Aula 3-Raça de bovinos

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Raças de Bovinos de Corte
Prof. Me Diego Cabral Barreiros
Barreiras – Ba
2021
FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS - FASB
CURSO DE AGRONOMIA
BOVINOCULTURA
2
BRITÂNICAS (ANGUS, HEREFORD) 
CONTINENTAIS (CHAROLESA, 
SIMENTAL,
LIMOUSIN,
B. D´AQUITANE)
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Bos primigenius
Bos taurus indicus
Bos taurus taurus
ZEBU INDIANO (NELORE, GUZERÁ, GIR)
ZEBU AFRICANO (BORAN, AFRIKANER)
EUROPEU
SANGA
CRIOULO (CARACU,CURRALEIRO)
3
Classificação zoológica
Fonte: FONSECA, 1977
Bubalus bubalisBubalus
Bison mericanus
Bison bonasusBison
Bos gruniensisBovinaeBovidae
Bos taurus indicusBos
Bos taurus
Espécie(s) GêneroSubfamíliaFamília
4
Utilidades dos bovinos
Alimentar
1. Carne
2. Leite
Não alimentar
1. Fibra (lã e cabelo)
2. Pele (couro)
3. Tração
4. Esterco
5. Fins culturais e esportivos (rodeios, vaqueijadas)
6. Status social e religião
Raças Zebuínas (Bos taurus indicus)
HISTÓRICO DO ZEBU NO BRASIL
• 1870-1875 - Primeiras importações de zoológicos europeus 
para o RJ (Faz. Canta Galo)
• 1899 - Primeiro registro em livro sobre mestiços zebus em 
fazenda de café - RJ
• 1920 - Maior importação: 1904 animais
• 1921 - Proibida a importação
• 1952 - 31 animais Sindi - quarentena em Fernando de 
Noronha-PE
HISTÓRICO DO ZEBU NO BRASIL
Foto: Manoel U. Lemgruber, um dos grandes pioneiros do Zebu no Brasil, com o 
touro de nome Piron, premiado em 1906.
http://www.espinhacoagropecuaria.com.br/site/nelore/raca_clip_image001.jpg
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HISTÓRICO DO ZEBU NO BRASIL
• 1955 - Entrada clandestina (Gir) através da Bolívia
• 1961 - Governo Paraná: 59 Gir, 29 Guzerá (Kankrej)
• 1962 - Governo Federal: 114 Nelore, 93 Gir, 44 Guzerá, 
11 Kangayan, 4 Punganur
NELORE
Origem:
• Tb conhecido como Ongole.
• É um gado de modo geral grande. 
• O berço da raça é a região de Ongole, no Estado de Madras. 
• No passado foi exportado em grande escala para a América 
tropical e outros países, com a finalidade de melhorar o 
gado nativo, através de cruzamentos. 
• Como em todo gado zebu, a grande resistência ao carrapato 
e sua capacidade de sobreviver em pastos secos, ainda que 
com escassez de forragem, tem sido de grande valor na 
formação de gado de corte, capaz de prosperar em 
condições tropicais.
• A raça Nelore se caracteriza, de forma geral, por animais
de porte médio a grande, de pelagem branca, cinza e
manchada de cinza.
• Ocorrem ainda, em uma escala bem menor, outras pelagens,
diferentes daquelas denominadas "ideais", que são
permitidas no padrão da raça. São elas: vermelha, amarela,
preta e suas combinações com o branco, formando as
pelagens malhadas ou pintadas de vermelho, amarelo ou
preto.
• A pele é preta, rica em melanina, fator que funciona como
protetor contra raios solares, de extrema importância para
as regiões tropicais e intertropicais.
NELORE
O Nelore do ponto de vista econômico:
• No seu país de origem a raça Nelore é muito apreciada 
para trabalho e como produtora de leite; 
• Os bois são fortes, dóceis, eficientes na aração e no 
transporte de carretas nas estradas.
• As vacas Nelore criam bezerros, que são grande e 
precoces, perfeitamente bem, sinal de que sua secreção 
láctea não pode ser deficiente.
NELORE
Produção de carne:
• No Brasil, o Nelore é essencialmente uma raça produtora 
de carne. 
• Dentre as variedades trazidas da Índia, é a que vem 
sofrendo mais intensa seleção para corte. 
• Tem a seu favor uma boa conformação, cabeça pequena e 
leve, ossatura fina e leve, e alcança bom desenvolvimento.
GUZERÁ
Gado cinza, com chifres em forma de lira, fronte 
larga, arcadas salientes e cabeça de perfil plano ou 
côncavo.
GUZERÁ
Origem:
•Também conhecido por Guzerat, Guzerate, 
Guyerati, Gunjrati, Kankrej.
•Natural do Guyerati, Índia. 
•Desenvolveu-se em clima extremamente quente e 
úmido. 
•É uma das maiores raças indianas. 
•Apresenta dupla aptidão (carne e leite)
•Ocupa o terceiro lugar entre as raças originárias 
da Índia.
GIR
Gado de tipo mais volumoso com barbela e umbigo 
desenvolvidos e pendentes, fronte saliente e chifres 
laterais frequentemente recurvados. 
GIR
Origem:
• Sul da península de Catiavar, enquanto o Guzerá fica ao 
norte; porém também é criado no interior do continente.
• No passado, muitos criadores deram importância 
exclusiva a caracteres raciais, de menor importância 
econômica; depois, evoluíram para a seleção de rebanhos 
e linhagens dotados de maior capacidade produtiva, 
tanto para carne como para leite.
GIR
Aptidões e outras qualidades:
• Temperamento é mais tranqüilo que o das demais raças 
zebus, e as qualidades leiteiras das vacas são bastante 
pronunciadas. 
• No Brasil, o Gir é essencialmente uma raça produtora de 
leite. 
• Dentre as variedades trazidas da Índia, é a que vem 
sofrendo mais intensa seleção para leite. 
• Boa produção leiteira.
• Foi utilizada para formação do GIROLANDO. 
• Um defeito que se incrimina no Gir, é o prepúcio muito 
baixo, que favorece as feridas dele e da verga, nos campos 
sujos, o que às vezes inutiliza o reprodutor. 
INDUBRASIL
INDUBRASIL
Origem:
• A idéia da formação de uma raça nacional de zebus, por 
mestiçagem, nasceu da imperfeição das raças 
importadas e do desejo de reunir, em uma única, as 
boas qualidades de cada uma. 
• Tb chamada de induberaba, induaraxá , indubahia, 
induporã, etc., mas a Sociedade Rural do Triângulo 
Mineiro, reunida em 1938, para estabelecer o padrão 
da raça, resolveu adotar o nome de Indubrasil. 
• Entraram na formação da raça, o Guzerá, o Nelore e o 
Gir. 
• O principal centro de criação é o Triângulo Mineiro, 
mas encontram-se criações em GO, MG, PR, SP, RJ, ES 
e BA.
INDUBRASIL
Aptidões e outras qualidades:
• As aptidões e qualidades se assemelham muito às das 
raças anteriores (carne e leite). 
• É um gado mais pesado, mais forte, porém em geral mais 
grosseiro, de maneira que não pode apresentar 
rendimentos tão elevados como o Guzerá e o Nelore.
• O maior defeito do Indubrasil está na falta de 
uniformidade: enquanto em algumas criações são 
encontrados animais de pernas muito compridas e 
ossudos, em outras há bons representantes do tipo de 
corte, com pernas curtas, corpo largo e musculatura bem 
desenvolvida.
TABAPUÃ
TABAPUÃ
Origem:
• Origem na fazenda Água Milagrosa em S.P. - 1943-1961.
• A primeira variedade zebuína mocha, objeto de seleção no 
Brasil.
• Essa raça se assemelha bastante ao Zebu americano - o 
Brahman.
• Quanto à sua composição racial, que é predominantemente 
Nelore, com algumas características do Guzerá. 
SINDI
SINDI
• A raça Sindi, originária da região de Kobistam, caracteriza-
se pelo seu porte pequeno, pelagem vermelha e pele bem
pigmentada.
• Os exemplares do grupamento racial Sindi foram
introduzidos no Brasil em 1952.
• O objetivo era povoar regiões bastantes inóspitas com um
gado resistente e bom produtor de leite e carne.
• A Sindi se prestava a esta finalidade por ser uma das mais
finas e bem caracterizadas entre raças criadas na Índia.
• São de pequeno porte, com altura média de 1,25 a 1,35 m
tomada atrás do cupim, para os machos e de 1,15 a 1,20 m
para as fêmeas, Trata-se de animais fáceis de serem
criados e mantidos, próprios para regiões de poucos
recursos alimentares suportando bem as variações de
clima e solo.
• Por ser de pequeno porte, não pode concorrer com outras
raças (Nelore, Guzerá, Indubrasil, etc...) no tocante à
produção de carne. Seu desempenho compara-se mais ou
menos ao apresentado pelo Gir comum.
SINDI
BRAHMA
Origem:
• EUA 
• Nelore, Guzerá e Africaner
Raças Européias
Bos taurus taurus
EUROPEU
CRIOULO (CARACU,CURRALEIRO)
BRITÂNICAS ( ANGUS, HEREFORD)
CONTINENTAIS (CHAROLESA, 
SIMENTAL, LIMOUSIN,
B. D´AQUITANE)
CARACU
Origem: Raça bovina nacional, descende de bovinos 
portuguesestrazidos no tempo do Brasil colônia.
Peso: de 500 a 600 Kg nas vacas e 800 a 1000 Kg nos touros.
Raças Européias: Britanicas
Hereford
Origem: Raça conhecida desde 1725, formou-se no condado 
de Hereford, na Inglaterra. Primitivamente, os bois eram 
utilizados sobretudo para lavrar a terra e só depois de velhos 
eram levados ao matadouro. Existe uma variedade môcha 
criada nos Estados Unidos e Canadá que vem ganhando 
popularidade.
Descrição: 
Peso médio de 540 Kg nas vacas e
850 nos touros.
Raças Européias: Britanicas
Raças Européias: Britanicas
Angus
Angus é uma raça de bovinos, destinada à produção de
carne de qualidade superior. Tem as suas origens no
nordeste da Escócia, onde o seu aperfeiçoamento começou
há cerca de duzentos anos.
É encontrada nas variedades Aberdeen Angus e Red
Angus.
Hoje o Angus está sendo criado em quase todo o mundo,
em quais se destacam: Argentina, Austrália, Brasil,
Canadá, Estados Unidos, Europa e Nova Zelândia.
Raças Européias: Britanicas
O Aberdeen Angus se destaca entre as raças taurinas por
reunir um maior número de características positivas que
lhe asseguram um excelente resultado econômico como
gado de corte. O conjunto de suas características a
tornam uma raça completa.
O peso varia entre 550 a 700 kg de uma fêmea adulta e
900 a 1000 kg de um macho adulto
Aberdeen Angus 
Raças Européias: Britanicas
Raças Européias: Britanicas
Raças Européias: Continentais
CHAROLÊS
Seu nome deriva da antiga província de Charolles, na 
França. Embora tenha sido em sua origem um gado de tripla 
aptidão, para carne, trabalho e leite, o Charolês evoluiu 
para uma raça especializada de carne.
CHAROLÊS
Histórico: 
• Descendente direto do gado primitivo de pelagem branca 
que, por muitos séculos, foi mantido confinado em Charol.
• Em fins do século XVIII exemplares da raça foram 
levados para outras regiões da França, onde melhores 
condições levaram a um aprimoramento da raça. 
• O primeiro livro genealógico foi fundado em 1864. 
CHAROLÊS
Aptidões: A aptidão é nitidamente para o corte. 
• Os novilhos comuns rendem na matança de 58 a 62%, 
porém, os bois bem gordos chegam a dar 70%, tendo uma 
boa distribuição de gordura na carcaça. 
• Possuem boas qualidades de adaptação a condições 
diversas de meio. 
• Em nosso país, o Charolês é recomendado para a produção 
de mestiços destinados ao corte nos Estados do Centro e 
do Sul, onde existem bons rebanhos, quer puros, quer 
cruzados. 
• Na engorda em confinamento é excelente ganhador de 
peso, pois os tourinhos aumentam mais de 1,1 Kg por dia.
BLONDE D’AQUITAINE
Foi formada na região dos montes Pirineus, em terrenos 
pedregosos e de pastagens muito pobres, o que lhe confere 
bons cascos e boa rusticidade, suportando tanto frio 
quanto o calor intenso, o que é bem comum naquela região.
BLONDE D’AQUITAINE
Origem: 
• Originariamente a raça estava quase exclusivamente 
localizada em uma região de dedicação mista, poli-
cultura/pecuária onde as pequenas propriedades, dominante 
na região, encontravam na pecuária de animais de boa 
conformação, um complemento de suas rendas.
• Atualmente, o sistema de manejo modificou em virtude da 
especialização das exportações e da implantação de rebanhos 
Blonde D’Aquitaine nas regiões herbáceas do centro e do 
oeste da França. 
•Os rebanhos estão cada vez mais orientados para produção 
de novilhos.
BLONDE D’AQUITAINE
Rusticidade: Condições climáticas variadas, moldaram uma 
raça rústica que os criadores souberam aprimorar para 
convertê-la na atualidade numa raça de corte produtiva e 
sem problemas de manejo.
Resistência Térmica: O Blonde D’Aquitaine, entre as raças 
rústicas, é o de maior resistência às temperaturas extremas.
Comportamento Alimentar: Estes animais são bons 
transformadores de forragens. Revalorizam inclusive 
alimentos brutos como ervas secas no verão e palha no 
inverno.
BLONDE D’AQUITAINE
No Brasil:
• O Blonde foi introduzido no Brasil em 1972 na exposição de 
Esteio, anos mais tarde foram feitas as primeiras 
importações de animais puros o que permitiu a formação do 
atual rebanho puro existente no país. 
• A necessidade de diminuir a idade de abate e aumentar o 
ganho em peso dos animais está levando os criadores 
brasileiros a imprimirem, na raça zebuína, características do 
moderno gado de corte europeu. 
BLONDE D’AQUITAINE
No Brasil:
• Existem rebanhos de animais puros no estados de Rondônia, 
Alagoas, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Pará e Bahia.
• Vários empreendimentos utilizam o Blonde em cruzamento 
industrial com excelentes resultados, principalmente usando 
aliados à raça nelore, em sua maioria no Brasil Central.
CHIANINA
A raça remonta aos tempos dos esplendores da Roma 
Antiga, quando seus exemplares tracionavam carruagens, 
participavam de sacrifícios. Foi introduzido no Brasil em 
1957.
CHIANINA
Origem: 
A raça chianina tem sua origem, na Itália, nas províncias de 
Arezzo, Siena, Perusa, Florença e Pisa, e se expandiu por 
certas zonas dos Abruzzos e da Campania, abrangendo uma 
grande variedade de solos de planície, colinas e áreas 
montanhosas. 
CHIANINA
Aptidões: 
• O Chianino atual é melhor para o corte, de crescimento 
rápido, grande musculatura e robusta constituição, dá 
rendimento de 54 a 61%, conforme a idade e o acabamento.
• No Brasil, o gado Chianino é apreciado para cruzamentos, 
especialmente com o Nelore, para a produção de novilhos 
precoces e pesados.
LIMOUSIN
Pinturas datadas de 7.000 anos atrás mostram animais de 
uma raça bovina de cor marrom-avermelhada, com chifres 
claros e pontiagudos, boca larga e musculatura abundante, 
apresentando forte semelhança com o gado limousin atual. 
Origem:
• Zona centro-sul da França, onde imperam 
pradarias pobres e desmineralizadas e montes 
pedregosos, 
• O ambiente do limousin corresponde ao verão 
com temperatura acima de 30ºC e inverno com 
nevascas chegando a até 1 metro de altura, 
onde a temperatura atinge -15º C. 
Origem:
• No Brasil, consta que em 1850 um engenheiro francês 
estava em Ouro Preto (MG), a trabalho, sob o mando de 
Dom Pedro II e ficou hospedado por um longo período em 
uma propriedade mineira. Fazendo uma grande amizade 
com o fazendeiro, o francês lhe deu de presente, para 
melhorar o rendimento de seu rebanho, um touro limousin. 
• A partir daí outros exemplares foram importados, 
principalmente a partir de 1950. 
O Pardo Suíço, constitui uma das raças bovinas mais antigas, 
pois teve origem na época Neolítica e já existia a 1800 anos 
a.C. Sua área geográfica é constituída sobretudo pelo sudeste 
da Suiça, tendo ultrapassado as fronteiras para todos os 
países vizinhos.
Origem: Suíça. Recebe o 
nome de “Brownswiss” na 
América do Norte, 
“Pardo Suíça” no Brasil.
Peso: 450 a 750 Kg nas 
vacas e 750 a 1000 Kg nos 
touros.
PARDO SUÍÇO
SIMENTAL
A Associação de Criadores só foi fundada em 1888, data que 
marca o maior progresso e uniformidade da raça. Fora da 
Europa é pouco difundida, porém vários países americanos a 
têm importado, embora em escala reduzida.
Origem: Norte e oeste da 
Suíça.
Peso: 650 quilos nas vacas 
e 900 quilos nos touros.