Buscar

Perfil Epidemiológico TCE

Prévia do material em texto

PUC-MINAS CAMPUS POÇOS DE CALDAS - CURSO DE FISIOTERAPIA 
Raciocínio Clinico: Promoção de Saúde 
Docente: Maria Cristina Ribeiro Pires Williams 
Aluna: Gabrielle dos Santos Paiva 
 
 
Perfil Epidemiológico da condição de saúde/doença do paciente 
 
Patologia: Traumatismo Cranioencefálico grave CID: 10.506-2 
 
De acordo com Huddleston & Ferquson (2006) o trauma cranioencefálico (TCE) é definido como a 
combinação de lesões neurais e vasculares e seus respectivos efeitos no cérebro, crânio e couro cabeludo . É 
considerada a maior causa de mortes e incapacidade do mundo, no Brasil esse número se mostra bem 
evidente, no qual mais de um milhão de pessoas vivem com sequelas neurológicas irreversíveis decorrentes 
do TCE. Nesse sentido, é necessário conhecer as características das regiões associadas a um maior número 
de ocorrências, com isso conseguindo diminuir a incidência de casos (MIRANDA et al., 2017). Logo, para 
alcançar esse objetivo é imprescindível conhecer o perfil epidemiológico da população brasileira acometida 
por TCE. 
Em primeira análise, através da descrição das condições de saúde da população, uma das aplicações 
da epidemiologia, foram realizadas pesquisas para investigar a faixa etária e indicadores de saúde. Dessa 
forma, os dados obtidos demonstraram que o traumatismo cranioencefálico é a principal causa de morte e 
sequelas na faixa etária de 1 a 44 anos no Brasil. Além disso, as principais consequências causadas pelo 
TCE grave são as neurológicas, comprometendo a funcionalidade do indivíduo e sua rotina diária 
(CONSTANCIO et al., 2018). Outro fator necessário para determinar o perfil epidemiológico é o sexo que 
tem maior prevalência do TCE. Assim sendo, resultados demonstraram que essa condição de saúde ocorre 
mais entre homens jovens, o que pode ser explicado por fatores comportamentais e hábitos nocivos, como 
consumo de álcool que proporciona a maior possibilidade de acidentes e agressões (MIRANDA et al., 
2017). Por último é necessário entender quais são as regiões com maior incidência e prevalências de casos. 
Logo, de acordo com estatísticas disponibilizadas pelo DATASUS (Departamento de Informática do SUS), 
as internações por traumatismos intracranianos correspondem a 45% (463.396) na região sudeste, e no 
nordeste do país, 25,8% (281.907). 
Em segunda análise, é importante identificar os fatores determinantes da situação de saúde. Nessa 
perspectiva, o traumatismo cranioencefálico é definido como qualquer agressão gerada por forças externas, 
que consigam gerar o comprometimento de estruturas do crânio ou do encéfalo, uma dessas variáveis 
externas que podem causar essa lesões anatômica é a aceleração e desaceleração rápida da cabeça, fator que 
ocorre em acidentes de trânsito (MIRANDA et al., 2017). Com isso, dados revelam que acidentes 
envolvendo veículos de transporte estão entre as principais causas, sendo 30,5% envolvendo motocicletas. 
CONSTANCIO et al., 2018). 
Portanto, através de estudos é possível obter o perfil epidemiológico da população mais acometida 
pelo TCE, através dos dados e informações apresentadas se conclui que é mais prevalente em homens jovens 
e maior incidência na região sudeste, sendo as causas dessa condição de saúde principalmente ocorrências de 
trânsito. Logo, com as investigações levantadas, união, estados e municípios possuem mais dados para 
trabalhar suas políticas públicas de saúde. Dessa maneira, no caso apresentado por exemplo através de 
campanhas sobre o alcoolismo e a sua relação com o número de acidentes nas estradas, dando ênfase nas 
suas consequências como o TCE. Assim sendo, podendo diminuir o número de traumatismos 
cranioencefálicos causados por essa variável que tanto afeta a população. Em última análise, é importante 
ressaltar que faltam informações socioeconômicas, como estado civil dos pacientes, escolaridade e profissão 
para um levantamento epidemiológico mais amplo e eficaz da condição de saúde e os indivíduos afetados 
por essa patologia. 
. 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CONSTANCIO, Jocinei Ferreira et al . PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE INDIVÍDUOS COM 
HISTÓRICO DE TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO. Rev. baiana enferm., Salvador , v. 32, 
e28235, 2018. 
Brasil. Departamento de Informática do SUS - DATASUS. Informações de Saúde [Internet]. Brasília; 2018. 
MIRANDA, Aline Silva et al. EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO NO 
BRASIL. Rev Bras Neurol. v.53, n.2, p.15-22, 2017. 
Huddleston, SS & Ferguson. SG Emergências Clínicas: Abordagens, Intervenções e Autoavaliação. Rio 
de Janeiro, Guanabara Koogan, 2006.

Continue navegando