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Aula 07 - Conteúdo Online - Identidade Cultural e Globalização

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Nesta aula, analisaremos a questão da 
identidade na contemporaneidade. O argumento dos 
debates que giram em torno dessa questão diz que 
as “velhas identidades”, que por tanto tempo 
estabilizaram o mundo social, estão em declínio, 
fazendo surgir novas identidades e fragmentando o 
indivíduo moderno. 
• Entender a problemática da identidade 
cultural hoje; 
• Compreender identidade cultural como um 
processo histórico; 
• Saber o que são “identidades híbridas’’; 
• Trabalhar o conceito de globalização; 
• Compreender a homogeneidade, a 
fragmentação e a integração; 
• Analisar as particularidades e consequências 
da globalização a partir de seus fluxos; 
Vamos começar essa aula com a reflexão de 
um crítico contemporâneo chamado Kobena Mercer, 
citado por Stuart Hall, que diz que: 
“
” 
Considerando essa reflexão, passamos ao foco 
da aula que é a questão da identidade na 
contemporaneidade. 
O argumento dos debates que giram em torno 
da questão Identidade Contemporânea diz que as 
“velhas identidades”, que por tanto tempo 
estabilizaram o mundo social, estão em declínio, 
F 
 
 
 
fazendo surgir novas identidades e fragmentando o 
indivíduo moderno. 
Ela é vista como parte de um processo mais 
amplo de mudança que está deslocando as estruturas 
e processos centrais das sociedades modernas e 
abalando os quadros de referências que davam aos 
indivíduos uma ancoragem estável no mudo social. 
As “velhas identidades” que por tanto tempo 
estabilizaram o mundo social, estão em declínio, 
fazendo surgir novas identidades e fragmentando o 
indivíduo moderno, visto até aqui como um sujeito 
unificado. 
A identidade cultural ainda é bastante discutida 
dentro dos círculos teóricos das Ciências Sociais em 
face de sua complexidade. Entre as possíveis formas 
de entendimento da ideia de identidade cultural, 
existem duas concepções distintas que devemos 
destacar dentro dos estudos sociológicos mais 
recentes. Essas concepções de identidade são 
brevemente explicadas por Anthony Giddens, 
sociólogo britânico, e nos ajudarão a entender melhor 
esse conceito. 
Antes de falarmos sobre os diferentes 
conceitos de identidade cultural, devemos esclarecer 
primeiro a ideia geral de cultura e de identidade. 
A noção de cultura faz alusão às características 
socialmente herdadas e aprendidas que os indivíduos 
adquirem a partir de seu convívio social. Entre essas 
características, estão a língua, a culinária, o jeito de se 
vestir, as crenças religiosas, normas e valores. Esses 
–
traços culturais possuem influência direta sobre a 
construção de nossas identidades, uma vez que elas 
constituem grande parte do conjunto de atributos 
que formam o contexto comum entre os indivíduos 
de uma mesma sociedade e são parte fundamental 
da comunicação e da cooperação entre os sujeitos. 
O conceito de identidade refere-se a uma 
parte mais individual do sujeito social, mas que ainda 
assim é totalmente dependente do âmbito comum e 
da convivência social. De forma geral, entende-se por 
identidade aquilo que se relaciona com o conjunto de 
entendimentos que uma pessoa possui sobre si 
mesma e sobre tudo aquilo que lhe é significativo. 
Esse entendimento é construído a partir de 
determinadas fontes de significado que são 
construídas socialmente, como o gênero, 
nacionalidade ou classe social, e que passam a ser 
usadas pelos indivíduos como plataforma de 
construção de sua identidade. 
Dentro desse conceito de identidade, há duas 
distinções importantes que devemos entender antes 
de prosseguirmos. A teoria sociológica distingue duas 
apreensões: a identidade social e a autoidentidade. 
A identidade social refere-se às características 
atribuídas a um indivíduo pelos outros, o que serve 
como uma espécie de categorização realizada pelos 
demais indivíduos para identificar o que uma pessoa 
em particular é. Portanto, o título profissional de 
médico, por exemplo, quando atribuído a um sujeito, 
possui uma série de qualidades predefinidas no 
contexto social que são atribuídas aos indivíduos que 
exercem essa profissão. A partir disso, o sujeito 
posiciona-se e é posicionado em seu âmbito social em 
relação a outros indivíduos que partilham dos mesmos 
atributos. 
O conceito de autoidentidade (ou a identidade 
pessoal) refere-se à formulação de um sentido único 
que atribuímos a nós mesmos e à nossa relação 
individual que desenvolvemos com o restante do 
mundo. A escola teórica do “interacionismo simbólico” 
é o principal ponto de apoio para essa ideia, já que 
parte da noção de que é diante da interação entre o 
indivíduo e o mundo exterior que surge a formação 
de um sentido de “si mesmo”. Esse diálogo entre 
mundo interior do indivíduo e mundo exterior da 
sociedade molda a identidade do sujeito que se forma 
a partir de suas escolhas no decorrer de sua vida. 
• 
Por fim, podemos estabelecer, diante do que 
já foi esclarecido, que o conceito de identidade cultural 
faz alusão à construção identitária de cada indivíduo 
em seu contexto cultural. Em outras palavras, a 
identidade cultural está relacionada com a forma 
como vemos o mundo exterior e como nos 
posicionamos em relação a ele. 
Esse processo é continuo e perpétuo, o que 
significa que a identidade de um sujeito está sempre 
sujeita a mudanças. Nesse sentido, a identidade cultural 
preenche os espaços de mediação entre o mundo 
“interior” e o mundo “exterior”, entre o mundo 
pessoal e o mundo público. 
Nesse processo, ao mesmo tempo que 
projetamos nossas particularidades sobre o mundo 
exterior (ações individuais de vontade ou desejo 
particular), também internalizamos o mundo exterior 
(normas, valores, língua...). É nessa relação que 
construímos nossas identidades. 
Um tipo diferente de mudança está 
transformando as estruturas das sociedades 
modernas desde os meados do século XX. 
Tal mudança é responsável pela fragmentação 
das paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, 
etnia, raça e nacionalidade, que no passado, nos 
tinham fornecido sólidas localizações como indivíduos 
sociais. 
Essas transformações atingem nossas 
identidades pessoais, pondo em xeque a ideia que 
temos de nós próprios como sujeitos integrados. 
Esta perda de um “sentido de si estável” é 
chamada de “deslocamento” ou “descentração” do 
sujeito. 
 
“
“ ” ”
O sujeito do iluminismo (século XVIII) que 
emerge com a consolidação da modernidade, 
baseava-se na concepção de uma pessoa humana 
como um individuo centrado, unificado, dotado da 
capacidade da razão, da consciência e da ação cujo 
centro consistia num núcleo interior, que emergia 
quando este sujeito nascia e com ele se desenvolvia 
até a sua morte. Este sujeito permanecia o mesmo, 
era continuo ou “idêntico” a ele, durante toda a sua 
existência. 
O sujeito sociológico emerge a medida da 
complexidade crescente do mundo moderno e a 
consciência de que este núcleo interior do sujeito não 
era autônomo e autossuficiente. Sua identidade seria 
formada na “interação” entre o eu e a sociedade. 
O sujeito pós-moderno entrou em cena. O 
sujeito centrado, unificado, do inicio e do auge da 
modernidade, está se fragmentando nesses tempos 
ditos tardios, composto de várias identidades, algumas 
vezes contraditórias ou não resolvidas. 
As identidades que compunham as paisagens 
sociais e que asseguravam a estabilidade de nossa 
subjetividade com as necessidades objetivas da 
cultura, estão entrando em colapso, por conta de 
mudanças estruturais e institucionais. 
• Globalização, Cultura e Educação. 
• Unidade 06. 
 
1º Globalização do colonialismo se caracterizou pela 
ocupação territorial. 
2º Globalização começa no fim do século XX, 
marcado pela fragmentação dos territórios. 
–
 
 
 
º
 
 
“A globalização pode assim ser definida como a 
intensificação das relações sociais em escala mundial, 
que ligam localidades distantes de talmaneira que 
acontecimentos locais são modelados por eventos 
ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-versa.” 
Anthony Giddens 
A atualidade do conceito de globalização está 
relacionada ao surgimento da “aldeia global”: 
comunidade mundial interligada. 
• Sistemas de Informação; 
• Tecnologia; 
• Comunicação; 
• “Fim” das fronteiras; 
• Geográficas e temporais; 
• Relacionada ao processo de desenvolvimento 
do capitalismo em nível mundial. 
• Rede de produção e troca de mercadorias 
que se estabelece em nível mundial. 
• Intercâmbio político, social e cultural entre as 
diversas nações. 
• Grande relação com a modernização 
tecnológica. 
 
 
 
 
 
 
Se, por um lado, a globalização procura gerar 
um processo de homogeneização, padronizando 
elementos produtivos e culturais, por outro, emerge 
um universo de diferenciações, tensões e conflitos 
sociais. 
 
O signo, por excelência, da modernização é a 
comunicação, a proliferação e a generalização dos 
meios impressos eletrônicos de comunicação, 
articulados em teias multimídia e alcançando todo 
o mundo. 
 
º
º –
A globalização cria a ilusão da universalização 
das condições e possibilidades do mercado e da 
democracia, do capital, da cidadania. 
 
Os direitos são, na prática, privilégios. 
Há sempre alguma manipulação, mais ou menos 
decisiva, no modo como a mídia registra, seleciona, 
interpreta e difunde o que será divulgado. 
• Fluxo de Mercadorias e Serviços; 
 
• Fluxo de Informações; 
 
• Fluxo de Capitais; 
 
• Fluxo de Pessoas; 
 
De um lado a sociedade global propicia uma 
acelerada revolução científica e tecnológica, mas de 
outro lado, a dominação torna-se cada vez mais 
sofisticada e efetiva, levando a uma maior exploração 
e exclusão, a reações extremadas ao uso 
insustentável dos recursos naturais. 
Questão 01 – Procure definir o termo Globalização. 
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Questão 02 – Apresente as principais características 
da globalização. 
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Questão 03 – Apresente e problematize algumas 
consequências do processo de globalização. 
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Questão 04 - A língua afirma a identidade cultural, 
simboliza a união de um grupo por ser uma forma 
simples e eficiente de solidariedade. Assinalar a única 
opção correta relacionada à identidade cultural 
brasileira: 
a) As identidades culturais dizem respeito 
àqueles aspectos de nossa identidade que 
surgem de nosso "pertencimento" a culturas 
étnicas, raciais, linguísticas, religiosas e acima 
de tudo, nacionais. 
b) Não há preocupação das gestões públicas no 
Brasil com a valorização dos movimentos que 
promovem os valores da cultura popular dos 
brasileiros, talvez por achar desnecessária 
manter viva essa identidade, oriunda das 
classes privilegiadas. 
c) No Brasil nunca foi observada a vinculação da 
identidade nacional com a problemática da 
cultura popular, os estudos voltaram-se 
apenas para a cultura erudita. 
d) Na atualidade verificamos que nossa 
identidade cultural é fixa, estável, imutável, 
totalmente protegida das influências do 
processo de globalização. 
e) A identidade brasileira é proveniente do 
nascimento da nação, nossa base cultural foi 
constituída pelo amálgama do processo de 
integração de portugueses e negros, sem 
qualquer contribuição de imigrantes 
europeus e asiáticos. 
Questão 05 - Em seu livro "A Identidade Cultural na 
Pós-Modernidade", defende a tese de que "as velhas 
identidades que por tanto tempo estabilizaram o 
mundo social, estão em declínio, fazendo surgir novas 
identidades e fragmentando o indivíduo moderno, até 
aqui visto como um sujeito unificado". O autor dessa 
tese é: 
a) Michel Foucoult. 
b) Stuart Hall. 
c) Antony Giddens. 
d) Jean-Paul Sartre. 
e) Antônio Gramsci. 
Questão 06 - A globalização, através principalmente 
da compressão de distâncias e escalas temporais, tem 
contribuído para a contestação da centralidade das 
identidades nacionais. Há, no entanto, um movimento 
de reforço destas e das identidades locais. Neste 
contexto de negociação surgem identidades culturais 
em transição, resultantes do diálogo entre diferentes 
tradições culturais e misturas do mundo globalizado. 
Essas são as novas identidades: 
a) Estáveis. 
b) Unificadas. 
c) Urbanas. 
d) Híbridas. 
e) Modernas.