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Análise do livro Os Sertões

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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ALBERTO LEVY 
 
 KARINE RODRIGUES DA CRUZ - 12 
 3 ANO B 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA 
``EUCLIDES DA CUNHA: OS SERTÕES ´´ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SÃO PAULO 
 2020
 
 Karine Rodrigues da Cruz, 12 – 3 ano B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA 
 `` EUCLIDES DA CUNHA: OS SERTÕES ´´ 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado à E. E.Prof. Alberto Levy 
 Referente a matéria de Língua Portuguesa. 
 Orientadora: Maria Stella. 
 
 
 
 
 
 
 SÃO PAULO 
 2020
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO.......................................................................................4 
 
I.EUCLIDES DA CUNHA – EM BUSCA DA VERDADE HISTÓRICA..5 
 
II. CANUDOS – MISÉRIA E VIOLÊNCIA...........................................5-6 
 
III.OS SERTÕES: CIÊNCIA OU LITERATURA.................................7-8 
• ALGUNS TRECHOS COM DISCURSO CIENTIFICO 
• ALGUNS TRECHOS COM DISCURSO LITERÁRIO 
 
IV.OS SERTÕES – BRASIL ESQUECIDO........................................8-9 
 
CONCLUSÃO................................................................................10-11 
REFERÊNCIAS..................................................................................12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
O estilo pré-modernista, contido no início do século XX, é marcado por 
uma crescente necessidade de escrever e fazer arte representando aspectos 
mais marcantes e regionais; as guerras travadas entre a elite da época e o povo 
que se via revoltado diante de tanta injustiça social era um tema polêmico e muito 
tratado na época. 
Euclides da Cunha foi o primeiro a retratar essas questões, misturando 
história e literatura, com um toque preciso de fatos verídicos e que prenderiam a 
atenção dos intelectuais de todas as épocas. 
Este trabalho, irá tratar sobre o como Euclides conseguiu traduzir em sua 
obra, "Os Sertões ", os grandes marcos políticos, ideológicos e de interesses 
durante a Guerra de Canudos, vista como uma das mais bárbaras e sangrentas 
do Brasil. Além disso, ele também a explora sobre a visão do sertanejo, do sertão 
e de uma parte do país que é, até os dias de hoje, pouco lembrada e valorizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EUCLIDES DA CUNHA: ``OS SERTÕES´´ 
 
I. EUCLIDES DA CUNHA – EM BUSCA DA VERDADE HISTÓRICA 
Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha foi escritor do movimento pré-
modernista brasileiro; ele nasceu no dia 20 de janeiro de 1866, no arraial de 
Santa Rita do Rio Negro, no estado do Rio de Janeiro. Era Filho dos agricultores 
Manuel Rodrigues da Cunha Pimenta e Eudóxia Alves Moreira da Cunha, tendo 
sua mãe falecido quando Euclides tinha três anos de idade. Mais tarde saiu da 
fazenda 'Saudade' e passou a viver com seus avós e seus tios em Teresópolis, 
São Fidélis e, posteriormente, na capital do estado, Rio de Janeiro. Por essas 
perspectivas, é possível dizer que ele enfrentou a dura realidade do mundo 
desde cedo, o que o jogou para uma percepção de vida mias sofrida e real. 
É reconhecido como um renomado escritor das áreas do jornalismo e da 
literatura, sendo um analista das práticas sociais, como a que fez em seu livro, 
escrito cinco anos depois do ocorrido histórico, ``Os Sertões´´ a respeito do 
sertão, do sertanejo e do conflito ocorrido no Arraial de Belo Monte, mais 
conhecido como Guerra de Canudos. 
Ele foi o primeiro escritor brasileiro a unir literatura e história, contribuindo, 
sobretudo, para que os brasileiros pertencentes à elite cultural e todos os grupos 
sociais pudessem conhecer o interior do Brasil e suas características geográficas 
do sertão e o perfil do sertanejo; o consumo de suas obras era feito, 
principalmente, pela parte mais abastada da sociedade e Euclides viu nessa 
situação uma oportunidade de mostrar-lhes uma verdade inconveniente. 
Já que usava a história e a veracidade da vida no interior do Brasil, tal 
como as dificuldades e pesares do povo menos favorecidos, Euclides 
protagonizou um marco na literatura nacional e, portanto, faz todo sentido dizer 
que Euclides representa a busca pela verdade histórica. 
 
II. CANUDOS – MISÉRIA E VIOLÊNCIA 
Um dos episódios mais obscuros e sangrentos da história brasileira foi a 
Guerra de Canudos, que ocorreu entre os anos de 1896 a 1897; foi o confronto 
militar entre os integrantes de uma comunidade liderada pelo pregador Antônio 
Conselheiro, que dava um caráter messiânico ao movimento, de fundo sócio-
religioso de Canudos, no estado da Bahia e o exército brasileiro. 
Canudos demonstrava todas as contradições e os graves problemas 
sociais do sertão nordestino baiano, sendo uma região historicamente 
caracterizada por latifúndios improdutivos, domínio político dos coronéis, secas 
e pobreza e que passava por uma severa crise econômica e social. 
No contexto de miséria da época surgiu o pregador Antônio Conselheiro, 
com um discurso sobre uma vida menos sofrida no Paraíso, contra a opressão 
e a pobreza e atraindo para Canudos milhares de sertanejos e ex-escravos. No 
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seu apogeu, Canudos tinha mais de 5.200 casebres, igrejas e vinte cinco mil 
habitantes, números muito expressivos para a região. 
A elite da época não estava satisfeita com o crescimento social e religioso 
de Canudos e criaram-se rumores de que a comunidade se armava para atacar 
as cidades vizinhas e partir em direção à capital para depor o governo 
republicano e reinstalar a Monarquia. Ideias como a posição de radical de 
Conselheiro contra o casamento civil, a separação da Igreja e Estado e a 
cobrança abusiva de impostos pela República selaram o destino de Canudos 
que, em sua simplicidade, responsabilizava a República por todos os males que 
assolavam a população pobre da região e que o governo do período era 
materialização do reino do Anticristo na Terra. 
No mês de Abril de 1987, foi realizada uma quarta expedição - as outras 
três haviam sido um fracasso e motivo de vergonha para os republicanos - 
organizada pelo Marechal Bittencourt e liderada pelo General Artur Oscar com 
milhares de soldados armados com as mais avançadas armas da época e que 
acabou com um massacre e destruição completa de Canudos; mais de vinte mil 
sertanejos, inclusive Conselheiro, morreram e cinco mil militares após as quatro 
expedições, além de ter centenas de moradoresdegolados após se renderem, 
inclusive mulheres e crianças. Este episódio constituiu um dos maiores horrores 
já praticados no território brasileiro. 
Euclides da Cunha retratou toda essa tragédia causada pela miséria, 
ignorância e opressão no livro "Os Sertões" e, segundo ele, a Guerra de 
Canudos "foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciemo-lo". 
Na obra de Euclides, A revolta é vista como consequência da grave crise 
econômica e social da região, que era marcada por secas cíclicas, latifúndios 
improdutivos, desemprego e fé numa salvação milagrosa que pouparia os 
habitantes da região do sofrimento; contudo, esta crença, como mostrado na 
obra, começou a ser explorada pela imprensa e pelo clero como uma tentativa 
de retomar a monarquia, o que jogou a opinião pública contra os seguidores da 
revolta. 
Outro fato interessante, é que o autor testemunhou os fatos como repórter 
do jornal "O Estado de São Paulo", o que lhe rendeu escritos de fatos 
impressionantes no seu poder descritivo, como o tratamento dado pelos 
soldados às vítimas, em que ele reflete na frase: "Agarravam-nas pelos cabelos, 
dobrando-lhes a cabeça, esgargalhando-lhes o pescoço e francamente exposta 
a garganta, degolavam-nas". 
Em `` Os Sertões´´, é rigorosa a descrição do cenário em que ocorre o 
conflito e, em sua parte final, apresenta a fome, a peste, a miséria, a violência e 
a insanidade da guerra, verificando como Antônio Conselheiro e seus seguidores 
passaram por um massacre desnecessário, radicalizado em ambos os lados. 
 
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III. OS SERTÕES: CIÊNCIA OU LITERATURA 
O discurso literário tem por meta corporificar uma ficção, sendo um 
discurso que não visa em momento algum sua aprovação, nem tampouco a ser 
objeto de fé; já o discurso científico, tem como meta dominar o fenômeno que 
estuda, pela descoberta de seus traços específicos, a maneira como eles se 
relacionam entre si, sua autonomia e o conceito que o distingue essencialmente 
como fenômeno. Ambas as características podem ser observadas na obra de 
Euclides da Cunha, o que causa o questionamento de que tipo ou gênero esta 
pertence. 
O livro ``Terra ignota. A Construção de Os Sertões´´ , de 1997, tem o 
objetivo de repensar o papel desempenhado pelo discurso científico e pelo 
literário na obra-mestra de nosso autor. 
Ao receber críticas sobre o uso exacerbado e vicioso de um discurso 
científico e técnico em sua obra, Euclides aponta que os homens de letras, 
"aristocratas da linguagem" desprezam as ciências, que o consórcio da ciência 
com a arte é, atualmente, a tendência mais alta do pensamento humano e que, 
o ponto mais importante, seria a busca pela "verdadeira impressão artística", 
descobrindo sobre as relações positivas cada vez mais numerosas, outras 
relações mais altas em que as verdades desvendadas pela análise objetiva se 
concentrem, subjetivamente, numa impressão dominante, raciocinando com os 
termos 'base científica' e formulação artística. 
É notável o esforço do autor em buscar uma explicação física para a 
caracterização daquele sertão, ressaltando que, embora saiba da fragilidade de 
suas condições de trabalho e do resultado que podia apresentar, necessitava ter 
um enquadramento científico em que se baseie, e, só então, Euclides julga-se 
em condições de acrescentar a impressão artística. Ou seja, o núcleo que 
sustenta a exposição narrativa é representado por conjecturas, hipóteses ou o 
que se supõe sejam leis que governam os fenômenos geológicos, climáticos e 
raciais; apenas quando este núcleo está formulado, mesmo que tenha apenas 
alcançado "vagas conjecturas", o autor se julga em condição de orná-lo, sendo 
a literatura a moldura que embeleza o "quadro". 
 ALGUNS TRECHOS COM DISCURSO CIENTIFICO 
 
1. "Dos breves apontamentos indicados resulta que os caracteres 
geológicos e topográficos, a par dos demais agentes físicos, 
mutuam naqueles lugares as influências características de modo a 
não se poder afirmar qual o preponderante" (Cunha, E. da: S, I, III, 
109). 
 
2. "Quando aquelas lufadas, caindo a súbitas, se compunham com as 
colunas ascendentes, em remoinhos turbilhonantes, a maneira de 
minúsculos ciclones, sentia-se, maior, a exsicação do ambiente 
adusto" (Cunha, E. da: S, I, III, 113).
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 ALGUNS TRECHOS COM DISCURSO LITERÁRIO 
 
1. "Estas agitações dos ares desaparecem, entretanto, por longos meses, 
reinando calmarias pesadas -ares imóveis sob a placidez luminosa dos 
dias causticantes"(Cunha, E. da: S, I, III, 113). 
 
2. "Percorrendo certa vez, nos fins de setembro, as cercanias de Canudos, 
fugindo a monotonia de um canhoneio frouxo de tiros espaçados e 
soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, 
onde as colinas se dispunham circulando um vale único. ( ...) - O sol 
poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por 
elabraços largamente abertos, face volvida para os céus - um soldado 
descansava. – Descansava...havia três meses"(Cunha, E. da: S, I, III, 
111-2). 
 
IV. OS SERTÕES – BRASIL ESQUECIDO 
Há pouco mais de um século nascia ´`Os Sertões´´, verdadeiro 
monumento da cultura literária brasileira, que tornou- se indissociável à própria 
ideia de Brasil; o livro foi considerado, ao longo desse período, como obra 
essencialmente nacional, a desvelar um Brasil profundo e autêntico. Entretanto, 
poucas vezes se questionaram as conflituosas relações entre os conceitos de 
sertão e nação existentes no pensamento de Euclides da Cunha que, ao mesmo 
tempo em que constrói o mito da brasilidade sertaneja, vivencia-o de forma 
singularmente dramática. 
Em sua narrativa, Euclides cruza dados de diversas origens para construir 
a sua visão do homem brasileiro, utilizando informações sobre relevo, solo, 
fauna, flora e clima, que são importantes para ele construir uma descrição do 
sertão nordestino, algo que não temos tanto contato até os dias de hoje. 
Sílvio Romero foi um dos que compreenderam obra e autor como 
verdadeiros construtores da nação, justamente porque estes tratariam a 
identidade da verdadeira gente brasileira, isto é, os homens do sertão, que são 
constantemente esquecidos nas representações históricas. 
O sertão era marcado como território da barbárie, tal como o conceberam, 
na primeira metade do século, a elite imperial e o olhar estrangeiro, 
marcadamente ilustrado. A ideia de sertão sintetizava a representação do outro 
indesejado e distante, símbolo daquilo que não se poderia conceber como 
nacional. 
Brito Broca dizia que "nessa época em que todo mundo delirava por 
Paris", Euclides da Cunha colocava-se justamente em posição contrária ao 
padrão de sociabilidade mais vulgar dentre o meio intelectual da época, voltando- 
se para a realidade ao seu redor e para o sertão, não empenhando- se no 
estrangeirismo.
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Contudo a imagem que Euclides passa em sua obra, é de um sertanejo 
profundamente assustador, de terra seca e da escassez de vida. Logo, o repórter 
que chegou ao arraial do Belo Monte não diferia aparentemente em nada dos 
outros que, como ele, narravam para a gente civilizada do litoral a vitória da 
República contra o atraso, a doença e a barbárie. A concepção de nação que 
tinha então Euclides alinhava-se à noção de nação republicana, que exaltava os 
grandes centros e separava o Brasil entre o moderno e o sertanejo. No próprio 
pensamento euclidiano a convivência do sertão com a nação era um processoextremamente conflituoso. 
A partir do fenômeno ̀ `Os Sertões´´, percebe-se a delimitação do conceito 
de sertão articulado essencialmente à Região Nordeste e, mais especificamente, 
notamos algo mais significativo que foi o processo de identificação básica da 
ideia de sertão com a simbologia referente ao deserto e ao martírio, o que gerou 
um processo de restrição semântica sobre o vocábulo. Por outro lado, não 
podemos deixar de negar que esta imagem do sertão, apesar das manipulações 
e da inércia das autoridades, com os anos passou a gerar no seio da sociedade 
brasileira uma inquietação, deixando bem claro onde o descompasso com a 
civilização é mais evidente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
Juntando literatura, jornalismo e descrição científica e detalhada, o 
escritor Euclides da Cunha foi um dos maiores da história brasileira; é 
considerado o pioneiro na arte de misturar a escrita com os fatos históricos e, 
como a maior parte de seu público pertencia a elite, ele conseguia passar 
retratos do cenário brasileiro para essa classe, embora fosse uma verdade 
inconveniente para os mesmos. 
Seu grande reconhecimento, veio com a elaboração da obra "Os Sertões", 
que retratava os horrores vividos durante uma das batalhas civis mais 
sangrentas da história do país; tratava- se de um conflito entre os integrantes de 
uma comunidade de cunho religioso liderada por António Conselheiro e o 
exército brasileiro. Esta comunidade se localizava em uma região conhecida 
como Canudos, na Bahia, e é conhecida por suas intensas desigualdades sociais 
e o domínio político dos coronéis; com a intensificação do discurso de uma 
comunidade contra a opressão dos pobres, Canudos passou a receber uma 
concentração ainda maior de moradores, como sertanejos e ex- escravos, o que 
não agradava o governo republicano da época. As altas camadas da sociedade 
irritavam- se com o crescimento daquela comunidade rebelde e disposta a lutar 
contra o governo da época, pois acreditava que se tratava da representação do 
Anticristo na Terra, e, então, atacaram. Foi no quarto ataque à região que o 
triunfo do governo deu certo, provocando a morte de 5 mil militares e centenas 
de crianças, mulheres e homens degolados, em uma das maiores barbáries da 
história. 
Em " Os Sertões ", o escritor descreve a miséria, a ignorância e a falta de 
sensibilidade desta tragédia, que foi armada pela imprensa e pelo clero e jogou 
a opinião pública contra os sertanejos do local; o radicalismo de ambos os lados 
promoveu fome, peste, violência e morte. 
A escrita de Cunha sobre os acontecimentos que presenciou enquanto 
repórter do "O Estado de São Paulo" tem caráter científico e literário, já que o 
autor julgava interessante construir suas histórias com bases reais e prováveis 
e, por último, rebuscando-a com a subjetividade artística; embora muitos 
criticassem o vício do autor em sua escrita cirúrgica e precisa, a beleza da obra 
é dado por essa perspectiva, já que hoje podemos ler e confiar na mesma como 
documento histórico e de entretenimento. 
Se o contato que temos hoje com os costumes do sertão é muito pequeno, 
o que se tinha na época era um preconceito enraizado e a crença de que a região 
era bárbara, indesejada e distante, sendo impensável caracterizar seus 
costumes como representação nacional; naqueles anos, muitos escritores 
renomados escreviam sobre a boêmia dos grandes centros e apreciavam a 
produção cultural parisiense, porém Euclides voltava seus olhos para a realidade 
do interior do Brasil. Não, entretanto, ele se distanciava do discurso republicano 
para com o sertanejo, já que o mesmo também acreditava que o contato entre 
sertão e sociedade moderna seria conflituoso. Ao mesmo tempo em que "Os 
Sertões " constrói uma identidade brasileira, também a apresenta como trágica 
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e seca e não destaca, em hora alguma, seu primor cultural; apesar desses 
elementos, a criação de um sertão que é, no imaginário da época, somente 
nordestino e miserável, trouxe à tona, décadas depois, uma busca pela 
verdadeira essência desse lugar e contribui para que seus hábitos e costumes 
fossem mais valorizados e se tornassem identidade importante atualmente. 
Desse modo, o livro "Os Sertões "é um ensaio histórico, atemporal e de 
enorme primor e importância para a cultura do Brasil, pois recupera a brasilidade 
que se perdeu no estrangeirismo de décadas atrás e se encontra na procura de 
nação pacifica que buscamos hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
1. https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/euclides-cunha.htm 
- Visitado em: 09 de maio de 2020, às 12:23. 
 
2. https://www.em.com.br/app/noticia/especiais/educacao/enem/2015/11/04
/noticia-especial-enem,704350/canudos-uma-tragedia-do-sertao.shtml 
- Visitado em: 09 de maio de 2020, às 12:41. 
 
3. https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/sertoes-os-livro-de-
euclides-da-cunha-reune-historia-literatura-e-jornalismo.htm 
- Visitado em: 09 de maio de 2020, às 13:10. 
 
4. https://lacua.au.dk/fileadmin/www.lacua.au.dk/publications/2_di__logos_l
atinoamericanos/4-costalima.pdf 
- Visitado em: 09 de maio de 2020, às 13:37. 
 
5. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
01882002000200012 
- Visitado em: 09 de maio de 2020, às 13:37.

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