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Fisioterapia UNIFACCAMP Centro Universitário Campo Limpo Paulista ANAMNESE INTRODUÇÃO A anamnese é um instrumento para obtenção de dados do paciente ao ser admitido no hospital, é de suma importância compilar todas as informações do mesmo, desde o nome, idade, sexo, contato, endereço, estado civil, altura e peso, antes de abordar a histórica clínica e queixas atuais do paciente. A seguir, é necessário conduzir a anamnese de forma clara ao paciente, para que o mesmo entenda as perguntas e forneça as informações corretas para o prosseguimento da conduta. OBJETIVO O objetivo é recolher o máximo de informações possíveis sobre a história clínica e queixa atual para nortear o exame físico que será realizado em seguida. CONCEITOS E SIGLAS HPP: História Patológica Pregressa. HMA: História da Moléstia Atual. UTI: Unidade de Terapia Intensiva. FC: Frequência Cardíaca. FR: Frequência Respiratória. RASS: Richmond Agitation-Sedation Scale. FM: Força Muscular. VM: Ventilação Mecânica. VNI: Ventilação Mecânica Não Invasiva. VMI: Ventilação Mecânica Invasiva. ABRANGÊNCIA - Unidade de Internação, Unidade de Terapia Semi Intensiva e Unidade de Terapia Intensiva (UTI). ETAPAS DO PROCEDIMENTO: Se paciente contactuante direcionar as perguntas a ele, caso contrário para acompanhante que conviva com ele: 1- Inicia-se com a coleta dos dados pessoais do paciente, como: Nome, Data de nascimento, idade, peso, altura, contato e endereço; 2- É importante perguntar sobre a profissão e hábitos, para verificar se tais são responsáveis pelas queixas do paciente; 3- Questionar se os familiares têm patologias consideradas hereditárias como a hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e câncer; 4- Deve-se perguntar a História Patológica Pregressa (HPP), que consiste no histórico de doenças do paciente sendo elas relacionada ou não com as queixas atuais; 5 - Pedir para o paciente descrever a História da Moléstia Atual (HMA), desde quando apareceu os sintomas, quando e como piora, e o que faz para aliviar os sintomas; 6 - Registrar número de dias de internação hospitalar, na UTI quanto maior o tempo de internação, maiores chances de desenvolver complicações; 7 - Verificar número de dias de acesso venoso superficial e ou profundo. Esse acesso permite a entrada de soro fisiológico para hidratação do paciente e medicações; 8- Verificar qual foi o diagnóstico médico para nortear o diagnostico funcional; 9- Verificar sinais vitais, como: Temperatura, Frequência cardíaca (FC), Frequência Respiratória (FR), Pressão Arterial (PA); 10- Realizar exame neurológico, aplicar escala de RASS (Richmond Agitation-Sedation Scale)se paciente sedado para avaliar o nível de sedação; Escala de RASS Grau 1 Ansioso, agitado, inquieto. Grau 2 Cooperativo, orientado, tranquilo. Grau 3 Dormindo respondendo prontamente aos estímulos. Grau 4 Dormindo respondendo com lentidão aos estímulos Grau 5 Dormindo, só reagindo a estímulos dolorosos, potentes. Grau 6 Sem resposta a qualquer estímulo nociceptivo, anestesia. Fonte: Presto B; Presto L; (2003). 11- Paciente sem sedação aplicar escala da Glasgow, para avaliar nível de consciência; Escala de coma de Glasgow Variáveis Escore Abertura ocular Espontânea 4 À voz 3 À dor 2 Nenhuma 1 Resposta verbal Orientada 5 Confusa 4 Palavras inapropriadas 3 Palavras incompreensíveis 2 Nenhuma 1 Resposta motora Obedece a comandos 6 Localiza dor 5 Movimento de retirada 4 Flexão anormal 3 Extensão anormal 2 Nenhuma 1 Total Máximo Total Mínimo Intubação 15 3 8 Fonte: Emmerich J C (2008). 12 - Realizar exame físico, avaliando: · Estado geral do paciente; · Estado neurológico; · Condições e coloração na pele; · Estado de hidratação; · Estado nutricional; · Avaliação de estruturas; · Tosse; · Estado da secreção traqueal e das vias aéreas superiores; · Avaliação das extremidades. 12- Realizar palpação; 13- Avaliação motora e teste de Força Muscular (FM); 14- Ausculta pulmonar; 15- Observar qual suporte ventilatório que o paciente está usando, se é Oxigenoterapia, Ventilação Não Invasiva (VNI) ou Ventilação Invasiva (VMI); 16- Em caso de Ventilação Mecânica (VM) observar os parâmetros e modos ventilatórios; 17 - Analisar os exames radiológicos e laboratoriais; 18 - Registrar todas as informações coletas na ficha de avaliação e posteriormente na ficha de evolução. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO Inclusão Se paciente contactuante, ele conseguirá responder as perguntas da anamnese. Exclusão Paciente não contactuante, agitado ou com rebaixamento de nível de consciência e tubo orotraqueal ou sem acompanhante no momento da anamnese. MATERIAIS · Prontuário do paciente, · Caneta; · Estetoscópio; · Ficha de avaliação; · Ficha de evolução. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- Souza AMK, et al. IMPORTÂNCIA DA ANAMNESE PARA FISIOTERAPIA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Ver. Educação em Saúde. 2016, 4 (1): 114-119. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/234552218.pdf. 2- Inter Fisio [Internet]. ELABORAÇÃO DE UMA FICHA DE AVALIAÇÃO DA FISIOTERAPIA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. Disponível em: https://interfisio.com.br/elaboracao-de-uma-ficha-de-avaliacao-da-fisioterapia-do-paciente-na-unidade-de-terapia-intensiva/. 3- Emmerich JC. SUPORTE VENTILATÓRIO-APLICAÇÃO PRÁTICA. Revinter. 2008, 2. 4- Presto B, FISIOTERAPIA NA UTI. Elsevier. 2009, 2. 5- Lopes YDO, et al. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Faculdade Ávila. Disponível em: https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/27/21_-_AvaliaYYo_FisioterapYutica_na_Unidade_de_Terapia_Intensiva.pdf
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