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Impotência Coeundi

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patologia reprodutiva de machos 
IMPOTÊNCIA COEUNDI 
 
Introdução 
Os problemas reprodutivos podem ser: 
 
CONGÊNITOS (animal nasce com ele) sendo 
hereditárias (passam para os descendentes) 
ou não 
ADQUIRIDOS por fatores ambientais ou 
sistêmicos. 
 
Tanto os problemas congênitos como os 
adquiridos podem levar o animal a 
subfertilidade ou infertilidade causando uma 
impotência reprodutiva que pode ser 
Coeundi ou Generandi. 
 
IMPOTÊNCIA COEUNDI 
Incapacidade ou dificuldade de realizar a 
cópula. Os gametas produzidos estão viáveis, 
mas o animal tem dificuldade de realizar o 
coito. Pode ocorrer por falta de interesse 
sexual ou outros problemas. 
 
IMPOTÊNCIA GENERANDI 
Incapacidade de gerar prole mesmo após 
uma cobertura normal. O animal não 
consegue realizar a fecundação estando 
relacionada por distúrbio ejaculatório ou 
problemas no sêmen. 
 
 
 
Fisiologia da cópula 
Para que ocorra a ereção são necessários 
estímulos exteriores (tato, visão, olfato, 
auditivo) para que sejam transformados em 
impulsos nervosos que chegam ao Centro 
Eretor (localizado entre medula lombar - 
nervos parassimpáticos sacros S2-S4) 
utilizando como neurotransmissor a 
acetilcolina promovendo a vasodilatação do 
pênis e ereção. Além disso há a promoção de 
secreção de ocitocina na neurohiófise que irá 
desencadear a ejaculação que pode ser 
dividida em duas etapas que ocorrem 
concomitantemente: 
 
1. Contração da musculatura lisa das 
glândulas anexas em resposta a 
ocitocina para liberação e transporte 
líquido seminal até uretra além do 
fechamento da bexiga; 
 
2. Contração da musculatura lisa da 
cauda do epidídimo (onde estão os 
sptz maduros) e ducto deferente para 
que os espermatozoides sejam 
transportados até a uretra. 
 
Na ejaculação ocorre contrações rítmicas na 
musculatura ao redor da uretra composta 
por músculo isquiocavernoso e 
bulbocavernoso. Além disso haverá o 
relaxamento do esfíncter uretral externo 
para a liberação do sêmen. 
 
IMPOTÊNCIA COEUNDI 
Como vimos, a impotência coeundi está 
relacionada com alterações em 
comportamento sexual ou enfermidades de 
pênis e prepúcio que dificultam ato do coito. 
 
Fatores que interferem na cobertura ou 
capacidade de serviço: 
• Visuais; 
• Olfativos: feromônios, reação de 
Flehmen; 
• Auditivos: vocalização dos reprodutores 
ou barulho excessivo; 
• Endócrinos: testosterona e equilíbrio 
hormonal 
• Fatores externos: manejo, ambientais 
(temperatura e umidade) se atentar a 
estresse térmico, principalmente 
animais da genética taurina que é 
originada de países de clima 
temperado. 
Acima podemos observar uma tabela que 
classifica o interesse sexual ou libido dos 
machos. 
 
Comparação das características entre 
taurinos e zebuínos 
 Bos taurus 
(taurinos) 
Bos indicus 
(zebuínos) 
puberdade Precoce (12 a 
14 meses) 
Tardios (18 a 
24 meses) 
Comportamento 
reprodutivo 
agressivos discretos 
Cortejo curto longo 
Repetibilidade 
de monta 
maior menor 
 
 
• Variações individuais: dominantes, 
animais mais calmos/ agressivos; 
• Inibição da sexualidade: dominância, 
agressividade, aprendizado sexual; 
• Nutrição: deficiência/ excesso 
• Doenças sistêmicas; 
• Idade (diminuição da testosterona, 
senilidade, diminuição de condição 
corporal); 
• Fatores psicológicos como a dor; 
• Deficiências hormonais: testosterona, 
gonadotrofinas e hipotireoidismo. 
• Alterações no sistema locomotor por 
manejo e instalações inadequados além 
de fatores genéticos 
 
Distúrbios ejaculatórios 
Falta de libido: hereditário, distúrbios 
endócrinos ou ambientais resultando em 
falha na ereção; 
Inabilidade à cópula 
 
 
 
COMO TRATAR? 
• Tornar as instalações adequadas, 
inclusive em locais de coleta de sêmen. 
• Adaptações ao calor: colocação de 
ventiladores e nebulizadores, locais com 
sombra; 
• Tratamento de alterações de casco, 
tendões, ligamentos e membros; 
• cuidados com a vagina artificial; 
• Hormonioterapia: testosterona/ GnRH 
 
Podemos observar a seguir alguns casos 
clínicos relacionados com essa impotência. 
Vamos resolvê-los? 
 
Caso clínico 1 
Você foi chamado a um haras para avaliar 
um dos garanhões, que tem apresentado 
baixa libido. Ao colocá-lo diante de uma 
fêmea em cio ele demonstra algum interesse, 
porém não tem a iniciativa de realizar a 
aproximação e monta. Os animais do haras 
são mantidos em baias localizadas próximas 
e o local de cobertura fica localizado em 
frente às baias. Qual a sua suspeita? O 
problema tem solução? Se sim, qual seria? 
 
Nesse caso nós podemos suspeitar que o 
animal não esteja se sentindo à vontade 
para realização da cópula em razão da 
vocalização dos outros animais presentes no 
local. 
Como foi mencionado que há a presença de 
uma égua no cio, ao ficar na frente da baia 
de outros garanhões haverá extrema 
vocalização deixando o garanhão em questão 
desconfortável para o acasalamento. 
O problema apresentado pode ser 
solucionado se mudarmos o local de monta 
para que seja um local mais tranquilo e sem 
a presença de outros animais. 
 
Caso clínico 2 
Você é chamado para avaliar um touro 
holandês, de 4 anos, usado como reprodutor 
em uma fazenda no interior do Mato Grosso. 
O animal vive em um sistema free stall, em 
uma área de 30m2, com piso de cimento e 
uma pequena área verde com cobertura 
sobre o cocho. É alimentado com silagem e 
volumoso, sal nitrogenado e água à vontade. 
O animal tem apresentado relutância a 
montar nas fêmeas. No seu exame 
andrológico cite os pontos importantes de 
avaliação e quais alterações você pode 
encontrar. Justifique. 
 
Como o touro mencionado é de genética 
taurina, ele é muito sensível ao calor e está 
num estado quente do país. Dessa forma, 
podemos suspeitar de estresse térmico já 
que sua energia está sendo demandada para 
termorregulação. 
Além disso, foi mencionado no caso clínico 
que o piso da instalação é de cimento o que 
é um piso escorregadio além de poder ser 
um local de proliferação de patógenos caso 
não seja bem higienizado. 
Na realização do exame andrológico 
podemos analisar bem aprumos e cascos 
para avaliar se há infecções ou dificuldades 
para locomoção e podemos sugerir ao 
criador a colocação de um piso 
emborrachado no local de coleta evitando 
escorregos além da colocação de 
ventiladores e nebulizadores para que o 
animal se sinta confortável para realizar a 
cópula. 
 
Caso clínico 3 
Em uma fazenda de leite criadora de gado 
holandês, um touro tem mostrado 
desconforto no momento da monta e tem 
apresentado secreção aderida aos pelos do 
prepúcio. Ademais, há histórico de 
infertilidade e abortamentos entre as 
fêmeas. Qual a sua suspeita? Que exames 
realizaria para chegar ao diagnóstico? 
 
Nesse caso podemos suspeitar de 
BALANOPOSTITE que é uma inflamação 
conjunta que acomete pênis (glande) e 
prepúcio estando relacionada com processos 
traumáticos ou infecciosos (mais comum) 
tendo como exemplo Campilobacteriose e 
Tricomomose que são dois agentes 
infecciosos que além de causar balanopostite 
em touros ou os animais podem carrear os 
agentes sendo assintomáticos, porém, ao 
realizar a cópula haverá morte embrionária 
dos animais por causar endometrite nas 
fêmeas que retornarão ao cio. 
Também há a contaminação por herpesvírus 
bovino tipo I que pode também ser 
transmitido para ass fêmeas causando 
vulvovaginite pustular e aborto). 
A balanopostite é mais complexa quando é 
assintomática nos touros pois causa redução 
da fertilidade do rebanho – comum no MS 
ou abortos (herpesvirus). 
 
 
Caso clínico 4 
Em uma fazenda de pecuária extensiva, os 
touros da raça Guzerá são criados em pasto. 
Você é chamado para avalia um touro que 
apresenta: edema de prepúcio, áreas de 
necrose e dificuldade de expor o pênis. Qual 
sua suspeita? Qual o tratamento?Nesse caso podemos suspeitar de ACROBUSTITE 
que é um processo inflamatório crônico que 
acomete a extremidade do prepúcio 
causando lesões, ferimentos, áreas de 
necrose, úlceras e edema sendo decorrentes 
a traumas já que o prepúcio dos zebuínos é 
mais pendular e próximo ao chão podendo 
lesionar em arbustos, forragens lesionando 
com mais frequência a extremidade do 
prepúcio. Como há edema, haverá 
estreitamento do óstio prepucial e 
dificuldade de exposição do pênis impedindo 
com que haja a realização da cópula. A 
acrobustite pode evoluir para balanopostite 
acometendo também a glande do pênis. 
 
 
SINTOMAS DA BALANOPOSTITE E ACROBUSTITE 
• Exantema (erupções cutâneas) e úlceras 
da mucosa peniana e prepucial, necrose 
• Acrobustite: acomete somente 
prepúcio; 
• Balanopostite: acomete prepúcio e 
glande peniana. 
 
TRATAMENTO 
• Antibioticoterapia; 
• Lavagens tópicas; 
• Repouso sexual ou até mesmo descarte 
do animal; 
• Debridamento da ferida 
 
Caso Clínico 5 
Em uma criação de ovinos um dos carneiros 
selecionados para reprodução deixou vazias 
as fêmeas com as quais acasalou. Ao 
acompanhar o cortejo e o coito, você percebe 
que o animal em libido e faz a monta 
corretamente. Quando você vai colher o 
sêmen com uma vagina artificial percebe que 
somente a glande do pênis é exposta. Quais 
são as possibilidades para o caso? O que você 
faria no seu exame andrológico para 
confirmar a suspeita e como trataria? 
 
Nesse caso podemos suspeitar de FIMOSE 
que é definida como a diminuição do 
diâmetro do óstio prepucial impedindo a 
exposição peniana. Em graus mais 
avançados o animal não consegue expor nem 
mesmo a glande peniana. 
 É uma enfermidade congênita, porém 
não é hereditária. 
 
COMO SINAIS CLÍNICOS TEMOS 
• Gotejamento da urina (disúria) 
• Balanopostite em razão do acúmulo de 
urina na bainha prepucial; 
• Edema prepucial; 
• Incapacidade de acasalar 
 
TRATAMENTO 
Correção cirúrgica promovendo a abertura 
do óstio prepucial. 
 
 
 
 
Uma outra enfermidade podemos citar a 
PARAFIMOSE que é definida como a 
incapacidade de retorno peniano após 
exposição, ficando este garroteado pelo óstio 
prepucial sendo decorrente de processos 
inflamatórios ou neoplásicos. É mais comum 
em garanhões pois há uso de alguns 
tranquilizantes que podem causar 
relaxamento dos músculos retratores do 
pênis causando paralisia peniana. 
 
 
 
SINAIS CLÍNICOS 
• Laceração peniana em diferentes graus; 
• Gangrena 
 
TRATAMENTO 
• Redução do edema com gelo ou açúcar; 
• Recolocação manual; 
• Amputação parcial do prepúcio

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