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PADULA LIVROS - projeto

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HISTÓRIA
PROJETO INTEGRADOR I
A IMPORTÂNCIA REPRESENTATIVA DA PADULA LIVROS NO CENTRO
HISTÓRICO DE PORTO ALEGRE
PORTO ALEGRE, 5 DE DEZEMBRO DE 2021
2
INTEGRANTES:
Arthur Gustavo Fischborn Costa Hoffmann
Augusto Aguilar dos Santos
Bianca da Fonseca Baum
Elias Waldeck do Nascimento Machado
Flávio Andrighetto Lopes
José Guibson Delgado Dantas
Luis Fernando Gallicchio do Amaral
Pâmella Priscilla Rosa Rodrigues
TUTOR SEDE: PROFESSOR RESPONSÁVEL:
Wander dos Santos Machado Fábio Chang de Almeida
COORDENADORA: REITOR
Tatiana Vargas Maia Paulo Fossat
3
Introdução
Somos um grupo de estudantes da Licenciatura em História pela
Universidade La Salle no Rio Grande do Sul, que objetiva apresentar o trabalho
acadêmico da disciplina de Projeto Integrador I sobre a existência da Padula Livros
na localidade do bairro centro histórico da cidade de Porto Alegre.
Como sabemos, a disciplina viabiliza a oportunidade de estudantes do
ensino superior vivenciarem na prática a pesquisa de lugares em que sirvam de
crescimento educativo na sua área de atuação, perante a sociedade - citada por
BARROS (2015) como uma prática de suma importância na atividade do historiador.
Assim como a Padula Livros é referência na localização central de Porto
Alegre, bem como há outros estabelecimentos comerciais ao entorno da mesma, há
muitas instituições na cidade, educacionais, culturais e também religiosas, assim
como a proximidade de poderes do Estado, a capital visivelmente dimensiona a
importância na conservação patrimonial histórica para a população porto-alegrense.
O comprometimento do grupo na realização do trabalho se reflete no
resultado que mostra a evolução no decorrer de cada etapa avançada. Portanto, o
projeto integrador I prioriza a importância de contar a história da livraria Padula
Livros, através de experiências adquiridas pela prática, como a questão da visitação
ao local, a análise crítica e da visão mercadológica da venda de livros físicos que
são tanto novos quanto usados.
A Padula Livros enaltece a importância de livros físicos que resiste ao
tempo na era contemporânea com relação a valorização do digital, como a exemplo
de e-books, mostrando a capacidade de se reinventar com novidades para o público
consumidor, que é designado por leitores, desde jovens e adultos, que têm gosto
pela leitura, porque consultam o acervo da loja física, situada na rua Coronel
Fernando Machado, que é travessa entre a rua Marechal Floriano Peixoto e a
avenida Borges de Medeiros, revelando uma região movimentada, seja pelo trânsito
e pelas pessoas no cotidiano.
4
SUMÁRIO
1 - Relato do diagnóstico
__________________________________________________________________5
2- Tema escolhido
__________________________________________________________________6
3 - Justificativa
__________________________________________________________________7
4 - Objetivo geral e específicos
__________________________________________________________________8
5 - Cronograma
__________________________________________________________________9
6 - Planejamento
_________________________________________________________________10
7 - Desenvolvimento
_________________________________________________________________11
8 - Conclusão
_________________________________________________________________27
9 - Bibliografia
_________________________________________________________________29
10 - Evidências
_________________________________________________________________30
5
1. Relato do diagnóstico
O primeiro contato do grupo com a instituição parceira, Padula Livros,
começou no mês de setembro, através do canal de comunicação whatsapp. Na
mesma semana que foi estabelecido o contato inicial, foi agendado uma visita no
local que é situado na rua Coronel Fernando Machado do Centro Histórico.
No local, obteve-se uma conversa informal com Atena, funcionária da loja
comercial, já que mostrou-se bem receptiva. A prioridade para aquele momento da
visitação à Padula Livros era formalizar uma parceria acadêmica com o grupo de
estudantes do curso de História.
Democraticamente, a decisão determinada pelos colegas, através do
consenso de cada integrante, permitiu autorizar por livre e espontânea vontade, a
sequência de desenvolver a elaboração do planejamento para que assim, pudesse
ocorrer a etapa da intervenção à Padula Livros.
É importante mencionar que a comunicação estabelecida para se
comprometer a tal realização do projeto, concretizou-se pela confiança de mostrar a
documentação em que comprova por papéis a estrutura teórica na prática do
trabalho. Portanto, alguns papéis foram entregues para a Atena, que representou o
proprietário no local, Diego Padula.
Por meio desta interação, o grupo revelou-se grato pelo interesse da Padula
Livros de fazer parte do projeto integrador I, visto contar com a participação da
Padula Livros para colaborar na realização de um importante trabalho, que durante
o semestre, progrediu no quesito de viabilizar a transparência, a ética, o
comprometimento, o respeito e a seriedade, para que assim fosse conseguido
atingir o objetivo de transformar o projeto Padula Livros num resultado satisfatório.
6
2. Tema escolhido
Os critérios que o grupo quis estabelecer na criação de um tema, advém de
fazer a pesquisa ampla em que possibilita uma margem extensa sobre a localização
da Padula Livros, ou seja, o panorama geográfico, que é o bairro Centro Histórico.
Portanto, a Padula Livros é o carro chefe que conduz a importância da sua
existência no espaço interativo que emergem muitos acontecimentos do bairro.
Haja visto que a abordagem de mapear lugares que cercam o bairro, não é
algo simples como pensamos que seria, mas é fundamental contextualizar os
aspectos que fomentam a cultura, através das instituições que se constituíram no
Centro Histórico, de modo que conhecendo a Padula Livros, também é um contexto
que se relaciona com o lugar, que possibilita uma perspectiva sociológica ao
identificar que tipos de fundamentos fizeram acontecer o processo da popularização
do bairro e a importância de valorizar a cultura de Porto Alegre. O bairro é
considerado um dos mais movimentados pela população da cidade, porque
proporciona lazer, turismo, cultura, diversidade de costumes e tradições, e por isso,
torna-se atrativo por gerar muitos eventos e festivais, bem como a variedade de
comércios que fazem do Centro Histórico ser um lugar muito frequentado.
Devido às orientações recebidas pelo professor da disciplina, Fábio Chang,
seguimos a linha do raciocínio de pesquisar na etapa da intervenção a cultura da
cidade, o que de fato, sobressai no contexto a relação da história do bairro com
história da Padula Livros, uma vez que é possível viabilizar uma conexão positiva
em que possa alinhar o modo como aconteceu a influência do surgimento de
instituições culturais e educacionais. Sendo assim, o grupo pretende agregar
parâmetros em que se baseiam a tradição cultural da localidade. Acreditamos que é
pertinente conhecer as perspectivas da memória de Porto Alegre, porque contribui
para servir como o instrumento ao desenvolvimento de uma economia consolidada,
de tal modo que enraíza as relações das questões urbanas no ambiente geográfico.
7
3. Justificativa
A proposta do projeto é articular a Padula Livros com o papel da importância
cultural do Centro Histórico, através de uma abordagem que identifique a
transformação do bairro pela cultura, já que Porto Alegre é uma cidade que
apresenta lugares diferenciados. É determinante realizar o projeto sobre a
existência da Padula Livros que associa ao bairro a cultura do Centro Histórico de
Porto Alegre, mostrando a importância de sabermos a representatividade emconhecer a localidade que é movida por diversos segmentos que compõem o
entorno da livraria. O Centro Histórico é um lugar diferenciado de outros bairros da
cidade, por ser a região central. O Mercado Público é uma referência de tradição na
venda de produtos dos mais diversos para o público geral, que não existe em outro
bairro de Porto Alegre. Portanto, a Padula Livros tem uma localização privilegiada,
porque além da influência da cultura na região, existem inúmeras livrarias e sebos
que estão espalhados por toda parte do Centro Histórico, como também cinemas,
como por exemplo, a Cinemateca Capitólio, que se localiza próxima à Padula Livros.
Além disso, uma referência mais próxima da Livraria é a instituição
educacional Estácio. Contudo, podemos dizer que é desafiador o atual momento em
que estamos vivendo, por conta da pandemia, já que a Padula Livros mantém a
funcionalidade da loja, porque a essência do negócio, são os livros físicos. De certo
modo é um ato de resistência de permanecer num formato de produto que atenda
as necessidades do público leitor. Em contrapartida, os livros digitais ganham uma
porcentagem de custo benefício menor do que os livros físicos, embora ambos
possam lucrar na mesma proporção, dependendo de fatores que colaborem por
conta da concorrência de mercado, mas varia de editora, porque cada qual faz o
papel de mediar na distribuição dos livros às livrarias e sebos, o conteúdo de um e
de outro é igual, porém, pode haver diferenças, quanto questão da edição do livro.
8
4. Objetivo geral e específicos
Acontecer a intervenção do projeto para possibilitar o relato do responsável
com relação o funcionamento da Padula Livros e do cotidiano da mesma, bem como
do comércio local que a cerca. Como foi desenvolvido a formação de Porto Alegre
para que gere a influência na construção da identidade social, através cidadania,
enquanto espaço público, porque viabiliza uma convergência de identidades
diversas, que se caracterizam em espaços de exercícios democráticos.
Como objetivo geral, pretende-se fazer o levantamento de informações
relevantes para acrescentar no projeto sobre a influência cultural da Padula Livros
para o Centro Histórico, através fundador Diego Padula, bem como, pesquisar a
região do centro histórico aos arredores do local, contar sobre a logística de como é
o funcionamento da loja que se localiza perto de outros lugares, entender a crise
com a chegada da pandemia nas vendas, como também, saber da importância e o
perfil do público leitor que consome os livros físicos do que digitais, além disso,
conhecer o local detalhadamente, como o cenário que é personalizado, de tal modo
que possamos saber de onde surgiu a inspiração e criação da Padula Livros, a
criticidade com relação a cultura da região sob a ótica do proprietário, como
também, a razão de motivação em trabalhar nela, e os projetos em mente de
atuação para expandir mais a livraria para promover a divulgação dela.
O projeto integrador I prioriza compreender o contexto da Padula Livros no
comércio local, diagnosticar as dificuldades perante a contemporaneidade da
internet aos livros digitais, revisitar o papel das livrarias na cultura e traçar a região
do centro histórico para conhecer sobre a movimentação humana na localização da
livraria, o público local e a evolução dela. De acordo com o Conselho Nacional de
Educação (CNE), declara que a extensão na educação superior brasileira é a
atividade que se integra à matriz curricular e a organização de pesquisa que
promove a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os
outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação de
conhecimento, em articulação permanente com o ensino e pesquisa.
9
5. Cronograma
São informações estabelecidas para aplicar na prática, durante o planejamento do
projeto para desenvolver o trabalho.
Sequência do projeto integrador 1 Desenvolvimento do trabalho nos meses:
outubro / novembro
1. Pesquisa do centro histórico -
história regional e mapeamento
urbano.
Conhecer a cidade perto da localidade
Padula Livros.
2. Entrevistar Diego Padula. Saber a história do proprietário que era
professor de História.
3. O funcionamento da Padula Livros. O público leitor - perfis/desafios do
processo de manter livros físicos do papel
para a internet.
4. Engajamento social e cultural do
local
Promover a cultura no espaço de leitura.
5. Metas/ projetos de vida/
profissionalismo e também o
comprometimento da Padula para a
sociedade.
A Padula como livraria, a
representatividade de gêneros, a temática
do espaço físico de atrair leitores diante
das ilustrações que associam aos
escritores conceituados no conhecimento
educativo-cultural.
Sem dias agendados por enquanto
entre o grupo com a livraria.
Organização dos integrantes do grupo a
ser alinhada conforme a
disponibilidade de cada um para
apurar os registros das informações.
Etapas:
1 - diagnóstico: entrega parcial do relatório;
2 - planejamento: entrega parcial do
relatório no mês de outubro;
3 - Intervenção: entrega parcial ou
completa do documento final para o mês de
novembro.
10
6. Planejamento
Desenvolver o roteiro para realizar uma entrevista com o proprietário, Diego
Padula, responsável da livraria existente no Centro Histórico, de modo que também,
pretendemos produzir um vídeo e fazer o registro fotográfico da loja, que viabiliza
mostrar visualmente o espaço interno e externo.
Em segundo plano, a ideia de mostrar os espaços que existem pela cidade
ao entorno da Padula Livros na região do bairro. Coleta de dados, tanto de
informações em papel, quanto de fotografias, informações eletrônicas, enfim,
materiais que possam nos ajudar a conhecer a sobre a existência da Padula Livros,
para contribuir no acréscimo de informações e se possível, colaborar para a
melhoria de aspectos que observamos no local e à disposição em divulgar a livraria.
O esboço de uma orientação via google meet para a elaboração do diário de campo.
Data: 08/10/2021
● Durante o encontro online foi discutida a escolha do tema, de modo, que o
mesmo contemplasse uma abordagem metodológica relacionada à cultura do
centro histórico de Porto Alegre.
● O grupo acabou se direcionando para a escolha de uma tratativa mais ampla da
pesquisa, realizando um recorte de tempo maior em relação ao objeto, sendo
assim, ficou subentendido que iríamos trazer maiores informações sobre como
se formou o contexto cultural da região do centro histórico ao longo do tempo.
● Sobre a Padula Livros, ela parece que se tornou um modelo que vai ilustrar a
temática escolhida, mas, inserida no contexto da contemporaneidade. Também
ela, pode servir ao propósito de criar relatos para futuros pesquisadores que
através das nossas pesquisas, venham a ter acesso à informações relacionadas
ao contexto de pandemia, economia e social.
● Ficou estabelecido que deveríamos rever o título após a escolha do tema.
● Retirar questões relacionadas às dificuldades internas do grupo na realização do
projeto.
11
7. Desenvolvimento
O bairro Centro Histórico de Porto Alegre apresenta muitas atrações para a
população. Na verdade, não apenas de eventos informais que contam com a
participação das pessoas, mas de uma série de possibilidades compromissórias,
que envolvem o bairro, como um dos lugares que denota o pluralismo de
ramificações empresariais do Centro Histórico, principalmente, porque é um espaço
que também torna vínculo o trajeto do ambiente profissional para inúmeras pessoas.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o
bairro Centro Histórico abrange mais de 40 mil moradores. O bairro foi criado e
delimitado pela lei 2.022 do ano de 1959, mas a origem tem relação com os
primórdios do povoamento da cidade. Antigamente, Porto Alegre não era
considerada a capital do Estado, e sim, a cidade de Viamão. Para entender melhor,
a cidade de Porto Alegre, se formou a partir de uma península às margens do
Guaíba que no séculoXVIII, servia, e tinha como destino a cidade de Viamão.
Contudo, a característica geográfica de Porto Alegre, garantiu ao povoado uma
relevância maior do que da própria freguesia de Viamão, especialmente pela
circulação de pessoas e de mercadorias que vinham pelo transporte fluvial do porto.
No entanto, o Centro Histórico era habitado por indígenas, denominados por
Charruas, Tapes e Guaicanãs, que se mantiveram na região, por volta de até 1700,
formando assim, a colonização do bairro. Com o avanço paulista na direção do Rio
Grande do Sul, a fundação de Lages em 1684, de Viamão em 1730 e da Colônia do
Sacramento, expandiu-se o comércio local e a proliferação de cidades. Os
bandeirantes fizeram a divisão de terras na região, já que o Jerônimo de Ornelas
tinha um lote de terra, conhecido como sesmaria, às margens do rio Guaíba, cuja
área tinha aproximação da cidade de Porto Alegre. Na época, a sesmaria era
designada como um procedimento dos portugueses, que costumavam ter a posse
das terras no Brasil, com o objetivo de realizar a distribuição de terras que eram
destinadas à produção agrícola. Portanto, a região de Porto Alegre não era um lugar
antes urbanizado, mas denominado como rural, de modo que com o passar do
12
tempo, a cidade significativamente evoluiu, tornando-a moderna e nomeada de
capital gaúcha. Podemos dizer que, a cidade tem importantes ruas que fazem parte
do Centro Histórico. Uma das ruas mais conhecidas, se chama Rua dos Andradas,
que era no passado chamada de Rua da Praia. O Centro Cultural CEEE Érico
Veríssimo (CCCEV) fica próximo à praça da Alfândega, localizada na Rua dos
Andradas. Desde a década de 20, o ambiente cultural ganhou o nome de um
escritor gaúcho que se dedicava à literatura brasileira, como também a outros
escritores, por isso que o Memorial Érico Veríssimo mostra a história e obras do
escritor. O Centro Cultural é um espaço que abrange diferentes temáticas, tanto de
exposições artísticas, quanto de atividades que promovam a interação das pessoas
com projetos de incentivo à prática de cultura da comunidade local. É um lugar que
proporciona palestras, oficinas e divulgação de livros e filmes. Porém, o museu
divide o mesmo espaço com o acervo de quase duas mil peças que são
relacionadas à eletricidade.
Logo próximo ao Centro Cultural do escritor Veríssimo, à margem da
travessa com a rua Caldas Júnior, está localizado o Museu de Comunicação Hipólito
José da Costa, que recebeu a nomeação como referência de um jornalista que
viveu na época da monarquia, que imperava no país, a Corte Portuguesa. Portanto,
o Museu da Comunicação prioriza a conservação, bem como a pesquisa e a
divulgação da história da Comunicação Social do Estado. O acerto abrange
diferentes áreas, que são relacionadas com a comunicação, como por exemplo: a
imprensa, televisão, rádio, fotografia, cinema, além de preservar um espaço para
projetos significativos para a exposição.
Além disso, outro espaço cultural na proximidade do CCCEV é o Hotel
Majestic, mais conhecido como a Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ). Era
neste lugar, que o escritor Mário Quintana passou boa parte da sua vida, entre os
anos de 1968 a 1980. A partir da década de 80, o Hotel passou a pertencer ao
Banrisul, e no entanto, tempo depois, tornou-se Patrimônio Histórico do Estado. Por
isso, o prédio foi denominado de Centro de Cultura, que faz parte da Subsecretaria
de Cultura do Estado. A Casa de Cultura promove eventos culturais, como por
13
exemplo, o teatro, cinema, artes visuais, literatura, lazer e oficinas de criação
artística, que se concentram na parte interna da Casa, bem como há feiras de
artesanato e brechós que acontecem na parte externa, mais precisamente na
fachada do prédio.
Por outro lado, existe o Santander Cultural que está localizado na rua Sete
de Setembro, que mostra galerias de arte, bem como salas para o audiovisual e há
espaços que são rotativos de pessoas, como restaurantes. Com uma arquitetura
diferenciada, pois o prédio foi construído no século XX, o centro Santander permite
fomentar novas e criativas conexões no contexto social e cultural, já que conta com
diversas ações institucionais, programas e projetos. Próximo do Santander Cultural,
está o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), que viabiliza a exposição de
galerias de arte. É uma instituição vinculada à Secretaria do Estado e da Cultura
(SEDAC) do Estado. O acervo de arte do museu é composto por arte brasileira, com
ênfase na produção artística de gaúchos, como também de estrangeiros, sendo que
é considerado um dos museus de referência para o Estado. Criado em meados dos
anos de 1950, o MARGS possui diferentes linguagens das artes visuais, como a
pintura, escultura, gravura, cerâmica, desenho, arte têxtil, fotografia, instalação,
performance, arte digital, design, entre outras.
Aliás, há ao lado da prefeitura de Porto Alegre, o Mercado Público que
também faz parte da cultura do Centro Histórico. Foi inaugurado em 1869, com o
objetivo de abrigar o comércio de abastecimento da cidade, que era principalmente,
carga transportada de navios para descarregar as mercadorias no porto, próximo do
Mercado Público, já que o rio guaíba fica a poucos metros de distância da
localização do mesmo. Para quem não sabe, o Mercado Público é referência tanto
cultural, quanto política, social e econômica do Estado. São mais de 100
estabelecimentos que oferecem produtos regionais, produtos naturais, especiarias e
alguns artigos ao alcance do consumidor. Vale destacar que o Mercado Público é
palco de atrações religiosas que interagem com o público local, principalmente, o
Bará, orixá que advém da matriz africana, e por isso, desde de 2020, a Câmara
Municipal de Porto Alegre, concedeu uma lei que tomba o Bará do Mercado Público
14
como patrimônio histórico cultural da cidade. É um lugar que proporciona
manifestações culturais e comunitárias.
Assim como acontecem as manifestações religiosas no Mercado Público,
temos no Centro Histórico, existem igrejas que compõem o bairro, como por
exemplo a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, religião católica, localizada na rua
José Vigário Inácio, construída no século XIX. Por outro lado, tem a igreja Nossa
Senhora das Dores, também construída no século XIX, localizada na Rua dos
Andradas. Era uma capela simples antigamente, pois demorou quase um século
para ser construída como uma igreja que se formou no presente. Antes de
acontecer o aterramento do Centro Histórico, devido à enchente da década de 40,
que o Centro Histórico se transformou numa parte imersa pelo rio Guaíba, as águas
do rio cruzavam a Rua da Praia (Rua dos Andradas). Na época da construção da
igreja em 1807, a família real portuguesa saía em fuga para o Brasil, que tempo
depois, Portugal sofreu ataque da invasão de tropas napoleônicas. O Brasil era um
país de produção interna, cuja base eram os engenheiros de açúcar. Os senhores
de engenho permaneciam no topo da pirâmide social, por uma classe média,
formada por funcionários públicos, feitores, militares, comerciantes e artesãos. Na
base da sociedade, estavam os escravos, de origem africana, considerados simples
mercadorias. A história da Igreja das Dores, como de outras instituições religiosas,
constaram com o trabalho da força escrava negra, de africanos e afrodescendentes.
Entretanto, temos a Usina do Gasômetro, que faz uma relação importante
na cultura dos porto-alegrenses, pois é considerado um centro fortalecedor da
cultura no modo geral, bem como de lazer. Era uma usina de energia elétrica,
inaugurada em 1928. Por ser um centro cultural, a Usina do Gasômetro, proporciona
o encontro de muitas pessoas que costumam frequentar, principalmente, porque ao
final da tarde, gostam de acompanhar a vista do pôr do sol do rio Guaíba. A orla do
Parque da Marinha foi revitalizada, abrangendo uma distância longa à margem do
rio, onde possibilita a prática esportiva, as manifestações artísticas, como o exemplo
de eventosmusicais que acontecem no Anfiteatro Pôr do Sol para haja a interação
do público, sendo um espaço a céu aberto, que viabiliza a apreciação à natureza.
15
Além disso, próximo da Usina do Gasômetro, no Centro Histórico, tem
destaque na região que se localiza os poderes do Estado, a Praça da Matriz. Na rua
Duque de Caxias com a paralela rua da Riachuelo, situa-se a Catedral
Metropolitana de Porto Alegre, bem como, a Assembleia Legislativa, o Palácio
Piratini, o Palácio da Justiça e o Theatro São Pedro. Há perto da igreja, o Museu
Júlio de Castilhos (MJC), que é vinculado à SEDAC, desde 1903. Também,
considerado um dos antigos museus do Centro Histórico no Estado, retrata a
memória, história e testemunho de relevantes fatos políticos, sociais, culturais e
econômicos. O museu exibe exposições de diferentes temáticas, como a Memória e
Resistência de mais de 90 peças representativas do povo indígena, destacando a
importância de esculturas missioneiras e a outra exposição é oriunda da identidade
de mulheres, a Narrativas do Feminino, sob diferentes perspectivas sociais nas
mulheres do século XIX e XX. No próprio Palácio Piratini, sede do governo do
Estado, apresenta o departamento específico de documentos sobre a política
gaúcha, de modo que arquiva registros da época em que Getúlio Vargas assumiu o
poder. Já no Palácio da Justiça, conserva um Memorial, que tem por objetivo,
mostrar o resgate das cerimônias que acontecem tradicionalmente no local, além de
disponibilizar galerias das exposições e eventos.
É importante mencionar que na Praça da Matriz, mais precisamente situada
na Riachuelo, tem a Biblioteca Pública do Estado (BPE). A biblioteca pública é uma
instituição que também faz parte da SEDAC, que oferece a pesquisa local do acervo
que é constituído por mais de 240 mil obras nacionais e estrangeiras, em diversas
áreas, que se concentram a maior parte no Rio Grande do Sul e também
disponibiliza o acesso ao catálogo on-line para o público. Desde 1871 que a
biblioteca existe, embora com o tempo houve algumas reformas, mas a sede dela
que hoje em dia permanece por anos, iniciou a partir da década de 20.
Contudo, a BPE distribui gratuitamente livros para bibliotecas municipais e
comunitárias, desde que estejam cadastradas no banco de dados do Sistema
Estadual de Bibliotecas Públicas. Os livros foram recebidos por meio da Lei de
Incentivo à Cultura (LIC) ou são provenientes de doações de autores e de editoras.
16
Nas redondezas da Praça da Matriz, a Duque de Caxias é integrada com
uma importante avenida, a Borges de Medeiros. É uma extensa avenida, que faz
limite entre o Mercado Público até a outra avenida, a Ipiranga. Na própria Borges,
está a Cinemateca Capitólio, que faz travessa com a rua Demétrio Ribeiro. É um
Espaço Cultural, ligado a Secretaria Municipal de Cultura que tem como função
principal, a preservação, o armazenamento e a difusão da memória do cinema e do
audiovisual do Estado. Antigamente, era chamado por Cine-Theatro Capitólio, que
foi construído em 1928, mas a idéia de criação da Cinemateca ganhou proporção de
reconhecimento dos envolvidos, por que nos início do anos 2000, houve uma
mobilização da comunidade cinematográfica para tornar público o funcionamento da
instituição, que contou com a colaboração da Prefeitura de Porto Alegre, através da
Fundação Cinema RS (FUNDACINE) e mais outra parceria, a Associação dos
Amigos do Cinema Capitólio (AAMICA), cujo objetivo era restaurar o antigo
Cine-Theatro Capitólio para ser uma cinemateca de transmissão de filmes e
preservação da história audiovisual do Estado.
É nessa região, próxima da Cinemateca Capitólio e das escadarias da
Duque de Caxias com a Borges de Medeiros, que está localizada a Padula Livros,
situada na rua Coronel Fernando Machado. Portanto, a rua era conhecida no
passado como a Rua do Arvoredo. Reza a lenda que a Rua do Arvoredo foi palco
de uma história macabra e chocante, eternizada através de jornais de época e dos
livros "Canibais - paixão e morte na Rua do Arvoredo", de David Coimbra (2005) e
‘’O maior crime da Terra - O açougue humano da Rua do Arvoredo (1863-1864)’’,
Décio Freitas (1996).
O açougue do imigrante alemão Cláudio Claussner foi fundado em 1859,
mas os crimes começaram somente alguns anos mais tarde, entre 1863 e 1864. As
vítimas eram atraídas por José Ramos, amigo e ajudante de Claussner, com a
colaboração de sua esposa, Catarina Palse. A mulher foi responsável por seduzir
vítimas em potencial e levá-las para sua casa, onde tinham seus pertences
roubados e, em seguida, eram degoladas, esquartejadas e descarnadas. Não há um
número exato de vítimas, mas há evidências de pelo menos seis (COIMBRA, 2005).
17
A barbárie ocorrida na rua onde hoje localiza-se a tranquila livraria
repercutiu também na Europa através dos jornais, chegando até mesmo a Charles
Darwin, autor da teoria da evolução das espécies (FREITAS, 1996).
“Informa-se que no extremo meridional do Brasil, em uma cidade
chamada Porto Alegre, um grupo de perversos matou várias
pessoas, usando sua carne para fazer linguiça, que não só comeram
como induziram os habitantes a comê-la. O temor de que a
humanidade perca sua posição nobre e volte à bestialidade é
infundado. Regressões ocasionais sempre ocorrerão. Há chacais
adormecidos em cada homem”.
Devido o acontecimento do passado, é comum que traga a lembrança do
fatídico acontecimento que ocorreu há mais de cem anos, que perceptivelmente é
um fato que rendeu literatura sobre o ocorrido que foi na Rua do Arvoredo e no
entanto, faz refletir no imaginário popular, principalmente, um acontecimento que
surgiu perto de um ambiente comercial em que permite acontecer a leitura de livros.
Rua Coronel Fernando Machado, século XIX. BAYER, DIEGO.
18
Há cerca de 5 anos que existe a Padula Livros no bairro do Centro Histórico,
na antiga Rua do Arvoredo. Fundada em 2016, a livraria conta com livros das mais
variadas temáticas dentro do espaço físico da loja. A empresa é de pequeno porte,
mas já inaugurou outra loja, que se localizava na rua José do Patrocínio do bairro
Cidade Baixa. A Padula Livros é administrada pelo proprietário Diego Padula, além
de contar com funcionários para o atendimento na loja ao público leitor.
Na internet, a Padula comercializa os livros físicos, tanto pela plataforma da
Estante Virtual, quanto pela página oficial do facebook e instagram, como também
pelo site da Padula Livros. Os livros mais vendidos pela internet são os de
esoterismo e literatura estrangeira. O acervo da loja conta com livros de idiomas,
dicionários, coleções, livros da editora Vozes, gibis - HQs, infanto juvenis, literatura
nacional e estrangeira, artes, poesia, crítica literária, comunicação social e
publicidade, turismo, administração, história do Brasil e geral, arquitetura, religião,
autoajuda, psicologia, esoterismo, culinária, saúde/medicina, linguística, biografias,
pedagogia, filosofia, sociologia e ciências políticas. Com mais de 58 mil livros, que
são boa parte distribuídos pela loja, quanto por depósitos que ficam próximos da loja
física.
No Centro Histórico, há outras livrarias e sebos que estão espalhados pelo
bairro. A concorrência é alta, porque o mercado editorial investe nas publicações de
lançamentos. A livraria vende tanto livros novos, como também usados. Antes de
estabelecer a loja, Diego Padula começou a vender livros nas ruas, principalmente
na num ponto específico da calçada da Borges de Medeiros. A ideia de investir nos
livros surgiu por conta da dificuldade financeira que estava enfrentando para
sobreviver. Após ser dispensado de um contrato que exercia como professor de
História pelo governo estadual, pensou em alguma forma de escapar das dívidas
que teria que pagar. Sem dinheiro, o jeito foi vender seus próprios livros, dos quais,
ele costumava colecionar em casa. Diego Padula contou com a parceria da sua
companheira, que ajudou a concretizar a sua vontade de começar a investir nos
livros,já que estava disposto a prosperar com a venda dos livros em lugar
movimentado e que estabelecia contato com as pessoas que passavam à sua volta.
19
“Eu tinha muitos livros, sempre gostei e a gente começou a vender na
feirinha aqui na frente do Capitólio, no chão mesmo, com um
paninho. Começamos a vender na internet, criamos uma página”,
conta ele.
Além dos livros físicos, há à venda de outro produto na loja, que são os
raros discos de vinil, que estão armazenados em caixas no chão da livraria. A
publicidade estampa os livros na fachada da loja para atrair as pessoas que
circulam pela rua e também da movimentação que acontece no trânsito. A livraria é
um lugar aconchegante, que permite que o leitor sinta-se confortável, como se
estivesse em casa, diante das poltronas que foram colocadas em meio às estantes
de livros. O mais interessante na loja é a capacidade de estrutura e organização em
manter os livros na ordem por área de conhecimento. Chama a atenção de quem
entra na loja, já que o ambiente é diferenciado, porque além de ser um espaço que
realça a importância da cultura, não somente através da leitura, mas percebe-se
visualmente que mostra várias ilustrações de pessoas de grande influência na
literatura, e no entanto, reforça a arte como um fator agregador da Padula Livros, já
que a loja inspira os leitores a estarem num universo mergulhado de pensamentos
que certamente, borbulham as mentes das pessoas ao se depararem com a
escritora Clarice Lispector e Virginia Woolf, desenhadas nas paredes.
A Padula Livros organizou eventos que promoviam o encontro de leitores
com escritores na loja e que também contou com participações em outros lugares,
através de feiras, como por exemplo, na fachada da Casa de Cultura do Mário
Quintana. Diego Padula pensa que no futuro possa ter a chance de montar uma
tenda de livros para vendê-los na Feira do Livro da cidade. Diego Padula, disse que
“Ao longo de dois anos participamos de inúmeras feiras espalhadas
pela cidade com a banca de livros itinerante e também realizamos
vendas online. Agora, abrimos a loja para visitação e estamos muito
empolgados com o novo desafio.”
20
Além do mais, a loja é um espaço de interação que acontece entre as
pessoas que se conhecem, pois tem a máquina de café, que são um ponto
favorável para os clientes permanecerem por mais tempo na livraria, ou seja uma
opção criativa que não visa somente a questão da variedade de livros, mas que
envolve a peculiaridade em notar que se pode apreciar os elementos que
esteticamente fazem parte na decoração da livraria.
A Padula Livros funciona no horário comercial, durante a semana, tanto pela
manhã, quanto pela tarde e aos sábados. Segundo Diego Padula, o negócio nasceu
movido pela paixão à literatura, pois acumulou ao longo do tempo na livraria, tantos
livros que atualmente, a loja possui inúmeros títulos que estão entre os clássicos e
contemporâneos e algumas raridades, como por exemplo, livros autografados por
importantes autores. Na medida que o negócio se expandiu, assim que a livraria
cresceu gradativamente com o passar do tempo, a necessidade de fomentar a
visibilidade literária, aumentou o interesse de consolidar uma editora própria para
que fosse realizada a contribuição de publicar novos autores, através de suas obras.
A loja na Cidade Baixa não permaneceu com as portas abertas, devido os
problemas surgirem, principalmente que o ponto comercial foi projetado para
acolher pessoas que costumavam beber álcool, já que o espaço era propício a
fornecer bebida de álcool, boêmia, pôsteres e comidas, além de livros, obviamente.
O mercado editorial é rotativo, à medida que acontecem mudanças, as
coisas são adaptadas em novas formas de melhorar, apesar de que no ano de
2020, as pessoas vivenciaram o caos que perpetua ainda, a pandemia. Imagina
para os proprietários de suas lojas o que não acarretou financeiramente com a
queda das vendas. Os comércios do Centro Histórico foram fechados e outros
mantidos, mas com o fechamento por tempo indeterminado no início do isolamento
social. Um fato agravante de complexidade para a economia do país e de muitos
outros países no mundo. Há quem diga que os estabelecimentos comerciais
passaram por vistorias de funcionamento com relação às restrições do cumprimento
das regras impostas pelo governo, advinda algumas da Organização Mundial da
Saúde (OMS). Mudanças mais emblemáticas causam uma reviravolta na sociedade.
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A saúde pública continua um sério problema por conta que a covid-19
apresenta no momento, outras mutações do vírus que se formam constantemente.
O impacto do coronavírus abalou a crise econômica da nação brasileira, ou seja, de
muitas pessoas, com relação à vida profissional e também pessoal. Imagina a visão
geral do que acontecia em que estivemos a nos manter firmes pelo que passamos.
No entanto, Diego Padula buscou alternativas para equilibrar a situação difícil da
pandemia, na intenção de haver alguma possibilidade de evitar a falência da livraria.
Devido ao negócio ter como prioridade a venda de livros físicos, ou seja,
obras em formato de papel, os preços caíram de uma margem desproporcional de
valores, comparado com os preços do mercado livreiro, facilitando no bolso dos
clientes para manter o interesse de compra por livros baratos, os mais acessíveis.
Em tempos sombrios, a estabilidade financeira de modo geral voltou a reinar
socialmente, de modo que as pessoas retornaram à vida cívica normalmente. Mas,
a livraria conseguia realizar as vendas, pois não a impossibilitava no início da
pandemia em 2020, mesmo não sendo antes mais intensas, como acontecem
instantaneamente hoje em dia, a facilidade da internet é colaborativa, pois a
parceria com a Estante Virtual, intermediava as vendas para que as pessoas
pudessem receber os livros em suas residências, através das transportadoras
viabilizar a entrega das mercadorias. De acordo com o Jornal do Comércio, os
brasileiros compraram mais livros durante o ano de 2020, já que o fluxo nas livrarias
diminuiu por conta dos estabelecimentos comerciais que permaneceram fechados.
É importante considerar que no atual momento, a Padula Livros, aqueça
suas vendas nos livros pelas promoções que se destacam da Black Friday, por que
oportuniza adquirir a lucratividade do giro capital da ampla concorrência dos lojistas.
É necessário que o comércio seja reinventado a partir das mudanças que surgem,
tanto boas quanto ruins. Não se trata apenas de bons preços, mas de outros fatores
que contribuem para favorecer o crescimento do comércio ou empresa que lida com
diferentes pessoas, mesmo que elas tenham interesses em comum, como a
questão de apreciar livros dos mais variados formatos e conteúdos disponíveis ao
alcance delas, é essencial agradar o público no geral, porque o negócio sobrevive a
22
mercê das pessoas que movem-o e contempla-o, aderindo mudanças significativas
do avanço em que aquele negócio seja capaz de viabilizar o processo de evoluir
com o tempo. O atendimento personalizado é um diferencial que faz conquistar
cada vez mais pessoas. Os livros de papel atendem as expectativas dos leitores,
porque a resistência do papel na contemporaneidade é uma disputa acirrada, ou
seja, equilibrada, com os livros digitais. A logística do comércio eletrônico é um
pouco diferente da loja física. Porém, o comércio propõe os dois serviços, a
demanda é maior, porque a quantidade de trabalho sobrecarrega mais.
A preferência do leitor entre um livro físico e um livro digital cabe ao perfil de
cada indivíduo. É um processo de transformação para o comércio aderir novidades,
no tocante de manter um sistema mais tradicional, digamos assim. Na região que
situa-se a Padula Livros, é relevante citar a diversidade de pessoas que a cerca. Há
um quarteirão da livraria, existe a instituição educacional de nível superior, Estácio.
Portanto, é de fácil acesso para os universitários transitarem pelas ruas próximas da
Padula Livros. Por outrolado, destacamos a tantos metros de distância da Padula
Livros, a Universidade Pública Federal, UFRGS. Além disso, o Parque da Redenção
é uma referência de espaço frequentado, que pode acontecer de aparecer leitores
que estejam no momento de lazer, lendo alguma obra.
O Centro Histórico circula inúmeras pessoas que são diferentes das outras,
já que o público leitor é variado, não somente de jovens, mas também por pessoas
de mais idade. É difícil definir um perfil específico de leitores, porque não tem idade,
classe social, raça, ideologia política, crença religiosa, etnia, etc. Para Diego Padula,
a existência da loja física, chama a atenção do cliente, porque as pessoas, na
maioria das vezes, querem conhecer o espaço interno da livraria do que
propriamente se sentirem na obrigação de comprar algum livro que as interessam. A
livraria está num ponto privilegiado da cidade, ou seja, o Centro Histórico de Porto
Alegre, que predomina o mercado varejista em meio a importantes centros culturais.
O presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), Marcos
da Veiga Pereira, constata que o brasileiro está lendo mais do que antes na
pandemia, porém, o problema é que está lendo mais do mesmo livro. Para quem
23
não sabe, a data de comemoração do dia nacional do livro é 29 de outubro. Há
livrarias que aproveitam a data para realizar eventos que possam integrar as
pessoas a participar de atividades culturais. O SNEL promove e apoia estudos
regulares sobre o mercado editorial em parceria com institutos de pesquisa e
entidades do livro, como o Painel do Varejo de Livros no Brasil, a Pesquisa de
Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro e a Retratos da Leitura no Brasil.
Além disso, o SNEL é importante fonte de informação para profissionais e
estudiosos do setor livreiro, pois os levantamentos são divulgados no site oficial
SNEL e reforçam o compromisso da entidade com a transparência e a
profissionalização da indústria editorial do país.
Tem a Câmera Brasileira do Livro (CBL), que é uma entidade que existe há
mais de 70 anos de estrada, tendo como principal objetivo promover o mercado
editorial brasileiro e cultivar o hábito da leitura. Aliás, faz parte da missão da CBL,
que afirma atender aos objetivos maiores de seus associados e ampliar o mercado
editorial por meio da democratização do acesso ao livro e da promoção de ações
para difundir e estimular a leitura. É importante que os livros publicados devem
conter a catalogação na publicação (CIP), padrão internacional estabelecido em
1976 (Cataloging-in-Publication – CIP). No Brasil, de acordo com a Lei 10.753 de 30
de outubro de 2003, a adoção da ficha catalográfica é obrigatória. A catalogação na
publicação reúne num único lugar, geralmente no verso da página de rosto, dados
pertinentes à obra, como nome do autor, editora, ano de publicação, ISBN e assunto.
Para o presidente da CBL, Vitor Tavares, constata que as livrarias tiveram
uma queda de 60% a 70% nas vendas em 2020. Apesar de o fluxo de vendas ter
melhorado de um ano para o outro,, houve um crescimento maior do comércio
digital. No entanto, a venda de livros no Brasil neste segundo semestre de 2021,
ficou quase 50%. O setor editorial brasileiro vendeu no primeiro semestre, cerca de
28 milhões de livros. Isso representa um aumento significativo de 48,5% em
comparação com o ano passado, segundo o Painel do Varejo de Livros no Brasil, que
teve a divulgação em agosto pelo SNEL e o Sindicato Nacional de Editores.
24
O faturamento do setor nos seis primeiros meses de 2020, foi de R$ 846,2
milhões. Já neste ano, o lucro foi de R$ 1,19 bilhão. Para Marcos Pereira, desde
setembro de 2020, o aumento do consumo de livros vem demonstrando o bom
desempenho de esforços comerciais.
“Enquanto indústria, precisamos nos conscientizar cada vez mais
sobre a responsabilidade que temos de fomentar o hábito de leitura.”
Portanto, o segundo semestre de 2021 se mostrou promissor. Entre o mês
de junho a julho - período que ocorreu o Amazon Prime Day, famosa pelas
promoções - houve um aumento de 59,3% de vendas em relação à mesma época
do ano passado e o faturamento saltou de R% 117,08 milhões para R$ 185, 52
milhões. A tendência, segundo especialistas com relação a pesquisa, é que a venda
de livros continue aumentando.
Os números chamam atenção porque, com o começo da quarentena, na
virada de março para abril de 2020, o faturamento total do setor editorial chegou a
cair pela metade. Para a realização do Painel do Varejo, os dados são coletados
diretamente nos caixas das livrarias, e-commerce e varejistas colaboradores,
segundo o SNEL. As informações são recebidas em formato de banco de dados.
Após o processamento, os dados são enviados online e atualizados semanalmente.
É evidente que positivamente neste ano, as vendas dos livros têm
aumentado nas livrarias e sebos do Brasil, assim como no bairro Centro Histórico.
Por mais que ainda estejamos em pandemia, certamente, o proprietário Diego
Padula se sente satisfeito com o êxito de reconhecer uma melhora das vendas,
diante da crise econômica em que se configurou no cenário mundial. Portanto, que
a mudança sucedida faz com que a livraria continue prosperando e proporcionando
a importância do seu papel perante à valorização da cultura como um todo, tendo
êxito para que a juventude saiba a aprender que é fundamental apreciar o livro
através do gosto pela leitura, mais do que o conhecimento individual que se possa
adquirir, e sim, porque possibilita um caminho de abrir portas na vida de cada um.
25
Com o intuito de compreender melhor o itinerário histórico e a
funcionalidade da Padula Livraria em tempos de pandemia, foi feita uma visita às
instalações da mesma e uma breve entrevista com o proprietário do
empreendimento, o historiador Diego de Souza Padula, na manhã do dia 17 de
novembro de 2021.
1 - O surgimento de livros digitais (e-books) trouxe impactos perceptíveis
aos negócios da livraria ?
Diego Padula: Sim, o surgimento dos e-books impactou os negócios no mercado
editorial, mas este acabou se adaptando aos novos tempos. Basta vermos, por
exemplo, as edições em capa dura de algumas editoras - como, por exemplo,
Carambaia, Ubu e outras herdeiras da Cosac e Naify. Há livros e mercado para
todos os públicos.
2 - A Padula Livros tem seu estoque disponível em alguma plataforma
digital, que permita a venda on line ?
Diego Padula: Sim, exibimos nosso acervo com mais de 57 mil títulos na plataforma
Estante Virtual.
3 - Quais foram os impactos da pandemia no dia a dia da Padula Livros?
Diego Padula: Em meio à pandemia tivemos que cancelar os lançamentos de livros
e eventos presenciais. Nesse período, as nossas vendas se centraram na
plataforma Estante Virtual.
4 - Como você enxerga o futuro das livrarias enquanto lojas físicas?
Diego Padula: Continuarão a existir, pois a experiência de folhear um livro e
comprá-lo presencialmente não tem como ser substituída.
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5 - Como você avalia a importância da localização da Padula Livros, que
fica em um bairro cheio de cultura, e em uma rua particularmente interessante
historicamente ?
Diego Padula: Muito importante, pois este bairro é frequentado comumente por
universitários, intelectuais e outros grupos interessados em leitura.
6 - Com que frequência a Padula Livros recebe eventos de encontro entre
autores ou artistas e o público da livraria ?
Diego Padula: Antes da pandemia sempre estimulamos esse tipo de programação.
Em breve retomaremos os encontros.
7 - Esses encontros são organizados pela própria livraria ?
Diego Padula: Pela livraria e às vezes pelos autores, que solicitam o espaço para
lançar seus livros.
8 - A Padula Livros participa ou já participou da Feira do Livro de Porto
Alegre ?
Diego Padula: Não, mas é um projeto futuro da Padula Livros participar da Feira do
Livro de Porto Alegre.
9 - Existe algum motivo para a escolha deste endereço para as instalações
da livraria ?
Diego Padula: Sim, poisé um endereço que está próximo do centro da cidade - tudo
em Porto Alegre converge para o centro -, o que facilita a mobilidade dos clientes.
Por outro lado, não está numa área muito agitada, o que é ótimo para quem
frequenta uma livraria.
27
8. Conclusão
O Centro Histórico de Porto Alegre é uma referência na cultura da cidade,
porque além de lugares que foram mencionados, a Padula Livros se encontra
privilegiada por sua localização. Em meio a tantos desafios que surgem na
contemporaneidade, se manter ativa a livraria numa pandemia que jamais
imaginávamos que poderíamos passar, é um salto do declínio ao êxito. Os
comércios do bairro são importantes tanto para o desenvolvimento econômico,
quanto para a interação do ser humano nos espaços que se entrelaçam em um
território geograficamente mantido pelo limite de bairros vizinhos que abrange a
população porto-alegrense, bem como a quem não faz parte da cidade por ser de
fora. Sem dúvida, a cidade é o ponto de encontro de manifestações artísticas,
políticas, entre outras, como também, uma cidade que proporciona lazer, cultura,
educação, turismo, etc. A Padula Livros não poderia ter outro lugar melhor do que o
bairro Centro. O investimento que seria ao pensar numa loja em uma rua bem
movimentada, valeu a pena, porque faz do lugar ser o eixo central de tudo que a
cerca, através da iniciativa de Diego Padula de concretizar uma vontade de
transformar o espaço em um ambiente agradável para o público leitor.
A representatividade à cultura pelas instituições/entidades que se destacam,
como o Mercado Público, o Santander Cultural, o Museu de Arte, o Centro Cultural
Érico Veríssimo, a Usina do Gasômetro e o Anfiteatro a margem da Orla do Guaíba,
a Biblioteca Pública do Estado, A Casa de Cultura Mário Quintana, o Cinemateca
Capitólio, o Museu Júlio de Castilhos, o Theatro São Pedro, os prédios importantes
dos poderes do governo estadual, bem como a igrejas católicas e as universidades
que fazem parte do Centro Histórico. Além disso, carrega um passado que emerge
a uma história que construiu ao longo do tempo sua própria identidade, através de
pessoas que marcaram a trajetória no bairro, como citamos os indígenas e negros
escravizados. Antigamente, o Centro Histórico, principalmente na Praça da
Alfândega, região citada pelas instituições que ali cercam, acontecia eventos, tanto
que até hoje em dia acontece.
28
A cidade de Porto Alegre não era oficialmente no passado a capital do Rio
Grande do Sul, e sim, a cidade de Viamão. Porto Alegre não era urbanizada, mas se
tornou importante por conta do povoamento, e devido a construção que favorecia do
Mercado Público a margem do rio Guaíba com o descarregamento de mercadorias
nas cargas dos navios que transportavam alimentos, especiarias e objetos,
advindos de demais lugares por onde passavam pelo acesso fluvial de um rio para o
outro. A formação das ruas, que são parte da memória histórica da cidade, foram
transformadas com a arquitetura, tradições típicas do gaúcho, circulação de
automóveis nas avenidas construídas, enfim, a sociabilização de um povo sendo
constituído em cada época com pensamentos e legados diferentes para a cultura. O
Centro Histórico é um lugar muito frequentado, porque são inúmeras pessoas que
circulam por vários fatores, dos mais diversos perfis, tanto jovens, quanto adultos. É
um lugar propício a acontecimentos dos mais diversos, bem como a implementação
de órgãos públicos do Estado e de empresas de vários segmentos que dividem o
espaço em meio a tudo que possa existir.
A questão da ampla concorrência de mercado, já que é uma proliferação de
comércios que são espalhados pelo bairro. As formas de conduzir as vendas para o
público geral, dependendo de quais são os produtos ofertados em temporada de
promoção e não promoção, seja da qualidade e preço do produtos, bem como o
atendimento, faz a diferença para o consumidor, ou seja, o cliente. O negócio
precisa atender as necessidades do público, principalmente sabendo lidar com as
mudanças ao se adaptar, ainda que o público alvo, são jovens, ou seja, atinge
universitários, porque coincide da livraria apresentar o produto que esse público
consome e viabiliza a aproximação de instituições que se localizam por perto. Estar
de acordo com as demandas, mesmo que resista ao tempo, produtos mais
tradicionais, como livros físicos, sempre é preciso se reinventar para não deixar que
as pessoas que buscam por livros de papel, prefiram escolher os livros digitais. É
importante mostrar que além de ser um espaço comercial, possa proporcionar um
ambiente que se faça amizades e parcerias, estabelecendo uma boa conectividade
com o universo da leitura em forma de papel para que sempre enriqueça a mente.
29
9. Bibliografia
BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens.
9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
_____. O projeto de pesquisa em história. 10ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
_____. Teoria e formação do historiador. 1ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
BLOCH, Marc. A apologia da história ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro:
Zahar, 2001.
BRETON. David Le. Antropologia dos sentidos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.
COIMBRA, David. Canibais - paixão e morte na rua do Arvoredo. 2ª ed. Porto
Alegre: L&PM, 2008.
COSTA, MOREIRA. Rogerio; Igor. Espaço & Sociedade no Rio Grande do Sul. 4ª
ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1995.
Crimes da Rua do Arvoredo: as linguiças de carne humana - Julgamentos
Históricos. Disponível em: <Crimes da Rua do Arvoredo: as linguiças de carne
humana (jusbrasil.com.br) > Acesso em 25/11/2021, 21:06.
MARASCHIN, C.; CABRAL, G. F. O papel do centro histórico na estrutura das
cidades contemporâneas – o caso de Porto Alegre, Brasil. Arquitetura Revista,
[S. l.], v. 10, n. 2, p. 59–69, 2015. DOI: 10.4013/arq.2014.102.02. Disponível em:
http://revistas.unisinos.br/index.php/arquitetura/article/view/arq.2014.102.02. Acesso
em: 20 set. 2021.
MELLO. Luiz Gonzaga de. Antropologia Cultural: iniciação, teoria e temas. 19ª
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
PINSKY, Jaime (Org.). O ensino de história e a criação do fato. São Paulo:
Editora Contexto, 1992.
Schwarcz, Lilia Moritz. Brasil: uma biografia. 1ª ed. Capital, SP: Companhia das
Letras, 2015.
https://diegobayer.jusbrasil.com.br/artigos/456091552/crimes-da-rua-do-arvoredo-as-linguicas-de-carne-humana
https://diegobayer.jusbrasil.com.br/artigos/456091552/crimes-da-rua-do-arvoredo-as-linguicas-de-carne-humana
30
10. Evidências
Mapeamento da região do centro histórico - localização da livraria Padula
Livros.
1. Publicidade Virtual - página comercial da Padula Livros.
Via internet - facebook
31
Marcador de página - poema O Mapa do escritor Mário Quintana
O Mapa
Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(E nem que fosse o meu corpo!)
Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso…
32
2. Padula Livros - via satélite a localização.
Via internet - google maps
3. Vista por satélite - imagem em tempo real.
Panorama local - centro
33
Ficha de acompanhamento que comprova a visita no local à Padula Livros
17.11.2021
34
22.11.2021
35
Registro Fotográfico
Imagens reais do centro histórico de Porto Alegre ao entorno da Padula.
1. Arredores da Padula Livros.
Data: 17/11/2021
36
2. Arredores da Padula Livros.
37
3. Fachada da livraria.
38
4. Atração da Livraria.
39
5. Vitrine da livraria.
40
6. Loja física - fachada
Data: 22/11/2021
41
7. Entrada do interior da loja.
42
8. Ilustraçãona parede da entrada da loja.
43
9. Estante de livros dos mais diversos gêneros.
44
10. Ao fundo, o retrato ilustrativo da escritora Virginia Woolf.
45
11. Elementos decorativos que compõem o espaço.
46
12. A recepção da loja.
47
13. Outro ângulo da loja - sentido da entrada para a saída.
48
14. Banner no alto da parede - destaca a publicidade. Há elementos decorativos.
49
15. Fachada principal - a calçada da rua tem caixas que destacam livros baratos.
50
16. Escadarias da Duque de Caxias com a Borges de Medeiros.
17. Do alto das escadarias - visão da avenida que mostra o trânsito.

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