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DESENVOLVIMENTO HUMANO - RESUMO

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DESENVOLVIMENTO HUMANO
PROFESSOR BRUNO
EMENTA
Exploração e discussão sobre o desenvolvimento humano do adulto e do idoso, a partir das principais referências teóricas que embasam a área. Abordagem dos aspectos físicos, cognitivos, neuro-motores e psicossociais, contextualizando o processo de desenvolvimento do ponto de vista histórico, cultural e das políticas públicas.
Desenvolvimento humano - como transformação que ocorre ao longo de toda a vida e está relacionado a um conjunto complexo de fatores.
Idade adulta - como uma etapa culturalmente organizada de passagem do sujeito pela existência tipicamente humana.
Fatores aos quais se relacionariam os processos de transformação, ou de desenvolvimento: 
1) a etapa da vida em que a pessoa se encontra; 
2) as circunstâncias culturais, históricas e sociais nas quais sua existência transcorre; 
3) experiências particulares privadas de cada um e não generalizáveis a outras pessoas (OLIVEIRA, 2004)
OBS - Na verdade, as teorias psicológicas são menos articuladas e complexas quanto mais avançamos no processo de desenvolvimento da pessoa: sabemos muito sobre bebês, bastante sobre crianças, menos sobre jovens e quase nada sobre adultos.
A definição da vida adulta e do envelhecimento como sendo um estágio psicológico de estabilidade e ausência de mudanças importantes (quase que excluído, portanto, da própria essência do desenvolvimento) é, claramente, inadequada.
Erikson
O desenvolvimento humano esteve em grande parte do tempo voltado ao estudo sobre a infância e a adolescência. Este vinculado ao desenvolver da família moderna, onde o idoso foi posto de lado.
Os estudos sobre a etapa da vida adulta eram pouco frequentes, a compreensão até meados do século XIX, tratava-se da vida adulta como etapa influenciada unicamente pelas experiencias infantes. 
Erikson foi um dos teóricos que compreendia que o desenvolvimento era algo a ser realizado durante a vida toda. (conceituação assumida principalmente no século XX) Até a década de 40 existiam poucos estudos sobre o idoso.
A partir da 2ª guerra, uma diversidade de estudo surge com o foco no idoso e no processo de envelhecimento da populacional. 
Mobilizadores importantes; uma maior participação do idoso no campo social e a preocupação da política pública com a sua população idosa.
Brasil
O quadro é mais dramático para o nosso país, pois este tem pela frente o impacto e o desafio enfrentado pelas nações europeias há várias décadas, com uma diferença, e para pior: o ritmo de crescimento da população idosa entre nós é proporcionalmente muito mais intenso do que o presenciado por aqueles países.
Os problemas citados trouxeram à tona a situação do velho, da velhice e do processo de envelhecimento no Brasil. Os conhecimentos disponíveis a respeito desses assuntos resultam de vários estudos e pesquisas realizados em todo o país nas últimas quatro décadas. Acreditamos que quatro fatores foram os propulsores desses estudos:
■A pressão passiva exercida pelo número rapidamente crescente de idosos no Brasil
■O clamor da sociedade que, mais hoje do que ontem, começa a sentir o peso de um desafio perante os múltiplos problemas médicos, psicossociais e econômicos gerados pela velhice
■O interesse dos profissionais da saúde, dos pesquisadores, das sociedades científicas e das universidades no estudo de um processo que, por ser uma preocupação acadêmica recente, oferece amplo campo de investigação científica, e na busca de soluções dos problemas que afligem a população idosa
■A disseminação dos conhecimentos sobre o fenômeno da velhice em todo o mundo. (NETTO, 2018)
As trajetórias são mais variáveis do que antigamente 
Em 1960, de acordo com Mouw (2005), os jovens normalmente concluíam a educação escolar, saíam de casa, encontravam um emprego, casavam-se e tinham filhos. Nos anos de 1990 somente um em quatro seguia essa sequência
Atual: fase de experimentação antes de se assumir papéis e responsabilidades
Porém as pessoas, nas últimas décadas, têm vivido mais e isso, fez com que as experiências e crises próprias da idade adulta e da velhice também encontrassem o seu lugar na área do desenvolvimento humano.
O número de estudos em relação ao adulto tem-se intensificado. 
Contudo, o início dessas pesquisas ocorreu nos anos de 40 e 50; apenas na década de 70 é que esses estudos são reconhecidos, 
Número de pessoas com mais de 60 anos tem aumentado nos últimos anos
Da adolescência a vida adulta
Ao considerar o processo do ciclo vital que corresponde à passagem da adolescência para a idade adulta, ocorrem transições traduzidas no desenvolvimento, realização e consolidação da identidade pessoal e social do sujeito, que culminarão com a aquisição do estatuto social de adulto
Em perspectiva um período de transição cada vez mais extenso, devido a mudanças em sua característica;
De um modo geral, as mudanças sociais colocam novos desafios ao modo como os jovens vivem a transição para a idade adulta fazendo surgir uma nova figura de adulto “em transição”, o chamado adulto emergente
Adulto emergente
Arnet(2000) define a fase idade adulta emergente não é adolescência nem idade adulta jovem, um período de focalização intensiva na preparação para a fase adulta, em que esta está iminente e em que a pessoa está claramente em transição.
Psicologia do Desenvolvimento
- Experiência X Natureza;
- Desenvolvimento enquanto Ciclo Vital:
* Desenvolvimento vitalício;
* Dependente da história e contexto do sujeito;
* Multidimensional e multidirecional (crescimento e declínio)
Flexível e Plástico
*Desenvolvimento UNIFICADO: físico, cognitivo e psicossocial
(Papalia, Olds e Feldman, 2006)
OBS - “Nesse sentido, tornou-se essencial que as conceptualizações do desenvolvimento humano (e dos percursos de vida), tomassem em conta o carácter mutável da idade adulta, ao invés desta ser encarada como um período normativamente uniforme e inalterado em termos desenvolvimento”. (Agudo, 2008, p. 9)
Temos por essa perspectiva uma transição, que não se destaca por um check-list, mas algo altamente influenciado pela dimensão histórico social, bem como pelas experiências individuais.
Idade adulta jovem 20 - 40 
Idade Adulta Jovem intermediária 40- 65
Idoso: 65+
· Idosos jovens 65 – 74 anos;
· Idosos velhos 74 – 84 anos;
· Idosos mais velhos 85 anos ou mais
Esses marcos se apresentam enquanto uma construção social
A relação entre cada uma das frases é resultante da relação dos ideários sociais e de seus esquemas organizativos
Caracterização da fase adulta
Fase mais longa da existência do ser humano;
Considerada como etapa de estabilidade, maturidade, envolta por várias transições, transformações e perspectivas de desenvolvimento profissional, pessoal e também social;
Alguns marcos de transição na investigação sobre este tema, nomeadamente o sair 
da casa familiar, tornar-se economicamente menos dependente, ou o entrar em novos papéis e novas circunstâncias habitacionais.
O jovem adulto passa por diversas preocupações com o futuro, sendo a profissão que escolheu, a pessoa que iniciou o relacionamento para constituir uma família, se os amigos são os certos para levar para a vida toda entre outras questões que aparecem. Quando consegue entender qual seu lugar na sociedade e no âmbito familiar e profissional começam outros questionamentos, estou criando meu filho bem, meu cônjuge está feliz, estou feliz com essa vida, vou conseguir me aposentar, quantas dividas ainda tem, esses problemas sempre estão presentes conforme o desenvolvimento da pessoa (PAPALIA; OLDS, 2000)
Vida adulta
Considerada como etapa de estabilidade, maturidade, envolta por várias transições, transformações e perspectivas de desenvolvimento profissional, pessoal e também social. 
• Tendência a haver mudanças em alguns aspectos como na maneira de pensar e agir distinguindo-se de comportamentos infantis pelas atitudes que envolvem compromissos e responsabilidades a serem cumpridas, sem que outros respondam por seus atos diretamente, como no caso dos pais para comos filhos. 
• O desenvolvimento humano na fase adulta varia de acordo com a faixa etária e também com sexo e condição social e o meio em que vive.
Velhice
Os anos da Velhice sempre foram associados a limitações e deficiências. Talvez por isso sejam encarados como um período extraordinário da vida, aparecendo muitas vezes como objeto da Psicologia do Excepcional, e não do desenvolvimento humano natural. (Paiva,1986, p. 15).
A melhoria do nível de vida nas sociedades modernas bem como a automação na execução de várias tarefas retardou o desgaste físico. que antigamente ocorria mais cedo na vida dos indivíduos.
O envelhecimento, ou senescência, é um processo universal, determinado geneticamente para os indivíduos da espécie, motivo pelo qual é também chamado de envelhecimento normal. Esse processo tem início logo depois da maturidade sexual e acelera-se a partir da quinta década de vida, marcado pela cessação ou diminuição da possibilidade de reproduzir a espécie e por mudanças fisiológicas e morfológicas típicas. 
Velhice pode ser caracterizada tanto por eventos positivos como por eventos negativos na continuidade do desenvolvimento humano. 
A depender basicamente das experiências do indivíduo em relação aos eventos internos e externos (ambientais, culturais e históricos).
Para Teixeira (1999) a perspectiva biológica do envelhecimento reúne o seu ponto consensual na chamada teoria do declínio. 
Segundo esta teoria, o envelhecimento é caracterizado por uma lentidão que abrange diferentes domínios do comportamento. Na origem desta lentidão está o declínio de um conjunto de funções orgânicas (como por exemplo a diminuição da capacidade de regeneração das células e consequente envelhecimento dos tecidos). Estas alterações estão ligadas a fatores determinantes como a idade, o sexo, a capacidade cognitiva e física de cada indivíduo (Berg, 1980; Bowles e Poon, 1981, entre outros cited in Teixeira, 1999)
As idades do sujeito
- Idade cronológica; 
A idade cronológica, que mensura a passagem do tempo, é um dos meios mais usuais e simples de se obter informações sobre uma pessoa. Porém, o conceito de idade é multidimensional e, por isso, a idade cronológica não se torna uma boa medida da função desenvolvimental.
A idade cronológica não causa o desenvolvimento nem o envelhecimento, mas é um importante indicador
O desenvolvimento se estende por toda a vida; 
O desenvolvimento e o envelhecimento envolvem uma sequência de mudanças: a) graduadas pela idade; b) graduadas pela história; c) não normativas;
- Idade biológica
A idade biológica é definida pelas modificações corporais e mentais que ocorrem ao longo do processo de desenvolvimento e caracterizam o processo de envelhecimento humano, que pode ser compreendido como um processo que se inicia antes do nascimento do indivíduo e se estende por toda a existência humana.
- Idade Psicológica
A idade psicológica está associada as habilidades psicológicas como percepção, aprendizagem e memória, as quais prenunciam o potencial de funcionamento futuro do indivíduo
- Idade Social
A idade social é definida pela obtenção de hábitos e status social pelo indivíduo para o preenchimento de muitos papeis sociais ou expectativas em relação às pessoas de sua idade, em sua cultura e em seu grupo social.
Ex.: Aposentadoria, avós, vestimentas...
ENVELHECIMENTO X DESENVOLVIMENTO HUMANO
O desenvolvimento humano esteve em grande parte do tempo voltado ao estudo sobre a infância e a adolescência. Este vinculado ao desenvolver da família moderna, onde o idoso foi posto de lado.
Os estudos sobre a etapa da vida adulta eram pouco frequentes, a compreensão até meados do século XIX, tratava-se da vida adulta como etapa influenciada unicamente pelas experiencias infantes. 
Erikson foi um dos teóricos que compreendia que o desenvolvimento era algo a ser realizado durante a vida toda. (conceituação assumida principalmente no século XX). Até a década de 40 existiam poucos estudos sobre o idoso.
A partir da 2ª guerra, uma diversidade de estudo surge com o foco no idoso e no processo de envelhecimento da populacional. 
Mobilizadores importantes; uma maior participação do idoso no campo social e a preocupação da política pública com a sua população idosa.
O desenvolvimento do adulto segundo Erikson
- As mudanças no sujeito são contínuas.
- A dimensão psicológica não se encontra delimitada aos problemas oriundos da infância
- Os processos são resultantes de crises, promovendo uma necessidade de entre os valores individuais e sociais
Intimidade versus isolamento
- Início da maturidade
- Relacionamentos e começo da vida familiar
- Marco do final da adolescência até o começo da meia idade
- O marco da intimidade e a capacidade de envolver-se
- Caso ocorra uma decepção a tendência será o isolamento temporário ou duradouro.
Resolução bem sucedida desta etapa resulta na força conhecida como amor. Ela é marcada pela capacidade de formar relacionamentos duradouros e significativos com outras pessoas.
As dificuldades em estabelecer relacionamentos íntimos contribuem para que as pessoas se fechem em si mesmas e permaneçam no isolamento.
Intimidade não se restringe ao comportamento sexual, mas poder fazer ligações (pessoais e profissionais). Poder “amar e trabalhar”.
Relação indireta as fases anteriores
Generatividade (produtividade) versus estagnação 
É a sensação de poder contribuir com sua energia, ideias e produtos do trabalho para a geração seguinte/as pessoas procuram definir objetivos e motivações para o que querem produzir nas suas vidas.
Participação na construção de um legado
A possibilidade negativa é o estabelecer de um componente autoritário consigo, levando ao isolamento e quebra das relações sociais
Se tal não acontecer o adulto pode ter uma sensação de estagnação
Ser orgulhoso de suas realizações e construir um sentido de unidade com os outros e com o seu parceiro(a)
Desejo de contribuir para um mundo melhor desenvolvendo as potencialidades do eu que incrementam a afirmação pessoal do adulto
As virtudes adquiridas neste estádio são a produção e a ajuda aos outros.
Integridade versus desespero
Ocorre a partir dos 60 anos (maturidade)
Balanço e avaliação de vida
Se o envelhecimento ocorre com sentimento de produtividade e valorização do que foi vivido, sem arrependimentos e lamentações sobre oportunidades perdidas ou erros cometidos.
Integridade - Balanço positivo do seu percurso vital, mesmo que nem todos os sonhos e desejos se tenham realizado e está satisfação prepara para aceitar a idade e as suas consequências
Desespero – Sentimento nutrido por aqueles que considerem a sua vida mal sucedida, pouco produtiva e realizadora, que lamentem as oportunidades perdidas e sentem ser já demasiado tarde para se reconciliarem consigo mesmo e corrigir os erros anteriores. 
Neste estágio a questão chave é: Valeu a pena ter vivido?
Considerações sobre a teoria Eriksoniana
Da solução positiva, da crise, surge um ego mais rico e forte; da solução negativa temos um ego mais fragilizado;
A cada crise, a personalidade vai se reestruturando e se reformulando de acordo com as experiências vividas, enquanto o ego vai se adaptando a seus sucessos e fracasso.
Não obstante, os contextos sociais podem estimular ou inibir a construção da personalidade - o meio psicossocial, as inferências educativas vão interferir no processo de desenvolvimento.
OBS - “Entendemos que somos também resultado de uma bagagem socialmente herdada, e que a subjetividade não é algo individualizado, que nasce do interior de um sujeito, mas sim “fabricada e modelada no registro do social” (Alvarez, 2006, p. 11)
Aspectos fisiológicos, cognitivos e psicossociais, atrelados ao processo de desenvolvimento do adulto jovem e do adulto intermediário
- DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Entre os 20 e 30, tem mais tecido muscular, cálcio nos ossos, massa cerebral, visão, audição e olfato, capacidade de oxigenação e sistema imunológico mais eficiente. Recupera-se mais rápido! 
Capacidade reprodutiva: maisrisco de aborto aos 30 do que aos 20! Fertilidade diminui; mas no homem não há declínio
Auge da força, energia e resistência! Padrão: até os 40, quando a queda é mais significativa do que antes.
- DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
Amadurecimento do Pensamento formal mais prático, mais flexível e mais dialético
uma abordagem flexível e compreensível, e consideram vários aspectos da situação de antemão, antecipando problemas, lidando com as dificuldades de uma maneira oportuna em vez de negar, evitar ou adiar.
Melhor separação de tarefas pelo tempo (capacidade organizativa maior)
RECENTRALIZAÇÃO
Processo subjacente à mudança para início da vida adulta – poder, responsabilidade e tomada de decisão passam da família de origem para o adulto jovem independente 
Estágio 1 – ainda inserido na família, mas expectativas de autoconfiança aumentam 
Estágio 2 – conectado à família de origem (financeiramente, p.e.), mas não mais inserido nela: cursos universitários, relacionamentos, empregos 
Estágio 3 – em torno dos 30 anos: independência da família de origem e compromisso com carreira, relacionamento amoroso, possivelmente com filhos
Sociedade pós-industrial: pouca orientação e menos pressão para crescer.
Para muitos jovens hoje, o início da vida adulta é um tempo de experimentação antes de assumir os papéis e as responsabilidades da vida adulta. Um homem ou uma mulher jovem pode arranjar um emprego e um apartamento e desfrutar a vida de solteiro(a). Dois jovens casados podem mudar-se para a casa dos pais enquanto terminam os estudos ou organizam a vida ou após a perda de um emprego. Tarefas de o desenvolvimento tradicionais como encontrar um trabalho estável e desenvolver relacionamentos afetivos de longa duração pode ser adiadas até os trinta anos ou até mais tarde (Roisman et al., 2004).
O que influencia esses caminhos variados para a vida adulta?
- Superação do egocentrismo cognitivo capacidade de lidar com o mundo;
- Campo das habilidades sociais vai se desenvolvendo ao longo da vida adulta
- Flexibilidade cognitiva e a construção de respostas  novos parâmetros para as relações e escolhas de vida
- O nível educacional e relacional são variáveis importantes no aprofundamento do pensamento dialético. 
- O fomento da personalidade tem sofrido grande mudanças na juventude contemporânea assumindo outros valores como balizadores para as relações atuais.
- Família por mais tempo importante para necessidades individuais de adultos jovens, que buscam sua autonomia, e as necessidades de apoio nessa fase de transição para a vida adulta.
- Tornam-se adultos na casa dos pais, ainda que temporariamente, ou tomam a casa dos pais como um “porto seguro” para possíveis retornos.
- Ser adulto não significa mais ser independente dos pais
Essas fases modificam em diferentes contextos histórico-culturais, mas persiste a ideia de que a vida envolve diferentes ciclos (crises).
Família deixa de ser homogênea – acordos
Adultos de hoje – percursos escolares prolongados, inserções profissionais mais tardias e instáveis em um mercado competitivo
Depende do meio social, econômico e cultural do jovem
Fatores da vida adulta jovem/intermediária
Saúde mental – maior risco de transtornos entre 25 e 44 anos (depressão, ansiedade, abuso substancias e esquizofrenia).
“A adultez emergente realmente surge como um período um tanto importante da vida útil … [porque] o pensamento complexo, crítico e que relativiza emerge somente na faixa dos 20 anos” (Labouvie-Vief, 2006, p. 78).
Embora Erikson tenha pensado que a maioria das pessoas realiza sua identidade até o final da adolescência, para os jovens de hoje a crise de identidade continua na idade adulta (Berger. 2017, p. 952)
MATURIDADE PSICOLÓGICA
Dentro do padrão de desenvolvimento humano adulto segue uma proposta dentro do esperado para o desenvolvimento.
A vida adulta é marcada por indicadores internos como:
- Sentimento de autonomia
- Autocontrole
- Responsabilidade pessoal.
Compreendem-se também mais três critérios importantes:
- Aceitar a responsabilidade por si mesma,
- Tomar decisões independentes
- Tornar-se financeiramente independente
DESENVOLVIMENTO FÍSICO (MEIA IDADE)
Transformações estruturais e sistêmicas 
- Aparência 
- Pele – menos firme, flácida 
- Cabelos – mais finos e grisalhos (devido à menor produção de melanina) 
- Peso – aumenta 
- Perda de massa óssea (porque o cálcio absorvido deixa de ser reposto) (se acelera a partir de 50, 60 anos) (2 x mais rápido nas mulheres) 
- Articulações mais rígidas 
- Em alguns casos: coração começa a bombear mais lentamente aos 65 anos 
- Capacidade vital (volume máximo de ar que os pulmões são capazes de inspirar e expelir) – reduz a partir dos 40 anos
- Controle de temperatura e respostas imunológicas enfraquecem 
- Sono menos profundo
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
- O padrão básico do envelhecimento cognitivo tem-se mostrado complexo e difícil.
- Pesquisas longitudinais revelam que a inteligência geral aumenta no início da vida adulta permanecendo constante até por volta dos 60 anos.
- Conquistas intelectuais; com a idade, tornamo-nos mais lentos e menos eficientes nos processos mnemônicos (variáveis).
A meia-idade pode ser um tempo não somente ou primariamente de declínio e perda, mas também de precisão, competência e crescimento.
O conceito de plasticidade sugere que aquilo que as pessoas fazem e o modo como vivem têm relação com a maneira como envelhecem (Heckhausen, 2001; Lackman, 2001, 2004; Staudinger & Bluck, 2001)
OS GRUPOS SOCIAIS E AS AMIZADES
Tarefas desenvolvimentais tradicionais, como encontrar um trabalho estável e desenvolver relacionamentos afetivos de longa duração, costumam ser postergados até os trinta anos. 
Ter amigos é essencial para manter um alto índice de qualidade de vida, já que todo ser humano necessita da companhia de uma pessoa pela qual tem um bom sentimento. 
As amizades na idade adulta tendem a centrar-se nas atividades de trabalho, de criação de filhos e na partilha de confidências e conselhos.
A dificuldade na construção de uma “identidade social” compõe um dificultador no determinar seus próprios objetivos
Na primeira infância, o terceiro objetivo, a necessidade de apoio emocional, é de importância suprema.
A partir da infância ao período adulto jovem, a busca por informação vem na frente. 
Na meia-idade, embora a busca pela informação continue sendo importante, a função original reguladora da emoção e dos contatos sociais começa a se reafirmar. Em outras palavras, as pessoas de meia-idade buscam cada vez mais outras pessoas que as façam sentir-se bem 
Relacionamentos na Idade Adulta Jovem e Idade Adulta Intermediária: amizade
Amizade
1 Sentimento de afeição, estima, ternura etc. que une uma pessoa a outra sem implicar, necessariamente, a existência de laços de família ou de atração sexual: Nunca traiu a amizade que seus alunos lhe dedicavam.
2 Apreço, estima ou camaradagem entre grupos ou instituições: A nova orientação política acabou com a amizade que antes unia os clubes locais.
3 Pessoa amiga; companheiro, camarada: Esteve sempre entre minhas verdadeiras amizades.
4 Relacionamentos de natureza exclusivamente social; relações: Fazia amizades por onde passava.
5 Estado ou condição de amasio, concubinato ou mancebia.
6 Bondade de ânimo para com alguém; benevolência, generosidade, humanidade: Tratavam os doentes com amizade.
As amizades se apresentam como principal campo da interação social tanto na infância quanto na vida adulta.
As relações sociais significativas permitem o desenvolvimento do self, dão sentido às experiências e podem oferecer apoio, importantes elementos no processo de adaptação, principalmente em momentos de transição da vida adulta (RESENDE ET AL, 2006). Além disso, nos permite como destacam Duarte e Souza (2009) facilitam a tolerância a medos e ansiedades, ajudam a suportar situações estressantes e proporcionam senso de identificação e exclusividade
Segundo Carstensen, a interação social tem três objetivos principais: 
(1) é uma fontede informação;
(2) ajuda pessoas a desenvolverem e manterem uma noção de si próprias; (3) é uma fonte de prazer e conforto ou bem-estar emocional.
- Sennet (1976) atribui a “amizade” a capacidade de separar o espaço público do privado permitindo ao “sujeito ser ele mesmo”, mas destaca que apego demasiado posto pela “tirania da intimidade” que não permite o cultivo de uma distância necessária para a amizade
- Necessidade de estabelecer relacionamentos fortes, estáveis, estreitos e carinhosos é um forte motivador do comportamento humano Erikson (1964)
- O espaço da amizade seria o espaço entre os indivíduos, do mundo compartilhado. Para este autor, existiria uma inversa proporção entre intimidade mais dolorosa e uma direção social da impessoalidade (teatralidade).
- As características presentes na representação de amizade ao longo do estágio do final da adolescência ao adulto intermediário encontram uma matriz comum, tendo variação configurada por elementos singulares de cada fase;
- O número de amigos ao longo da vida vai sofrendo decréscimo bem como no tempo dirigido a estes;
- Vale ressaltar que o suporte social deve ser compreendido como um processo recíproco, isto é, que gera efeitos positivos tanto para quem recebe como para quem oferece o suporte, permitindo que ambos tenham maior sensação de controle sobre suas vidas (RESENDE ET AL, 2006)
- Bee (2006) afirma que "(...) acumulam-se evidências de que o contato com amigos - diferentemente do contato com membros da família - constitui um ingrediente importante na satisfação geral de vida, na autoestima e na quantidade de solidão relatada por adultos mais velhos".
- A entrada no mercado de trabalho, o casamento e os filhos tomam um tempo que antes era dedicado às amizades.
- Duarte e Souza (2010) em um estudo nacional sobre a amizade, identificou a importância da amizade enquanto elemento valorativo nas relações interpessoais, associando-a a elementos como: respeito, intimidade, aceitação, justiça, confiança e honestidade.
- Amizade é descrita por Rezende (2002) como uma relação pessoal, privada, afetiva e voluntária pautada na sociabilidade, afinidade, confiança e abertura para compartilhar questões íntimas e pessoais, valores semelhantes, reciprocidade, apoio mútuo, sinceridade, diálogo e investimento de tempo.
- O estudo acima encontrou que para os mais jovens as amizades acontecem em grupos e com pouca variação de atividades realizadas em conjunto, enquanto para os mais velhos as amizades ocorrem em díades, com atividades mais diversificadas e com o tempo destinado mais ao lazer voltado para a família do que para os amigos. Entretanto, em ambos os grupos, o relacionamento de amizade contempla afeto através de beijos, abraços e afagos.
Relacionamentos Sociais
- Profundas mudanças e redefinições nos relacionamentos pessoais; 
- Vínculos consolidados com base na amizade, no amor, na sexualidade e no trabalho; 
- Grupo mais restrito – pautado em afinidades de valores e filosofia de vida; 
- Vida acadêmica e profissional – ambientes mais competitivos e exigentes
A organização social apresenta influência a respeito dos marcadores definidores do conceito de amizade.
As redes de relações sociais e o apoio social são tópicos atuais dentro da Psicologia, particularmente no que se refere as contribuições ao bem-estar de adultos e idosos (NERI, 2006 apud RESENDE ET AL, 2006).
As amizades se estabelecem a partir de um círculo mais amplo a um contexto mais íntimo.
Segundo Giles, Glonek, Luszcz e Andrews (2005), idosos com redes maiores de boas amizades podem chegar a aumentar em até 22% suas chances de ter uma vida mais longa que idosos com poucos ou sem amigos.
Pontos para a busca no estabelecer das amizades:
- Satisfação de necessidades emocionais, 
- Troca de recursos e de comunicação, 
- “estar presente”, 
- Semelhanças,
- Facilidade de interação com o mundo
Teoria do comboio social
As pessoas passam pela vida cercadas por comboios sociais: círculos de amigos próximos e de familiares com os quais elas podem contar para auxílio, para bem-estar e para apoio social e as quais elas, por sua vez, também oferecem assistência, interesse e ajuda (Kahn e Antonucci, 2012)
As pessoas (ao longo da vida) tornam-se mais seletivas em relação a esses contatos, preferindo a companhia de seus ‘comboios sociais” - pessoas com as quais podem contar em época de necessidade
Na vida adulta os colegas de trabalham passam a englobar e compor os círculos de amizades com as mesmas características;
Os relacionamentos sociais fortalecem a saúde, uma vez que, os laços sociais podem estimular o senso de significado ou coerência na vida, neste sentido, o suporte emocional pode ajudar a minimizar o estresse (PAPALIA e OLDS, 2000)
Os relacionamentos sociais, tão importantes para os indivíduos em todo o ciclo vital, têm pesos diferentes de acordo com a época de vida das pessoas, dependendo do gênero, do status conjugal, da presença ou da ausência de filhos, do tipo de arranjo domiciliar, da personalidade, de questões culturais, educacionais e políticas e do contexto como um todo. Além disso, é preciso lembrar que estes aspectos se combinam aos efeitos da estrutura e da função da rede social, em diferentes momentos da vida (PAPALIA e OLDS, 2000).
A família e as transformações na parentalidade
A instituição família tem passado ao longo da história por processos de novas relações e de novas estruturações em sua organização
Erikson e a parentalidade
Na teoria eriksoniana, a parentalidade é compreendida como uma das estratégias possíveis para a superação da crise no estágio da generatividade.
A possibilidade de cuidados a um terceiro, imprime ao sujeito um objetivo de contribuição social, contribuindo para o futuro.
A noção constitutiva desse legado permite ao sujeito compor um propósito de vida.
A história da família moderna e da parentalidade
O conceito de parentalidade e família estão intimamente ligados a história da infância/adolescência;
As mudanças no conceito ser “pai” / “mãe” encontra uma integração direta aos componentes sócio-histórico, um processo de transformação ocorrido também na noção de família;
A efetivação da parentalidade tem sofrido importantes mudanças na história recente
A organização pai-mãe-filho, até então naturalizada como o lugar por excelência da constituição do sujeito, entra em crise, cujo primeiro sinal foi a queda das taxas de fecundidade em alguns países, seguida da diminuição dos casamentos e o aumento de outras formações de relacionamentos
Desenvolvimento humano e parentalidade
Pensar em desenvolvimento humano significa pensar no estabelecimento de relações que o indivíduo mantém com seus contextos proximais, isto é, a família, o local de trabalho ou estudo, sua comunidade, e com os contextos distais, como os valores, as crenças, a cultura.
Família pode ser entendida como um conjunto de relações caracterizadas por influência recíproca, direta, intensa e duradoura entre seus membros (De Antoni, 2005).
Novas formas de exercício da parentalidade
... a família seja atualmente reivindicada como o único valor seguro ao qual ninguém quer renunciar. Ela é amada, sonhada e desejada por homens, mulheres e crianças de todas as idades, de todas as orientações sexuais e de todas as condições... desde que saiba manter, como princípio fundador, o equilíbrio entre o um e o múltiplo de que todo sujeito precisa para construir sua identidade (Rodrigues e Gomes, 2012 apud Roudinesco, 2003, p. 198-199).
Parentalidade e paternidade
A diferença entre filiação e parentalidade, embora os conceitos estejam interligados e sejam usados de maneira conjunta nos debates atuais. 
Filiação diz respeito à relação entre o filho e a mãe ou o pai que se estabelece a partir do reconhecimento legal da maternidade ou da paternidade desse filho, seja ele biológico ou adotado. 
Parentalidade se refere ao exercício de uma função (parental) do adulto\ mãe\ terceiros em relação ao filho
É o momento em que os cônjuges, antes apenas um casal,tornam-se pais, progenitores de uma nova família
Bradt (1995) acredita que, na transição para a parentalidade, o casal deve aceitar os novos membros no sistema e ajustar o mesmo para criar espaço para o filho e para os papéis de pais.
Além disso, necessita unir-se nas tarefas de educação dos filhos, nas tarefas financeiras e domésticas, por meio de constantes negociações. Assim, o nascimento de um filho é considerado um acontecimento que redefine a relação conjugal, antes a única existente no núcleo familiar.
As demandas práticas e os investimentos emocionais da parentalidade têm efeitos poderosos na relação conjugal.
Os debates entorno da paternidade/maternidade surgem a partir da questão levantada da influência familiar sob a criança na formação de sua personalidade.
Na contemporaneidade, temos a substituição pelo termo parentalidade, diante das reinvenções nas formas de se relacionar dentro da instituição família.
Diante das diversas possibilidades de vivenciar a parentalidade, o vínculo parental está diretamente ligado à filiação psíquica, que independe da filiação biológica, sendo identificada pelo sentimento de pertencimento e descendência dos indivíduos dentro de um grupo
Outro ponto de destaque, as novas formas de organização das relações familiares e do exercício dos papéis.
Mudanças na ótica sobre a parentalidade
- A noção uníssona de família passa por transformações tem habilitado novas conformações familiares e a nova demarcação dos lugares anteriormente determinados
- Essas novas determinações não se limitam a dimensão psicológica, elas encontram impressão os diversos campos como o social e o jurídico.
- Constituído novas formas de se relacionar e vivenciar a parentalidade atual.
- O processo de construção de uma família mais igualitária e flexível, no Brasil, começa em torno das décadas de 60 e 70 com mudanças de âmbito social, cultural e econômico.
- Este maior campo de liberdade de valores possibilita a família a estabelecer novos sentidos atribuídos às suas relações, papéis e funções
- A organização familiar mantém, até os dias de hoje, a criança em um lugar de destaque. A preocupação primeva com a criança, e com o exercício da parentalidade tem sido alvo de estudos, considerando-se a influência que a família e as "experiências originárias" têm na formação da subjetividade dos indivíduos (Rodrigues e Gomes, 2012, p. 31)
- O estabelecimento de transições (e.g. casamento, emprego, saída de casa dos pais) é muitas vezes seguido de momentos de regresso a um estado anterior (e.g., divórcio, desemprego, regresso à residência parental), influenciando deste modo a importância atribuída a estes marcadores. 
Contudo, a parentalidade surge como uma exceção neste cenário: uma vez que os jovens se tornam pais, este passa a ser o acontecimento que melhor define a idade adulta.
Na verdade, esta é uma transição irreversível que traz profundas transformações na vida dos indivíduos, nomeadamente pelo elevado grau de responsabilidade que implica.
A parentalidade na atualidade
As mudanças no ciclo de vida familiar estão cada vez mais aparentes, pois a convivência entre pais e filhos está se perpetuando e o lar parental já não está mais ficando tão vazio como ocorria até os anos 1980. 
Em outros tempos, os jovens, aos 20 anos, já tinham autonomia e independência em muitas áreas da vida e almejavam a liberdade, mas esse desejo só era realizado quando saíam da casa parental 
Atualmente, os filhos adultos frequentemente permanecem em casa e a convivência familiar parental está se prolongando. Esse fenômeno tem sido comumente chamado de ninho cheio (com relação ao antagônico ninho vazio), terminologia utilizada por Carter e McGoldrick (1995) e Silveira e Wagner (2006).
A decisão de parentalidade tem sido adiada até que surjam condições que garantam dar uma vida sem privações aos filhos. Essas condições implicam muitas vezes ter habitação própria, segurança financeira e profissional e estabilidade relacional
A possibilidade de experienciar os momentos da vida sem a responsabilidade do cuidar dos filhos, figura como outro ponto para estender a decisão de ter filhos.
Esta se coloca como importante marcador para grande parte dos sujeitos pela mudança que a parentalidade promove no estilo de vida e na necessidade de planejamento que esta convoca.
A família e as transformações na conjugalidade
Vínculos e afetos
FAMÍLIA – núcleo de pessoas que convivem em determinado lugar, durante um lapso de tempo mais ou menos longo e que se encontram unidas (ou não) por laços consanguíneos. Este grupo, se acha relacionado com a sociedade, que lhe determina uma cultura e ideologia particulares
Casamento – construção social – garantir o controle social
A questão do vínculo é subjetiva, interna e a serviço de fatores inconscientes
Bauman – relações afetivas estão cada vez mais rápidas
o amor se tornou líquido, flui, muda constantemente e toma caminhos inesperados, da mesma forma em que muda o indivíduo.
Anteriormente – famílias tradicionais, vinculadas às anteriores
Atualmente – cada vez menos presos à tradição e mais livres para vivenciarem relações diferentes das experienciadas nas famílias de origem
Escolha do parceiro – liberdade relativa – imersa em expectativas sociais, 	pessoais e familiares
Conjugalidade pode propiciar elos sadios, quanto frustrações e sofrimentos
Atualmente – ainda associada ao amor, mas distinto para os gêneros 
Homens – formação de família(a construção familiar)
Mulheres – relação amorosa
- Demanda investimento afetivo
- Casais fazem “contrato metafórico” no início da relação – constroem papeis e regras – formam uma realidade partilhada
- Divórcio –dissolução e redefinição da identidade construída pelos cônjuges
Principais fatores – expectativas frágeis sobre o casamento, hipervalorizarão do individualismo, busca por realização pessoal/profissional
Clínica – “se separarem bem” X manterem-se casados
Conjugalidade e parentalidade
Os casais com envolvimento afetivo sofrem as mudanças provocadas pela transição para a parentalidade, mas conseguem, ainda assim, preservar a sua conjugalidade. Os casais que têm um distanciamento emocional, por sua vez, mostram-se mais suscetíveis à crise que se instaura e parecem enfrentar mais dificuldades na preservação de sua conjugalidade. (Menezes 2001, p. 124),
- Com o nascimento de um(a) filho(a), a conjugalidade é transformada e, ainda que não perca sua importância, muitas vezes, vê-se subordinada à parentalidade, aumentando o risco de insatisfação conjugal, sendo comum a maior dedicação feminina à maternidade.
- Muitos casais recasam, juntando os filhos de diferentes casamentos em uma mesma família. O recasamento aumenta a complexidade quanto à definição das regras e dos diferentes papéis conjugais e parentais.
- A parentalidade mantém o grupo familiar mesmo quando ocorrem a separação e o divórcio.
A revisão realizada por KOPROWSKI, GALINDO e GOMES (2020) aponta que o impacto negativo do conflito conjugal não reflete somente na interação do casal, mas também no desenvolvimento da criança e do adolescente nas dimensões emocional, cognitiva e social, podendo deixar sequelas duradouras, principalmente quando o conflito envolve violência física e verbal entre o casal. 
A conjugalidade e a parentalidade estão ligadas ao processo de desenvolvimento familiar, é importante que suas fronteiras sejam nítidas, protegendo as demandas dos filhos, evitando inseri-los nos conflitos e tensões de ordem conjugal.
A intimidade desenvolvida durante o casamento sem filhos é entendida como aspecto preditor da capacidade dos cônjuges em responder às mudanças advindas da parentalidade, pois ela incentiva a continuidade do sistema. 
Os casais, quando bem organizados, evoluem nessa transição (para a parentalidade), tanto na condição de família, quanto na de cônjuges, tendo como resultado maior satisfação em sua relação.
Menezes e Lopes (2007), constataram que o envolvimento emocional do casal na fase anterior ao nascimento do bebê poderepercutir na manutenção da conjugalidade. Mesmo com as mudanças da transição para a parentalidade, os casais que apresentavam maior envolvimento emocional na fase anterior ao nascimento do bebê experienciaram o aumento de companheirismo e união, além do sentimento de continuidade da relação conjugal. 
Ao contrário, aqueles que tinham um distanciamento emocional apresentaram maior dificuldade na manutenção da conjugalidade, estando mais suscetíveis à crise de maior intensidade
RELACIONAMENTOS, GÊNERO E QUALIDADE DE VIDA
Para a maioria dos adultos na meia-idade os relacionamentos são a chave mais importante para o bem-estar. Eles podem ser a fonte principal de saúde e satisfação.
De fato, ter um(a) companheiro(a) e estar com boa saúde são os maiores fatores no bem-estar para as mulheres na faixa dos cinquenta anos, de acordo com dois levantamentos nacionais. Ter ou não ter filhos fazia pouca diferença. 
Homens sem filhos voluntariamente ou involuntariamente não apresentam menor bem-estar que os outros. (KOROPEKYJ-COX,2002)
- A satisfação conjugal geralmente alcança o ponto mais baixo nos anos iniciais da meia-idade, quando muitos casais tem filhos adolescentes e estão fortemente envolvidos com as carreiras. A satisfação geralmente alcança um ponto alto quando os filhos estão crescidos; muitas pessoas estão aposentadas ou se preparando para a aposentadoria, e um acumulo de recursos de toda uma vida ajuda a diminuir as preocupações financeiras. 
Relação com satisfação conjugal e sexo Aqueles que estavam satisfeitos com suas vidas sexuais tendiam a estar satisfeitos com seus casamentos, e a melhor qualidade conjugal levava a casamentos mais longos tanto para os homens como para as mulheres (Almeida,2016)
Divórcio
Embora o divórcio na meia-idade seja mais comum do que no passado, a ruptura pode, contudo, ser traumática. Em um levantamento com homens e mulheres que tinham se divorciado pelo menos uma vez na faixa dos 40, 50 ou 60 anos, a maioria dos entrevistados descreveu a experiência como tão emocionalmente devastadora quanto perder um emprego ou ter uma doença grave, embora menos devastadora do que a morte de um cônjuge.
Relacionamentos com filhos maduros
A paternidade é um processo de renúncia, e esse processo geralmente alcança seu clímax, se aproxima dele, durante a meia-idade dos pais. É verdade que, com as tendências contemporâneas a adiar o casamento e a paternidade, algumas pessoas de meia-idade agora se veem diante de problemas como achar uma boa creche ou pré́-escola e selecionar os desenhos animados das manhãs de sábado.
QUANDO OS FILHOS VÃO EMBORA: O NINHO VAZIO
Os efeitos do ninho vazio sobre um casamento dependem de sua qualidade e duração. Em um bom casamento, a partida dos filhos crescidos pode prenunciar uma segunda lua de mel. A partida dos filhos da casa da família aumenta a satisfação conjugal, talvez devido ao tempo adicional que o casal agora tem para passar um com o outro. 
O ninho vazio pode ser mais difícil para casais cujas identidades dependem de seus papéis de pais, ou que agora devem encarar problemas conjugais já́ existentes e adiados pela pressão das responsabilidades parentais.
O trabalho, a reforma e a organização dos tempos livres
Trabalho se caracteriza como importante constituinte da subjetividade e da dimensão das relações sociais (status profissional, carreira, posição).
Munné (1985) sinaliza que o trabalho continua ocupando boa parte do tempo na vida moderna, reprimindo o prazer e “deixando o homem potencialmente disponível para o prazeroso só durante seu tempo livre”.
Entretanto, podemos considerar que o tempo dedicado ao mesmo tem aumentado na contemporaneidade, tendo também uma diversidade no seu exercício
Pós- modernidade e as relações de trabalho
- Novas relações trabalhistas;
- Mudança na temática do trabalho na vida dos sujeitos;
- Ideia de criar seu tempo de trabalho;
- Sociedade do desempenho;
- Necessidade de usufruir do tempo para si e o “aproveitar a vida”.
O lugar do trabalho no quadro social na sociedade moderna
- Como elemento de significância para a identidade do sujeito;
- A atividade laborativa como parte da formação dos laços sociais;
- Lugar de pertencimento no quadro social;
- Ócio como questão a ser negada pelo ato do trabalho
A experiência narrada sobre o ócio se apresenta principalmente nas atividades de lazer, tidas como não obrigatórias, recreacionais;
A modernização tecnológica tem permitido certos “ganhos” nas atividades, que tem aumentado a possibilidade de redirecionamento do tempo restante para outras atividades;
Os smartphones, o home office, acesso remoto, entre outros...
O objetivo destes mecanismos seria habilitar um “ganho de tempo” o que temos feito com esse tempo?
A relação entre homem e trabalho tem se tornado menos definidora da identidade do homem, mas as obrigações laborais tem tornado mais difícil a libertação e uso pelo sujeito do tempo.
O tempo ao ócio tem sido comprimido e ocupado por funções do campo do trabalho (incluso as responsabilidades que o sujeito atribui a si)
Perde-se, portanto, a experiência de ócio com o desenvolvimento e formação do sujeito
O prazer do viver passa a ser possível de expressar apenas no “momento do ócio”
As relações econômicas passam a ocupar o tempo destinado ao tempo livre e as demais funções sociais, por vezes. Fato que promove um empobrecimento das relações sociais;
As instituições como escola, família e o campo social tendem a reprimir o espaço de ócio, a estabelecer no sujeito a necessidade de manter-se ativo e produtivo;
A temática do ócio, se refere a uma importante etapa para equilíbrio entre as questões intrassubjetivas e a agenda produtiva;
A noção de tempo para reflexão do sujeito (desfrutar do tempo para si) sobre suas questões constitui uma das atividades do ócio.
Ócio e o sujeito
O ócio se apresenta a partir de duas temáticas principais: tempo para reposição da energia utilizada no campo produtivo e outro no sentido de construção do sujeito de uma liberdade de utilização do seu tempo (liberdade sobre si).
A temática do ócio, por vezes, é associada a noção de preguiça (um dos sete pecados capitais)
A ideia de ócio tem assumido a identidade de continuar a ser produtivo, na ideia de consumidor de serviços ou produtos.
A noção do ócio passa a ser apropriada no campo do consumo como uma atividade de lazer e de prazer em sua prática.
A noção de ócio tem assumido na contemporaneidade uma oposição ao tempo dedicado ao trabalho  tempo fora do campo produtivo
“Como destaca Bacal (2003), o tempo livre surge da liberação de parcelas de tempo do trabalho, quando poderiam ser desenvolvidas atividades relacionadas à sobrevivência física e social do indivíduo, mas, ainda assim, atreladas à noção do trabalho”
A identidade do tempo livre passa a existir como uma busca pela satisfação no tempo de não-trabalho, a temática do ócio enquanto espaço de criação e desenvolvimento do sujeito tem se organizado em outros significantes para o termo.
O ócio como espaço de formação de uma identidade, imagem ou autoconceito, um momento de reflexão e equilíbrio;
Desenvolvimento pessoal, autorrealização humana e autoconceito
Conceitos e teorias sobre o envelhecimento
A psicologia do envelhecimento e estudar os padrões de mudança comportamental associados ao avanço da idade, distinguindo aqueles que são típicos da velhice daqueles que são compartilhados por outras idades.
A consideração sobre “ser idoso” tem suas determinações a partir de um dado contexto sociocultural, das diferenças em virtude das diferenças que exibem em aparência, forca, funcionalidade, produtividade e desempenho de papeis sociais primários.

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