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Discutimos até aqui o conceito mais geral de cultura e depois trabalhamos a concepção da antropologia sobre cultura, e posteriormente discutimos os conceitos mais atuais sobre cultura, que estão ligados a cultural popular e a cultura erudita e a indústria cultural. Nesta aula, abordaremos dois conceitos bastantes controvertidos que se ligam ao campo de estudos sobre cultura. Trata-se da definição de “popular” e de “erudito”, das questões devem ser consideradas em suas conceitualizações. Em seguida, examinaremos algumas questões relacionadas ao conceito de “Intelectual”, este sujeito que demonstra interesse pronunciado pelas coisas da cultura, em toda sua amplitude e complexidade. E assim observaremos acerca do papel do intelectual na sociedade e suas relações com o poder e da figura do intelectual nos dias de hoje. Contudo, iremos também um pouco do que vinha ser a relação da cultura e identidade, inicialmente trabalharemos a concepção de identidade atrelado a noção de cultura. E também, veremos outras dimensões da cultura, abordando a relação entre cultura e identidade. E por fim, estudaremos a construção da identidade nacional brasileira. • Entender que o popular e o erudito são termos ideológicos e de complexa conceitualização. • Compreender que na prática há um diálogo, entre o conceito de popular e erudito, que dinamiza a cultura. • Conhecer a concepção do popular e do erudito no Modernismo, na Contracultura e na contemporaneidade. • Identificar o que é um intelectual por meio de algumas definições clássicas. • Compreender o papel do intelectual na sociedade e suas relações com o poder. • Entender a figura do intelectual hoje. Os conceitos popular e erudito são tomados como opostos. Vejamos: = A significação se estende a outros conceitos como: “feito para o povo, agradável ao povo, democrático”, até chegar em: “vulgar, trivial, ordinário, plebeu”. Tradicionalmente, esses termos são carregados de ideologias. Ao citar essas palavras em determinados contextos, já se revela a natureza do discurso. Trata- se de dois polos extremos de um pensamento dicotomizado, maniqueísta e tendencioso. Entretanto, a expressão cultura popular e erudita/elite é criticada por certos estudiosos, como Roger Chartier e, dada a sua extensão e impressão homogeneizante que passa. CULTURA BRASILEIRA CULTURA BRASILEIRA ERUDITO O vocábulo erudito vem do latim erudítus, aquele “que obteve instrução, conhecedor, sábio”. POPULAR A palavra popular, também tem origem no latim populare, que significa “de ou do povo”. – Roger Chartier, opõe-se a toda tentativa de estabelecer um nexo entre nível social e nível cultural (popular ou erudito), com base em categorias sociológicas. Para ele, o que define erudito e popular são as práticas. Quanto à cultura popular, torna-se assim impossível identificá-la a partir de textos (artefatos culturais) consumidos por ela. Na verdade, filiando-se ao princípio de circularidade, Chartier mostra que a oposição entre popular e erudito não tem mais sentido, em razão dos empréstimos e intercâmbios. O que interessa é o estudo das práticas, porque elas permitem a apropriação diferente dos materiais culturais. O autor mostra que há imbricações entre a cultura popular e a erudita e diferentes maneiras de apropriação dos objetos, não sendo, por vezes, possível estabelecer claramente a fronteira entre popular e erudito, encontrando formas originais de cultura do povo como queria alguns historiadores. CHARTIER, Roger. O mundo como representação. Estudos Avançados. São Paulo, n° 11, 1991. Em outras palavras, práticas culturais eram compartilhadas entre membros do povo e das elites. BURKE, Peter. Cultural popular na Idade Moderna. São Paulo: Cia das Letras, 1989, p.56. Na visão dos modernistas, somente a arte que integrasse a cultura erudita e a popular poderia representar o Brasil. Reformular a visão de cultura até então vigente, integrando as duas culturas, para unificá-las em uma só: a cultura brasileira. Essa visão de cultura popular modificou-se nos anos 60 do século XX, durante o regime militar, por aqueles que organizavam o movimento de contestação de caráter social e cultural chamado Contracultura. A Contracultura, no Brasil, entendia cultura popular como sendo as representações do povo que deveriam ser usadas de forma a modificar, ou seja, a politizar este mesmo povo. Assim, eles faziam a distinção entre cultura erudita e popular. A primeira seria aquela que existiria como “instrumento de dominação”, “alienada e alienante”, visto que, segundo eles, não humanizava. Já a segunda seria a cultura que levaria o homem a assumir sua posição de sujeito da própria criação cultural e de operário consciente do processo histórico em que se acha inserido Assim, um movimento de cultura popular deveria ser fundamentalmente revolucionário e fazer arte com o povo, e não para o povo. Entretanto, sabe-se hoje, que entre o popular e o erudito não há um abismo, mas uma passagem gradual. Chartier, defende a ideia de que os sujeitos se apropriam e representam as práticas culturais de formas diversas. Já Burke, cunhou o termo “biculturalidade”, para expressar o quanto membros das elites conheciam e participavam da cultura popular, ao mesmo tempo que preservam sua cultura. Para tratarmos do intelectual vamos considerar três definições clássicas do termo: Pensado pelo cientista político italiano Antônio Grasmsci. Na ideia de Grasmsci, intelectual não requer uma formação acadêmica específica, mas uma ação social, um sujeito mediador de poder, que trabalha por meio do senso crítico. Teorizado por Sartre. Este autor considera o intelectual, o escritor de atualidades, aquele que opina e intervém em todos os acontecimentos relevantes à medida que vão se sucedendo uns aos outros, num estado de vigília permanente. Pensado pelo filósofo francês Michel Foucault. Pare ele o intelectual é aquele cuja função passa por denunciar a produção da verdade que se faz pelo eixo poder saber e examiná-la, enquanto resultado de um “jogo de força”. Para Gramsci certo tipo de a gente é capaz de fazer a ligação entre a “superestrutura” e a “infraestrutura”, independentemente de sua escolaridade específica, mas relacionada diretamente com o “lugar” que ocupa nas relações materiais/sociais de uma determinada produção social. Como alguém sustentado por uma base material econômica e por uma ideologia emanada desta base que procura mantê-la, e aqueles que estão fora do poder, mas produzindo para este poder e afetados por sua ideologia. A mediação se daria por meio da organização e formação de um senso crítico, junto a esse grupo, construído com a contribuição dos intelectuais. O intelectual é figura que intervém criticamente na esfera pública, transgredindo a ordem e criticando o existente, inclusive, a forma e o conteúdo da própria atividade das artes, ciências, técnicas, filosofia e direito. Um “personagem” engajado que é contra todas as formas de exploração e dominação vigentes; é a favor da emancipação ou da autonomia em todas as esferas da vida econômica, social, política e cultural, o que o diferencia do ideólogo que fala a favor da ordem vigente, justificando-a e legitimando-a. O intelectual apresentado por Michel Foucault pode ser qualquer um, já que segundo ele a estrutura de poder deve funcionar em uma sociedade por meio de um sistema disciplinar disperso, que funciona anonimamente, através de um controle incessante que se faz valer de práticas discursivas para aplicar- se sobre os sujeitos; sujeitos estes que aparecem sujeitando-se, como efeito de operações de poder. Tal pode disciplinar está intrinsecamenteligado às ciências humanas, enquanto sistemas de conhecimento sobre seres humanos, dentre os quais a psicologia, a psiquiatria e a psicanálise assumem posição privilegiada. Enquanto mediador simbólico, os intelectuais são os agentes que constroem, por exemplo, a identidade nacional; são os artífices desta identidade e da memória nacionais, desempenhando a tarefa de mediadores simbólicos. Todos se dedicam a interpretar o país cuja identidade será o resultado do jogo das relações apreendidas por cada autor, podendo ser chamados de mediadores simbólicos. A construção da identidade nacional necessita desses mediadores, pois são eles que descolam as manifestações culturais de sua esfera particular e as articulam a uma totalidade que as transcendem. Embora as concepções do intelectual engajado de Sartre e do intelectual orgânico de Gramsci estejam presentes até hoje, sobretudo entre os pensadores ditos de “esquerda”, a urgência hoje, passa por uma reformulação desta moral do engajamento, desta “vontade de servir” (ou dever). Talvez hoje seja indispensável reavaliar a relação individuo/sociedade e consequentemente a relação entre intelectual e grupo social. Para se entender melhor o papel dos intelectuais hoje, seria preciso definir novos tipos de relações que unem o indivíduo aos grupos. • A construção da identidade nacional brasileira se efetivou de forma distinta de outras identidades construídas na Europa, como a inglesa, por exemplo, abordada por Stuart Hall (2005), cuja formação seria calcada na ideia de pureza, sustentada na exclusão daqueles que não se incluem nos ideais de unidade nacional. • No Brasil, ao contrário, a identidade nacional se forja na ideia de mistura, seja ela materializada na miscigenação (biológica) ou na mestiçagem (cultural). Perpassaremos alguns autores, com destaque para Gilberto Freyre, que foram responsáveis pela criação da ideia de um Brasil que se definiria pela harmonia racial, pela tropicalidade e afetividade. • Tais concepções foram criadas em determinado momento histórico, acabando por obscurecer as relações étnico-raciais conflituosas e desiguais que subalternizaram povos indígenas e a população negra dentro do território nacional Nós estudamos isso justamente quando falamos de cultura da questão da identidade, e para entender um pouco mais sobre isso é importante a gente pensar que a construção da identidade nacional ela é uma construção. O próprio nome nos remete a uma ideia de construção, ou seja, ela é forjada, construída. Nesse sentido, a nossa identidade chamada de identidade nacional brasileira ela foi construída de forma diferente de outras identidades. Ex: Europa. A cultura inglesa, como Stuart Hall que é um jamaicano que estudou sobre a questão da identidade onde ele tem um livro clássico que se chama: “Identidade na pós-modernidade”, onde ele vai trazer nesse estudo exatamente esse exemplo de que na Inglaterra, a identidade inglesa ela é forjada pela pureza. Dentro de uma determinada sociedade, ou grupo social, aprendemos a conceber o mundo e a – nos compreender no mundo de forma peculiar. É a partir desses significados que podemos dar sentido à nossa existência, a partir deles formamos nosso senso de identidade “ ” Quando pensamos em identidade é importante a gente pensar que a cultura ela vai fornecer vários símbolos que dão uma lente para onde vamos caminhar. Esses símbolos que a cultura oferece é justamente o que propõem, o que nos dá uma identificação com determinadas coisas e não outras. Cada um recebe os símbolos e vê o mundo conforme essas lentes de símbolos que ele recebeu – A respeito dessa identidade que esses símbolos que recebemos, tem um estudo muito interessante de Weber, que foi um economista, jurista e que foi um dos fundadores da Sociologia, onde que em seu estudo mais clássico foi chamado de Ética Protestante e o “espírito do capitalismo’’. Que neste estudo ele faz sobre o desenvolvimento do capitalismo e a relação com a prática protestante e que vai entender um pouco como essa prática protestante faz com que haja uma relação intima daqueles que praticavam o protestantismo a uma relação de trabalho, a valorização do trabalho, poupança e rentabilidade. Weber, parte do questionamento de como a religião que criticava o acúmulo de bens e as riquezas, onde ele vai buscar dois princípios básicos que é a predestinação e a salvação. Esses dois princípios geraram discussões que levariam a esse grupo uma questão voltada a identidade. • Tese weberiana ilustra como a visão do trabalho e da vida passa pela cultura. • Os preceitos religiosos dispostos aos fiéis, que formam um repertório de valores, normas comportamentais e significados culturais que delineiam a forma como compreendiam o mundo e se compreendiam no mundo. • São as fontes culturais responsáveis por transmitir elementos que subsidiam nossas formas de compreender o mundo e construir nossa identidade. Hall no seu livro: Identidade cultura da pós-modernidade, vai mostrar como se constituía a identidade da pós-modernidade. “A construção da identidade parte tanto de aspectos subjetivos quanto sociais. Ainda segundo o sociólogo jamaicano-inglês, as identidades culturais são “aqueles aspectos de nossas identidades que surgem de nosso ‘pertencimento’ a culturas étnicas, raciais, linguísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais” HALL, 2005, p.08. A caracterização da identidade nacional consubstancia-se na existência da identidade cultural, a qual é função de fatores históricos, científicos e psicológicos/ religiosos A identidade nacional Identidade cultural da pós modernidade Benedict Anderson, escreveu “Comunidades Imaginadas”, onde o estudo específico fala a respeito sobre a identidade nacional. → Por quê? Justamente pelo fato de que uma comunidade imaginada nacional ela é construída, onde ela resgata vários elementos para a construção de uma identidade. • Benedict Anderson (1991): a identidade nacional substituiu as identidades religiosas com a constituição das sociedades modernas e formação dos Estados-nacionais. • As identidades nacionais são criadas em determinado momento histórico, fomentando uma nova forma de solidariedade social distinta das anteriores, definidas como “comunidades imaginadas”. • Porque são construções simbólicas poderosas que permitem a identificação de todos os membros de uma nação com os valores. Primeiramente como nos vimos da construção do estado nacional e depois nas narrativas (histórias comuns) narrativas históricas. • Contexto de formação dos Estados-nacionais • Narrativas com a ênfase nas origens, na invenção de tradições de passado longínquo e na atemporalidade. • Nas narrativas nacionais, escolhem-se certos traços e se omitem outros, fundando a ideia de um povo, com características singulares compartilhadas por todos os membros do mesmo território nacional. A história da construção da nossa identidade, ela vem a partir de estudos que de um lado colocavam a miscigenação como fator positivo, destacando elementos dessa mistura de raças. E do outro lado o fator negativo. . Daí resulta uma série de aspectos positivos, tais como: criatividade, capacidade de adaptação, senso estético, inteligência, índole pacífica, alegria e outras, como também algumas características negativas: indolência, tolerância, sensibilidade extrema a influências episódicas, tecido social frágil, oportunismo. Origem: • Emancipação brasileira de 1822, quando havia a necessidade do corte “umbilical” com Portugal e criação de um conjunto de medidas estratégicas para formação efetiva de um país. Aqui nós temos dois estudos importantes segundoela a nossa identidade nacional passa a ser criada com a emancipação em 1822, quando nós temos a emancipação do Brasil, e daí passa-se a ter uma demanda muito grande, São criadas em momentos históricos específicos. Anderson, vai dizer que é uma comunidade imaginada. especialmente para a criação de uma nova identidade nacional Dentre isto, da perspectiva da autora nós temos: a autora fala sobre a identidade nacional e a identidade cultural. Nesse estudo ela vai dizer que originalmente as ciências sociais ao estudar a questão da identidade ela acreditava que o termo IDENTIDADE, era justamente o compartilhamento de certos símbolos pela maior parte da população. • A proposta de uma História para o Brasil surge com a inauguração do mito das três raças. “A democracia racial”. • Teorias naturalistas (Martius,1981). • Médicas (Rodrigues, 1944); - Códigos Penais. • Jurídicas (Romero,1949); - Branqueamento. Defendiam a mestiçagem tipicamente brasileira tendo como resultado um povo brasileiro “áfrico- indiana e latim-germânico”. Tais teorias pareciam lembrar ideais igualitários, mas depositavam nos negros/mestiços a culpa pelos "males da nação". Dilemas dos intelectuais brasileiros dos séculos XIX tentavam responder à “inferioridade” do povo brasileiro com relação aos povos europeus: Trabalhava a questão da raça como um impedimento do desenvolvimento do país. • Criação governamental de 1930 definia quem era brasileiro! O arroz e o feijão são a simbiose da ideia da mestiçagem e, por isso, em 1930, tornam-se elementos tipicamente nacionais! A figura mimética e simpática do malandro carioca, na recusa de trabalho regular é, nas décadas de 30 e 40, apropriada pelo Estado Novo. De um lado, destacavam-se as virtudes da mestiçagem e, do outro, os pontos negativos. Introduz-se em 1950 o ideário do “jeitinho brasileiro”! • Próximos passos: - Ideologia e suas diferenças; - Indústria Cultural; 1. Instalação de faculdades de Medicina e Direito (Constituição Nacional). 2. Criação Instituto Histórico e Geográfico – “Como escrever a História do Brasil”. - Relação entre ideologia, indústria cultural e sociedade de consumo; - Indústria Cultural no Brasil. Questão 01 – Das alternativas abaixo, marque a prática que se refere à cultura popular. a) O balé. b) A pesquisa acadêmica. c) A música clássica. d) O crochê. e) O pensamento crítico. Questão 02 – Marque a alternativa que NÃO corresponde à figura do intelectual. a) Os intelectuais são formadores de opinião, a partir de seus questionamentos e críticas sociais. b) Aos intelectuais representantes das classes dominantes cabe a importante função de produção e reprodução da ideologia desse grupo social. c) O intelectual tradicional é aquele que se vincula a um determinado grupo social, instituição ou corporação e que expressa os interesses particulares, compartilhados pelos seus membros. d) Os intelectuais de modo geral não desempenham funções no campo ideológico. e) Hoje o intelectual crítico luta pelo seu espaço de atuação ocupado pela cultura de massa veiculada por todos os meios de comunicação de massa, que inibem o senso crítico. Questão 03 – Assinale a alternativa correta: a cultura popular pode ser definida como: a) Não oficial, porém criada pelo povo, para o povo. b) Não oficial, porém criada pelo povo para todas as camadas sociais. c) Não oficial, porém criada pelo povo para a comunidade científica em geral. d) Oficial, porém criada para designar as realizações humanas produzidas pelo povo. e) Oficial, porém criada para designar as realizações humanas produzidas pela elite. Questão 04 – Das alternativas abaixo, marque a prática que se refere a cultura popular: a) O balé. b) A pesquisa acadêmica. c) A música clássica. d) O crochê. e) O pensamento crítico. Questão 05 - Na Aula 3 é abordado o papel do intelectual na sociedade por meio de algumas definições clássicas. Assinalar abaixo a única opção associada ao "intelectual engajado": a) É o cidadão engajado no senso comum, não precisa de formação acadêmica, produz suas teses apoiado na vivência do dia a dia. b) É o escritor da atualidade, aquele que opina e intervém em todos os acontecimentos relevantes, a medida em que vão se sucedendo uns aos outros num estado de vigília permanente. c) É o cidadão erudito, com excelente formação acadêmica, um sujeito mediador de poder, denuncia sempre a produção da verdade, o eixo poder-saber. d) O intelectual não precisa de uma formação acadêmica especifica, mas uma ação social, um sujeito mediador de poder que trabalha por meio do senso crítico. e) É o escritor da atualidade, aquele com formação iluminista, com função de denunciar a verdade – que se faz pelo eixo poder-saber.
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