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AD2 SOCIOLOGIA DO CRIME E DA VIOLÊNCIA ATILLA DE SANTA ANA NUNES

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AD2 – 2021.1 - Consórcio CEDERJ 
Curso: Tecnólogo em Segurança Pública e Social 
Disciplina: Sociologia do Crime e da Violência 
Nome: Átilla de Santa Ana Nunes 
Matrícula: 19213150228 
Pólo: Campo Grande 
 
QUESTÃO 1 
Resenha crítica com base no artigo · VARGAS, Joana D.. Indivíduos sob 
suspeita: a cor dos acusados de estupro no fluxo do sistema de justiça 
criminal. Dados, v. 42, n. 4, p. 729-760, 1999. 
 
O artigo busca mostrar, com base em análises quantitativas de dados, o 
quanto à cor de um suspeito de crime de estupro tem influencia na maneira 
destes serem tratados no interior do Sistema de Justiça criminal. 
Dentro desse contexto, o artigo investiga o lugar e o peso da variação da 
cor do suspeito no que diz respeito às diversas condutas e decisões tomadas 
pelas Organizações responsáveis pela aplicabilidade da justiça criminal. 
Segundo a autora, a escolha da cor não ocorre de maneira aleatória. 
Durante sua pesquisa, a autora observou no decorrer dos processos, 
condutas discriminatórias em relação à cor do suspeito, por parte dos que 
prestaram queixas e por parte também da Instituição policial, que já é propensa 
a distinguir bem mais pretos e pardos como previsíveis suspeitos de crimes no 
geral, o que também envolve o caso de estupro. 
Na fase de denúncia, segundo Joana, é possível observar o resultado da 
discriminação pela cor no caso de que réus brancos possuem chances mais 
altas de seus processos serem arquivados. Ela busca apresentar que para se 
chegar à conclusão de que um suspeito específico é um estuprador, é preciso 
passar por um longo processo de tomada de decisões que advém de uma 
gama de interações entre protagonistas e agentes do sistema criminal e 
judicial, onde determinados elementos são considerados mais importantes do 
que outros para que certas decisões possam ser tomadas. 
 Com base em pesquisas e dados relevantes, a autora afirma que a cor 
do suspeito é uma variável importante na investigação, ainda que atue de 
forma diferente ao longo do processo, levando em consideração a diversidade 
das estratégias utilizadas e dos diagnósticos formulados. 
 O propósito do artigo é contribuir de alguma forma para a discussão a 
respeito da desigualdade racial e as diferentes formas de exclusão na ordem 
social brasileira, considerando a atuação dos operadores da justiça e os 
desencadeamentos nas diversas fases do processo. Mostrando assim, o 
quanto se faz necessária uma análise qualitativa e quantitativa do assunto para 
o enriquecimento da pesquisa sobre o funcionamento do Sistema de Justiça 
Criminal do país.

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