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TOXICOLOGIA NO ESPORTE: DOPING E SUBSTÂNCIAS ENVOLVIDAS DISCIPLINA: ANALISES TOXICOLÓGICAS E AMBIENTAIS 1 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Compreender o conceito de doping; Conhecer os regulamentos de controle de dopagem; Conhecer as principais substâncias utilizadas na dopagem; Compreender sobre os métodos de dopagem; 2 3 https://www.youtube.com/watch?v=iqRBFyw6Z8g https://www.youtube.com/watch?v=iqRBFyw6Z8g DOPING 4 “doping" = origem inglesa, usada no hipódromo, significa injeção ilícita de uma droga estimulante aplicada no animal de corrida a fim de assegurar-lhe a vitória. As substância químicas e os métodos, que são utilizados na tentativa de melhorar o desempenho em atividades físicas ou mentais, são conhecidos no mundo do esporte como doping ou dopagem. Ocorre quando um atleta ou praticante de atividade física utiliza substâncias químicas que potencializam seu desempenho, aumentando sua força, resistência e velocidade. HISTÓRICO Jogos Olímpicos realizados na Grécia ao final do século III a.C.: Segundo Philostratos e Galeno, os atletas já procuravam aumentar o desempenho nas competições com os recursos disponíveis na época. Com o decorrer do tempo, essa prática evoluiu na mesma proporção da importância conferida ao esporte. Vencer tornou-se mais importante do que competir. 5 Fonte: Olimpíadatododia.com.br (Acesso: 10/2021) FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A DOPAGEM Frequência, duração e intensidade dos treinamentos e das competições; Período insuficiente para recuperação entre esses eventos; Condição atmosférica desfavorável; Estresse; Meios de comunicação e patrocinadores. 6 DOPAGEM = FATO ETICAMENTE CONDENÁVEL Limite para desempenho ----- aqueles que têm consciência de que não conseguirão atingir metas pré-estabelecidas podem recorrer à ajuda de agentes exógenos. Dopagem: Fraude para com os adversários e o público, pois é uma tentativa de romper o equilíbrio estabelecido por regras que colocam os atletas em igualdade de condições na competição, valorizando a preparação física e mental. 7 DOPING DO ESPORTE Dopagem ou doping no esporte é a soma de, no mínimo, duas das três seguinte condições: (CFM,2018) 8 Uso de substâncias ou métodos capazes de aumentar artificialmente o desempenho esportivo; Uso de substâncias ou métodos potencialmente prejudiciais à saúde do atleta ou de seus adversários, como as “drogas sociais”, que não aumentam o desempenho mas, ainda assim, são consideradas doping. Uso de substâncias ou métodos que atentem contra o espírito esportivo do jogo, contra o “jogo limpo” (fair play). DOPING DO ESPORTE Violações das regras antidopagem no âmbito do Código Mundial Antidopagem (CFM,2018) 9 Ser detectado com substâncias proibidas no corpo; Usar ou tentar usar substâncias ou métodos proibidos; Recusar-se submeter a coleta de amostras; Não fornecer informações para o sistema de busca; Adulterar ou tentar adulterar qualquer parte do controle de dopagem; Traficar ou administrar a qualquer atleta substância proibida; REGULAMENTOS DO CONTROLE DA DOPAGEM 1960: cerca de 30% dos participantes de eventos desportivos internacionais usavam algum tipo de estimulante químico. Medidas severas: leis que puniam com rigor aqueles que praticassem ou facilitassem a execução da dopagem. 1967: o Comité Olímpico Internacional (COI) condenou a dopagem, apresentou uma lista de substâncias considerada proibidas e iniciou o controle antidopagem. 10 REGULAMENTOS DO CONTROLE DA DOPAGEM Brasil, 1967: O controle oficial de dopagem foi regulamentado; Brasil, 2003: foi instituída a Comissão de Combate ao Doping - normas básicas de controle de dopagem nas partidas, provas ou equivalentes do desporto registradas na Resolução nº2 (de 2004) do Ministério dos Esportes. Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem – ABCD: promove e coordena o combate à dopagem no esporte de forma independente e organizada, dentro e fora das competições, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Agência Mundial Antidopagem – AMA/WADA. 11 Em janeiro de 2019, a pasta foi extinta e incorporada ao Ministério da Cidadania pelo presidente Jair Bolsonaro. Agência Mundial Antidoping (AMA) World Anti-Doping Agency, WADA Sede: Montreal, Canadá. Fundada pelo Comité Olímpico Internacional (COI), 1999. Orçamento: COI + governos mundiais. Responsável pela lista de substâncias que os atletas não podem consumir. Cabe à AMA a responsabilidade pela preparação e publicação anual das atualizações da Lista. 12 Fonte: wada-ama.org (Acesso: 10/2021) CONTROLE DE DOPING – COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO Os testes para controle de doping são parte importante dos esforços para combater o doping no esporte. O atleta será solicitado a fornecer uma amostra de urina ou sangue, ou ambas, numa mesma sessão de coleta. Os testes são conduzidos sem aviso prévio, e podem ocorrer em qualquer lugar a qualquer momento. 13 Fonte: cob.org.br/pt/cob/antidoping (Acesso: 10/2021) CONTROLE DE DOPING – COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO 5 ETAPAS: 14 SELEÇÃO DOS ATLETAS •Os controles são realizados a qualquer momento e em qualquer lugar. • •Dentro ou fora de competição. •São realizados sem aviso prévio. •Recusa: 4 anos de suspensão / fim de carreira. NOTIFICAÇÃO •DCO – Oficial de Controle de Dopagem. •Direitos e deveres dos atletas. •O atleta deve-se apresentar imediatamente a Estação de Controle de Doping. COLETA DE AMOSTRA •DCO conduz o procedimento de coleta (sangue). •O atleta faz a coleta da urina na presença do DCO de mesmo gênero. ANÁLISE LABORATORIAL •Laboratórios credenciados pela Agência Mundial Antidoping (AMA). •Amostra A é analisada, a amostra B será armazenada e só será analisada se necessário. GESTÃO DOS RESULTADOS •Resultado será enviado para a organização antidoping responsável pelo teste. •Resultado analítico adverso = presença de substância proibida. O atleta pode solicitar a análise da amostra B e apresentar defesa. •Tribunal Antidoping. •Corte Arbitral do Esporte. Fonte: COB,2021 ANÁLISE DAS AMOSTRAS ANÁLISE DE AMOSTRAS : laboratório credenciado pela WADA, por determinação de uma Autoridade de Teste. O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) no Rio de Janeiro é o único laboratório autorizado a realizar análises de amostras para fins de controle de doping, em toda a América do Sul. As Amostras coletadas durante um Controle de Doping podem ser armazenadas por até 10 anos e analisadas novamente a pedido da Organização Antidoping que determinou o teste. 15 Fonte: COB,2021 ASPECTOS ANALÍTICOS NO CONTROLE DA DOPAGEM Análises toxicológicas em material fornecido pelo atleta = EFICAZ; Identificação do fármaco (inalterado) e/ou metabólitos em amostra biológica (urina, sangue, cabelo, suor, saliva). Nem toda análise é quantitativa. A morfina pode ser proveniente do uso da heroína e da morfina, ambos considerados agentes de dopagem, ou da codeína que não possui restrição de uso. 16 Fonte: Oga, 2008. ANÁLISES TOXICOLÓGICAS triagem e confirmação. Técnicas de triagem: I. são utilizadas para eliminar amostras com resultados negativos; II. Fornece resultados rapidamente, baixo custo, maior número de substâncias de interesse. III. Cromatográficas e imunoensaios. Técnicas de confirmação: I. Espectrofotometria e cromatografia. Todas as substâncias exógenas de uso proibido no esporte podem ser identificadas por essas técnicas. Compostos endógenos (testosterona) = dificuldade de análise. 17 LISTA DE SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS PROIBIDOS Substâncias proibidas: Fazer mal à saúde do atleta, promover aumento de desempenho ou ser contrária ao espírito esportivo. Substâncias com capacidade de mascarar uma substância proibida: diuréticos. Substâncias não aprovadas para uso humano são proibidas. Substâncias monitoradas: Codeína. 18 Fonte: wada-ama.org (Acesso: 10/2021) DENTRO E FORA DE COMPETIÇÃO1. Substâncias não aprovadas; 2. Agentes Anabólicos (hormônios sintéticos que estimulam o desenvolvimento de alguns tecidos do corpo); 3. Hormônios Peptídicos e fatores de crescimento. 4. Beta-2-agonistas (relaxamento do músculo liso) 5. Moduladores hormonais e metabólicos. 6. Diuréticos e agentes mascarantes. 19 Fonte: wada-ama.org (Acesso: 10/2021) DENTRO DE COMPETIÇÃO Estimulantes: reduzem a fadiga e aumentam a adrenalina. Narcóticos: diminuem a sensação de dor; Canabinoides: Interfere na função psicomotora; Glicocorticoides: Facilita a recuperação muscular; 20 21 HORMÔNIOS COMO AGENTES DE DOPAGEM HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (GH) Utilizado por fisiculturista; Aparência “esculpida”; Alto custo, dificuldade de encontrar uma formulação pura. Substâncias que estimulam a secreção endógena de GH , propranolol. GH estimula a liberação hepática do fator de crescimento tipo insulina (IGF-I) - responsável por iniciar o hipertrofia e reparar o dano muscular localizado e por ativar as células musculares. 22 GONADOTROFINAS Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG) é glicoproteína produzida na gravidez. hCG – é secretada em pequenas quantidades em homens e mulheres não grávidas. Estimula a produção de testosterona e epistestosterona; Estímulo na formação de eritrócitos devido a ação sobre a produção da eritropoietina. Pode provocar: Ginecomastia (aumento de estrógeno). LH: estimula a produção de testosterona. Aumento do volume muscular. 23 INSULINA É associada ao uso intravenoso de glicose e aminoácidos com o objetivo de estimular a glicogênese e a síntese proteica. Não há comprovação; Pode causar: Hipoglicemia letal. Uso permitido para atletas em tratamento de diabetes (deve apresentar notificação feita pelo médico). 24 CORTICOTROFINA (ACTB) Aumenta os níveis de corticosteróides endógenos no sangue, com a intenção de obter efeitos euforizantes. Pode causar: hipertensão, amenorreia, fraqueza muscular. 25 26 MAIS SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS... Substâncias proibidas AGONISTAS BETA-2 : Tratamento de asma. O uso oral de fármacos dessa classe aumenta a resistência e diminui a fadiga muscular. Pode provocar bronquiodilatação; DIURÉTICOS: Aumenta o fluxo urinário; Reduz rapidamente o peso corpóreo e impede a retenção de água no organismo. A diluição da amostra altera as concentrações urinárias de substâncias proibidas, dificultando sua identificação. Pode provocar: Dores de cabeça, desidratação, náuseas. 27 ESTIMULANTES Aumenta o estado de alerta; Reduz a fadiga e de aumenta a competitividade. Perda da capacidade de julgamento, podendo ocasionar acidentes. Pode causar: hipertensão, arritmia, taquicardia. Ex.: Cocaína. 28 CANABINÓÍDES O efeito eufórico, a redução da ansiedade e o aumento da sociabilidade podem colaborar no desempenho em uma prova quando o atleta encontra-se nervoso. Efeito relaxante ou permitir que o atleta durma mais facilmente antes do jogo. Interfere na função psicomotora. 29 MÉTODOS PROIBIDOS DE DOPAGEM DOPAGEM SANGUÍNEA: I. Primeiro método a ser utilizado com o objetivo de melhorar o desempenho; II. Administração do sangue de um doador ou do próprio atleta; III. Objetivo: maior transporte de oxigênio aos músculos; IV. Ricos: Infecção, trombose venosa, etc. 30 Fonte: bbc,2021. MÉTODOS PROIBIDOS DE DOPAGEM DOPAGEM GENÉTICA: 1. Inserção de material genético (DNA ou RNA) para produzir efeito terapêutico. 2. Vetor viral. 3. Genes relevantes na dopagem: Responsáveis pelo síntese do hormônio do crescimento (IFG- I). 4. Não há comprovação científica. 5. Efeitos desconhecidos. 31 32 VIOLAÇÃO ANTIDOPING DA JOGADORA TANDARA Ostarina (efeitos semelhantes a testosterona, sem muitos efeitos adversos); Ganho de massa muscular e melhor desempenho na competição... Superioridade artificial. Contaminação cruzada - um suplemento ou medicamento usado pelo atleta apresenta a substância, o que pode acontecer por acidente ou descuido do fornecedor, e o esportista não sabe. 33 ATIVIDADE Elaborar um mapa conceitual. Tema: Substâncias proibidas (todas apresentadas em aula + glicocoticóides e narcoanalgésicos) Data limite de envio: 26/10 – às 10h Enviar para: amannaraquel@yahoo.com.br 34 mailto:amannaraquel@yahoo.com.br BIBLIOGRAFIA OGA, Seizi; CAMARGO, Márcia Maria de Almeida; BATISTUZZO, José Antonio de Oliveira. Fundamentos de toxicologia. [S.l: s.n.], 2008. A partir da página 465 Comitê Olímpico Brasileiro (Acessado em: Out/21) 35
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