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APS CORPO ANIMAL II (GLOBO OCULAR E SIST. LINFOIDE- VETERINÁRIA)

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UNIVERSIDADE SALVADOR- UNIFACS
CURSO MEDICINA VETERINÁRIA
ALANA ALVES, ANA SALES, ANTONIA MAYLANE,
ARTHUR FABRIS, EMILY BARBOSA, 
E SCARLETT SAMPAIO.
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA- APS
CORPO ANIMAL II- PAULO COELHO
Salvador
2021
ATIVIDADE 1: RESUMOS
Características morfológicas e funcionais do globo ocular, vestíbulo e canais semicirculares.
O olho é um órgão elaborado cuja função primária é colher e focalizar luzes sobre a retina fotossensível. Composto por grupos de células especializadas em diferentes funções e, frequentemente, apresentando células fotorreceptoras e células pigmentares separadas. Ele se encontra dentro de uma cavidade da cabeça em forma de cone, a órbita, que aloja o bulbo do olho e várias outras estruturas do tecido mole e os anexos oculares. Com relação ao formato do olho, ele apresenta forma basicamente esférica devido à pressão gerada pelo humor aquoso e à falta de elasticidade da esclerótica e da córnea. A constituição do olho e formada por três túnicas dispostas concentricamente: a camada externa (túnica fibrosa), a camada média (túnica vascular) e a camada interna (túnica nervosa). (Junqueira e Carneiro, 2004). A superfície túnica mais externa do olho de mamíferos é composta pela esclera, uma camada densa de tecido conectivo que forma o “branco” do olho, e a córnea, uma camada transparente que permite a entrada dos raios luminosos no olho. No segmento anterior do olho, internamente a córnea, observa-se a íris, o corpo ciliar e a lente. A camada interna (túnica nervosa) ou retina é a camada mais interna e se comunica com o cérebro pelo nervo óptico. A íris contém duas camadas de músculo liso pigmentado que circulam uma abertura chamada de pupila. A íris pode contrair ou dilatar em condições de pouca luminosidade, o que aumenta o tamanho de pupila e permite a entrada de maior quantidade de luz no olho. Diante de intensidades luminosas altas, a íris contrai, reduzindo o tamanho da pupila e limitando a entrada de luz no olho. A lente é mantida no espaço posterior à pupila pelos ligamentos suspensos (zônula ciliar), que, por sua vez estão ligados ao corpo ciliar que possui os músculos ciliares. A íris e o corpo celiado dividem o olho em dois compartimentos. A câmara anterior está preenchida por um líquido que recebe o nome de humor aquoso. Esse líquido é secretado pelo corpo ciliar e circula na câmara anterior devido à passagem pela pupila. A lente está suspensa na câmara posterior preenchida por uma massa gelatinosa denominada humor vítreo, a qual ajuda na estabilização do olho e fornece sustentação à retina. O revestimento interno da superfície do olho é a retina, onde estão localizadas as células fotorreceptoras e algumas camadas de interneurônios que auxiliam no processamento do sinal visual incidente. Imediatamente abaixo da retina está o estrato pigmentoso, cujas células mudam o retinal todo-Trans para a conformação 11cis, que pode absorver luz. Abaixo deste estrato pigmentoso da retina encontra-se uma camada de tecido altamente pigmentado que recebe o nome de coroide. Esta camada contém vasos sanguíneos e fornece os nutrientes para o olho. A coroide de animais com hábitos noturnos como gatos é levemente diferente daquela de humanos. Ela possui uma camada chamada de tapetum que promove a reflexão de raios luminosos e permite aos animais noturnos uma melhor visão quando comparados aos animais diurnos em situação de pouca luz. A luz refletida de um tapetum pode fazer o olho de um gato parecer uma fonte de luz no escuro.
Características morfológicas e funcionais dos fotorreceptores e dos receptores vestibulares.
Fotorreceptores: São as células responsáveis pela visão por captarem a luz e enviar impulsos nervosos correspondente a qualidade da luz e assim permitindo que o cérebro reconheça imagens
Como já foi referido, a sensibilidade à luz - foto-sensibilidade - confere aos animais mais simples a capacidade de se orientarem para o sol e o céu e aos mais complexos informações rápida e detalhada sobre o meio que os rodeia, pela visão. É natural, portanto, que quase todos os animais detectem e reajam à luz. Menos óbvio é o facto de, ao longo de toda a evolução do reino, o padrão das fotos sensitividade se tenha mantido através da família dos pigmentos designados rodopsinas.
A sensibilidade à luz depende da capacidade das rodopsinas para absorver protões e sofrer uma alteração conformacional. A molécula de rodopsina consiste numa proteína que não capta luz - opsina - e num grupo prostético que absorve a luz - 11-cis-retinal. O grupo prostético está aninhado no interior da proteína, que, por sua vez, está embebida na membrana plasmática de uma célula fotorreceptora.
Receptores vestibulares: compreendem núcleos vestibulares como células ciliadas, que tem como função a estabilização do movimento do corpo, da cabeça e postura. Também faz a rotação de ângulos, estabiliza os olhos durante a movimentação da cabeça e do corpo, ou seja, tem como característica funcional garantir o equilíbrio do corpo e ajudar na percepção espacial do indivíduo.
Características morfológicas e funcionais do sistema linfoide.
O sistema imunológico, também conhecido como sistema imunitário ou sistema imune, é o sistema responsável por combater os microrganismos invasores. O sistema imunológico constitui-se de certos tipos de leucócitos, principalmente linfócitos, e também por órgãos onde ocorre a formação, amadurecimento e multiplicação desses leucócitos. As células que fazem parte do sistema imunitário são os neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos T, linfócitos B, células NK, macrófagos, mastócitos e monócitos. Os neutrófilos são células muito importantes contra a invasão de microrganismos. Eles têm como principal função fagocitar bactérias e outros microrganismos que invadem nosso corpo. Os eosinófilos são menos numerosos do que os neutrófilos, e são responsáveis por fagocitar e eliminar complexos de antígenos com anticorpos que aparecem em casos de alergia. Os basófilos são células cujo núcleo é volumoso e irregular. Ainda não se sabe ao certo qual a sua real função.
Os linfócitos T possuem diversas funções no organismo, e todas elas são de extrema importância. Essas células são originadas na medula óssea e em seguida migram para o timo, órgão encontrado sobre o coração, onde amadurecem. Os linfócitos T são separados em linfócito T- citotóxico, linfócito T- auxiliar, helper ou T4, linfócito T- supressor e linfócito T de memória. Os linfócitos B se originam na medula óssea e se desenvolvem nos órgãos linfoides. Eles têm como função própria a produção de anticorpos contra um determinado agressor. As células NK (Natural Killer), também chamadas de linfócitos NK, são células matadoras naturais. Essas células destroem as células tumorais ou infectadas por vírus sem que eles expressem qualquer tipo de antígeno ativador da resposta imune específica.
Os macrófagos têm altíssimo poder fagocitário. Essas células fagocitam restos celulares, células mortas, proteínas estranhas, calo ósseo que se formou em uma fratura, tecido de cicatrização etc. Os mastócitos armazenam potentes mediadores químicos da inflamação, como a histamina, a heparina, a serotonina entre outros. Essa célula não tem muito significado no sangue, e ela participa de reações alérgicas, pois atrai os leucócitos e cria uma vasodilatação.
Os linfonodos ou gânglios linfáticos são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfoide e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto dos vasos linfáticos. São encontrados na axila, virilha, ao longo dos grandes vasos do pescoço e em grande quantidade no tórax e abdômen, especialmente no mesentério. O sistema linfático é constituído por capilares linfáticos, vasos linfáticos, ductos linfáticos (ducto torácico e ducto linfático direito) e linfonodos. Os capilares linfáticos são os menores vasos condutores do sistema linfático. Eles se originam no tecido conjuntivo como microscópicos vasos de fundo cego, que se unem, formando vasos maiores, os vasoslinfáticos. Os capilares linfáticos apresentam uma única camada de células endoteliais, enquanto os vasos linfáticos possuem paredes de três camadas que se assemelham às paredes presentes nas veias. Assim como nas veias, os vasos linfáticos apresentam valvas que garantem o fluxo da linfa em um único sentido. A movimentação da linfa ocorre graças às forças externas que agem sobre as paredes dos vasos, como a ação massageadora dos músculos esqueléticos. Entre cada valva dos vasos linfáticos, é possível perceber uma dilatação, e, como existem várias valvas nessas estruturas, o vaso linfático adquire um aspecto de colar de contas. Possui três Funções Inter-relacionadas: Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais; Absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório; E Produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos conhecidas como plasmócitos).
Os Vasos Linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do sangue e banha as células. Esse excesso de líquido, que circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao sangue, chama-se linfa. Linfa: É um líquido transparente, esbranquiçado (algumas vezes amarelado ou rosado), alcalino e de sabor salgado, que circula pelos vasos linfáticos. Cerca de 2/3 de toda a linfa derivam do fígado e do intestino. Sua composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. No sangue os linfócitos representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos. A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas.
A circulação Linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células produzem durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo. O sistema linfático coleta a linfa, por difusão, através dos capilares linfáticos, e a conduz para dentro do sistema linfático. Uma vez dentro do sistema, o fluido é chamado de linfa, e tem sempre a mesma composição do que o fluido intersticial. A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da pulsação das artérias próximas e do movimento das extremidades. Todos os vasos linfáticos têm válvulas uni direcionadas que impedem o refluxo, como no sistema venoso da circulação sanguínea. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema. Pode conter microrganismos que, ao passar pelos filtros dos linfonodos (gânglios linfáticos) e baço são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente como “íngua”.
Principais características histológicas dos diferentes órgãos do sistema linfoide.
O sistema linfoide é dividido em órgãos linfoides primários e secundários. Os órgãos linfoides primários produzem os componentes celulares do sistema imunológico, são: medula óssea e o timo. Já os órgãos linfoides secundários são os locais onde ocorrem as respostas imunológicas, são os: os linfonodos, o baço, as tonsilas, e agregados de linfócitos e células apresentadoras de antígenos presentes nos pulmões (tecidos linfoides associados aos brônquios) e na mucosa do trato digestório (tecido linfoide associado ao tubo digestivo), incluindo as placas de Peyer. 
A Medula óssea vermelha é o local de origem dos linfócitos B e T derivados de uma célula tronco linfóide. Os linfócitos B amadurecem na medula óssea, enquanto o timo é o local de amadurecimento dos linfócitos T. A medula óssea é encontrada no canal medular dos ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos. A medula óssea vermelha apresenta essa cor devido à presença de numerosos eritrócitos. Já a medula óssea amarela não tem função hemocitopoética e tem esta cor devido ao acúmulo de tecido adiposo. No recém-nascido, toda medula óssea é vermelha (ativa na produção de células do sangue), mas, com o avanço da idade, porém, a maior parte da medula óssea transforma-se na variedade amarela, existindo a medula vermelha no adulto apenas no esterno, vértebras, costelas, ossos do crânio e, nas epífises proximais do fêmur e do úmero. Tanto na medula óssea vermelha como na amarela existem nódulos linfáticos, que são acúmulos de linfócitos. A medula óssea não possui vasos linfáticos, a medula óssea vermelha é constituída por células reticulares, associadas a fibras reticulares (colágeno tipo III), esses elementos (células e fibras) formam uma esponja, percorrida por numerosos capilares sinusóides, que quando atingem a maturação, as células sanguíneas atravessam a parede dos sinusóides e caem no seu interior, sendo levadas pelo sangue circulante. Entre as células reticulares existe um número variável de macrófagos, células adiposas e muitas células hematopoéticas.
O Timo é um órgão situado no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do coração. É formado por dois lobos, envolvidos por uma delicada cápsula de tecido conjuntivo denso. A cápsula origina delgados septos, que dividem o parênquima em inúmeros pequenos lóbulos cuja porção central frequentemente se continua com a região equivalente de lóbulos adjacentes. Diferentemente dos outros órgãos linfoides que são de origem exclusivamente mesodérmica, o timo tem origem embriológica dupla: mesodérmica e endodérmica. Seus linfócitos provêm da medula óssea, onde se formam a partir de células mesenquimatosas. A migração por via sanguínea de linfócitos para o timo a partir da sua origem no tecido hematopoético se inicia na espécie humana por volta da sétima/oitava semana de vida intrauterina. Ao contrário dos outros órgãos linfáticos, o timo não possui folículos linfoides. Cada lóbulo é formado de uma parte periférica denominada zona cortical, que se cora mais intensamente pela hematoxilina, por ter maior concentração de linfócitos. A cortical envolve a parte central de cada lóbulo, mais clara, denominada zona medular. Na medular encontram-se estruturas características do timo, os corpúsculos de Hassall. A região cortical e medular possuem os mesmos tipos celulares, porém em proporções diferentes. As células mais abundantes do timo são os linfócitos T, em diversos estágios de maturação, e as células reticulares epiteliais. Além dos linfócitos T e das células reticulares epiteliais o timo possui macrófagos, principalmente na cortical. As células epiteliais do córtex do timo, a dupla lâmina basal e as células endoteliais formam a barreira hematotímica funcional.
Os Linfonodos ou gânglios linfáticos são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfoide e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto dos vasos linfáticos. Os linfonodos são “filtros” da linfa que removem partículas estranhas antes que ela retorne ao sistema circulatório sanguíneo. A linfa resulta do líquido intersticial que não é reabsorvido por capilares e vênulas, o qual é captado pelos capilares linfáticos, vasos que têm paredes bastante permeáveis. Os capilares linfáticos confluem em vasos linfáticos maiores, que, antes de conduzirem a linfa para o sangue, têm seu trajeto interrompido por linfonodos. Cada linfonodo recebe a linfa de determinada região do corpo, da qual ele é chamado linfonodo satélite. São encontrados na axila, virilha, ao longo dos grandes vasos do pescoço e em grande quantidade no tórax e abdômen, especialmente no mesentério. Os linfonodos em geral têm a forma de rim e apresentam uma face convexa e uma face côncava, onde há um hilo, pelo qual penetram artérias nutridoras e saem veias e vasos linfáticos. Seu tamanho é muito variável, com os maiores alcançando 1 a 2 cm de comprimento. Os linfonodos são envolvidos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso que envia trabéculas para o seu interior, dividindo o parênquima em compartimentos incompletose interligados. A circulação da linfa nos linfonodos é unidirecional. Ela atravessa os linfonodos penetrando pelos vasos linfáticos que desembocam na parte convexa do órgão (vasos aferentes) e saem pelos linfáticos do hilo (vasos eferentes). Os vasos linfáticos aferentes possuem valvas que impedem o refluxo de linfa que entra em um linfonodo. O parênquima do linfonodo apresenta uma região cortical, que se localiza abaixo da cápsula, ausente apenas na região do hilo, e uma região medular, que ocupa o centro do órgão e o seu hilo. Entre essas duas regiões, encontra-se a região cortical profunda, ou região paracortical. A região cortical superficial é constituída por vários componentes: seio subcapsular e seios peritrabeculares, folículos linfáticos e células difusas espalhadas entre essas estruturas. Os diversos seios dos linfonodos são constituídos por tecido linfoide frouxo, que tem menor concentração de células. São espaços irregulares delimitados de modo descontínuo por células endoteliais, células reticulares com fibras reticulares e macrófagos. Constituem locais preferenciais para passagem de linfa através dos linfonodos. Os seios da região cortical recebem a linfa trazida pelos vasos linfáticos aferentes, encaminhando-a na direção dos seios medulares. Os linfonodos são locais importantes para captar antígenos que chegam ao órgão na linfa, seja em suspensão ou por meio de APCs. O reconhecimento desses antígenos por linfócitos, sejam B ou T, e a sua ativação, proliferação e diferenciação são muito favorecidos nos linfonodos. 
O baço é o órgão isolado com maior acúmulo de tecido linfoide do organismo e, na espécie humana, o único órgão linfoide interposto na circulação sanguínea. Em virtude de sua riqueza em linfócitos e células fagocitárias, e do contato íntimo entre essas células e o sangue, o baço representa um importante órgão de defesa contra antígenos presentes no sangue circulante e é também o principal órgão destruidor de eritrócitos desgastados pelo uso. Como os demais órgãos linfáticos, é local de proliferação de linfócitos durante uma resposta imunitária. Por sua localização na corrente sanguínea, o baço responde com rapidez aos antígenos presentes no sangue, sendo um importante filtro fagocitário e imunológico, além de grande produtor de anticorpos. O baço não apresenta um córtex e uma medula. Em vez disso, o baço possui dois componentes principais com funções distintas: a polpa vermelha e a polpa branca. A polpa vermelha é um filtro que remove hemácias velhas e danificadas e microrganismos da circulação sanguínea. É também um local de armazenamento de hemácias. As bactérias podem ser reconhecidas pelos macrófagos da polpa vermelha e removidas diretamente ou após serem cobertas por proteínas do complemento (produzidas no fígado) e imunoglobulinas (produzidas na polpa branca). A polpa branca é o componente imunológico do baço. Os componentes celulares são semelhantes aos do linfonodo, exceto que os antígenos entram no baço pelo sangue, em vez de pela linfa. O baço possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, a qual emite trabéculas que dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos incompletos. A superfície medial do baço apresenta um hilo, pelas quais penetram nervos e artérias. Saem pelo hilo às veias nascidas no parênquima e vasos linfáticos originados nas trabéculas, uma vez que, na espécie humana, a polpa esplênica não possui vasos linfáticos.
Graças aos seus linfócitos T e B, macrófagos e células apresentadoras de antígenos, o baço é um importante órgão de defesa imunitária. Do mesmo modo que os linfonodos “filtram” a linfa, o baço atua como um filtro para o sangue. De todos os macrófagos do organismo, os do baço são os mais ativos na fagocitose de micro-organismos e partículas inertes que penetram no sangue.
No corpo, há vários aglomerados de tecido linfático, situados no tecido conjuntivo das paredes dos sistemas digestivo, respiratório e geniturinário, assim como na pele. São locais sujeitos a invasões microbianas frequentes, porque estão expostos ao meio externo; portanto, a localização do tecido linfoide nesses locais é estratégica para detectar antígenos rapidamente, em especial microrganismos, e proteger o organismo contra patógenos do meio ambiente. Em alguns locais, estes acúmulos de tecido linfático formam órgãos permanentes e bem estruturados, como as tonsilas e as placas de Peyer da região do íleo do intestino delgado. Acúmulos temporários de tecido linfático podem ocorrer em qualquer local de tecido conjuntivo, se houver inflamação ou infecção local, ou a introdução de antígenos, mas desaparecem após se resolver a causa inicial. O conjunto do tecido linfático das mucosas é conhecido pela sigla MALT (mucosa-associated lymphatic tissue).
As Tonsilas são órgãos constituídos por aglomerados de tecido linfático incompletamente encapsulados, colocados abaixo do epitélio de revestimento de porções iniciais dos sistemas digestório e respiratório. De acordo com sua localização na boca e na faringe, distinguem-se a tonsila faringiana, as tonsilas palatinas e as tonsilas linguais. As tonsilas, diferentemente dos linfonodos e do baço, não são órgãos de passagem de linfa ou sangue. Possuem vasos linfáticos eferentes, mas não vasos linfáticos aferentes.
As tonsilas palatinas, em número de duas, são localizadas na parte oral da faringe. Nelas, o tecido linfático forma uma faixa relativamente espessa sob o epitélio estratificado pavimentoso da faringe, com folículos linfáticos e grande quantidade de linfócitos dispostos de maneira difusa. A tonsila faringiana é única e situa-se na porção supero posterior da faringe, sendo recoberta pelo epitélio tipicamente encontrado na porção condutora das vias respiratórias – epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado, é formada por pregas da mucosa e contém tecido linfático difuso e folículos linfáticos. Essa tonsila não contém criptas. As tonsilas linguais são pequenas, porém mais numerosas do que as outras. Situam-se na base da língua, recobertas por epitélio estratificado plano. Em cada tonsila, o epitélio forma uma invaginação que se aprofunda muito, originando uma cripta.
Os componentes do MALT chamados de placas de Peyer são estruturas linfáticas em forma de anéis, situadas na mucosa e na submucosa do segmento distal do íleo. São compostas de tecido linfático difuso e de folículos linfáticos. Uma particularidade do epitélio de revestimento das placas de Peyer é a presença de células especializadas chamadas de células M (microfold cells). Enquanto o restante dos intestinos é revestido por epitélio simples colunar com células caliciformes, a região que recobre as placas de Peyer contém as células M.
ATIVIDADE 2: GABARITO DAS QUESTÕES
1. Responda individualmente as questões abaixo. 
A. Estruturalmente o globo ocular, apresenta a túnica média formada por três regiões que vistas da porção posterior para a porção anterior são:
 a. coroide, corpo ciliar e íris 
b. retina, corpo ciliar e córnea 
c. íris, corpo ciliar e córnea 
d. esclera, corpo ciliar e cristalino 
e. córnea, esclera e retina 
B. Os bastonetes e os cones são células fotossensíveis da retina, que permitem uma análise minuciosa quanto à forma do objeto, sua cor e a intensidade de luz refletida. Este processo é decorrente da conversão de energia luminosa em potencial de ação e é transmitido para áreas específicas do SNC. Estas células (cones e bastonetes) estão presentes em qual das camadas da retina? 
a. Camada nuclear externa 
b. Camada nuclear interna
c. Camada plexiforme interna 
d. Camada ganglionar 
e. Camada de Müler
C. As câmaras do globo ocular apresentam no seu interior líquido que são diferentes na sua constituição, assinale entre as alternativas abaixo a que apresentar a relação correta entre a localização e constituição destes líquidos. 
a. Câmara posterior = humor aquoso = rico em proteínas 
b. Câmara anterior = humor vítreo = gelatinoso 
c. Corpo vítreo = humor aquoso = gelatinoso 
d. Corpo vítreo = humor vítreo = rico em proteínase. Câmara anterior = humor aquoso = gelatinoso 
D. “Os deslocamentos de retina, processos que se observam com certa frequência, ocorrem na região de contato do epitélio pigmentar com a camada fotossensível, devido a precária união dessas camadas celulares nesse local” (Junqueira & Carneiro, 2012). Essas informações mostram que o epitélio pigmentar da retina está localizado entre: 
a. os prolongamentos de cones e bastonetes e a coroide. 
b. as camadas nucleares externa e plexiforme externa. 
c. os prolongamentos de cones e bastonetes e a camada nuclear externa. 
d. as camadas nucleares interna e ganglionar. 
e. as camadas plexiforme interna e a ganglionar 
E. O cristalino tem a forma de uma lente biconvexa e possui grande elasticidade, na sua constituição temos as fibras do cristalino, a cápsula do cristalino e o epitélio subcapsular. Em relação às fibras do cristalino, está correto. 
a. São células diferenciadas pobres em organoides citoplasmáticos. 
b. São fibras musculares lisas ricas em actina e miosina. 
c. São fibras colágenas organizadas em paralelo. 
d. São células com núcleo fusiforme e ricas em organoides. 
e. São fibras elásticas organizadas em paralelo.
F. Como são denominados os ossículos do ouvido médio? 
a. Jarrete, fíbula, metatarso. 
b. Tíbia, martelo, estribo. 
c. Bigorna, martelo, estribo. 
d. Occipital, frontal, maxilar. 
e. Fêmur, tíbia. 
G. Alguns animais têm atrás da retina uma estrutura capaz de refletir a luz que entra nos olhos e propicia melhora na visão em condições de baixa luminosidade. Essa estrutura é denominada de: 
a. Tapetum lucidum (tapete brilhante). 
b. Pupila. 
c. Íris. 
d. Coróide. 
e. Esclera.
H. ____________são as células dos olhos dos animais que têm a capacidade de reconhecer as cores. Já os ___________, outro tipo de célula dos olhos tem a capacidade de reproduzir a imagem. As lacunas referem-se, respectivamente, a: 
a. Corpo ciliar, córnea. 
b. Pupila, esclera. 
c. Cones, bastonetes. 
d. Íris, coroide. 
e. Lente, retina. 
I. Quais são as estruturas do ouvido interno responsáveis pela percepção da perda do equilíbrio? 
a. Cóclea. 
b. Tímpano. 
c. Meato acústico externo. 
d. Canais semicirculares. 
e. Aurícula.
J. Quais espécies animais não possuem o tapetum lucidum (tapete brilhante)? 
a. Cães, gatos, equinos. 
b. Morcegos, esquilos, suínos. 
c. Suínos, esquilos, primatas. 
d. Bovinos, cães e suínos. 
e. Gatos, bovinos, equinos.
K. A tabela abaixo mostra as principais estruturas dos órgãos linfoides primários e secundários. De acordo com a tabela identifique quais são os órgãos linfoides representados pelas letras A, B e C, respectivamente:
 a. Linfonodo, Baço, Timo. 
b. MALT, Linfonodo, Timo. 
c. Baço, Timo, MALT. 
d. Timo, Linfonodo, Baço. 
e. Timo, Baço, Linfonodo
L. Identifique na sequência abaixo quais são os órgãos linfoides primários (P) e os órgãos linfoides secundários (S):
 a. S-P-S-S-P-P. 
b. P-P-P-P-P-P. 
c. S-S-S-S-S-S. 
d. S-P-S-P-S-P. 
e. S-S-S-P-P-P. 
M. A lâmina abaixo mostra um corte histológico de um órgão linfoide. Qual é este órgão?
a. Baço. 
b. Timo. 
c. Linfonodo. 
d. MALT. 
e. Bursa de Fabricius.
N. A lâmina abaixo mostra um corte histológico de um órgão linfoide. Qual é este órgão? Os números 1 e 2 indicam, respectivamente:
a. Linfonodo, 1-Zona cortical, 2-Zona medular. 
b. Baço, 1-Polpa branca, 2-Polpa vermelha. 
c. Timo, 1-Zona medular, 2- Zona cortical. 
d. MALT, 1-Tecido conjuntivo denso não modelado, 2-Centro germinativo. 
e. Bursa de Fabricius, 1-Zona medular, 2-Zona cortical. 
O. O que são linfocentros? 
a. Nódulos linfoides localizados na região cortical do órgão. 
b. Nódulos linfoides localizados na região medular do órgão. 
c. Conjunto de linfonodos responsáveis pela filtração de uma zona de tributação. 
d. Conjunto de linfonodos responsáveis pela filtração do fígado. 
e. Todo linfonodo é um linfocentro. 
P. Sobre o tecido linfoide marque a alternativa correta: 
a. É constituído por células reticulares, fibras reticulares, macrófagos (MØ), linfócitos, e células apresentadoras de antígenos (APC). 
b. É classificado como denso quando predominam as células reticulares. 
c. É dito nodular quando formam estruturas esféricas chamadas de linfonodos. 
d. É classificado como frouxo quando predominam as células livres, como os linfócitos e plasmócitos. e. As letras C e D estão corretas.
Q. Sobre os nódulos linfoides(linfáticos), marque a alternativa correta: 
a. São aglomerados de linfócitos presentes no tecido conjuntivo de diversos órgãos. 
b. São órgãos linfoides encapsulados, espalhados pelo corpo do animal. 
c. Filtram a linfa. 
d. São encontrados somente nos membros pélvicos e torácicos. 
e. As letras C e D estão corretas. 
R. Sobre o baço, marque a alternativa correta: 
a. Apresenta uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo. 
b. Tem linfonodos na polpa branca. 
c. Filtra a linfa. 
d. É dividido em zona cortical e zona medular. 
e. Produz anticorpos em resposta aos antígenos trazidos pelo sangue. 
S. Sobre o timo, marque a alternativa correta: 
a. É responsável pela diferenciação dos linfócitos T.
b. Tem corpúsculo de Hassal. 
c. Tem nódulos linfoides (linfáticos). 
d. Tem polpa branca e polpa vermelha. 
e. As letras A e B estão corretas. 
T. Sobre oslinfonodos marque a alternativa correta: 
a. São aglomerados de linfócitos presentes no tecido conjuntivo de diversos órgãos. 
b. São órgãos linfoides encapsulado encontrados somente nos membros pélvicos e torácicos. 
c. Filtram a linfa. 
d. Possuem zona cortical e zona medular. 
e. As letras C e D estão corretas

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