25.000,00 e R$ 26.000,00. A 
Indústria de Maçanetas OK somente poderá fornecer 16.000 unidades por mês e o mercado pode 
absorver apenas 5.000 veículos de duas portas. 
Considerando as limitações decorrentes de maçanetas, você definiu o seu mix de produção, 
levando em conta ainda a limitação do mercado. Desse modo, tendo em vista que os custos e 
despesas fixas do período montarão a R$18.200.000,00, o lucro do período será da ordem de: 
a) R$ 16.800.000,00 
b) R$18.200.000,00 
c) R$18.900.000,00 
d) R$21.000.000,00 
e) R$21.6000.000,00 
Comentários:: 
Nesse tipo de questão, começamos calculando a margem de contribuição. 
Margem de contribuição = receita de vendas unitária – custos e despesas variáveis 
É o que sobra, depois de pagar os custos variáveis e as despesas variáveis, para amortizar os custos 
fixos e formar o lucro. 
Montemos uma tabela para facilitar o cálculo: 
Duas portas Quatro portas
Preço de venda 30.000,00 33.600,00
Custos variáveis -25.000,00 -26.000,00
Margem de contribuição 5.000,00 7.600,00 
O veículo de quatro portas tem margem de contribuição (MC) de 7.600. O de duas portas tem 
MC de apenas 5.000. Beleza, vamos produzir só veículos de 4 portas, certo? 
Errado! A questão tem uma limitação no fornecimento de maçanetas. Nesse caso, devemos dividir 
a margem de contribuição pela quantidade do fator de restrição que cada produto usa. Daremos 
preferência para o produto que apresentar a maior margem de contribuição por fator de restrição 
Vamos calcular: 
Duas portas Quatro portas
Preço de venda 30.000,00 33.600,00
Custos variáveis -25.000,00 -26.000,00
Margem de contribuição 5.000,00 7.600,00
Quantidade de maçanetas 2 4
MC por restrição 2.500,00 1.900,00 
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A ideia é a seguinte: se usarmos 16.000 maçanetas para produzir carros de duas portas, podemos 
produzir 8.000 carros, que multiplicados pela margem de contribuição unitária de 5.000 resultarão 
em $40.000.000. 
Por outro lado, se produzirmos apenas carros de 4 portas, com 16.000 maçanetas por mês vamos 
produzir 4.000 veículos que multiplicados pela MC de 7.600 resultarão em $30.400.000. 
Quando dividimos a MC pela quantidade de maçanetas que cada produto usa, já calculamos 
diretamente qual produto tem maior MC por fator de restrição. 
Bom, então vamos produzir 8.000 carros de duas portas para maximizar o lucro? 
Iríamos, se o mercado comprasse tal quantidade. Mas há outra restrição, só conseguimos vender 
5000veículos de 2 portas. 
Então, produzimos 5.000 de duas portas, gastamos 10.000 maçanetas e com as 6.000 maçanetas 
que sobram produzimos mais 1.500 veículos de 4 portas. 
Multiplicamos pela margem de contribuição e tiramos os custos fixos para achar o lucro. 
Assim (tabela completa): 
Duas portas Quatro portas Total
Preço de venda 30.000,00 33.600,00
Custos variáveis -25.000,00 -26.000,00
Margem de contribuição (1) 5.000,00 7.600,00
Quantidade de maçanetas 2 4
MC por restrição 2.500,00 1.900,00
Total de maçanetas 16.000,00
Mix de produção (2) 5.000,00 1.500,00
MC total (1) x (2) 25.000.000,00 11.400.000,00 36.400.000,00
Custos e despesas fixas -18.200.000,00
Lucro por período 18.200.000,00 
O gabarito é a letra b. 
Finalmente, devemos considerar que melhor solução deve utilizar toda a quantidade de fator de 
produção disponível. 
Uma questão para explicar: 
(PETROBRAS/2014) Uma empresa industrial produz dois produtos: Alfa e Beta. A Tabela a seguir 
informa o preço unitário (PU), o custo variável unitário (CVU), a demanda fixa mensal de mercado 
(D), e a quantidade de horas-máquina (HM) necessárias à produção de cada um dos produtos. 
 
A capacidade produtiva total mensal dessa empresa é de 7.000 horas. 
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Qual deverá ser a melhor escolha de sua produção mensal para maximizar seu lucro? 
A) 700 unidades de Alfa e 700 unidades de Beta 
B) 749 unidades de Alfa e 679 unidades de Beta 
C) 750 unidades de Alfa e 678 unidades de Beta 
D) Nenhuma unidade de Alfa e 1.000 unidades de Beta 
E) Nenhuma unidade de Alfa e 1.200 unidades de Beta 
Comentários:: 
Questão de margem de contribuição com restrição. Vamos calcular: 
Produtos PU(R$) CVU(R$) Margem Contribuição
Alfa 2.500,00 1.500,00 1.000,00
Beta 3.500,00 1.500,00 2.000,00
Margem de contribuição unitária
 
Produtos Margem de Contribuição (MC) HM (horas) MC por restrição
Alfa 1.000,00 3 333,33
Beta 2.000,00 7 285,71
Margem de Contribuição por restrição
 
O produto que apresenta a maior margem de contribuição dividida pelo fator de restrição (horas 
Máquina) é o produto Alfa. Assim, vamos produzir o máximo possível de Alfa, respeitando a 
demanda do mercado: 
Alfa = 750 unidades x 3 HM por unidade = 2.250 HM 
Total HM 7.000 – 2.250 = 4.750 HM 
Temos 4.750 HM restantes para produzir Beta: 
Beta = 4.750 HM / 7 HM = 678,54 Unidades 
Como as resposta só indicam unidades, temos, numa primeira análise: 
Alfa = 750 Unidades 
Beta = 678 Unidades 
Mas essa solução não usa todo o fator de restrição: 
Produtos Produção HM (horas) MC por restrição
Alfa 750 3 2.250
Beta 678 7 4.746
TOTAL 6.996 
Sobram 4 HM. Não adianta fazer mais uma unidade de Alfa, o mercado não comporta (a demanda 
é de 750 unidades). 
Repare que Beta tem margem de contribuição unitária maior que Alfa (MC de $2.000 para Beta e 
$1.000 para Alfa). Assim, podemos diminuir uma unidade de Alfa, liberando 3 HM, que somadas 
às 4 HM sem utilização serão suficientes para mais uma unidade de Beta: 
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Produtos Produção HM (horas) MC por restrição
Alfa 749 3 2.247
Beta 679 7 4.753
TOTAL 7.000 
Vamos comparar o resultado das duas opções: 
Produtos Produção Margem de Contribuição Unitária Lucro
Alfa 750 1000 750.000
Beta 678 2000 1.356.000
TOTAL 2.106.000
Produtos Produção Margem de Contribuição Unitária Lucro
Alfa 749 1000 749.000
Beta 679 2000 1.358.000
TOTAL 2.107.000 
Assim, a segunda opção é melhor, pois proporciona um lucro de 2.107.000, ao passo que a 
primeira alternativa tem lucro de 2.106.000. 
O gabarito é a letra b. 
3. RELAÇÃO CUSTO/VOLUME/LUCRO 
3.1. Pontos de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro 
Ponto de Equilíbrio é o ponto em que o lucro da empresa é zero, ou seja, é o ponto no qual a 
receita total é igual aos custos e despesas totais. Também chamado de Break-even Point ou Ponto 
de Ruptura ou Ponto Crítico. 
A fórmula é a seguinte: 
Ponto de equilíbrio = 
(Custo fixos + despesas fixas) 
Margem de contribuição unitária 
Exemplo: Considere as seguintes informações: 
• Capacidade produtiva: 1.400 unidades / mês 
• Produção atual: 1.000 unidades / mês 
• Preço de venda: $ 60,00 por unidade 
• Custo variável: $ 12,00 por unidade 
• Custo Fixo Total: $ 13.000,00 
• Despesas variáveis: $ 10,00 por unidade 
• Despesas fixas totais: $ 9.000,00 
 
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Resolução: 
Primeiramente, encontremos a MCU: 
Margem de contribuição unitária = Preço de venda (-) custos variáveis e despesas variáveis 
Margem de contribuição unitária = $ 60,00 – 12,00 – 10,00 
Margem de contribuição unitária = $ 38,00 
Agora, precisamos somar o CF e a DF: 
Custos fixos+ Despesas fixas = $13.000 + $9.000 = $22.000 
Por fim, substituímos os valores na fórmula: 
Ponto de equilíbrio = 
(Custo fixos + despesas fixas) 
Margem de contribuição unitária 
 
Ponto de equilíbrio = 
$22.000 
$ 38 
Ponto de equilíbrio = 578,9 unidades. 
Ponto de equilíbrio financeiro: Não leva em conta a Depreciação, Amortização e Exaustão (que 
diminuem o lucro, mas não representam saída de caixa). 
A fórmula é a seguinte: 
Ponto de Equilíbrio Financeiro = 
(Custos fixos e despesas fixas – depreciação, amort. e exaust.) 
Margem de contribuição unitária 
Ponto de equilíbrio econômico: Considera o Custo de Oportunidade no cálculo do ponto de 
equilíbrio. 
A fórmula é a seguinte: 
Ponto de equilíbrio econômico = 
(custos fixos e despesa fixas + custo de oportunidade) 
Margem de contribuição unitária 
Em algumas questões, é pedido a margem de lucro ou o valor de lucro, para calcular o ponto de 
equilíbrio econômico. 
 
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Para fixar esses conceitos, vamos examinar uma questão do ICMS RJ 2011 – FGV: 
- Gasto Fixo Total: $ 1.000 
- Custo Variável Unitário: $ 5 
- Preço de Venda Unitário: $ 10 
- Gasto com Depreciação: $ 200 
- Custo de Oportunidade: $ 200 
(Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) Os Pontos de Equilíbrio Contábil, Financeiro e Econômico, 
considerando os dados acima, serão, respectivamente, 
a) 160, 240 e 200 unidades. 
b) 240, 200 e 160 unidades. 
c) 200, 160 e 240 unidades. 
d) $ 200, $ 160 e $ 240. 
e) $ 240, $ 200 e $ 160. 
Comentários:: 
Ponto de equilíbrio contábil: custo fixo total/margem de contribuição unitária. 
Ponto de equilíbrio contábil: 1.000/(10 – 5) = 200,00 unidades. 
Ponto de equilíbrio econômico: (custo fixo total + custo de oportunidade) 
 margem de contribuição unitária. 
Ponto de equilíbrio econômico: (1.000 + 200)/(10 – 5) = 240 unidades. 
Ponto de equilíbrio financeiro: (custo fixo total – depreciação) 
 margem de contribuição unitária. 
Ponto de equilíbrio financeiro: (1.000 – 200)/(10 – 5) = 160 unidades. 
O gabarito é a letra c. 
Novidade! Estamos acostumados com os pontos de equilíbrio Contábil, Financeiro e Econômico. 
Agora a FCC veio com uma novidade: o ponto de equilíbrio Operacional, não qual não se incluem 
as despesas financeiras. 
Ponto de equilíbrio operacional: Não leva em conta as Despesas Financeiras. 
 
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(ELETROSUL/CiênciasContábeis/2016) Atenção: Para responder à questão, considere os dados 
abaixo da empresa Efetividade S.A. 
 
O Ponto de Equilíbrio Operacional, em unidades, são 
 a) 2.000. 
 b) 4.000. 
 c) 6.000. 
 d) 3.000. 
 e) 12.000. 
Comentários:: 
No Ponto de Equilíbrio Operacional, as despesas financeiras não são consideradas. 
Assim, temos: 
Margem de contribuição unitária (MCU) = Preço de venda – custos variáveis – despesas variáveis 
MCU = 1.500 – 350 – 700 
MCU = 450 
Ponto de equilíbrio operacional (PEO) = (Custos fixo + despesas fixas – Despesa financeiras) 
 MCU 
Nessa questão, a FCC não incluiu as despesas financeiras nas despesas fixas. Ou seja, a empresa 
tem despesas fixas de 3200.000/mês mais despesas financeiras de 801.000/mês. 
PEO = (2.200.000 + 3.200.000) / 450 
PEO = 5.400.000 / 450 
PEO = 12.000 unidades 
O gabarito é a letra e. 
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3.2. Margem de segurança 
A Margem de Segurança indica a quantidade em que a empresa está operando acima do ponto 
de equilíbrio, ou seja, indica o quanto as vendas podem cair antes de a empresa entrar em prejuízo. 
Por exemplo, se uma empresa possui ponto de equilíbrio de 900 unidades e vende atualmente 
1.000 unidades, então a sua margem de segurança é de 100 unidades. Pode também ser indicada 
em percentual. Nesse caso, a margem de segurança seria de 10% (100/1.000 = 10%). 
Vamos ver algumas questões? 
(Petrobrás/Técnico de contabilidade/2011) - Dados extraídos da contabilidade de custos da 
Indústria Amazonas Ltda. em julho de 2010. 
• Preço de venda do produto X: R$ 150,00 por unidade 
• Custo variável do produto X: R$ 60,00 por unidade 
• Despesa variável do produto X: R$ 20,00 por unidade 
• Custos fixos do produto X: R$ 500.000,00 por mês 
• Despesas fixas do produto X: R$ 340.000,00 por mês 
• Vendas médias do produto X: 18.000 unidades por mês 
Com base exclusivamente nos dados acima, a margem de segurança do produto X obtém o 
percentual de 
(A) 25,00% 
(B) 28,66% 
(C) 30,00% 
(D) 33,33% 
(E) 35,55% 
Comentários:: 
Vamos calcular a Margem de Contribuição unitária: 
Margem de contribuição unitária = Preço de venda – custos variáveis – despesas variáveis. 
Margem de contribuição unitária: 150 – 60 - 20 = $ 70 por unidade. 
Ponto de equilíbrio: custos fixos + despesas fixos 
 Margem de contribuição 
Ponto de equilíbrio: $ 840.000 / $ 70 = 12.000 unidades 
Vendas atuais: 18.000 
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Margem de segurança: (18.000 - 12.000) / 18.000 = 33,33 % 
O gabarito é a letra d. 
 (Técnico de Contabilidade/Transpetro/2011) A Indústria Vala informou que, na venda de 1.000 
unidades de um de seus produtos, auferiu uma receita líquida de R$ 6.850.000,00. Trabalhando 
nesse volume de atividade tem uma margem de segurança física de 80 unidades. Considerando-
se que a Indústria Vala pratica uma margem de contribuição de 40%, o valor dos custos e das 
despesas fixas desse produto, em reais, é 
(A) 1.096.000,00 
(B) 2.520.800,00 
(C) 2.740.000,00 
(D) 3.781.200,00 
(E) 4.110.000,00 
Comentários:: 
Questão interessante. Vamos lá: 
Receita total $6.850.000,00 / 1.000 unidades = $ 6.850,00 por unidade. 
Margem de contribuição unitária: $6.850,00 x 40% = $ 2.740,00 
Trabalhando nesse volume de atividade, a empresa tem uma margem de segurança física de 80 
unidades. Como a margem de segurança é a quantidade vendida acima do ponto de equilíbrio, 
podemos calcular o ponto de equilíbrio de 1.000 unidades – 80 unidades = 920 unidades. 
A fórmula do ponto de equilíbrio é: 
Ponto de equilíbrio = (custos fixos + despesas fixas) / margem de contribuição 
920 unidades = (custos fixos + despesas fixas) / $ 2.740,00 
Custos fixos + despesas fixas = 920 unid. X $ 2.740,00 
Custos fixos + despesas fixas = $ 2.520.800,00 
O gabarito é a letra b. 
 
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3.3. Alavancagem Operacional Ou Grau de Alavancagem 
Operacional 
Vamos supor que uma determinada empresa apresente os seguintes dados: 
• Preço de vendas unitário: $ 60,00 
• Custos variáveis + despesas variáveis: $ 40,00 
• Custos fixos + despesas fixas: $18.000,00 
Podemos calcular a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio para essa empresa: 
Margem de contribuição = preço de venda – custos variáveis + despesas variáveis 
Margem de contribuição = $ 60,00 - $ 40,00 = $ 20,00 
Ponto de equilíbrio: (Custos fixos + despesas fixas)/margem de contribuição 
Ponto de equilíbrio: $ 18.000,00 / $ 20,00 
Ponto de equilíbrio: 900 unidades. 
Digamos que, atualmente, a empresa venda 1.000 unidades por mês. O lucro seria de 100 
unidades x margem de contribuição $ 20,00 = $ 2.000,00. 
Para quanto iria o lucro, se a empresa aumentasse as vendas em 10%? 
• Vendas atuais: 1000 unidades 
Com um aumento de 10%, a empresa venderia 1.100 unidades. O lucro passaria para 1.100 
unidades x $20,00 = $ 22.000 - $ 18.000,00 = $4.000,00 
Repare que, com um aumento de 10% no volume, o lucro aumentou 100% (passou de $2.000,00 
com nível de vendas de 1.000 unidades para $4.000,00 com vendas de 1.100 unidades). 
E esse é o conceito de Alavancagem Operacional: Indica o aumento no lucro resultante de um 
determinado aumento no Volume. 
A fórmula da Alavancagem (também chamada de “Grau de Alavancagem Operacional”) fica 
assim: 
Alavancagem operacional = 
Porcentagem de acréscimo no lucro 
Porcentagem de acréscimo no volume 
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No exemplo acima, a Alavancagem Operacional poderia ser calculada assim: 
Alavancagem operacional = 
Porcentagem de acréscimo no lucro = 100% = 10,0 
Porcentagem de acréscimo no volume 10% 
O Grau de Alavancagem Operacional (GAO) ou simplesmente Alavancagem Operacional também 
pode ser calculado assim: 
GAO = 
Margem de contribuição total 
lucro total 
No exemplo acima, temos: 
• Margem de contribuição total = $20 x 1.000 unidades = $20.000 
• Lucro (já calculamos acima) = $2.000 
GAO = 
Margem de contribuição total = $20.000 = 10,0 
lucro total $2.000 
Dessa forma, a Alavancagem Operacional é de 10,0. Mas qual seria a Alavancagem Operacional 
se o volume aumentasse de 1.000 unidades para 1.150 unidades? 
Vamos calcular: 
• Lucro para a venda de 1.150 unidades = 1.150 x $ 20,00 = $23.000 
• Custos e despesas fixas $ 18.000,00 
• Acréscimo no lucro = R$ 23.000,00 – $ 18.000,00 = $ 5.000,00 
• Aumento no lucro: $5.000,00 / $2.000,00 = 2,5 ou 150 % 
• Aumento no volume: 1.150 / 1.000 = 1,15 = 15% 
Vamos calcular a Alavancagem Operacional: 
Alavancagem operacional = 
Porcentagem de acréscimo no lucro = 150% = 10,0 
Porcentagem de acréscimo no volume 15% 
Como podemos perceber, calculamos o mesmo valor para a Alavancagem Operacional, 10,0. Para 
uma base de 1.000 unidades, qualquer variação irá gerar o mesmo valor para a Alavancagem 
Operacional. Para cada 1% de variação no volume, a empresa obterá 10% de variação no lucro. 
Esse valor de alavancagem é válido para as comparações obtidas a partir de 1.000 unidades. Para 
qualquer outra quantidade, esse número irá se alterar. 
Vamos calcular a Alavancagem operacional, para o ponto de 1.500 unidades. 
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• Lucro para 1.500 unidades vendidas: 1.500 x $20,00= $30.000 - $18.000 = $12.000,00 
• SE o volume aumentar 10%, teríamos: 1.500 unidades x 1,1 = 1.650 unidades. 
• Cálculo do lucro: 1.650 unidades x $20,00 = $33.000 – $18.000 = $ 15.000,00. 
• Aumento percentual no lucro: $15.000,00 / $ 12.000,00 = 1,25 ou 25% 
Alavancagem operacional = 
Porcentagem de acréscimo no lucro = 25% = 2,5 
Porcentagem de acréscimo no volume 10% 
Portanto, para esse ponto de vendas, a Alavancagem Operacional é de 2,5. 
Podemos calcular também dividindo a Margem de contribuição total pelo Lucro, para uma venda 
de 1500 unidades: 
GAO = 
Margem de contribuição total 
lucro líquido 
• Margem de contribuição total = $ 20 x 1500 unidades = $30.000 
• GAO = $30.000 / $12.000 = 2,5. 
Para fixar melhor o cálculo da Alavancagem Operacional, vamos ver uma questão. 
(Economista da Infraero - 2009)Uma companhia apresenta os seguintes dados de custos: 
Custos e Despesas Fixas: R$ 100.000,00 
Custos e despesas variáveis unitárias: R$ 200,00 
Preço unitário de venda do produto: R$ 300,00 
O grau de alavancagem operacional correspondente à produção de 1.200 unidades é: 
(A) 9 
(B) 8 
(C) 7 
(D) 6 
(E) 5 
Resolução: 
Vamos calcular o lucro para a produção de 1.200 unidades: 
Preço unitário $300,00 x 1.200 unidades = $360.000,00 
Custos e despesas variáveis $ 200,00 x 1.200 unidades = $ 240.000,00 
Lucro: $ 360.000,00 - $240.000,00 - $ 100.000,00 = $20.000,00 
Vamos calcular agora o aumento de lucro para um aumento na produção de 10%: 
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Quantidade: 1.200 x 1,1 = 1.320 
Lucro: 1.320 x $100 = $132.000,00 - $100.000,00 = $32.000,00 
Aumento no lucro: $ 32.000 / $20.000 = 1,6 ou 60%. 
 Porcentagem acréscimo no lucro 60% 
Alavancagem operacional = ----------------------------------------------- = ------- = 6,0 
 Porcentagem acréscimo no volume 10% 
Vamos calcular pela outra fórmula: 
 Margem de contribuição total 
Alavancagem operacional = ------------------------------------------- 
 Lucro 
 ($100 x 1.200 unidades) 
Alavancagem operacional = ----------------------------------- 
 20.000 
 $ 120.000 
Alavancagem operacional = ----------------- = 6,0 
 $ 20.000 
O gabarito é a letra d. 
 
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4. ALTERAÇÕES DOS CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS E SUA 
INFLUÊNCIA NO PONTO DE EQUILÍBRIO 
Já estudamos os conceitos de ponto de equilíbrio (incluindo os pontos de equilíbrio financeiro e 
econômico). É uma matéria tranquila, que não apresenta maiores dificuldades. 
Com base no que já estudamos, considere a seguinte questão: 
1) (Inédita) Uma empresa possui custos fixos no valor de $20.000. Em determinado mês, os custos 
fixos aumentaram para $23.000. Não houve alteração nos custos variáveis e no preço de vendas. 
Considerando apenas estas informações, o ponto de equilíbrio da empresa: 
A) aumentou 200 unidades 
B) aumentou 15,0 % em unidades 
C) aumentou 11,1% em unidades 
D) aumentou $3.000 em receita. 
E) a questão não apresenta informações suficientes para ser resolvida. 
Seria mais rápido resolver essa questão, se soubéssemos o valor da Margem de Contribuição. 
Se a questão informasse o preço de venda unitário e os custos variáveis unitários, poderíamos 
calcular a Margem de Contribuição unitária. 
Mas, da forma como está enunciada a questão, vamos precisar de outra abordagem. Deixemos 
essa questão em suspenso, por enquanto, e vamos seguir com a matéria. 
Vamos ver, a seguir, como a alteração no valor dos custos fixos e dos custos variáveis refletem na 
alteração do ponto de equilíbrio. 
Suponha os seguintes dados: 
• Preço de venda unitário: $ 150 
• Custo variável unitário: $ 50 
• Custo fixo total: $ 50.000 
Resolução: 
Margem de contribuição (MC) = Preço de venda – custo variável 
Margem de contribuição (MC) = $150 – $50 = $100 
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Ponto de equilíbrio = custo fixo / MC 
Ponto de equilíbrio = $ 50.000 / 100 = 500 unidades 
Ponto de equilíbrio em receita = 500 unidades x $150 = $ 75.000 
Vamos calcular o que ocorre com o Ponto de Equilíbrio se os Custos Fixos aumentarem 12%. 
• Custos fixos: $50.000 x 1,12 = $ 56.000 
• Novo ponto de equilíbrio: $ 56.000 / $100 = 560 unidades 
• Aumento percentual no ponto de equilíbrio: 560 / 500 = 1,12 = 12% 
O aumento dos custos fixos de 12% resultou no aumento do ponto de equilíbrio no mesmo 
percentual, em unidades e em receita. 
Isso deve sempre ocorrer. Assim, podemos considerar que: 
Um aumento de 1% no custo fixo irá resultar no aumento de 1% no ponto de 
equilíbrio. 
Mas e se o custo fixo diminuir? A regra acima continua válida? 
Vamos descobrir. 
Se o custo fixo do nosso exemplo diminuir 10%, teremos: 
• Custo fixo = $50.000 x 90% = $ 45.000 
• Novo ponto de equilíbrio: $ 45.000 / $100 = 450 unidades 
• Aumento percentual no ponto de equilíbrio: 450 / 500 = 0,90 = -10% 
Portanto, qualquer alteração percentual no custo fixo (para mais ou para menos) irá produzir a 
mesma alteração percentual no ponto de equilíbrio, tanto em unidades como em receitas. 
Volte para a questão do início deste ponto. 
O custo fixo aumentou 23.000 / 20.000 = 1,15 = 15%. 
Portanto, o ponto de equilíbrio da empresa aumentou 15% em unidades. 
O gabarito é letra b. 
Alteração nos Custos Variáveis 
Mais uma questão? Vamos lá: 
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2) (Inédita) Uma empresa possui Preço de Venda unitário de $50 e Custo Variável unitário no valor 
de $20. Em determinado mês, o Custo variável unitário aumentou para $23. Não houve alteração 
nos custos Fixos e no Preço de Vendas. Considerando apenas estas informações, o ponto de 
equilíbrio da empresa: 
A) aumentou 200 unidades 
B) aumentou 15,0 % em unidades 
C) aumentou 11,1% em unidades 
D) Aumentou $3.000 em receita. 
E) A questão não apresenta informações suficientes para ser resolvida. 
Parece com a questão 1, não é? 
Mas o efeito no ponto de equilíbrio é diferente quando há aumento no custo fixo (como a questão 
1) ou no custo variável, como é o caso desta segunda questão. Vamos continuar com a teoria, 
resolveremos esta depois. 
Vejamos agora o efeito das alterações dos custos variáveis sobre o ponto de equilíbrio. Para isso, 
vamos retomar os dados do exemplo anterior: 
Suponha os seguintes dados: 
• Preço de venda unitário: $ 150 
• Custo variável unitário: $ 50 
• Custo fixo total: $ 50.000 
Resolução: 
Margem de contribuição (MC) = Preço de venda – custo variável 
Margem de contribuição (MC) = $150 – $50 = $100 
Ponto de equilíbrio = custo fixo / MC 
Ponto de equilíbrio = $ 50.000 / 100 = 500 unidades 
Ponto de equilíbrio em receita = 500 unidades x $150 = $ 75.000 
Vamos calcular o que ocorre com o Ponto de Equilíbrio se os Custos Variáveis aumentarem 12%. 
• Custos variáveis unitários = $50 x 1,12 = $ 56 
• Margem de contribuição (MC) = $150 – $56 = $94 
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Ponto de equilíbrio = custo fixo / MC 
Ponto de equilíbrio = $ 50.000 / 94 = 531,9 unidades 
• Ponto de equilíbrio em receita = 531,9 unidades x $150 = $ 79.787 
• Aumento percentual do ponto de equilíbrio: 531,9 / 500 = 1,0638 = 6,38 % 
Assim, um aumento de 12% no custo variável resultou em um aumento de 6,38% no ponto de 
equilíbrio. 
Esse percentual de 6,38% corresponde à variação ocorrida na Margem de Contribuição Unitária 
(MC). 
• Margem de Contribuição anterior: $100 
• Margem de Contribuição após o aumento do Custo Variável: $94 
• Variação na MC: 100 / 94 = 1,0638 
Portanto, um aumento no custo variável resulta no aumento do ponto de equilíbrio 
igual à variação percentual ocorrida na Margem de Contribuição. 
O mesmo vale para as diminuições do Custo Variável. Por exemplo, se o Custo Variável Unitário 
diminuir 10%: 
• Custos variáveis unitários = $50 x 0,90 = $ 45 
• Margem de contribuição (MC) = $150 – $45 = $105 
Ponto de equilíbrio = custo fixo / MC 
Ponto de equilíbrio = $ 50.000 / 105 = 476,2 unidades 
• Ponto de equilíbrio em receita = 476,2 unidades x $150 = $ 71.430 
• Diminuição percentual do ponto de equilíbrio: 476,2 / 500 = 0,952 
• Diminuição percentual do ponto de equilíbrio: 95,2% ou uma diminuição de 4,8% 
• Margem de Contribuição anterior: $100 
• Margem de Contribuição após a diminuição do Custo Variável: $105 
• Variação na MC: 100/105 = 0,952 = 95,2% = diminuição de 4,8% 
Assim, essa forma de cálculo também funciona para as diminuições do custo variável. 
Vamos resolver agora a questão 2. 
• Margem de contribuição inicial: Preço de venda 50 – custo variável 20 = 30 
• Margem de contribuição após o aumento do custo variável: Preço de venda – custo variável 
• Margem de contribuição após o aumento do custo variável: 50 – 23 = 27 
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• Variação da Margem de Contribuição Inicial: MC Inicial / MC final = 30/27 = 1,111 = 11,1% 
O gabarito é a letra c. 
Vamos confirmar essa resposta? Suponha que o Custo Fixo total da questão 2 seja de $30.000. 
Ponto de equilíbrio inicial: 30.000 / MC inicial 30 = 1.000 unidades. 
Ponto de equilíbrio após o aumento do custo variável:30.000 / MC final 27 = 1.111,1 unidades 
Ponto de equilíbrio após o aumento do custo variável = aumento de 11,1 %. 
Resumindo, temos: 
 
 
5. CUSTEIO POR ATIVIDADES – ACTIVITY BASED COSTING 
(ABC) 
Apresentamos o esquema básico da contabilidade de custos, através da departamentalização: 
a) Separação entre Custos e Despesas; 
b) Apropriação dos Custos Diretos aos produtos; 
c) Apropriação dos Custos Indiretos aos Departamentos; 
d) Rateio dos Custos Acumulados nos Departamentos de Serviços aos Departamentos de 
Produção; 
e) Atribuição dos Custos Indiretos dos departamentos de Produção aos produtos 
Os custos indiretos são apropriados através de rateios, que acabam por conter algum grau de 
arbitrariedade e podem distorcer os custos dos produtos. 
Tome nota! O Custeio Baseado em Atividades (Activity Based Costing – ABC) é um método de 
custeio que procura reduzir a arbitrariedade do rateio dos custos indiretos, pois os custos são 
inicialmente atribuídos às atividades e depois aos produtos. 
O ABC também pode ser aplicado aos custos diretos, mas nesse caso não haverá grandes 
diferenças em relação aos “sistemas tradicionais”, que são o custeio por absorção e custeio 
variável. 
Alteração de Custo Fixo Ponto de Equilíbrio altera no mesmo percentual.
Alteração do Custo Variável Ponto de Equilíbrio altera no mesmo percentual da Margem de Contribuição..
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A diferença fundamental entre o ABC e os sistemas tradicionais está no tratamento dos custos 
indiretos de fabricação. 
5.1 - Método De Alocação De Custos Em Dois Estágios 
Uma atividade consome recursos e, portanto, tem custo. O objetivo das atividades é transformar 
os recursos (materiais, mão de obra, custos indiretos etc.) em produtos. 
Essas premissas possibilitam que o Custeio Baseado em Atividades faça a apropriação dos custos 
em dois estágios: 
1) Determinar os custos das atividades realizadas na empresa; 
2) Aloca os custos das atividades aos produtos. 
Esquematizemos: 
 
 5.2 - Custo Das Atividades 
A primeira etapa do custeio ABC compreende a identificação das atividades relevantes, no 
processo de fabricação, e a atribuição de custos a estas atividades. 
Uma atividade utiliza recursos (materiais, mão de obra, equipamentos, etc) visando à produção de 
bens e serviços. As atividades podem ser divididas em tarefas e estas em operações. Um conjunto 
de atividades homogêneas, que possuem a mesma finalidade, forma uma função, a qual 
geralmente é efetuada por um departamento. 
Inicialmente, os custos são apropriados aos departamentos de produção. 
Depois, os custos de cada departamento são atribuídos para as atividades. Finalmente, os custos 
das atividades são apropriados aos produtos através dos direcionadores. 
Esquematizemos: 
 
O custeio ABC começa pela identificação das atividades mais importantes dentro dos 
departamentos, que são as que consomem mais recursos. 
Recursos
(matéria prima, mão 
de obra, etc)
Custos das 
Atividades Custo dos Produtos
DEPARTAMENTO ATIVIDADES PRODUTOS
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Exemplo de levantamento das atividades relevantes dos departamentos: 
Departamento Atividades 
Compras 1. Comprar Materiais 2. Desenvolver Fornecedores 
Almoxarifado 1. Receber materiais / 2. Controlar os materiais no Almoxarifado 
Manutenção 1. Inspecionar os equipamentos / 2. calibrar e regular os 
equipamentos / 3. Consertar os equipamentos danificados 
5.3 - Alocação dos Custos às Atividades e aos Produtos 
Os custos das atividades incluem todos os gastos necessários para executá-las. Deve incluir salários 
com os respectivos encargos sociais, depreciação, energia etc. 
A atribuição de custos às atividades deve ser feita na seguinte ordem: 
 
A alocação direta deve ser utilizada quando há identificação clara e objetiva dos itens de custos 
com as atividades. 
O Rastreamento identifica uma relação de causa e efeito entre a atividade e os custos necessários 
para realizá-la. Para isso, a empresa deve usar os direcionadores de custos. 
O rateio é utilizado quando não é possível utilizar a alocação direta ou o rastreamento. 
- Direcionadores de Custos 
São os fatores que determinam o custo de uma atividade; é o que causa o custo da atividade. 
Alguns exemplos dos direcionadores de custos são: 
--- número de empregados 
--- área ocupada 
--- Tempo de mão de obra 
--- tempo de máquina etc. 
Atribuição de 
custos às atividades 
alocação direta
rastreamento
rateio
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Devemos distinguir dois tipos de direcionadores: os Direcionadores de Custos de Recursos 
(usados na primeira etapa do Custeio Baseado em Atividades) e os Direcionadores de Custos de 
Atividades (usado na segunda etapa). 
Tome nota! O Prof. Eliseu Martins apresenta as seguintes definições: 
--- Os Direcionadores de Custos de Recursos identificam a maneira como as atividades consomem 
recursos e serve para custear as atividades, ou seja, demonstra a relação entre os recursos gastos 
e as atividade 
--- Os Direcionadores de Custos deAtividades identificam a maneira como os produtos 
“consomem” atividades e serve para custear produtos (ou outros custeamentos), ou seja, indica a 
relação entre as atividades e os produtos.1 
Assim, temos: 
 
Já foi cobrado em concurso: 
(FUNDATEC/Auditor Fiscal da Receita Estadual/RS/2009) Em relação ao Custeio por Atividades 
(Activity-Based Costing), é correto afirmar que: 
a) a atribuição de custos às atividades é feita com a seguinte ordem de prioridade: rastreamento, 
alocação direta e rateio. 
b) os direcionadores de recursos de atividades identificam como as atividades consomem recursos. 
c) os direcionadores de custos de recursos identificam como as atividades consomem recursos. 
d) os direcionadores de custos de recursos identificam como os produtos consomem as atividades. 
e) as tarefas são divididas em atividades e estas formam as operações. 
Gabarito → C 
 
1 (Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”, 10ª Edição, pg. 96) 
Recursos
Direcionadores 
de custo de 
recursos
Custo das 
atividades
Direcionadores 
de custo das 
atividades
Custo dos 
produtos
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- Índice de Correlação entre Custo e Atividade 
Um ponto crítico para a implantação do Custeio Baseado em Atividades (ABC) é a determinação 
dos direcionadores de custo dos recursos, especialmente a sua correlação com os custos indiretos. 
Para a utilização dos direcionadores no rastreamento dos custos das atividades é fundamental que 
a variação dos recursos utilizados acompanhe a variação dos respectivos direcionadores de custos 
dos recursos. Ou seja, quanto maior a utilização dos recursos pelas atividades, maior deve ser a 
quantidade do direcionador de recursos. 
O mesmo acontece com os direcionadores dos custos das atividades. Assim, quanto maior a 
utilização de alguma atividade pelos produtos, maior deverá ser a quantidade do direcionador 
dessa atividade. 
A empresa pode verificar a adequação do direcionador adotado calculando o Coeficiente de 
Correlação entre o custo de uma ou mais atividades e a quantidade do direcionador. 
O Coeficiente de Correlação é uma medida do grau de relação linear entre duas variáveis. Esse 
coeficiente varia de -1 a 1. O valor 0 (zero) indica que não há correlação entre as variáveis, o valor 
1 indica que há correlação perfeita e o valor -1 (menos 1) indica que há correlação perfeita, mas 
inversa, ou seja, quando uma variável aumenta a outra diminui. 
O Coeficiente de Correlação pode ser calculado em planilhas eletrônicas ou calculadoras, e, por 
ser matéria de Estatística, não iremos abordar mais do que essa pequena introdução. Para 
aprofundar nesse assunto, sugerimos um livro/curso/professor de Estatística. 
Voltando ao nosso assunto: o uso de direcionadores com baixa correlação entre os custos e as 
atividades pode distorcer os números apurados e tirar a credibilidade do sistema de custos. 
6.CUSTEIO PLENO (RKW) 
O RKW (Reichskuretorium fur Wirtschaflichtkeit) é uma forma de alocação de custos e despesas 
que se originou na Alemanha, no início do século passado. Consiste no rateio de todos os custos 
e despesas aos produtos. 
É uma técnica concebida inicialmente para fixar preços. Com todos os custos e despesas 
computados no custo dos produtos, basta que se adicione o percentual de lucro para calcular o 
preço de venda. 
Os custos e despesas são acumulados em departamentos, e depois são rateados e finalmente 
apropriados aos produtos. Veremos em detalhes na próxima aula (“esquema básico da 
contabilidade de custos”). 
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Esse método de custeio (RKW) pode funcionar para uma situação de monopólio ou oligopólio, 
que mesmo numa economia planejada, mas dificilmente seria viável numa economia de mercado, 
na qual os preços são decorrentes da oferta e procura. O preço não é fixado apenas em função 
do custo dos produtos, mas em função das forças de mercado. 
Agora, vamos ao resumo geral. Depois, a diversão: questões comentadas! 
7. QUESTÕES COMENTADAS 
7.1 – FGV 
 (FGV/SEFIN RO/AFTE/2018) A Cia. Alfa fabrica e vende três tipos de sapatos: de neném, 
infantis e de adultos. A sociedade empresária utiliza o Método de Custeio Variável para avaliar 
seus estoques. 
Em novembro de 2016, a Cia. Alfa apresentava as seguintes informações (por par): 
 Neném Infantil Adulto 
Capacidade de produção por mês 
Preço de venda 
Matéria prima direta 
Mão-de-obra direta 
100 pares 
R$ 50 
R$ 15 
R$ 10 
100 pares 
R$ 70 
R$ 20 
R$ 15 
120 pares 
R$ 100 
R$ 40 
R$ 25 
 Além disso, os custos indiretos de fabricação, comuns aos três produtos, eram de R$ 1.000. Ainda, 
a sociedade empresária incorre em despesas gerais e administrativas no valor de R$ 3.000. 
Em novembro de 2016, a sociedade empresária não tinha estoques de produtos em processo ou 
acabados e trabalhou com 80% de sua capacidade. Ainda, nesse mês as vendas foram de 60 pares 
de neném, 70 pares de criança e 80 pares de adulto. 
Com base nas informações acima, assinale a opção que indica o lucro líquido da Cia Alfa, antes 
dos impostos, em novembro de 2016. 
A) R$ 860. 
B) R$ 2.750. 
C) R$ 3.750. 
D) R$ 4.160. 
E) R$ 5.750. 
Comentário: 
Vamos calcular inicialmente o custo variável para cada produto: 
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Custo variável Neném Infantil Adulto 
Matéria prima direta R$ 15 R$ 20 R$ 40 
Mão-de-obra direta R$ 10 R$ 15 R$ 25 
Total R$ 25 R$ 35 R$ 65 
Agora, o total das vendas e do custo variável: 
 Neném Infantil Adulto Total 
Quantidade vendida 60 70 80 
Preço de venda R$ 50 R$ 70 R$ 100 
Receita total R$ 3.000 R$ 4.900 R$ 8.000 R$ 15.900 
 
 Neném Infantil Adulto Total 
Quantidade vendida 60 70 80 
Custo variável unitário R$ 25 R$ 35 R$ 65 
Custo variável total R$ 1.500 R$ 2.450 R$ 5.200 R$ 9.150 
Finalmente, vamos calcular o resultado, usando o Custeio Variável. 
 Resultado com o Custeio Variável Total 
Receita de vendas R$ 15.900 
Custo dos produtos vendidos -R$ 9.150 
Margem de Contribuição R$ 6.750 
Custo Fixo -R$ 1.000 
Despesas gerais e administrativas -R$ 3.000 
Lucro líquido R$ 2.750 
Observação: No custeio variável, a Receita de vendas menos os custos variáveis é 
chamada de “margem de Contribuição”. Não confunda com a Margem de 
Contribuição usada no cálculo do ponto de equilíbrio. 
No custeio variável, as despesas variáveis não entram no cálculo da margem de 
contribuição. 
No cálculo do ponto de equilíbrio, as despesas variáveis são consideradas. 
Margem de contribuição: 
Custeio variável = Preço de venda - custos variáveis 
Ponto de equilíbrio = Preço de venda – (custos variáveis + despesas variáveis) 
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O gabarito é letra b. 
 (FGV/SEFIN RO/AFTE/2018) A Cia. Camisaria produz e vende dois tipos de camisas, com dois 
botões e com cinco botões. O preço de venda (PV), o custo variável (CV) e a demanda anual, 
por cada tipo de camisa, são os seguintes: 
 Camisa com P unit CV unit Demanda 
Cinco botões 100 50 1000 
Dois botões 70 30 2000 
 Além disso, a Cia. Camisaria incorre em custos fixos anuais no valor de R$ 30.000. 
Em 2017, a empresa que fornecia botões com exclusividade para a Cia. Camisaria teve problemas 
e só forneceu 5.000 unidades. A Cia. Camisaria não possuía botões em estoque e visava obter o 
maior resultado possível com os botões disponíveis. 
Assinale a opção que indica a margem de contribuição da Cia. Camisaria, em 2017. 
A) R$ 50.000. 
B) R$ 60.000. 
C)R$ 90.000. 
D) R$ 100.000. 
E) R$ 130.000. 
Comentário: 
Questão de margem de contribuição com restrição. Devemos priorizar o produto que apresenta 
a maior Margem de Contribuição Unitária dividida pelo fator de restrição. 
Camisa com Cinco botões Dois botões 
Preço unitário R$ 100 R$ 70 
Custo Variável R$ 50 R$ 30 
Margem de contribuição unitária R$ 50 R$ 40 
Restrição (Botões) 5 2 
Margem de contribuição por restrição R$ 10 R$ 20 
Assim, devemos priorizar a produção e venda das camisas com dois botões, que apresenta a 
melhor margem de contribuição unitária dividida pelo fator de restrição. A demanda é de 2.000 
camisas com dois botões. Assim, temos: 
Camisas com dois botões = 2.000 unidades x 2 botões = 4.000 botões 
Como a empresa pode comprar 5.000 botões, vamos usar 4.000 para as camisas com dois botões 
e com os 1.000 botões restantes vamos produzir mais 200 camisas com cinco botões. 
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Margem de contribuição Total: 
Camisa com Cinco botões Dois botões Total 
Quantidade 200 2000 
Margem de contribuição unitária R$ 50 R$ 40 
Margem de contribuição total R$ 10.000 R$ 80.000 R$ 90.000 
O gabarito é letra c. 
 (FGV/SEFIN RO/AFTE/2018) A Cia. Gama produz e vende agendas. O preço de venda de cada 
agenda é de R$ 30. Os custos variáveis unitários das agendas são de R$ 12 e a sociedade 
empresária paga comissão de 20% sobre o preço a seus vendedores. 
Ainda, a sociedade empresária incorre nos seguintes custos e despesas fixos por mês: 
• salários dos funcionários da fábrica: R$ 2.000; 
• salários dos funcionários da administração: R$ 3.000; 
• depreciação das máquinas e da fábrica: R$ 1.000; 
• aluguel da fábrica: R$ 1.500. 
Os sócios da Cia. Gama requerem da empresa um lucro líquido de R$ 24.000 ao ano. 
Considerando a alíquota do imposto sobre a renda e a contribuição social de 25%, assinale a 
opção que indica o ponto de equilíbrio econômico mensal da empresa. 
A) 598 unidades. 
B) 764 unidades. 
C) 792 unidades. 
D) 848 unidades. 
E) 3292 unidades. 
Comentário: 
Questão de ponto de equilíbrio econômico. Devemos considerar o lucro desejado para encontrar 
o ponto de equilíbrio econômico. 
Vamos começar com o cálculo da Margem de Contribuição Unitária. 
Comissão dos vendedores = Preço de venda x 20% 
Comissão dos vendedores = $ 30 x 20% = $ 6 
Margem de contribuição unitária (MCU) = preço de venda – (custos variáveis + despesas variáveis) 
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MCU = $ 30 – ($ 12 + $ 6) 
MCU = $ 30 - $ 18 = $ 12 
Custos e despesas fixos 
• salários dos funcionários da fábrica R$ 2.000 
• salários dos funcionários da administração R$ 3.000 
• depreciação das máquinas e da fábrica R$ 1.000 
• aluguel da fábrica R$ 1.500 
Total dos custos e despesas fixos R$ 7.500 
Agora a questão complica um pouco. Temos a alíquota do Imposto de Renda, de 25%, sobre o 
Lair (Lucro antes do Imposto de renda). Repare que não podemos calcular 25% de R$30,00, pois 
o imposto incide sobre o lucro, e não sobre as vendas. 
Mas podemos resolver com este esquema: 
 Total Percentual 
Margem de contribuição ??? 
Custos e despesas fixas R$ 7.500 
Lucro antes do Imposto de renda (LAIR) ??? 100% 
Imposto de renda ??? 25% 
Lucro desejado R$ 2.000 75% 
O lucro anual desejado é de R$ 24.000. Como os custos e despesas fixos estão em base mensal, 
vamos considerar o lucro também em base mensal. 
Lucro anual = $ 24.000 / 12 meses = $ 2.000 (Lucro mensal). 
O lucro mensal de $ 2.000 representa 75% do LAIR. 
LAIR = $ 2.000 / 75% = $ 2.667 
Lançando, este valor na tabela acima, temos: 
 Total Percentual 
Margem de contribuição ??? 
Custos e despesas fixas R$ 7.500 
Lucro antes do Imposto de renda (LAIR) R$ 2.667 100% 
Imposto de renda ??? 25% 
Lucro desejado R$ 2.000 75% 
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Podemos calcular agora a Margem de Contribuição Total: 
Margem de contribuição total = $ 2.667 + $ 7.500 = $ 10.167 
Ponto de equilíbrio econômico = Margem de Contribuição total / MCU 
Ponto de equilíbrio econômico = $ 10.167 / $ 12 = 847,22 unidades 
A banca arredondou o valor para 848 unidades 
O gabarito é letra d. 
 (FGV/SEFIN RO/Técnico Tributário/2018) A Cia. Beta fabrica e vende bolas de pingue-pongue. 
A capacidade da sociedade empresária é produzir 20.000 bolas por mês. 
O preço de cada bola é de R$ 10,00, enquanto seus custos variáveis unitários são de R$ 3,00. Além 
disso, a sociedade empresária paga comissão de 10% do preço de venda aos vendedores. 
Os custos fixos mensais da sociedade empresária são os seguintes: 
• Aluguel da fábrica: R$ 10.000; 
• Seguro da fábrica: R$ 2.000; 
• Manutenção das máquinas: R$ 4.000; 
• Depreciação das máquinas: R$ 6.000; 
• Salário dos supervisores: R$ 8.000. 
Com base nas informações acima, assinale a opção que indica o ponto de equilíbrio financeiro da 
Cia. Beta. 
A) R$ 23.340. 
B) R$ 34.290. 
C) R$ 34.340. 
D) R$ 40.000. 
E) R$ 50.000. 
Comentário: 
Ponto de equilíbrio Financeiro. Não considere as despesas de depreciação, amortização e 
exaustão, que afetam o lucro, mas não representam saída de caixa. 
Vamos calcular a Margem de Contribuição Unitária. 
Comissão = $ 10 x 10% = $ 1 
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Margem de contribuição unitária (MCU) = preço de venda – (custos variáveis + despesas variáveis) 
MCU = $ 10 – ($ 3 + $ 1) 
MCU = $ 10 - $ 4 = $ 6 
Custos e despesas fixos (sem considerar a depreciação): 
• Aluguel da fábrica: R$ 10.000 
• Seguro da fábrica: R$ 2.000 
• Manutenção das máquinas: R$ 4.000 
• Salário dos supervisores: R$ 8.000 
Total custos fixos R$ 24.000 
Ponto de equilíbrio financeiro em quantidade = Custo fixos / MCU 
Ponto de equilíbrio financeiro em quantidade = $ 24.000 / $ 6 
Ponto de equilíbrio financeiro em quantidade = 4.000 unidades 
A questão pede o ponto de equilíbrio financeiro em valor. Vamos calcular: 
Ponto de equilíbrio financeiro em valor = quantidade x preço de venda 
Ponto de equilíbrio financeiro em valor = 4000 unidades x $ 10 
Ponto de equilíbrio financeiro em valor = $ 40.000 
O gabarito é letra d. 
 (FGV/CODEBA/Contador/2016) Uma loja que vendia uniformes escolares apresentava o 
seguinte mix de venda: 
 Camisetas 7 
Bermudas 4 
Calças 2 
Casacos 1 
 O preço de venda e o custo variável unitário de cada produto eram os seguintes: 
 Preço Custo Variável 
Camisetas 30 15 
Bermudas 20 10 
Calças 40 25 
Casacos 50 20 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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 Assinale a opção que indica a margem de contribuição de um lote de produtos. 
A) R$ 70. 
B) R$ 205. 
C) R$ 420. 
D) R$ 490. 
E) R$ 980. 
Comentário: 
Precisamos apenas calcular a Margem de Contribuição unitária e multiplicar pela quantidade de 
cada produto no lote. Assim: 
 Preço 
Custo 
Variável 
Margem de Contribuição 
unitária 
Quantidade 
Margem de Contribuição 
total 
Camisetas 30 15 15 7 105 
Bermudas 20 10 10 4 40 
Calças 40 25 15 2 30 
Casacos 50 20 30 1 30 
Total 205 
O gabarito é letra b. 
 (FGV/PAULÍNIA/Contador/2016) Uma empresa produz e vende apenas um produto. Esse 
produto tem preço de venda de R$ 180 e custo variável unitário de R$ 110. Além disso, os 
vendedores recebem uma comissão de 10% do preço. 
Em março de 2016, os gastos fixos incorridos e pagos pela empresa foram os seguintes:

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