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1 MORFOFISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO DOS MACHOS MAMÍFEROS A notoriedade do sistema reprodutor masculino está focada nas questões de desen- volvimento, maturação, transporte e armazenamento de células espermáticas (espermato- zoides). Na ocasião o sistema genital masculino é composto por diversos órgãos: Escroto, testículos, epidídimos, ductos deferentes, glândulas acessórias, uretra, pênis e o prepúcio. Observar as peculiaridades entre os vários animais é possível verificar algumas dis- tinções entre eles. É considerado esse sistema anteriormente referido existem classifica- ções para disposição, como é o caso por exemplo da localização dos testículos. Sedo os testicôndios, aqueles com os testículos posicionados próximos ao rim. Exemplos desses casos são os golfinhos, elefantes, rinocerontes e alguns ratos. No caso dos ratos tem o detalhe de manter os testículos dentro da cavidade abdominal, só que a instantes que esses testículos podem descer para região inguinal (período reprodutivo do animal). Ocorre também os descendentes ascrotais, nos quais os testículos descem para a região inguinal, mas não há formação de escroto. Exemplo disso são os tatus. Nos descendentes escrotais, ocorre dos testículos se posicionam dentro do escroto. Exemplos existem os animais de produção. Por fim ao grupo dos marsupiais, que possuem os testículos posicionados em um escroto localizado cranial ao pênis. Na questão do posicionamento dos testículos ao nível de escroto, é importante frisar sobre o descenso testicular, que é o Processo de migração (acontece no desenvolvimento fetal) do testículo desde sua posição abdominal original até a região inguinal, guiado pelo Figura 1: Sistema reprodutor masculino Fonte: https://anatosistemica.wordpress.com/2016/04/24/sistema-reprodutor-masculino/ 2 ligamento Gubernaculum Testis, com posterior localização dentro do escroto. Na crista urogenital existem diversos componentes que fazem parte e auxiliar a descida para região do escroto, por meio do ligamento suspensório cranial, responsável pela sustentação ini- cial do testículo. A presença das células de Leydig que se encontram entre os túbulos seminíferos, no interstício dos testículos responsável pela produção de andrógenos. Como também o ligamento gubernáculo, uma estrutura mesenquimal (cordão fibromuscular) que assume inicialmente um formato de prega ou fita, estendendo-se desde o testículo junto ao mesonefro atravessando os anéis inguinais em formação e indo até a região in- guinal. O escroto é um saco musculocutâneo que alberga os testículos e os epidídimos. Além de proteger o testículo, ajuda por meio de sua túnica dartos, juntamente com o músculo cremáster e a disposição anatômica da veia espermática do plexo pampiniforme, que tem como função manter uma temperatura ideal para a termorregulação da esperma- togênese. (E. I. C. da Silva, 2020). Tem como funções principais: promover proteção das gônadas e manter a tempera- tura adequada para ocorrência de espermatogênese e da maturação espermática. É a ter- morregulação testicular que mantém essa temperatura ideal dos testículos, devendo estar sempre entre 4 e 7° C abaixo da temperatura orgânica do indivíduo. Sua localização den- tro do escroto já é um fator importante, sendo essa estrutura protetora pobre em tecido adiposo, não havendo, portanto, a retenção de calor. Além disso, essa pele é rica em glân- dulas sebáceas e sudoríparas, que favorecem a dissipação do calor. Abaixo da pele en- contra-se a túnica dartos, também importante para a termorregulação, Essa trabalha em conjunto com o músculo cremaster, porém com funções diferentes. Essa estrutura tem capacidade de promover o enrugamento ou distensão da bolsa testicular de acordo com a temperatura externa. Já o músculo cremaster não funciona no escroto, pois está ligado Figura 2 : Testículos Fonte: REECE, W. O. et al, 2017/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesonefro 3 diretamente ao testículo. Assim, em uma ocasião de muito frio o músculo cremaster en- colhe e puxa o testículo até próximo a cavidade pélvica, para que se conserve a tempera- tura, já em altas temperaturas ocorre o afastamento dos testículos da região pélvica, pre- servando a funcionalidade das gônadas. Outra forma de termorregulação testicular é o plexo pampiniforme, o qual consiste no enovelamento das veias testiculares ao redor da artéria testicular, formando o chamado mecanismo de contracorrente. Dessa forma, como a artéria leva sangue com temperatura corporal para os testículos, o mecanismo de con- tracorrente das veias se enovela ao redor da artéria, trocando calor e diminuindo a tempe- ratura do sangue que chega. Os testículos são os órgãos sexuais primários que têm como funções principais a produção de espermatozoides (função exócrina) e a produção de hormonas esteroides (função endócrina). Ambas as funções são reguladas por três diferentes controles: 1. Cir- cuito longo: hipotálamo, hipófise, gônada. É revestido e separado internamente pela tú- nica albugínea, dividindo a gônada em lóbulos com um conjunto de tubos no seu interior, denominados túbulos seminíferos. A parte central é chamada de mediastino testicular, região em que chegam as artérias e a inervação e de onde saem as veias testiculares. Além disso, encontra-se também a confluência dos túbulos seminíferos. Com isso, essa rede testicular recebe os espermatozoides oriundos dos túbulos seminíferos e manda para o epidídimo por meio dos ductos eferentes. Dentro do testículo os espermatozoides ainda não se movimentam, por isso são alocados através de micro-contrações realizadas pelas células mióides que se localizam em volta dos túbulos seminíferos. É a posição dos testí- culos no escroto e a direção do seu eixo longitudinal em relação ao corpo variam com as espécies. Nos ruminantes são pendulares com seu eixo longitudinal em posição vertical; nos equinos e caninos o eixo longitudinal se aproxima muito da horizontalidade; e no porco o eixo se encontra diagonal (Silva, A. R., 2021). Os túbulos seminíferos, são estruturas compostas pelas células intersticiais e miói- des, células de Sertoli e células da linhagem germinativa (espermatogônia, espermatócito Figura 3: Testículo Fonte: https://anatosistemica.wordpress.com/2016/04/24/sistema-reprodutor-masculino/ 4 I, espermatócito II, espermátide e espermatozoide). Nos bovinos há muito pouco tecido conjuntivo ao redor desses túbulos, já nos carnívoros o normal é ser mais espesso estru- turas compostas pelas células intersticiais e mióides, células de Sertoli e células da linha- gem germinativa (espermatogônia, espermatócito I, espermatócito II, espermátide eesper- matozoide). Nos bovinos há muito pouco tecido conjuntivo ao redor desses túbulos, já nos carnívoros o normal é ser mais espesso. Nesses túbulos ocorre o processo de esper- matogênese, ou seja, a transformação da espermatogônia em espermatócito I, então em espermatócito II, em espermátide e por fim, em espermatozoides já prontos, que serão reunidos pela rete testis e enviados aos ductos eferentes, desembocando na cabeça do epidídimo. A espermatogênese é ativada nos machos somente na sua puberdade e sua duração é diferente de acordo com a espécie: bovinos 60 dias, ovinos 42,3 dias, caprinos 47,7 dias, equinos 55 a 57 dias, suínos 40 dias, caninos 56 a 61 dias e felinos 46,8 dias. A produção espermática acontece nos testículos, porém a maturação só ocorre no epidídimo. As células de sustentação (células de Sertoli) se colocam juntamente na base do túbulo seminífero, formando a barreira hemato-testicular impedindo que o sistema imunológico do animal entre em contato com as células da linhagem germinativa e forme o anticorpo antiesperma. Também sustentam todas essas células, oferecendo o ambiente adequado para o desenvolvimento espermático seja nutrindo, fagocitando eventuais ga- metas danificadose restos celulares ou secretando proteínas de ligação com andrógenos (aumentando a concentração de testosterona nos túbulos seminíferos). Ainda secretam inibina e activina e hormônios anti-mullerianos durante a diferenciação sexual do em- brião, por volta da sexta semana de gestação. Paralelamente existem as células interstici- ais (células de Leydig), que tem como função a produção de andrógenos e hormônios de grande importância para as demais funções reprodutivas de um macho. Nos testículos, os andrógenos são produzidos pelas células de Leydig, enquanto que a inibina e a activina são produzidas pelas células de Sertoli. Assim, tanto o macho como a fêmea possuem todos os hormônios esteróides. A célula de Sertoli produz muito estró- geno, pois este é importante para a formação dos receptores da ocitocina que desencadeia a contração dos túbulos seminíferos. A progesterona é o precursor de todos os andrógenos e Figura 4: Produção espermática Fonte https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/nucleo15_2.php 5 dos estrógenos. Sendo nos machos biologicamente mais ativos os andrógenos, principal- mente a testosterona. Os andrógenos participam na diferenciação sexual (estimula o ducto de Wolff a formar a parte genital interna), na descencia testicular e também na formação e manutenção das características sexuais secundárias. A estimulam a espermatogênese nas espécies domésticas e realizam funções sistêmicas, como o desenvolvimento muscu- lar, estabilidade da pele, retenção de cálcio na matriz óssea, balanço hidro-eletrolítico, funções cardiovasculares, etc. A inibina, como o nome já sugere, inibe a produção do FSH e a activina estimula a produção do FSH, sendo este muito importante para o controle da função das células de Sertoli. Na regulação endócrina até a puberdade não existe uma conexão entre o eixo hipo- talâmico-hipofisário-testicular, dessa forma a medida que o macho entra em puberdade, existe o aumento da função testicular com a produção da testosterona, começando então, a ocorrer a regulação endócrina da reprodução, sendo a mesma para os machos de qual- quer espécie. Então o hipotálamo estimula a hipófise através do GnRH, fazendo com que haja produção e liberação de FSH. Este agirá sobre as células de Sertoli, produzindo a proteína ligadora de andrógeno, assim, a medida que o LH age sobre as células de Leydig produz-se testosterona, esta é levada para dentro do túbulo seminífero para atuar sobre a espermatogênese. A testosterona se autorregula, fazendo chamado feedback negativo com o eixo hipotalâmico-hipofisário, conhecido como alça longa de controle da regulação endócrina do macho, regulando os níveis desse hormônio com a cessação da liberação de LH e FSH. Quando a testosterona baixa, esse mecanismo é ativado novamente. Existe outro mecanismo de controle, que é através da inibina, esta inibe o FSH reduzindo o efeito sobre as células de Sertoli produzindo menos estrógenos, porém quando reduz demais as células começam a produzir a activina que irá estimular o FSH, para que então se inicie o processo novamente. Os epidídimos são órgãos tubulares enovelados localizados posteriormente aos tes- tículos no escroto e que desembocam na base do ducto deferente. É responsável pelo transporte, maturação e armazenamento dos espermatozóides, sendo dividido em cabeça, corpo e cauda. A cabeça recebe os ductos eferentes que levam os espermatozóides pro- duzidos nos testículos, no corpo acontece a maturação espermática e na cauda são arma- zenadas essas células já prontas. Além da maturação, transporte e armazenamento, os epidídimos são responsáveis pela nutrição e proteção espermática. Eliminam os esperma- tozoides envelhecidos. A maturação espermática é um conjunto de eventos que resultam nas células totalmente prontas para que haja a interação dela com o oócito da fêmea. Durante esse evento há a modificação estrutural do acrossoma, a perda de restos citoplas- máticos, estabilização da condensação da cromatina, adição de proteínas de membranas e o ganho da motilidade espermática, mesmo que ainda não tão acelerada. Os espermatozoides prontos permanecem na cauda do epidídimo até o momento da ejaculação, onde ocorrerá contrações rítmicas dessa estrutura e do ducto deferente, fa- zendo com que se movam por este ducto até a região da uretra, onde entrará em contato com o plasma seminal, que é o produto das glândulas acessórias. A região de transporte do espermatozoide é conhecida como cordão espermático e é formado pela artéria testi- cular, veias testiculares do plexo pampiniforme, músculo cremaster e ducto deferente. 6 As glândulas acessórias, estruturas produtoras de várias secreções que funcionam como nutrientes e meio de transporte para os espermatozoides, se misturam com os ga- metas masculinos durante sua a passagem pela uretra. São basicamente três: glândulas vesiculares (são pares localizados na cavidade pélvica, de formato alongada e lobada), glândulas bulbouretrais (arredondadas em forma de noz com uma densa cápsula) e prós- tata (possuem duas porções: o corpo e porção disseminada). A próstata é a única presente em todas as espécies. A situação, tamanho e quantidade de líquido produzido por cada uma destas glândulas varia entre as espécies domésticas, bem como o volume da ejacula- ção também é variável entre as espécies (Silva, A. R., 2021). Essas glândulas em conjunto produzem o plasma seminal, com isso, as glândulas vesiculares contribuem com a produção de açúcares e aminoácidos, ácido cítrico e ergo- tionina, prostaglandina e ferro. As glândulas bulbouretrais produzem galactose e sialo- mucina, já a próstata produz fosfatases, zinco, colesterol, enzimas e diversas prostaglan- dinas. O plasma seminal tem função de mediar a capacitação espermática e impulsionar a motilidade, dando ao espermatozóide a capacidade de interagir com o ovócito. Além disso, neutraliza metabólitos espermáticos, tem ação antimicrobiana, faz limpeza da ure- tra e atua como coagulante após a ejaculação. A Uretra é o canal comum ao sistema reprodutor e urinário, responsável pelo trans- porte espermático durante o processo de ejaculação. É dividida em uretra prostática (se localizando dentro da próstata), pélvica (região entre a próstata e o pênis) e peniana (que passa por dentro do pênis se exteriorizando). Pênis é o órgão copulador masculino que compreende três porções: a base, o corpo e a glande. Além de ser extremamente rico em tecido especializado, chamado tecido con- juntivo trabecular com capacidade de se expandir, possui tanto um corpo esponjoso na base da região inferior, quanto os corpos cavernosos na região superior. Existem diferen- tes tipos de pênis, dessa forma, os ruminantes e os suínos apresentam o tipo fibroelástico, já os equinos, cães e gatos possuem o pênis do tipo vascular. Essas características deter- Figura 5: Glandulas acessórias Fonte: https://anatosistemica.wordpress.com/2016/04/24/sistema-reprodutor-masculino/ 7 minam processos diferentes no mecanismo de ereção nesses animais. No pênis fibroelás- tico a ereção ocorre por distensão da flexura sigmóide. Já nos animais de pênis vascular a ereção é por ingurgitamento. Particularidades nos animais: No Touro, carneiro e varrão apresentam pênis fibroelástico e dispõem de uma fle- xura sigmóide que fica esticada durante a ereção e extensão do pênis. Carneiro apresenta um apêndice filiforme que contém a uretra • Garanhão tem pênis vascular e sua uretra faz protrusão de alguns centímetros desde a superfície da glande. Cão e gatos apresentam um osso peniano • Gato apresenta espículas penianas e orientação posterior. (SWENSON, MELVIN J.; REECE, WILLIAM O., 1996). O prepúcio, possui dupla invaginarão da pele do abdome inferior que recobre a glande do pênis. Primariamente ligado ventralmente ao pênis por meio do frênulo peni- ano. Órgão retrátil que protegeo meato urinário quando o pênis não está ereto. Possui glândulas especializadas na produção de esmegma, secreção lubrificante é rico em glân- dulas epiteliais modificadas produtoras de feromônios. (Silva, A. R., 2021). 8 AVALIAÇÃO ANDROLÓGICA EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO Trata-se do exame semiológico da estrutura e função do sistema genital masculino. Contudo deve-se deixar claro a importância do lado clinico-andrológico dessa avaliação, pois é necessário o saudável estado dos outros sistemas para boa atividade reprodutiva. A eficácia na análise do organismo reprodutivo do animal depende conjuntamente das in- formações clinicas obtidas através do conhecimento semiológico. Procedendo os passos do exame andrológico, termos quatro etapas: Primeira é uma anamnese que deve ser bem realizada, para que se veja conexões. Segunda é o exame físico, no qual apontar para análise do sistema genital do paci- ente. Terceira é a coleta e avaliação do sêmen, algo que faz o exame reprodutivo do ma- cho ser mais concreto que o da fêmea. Quarto é os exames complementares, comum para pequenos e grandes animais. Na anamnese abordagem clinica vai depender dos motivos que levaram o proprie- tário a solicitar a avaliação andrológica (Silva, A.R., 2021). As causas da busca do tutor(a) pelo serviço pode ser dos mais variados. Exemplos: Alguma patologia desconhecida que está causado infertilidade no animal; outro motivo também é avaliar o potencial reprodutivo de uma animal em idade já avançada para aca- salar. Lembrando que no animal velho analisa se ainda tem a capacidade de fecundar a fêmea e no mais novo se ele já é capaz de fecundar a mesma. Existem alguns motivos que vão influenciam na vida reprodutiva do animal. Um dos mais importantes é a questão da idade, do qual o animal passa pela infância até chegar 9 à puberdade essa é pode ser dividida em endócrina e clínica. Na endócrina a o estabele- cimento do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal. Já na clínica é determinada pelas ava- liações do exterior, como o período que surgem os primeiros espermatozoides no ejacu- lado e o início da libido ou desejo sexual. Na fêmea essa puberdade é marcada pelo pri- meiro cio. Mas, mesmo macho entrando na fase de puberdade não diz que ele esteja apto para atividade reprodutiva. Já que a medida que o macho envelhecer os hormônios vão se equilibrado e em sequência a isso a função testicular vai ficando mais constante. Com o estabelecimento dessa atividade anterior, vai acontece uma concentração e qualidade cada vez maiores referentes aos espermatozoides no ejaculado. Após essa fase de transição chamada puberdade, ocorre o período de maturidade reprodutiva quando ocorre estabili- dade da atividade como também a expressão dela. Nos machos essa fase de maturidade é bem mais longa que as fêmeas ou seja na maioria dos casos os efeitos da idade sobre a reprodução deles traz menos prejuízo que sobre elas. Isso por causa que o macho pode inicia sua vida reprodutiva mais brevemente e terminar bem depois da fêmea. Outro mo- tivo que ele pode ser usado na puberdade para o acasalamento, mesmo que apresente um número baixo de espermatozoides. Enquanto que a fêmea não pode, já que o cálcio que organismo dela usaria para termina o seu desenvolvimento ósseo é retirado para ser usado para o desenvolvimento dos filhotes. Por fim senilidade, é um complemento da se- nescência no fenômeno do envelhecimento. E a senescência é o que abrange aspectos relacionados ao declínio reprodutivo, que varia entre sexo e indivíduos (Neves, M. M.; Marques Jr, A. P., 2008). Cada uma dessa quatro fases variam de acordo com as espécies ou pode varia até mesmo entre raças, exemplo o caso dos cães. A depende da espécie que vai avaliar é necessário o conhecimento da ordem e tempo dos acontecimentos reprodutivos. Para que tenha dados a ser correlacionado com o exame clinico andrológico. Os manejos possuem um papel importante na atuação reprodutiva do macho. Entre esses estão o nutricional, observado que quando maior a pureza racial do animal, mais seletivo ele é na sua alimentação. Já no aspecto sanitário, se encontra um conjunto de medidas cuja finalidade é proporcionar a o animal ótimas condições de saúde. E por úl- timo ambiência, que é algo relevante, pois é preciso respeita o padrão de faixa de tempe- ratura para ocorrência da espermatogênese ou seja a questão da termorregulação. Além disso a relação desse tipo de manejo de ambiência com fator de adaptação do animal ao clima e as demais condições referentes a cada raça. Na anamnese faz necessário, um conhecimento prévio e atual sobre as doenças que pode ter ou está acometendo o animal. Se o animal for acometido por doença que gerir alguma falha reprodutiva o processo de recuperação é lento, principalmente no macho por causa que a espermatogênese é algo demorado. Por exemplo, o tempo para a esper- matogónia se transformar em espermatozoide é variável entre espécies: No equino leva uns 49 dias; no ruminante e carnívoro leva 54 dias e no suínos leva 38 dias. Atividade reprodutiva só vai voltar a sua normalidade numa faixa de 60 a 70 dias após o apareci- mento de uma doença previa. Pelo motivo de ser necessário um ciclo de espermatogênese completo e mais um ciclo de maturação espermática que suceder no epidídimo do qual dura uns catorze dias. 10 O usos de alguns fármacos pode ter um feito direto sobre a função reprodutiva. No caso dos corticoides, que são derivados do colesterol. Quando administrado, o eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal do animal, vai receber uma influência negativa para essa medicação. Com os esteroides, todas as funções que depende desse hormônio são afetadas como é o caso do: Libido e espermatogênese. De início acontece uma acentuada atividade do sistema reprodutivo por conta da administração de esteroides. E com o uso dessas subs- tancias constante como é o caso de animais que praticam esportes, exemplos os cães é cavalos. No começo existe uma aumento de performance desses animais nos esportes. Mas com passar do tempo os receptores para esses hormônios vão estar em um estado de insensibilização por causa do excesso injetado no animal. Logo após vai ter uma queda da performance desses animais e mesmo que haja aplicação de mais hormônio, os recep- tores não respondem mais a ele. Os antifúngicos, também podem causa distúrbios repro- dutivos, isso acontece do seu uso em animais muito jovens. Exemplo: Aplicação da gri- seofulvina em animais novos (antes da puberdade), provoca uma degeneração ou lesão das suas células germinativas. No histórico reprodutivo do animal é necessário busca informações sobre: Acasa- lamentos produtivos e improdutivos, cronologicamente ordenados, por causa através disso é possível identificar a causa que fez o animal apresentar um problema na sua per- formance reprodutiva mesmo que o manejo dele se mantenha o mesmo. Na maioria dos casos anteriores a falha pode ser alguma doença infecciosa que o macho adquiriu de uma fêmea no ato sexual. É muito difícil que um animal saudável pare de ser reproduzir. Con- tudo existe em algumas espécies uma infertilidade precoce. Porém, isso anterior não acon- tece na metade da vida de um animal. Após isso se faz preciso conhecimento do histórico das fêmeas acasaladas pelo macho. Lembrando que o exame andrológico durante a sua anamnese não se restringir apenas ao animal avaliado, é importante ter informações sobre os parceiros daquele animal em questão. Os dados sobre qualquer manejo reprodutivo prévio desse macho também é relevante para o exame, ou seja noções como os possíveis tratamentos ou procedimentos referentes a reprodução que o animal passou antes. Como também é valido se ter os resultados de exames prévios. https://www.laboratoriounimedical.com/pt/griseofulvina-250/ https://www.laboratoriounimedical.com/pt/griseofulvina-250/ https://www.laboratoriounimedical.com/pt/griseofulvina-250/https://www.laboratoriounimedical.com/pt/griseofulvina-250/ 11 Figura 0: O comportamento reprodutivo em equinos. Fonte:https://www.mundoecologia.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Cio-da- %C3%89gua-5.jpg O comportamento reprodutivo é também fato a ser analisando. Nos machos perma- nece uma relação intrínseca entre expressão da conduta reprodutiva e níveis de testoste- rona ou seja na fase da puberdade deve ter a demonstrar do desejo sexual pelo sexo. Nos machos se tem um padrão de atitudes esperados em sua maioria. Das quais estão: Exibi- ção e a corte, um modo do macho evidencia o seu interesse sexual pela fêmea (que está em estado de estação) através do cortejo. Depois, ocorre a ereção e protrusão do pênis como início para próxima etapa que é a monta e penetração. Com o pênis dentro do canal vaginal vai acontece a próxima fase dos impulsos pélvicos. Isso para que suceda inter- relação entre as mucosas da vagina com o pênis. Onde a estimulação simultânea dos ór- gãos copulatórios ou seja pênis com a vagina de modo mútuo ou recíproco para os dois. Assim através dos estímulos mecânicos descritos atrás mais estímulos nervosos vai ocorre a etapa de ejaculação, que é a disposição sêmen no interior do trato genital da fêmea. Após, vai suceder a desmonta ou descida da fêmea. E Por fim, o período refratário, que é o momento de descanso (no exterior do corpo) como também um relaxamento de múscu- los e dessensibilizacão dos nervosos que foram ativados (no interior do corpo). E o animal depois de um tempo se recupera e se prepara para uma próxima cópula ou outro ciclo de padrão comportamental. Observado que quanto mais velho o animal maior vai ser o seu período refratário ou o tempo descanso. O desejo sexual é um tipo de ação mediada por hormônios, e deve ser superior ao desejo de saciedade ou fome. E para verificar isso é feito um teste em ruminantes, pode ser em equinos também, para avaliar aptidão reprodutiva do macho colocado ele em jejum doze horas e depois levado o animal para um local, que tenha uma fêmea em cio e do outro lado comida. O macho com bons níveis de testosterona e libido vai dá preferência acasalar a fêmea em vez de primeiro se alimentar e deve procurar ela dentro de um curto tempo (na faixa de 1 min até 3 min) depois de ser inserido no ambiente onde está a fêmea. 12 Por medidas de sanidade com equinos sempre é aconselhado fazer a limpeza do prepúcio do macho antes do acasalamento com a fêmea, para evita que entre sujidades no trato da fêmea na hora da penetração. Para tentar escapar de uma possível lesão peniana no macho é recomendável entrelaçar a cauda da fêmea. Como também conter a fêmea para essa não agredir o macho. No exame geral ou clinico se observar a constituição física, com a presença de um certo dimorfismo entre os sexos. É indicado que estejam em um estado nutricional satis- fatório para atividade reprodutiva ou seja com um peso equilibrado. E se analisar as ati- tudes importantes para reprodução desse animal e também verifica-se o exame de muco- sas e funções vitais do mesmo. Depois é feito o exame especifico do trato reprodutor do macho, que devido as partes do seu sistema sexual serem mais facilmente vistas no exterior em comparação com os da fêmea, acabar por facilitar o exame. Começado pelo escroto, pode ser avaliar a parte interna da bolsa testicular através da palpação. Analisar testículos; epidídimos; cordão espermático e logo após o pênis e prepúcio. Para terminar as glândulas acessórias. Na avaliação do escroto não pode apresentar nenhum nódulo ou lesão na parte externa e a sua pele deve se livre de aderências (pode ser sinais de inflamação passada) que acabar juntado a bolsa testicular ao epidídimo ou testículo, dificultado o funcionamento desses últimos citados. É necessário haver motilidade com relação ao órgão internos. Como a espessura deve ser igual para em toda a sua extensão, se isso não acontece é possivelmente sinal de fibrose. Existe uma bipartição escrotal em ruminantes ou suco medial fundo, que é facilmente visto em caprinos e ovinos. No perímetro escrotal ou circunferência escrotal é calculado a largura maior da bolsa testicular. Em ruminantes e suínos verificar uma analogia entre diâmetro dessa medida com a produção de espermatozoides. Deve ser feito em animais sadios. Com relação ao testículos deve estar dentro da bolsa escrotal quando na idade reprodutivo. Se falta um dos testículos, o animal deve ser retirado da atividade reprodutiva. É importante existe simetria entre o formato e o tamanho dos testículos. A consistência deve ser firme, semelhante ao de um tomate e ausente da dor. Com o exame de biometria testicular usado a ultrassonografia (ecoguiada) ou uso de um paquímetro e fita métrica. Para então ver altura, largura e comprimido do testículo, esse exame é mais usado na pesquisa cientifica. Também é avaliado os epidídimos e cordão espermático. Os epidídimos possuem três regiões: Cabeça, corpo e cauda. Na maioria das espécies é co- mum diferencia as regiões com exceção dos equinos, já que os epidídimos nessa espécie é mais solto no testículo dificultado a palpação dos mesmos. É importante haver homo- geneidade entre os dois lados esquerdo e direto das estruturas analisada. Como ausência de dor e nódulos nos epidídimos como também no cordão espermático. O órgão copulador do macho está localizado dentro do prepúcio. E esse pênis possuem diferentes formados nos animais de produção: O do touro é do tipo fibroelástico; dos pequenos ruminantes apresentar um filamento apêndice vermiforme ou processo uretral (utilizado para espalhar sêmen no trato da fêmea) e o pênis (fibroelástico) do suíno que possui ao seu derredor final uma forma de parafuso para o encaixa com cérvix da fêmeas. Já o macho equino ter o pênis tipo musculo vascular e mais volumoso em comparação com os das outras espé- cies e apresentar o processo uretral. Ao redor do pênis existe uma secreção chamada e esmegma, o nível dela aumentar com a puberdade. Por causa que as mudanças hormonais provocam modificações no prepúcio e a uma maior produção dessa substancia. Depois de 13 um tempo deve acontece o equilíbrio da quantidade de esmegma. Um macho adulto com grande quantidade dessa substancia indica uma possível presença de infecção. O pênis não pode se encontrar preso ao prepúcio, ele deve sair livremente. No exame ocorre a retração do prepúcio para exibir o pênis. Nos ruminantes o pênis só sair livremente após a fase de puberdade. A conformação e tamanho do pênis é algo a ser analisado. Já os características consideradas boas na análise feita são a mucosa rosada, sem lesões e indolor. As glândulas acessórias, são três (próstata, glândula bulbouretral e vesículas semi- nais) nos animais de produção só vai ser analisada se houve algum sinal de alguma pato- logia. Um dos sinais para isso é a presença de sangue no sêmen. Nesse caso faz avalição através do acesso por via transretal. A coleta do plasma seminal auxilia na avaliação da sanidade do animal. Figura 0: Coleta de sêmen. Fonte: https://i.ytimg.com/vi/oxtDcq5upWo/maxresdefault.jpg Coleta e Avaliação de Sêmen, nos bovinos o sêmen é de fácil coleta através de uma vagina artificial, feita de um tubo de pvc, dentro dele a um a borracha e um cone de coleta ligada a uma válvula. É colocando água em uma temperatura aproximada de 38 graus no interior. O sêmen dos ruminantes é altamente sensível a luz. Então deve ser armazenado em um recipiente protegido da luz (tipo com papel alumínio). A pressão e temperatura deve estar bem apropriadas. Os equinos são mais sensíveis a o aspecto de pressão e os ruminantes a o aspecto de temperatura. O sêmen de bovinos ter uma cor meio alaranjada por causa dos carotenoides. Na coleta por eletroejaculação, equipamento de voltagem com uma sonda transretal que é colocada pelo plexo sacral. Já o sêmen dos caprinoster uma cor branco marfim. É importante lembrar a questão da limpeza do prepúcio para coleta do sêmen. No equinos é utilizado também a coleta química ou farmacológica que estimula os receptores alfa adrenérgicos para a saída do sêmen por gotejamento. A droga mais usada é a imipramina. O ejaculado do equino ocorre em frações, primeiro uma fração 14 espermática e depois gelatinosa, que auxiliar como tampão para que não a haja o refluxo do sêmen. O sêmen do equino ter uma cor branco acinzentado e não existe movimento de massa (mais diluído). Nos suínos a coleta é por manipulação peniana ou técnica da mão enluvada. O sêmen do suíno é misturado com uma fração gelatinosa (que dificulta ana- lise). É necessário fazer uma filtragem do sêmen e descartar os primeiros jatos. São três frações, ter uma cor branco acinzentado, é termossensível, não existe movimento de massa e possui o maior de todos os volumes de sêmen. AVALIAÇÃO ANDROLÓGICA EM PEQUENOS ANIMAIS E ANIMAIS SELVAGENS A avaliação andrológica consiste no exame semiológico da estrutura e função do sistema genital masculino. Para isso, deve-se fazer a anamnese, o exame clínico geral e específico, a coleta, a avaliação do sêmen do animal, e os exames complementares. Anamnese Primeiramente é importante conhecer os motivos que levaram o tutor a solicitar a avaliação andrológica do animal, pois poderá direcionar o médico veterinário a como agir com aquele animal. Na anamnese também são coletadas informações sobre a idade do animal, o manejo sanitário e nutricional ao qual ele foi submetido, histórico clínico, do- enças prévias ou atuais, fármacos administrados e o histórico reprodutivo do indivíduo. https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/termossens%C3%ADvel https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/termossens%C3%ADvel https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/termossens%C3%ADvel https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/termossens%C3%ADvel 15 Avaliação do comportamento reprodutivo nos Cães Nos cães há uma relação muito próxima do comportamento de dominância com o comportamento sexual, utilizando esse comportamento sexual para estabelecer suas hie- rarquias. Então, quando o macho encontra uma fêmea no cio, ele levanta seu pescoço e cauda para demonstrar que é dominante. Em contrapartida, a fêmea apresenta uma certa lordose, baixa as orelhas e coloca a cauda de lado, expondo a vulva, caracterizando um comportamento de submissão. Quando o macho apresenta comportamento submisso ou a fêmea é dominante a ele, ela não permitirá ser acasalada. Isso ocorre porque a fêmea quer cruzar com um macho forte e dominante, para que transmita essas características para sua prole. A respeito do manejo reprodutivo dos cães, o correto seria levar a fêmea até onde o macho vive, pois no seu território ele expressará maior dominância. No acasalamento, o macho se posiciona por detrás da fêmea, entrando no estágio de semi-ereção. O cão é o único dos animais domésticos a realizar a penetração sem o pênis estar completamente ereto. Esse ato só é possível porque eles possuem o osso peni- ano, que permite essa penetrabilidade somente pela fricção. Após a penetração, ocorre então a ereção e o ingurgitamento do bulbo peniano pre- sente na base do pênis. Esse aumento de volume interage com a musculatura da região mais caudal da vagina da fêmea, proporcionando uma coestimulação em ambos os indi- víduos, isso faz com que o animal fique no chamado coito travado. Para ficar mais con- fortável, macho desce de cima da fêmea, invertendo seu pênis para trás. A ejaculação acontece por gotejamento, podendo passar de 5 minutos a uma hora, variando de acordo com o animal. O ato termina somente após a retração do bulbo. Figura : Acasalamento de cães 16 Fonte: https://www.canilgarra.com.br/pg.php?id_cat=7&&id=3703 Avaliação do comportamento reprodutivo nos gatos O gato também tem peculiaridades em seu comportamento sexual, uma dessas é a de liberar jatos de urina em diversos locais para demarcação de território, demonstração de status sexual e desenvolver comportamentos de dominância contra outros machos por meio de rituais de intimidação, com o intuito de ser o primeiro macho a acasalar com a fêmea. O pênis do gato possui estruturas chamadas espículas e é naturalmente voltado para trás. Para realizar a cópula, o gato reverte o seu pênis para frente e agarra com a boca uma prega de pele do dorso do pescoço da fêmea e a monta, deslizando sobre ela. O macho então, realiza movimentos pélvicos com o objetivo de penetração, e quando isso ocorre a ejaculação pode vir a acontecer em apenas alguns segundos. Após a ejaculação, o gato se retira rapidamente para evitar ser agredido pela fêmea. As espículas no pênis do gato interagem com mecanorreceptores presentes na vagina da fêmea e induzem o pico de LH e consequentemente a ovulação. O pico de LH também desencadeia a vocalização na fêmea durante a cruza. Avaliação do grau de consanguinidade É importante conhecer o grau de consanguinidade, pois graus acentuados podem levar a uma queda da Figura : Acasalamento entre gatos Fonte: https://mundodecaoegato.com.br/category/comportamento/feed/ https://www.canilgarra.com.br/pg.php?id_cat=7&&id=3703 17 concentração e qualidade espermática nos machos. No entanto, em certo nível, favorece a fixação de determinadas características, mas se não acompanhado adequadamente pode levar a alterações indesejáveis na reprodução desses animais. Exame clínico geral O exame clínico deve ser feito de forma rigorosa, a fim de identificar doenças sis- têmicas e hereditárias e afecções extragenitais que podem afetar a fertilidade e o desem- penho sexual. É necessário observar também a constituição física, o estado nutricional, conhecer as atitudes e avaliar os sistemas, como sistema circulatório, sistema respiratório, aparelho locomotor e temperatura corporal. Exame específico do sistema reprodutor No exame específico do sistema reprodutor, se avalia o escroto, os testículos, o epidídimo e o cordão espermático, o pênis, o prepúcio e as glândulas acessórias. Verifica-se nos órgãos a sua presença ou ausência, as dimensões, a consistência, a simetria, mobilidade e a sensibilidade, avaliando os achados com o que é esperado para a espécie em questão. O cão possui uma estrutura na base do pênis, chamada bulbo peniano, responsável por se acoplar a fêmea durante a cópula e um osso que dá estabilidade a esse órgão. O escroto do cão é pendular, variando conforme a raça. A próstata é a única glândula aces- sória presente no macho canino, sendo bem similar à do homem. Figura : Bulbo peniano durante a cópula Fonte: https://dicaspeludas.blogspot.com/2012/09/separar-caes-durante-acasalamento- pode.html 18 O gato apresenta estruturas no pênis, chamadas de espiculas, responsáveis por in- duzir a ovulação na fêmea. Eles surgem a partir da puberdade devido a elevação dos níveis de testosterona, e são hormônio-dependentes. O escroto do gato é inguinal, posicionado acima da saída do pênis. O gato possui a próstata e a glândula bulbouretral. Coleta e avaliação de sêmen A análise do sêmen é importante para detectar possíveis problemas de infertilidade ou subfertilidade. Nos cães a coleta do sêmen é feita principalmente por manipulação digital, que consiste em massagear o bulbo peniano para estimular a ejaculação. A coleta é feita com o auxílio de um funil e tubos graduados, que servem para separar as três frações do sêmen do cão. A primeira fração é responsável pela limpeza da uretra, a segunda é rica em es- permatozoides e a terceira é o líquido prostático, tendo como função a diluição do sêmen. O volume seminal pode variar de 1,5mL a 80 mL, de acordo com raça, idade, porte efrequência de coleta. A cor deve ser branca ou acinzentada, de odor característico, sem movimento de massa. A motilidade espermática (percentual de espermatozoides móveis) mínima exigida é de 70%, o vigor (qualidade do movimento dos espermatozoides móveis) deve ser no mínimo 3 numa escala de 0 - 5, a concentração de espermatozoides (número de espermatozoides por mililitro de sêmen) deve estar acima de 200 milhões com morfo- logia normal igual ou superior a 70%. Figura : Espículas penianas em gato domestico Fonte: https://zootecnialibrosgratis.wordpress.com/2014/01/31/286-el-proceso- de-apareamiento-de-los-gatos-dolor-y-ovulacion-en-las-gatas/ 19 Nos gatos, a coleta de sêmen é feita por meio de vagina artificial, principalmente em gatis profissionais, onde são treinados para que o sêmen seja coletado por esse mé- todo. A eletroejaculação é utilizada em casos de necessidades na rotina e baseia-se na indução do reflexo ejaculatório mediante estímulos elétricos no plexo sacral do animal, para isso é necessário que o animal seja anestesiado. O volume do ejaculado do gato varia de 0,12 a 0,25ml, deve ter coloração branca e odor característico, sem movimento massal, a motilidade espermática deve ser igual ou superior a 60%, vigor superior a 4 e a concentração deve ser igual ou superior a 200 milhões. Naturalmente os gatos apresentam teratozoospermia, ou seja, possui uma grande quantidade de patologias espermáticas, chegando até 50% da concentração de esperma- tozoides. Por esse motivo os gatos acasalam várias vezes dentro do intervalo de uma hora, servindo para garantir uma concentração maior de espermatozoides normais. Figura : Coleta de sêmen em cão Fonte: http://www.reproufu.freeservers.com/insemina.html 20 Nos animais silvestres o método de escolha para se coletar sêmen é por meio da eletroejaculação, principalmente porque o animal deve estar anestesiado para a sua segu- rança e a de quem está manipulando. A contensão física deve ser feita o mais rápido e tranquilo possível, para que não cause estresse ao animal e prejudique a qualidade dos espermatozoides. Exames complementares Os exames complementares incluem a ultrassonografia, radiografia, biópsia testi- cular, dosagem de hormônios (progesterona e estrógenos, testosterona, FSH e LH, hor- mônios tireoidianos e hormônios adrenais), exames microbiológicos (leptospirose, bru- celose, herpesvirus, listeriose entre outros) e cariotipagem do indivíduo. Figura : Vagina artificial para gatos Fonte: https://www.ivis.org/library/recent-advances-small-ani- mal-reproduction/semen-collection-and-assessment-and-artificial Figura : Coleta de sêmen com vagina artificial em gato Fonte: https://www.reproducaodegatos.com/ Figura : Eletroejaculação em Leopardus wiedii Fonte: Métodos de coleta de sêmen em felídeos, Martinez et al. 2019 21 FISIOLOGIA E ANÁLISE ESPERMÁTICA A análise espermática é importante para avaliar a qualidade do sêmen do animal, pois com ela, é possível estimar a capacidade fertilizante, descartar amostras com baixo parâmetro, fornecer sêmen de qualidade e maximizar os resultados da inseminação arti- ficial. O exame se divide em análise macroscópica e microscópica. A primeira avalia as- pectos físicos como o volume ejaculado, a cor do sêmen, o aspecto e o pH. Já a avaliação por microscópio observa a motilidade, o vigor, o turbilhonamento/movimento de massa, a concentração dos espermatozoides (por ml ou centímetro cúbico), a morfologia, a inte- gridade funcional da membrana plasmática, o acrossoma, a função mitocondrial, os níveis de ATP e a integridade da cromatina dos espermatozoides. Características macroscópicas Volume O volume do sêmen é expresso em mililitros (mL) e depende da espécie, raça, idade, frequência e método de coleta. Dentre as formas de coleta de sêmen, a vagina artificial é a que obtém os valores mais próximos dos fisiológicos, pois simula a cópula natural. A fração gel que algumas espécies liberam no ejaculado, deve ser descartada e os valores do volume devem ser expressos sem essa fração. Cor A cor do sêmen pode ser branca, marfim, acinzentada ou amarelo citrino, variando de acordo com a espécie. Variações de cor podem ocorrer devido a presença de sangue, pus, urina, células epiteliais e sujidades no ejaculado. A observação da cor é importante pois alterações nas cores podem inviabilizar os espermatozoides e indicar algum pro- blema no aparelho reprodutor do macho. Aspecto 22 O aspecto do sêmen varia de acordo com a concentração de espermatozoides no ejaculado, podendo ser cremosa (maior quantidade de espermatozoides), leitosa, serosa ou aquosa (menor quantidade de espermatozoides). pH O pH normal do sêmen é neutro, ou seja, próximo de 7. Variações podem indicar enfermidades no aparelho reprodutor do macho. Características microscópicas Motilidade A motilidade é a capacidade dos espermatozoides se moverem. É um dos parâme- tros mais importantes para a análise seminal, pois, somente espermatozoides móveis são capazes de “nadar” pelo muco cervical, migrar pelo sistema reprodutor da fêmea, penetrar o ovócito e realizar a fertilização. A análise da motilidade é feita por meio de um microscópio óptico. Uma gota de sêmen deve ser colocada entre lâmina e lamínula aquecidas à 37°C para evitar o choque térmico e alterações das características seminais e visualizadas em objetivas de 20 a 40x. Esta avaliação é subjetiva, ou seja, é uma avaliação pessoal e pode variar conforme o avaliador. O valor é expresso em porcentagem do número total de espermatozoides mó- veis, variando de 0 a 100%. Vigor O vigor avalia o tipo de movimento e a velocidade que os espermatozoides apre- sentam, isto é, o percentual de movimentos progressivos de uma amostra. É classificado de 1 a 5 de acordo com o tipo e a intensidade do movimento. Podem ser observados vários tipos de movimento: Movimento Progressivo: espermatozoides apresentam movimentos para a frente, em linha reta, como flechas. 23 Movimento Circular: os espermatozoides apresentam movimentos circulatórios. Movimento Oscilatório: Os espermatozoides apresentam movimentos oscilató- rios. Movimento Retrógrado: os espermatozoides apresentam movimento de marcha- ré. Para avaliação do vigor da motilidade, usa-se a seguinte classificação: Grau 1: movimento oscilatório Grau 2: movimento circular sem movimento progressivo Grau 3: movimento retilíneo progressivo Grau 4: movimento retilíneo, progressivo e linear Grau 5: movimento vigoroso, veloz e progressivo Turbilhonamento/movimento de massa O turbilhonamento ou movimento de massa é o movimento em forma de ondas observado em uma gota de sêmen, e varia conforme o vigor, a motilidade e a concentração dos espermatozoides. É avaliado por meio da observação de uma gota de sêmen puro colocada sobre uma lâmina pré-aquecido à 37°C, em microscópio óptico, com objetiva de 10 ou 20 vezes de aumento. Esta avaliação é subjetiva, ou seja, pode variar conforme o avaliador e varia de 0 a 5. 0: ausência de turbilhonamento 1: movimento de espermatozoides apenas nas bordas 2: turbilhonamento lento 3: turbilhonamento forte 4: turbilhonamento muito forte 5: acentuado movimento de massa, movimento fortíssimo 24 Concentração espermática A concentração espermática representa o número de espermatozoides por milili- tros (mL) ou centímetro cúbico (cm3). Os métodos utilizados com mais frequência atual- mente são a câmara de Neubauer, o espectrofotômetro e os computadorizados. Na câmara de Neubauer, o sêmen é diluído no formol salino e contado os 5 qua- drados de cada lado da câmara, em horizontal, utilizando objetivas de 40 ou 100x, sem considerar os espermatozoides cujascabeças estejam sobre as bordas laterais esquerdas e inferior. A concentração varia em função de fatores extrínsecos (método de coleta, fre- quência de cópula e condicionamento) e intrínsecos (idade, tamanho e estado de higidez testicular). Fórmula para o cálculo de concentração espermática: A: número de espermatozoides contados nos dois retículos (10 quadrados) Figura : Espermatozoides na câmara de Neubauer Fonte: https://pipetealo.wordpress.com/2016/12/11/recuento-manual-de-hematies/ 25 B: número de diluição (ex: 1:20 = 20; 1:50 = 50; 1:100 = 100; 1:200 = 200; 1:400 = 400) N: números de quadrados grandes contados - superfície contadas (10 quadrados) 1/10: altura da câmara (0,1mm) 1/25: área total de um retículo O valor do cálculo expressa a convento por mm3 e para obter em mL, o resultado da equação deve ser multiplicado por 100. A espectrofotometria é uma técnica de leitura de concentração espermática que é feita através do grau de absorbância da luz no ejaculado. A utilização do espectrofotôme- tro é mais vantajosa em relação ao uso da contagem na câmara de Neubauer, devido à redução do tempo necessário para análise, bem como no aumento da precisão do resultado obtido. Para que se possa utilizar o espectrofotômetro, é necessário que se faça uma curva de calibração, a qual relaciona o método direto de contagem de espermatozoides na câ- mara de Neubauer com a densidade ótica da amostra. Outra forma de análise de concentração espermática é o uso de sistemas computa- dorizados e softwares específicos, que possibilita uma avaliação mais rápida e objetiva. Morfologia espermática A morfologia espermática é um parâmetro de grande importância na avaliação dos espermatozoides no sêmen e compreende basicamente uma análise mais detalhada da es- trutura dos gametas. A morfologia dos espermatozoides é geralmente avaliada utilizando um microscó- pio em aumento de 1000x sob óleo de imersão. A avaliação da morfologia espermática pode ocorrer por meio de esfregaços corados (corantes a base de Rosa de Bengala, eosina- nigrosina, azul de bromofenol e outros) ou a técnica da câmara úmida, em que não há uso de corantes, e sim por microscopia de contraste de fase e a fluorescência. Para a avaliação são contadas 200 células, analisando os defeitos de forma e estrutura. As alterações na morfologia são classificadas em defeitos maiores ou menores e primários ou secundários. Os defeitos maiores são anormalidades que têm grande efeito na fertilidade e os menores são considerados de menor importância. Os defeitos primários são as anormalidades ocorridas durante a espermatogênese, e os secundários, são aqueles que ocorrem no espermatozoide já formado, durante o trânsito no epidídimo ou depois da ejaculação. 26 Na avaliação da morfologia espermática é importante conhecer as características normais do espermatozoide da espécie analisada. Integridade funcional e estrutural da membrana plasmática A avaliação da integridade da membrana plasmática é muito importante porque a integridade dessa membrana é um pré-requisito para que ocorra os eventos fisiológicos do processo de fertilização, que incluem a capacitação espermática, a ligação à zona pe- lúcida, a reação acrossomal e a fusão dos gametas. Vários testes são empregados para a determinação da integridade da membrana plasmática, como os testes hiposmoticos, as colorações vitais (eosina-nigrosina e o azul de bromofenol) e as sondas fluorescentes. O teste hiposmótico baseia-se na capacidade do espermatozóide em reagir quando exposto a soluções hiposmóticas. Nessas condições, a célula espermática expande-se e a cauda dobra de volume com o influxo de água para o interior. No teste, a solução hipos- mótica é misturada ao sêmen e fixada com formol salino para avaliação no microscópio óptico com o aumento de 40 a 100x. São considerados estruturalmente normais aqueles espermatozoides que durante a incubação sofrem dobramento de cauda e os que não so- frem o dobramento possuem a membrana afuncional. O teste de coloração vital consiste na utilização de corantes derivados de fluoresce- ína. A ação desses corantes depende da integridade da membrana plasmática, de forma a impedir ou não a penetração deles no compartimento do núcleo do espermatozoide. O teste por meio de sondas fluorescentes também é utilizado para detectar a inte- gridade estrutural ou funcionalidade dos espermatozoides. As principais sondas utilizadas para avaliação da viabilidade espermática são o iodeto de propídeo, SYBR-14, Diacetato de Carboxifluoresceína e o Hoechst 3342. Integridade do acrossoma O acrossoma é composto por enzimas responsáveis por hidrolisar a zona pelúcida e ajudar o espermatozoide a penetrar o ovócito. Assim, a avaliação da integridade do acrossoma é um teste importante na análise espermática. Para a determinação utiliza-se a combinação de sondas fluorescentes, como o isotiocinato de fluoresceína (FITC) associ- ado a aglutininas como a pisum sativum agglutinin (PSA) e Arachis hypogea agglutinin (PNA), os quais ligam a glicoproteínas específicas da membrana acrossomal, permitindo a visualização das estruturas sob microscopia de epifluorescência. 27 Avaliação da função mitocondrial A mitocôndria tem como função principal a produção do ATP celular, matriz ener- gética para os batimentos flagelares dos espermatozoides. A função mitocondrial pode ser avaliada sob microscopia de fluorescência por meio de sondas, como a Rodamina 123, Mito Tracker Green FM e Mito Tracker Reed que permitem a identificação de mitocôn- drias em células vivas e a sonda 5,5’,6,6’-tetrachloro-1,1’,3,3’-tetraethylbenzimidazolyl- carbocyanine iodide, que permite diferenciar os espermatozoides com baixa função mi- tocondrial dos com alta função. Integridade da cromatina espermática A avaliação da cromatina espermática é importante pois ela é fundamental para a transmissão das informações genéticas do macho, e as alterações de DNA podem levar a falhas no processo reprodutivo. O teste avalia a descondensação e fragmentação de DNA, observando possíveis danos ocorridos na espermatogênese ou devido a estresse oxidativo. Os métodos usados para visualizar a fragmentação do DNA são o Tunel, Cometa, Laranja de Acridina e Sperm Chromatin Structure Assay (SCSA). As análises da condensação da cromatina são realizadas utilizando os corantes Azul e toluidina e Azul de Anilina ou o Fluoróforo: cromomicina A3 (CMA3). Avaliações adicionais de parâmetros cinéticos Sistemas computadorizados - CASA O CASA (sistema computadorizado de análise espermática) é uma ferramenta im- portante para avaliação da cinética espermática fornecendo informações precisas, objeti- vas e com alta repetibilidade. Esse sistema avalia as características de mobilidade dos espermatozoides utilizando uma série de imagens sobrepostas a partir de um vídeo do movimento espermático. Para reconstruir a trajetória, o software do sistema utiliza o ponto central da cabeça e da cauda dos espermatozoides. Além da motilidade espermática total e a progressiva, três valores para velocidade são medidos pelo sistema e usados para a descrição do movimento espermático: a velo- cidade média da trajetória (VAP), velocidade linear progressiva (VSL), velocidade cur- vilínea (VCL). Cada uma dessas velocidades descreve um aspecto diferente da trajetória. 28 A amplitude lateral da cabeça (ALH), a frequência de batimento cruzado (BCF), o índice de progressão (STR), o índice de linearidade (LIN) e o resumo estatístico das sub- populações também são avaliados nesse sistema. Teste de termorresistência O teste de termorresistência é utilizado para avaliar o comportamento (motilidade e vigor) dos espermatozoides quando incubados a 37ºC por determinado tempo. A per- manência do sêmennessa temperatura se aproximaria das condições em que o sêmen fica exposto no trato genital das fêmeas em cio. Com isso, é possível estimar por quanto tempo essas células sobrevivem no trato reprodutivo da fêmea, quando é feita a inseminação, por exemplo. Teste de integração espermática O teste de integração espermática pode ser feito através da fecundação in vitro (FIV), da ligação e penetração à zona pelúcida ou a ligação à membrana perivitelina do ovo de galinha. A fecundação in vitro não é muito usada, pois necessita da disponibilidade de ovócitos, possui custo elevado e demanda tempo. A ligação e penetração à zona pelú- cida é realizada com ovócitos homólogos e heterólogos e a ligação à membrana perivite- línica do ovo de galinha, é feita, devido à presença de glicoproteínas ortólogas da zona pelúcida. 29 DISTÚRBIOS REPRODUTIVOS EM MACHOS Impotência Generandi A Impotência Generandi é a incapacidade de gerar prole após ocorrido a cópula. Pode ser causado por problemas ejaculatórios ou do sêmen, como a Azoospermia, a eja- culação alterada ou inadequada e a produção inadequada de espermatozoides. Azoospermia A Azoospermia é a ausência de espermatozoides no ejaculado. Ela pode ser ocasi- onada por uma falha no processo de espermatogênese ou relacionada a causas no trans- porte do esperma, como a Aplasia segmentar, espermatocele, epididimite, Varicocele, Torção do cordão espermático e Funiculite Aplasia segmentar Aplasia segmentar é a não formação de algum segmento de um órgão tubular. É causada por um gene recessivo de caráter hereditário e equivale a falha no desenvolvi- mento dos ductos de wolff. A Aplasia segmentar pode ser uni ou bilateral. É importante a realização de exames andrológicos após a puberdade para verificar se o animal apresenta concentração esper- mática normal, pois o indivíduo que possui Aplasia segmentar unilateral consegue se re- produzir, levando essa característica indesejada aos seus descendentes. Figura : Aplasia segmentar bilateral do epidídimo nos testículos de búfalo Fonte: GUIMARÃES et al., 2011. 30 Espermatocele A Espermatocele é uma dilatação cística do ducto do epidídimo, resultando no acú- mulo de espermatozoides e na interrupção do trânsito espermático. Pode ser resultante de uma obstrução congênita dos ductos eferentes. A espermatocele pode levar a uma atrofia do epitélio e ruptura da membrana basal e ocasionar a saída dos espermatozoides para o interstício. O extravasamento dos espermatozoides causa um processo inflamatório e a formação de granuloma espermático. O processo inflamatório e o granuloma acabam pro- vocando a obstrução do ducto epididimário. Os animais mais acometidos são os caprinos machos, não sendo tão comum em outras espécies. Dentre os sinais clínicos, observa-se oligozoospermia (quando unilateral) ou azoospermia (quando bilateral). Com o tempo o testículo do animal sofre atrofia pro- gressiva. Quando a origem é congênita, o animal deve ser descartado da reprodução. Epididimite A Epididimite é a inflamação dos epidídimos. Normalmente é de origem infecciosa, mas também pode ser de origem traumática. Pode ser uni ou bilateral e causas varia de acordo com a espécie acometida. nos bovinos, a epididimite são causadas pela tuberculose e brucelose, nos ovinos e caprinos, na brucelose e linfadenite caseosa, nos equinos a sal- monela abortus equi, já no cão, a cinomose, leishmaniose e brucelose. Figura : Granuloma espermático em caprino Fonte: https://teriogenologia.wordpress.com/2020/06/11/impotencia-generandi/ Fonte: GUIMARÃES et al., 2011. 31 Os sinais clínicos observados são: edema e dor escrotal aguda, relutância ao movi- mento, hiperemia e hipertermia local e ejaculado contendo espermatozóides com defeitos morfológicos secundários. O tratamento consiste no tratamento da causa primária da inflamação, assim, em casos de cinomose nos cães, é realizada a administração de antibióticos, anti-inflamató- rios, terapia de suporte ou a orquiectomia. Em casos de tuberculose ou brucelose em bo- vinos, deve-se descartar o animal. Varicocele A Varicocele é a dilatação das veias do plexo pampiniforme. Essa dilatação preju- dica a termorregulação dos testículos, levando à degeneração testicular e à baixa fertili- dade. Essa patologia acomete com maior frequência os ovinos. Torção do cordão espermático A torção do cordão espermático ocorre principalmente em casos de criptorqui- dismo, pois o testículo pode se deslocar devido a movimentação das vísceras, e ocorrer a torção sobre o seu próprio eixo, causando a torção do cordão espermático. Os principais sinais clínicos são: dor e distensão abdominal, edema e dor escrotal, vômitos, letargia, anorexia, disúria, hematúria e pirexia. Figura : Epididimite em ovino Fonte: https://www.embrapa.br/cim-inteligencia-e-mercado-de-caprinos-e-ovinos/zo- ossanitario-brucelose. 32 Funiculite A Funiculite é o processo inflamatório do cordão espermático, caracterizado por infecção séptica dessa estrutura. Ejaculação alterada A ejaculação alterada consiste na deposição inadequada do ejaculado, devido a al- terações congênitas, de origem genética que causam desvio no óstio uretral. Essa patolo- gia pode se localizar tanto na parte superior do pênis (epispadia), quanto na parte inferior (hipospadia). O caso deve ser resolvido com cirurgia, pois o acúmulo de urina no prepúcio predispõe o indivíduo a infecções. Animais devem ser descartados da reprodução. Retro ejaculação A Retro ejaculação é caracterizada pela ejaculação retrógrada para dentro da bexiga. Pode ser causada pelo fechamento ineficiente do esfíncter da bexiga em consequência de processos infecciosos ou traumáticos na região. O diagnóstico dessa patologia pode ser feito por meio da coleta de urina após a ejaculação. Caso o animal apresente a retro eja- culação, espermatozoides serão encontrados no precipitado após a centrifugação da urina coletada. O tratamento pode ser feito por meio de medicamentos que estimulam a contra- ção do esfíncter da bexiga. Ejaculação inadequada A ejaculação inadequada é a ejaculação com a presença de alguns aspectos atípicos do sêmen. São três as possibilidades desse tipo de ejaculado: a urospermia (presença de urina no sêmen), hemospermia (hemácias no sêmen) e piospermia (sêmen com aspecto purulento). A urospermia geralmente é causada pela retroejaculacão, onde há o fechamento inadequado do esfíncter da bexiga. A hemospermia pode ser causada por processos infla- matórios, traumáticos ou tumores das glândulas anexas e uretra. A piospermia possui a mesma etiologia que a hemospermia, porém, com o envolvimento de um agente infecci- oso. 33 Produção espermática inadequada A produção espermática inadequada pode ser caracterizada pela redução do número de espermatozoides ou pela alteração na qualidade deles. O principal distúrbio que leva a produção inadequada de espermatozoides é o criptorquidismo. O criptorquidismo é uma alteração genética e hereditária caracterizada pela au- sência da descida ou da descida parcial (unilateral) de um ou dos dois testículos. Nos mamíferos, a descida testicular é resultante do inchaço e subsequente regressão do guber- naculun testis. Essa patologia é mais comum em equinos, suínos e cães. Os testículos podem ficar retidos no abdômen, no canal inguinal ou no subcutâneo. Geralmente o testículo interno é menos desenvolvido que o testículo localizado na posi- ção anatômica correta. As causas dessa patologia estão relacionadas ao gubernaculun testis. Assim, o ani- mal pode nascer sem essa estrutura, impossibilitando o testículo de migrar para a bolsa testicular, ou ainda, pode ser excessivamente grande, não atrofiando adequadamente e impedindo o testículode se fixar na sua posição normal. Pode ocorrer também o retardo da regressão do gubernaculum testis, ficando o testículo retido na região inguinal. Nos casos de criptorquidismo bilateral o animal será infértil, pois os testículos den- tro da cavidade abdominal não conseguem produzir espermatozoides viáveis por conta da alta temperatura. Quando é unilateral, o animal preserva a capacidade de produzir esper- matozoides, mantendo sua capacidade reprodutiva. É indicada a exclusão do animal crip- torquida da reprodução, pois devido ao caráter genético do criptorquidismo, há grande possibilidade de transferir essa característica indesejável para sua prole. Nos cães é acon- selhável a cirurgia para retirar o testículo da cavidade abdominal, pois esse animal tem alta suscetibilidade a neoplasias, principalmente após os seis anos de vida. Figura : Cão com criptorquidismo Fonte: http://animais.hi7.co/criptorquidismo-em-caes-570b1885721a6.html 34 Hipoplasia testicular A Hipoplasia testicular é uma alteração de caráter hereditário ou adquirido, carac- terizada pelo crescimento e desenvolvimento incompleto dos túbulos seminíferos e do testículo, atingindo tamanhos menores do que o esperado para a idade do animal. Além de menor tamanho testicular, o ejaculado é alterado, geralmente caracterizado pela dimi- nuição do número de espermatozoides associada ao aumento de anormalidades espermá- ticas. A Hipoplasia pode ser total, parcial, uni ou bilateral. A parcial, uni ou bilateral é mais perigosa, pois não impede os animais acometidos de se reproduzirem e passarem essa patologia para os seus descendentes. Como muitas vezes é difícil saber se a causa da hipoplasia é adquirida ou hereditária, os animais com esse distúrbio devem ser descarta- dos da reprodução. Degeneração testicular A degeneração testicular pode ser parcial ou total, uni ou bilateral. É causada prin- cipalmente por distúrbios sistêmicos, quando acompanhados de febre, toxemia e infecção Figura : Hipoplasia testicular em búfalo Fonte: https://teriogenologia.wordpress.com/2020/06/11/impotencia-generandi 35 local com abcessos, que resultam em distúrbios da termorregulação escrotal. Com a de- generação ocorre a queda no número total de espermatozoides no ejaculado e na motili- dade espermática e o aumento na incidência de anormalidades espermáticas. Orquite A orquite é a inflamação dos testículos, que pode ser causa por traumatismos, do- enças infecciosas ou doenças autoimunes. Geralmente está associada a epididimite e pode ser uni ou bilateral. A fase aguda da orquite é caracterizada pela inflamação, hiperemia, edema, calor, aumento de tamanho, dor e febre. Já na fase crônica, observa-se diminuição do tamanho do testículo, fibrose, aderência da túnica e escroto e a formação de abscessos. Geralmente o tratamento consiste na prescrição de antibióticos, anti-inflamatórios ou orquiectomia. Atrofia senil do testículo Com a idade, os reprodutores vão perdendo a capacidade de produzir espermato- zoides, e apresentam aumento gradativo na incidência de anormalidades espermáticas e redução do tamanho dos testículos. Neoplasias testiculares Neoplasias testiculares são tumores que se formam nos testículos. Geralmente são benignos e ocasionalmente podem se tornar malignos. O tumor das células intesticiais (células de Leyding), sertoliomas (células de Sertoli) e seminomas (células germinarivas) são os mais frequentes. 36 DISTÚRBIOS REPRODUTIVOS RELATIVOS ÀS GLÂNDU- LAS ACESSÓRIAS DO MACHO Os machos possuem três tipos de glândulas acessórias: próstata, glândulas vesicu- lares e glândulas bulbo-uretrais. Essas glândulas produzem secreções que juntas formam o plasma seminal que nutre, protege e facilita a locomoção dos espermatozoides. Os cães possuem apenas a próstata, já os gatos além dessa glândula, também possuem a bulbo- uretral. Os equinos, suínos e ruminantes possuem os três tipos. Métodos de avaliação Para a avaliação adequada das glândulas acessórias, é importante o conhecimento sobre os métodos de avaliação. Os métodos a seguir referem-se principalmente aos cães, pois são os animais mais afetados pelas patologias dessas glândulas. Toque retal O toque retal é realizado introduzindo um dígito no reto do animal e, com a outra mão pressionando o abdômen para que a próstata seja deslocada caudalmente e sentida ao toque. A próstata é dividida em dois lóbulos que devem estar lisos e simétricos. Dessa forma, qualquer irregularidade é indício de que o animal possa estar com alguma patolo- gia na glândula. Figura : Toque retal em cão Fonte: https://docplayer.com.br/2943980-Exame-andrologico-em-caes.html 37 Radiografia A radiografia é também chamada de uretrocistografia contrastada e consiste na in- trodução de um contraste através da uretra do animal. O contraste irá penetrar por com- pleto a uretra, passar pela próstata, se estendendo até a bexiga, permitindo a avaliação do tamanho da glândula. Ultrassonografia A ultrassonografia permite a avaliação da posição da próstata, o seu tamanho, se existe cisto, abscessos, neoplasias e o grau de irrigação sanguínea. Exame histopatológico O exame histopatológico é feito por meio da biópsia da próstata, observando se há alguma patologia nessa estrutura. Esse exame é utilizado para fechar o diagnóstico das patologias da próstata. Coleta e avaliação do plasma seminal Durante a coleta é observado se há presença de sangue no ejaculado, essa condição pode sugerir patologias das glândulas acessórias, sendo necessário então, a avaliação des- sas glândulas. Na citologia do plasma seminal, procura-se observar os tipos celulares existentes: células superficiais, intermediárias e parabasais. Esses tipos de células são raras no eja- culado, então se for encontrado em grande quantidade, pode ser indicativo de alteração na fisiologia da glândula. Células inflamatórias também podem ser encontradas, indi- cando algum processo inflamatório na estrutura, ou ainda, a presença de bactérias e he- mácias em grande quantidade. Patologias prostáticas no cão 38 Hiperplasia/hipotrofia prostática benigna A Hiperplasia prostática é a proliferação do epitélio glandular da próstata. A pato- gênese desta lesão está associada ao aumento da produção de di-hidrotestosterona na próstata e pelo desequilíbrio da razão andrógenos/estrógenos. O desenvolvimento é lento e progressivo, sendo extremamente comum em cães senis não castrados. Cães acometidos por essa patologia podem não apresentar nenhum sintoma, sendo um achado post-mortem em cães idosos. Quando há sintomatologia, os mais comuns são: tenesmo, hematúria, retenção urinária, disúria, hipertermia, e distensão abdominal. As principais técnicas de diagnóstico são o histórico clínico do animal, a palpação da prós- tata, ultrassonografia, exame citológico e microbiológico do líquido prostático. O diag- nóstico definitivo só é possível por meio da biópsia da próstata. O tratamento é feito por meio da realização da orquiectomia ou da utilização de baixas doses de estrógenos, que irão resultar na diminuição do tamanho da próstata. Cistos prostáticos Cistos prostáticos são cavidades encapsuladas, preenchidas por fluido, localizadas no parênquima da próstata em decorrência do acúmulo de secreções prostáticas resultan- tes da obstrução de ductos. Essa patologia é relativamente rara e normalmente achada durante a ultrassonografia. Existem vários tipos de cistos: paraprostáticos (remanescentes dos ductos de wolff), difusos (são pequenos e múltiplos associados a hiperplasia) e os de retenção (dilatação do ácino em resposta ao estrógeno). Podem ser congênitos ou adqui- ridos, oriundos de uma neoplasia, hipoplasia ou inflamação da próstata.Os cistos podem ser drenados caso cause algum problema ao animal. Metaplasia escamosa Metaplasia escamosa é o excesso de proliferação das células prostáticas decorrente de altas concentrações de estrógenos, como nos casos de tumores como o sertolioma. O diagnóstico consiste na análise do paciente esfregaço do sêmen do animal, veri- ficando se há uma grande quantidade de células superficiais. Neoplasias prostáticas As neoplasias prostáticas são raras e encontradas com maior frequência em cães idosos. Os tipos mais comuns são o adenocarcinoma e o carcinoma indiferenciado. Patologias inflamatórias 39 Prostatite A Prostatite é uma inflamação focal ou difusa da próstata, caracterizada pelo acú- mulo de exsudato no lúmen glandular, presença de infiltrado polimorfonuclear e destrui- ção do epitélio acinar, podendo ocorrer o comprometimento do estroma. A prostatite geralmente está associada à hiperplasia. Vesiculite A vesiculite é a inflamação das vesículas seminais. Possui grande relevância na clínica reprodutiva devido à dificuldade de tratamento, elevados índices de recidivas, bai- xos índices de fertilidade e os riscos de contaminação de fêmeas com agentes patogênicos. Bulbo-uretrite A bulbo-uretrite é a inflamação das glândulas bulbouretrais. Normalmente é asso- ciada à Vesiculite 40 DISTÚRBIOS REPRODUTIVOS NOS MACHOS No decorre da vida do animal pode ter o aparecimento de alguns distúrbios ou seja alterações obtidas durante a vida. As origem podem ser diferentes, vale dá exemplo os distúrbios de origem infecciosa ou não infecciosa. Existem os que são conhecidos pela sua localização, exemplos os pré- testiculares, testiculares e pós –testiculares. Pode ser organizar os distúrbios pelo órgão agredido do reprodutor. No caso é utilizado uma classificação em quatro grupos: O primeiro grupo referente ausência de desejo sexual; o segundo a impotência coeundi (dificuldade de cópula); terceiro aos distúrbios da ejaculação e o quatro da impotência generandi (dificuldade de produzir gametas). Grupo referente ausência de desejo sexual, as organizações não indicam ou suge- rem o uso de animais sem libido na reprodução. Mesmo que esse animal passe pela esco- lha de uso da inseminação artificial para sua procriação. Pois a libido está correlacionada aos níveis de testosterona do animal. É possível que a ausência do comportamento sexual pode estar ligada à os níveis testosterona baixos. Além, disso existe uma relação genética e herdável dos níveis de testosterona ou seja animais com menos produção de testosterona quando em uma condição de reprodução assistida passam essa característica para sua prole e isso não é muito favorável na performance reprodutiva do macho. A ausência de desejo sexual ter como causa mais grave a origem genética. Apresentado duas possibili- dades de expressão, a primeira é uma diminuição total de libido ou seja o animal aqui é hiposexual e não revelar nada de libido (pouco frequente). A segunda acontece de forma mais comum que anterior e faz referência a redução do grau de libido. Além de ter a possibilidade de não ser de origem genética e os motivos influenciadores pode ser vários: Comportamentais (ex, traumas); Senilidade (redução desejo sexual) e tanto outros. O manejo reprodutivo é importante para respeitar as limitações do animal. Se um animal é muito utilizador dentro da atividade reprodutiva, ele vai chegar um momento de esgotamento e o apetite sexual vai diminuindo por exacerbado de uso. E vai ser necessário um período de descanso para esse animal em questão para que haja novamente um au- mento da sua produção espermática e uma sensibilização comportamental. O manejo nutricional deve ser feito com bom senso, pois alimentação pode auxiliar ou prejudica na reprodução. O animal não pode está gordo ou magro demais. Ele deve estar com um peso equilibrado ou balanceado para idade dele. A sanidade também é relevante, já que doenças sistêmicas em geral causas aumento de temperatura provocando uma degeneração testicular transitória ou definitiva, e isso reduzir os níveis de testosterona é diminuído a sim o desejo sexual do animal. Os distúr- bios hormonais por falhas sistêmicas, exemplos: Problemas na tireoide ou adrenal. E aca- bar afetado de forma indireta o sistema reprodutor. Outro casos são os processos doloro- sos, exemplo: Uma pata machucada. A ambiência é algo importante, pois alguns animais são influenciados pela estacio- nalidade reprodutiva, exemplo: Os pequenos ruminantes se reproduz bem durante o ou- tono e inverno. É na primavera e verão, apresenta um diminuição testicular (hipotrofia 41 testicular), diminuição dos níveis de testosterona e redução do desejo sexual. Para que não exista um gasto metabólico grande. Já, que as fêmeas são fotoperíodo negativas e não estão em estado de cio na época da primavera e verão. O fotoperíodo pesa muito em locais que possuem as estações bastante definidas. Se o profissional tive lidado com qualquer fato de origem não genética, apenas deve fazer a correção dos fatores para consegui resolver o problema. Exemplos: Esperar a idade certa para inserir um animal na reprodução, em vez de apenas colocar o animal para aca- salar em qualquer idade. Outro é a correções de uso do animal para atividade reprodutiva. Seu manejo alimentar correto com relação a suas características e necessidade. Na sani- dade tratamento adequado para os problemas de saúde. Mas se o profissional excluir os problema de origem não genética. E a causa é um problema genético é preciso primeiramente olhar a arvore genealógica do animal. E aca- bar que a retirada do animal da atividade reprodutiva é escolha mais viável. Na impotência coeundi, inabilidade do animal em copula. A causa pode ser um pro- blema de origem do musculo esquelético, exemplo; a displasia coxofemoral. É necessário realiza o exame clinico e identificação da enfermidade justamente com o tratamento para a mesma se possível. Tentar assim o retorno se for solucionado o caso reprodutivo. A presença de lesões de origem no prepúcio do animal, exemplo é uma que causa diminui- ção do óstio prepucial. A circunstância congênitas, como é o caso da fimose e a parafi- mose. “A fimose é uma condição em que o macho não consegue expor o pênis correta- mente, ou seja, o prepúcio, que é a pele que recobre o órgão, tem uma abertura menor que o normal. Já a parafimose é quando o pênis fica exposto e não retorna ao prepúcio (cavi- dade prepucial). Normalmente está associada com uma ereção, onde há um aumento de volume peniano, mas pode estar relacionada a um orifício prepucial menor que o normal e, sempre que o pênis fica exposto (para urinar, por exemplo), o mesmo não consegue retornar completamente e ficar totalmente coberto pelo prepúcio.” (Waldman, M., 2020). As inflamações pode ser de três tipos: Postite, inflamação prepucial aguda. Balanopostite, é uma inflamação conjunta da glande e do prepúcio. Acropostite semelhante a postite com um caráter crônico mais demorado. O principal motivo para qualquer tipo de inflamações no prepúcio é o trauma ou lesão. Porém acontece de alguns agentes infecciosos nos ruminantes causa esse tipo de patologia. Como exemplo termos: Mycobacterium tuberculosis; o vírus da rinotraqueíte infecciosa bovina e vaginite tuberculose infecciosa. O tratamento para esses animais é: O repouso sexual; lavagem com antissépticos, usos de antibióticos e antiinflamatórios é eventualmente a correção cirúrgica. Em casos em que não for possível resolve o caso, é necessário aconselhar ou orientar o tutor(a) a retira o animal dele da atividade reprodutiva. A também os processos traumáticos do pênis. Entre esses estão: 42 O hematoma peniano, que é uma patologia que consiste na descontinuação da musculatura peniana
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